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ELEMENTOS DA TÉCNICA GESTUAL DO JOGO DE HANDEBOL FUNDAMENTOS DO HANDEBOL 1.0. A RECEPÇÃO Ação específica de recepcionar a bola, bem como, a postura apropriada a se empregar, no momento de segurar a bola. Nesta ação os braços deverão estar levemente estendidos na direção da bola com as palmas voltadas para a frente em formato côncavo e dedos para cima , semi-estendidos. A posição das mãos para a adaptação devera ser levemente côncava, com os dedos simplesmente separados, sem rigidez ou relaxamento excessivos. 1.1 OBJETIVOS DA RECEPÇÃO Movimentar rapidamente uma bola, esta deve ser, em primeiro lugar, recebida com segurança. A posição do jogador que recebe a bola não deve dar ao adversário qualquer possibilidade de dificultar a recepção. A bola deve ser imediatamente protegida. Assim sendo, a finalidade da recepção é dar continuidade as ações do jogo. 1.2 TIPOS DE RECEPÇÃO: Conforme a altura que a recepção se realiza, distinguimos entre a recepção de bolas altas e recepção de bolas baixas. 1.3 OBSERVAÇÕES DURANTE A INSTRUÇÃO: quando o jogador recebe a bola a qualquer altura, os braços vão ao seu encontro; os braços devem estar descontraídos (flexionados) na articulação dos cotovelos; os dedos estão levemente estendidos, descontraídos e separados; as mãos estão em forma de concha, oferecendo à bola uma grande superfície de encaixe; na recepção de bola alta os dedos polegares apontam um para o outro; na recepção de bola abaixo da cintura, a posição das mãos muda 180°, de modo que os dedos mínimos apontam um para o outro. 1.4 ERROS MAIS COMUNS: rigidez dos membros envolvidos; posição errada das mãos e dos dedos; braços estendidos. Não esquecer: A RECEPÇÃO E O PASSE ANDAM DE MÃOS DADAS, PORTANTO, DEVEMOS CONSIDERAR OS EXERCÍCIOS DE FORMA A ABRANGER OS DOIS FUNDAMENTOS. AS ATITUDES RELACIONADAS A RECEPÇÃO, ASSIM COMO OS OUTROS FUNDAMENTOS, ESTÃO DIRETAMENTE LIGADAS AS AÇÕES PRÉ ESTABELECIDAS DAS CONDIÇÕES DE JOGO. Miri, (1980) apoiando-se em Clair Bee salienta que: “... o êxito dos exercícios está na dependência de uma iniciação correta, de uma lenta evolução e de aceleração gradual até que o fundamento seja aplicado corretamente, isto é, de forma natural” (p. 7). 2.0 O PASSE Ação de transladar ou enviar a bola de um jogador a outro da mesma equipe, de forma que a mesma circule mais rapidamente entre os jogadores, do que sendo conduzida por apenas um deles, em busca do gol adversário. O passe e também responsável pela consecução de jogadas ensaiadas (tramadas) por uma equipe, ou por aquelas simplesmente criadas momentaneamente. 2.1 OBJETIVOS DO PASSE Movimentação com segurança e rapidez da bola entre os jogadores da equipe Colaboração entre os jogadores; Dar continuidade as ações do jogo, buscando, em geral, uma melhor posição para se chegar ao gol adversário, realizando os objetivos do jogo ofensivo. 2.2 PRINCÍPIOS TÁTICOS DO PASSE: Conforme a situação de jogo, o passe pode realizar-se com base nos seguintes princípios táticos: a) força; b) distância - curtos e longos; c) trajetória - picado, diagonal, lateral, para frente e para trás; d) altura - baixo e na altura da cabeça; e) velocidade - rápido e lento. 2.3 TIPOS DE PASSE: 2.3.1 COM UMA DAS MÃOS A ALTURA DO OMBRO O mais habitualmente utilizado, por ser um dos mais rápidos, e anatomicamente fáceis. E executado com uma das mãos a altura do ombro. E indicado, prioritariamente para jogadas montadas de quadra, reposição da bola em jogo e para cobranças de faltas.Passe de ombro ou fundamental. É o mais importante e o mais seguro do handebol. 2.3.2 PASSES ESPECIAIS – Executado por cima e por traz da cabeça. Utilizado principalmente por equipes superiores em altura ou em jogadas destinadas a encobrir jogadores ou barreiras humanas adversárias. 2.3.3 COM UMA DAS MÃOS POR BAIXO DO QUADRIL Executado com uma das mãos, abaixo do quadril e ao lado do corpo, esse passe e utilizado principalmente para sobrepujar equipes de estaturas mais elevadas, ligações com os pivôs e também para vencer longa extensão da quadra com passe. 2.3.4 PICADO OU QUICADO Como o nome sugere, este passe e executado quicando a bola proximamente ao companheiro de equipe. E utilizado com finalidade de aumentar a velocidade do passe e também compensar uma limitação de forca que possa comprometer a trajetória da bola ao companheiro de equipe. 2.3.5 A ALTURA DO PEITO Executado com as duas mãos a altura do peito, como recurso a limitação de forca ou em situações de distâncias muito curtas, que exijam reações rápidas e continuas, para as quais, o passe a altura do ombro se mostrem menos eficazes. 2.3.6 SEM CONTATO VISUAL Combinação de todos os passes acima, sem olhar diretamente para o companheiro a quem se destina. Somente e utilizado por equipes muito bem orientadas e preparadas, ou que já disponham de um considerável tempo de prática de handebol. 2.3.7 PASSES ESPECIAIS - Por trás do corpo e por baixo das pernas. São passes que visão iludir o adversário. Passe com duas mãos - Pouco utilizado no handebol, o passe com as duas mãos não pode ser considerado como “um erro”. Lembrança Importante: TODOS OS PASSES PODEM SER EXECUTADOS COM O CORPO APOIADO NO SOLO E EM E EM SUSPENSÃO. 2.4 OBSERVAÇÕES DURANTE A INSTRUÇÃO: no passe de ombro o cotovelo deve estar pelo menos na altura do ombro; a bola não deve ser agarrada, com os dedos fazendo força para sustentar a bola; a mão deve estar atrás da bola e não embaixo ou do lado; os passes sempre devem ser feitos em movimento, simulando o próprio jogo; no passe de ombro o cotovelo não deve ser lançado à frente das mãos; a perna contrária a mão que executa o passe deve estar à frente; nos passes, o movimento do braço deve acompanhar o movimento da passada naturalmente; os passes devem seguir a necessidade da situação quanto a força, trajetória e etc... 2.5 ERROS MAIS COMUNS: rigidez dos membros envolvidos; posição errada das mãos e dos dedos; cotovelos baixos; passe parado; passes excessivamente fortes; quando se passa com a mão direita, lançar a perna direita à frente muito antes do movimento do braço. Não esquecer: Segundo Stein & federhoff (1981): Com auxílio do passe, conduz-se a bola para uma posição favorável ao arremesso. O nível de desenvolvimento de uma equipe conhece-se pelo modo inteligente como passa a bola. Quando o passe é oportuno e preciso, a bola converte-se num oitavo jogador, já que o deslocamento daquela é sempre mais rápida do que a velocidade que qualquer handebolista pode atingir (p. 23). 3.0 O DRIBLE Designa o movimento sincrônico de bater a bola para o chão, estando parado ou em deslocamento, com uma das mãos. podendo trocar de mão, desde que não seja no mesmo ato motor. Através deste fundamento o jogador desloca- se com a bola pela quadra ilimitadamente, de forma licita O drible é finalizado quando a bola é segura com uma ou ambas as mãos, ou quando fica pousada na palma da mão. Por outro lado tambémconsideramos drible o toque ligeiro (intencional), no qual a bola é apanhada após o contato com o solo. 3.1 OBJETIVOS DO DRIBLE Avançar para o gol adversário ganhando espaço de jogo, buscando um arremesso ou passe para um companheiro de equipe; Evitar que o jogador ande com a bola; Recurso para livrar-se da marcação individual adversária Fintar o adversário. 3.2 OBSERVAÇÕES DURANTE A INSTRUÇÃO: os dedos devem estar separados e descontraídos ao máximo; a bola não deve ser agarrada; a bola não deve ser batida com a palma da mão; a bola não deve ser conduzida de lado com a palma da mão; conservar a bola à frente e um pouco ao lado do corpo; a bola deve ser empurrada em linha oblíqua para o chão na direção da corrida; a linha será mais oblíqua quanto mais rápido se corra, a fim de que a bola não seja ultrapassada durante a corrida; a bola deve ser sugada pela palma da mão; no drible parado o corpo deve estar ligeiramente curvado para frente, os joelhos semiflexionados, cabeça erguida e cotovelos semiflexionados. 3.3 ERROS MAIS COMUNS: bater bola com a palma da mão; driblar ao lado do corpo; olhar a bola e o piso da quadra; mãos e dedos contraídos; e conduzir de lado com a palma da mão. 3.4 REGRAS QUE DIZEM RESPEITO AO DRIBLE: após realizar o drible o aluno está impedido de realizá-lo novamente sem antes a bola tocar outro aluno, a trave ou os postes da baliza; é permitido fazer a bola rolar no solo com uma ou ambas as mãos; não é permitido driblar com as duas mãos ao mesmo tempo; e toque involuntário na bola não é considerado drible. Não esquecer: O DRIBLE NO HANDEBOL É FUNDAMENTO IMPORTANTÍSSIMO, ENTRETANTO, NÃO É USADO COMO NO BASQUETEBOL. DEVE SER IMPLEMENTADO VISANDO OS DESLOCAMENTOS RÁPIDOS, COMO SOLUÇÃO APÓS FINTA, NO DUPLO RITMO TRIFÁSICO E COMO SAÍDA PARA MOMENTOS EM QUE TODOS ESTEJAM MARCADOS. O drible é apropriado para se adquirir a sensação da bola, sob as mais diversas condições e mediante tarefas das mais variadas possíveis. O handebol é um jogo de corrida ou deslocamento; por isso, durante a aprendizagem das habilidades técnicas da bola, deve-se buscar formas de jogo e exercícios possíveis de serem executados no movimento (Kasler, 1978, p. 39). 4.0 O ARREMESSO OU LANÇAMENTO Ação do jogador de arremessar ou lançar a bola com uma ou duas mãos em direção a meta do adversário. procurando converte-lo. 4.1 OBJETIVO DO ARREMESSO O objetivo do arremesso é consignar o “gol”. Para isso, o atleta de posse da bola deve procurar o melhor momento para a sua tentativa. 4.2 TIPOS DE ARREMESSOS Arremesso com giro de pivô Arremesso de ponta Arremesso com apoio Arremesso em suspensão Arremesso em suspensão com queda e giro Lembrança Importante: OS ARREMESSOS BÁSICOS E SUAS VARIAÇÕES NÃO SÃO TREINADOS SOB O PONTO DE VISTA DE POSIÇÕES ESPECÍFICAS NO TREINAMENTO DE BASE. ISSO SIGNIFICA QUE TODOS OS JOGADORES DEVEM SER TREINADOS DA MESMA FORMA, EM TODAS AS POSIÇÕES. 4.3 OBSERVAÇÕES DURANTE A INSTRUÇÃO: o cotovelo deve estar pelo menos na altura do ombro; a bola não deve ser agarrada, com os dedos fazendo força para sustentar a bola; a mão deve estar atrás da bola e não embaixo ou do lado; os arremessos sempre devem ser feitos em movimento, simulando o próprio jogo; o cotovelo não deve ser lançado à frente das mãos; variar o número de passadas (treinamento de base) os arremessos devem ser antecedidos de uma recepção em movimento 4.4 ERROS MAIS COMUNS NA EXECUÇÃO DO ARREMESSO: não colocar a mão atrás da bola durante o arremesso; rigidez dos membros envolvidos; posição errada das mãos e dos dedos; cotovelos baixos; com objetivo de se chegar mais perto do gol, dar passadas além da sua capacidade; não usar o tronco no movimento final do arremesso; arremessar sem usar o punho. Não esquecer: O TAMANHO DA BOLA DEVE CORRESPONDER À IDADE DO APRENDIZ FACILITANDO O SEU DESENVOLVIMENTO. EM GERAL, UMA BOLA MAIOR QUE A POSSIBILIDADE DO ALUNO, LEVA-O AO INSUCESSO E A VÍCIOS QUE DIFICILMENTE SERÃO CORRIGIDOS. 5.0 RITMO TRIFÁSICO São três passadas ritmadas ou não permitidas ao praticante, estando com a bola em sua(s) mão(s). Seu emprego e o mais variado possível, dependendo exclusivamente da situação em que se encontra o jogador, diante de sua equipe e de seu adversário. As passadas podem ser repetidas se forem intercaladas por um ou mais dribles 5.1 FINALIDADES DO RITMO TRIFÁSICO A finalidade aproxima-se a do drible, ou seja deslocar-se ou mudar de direção em curto espaço, almejando o gol, um passe seguro ao companheiro de equipe, ou até mesmo livrar-se rapidamente da marcação individual. Verificamos que os ritmos trifásicos são realizados também com objetivos de antecipar/preparar um arremesso à gol. Não esquecer: Os jovens devem aprender em um treinamento de base o mais amplo espectro possível de habilidades técnicas (variações de lançamentos, passes e infiltrações). A ênfase no trabalho está na aquisição da maior experiência motora possível como base para o treinamento objetivo da forma fina de diferentes técnicas específicas do handebol nas fases seguintes do treinamento de formação (Arno Ehret et al, 2002). 6.0 FINTA Ação de iludir o adversário, contornando-o, ganhando espaço sobre o mesmo. A finta pode, conforme a circunstância do jogo, ser feita com ou sem a posse da bola, pelo jogador. Quando ela é feita com a posse da bola, ela pode valer-se dos ritmos (trifásico, bifásico ou monofásico, conforme a execução: 1; 2; ou 3 passadas) ou do drible para sua consecução. Quando é feita sem a posse da bola, é considerada apenas, um dos elementos do jogo, tais como: correr, e saltar, sendo seu objetivo, igualmente o de iludir o adversário, no momento de apresentar-se para recepcionar a bola Referências Bibliograficas: EHRET, A. “Manual de Handebol – Treinamento de Base para Crianças e Adolescentes”. Ed. Phorte, São Paulo, 2002. DIETRICH, K. “Os Grandes Jogos – Metodologia e Prática”. Ed. Ao Livro Técnico, Rio de Janeiro, 1984. KASLER, H. “Handebol – do Aprendizado ao Jogo Disputado”. Ed. Ao Livro Técnico, Rio de Janeiro, 1985. KRÖGER, C. “Escola da Bola – Um ABC para Iniciantes nos Jogos Esportivos”. Ed. Phorte, São Paulo, 2002. MIRI, A Andebol. São Paulo. Editora Esporte e Educação. STEIN H. & FEDERHOFF E. . Andebol. Lisboa. Editorial Estampa, 1981.
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