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Período Pombalino e a História da Educação no Brasil

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PERIODO POMBALINO
(1759 à 1808)
História da Educação no Brasil
Movimento bandeirante (séc XVII):
Bandos armados que percorriam o interior do país em busca de riquezas.
Origem: São Vicente (São Paulo).
Tipos de bandeiras (expedições exploradoras): apresamento (caça ao índio), sertanismo de contrato (destruição de quilombos ou outros serviços no interior), busca de metais preciosos.
Importância histórica: 
alargamento informal das fronteiras, 
ataque/destruição de missões no sul, dando origem a reserva de gado. 
descoberta de ouro (nos atuais estados de MG, MT e GO)
Situação na Colônia (Brasil) antes de Pombal
CICLO DO OURO EM EXPANSÃO
Século XVII - XVIII.
Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás
A administração aurífera: 
Intendência das Minas (1702) – órgão criado por Portugal para administrar a região das minas.
Divisão em lotes (DATAS); 
Cobrança de impostos:
Quinto (20%).
Casas de Fundição (1720).
Capitação (1735 – imposto sobre escravos)
Avença -100 arroubas anuais (1500kg/ano).
Derrama (cobrança de impostos atrasados).
Aumento do escravismo
A POPULAÇÃO BRASILEIRA NO SÉCULO XVII 
A POPULAÇÃO BRASILEIRA NO SÉCULO XVIII
Século XVIII - Europa
Crise para um novo Regime (Industrial);
Absolutismo e mercantilismo se opõem aos ideais liberais;
Revoluções burguesas;
Iluminismo (ênfase na razão)
Inglaterra
Alterações políticas e econômicas;
Inicia o capitalismo industrial;
Contexto histórico em Portugal e nas Colônias
		No início do século XVIII, a política colonial portuguesa tinha como objetivo a conquista do capital necessário para sua passagem da etapa mercantil para a industrial.
		A nação que se destacava neste período era a Inglaterra, bastante beneficiada pelos lucros coloniais dos portugueses.
 
Dificuldades de Portugal conseguir os seus objetivos: Tratado de Methwen (1703)*
 Firmado com a Inglaterra (1703), país já inserido no capitalismo industrial.
 O processo de industrialização em Portugal é sufocado.
 Seu mercado interno foi inundado pelas manufaturas inglesas, enquanto a Inglaterra se comprometia a comprar os vinhos fabricados em Portugal.
 Canaliza-se, assim, para a Inglaterra, o capital português, diante da desvantagem dos preços dos produtos agrícolas em relação aos manufaturados. 
Desta maneira, enquanto uma metrópole entrava em decadência (Portugal) outra estava em ascensão (Inglaterra).
(Ribeiro, 2000, p. 29) 
Consequências desse Tratado:
Portugal um país pobre, sem capitais, quase despovoado, com uma lavoura decadente pela falta de braços que a trabalhassem.
Relações de caráter feudal ainda existentes, dirigido por um Rei absoluto
Uma nobreza arruinada, quase sem terras e sem fontes de renda
Uma burguesia mercantil rica mas politicamente débil, preocupada apenas em importar e vender para o estrangeiro especiarias e escravos e viver no luxo e na ostentação.
Situação de Portugal
Declínio econômico;
O tratado do Methuen, obriga a comprar a produção dos ingleses, impedindo seu desenvolvimento e das colônias, em troca de proteção;
Pagamento de dividas com matéria-prima das colônias;
 Dom José I, rei de Portugal (1750-1777), nomeou como primeiro-ministro Sebastião de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, que durante 27 anos comandou a política e a economia portuguesa. 
Ele reorganizou o Estado, protegeu os grandes empresários, criando as companhias monopolistas de comércio. 
Combateu tanto os nobres quanto o clero e reprimiu igualmente as manifestações populares em função da defesa do estado absolutista português. 
Sebastião José de Carvalho e Melo
Marquês de Pombal
As Reformas Pombalinas (1750 – 1777):
Marquês do Pombal: despotismo¹ esclarecido em Portugal.
Tentativa de modernizar Portugal (princípios Iluministas – ênfase na razão), diminuindo influência inglesa no país.
Estratégia: aumentar a exploração sobre o Brasil.
Aumento do controle administrativo.
Extinção das Capitanias Hereditárias
Criação de companhias de comércio (reforço do monopólio).
Criação da Derrama².
Expulsão de Jesuítas de Portugal e suas colônias – destruição das missões no Rio Grande do Sul.
¹ Despotismo é uma forma de governo na qual uma única entidade governa com poder absoluto.
² Derrama era mais um imposto feito por Portugal aos colonos através do confisco de bens e propriedades que pudessem ser de interesse da Coroa para compensar a não arrecadação do Quinto (20% de todo ouro).
Em Portugal
O marquês de Pombal afasta a Companhia de Jesus da Universidade de Coimbra em 1772;
Assume a Ordem de Oratório, aberta as idéias iluministas;
Reformulação de ensino de filosofia e letras;
Língua Moderna e não o latim;
Matemática e Ciências da Natureza;
Ações de Pombal em Portugal
Expulsou os jesuítas de Portugal e de seus domínios.
 Reformou a instrução pública e fundou várias academias 
Reorganizou o Exército português. 
Fundou a Companhia dos Vinhos do Douro, que monopolizou a comercialização dos vinhos em Portugal. 
Reforma Pombalina na Colônia
Reorganizou melhor a exploração das riquezas do Brasil 
Criou duas companhias de comércio, a do Grão-Pará e Maranhão e a de Pernambuco e Paraíba, para financiarem a produção de açúcar, café e algodão e depois comercializarem os produtos. 
Incentivou a indústria de construção naval, com a criação de estaleiros, a de laticínios, de anil e de cochonilha.
 Aboliu o imposto do quinto (pagamento ao rei da quinta parte de toda a produção de ouro), substituindo-o pela avença (cobrança fixa de 100 arrobas)
Para melhor controlar a exportação do ouro e dos diamantes, mudou a capital de Salvador para o Rio de Janeiro, que era o porto por onde saíam os metais preciosos 
As capitanias hereditárias que ainda pertenciam a particulares foram compradas pela Coroa durante seu governo e transformadas em capitanias reais. 
Extinguiu a escravidão dos índios no Maranhão, onde ela era mais comum que no resto da colônia. Em 1755, proclamou a libertação dos indígenas (interesse no crescimento populacional)
Expulsou os jesuítas de Portugal, obrigou-os também a sair do Brasil em 1760 (fato entrado para a história como “uma grande rivalidade entre as idéias iluministas de Pombal e a educação de base religiosa jesuítica”)
Reformas na Colônia – cont.
1759 – Expulsão dos Jesuítas
 25 residências;
 36 missões;
 17 seminários;
 Sem contar seminários menores e as escolas de ler e escrever;
A Reforma Pombalina
Bens dos padres confiscados;
Livros e manuscritos destruídos;
Nenhuma organização escolar, de imediato;
Índios entregues a própria sorte;
Retrocesso de todo sistema educacional;
Reforma Educacional Pombalina
A reforma educacional pombalina culminou com a expulsão dos jesuítas precisamente das colônias portuguesas, tirando o comando da educação das mãos destes e passando para as mãos do Estado. 
Para o Brasil, a expulsão dos jesuítas significou, entre outras coisas, a destruição do único sistema de ensino existente no país. Foi “a primeira grande e desastrosa reforma de ensino no Brasil”. (NISKIER, 2001)
Em lugar de um sistema mais ou menos unificado, baseado na seriação dos estudos, o ensino passou a ser disperso e fragmentado, baseado em aulas isoladas que eram ministradas por professores leigos e mal preparados.
1772 – Ensino público oficial
A coroa nomeia professores e estabelece planos de estudo e inspeção;
O curso de humanidade, típico do ensino jesuítico, é modificado para sistema de aulas régias e disciplinas isoladas;
Criação de um imposto para pagamento de professores (subsídio literário);
Intenção de oferecer aulas de línguas modernas, como o francês, além do desenho, aritmética, geometria, ciências naturais;
Queixas, quanto a incompetência dos mestres leigos, que são mal pagos;
Continuidade de algumas orientações pedagógicas dos jesuítas, em nível inferior;
Surgimento de escolas de carmelitas, beneditinas e franciscanos;
Professores Régios
Nomeação dos primeiros professores régios – 1760: um para o Grão Pará, dois para Pernambuco
Alvará de novembro de 1772 – autoriza o funcionamento de 15 aulas de gramática latina, 3 de línguas gregas, 6 de retórica e 3 de filosofia racional (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas gerais, Pernambuco, Maranhão)
Entre 1778 -1780 - indicação de mais doze professores (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerias, Olinda e Pará)
Aulas régias: pedagogicamente representaram um retrocesso
Criação de dois colégios: Seminário de Olinda (1798), em Pernambuco e o Colégio do Caraça (1820), dos padres lazaristas, em Minas Gerais
Concluindo
		As aulas régias instituídas por Pombal para substituir o ensino religioso constituíram, dessa forma, a primeira experiência de ensino promovido pelo Estado na história brasileira.
		A educação a partir de então, passou a ser uma questão de Estado.
		Importante frisar que este sistema de ensino cuidado pelo Estado servia a uns poucos, em sua imensa maioria, filhos das incipientes elites coloniais.
Referências:
ARANHA, Maria Lucia de Arruda. História da Educação, São Paulo, Ed. Moderna, 1996. 
 
STEPHANOU, M. ; BASTOS, M. H. Câmara. Histórias e Memórias da Educação no Brasil, vol. I ,II e III. Petrópolis: Vozes, 2005. 
http://fotos.sapo.pt/topazio1950/pic/000pe6kg
http://bp2.blogger.com/_AROFlteaO6U/Rym16y_QiOI/AAAAAAAAA0E/4s7WrtFaBXo/s400/Tesouros638.jpg
http://www.riogrande.com.br/imagens/Missoes_abre.jpg
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/periodo_imperial_intro.html

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