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CADERNO DE ÉTICA

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CADERNO DE ÉTICA, ADVOCACIA E PROCESSO DISCIPLINAR – PROFª: PRISCILA PEDROSA
DATA: 29/09/2014
AVISOS: 19/9 e 26/9: sem aula.
- Advocacia no Estado Novo – Livro Sobral Pinto (na Xerox)
- Documentário: Advogados na Ditadura
O termo advogado midiativista é político. É aquele que vai além do escritório, atuando nos movimentos sociais. O advogado pode ter uma vinculação ideológica com a causa que ele representa? 
Para compreender os Direitos Humanos, devemos remeter a alguns pontos da história em especial quanto ao sistema penal de genocídio. Há uma política pública racista de extermínio de classes através de mutilações de afrodescendentes. Essa visão é implantada no século XIX e é acolhida pela classe burguesa no século XX no que diz respeito às políticas publicas urbanas. 
Nilo Batista fala sobre cidadania negativa. Essa expressão cidadania negativa significa o que restringe o conhecimento e os limites formais com a atuação coercitiva do Estado. Ontem eram os escravos e hoje são as massas marginais urbanas que só conhecem a cidadania através de um direito de autodefesa. A partir disso, passa a se pensar uma advocacia de Direitos Humanos. Está dentro do sistema lutando contra o sistema (conceito marxista). Esse trabalho são biopotências (órgãos do poder lutando contra a potência). As estruturas de controle social foram mantidas até hoje. 
Nilo Batista considera que a mídia é uma instituição de segurança pública na construção do inimigo público. Assim, a mídia ultrapassa a função de informar, construindo uma sociedade biopolítica, ou seja, a política está na mente da sociedade a ponto de influenciar suas vontades. A mídia produz o medo, consequentemente auxilia na legitimação das políticas de penalização. 
O sujeito é considerado cidadão através da sua capacidade de consumo. O conceito de cidadania, então, está relacionado às relações de consumo.
- Poder x Existência
- A multidão das passeatas não é a massa. A massa é um senso comum. A multidão vem dos novos trabalhadores, que lutam cognitivamente. Não é a multidão que conduz a história.
- Texto Direito achado nas ruas.
DATA: 05/09/2014
- Estatuto da OAB
- Regulamento geral
- Código de Ética e Disciplina
BIBLIOGRAFIA: Ética da Advocacia (Ed. Cers – Paulo Machado) e Manual de Ética profissional (Lummen Juris – Paulo Machado).
Advogado: ad (para junto) + vogado (chamado) = é aquele para ajudar/ para junto
Etimologia: - Código Justiniano; - Grego; - Romano; - Brasil: desde as Ordenações Afonsinas e Ordenações Manuelinas.
Houve uma época em que o advogado no Brasil era o bacharel em Direito com formação em Coimbra, porque não havia formação de Direito no país. É aquele que violasse, tinha pena severa.
Definições:
Definição liberal: Advocacia é uma atividade jurídica exercida pelos guardiões das liberdades humanitárias.
Definição política: Advocacia é uma atividade que propicia a defesa dos interesses das pessoas envolvidas em movimentos sociais perante o Poder Judiciário e os órgãos administrativos.
Definição constitucional positivo: Advocacia com funções essenciais à justiça (art. 133, CRFB).
Definição formal ou legalista: Advocacia é uma atividade privativa do bacharel em Direito regularmente inscrito na OAB.
Definição funcional: Advocacia é aquele que é privativa do bacharel em Direito regularmente inscrito na OAB desde que, subjetivamente, estejam presentes os requisitos subjetivos. (causas legais de impedimento)
Definição material: Advocacia é uma atividade de provocação da jurisdição em favor dos jurisdicionados através do exercício de uma capacidade postulatória, podendo ser um mediador de conflitos, consultor, assessor e fiscal da regulação de contratos.
CONCEITO: Função essencial da justiça que visa garantia de liberdades humanitárias, políticas e filosóficas para o cumprimento da ordem jurídica vigente.
O Estatuto da OAB define advogado como “o bacharel em Direito inscrito nos quadros da OAB que realiza atividades de postulação ao Poder Judiciário como representante dos seus clientes e atividades de consultoria e assessoria em matéria jurídica”. Os cursos jurídicos não formam advogados, mas sim bacharéis em Direito.
Antes, havia o IAB (Instituto de Advogados do Brasil) como consequência dos cursos jurídicos no Brasil. Em 1827, foi criado o grupo Francisco Montesuma conhecido como Visconde de Jequitinhonha, formado pelos grandes juristas da época. Contribuíram, então, para a edição do decreto que criou a OAB na Era Vargas. A OAB nasce um século depois da criação do IAB. 
Posteriormente, a OAB começa a lutar contra o sistema na defesa de presos como Luiz Carlos Prestes. 
“Devemos odiar o pecado e amar os pecadores. Então, devemos odiar o comunismo e amar os comunistas.” (Sobral Pinto) -> É possível odiar a ideologia, mas não impedir a existência de lutas. 
- 1933: primeira reunião. Instala-se o Conselho Federal da OAB.
- 1937: OAB luta contra o Estado Novo e o nazismo. A OAB sempre foi combativa pela defesa dos direitos humanos. 
Os quadros da OAB: - Advogado (art 8º) e – Estagiário (art 9º).
- Provimento 91/2000: relacionado com o artigo 8º, parágrafo único.
- Provimento 129/2008: acordo bilateral com Portugal. 
Art 8º, V:
Atividade incompatível sobre a vida profissional: art 28, Estatuto da OAB.
Conduta incompatível = sobre a vida pessoal – continuidade. Ex. pessoa alcoólatra 
Idoneidade moral: presumida, ligada a vida pessoal. Pode ser excluída do quadro da OAB, mas pode voltar (não é perpétuo = vedado pela CF). 
Crime infame: tem pena de exclusão (com voto de 2/3 pelo Conselho Federal)
Art 8º, VII: o juramento é personalíssimo e indelegável.
- Sobre o estagiário: cursar os 2 últimos anos do curso.
 Assistir !!! Documentário: Advogados contra a ditadura.
Lei 5776/2006: confere a OAB a capacidade de se manifestar.
O regimento interno não cai na prova da OAB.
DATA: 12/09/2014
- TRABALHO: *Projeto de Lei sobre a criminalização da violação das prerrogativas do advogado; (superior: 2; inferior: 2; esquerda: 3 e direita: 2); número de página superior direito; mínimo 5-7. TRN 12; Recuo 4 Letra 11; citação sem aspas com mais de 3 linhas; menos de 3 linhas, aspas (nome do autor e ano); copiando (AUTOR, 2010: 4).
Idoneidade moral é um requisito pra ser advogado e é presumida (artigo 6º do Estatuto).
TIPOS DE INSCRIÇÃO DO ADVOGADO
PRINCIPAL: É a normal no seu domicilio. Se ele quiser advogar em outro estado, é necessário a suplementar.  Art. 10. A inscrição principal do advogado deve ser feita no Conselho Seccional em cujo território pretende estabelecer o seu domicílio profissional, na forma do regulamento geral.§ 1º Considera-se domicílio profissional a sede principal da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, o domicílio da pessoa física do advogado.
SUPLEMENTAR: Caso abra uma filial fora do estado, deverá pedir a inscrição suplementar. Todos os sócios deverão ter a inscrição suplementar. Há dois critérios: habitualidade (+de 5 causas por ano em outro estado; causas no sentido de atuações judiciais) e ter filial. Art 10, § 2º Além da principal, o advogado deve promover a inscrição suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos territórios passar a exercer habitualmente a profissão considerando-se habitualidade a intervenção judicial que exceder de cinco causas por ano. Art 15,§ 5º O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado junto ao Conselho Seccional onde se instalar, ficando os sócios obrigados à inscrição suplementar. OBS: As causas são atuações judiciais, então é possível fazer consultoria, habeas corpus, cumprimento de carta precatória, assistência no inquérito policial etc. OSB 2: O advogado do Espírito Santo que for exercer no TRF no Rio de Janeiro por recurso não necessita de suplementar, assim o exercício em tribunais superiores não obrigam o requerimento de inscrição suplementar.
TRANSFERÊNCIA: Art. 10, § 3º No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deveo advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente.
LICENÇA E CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO
LICENÇA PROFISSIONAL: pode ser permanente ou temporário, mas a princípio tem caráter temporário. 
Art. 12. Licencia-se o profissional que: I - assim o requerer, por motivo justificado; II - passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia; III - sofrer doença mental considerada curável.
CANCELAMENTO: Tem caráter permanente por exercer uma atividade incompatível, perdeu a idoneidade moral etc. É sempre definitivo.
  Art. 11. Cancela-se a inscrição do profissional que: I - assim o requerer; II - sofrer penalidade de exclusão; III - falecer; IV - passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advocacia; V - perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. § 1º Ocorrendo uma das hipóteses dos incisos II, III e IV, o cancelamento deve ser promovido, de ofício, pelo conselho competente ou em virtude de comunicação por qualquer pessoa. § 2º Na hipótese de novo pedido de inscrição - que não restaura o número de inscrição anterior - deve o interessado fazer prova dos requisitos dos incisos I, V, VI e VII do art. 8º. § 3º Na hipótese do inciso II deste artigo, o novo pedido de inscrição também deve ser acompanhado de provas de reabilitação.
REQUISITOS:    Art. 8º Para inscrição como advogado é necessário:        I - capacidade civil; II - diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; III - título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; IV - aprovação em Exame de Ordem; V - não exercer atividade incompatível com a advocacia; VI - idoneidade moral; VII - prestar compromisso perante o conselho. § 1º O Exame da Ordem é regulamentado em provimento do Conselho Federal da OAB. § 2º O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo. § 3º A inidoneidade moral, suscitada por qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar; § 4º Não atende ao requisito de idoneidade moral aquele que tiver sido condenado por crime infamante, salvo reabilitação judicial.
IMPEDIMENTO E INCOMPATIBILIDADE
É o impedimento alinhado às prerrogativas da função do advogado; que também é uma forma de proteção às prerrogativas. Impedimento e incompatibilidade significam as regras criadas pelo legislador para evitar que algumas pessoas levem vantagens ou desvantagens em relação a outras que exercem a advocacia. A incompatibilidade pode ser definitiva ou temporária. 
 Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia.
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades: I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta; (Vide ADIN 1127-8) III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público; IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro; V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza; - militares de qualquer natureza, na ativa; VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. § 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente. § 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico.]
Lei 9099/1995: art 7º, parágrafo único: JUÍZES LEIGOS PODEM ADVOGAR, EXCEDO NOS JUIZADOS EM QUE ATUAM.
Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de cinco anos de experiência.
        Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no desempenho de suas funções.
- ADI 1127-8: STF decidiu que juiz eleitoral pode advogar, porque ele pode acumular funções.
DATA: 03/10/2014
IMPEDIMENTO
Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia: I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora; II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público. Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos jurídicos.
Os servidores podem advogar desde que não seja contra a Fazenda Pública, contra quem os emprega. Membros da Mesa do Poder Legislativo são incompatíveis com a advocacia; não podem advogar. Eles são equiparados aos órgãos do Poder Judiciário. Entretanto, no art. 30, que são as limitações, fala dos membros (vereador, deputado etc). O membro do Poder Legislativo não pode advogar contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público. Pessoas jurídicas de direito público possuem sua advocacia. 
Os professores podem advogar livremente, inclusive contra quem remunera; ainda que exerça cargo de direção (art. 30, parágrafo único).
Art. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura.
Trata de advocacia pública e de advocacia privada. A possibilidade de advogados públicos advogarem ou não está relacionada à legislação de cada local (estado ou município). Ex. O procurador do estado do RJ pode advogar. Todos os advogados públicos devem possuir a carteira da OAB, tendo todas as obrigações com a OAB como o pagamento de anuidades. 
PRERROGATIVAS DO ADVOGADO
A diferença entre direitos e prerrogativas é que direitos são de qualquer pessoa e prerrogativas de uma determinada classe/ ao exercício da profissão. Ex: O papel de deferir ou indeferir uma inscrição na OAB está ligada a uma prerrogativa. 
Art. 6º Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos. Parágrafo único. As autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho.
Portanto, os três níveis são indispensáveis no exercício da justiça. 
 Art. 7º São direitos do advogado: I - exercer, com liberdade, a profissão em todo o território nacional; 
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos detrabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia;  
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis; 
IV - ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB; (vide. art 7º, parágrafo 3º, Estatuto da OAB)
V - não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas,  e, na sua falta, em prisão domiciliar; (Vide ADIN 1.127-8) 
VI - ingressar livremente: a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares;) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais; 
VII - permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença; VIII - dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada; X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; XI - reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento; XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo;
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de cópias, podendo tomar apontamentos;
        XIV - examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos;
        XV - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais;
        XVI - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias;
        XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;
        XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
        XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
        XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
 § 1º Não se aplica o disposto nos incisos XV e XVI:
        1) aos processos sob regime de segredo de justiça;
        2) quando existirem nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos no cartório, secretaria ou repartição, reconhecida pela autoridade em despacho motivado, proferido de ofício, mediante representação ou a requerimento da parte interessada;
        3) até o encerramento do processo, ao advogado que houver deixado de devolver os respectivos autos no prazo legal, e só o fizer depois de intimado.
        § 2º O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. (Vide ADIN 1.127-8)
        § 3º O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste artigo.
        § 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso  assegurados à OAB. (Vide ADIN 1.127-8)
        § 5º No caso de ofensa a inscrito na OAB, no exercício da profissão ou de cargo ou função de órgão da OAB, o conselho competente deve promover o desagravo público do ofendido, sem prejuízo da responsabilidade criminal em que incorrer o infrator.
        § 6o  Presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado, a autoridade judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade de que trata o inciso II do caputdeste artigo, em decisão motivada, expedindo mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB, sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham informações sobre clientes. (Incluído pela Lei nº 11.767, de 2008)
        § 7o  A ressalva constante do § 6o deste artigo não se estende a clientes do advogado averiguado que estejam sendo formalmente investigados como seus partícipes ou co-autores pela prática do mesmo crime que deu causa à quebra da inviolabilidade. 
FATO IMPUTADO
Solicitação de assistência: CDAP/OAB (seccional/subseccional)
Solicitação de acompanhamento pela CDAP
Solicitação de abertura de processo de desgravo público CDAP
Representações aos órgãos de correição (corregedorias dos Tribunais, do MP, da Polícia Federal, Polícia dos Tribunais e Polícia Militar etc).
Representação ao Conselho Nacional de Justiça
Representação ao Conselho Nacional do MP
Reclamação contra o descumprimento de decisão/ ordem imanada de tribunal
Habeas corpus
Mandado de segurança
Mandado de injunção: instrumento de garantia jurídico constitucional para o cidadão reclamar a efetividade de direito constitucional devido à falta de medidas normativas. O Judiciário atua para viabilizar o exercício dessa garantia.
BIBLIOGRAFIA INDICADA PARA O TRABALHO DA DISCIPLINA
Alberto Zachariastoron e Alexandra Lebelson Szafir 3ª edição. Atlas. Prerrogativas profissionais do advogado
Antonio Carlos Barandier. Relatos: um advogado na ditadura (direito fds)
Paulo Emílio Matos Martins e outros. Advogados e a ditadura de 1964. Editora Vozes
Evandro Lins e Silva. O salão dos passos perdidos
Herculano Martins Nacif. Eles, os advogados, vistos por um juiz. Editora Porto Velhop
Alexandra Lebelson Szafir. Uma advogada com os direitos dos excluídos. Editora Saraiva
P.S.C. Fernandes e A. Rollo. Na defesa das prerrogativas do advogado. OAB 2004: tem na internet
Painel 40 da Conferência Nacional dos Advogados/ 2014.
Jail Benites Azambuja. Busca e apreensão em escritórios de advocacia e interceptações de conversasde advogados com clientes.

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