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ESCOLA DE QUÍMICA/UFRJ EQE-473 - OPERAÇÕES UNITÁRIAS I PROF. RICARDO A. MEDRONHO 4 a LISTA DE EXERCÍCIOS ESCOAMENTO EM MEIOS POROSOS 1. Determine a queda de pressão no reator catalítico de leito fixo sabendo-se que este opera isotermicamente a 700 °C e que a pressão na descarga é de 1 atm. DADOS: - vazão mássica do gás (propriedades do O2): 20 kg/h - o catalisador forma um leito de 40 cm de diâmetro e 2,0 m de altura, com porosidade 0,44. - as partículas de catalisador seguem a distribuição GGS de parâmetros k = 185m e m = 1,8. - a esfericidade das partículas é 0,75. Resp.: 5 atm. 2. Problema 1, pg. 83, do livro do Massarani (2002) 1 ou pg. 102 do Massarani (1997) 2 . Determinar os valores da permeabilidade e do fator c a partir dos dados experimentais obtidos por permeametria. a) Meio de areia artificialmente consolidado com 5% de araldite. Granulometria da areia: -14+20 # Tyler. Fluido: água (densidade 1g/cm3 e viscosidade 1,18 cP). Comprimento do meio: 2,1 cm. Área da seção de escoamento: 16,8 cm2. Porosidade do meio: 0,37. Dados de velocidade superficial e queda de pressão: q (cm/s) 6,33 7,47 10,2 12,7 15,2 17,7 20,3 23,9 -Δp (cmHg) 4,69 6,24 10,4 15,2 21,2 28,0 35,9 48,9 b) Meio não consolidado de areia. Granulometria da areia: -35+48 # Tyler. Fluido: ar a 25°C e pressão atmosférica na descarga. Comprimento do meio: 33,4 cm. Área da seção de escoamento: 5,57 cm2. Porosidade do meio: 0,44. Dados de velocidade mássica e queda de pressão: G (g/cm 2 s) 1,59x10 -3 5,13x10 -3 9,49x10 -3 12,3x10 -3 22,4x10 -3 44,6x10 -3 70,3x10 -3 -Δp (cm água) 6,40 20,8 38,6 50,3 92,5 197 321 Em relação ao segundo caso, estimar os valores da permeabilidade e do fator c pelas correlações da literatura. Considerar que a esfericidade da areia seja 0,70. Permeâmetro P1 P2 L meio poroso Resp.: a) permeabilidade: 6,9x10 -6 cm 2 e fator c: 1,10; b) permeabilidade: 1,29x10 -6 cm 2 e fator c: 0,75; valores estimados (caso b): k = 1,02x10 -6 cm 2 , c = 0,81, k0 = 10 -6 cm 2 . 3. Problema 2, pg. 84, do livro do Massarani (2002) 1 ou pg. 103 do Massarani (1997) 2 . Especificar a bomba centrífuga para a unidade de tratamento de água constituída por um filtro de carvão (A), coluna de troca catiônica (B) e coluna de troca aniônica (C). Capacidade da instalação: 6 m 3 /h. A tubulação tem 35 m de comprimento (aço comercial, 11/2 “# 40) e conta com uma válvula (aberta) e 12 joelhos de 90°. O desnível entre os pontos 1 e 2 é praticamente nulo. Temperatura de operação: 25°C. Especificação das colunas: Coluna Altura de recheio (cm) Diâmetro (cm) A 50 50 B 90 55 C 90 55 Especificação do recheio: Coluna Granulometria Esfericidade Porosidade A # Tyler -35+48 (30%) -48+65 (40%) -65+100 (30%) 0,60 0,42 B Dp = 0,45 mm 0,85 0,37 C Dp = 0,70 mm 0,85 0,38 A 1 2 Resp.: Especificação da bomba: Vazão, 6 m 3 /h; carga, 27m; potência, 2cv. 4. Problema 3, pg. 85, do livro do Massarani (2002) 1 ou pg. 105 do Massarani (1997) 2 . Calcular a vazão de água que a bomba centrífuga Minerva (5cv) fornece à instalação esquematizada constituída por uma coluna recheada, 25 m de tubulação de aço 11/2” (# 40), válvula gaveta (1/4 fechada), válvula de retenção e 7 joelhos de 90°. Desnível entre os pontos 1 e 2: -3 m. Temperatura da água: 25°C. A coluna recheada: diâmetro 20 cm e altura 1m. O recheio: diâmetro médio e esfericidade das partículas 450 µm e 0,85; porosidade do leito 0,38. Curva característica da bomba: Vazão (m 3 /h) 0 2 4 6 8 10 12 14 Carga (m) 53,9 53,9 53,3 52,2 50,6 46,7 41,7 32,8 B C 2 1 Resp.: Vazão fornecida pela bomba: 4,7 m 3 /h (compatibilidade entre as cargas da bomba e da instalação). 5. Problema 5, pg. 87, do livro do Massarani (2002) 1 ou pg. 107 do Massarani (1997) 2 . Estimar o tempo consumido na percolação de 100L de óleo através de um leito de carvão ativo com porosidade 0,42. A pressão de ar comprimido é 7 atm manométricas. Propriedades do óleo: densidade 0,85 g/cm3 e viscosidade 35 cP; Dimensões do leito de carvão ativo: diâmetro 30 cm e altura 50 cm; Propriedades das partículas de carvão: esfericidade 0,6 e granulometria. Sistema Tyler % em massa -35+48 15 -48+65 65 -65+100 20 ar comprimido óleo Resp.: Tempo consumido na percolação de 100L de óleo: 21 min. 6. Problema 7, pg. 88, do livro do Massarani (2002) 1 ou pg. 108 de Massarani (1997) 2 . Um conversor secundário de ácido sulfúrico tem 2,3 m de diâmetro e opera com 3 camadas de catalisador, perfazendo um total de 1,35 m de altura. As partículas de catalisador são cilindros eqüiláteros com diâmetro 9,5 mm. A porosidade do leito é 35%. Calcular a queda de pressão no conversor sabendo-se que a velocidade mássica do gás é 2,6 x 10 3 Kg/m 2 h. A alimentação é feita a 400°C, resultando uma temperatura na descarga de 445°C. A pressão na descarga do conversor é 1 atm. Composição do gás: SO3 SO2 O2 N2 Alimentação (% molar) 6,6 1,7 10,0 81,7 Descarga (% molar) 8,2 0,2 9,3 82,3 (Coulson, J.M. e Richardson, J.F.; “Chemical Engineering”, Pergamon Press, Londres, 2ª edição, vol. 2, p. 737, 1968). Resp.: O escoamento será considerado isotérmico a 423°C. Massa molecular média 32,6. A viscosidade da mistura será considerada como sendo a do nitrogênio a 423°C e 1 atm: 0,033 cP. Propriedades do leito de catalisador: diâmetro e esfericidade 1,09 cm e 0,87, permeabilidade 5,42 x 10 -4 cm 2 e fator c 0,54. Queda de pressão no conversor: 40,6 cm de coluna de água. FILTRAÇÃO 7. Calcular a área de filtração e o volume de torta fornecidos por um filtro Shriver com 8 quadros de metal de 24”x 24”x 2”. Resp.: A = 52026 cm 2 e Vt = 16518 cm 2 8. Foram obtidos os seguintes resultados na filtração de uma suspensão aquosa de CaCO3 (50g de sólido por litro de água ), em filtro-prensa piloto operando com três quadros de 6”x 6”x 1¼” (área efetiva de filtração por quadro de 400 cm 2 ) a 25 °C e com uma queda de pressão de 40 psi. Determine a resistividade média da torta(), a resistência do meio filtrante (Rm) e a relação entre os volumes de filtrado e da torta para o quadro cheio, sendo que este último deve ser calculado via gráfico e via equação, para comparação dos resultados. DADOS: - densidade do sólido: 2,7 g/cm 3 - massa de torta molhada/massa de torta seca: 1,60 - tempo de filtração (t) versus volume de filtrado (V): t (s) 18 41 108 160 321 467 550638 833 943 1084 1215 1425 1702 2344 V (L) 2,1 4,8 11,1 14,7 23,1 29,1 32,1 35,1 41,1 44,1 47,1 50,1 53,1 56,1 59,1 Resp.: Resistividade média: 62,7 x 10 8 cm/g; resistência do meio filtrante: 18,3 x 10 8 cm -1 ; relação entre os volumes: 20,52. 9. Especificar o filtro-prensa Shriver, com quadros de metal, para filtração de 10 m 3 /h da suspensão da questão anterior. As condições de operação são 25 °C e 40 psi; o tempo de desmantelamento, limpeza e montagem é estimado em 20 minutos; a torta não requer lavagem e deve ser assumido que ti tdi. Resp.: Espessura: 1,5 in, 26 quadros (dimensão nominal dos elementos: 24 in; área efetiva por quadro: 7,0 ft 2 ). 10. Um grupo de alunos do curso de Engenharia Química da UFRJ obteve os seguintes resultados ao realizar a prática de filtração no filtro prensa do laboratório da Escola de Química: Tabela 1: Massa de amostras da suspensão a ser filtrada e de pedaços da torta antes e depois de secagem em estufa Bécher Vazio (g) Suspensão (A em g) Torta (B em g) A após secagem (g) B após secagem (g) 1 49,69 60,71 3,58 2 45,62 61,07 3,69 3 55,39 66,85 4,00 4 54,58 30,16 14,72 5 51,31 34,89 17,08 6 50,32 41,57 19,80 São dados: Uma suspensão aquosa de CaCO3 (ρs = 2,6 g/cm 3 ) foi utilizada no experimento; Queda de pressão no filtro: 0,5 Kgf / cm2; Área da face do quadro igual a 0,0253 m2 e espessura do quadro igual a 1cm Número de quadros igual a 2. Pede-se: a) Determinar os parâmetros α e Rm. b) Calcular a área total de filtração industrial para uma espessura de torta de 2” e um volume final de filtrado de 8 m 3 . 0 20 40 60 80 100 120 140 0 1 2 3 4 5 6 7 Volume de filtrado (V) Te m po d e fil tra çã o/ Vo lu m e de fil tra do (t /V ) Figura 1: Curva de Filtração (t/V em s/L e V em L) OBS:. Resp.: a) α = 1,146 x 1011 m/Kg e Rm = 4,252 x 10 10 m -1 ; b) área do industrial = 31,8 m 2 . y = 7,2729x + 8,587 R2 = 0,9978 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 1 2 3 4 5 6 Volume de filtrado (V) Te m po d e fil tra çã o/ Vo lu m e de fil tra do (t /V ) Figura 2: Curva de Filtração para V<Vf (t/V em s/L e V em L) 11. Uma instalação experimental de filtração inclui um filtro de 0,32 m 2 de área filtrante e opera a 20°C filtrando uma suspensão aquosa turva, com uma fração de sólidos de 0,025 em peso. A viscosidade do filtrado é 1,2 cp. A fim de verificar a influência da pressão sobre a velocidade de filtração, foram efetuados ensaios cujos resultados acham-se na tabela abaixo: Volume de filtrado (L) 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 4,7 4,9 tempo (s) para P=2,0 Bar 14 24,2 37 51,7 69 88,8 110 134 160 260 tempo (s) para P=3,5 Bar 9,5 16,3 24,6 34,7 46,1 59 73,6 89,4 125 190 Calcule o tempo necessário para filtrar a mesma suspensão num filtro existente cuja área filtrante é de 20 m 2 , operando a uma queda de pressão constante de 3 kgf/cm 2 e produzindo 5 m 3 de filtrado por ciclo. Resp.: Tempo de filtração: 6,3h. 12. Um filtro-prensa (um quadro de 6” x 6” x 1”) foi utilizado na filtração, em laboratório, de uma suspensão aquosa de barita (20 g de sólido/L de suspensão). De acordo com a curva obtida ao se lançar t/V versus V, pede-se: a) Estimar o parâmetro (razão entre volume de filtrado e volume de torta) para o quadro cheio. Resp.: = 28,5 b) Para uma produção de 15 m 3 /h de filtrado, determinar o n o de quadros de 30” x 30” (Filtros Schriver: área filtrante efetiva por quadro de 10,5 ft 2 ) e a espessura dos mesmos para que o tempo de filtração seja em torno de 2 h e 30min. OBS: A lavagem não é necessária; O tempo de desmantelamento, limpeza e montagem é estimado em 30 min. Resp.: a) = 27,1; b) Espessura 3,0 in e 45 quadros. 13. Problema 7, pg. 144, do livro do Massarani (2002) 1 ou pg. 177 do Massarani (1997) 2 . A 3usina de beneficiamento de caulim Celline de Mar de Espanha, MG, opera com uma bateria de filtros- prensa constituída por 210 quadros de 30 in (área filtrante efetiva por quadro10,5 ft 2 ) e 2 in de espessura. A produção da torta é de 5,8 ton/h, sendo, para cada ciclo, o tempo de filtração 55 min e o de desmantelamento, limpeza e montagem 20 min. O senhor Celline deseja aumentar a produção em 30% e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade de seu filtrado através da lavagem da torta com um volume de líquido de lavagem igual ao de torta. Sabe-se ainda, através de experiências conduzidas em laboratório, que nas condições operacionais a relação entre os volumes de filtrado e de torta é 9. Considerar nas novas instalações o tempo de desmantelamento, limpeza e 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0 5000 10000 15000 20000 25000 V (cm 3) t/ V (s /c m 3 ) 0 0,02 0,04 0,06 0,08 0,1 0,12 0 5000 10000 15000 20000 25000 V (cm3) t/V (s /c m 3 ) montagem é também 20 min e que a operação do sistema aumentado se fará à mesma queda de pressão que no sistema inicial. Considere que a lavagem é completa e que a pergunta para a questão é "Pede-se determinar quantos quadros (idênticos aos originais) devem ser adicionados ao filtro". Resp.: Deve-se adicionar 238 quadros. 14. Problema 8, pg. 144, do livro do Massarani (2002) 1 ou pg. 178 do Massarani (1997) 2 . O ferro velho de Maria da Graça dispõe de um filtro-prensa Shriver de metal, completo: placas e quadros de 30”, 20 quadros de 2” de espessura (área filtrante por quadro, 10,5 ft2). Determinar a capacidade do filtro operando com uma suspensão aquosa de carbonato de bário (70 g de sólido / L de água) a 30°C e com uma queda de pressão de 65 psi. A lavagem da torta, realizada nas mesmas condições que na filtração, deve empregar um volume de água de lavagem 1,5 vez o volume de torta. O filtro está aparelhado com placas de “3 botões”. O tempo de desmantelamento, limpeza e montagem é estimado em 20 min. Testes de laboratório conduzidos a 30°C e 65 psi em um único quadro com 11/4” de espessura e área filtrante de 456 cm2 levaram aos seguintes resultados: Tempo de filtração e volume de filtrado na condição de quadro cheio, 18 min e 14 L; Relação entre massa de torta e massa de torta seca, 1,5; A densidade do carbonato de bário é 4,1 g/cm3. Resp.: porosidade média da torta 0,67; relação volume de filtrado / volume de torta 19,2; volume de filtrado produzido em um ciclo completo da unidade industrial 9,52 x 10 3 L; tempo de filtração por ciclo 46,1 min; tempo de lavagem da torta 28,8 min; produção de filtrado 6020 L/h; produção de sólido seco 421 Kg/h. POR AVALIAR: 15. Problema 3, pg. 139, do livro do Massarani (2002) 1 . Foram obtidos os seguintes dados em filtro rotativo de laboratório com 3000 cm 2 de superfície filtrante, operando a uma queda de pressão de 0,73 atm. Rpm Vazão de Filtrado (l/min) 0,0117 0,370 0,0500 0,719 0,1200 0,897 0,3670 1,30 0,5700 1,47 Concentração de sólidos na alimentação: 55 g de sólidos / L de líquido; Ângulo de imersão do tambor: 80°; Relação entre a massa da torta e massa de torta seca: 1,85; Propriedades do filtrado: densidade 1 g/cm3 e viscosidade 1,1 cP; Densidade do sólido: 3,1 g/cm3. Determinar a resistividade e a porosidade média da torta e a resistência do meio filtrante. Resp.: Resistividade média da torta, 1,97 x 10 10 cm/g; resistência do meio filtrante, 1,37 x 10 -9 cm -1; porosidade média da torta, 0,725. _______________________________________________________________________________ 1 Massarani, G. (2002), Fluidodinâmica em Sistemas Particulados, 2 a ed., E-papers, Rio de Janeiro 2 Massarani, G. (1997), Fluidodinâmica em Sistemas Particulados, 1 a ed., Editora UFRJ, Rio de Janeiro
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