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4AVA 2018 Contabilidade Tributaria 4°

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CONTABILIDADE
TRIBUTARIA
 4° Semestre/ 2018
MÉTODO DE ESCRITURAÇÃO: Mecanismo do Débito e Crédito. Escrituração: os registros contábeis na constituição de entidades. A subscrição e a integralização do capital. A realização de capital com bens e direitos. Movimentação de estoques, sem impostos. Despesas gerais: custo com pessoal, serviços de terceiros, prêmios de seguros, aluguel, energia elétrica, cópias entre outras. Lançamentos de destinação do resultado. DIÁRIO E RAZÃO. RAZONETES. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO com abordagens dadas pela lei 12.973/2014
Constituição, escrituração e contabilização de uma empresa.
	Início de uma empresa
Para o surgimento de uma atividade profissional, necessitamos adquirir alguns conhecimentos e métodos para a sua execução.
A palavra método em contabilidade significa dizer que é uma técnica ou meio de fazer alguma coisa de acordo com um plano organizado, lógico e sistemático, e vai regular uma conduta dentro da empresa, para que tudo saia de acordo com a lei vigente teórica e prática. Tudo isso, através de fatos e registros contábeis que determinam a base legal para o bom andamento da empresa.
 
 
Vamos começar com a constituição da empresa.
Recursos dos sócios $.
Esse recurso (capital) é o ponto inicial do nascimento da empresa.
A contrapartida inicial é a conta Caixa.
Dessa sequência surgirão os investimentos na empresa.
 
Uma estrutura patrimonial terá a seguinte formatação:
Ativo – Passivo e PL.
Essa estrutura é o fundamento básico da demonstração contábil.
Dessa estrutura fundamental, sairá a posição financeira em determinado tempo, normalmente no fim do ano, ou de um período prefixado. É como se você tirasse uma foto da empresa e visse de uma só vez todos os bens, valores a receber e valores a pagar em determinada data/tempo.
O Balanço Patrimonial é constituído de duas colunas- como um T grande: a coluna do lado esquerdo denominada Ativo e a coluna do lado direito Passivo e Patrimônio Líquido.
Essa atribuição é uma mera convenção adotada mundialmente, onde sempre configurará o lado esquerdo para o Ativo, e o direito para o passivo e Pl.
 
Balanço Patrimonial (estrutura)
  Lado esquerdo                                        Lado direito
	Ativo
	Passivo e Patrimônio. Líquido
 
Vamos detalhar essa estrutura:
Ativo: são todos os bens, e direitos de propriedade da empresa, mensuráveis (medíveis) monetariamente, que representam benefícios presentes ou benefícios futuros para a empresa.
Bens: numerário, aplicações, mercadorias, veículos, máquinas, equipamentos, marcas etc.
Direitos: contas a receber, duplicatas a receber (clientes), títulos de créditos etc.
O Ativo concentra somente a parte positiva que for de sua propriedade, e possui domínio. Quando algum bem está em nosso poder significa dizer que temos uma posse (propriedade).
Portanto, para resumir tudo isso, podemos afirmar que um bem está em nosso poder, refere-se a uma posse dele.
Obs.: Nos negócios empresariais vão acontecendo modernidades, que ajudam as empresas, e, vejam esse exemplo: Leasing (aluguel) de um maquinário…temos a posse sobre ele, mas não temos a propriedade. E aí, nesse caso não é um Ativo da empresa.
 
Passivo: lado direito do Balanço patrimonial, onde encontraremos as obrigações, compromissos. De fato, a palavra Ativo tem uma conotação positiva, enquanto o Passivo tem um significado negativo, ou seja, no mundo dos negócios, obrigações, dívidas e, num sentido mais amplo, são os financiamentos (concessão de prazo para pagamento de dívida/obrigação).
 
 
 
Para fins didáticos (que proporciona instrução e informação), vamos dividir o Passivo em dois grandes grupos: Circulante e Não Circulante.
O Passivo Circulante (exigível) são as obrigações que normalmente serão pagas dentro de um exercício contábil, como: contas a pagar, fornecedores, impostos a pagar, empréstimos bancários etc.
Esse nome exigível é porque no instante que o compromisso/dívida vencer, será exigida (reclamada) sua pronta liquidação.
- Evidencia (mostra) toda obrigação (dívida/compromisso) que a empresa tem com terceiros: contas a pagar, fornecedores, impostos a pagar, empréstimos, financiamentos etc. O passivo é uma obrigação exigível, isto é, no momento em que a dívida vencer, será exigida (reclamada) sua liquidação. 
Passivo Não Circulante.
Também caracterizado como obrigação/dívida, só que longo prazo.
Longo prazo é um período de 360 dias após a data da publicação do Balanço Patrimonial, que a maioria tem como limite 31.12. (Final do exercício).
Patrimônio Líquido:
São os recursos dos proprietários aplicados no empreendimento (negócio). A aplicação inicial dos proprietários (a primeira aplicação) denomina-se, contabilmente capital subscrito.
O ¨princípio da entidade ¨ (contábil) reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade, e afirma a autonomia patrimonial, ou seja, a necessidade de se diferenciar o patrimônio da empresa do patrimônio dos sócios, acionistas ou proprietários da empresa. Em outras palavras: o entendimento é o de que a contabilidade deve ser executada e mantida para qualquer tipo de entidade como pessoa completamente distinta da pessoa física (ou jurídica) dos sócios ou acionistas
Entidade: esse conceito é comum o uso no que se refere a uma corporação ou companhia com ideia de pessoa jurídica.
O mais comum e almejado é o Lucro.
Esse lucro derivado das atividades operacionais da empresa pertence aos sócios, os quais fizeram seus investimentos nela, seria a remuneração do capital investido.
As reservas de lucros são adicionadas sempre ao Patrimônio Líquido, e daí, verificamos o crescimento da riqueza aplicada pelos proprietários/sócios.
O patrimônio Líquido caracteriza-se por aumentos de capital, e rendimentos desse capital aplicado no decorrer de suas atividades operacionais.
O mais comum, e almejado, é o Lucro.
Esse lucro derivado das atividades operacionais da empresa pertence aos sócios, os quais fizeram seus investimentos nela, seria a remuneração do capital investido.
As reservas de lucros são adicionadas sempre ao Patrimônio Líquido, e daí verificamos o crescimento da riqueza aplicada pelos proprietários.
 
Representação simplificada e funcional de um processo de Escrituração Contábil
Conceitos:
A identidade fundamental da Contabilidade é a base de todo o processo de escrituração e de acumulação de registros.
Ativo (–) Passivo= Patrimônio Líquido. Equação clássica e fundamental.
Esta expressão é adequada numa apresentação de balanço de forma dedutiva, na qual se faz a subtração de todas as contas do Passivo (no sentido aqui, restrito, de obrigações) das contas de Ativo, restando como resíduo, as de patrimônio líquido.
Ativo =Passivo + Patrimônio Líquido
Obviamente, se a soma das contas que constituem o Ativo for igual à soma dos valores das contas que integram o passivo, o valor do patrimônio líquido será nulo e a identidade será assim apresentada:
Ativo=Passivo.
 
Significados importantes para o contador:
Receita: o acréscimo de Ativo (com consequente aumento de Patrimônio Líquido) derivado das operações usuais do empreendimento e das operações acessórias que derivam da adequada política de manutenção de Ativos, tais como: receitas de serviços, de vendas, de comissão, de juros etc.
Segundo o IASB-International Accounting Standards Board- Receita é o ingresso bruto de dinheiro, contas a receber, ou outros valores que surgem no curso das atividades normais de uma empresa pela venda de mercadorias, prestação de serviços e pelo uso por terceiros de recursos das empresas, geradores de juros, royalties e dividendos.
Segundo o FASB-Financial Accounting Standars Board- Receitas são entradas ou outros aumentos de ativos de uma entidade, ou liquidação de seus passivos (ou a combinação de ambos), durante um período, proveniente da entrega ou produção de mercadorias, prestação de serviços, ou outrasatividades que constituem as principais operações em andamento da entidade.
Segundo o IBRACON- Receita corresponde a acréscimos nos ativos ou decréscimos nos passivos, reconhecidos e medidos em conformidade com princípios de contabilidade geralmente aceitos, resultantes dos diversos tipos de atividades e que possam alterar o Patrimônio Líquido.
 
Despesa: o decréscimo de Ativo (ou aumento de Passivo), com consequente decréscimo de Patrimônio Líquido, derivado de ações, decisões e trocas efetuadas pela administração no esforço de auferir receitas e de manter a empresa operando. Exemplo: salários, consumo de materiais, impostos e taxas.
Prof. Iudícibus (2003) conceitua: Despesa, em sentido restrito, representa a utilização ou consumo de bens e serviços no processo de produzir receitas. Note que a despesa pode referir-se a gastos efetuados no passado, presente ou que serão realizados no futuro. De forma geral, podemos dizer que o grande fato gerador de despesa é o esforço continuado para produzir receita, já que tanto despesa é consequência de receita, como receita pode derivar de despesa, ou melhor dizendo, a receita futura pode ser facilitada por gastos passados ou correntes (ou futuros). Ressalte-se, todavia, que quando bens e serviços são consumidos na produção de bens que ainda não deixaram a empresa, incorporam-se ao custo do produto, não se caracterizando, ainda, a despesa ou o custo de período.
 
Ganhos: (lucros, algo positivo somado ao patrimônio) ele é parecido com as Receitas, na equação (igualdade) patrimonial, que ocorre em alguns casos, como exemplo a venda de um imobilizado), ou são os mais comuns, como os de natureza operacional da empresa.
 
Perdas: têm efeitos semelhantes às despesas, na equação patrimonial, e são causados pelo mesmo tipo de evento que provoca os ganhos.
Obs.: alguns autores englobam perdas e ganhos nas despesas e receitas não operacionais, respectivamente. Entretanto, um ganho ou uma perda pode ser o resultado entre a comparação de vários eventos (como no caso da venda de ativos imobilizados, na qual o ganho, se existir, resulta da diferença entre o valor de venda conseguido menos o valor não depreciado do bem). A receita, a rigor, envolve apenas um acréscimo de Ativo, isolado, com consequente acréscimo de Patrimônio Líquido. A mesma diferença existiria entre perda (em alguns casos) e despesas operacionais.
 
Resumo de estática (equilíbrio) patrimonial
Exemplo: suponha uma balança (no fundo, a base é o Balanço Patrimonial) de dois pratos: coloca-se na esquerda o Ativo e no da direita o Passivo e PL. Se ambos tiverem valores (pesos) iguais, haverá um equilíbrio. Entretanto, normalmente Ativo, Passivo+PL apresentam valores diferentes. Assim a balança penderá para um dos lados, conforme o peso (valor) que se colocar para a obtenção do equilíbrio (no lado menos pesado).
Assim, se o Ativo for igual ao Passivo, a balança ficará em equilíbrio e não haverá necessidade de colocar o peso diferencial, Patrimônio Líquido (PL), em nenhum dos dois pratos.
Os casos em que o patrimônio Líquido deve ser colocado num dos dois pratos são fáceis de imaginar. Pode haver outros casos, todavia, não muito usuais a saber:
A entidade não tem Passivo, mas somente Ativo; logo, há necessidade de colocar um peso PL (valor) igual ao do Ativo no lado direito da balança.
A entidade não tem ativo, mas somente Passivo, logo, há necessidade de colocar um peso PL (valor) igual ao lado do Passivo no lado esquerdo da balança.
 
Formação da empresa e Contabilização (Débito e Crédito).
O Débito e o Crédito são as coisas mais importantes e salutares da contabilidade. É a maneira exata e confiável de se registrar os fatos contábeis na empresa.
Aquilo que ouvimos normalmente por aí: Tudo que entra debita, e tudo que sai credita, está completamente errado. Por quê?
Resposta: Há elementos patrimoniais no Ativo, e elementos patrimoniais no Passivo e PL.
Muito bem: vou chamar de famílias. Então quando entra alguma coisa na família do (ATIVO) debita-se, e quando sai alguma coisa dessa mesma família (Ativo) credita-se. Isso é bastante simples de entender, e é assim mesmo que funciona na prática. Exemplo: Abertura de uma conta/corrente no Banco X -$10. Ficaria assim: Débito na conta (elemento patrimonial) Banco X de $10 e Crédito da conta (elemento patrimonial) Caixa $10.
Nas outras duas famílias, vou chamar de (Passivo e PL) a coisa é o inverso: isto é, quando entra alguma coisa – credita-se, e quando saí debita-se. Exemplo: compra de mercadorias a prazo $15.Ficaria assim:
Crédito de Fornecedor (Passivo), e Débito de mercadorias (Ativo).
 
Então, vamos lá com o início funcional de uma empresa:
1ª. operação: Subscrição (compromisso assumido por escrito) do Capital Social
Diversas pessoas resolveram fundar uma sociedade anônima, denominada ¨Cia ABC S/A¨, com o capital registrado de $10.000 fracionado em 10.000 ações de $1,00 cada uma. A entidade iniciou suas atividades em 02.02. 20X1, e dedica-se ao ramo industrial X.
 
Após a subscrição do capital social, o Balanço tomou a seguinte forma:
Cia ABC- Balanço em 15.1.20X1
	ATIVO
	PASSIVO E PL
	 
	Patrimônio Líquido
	 
	 Capital                 $10.000   
Capital a realizar ($10.000)                    
 
Diário:
Débito de Capital a Integralizar =$10.000.
Crédito de Capital $10.000.
Desta operação de aporte de $10.000 resulta o surgimento da empresa.
	Débito
	Crédito
	$10.000,00
	 
	 
	 
Razonete
Capital a integralizar
 
Capital Social
	Débito
	Crédito
	 
	 $10.000,00
	 
	 
 
2ª. Operação: Integralização do Capital, em dinheiro, pelos acionistas
Nesta operação há apenas a troca entre os elementos do Ativo a saber: Caixa (dinheiro). A entidade recebe um novo Ativo (Caixa) no valor de $10.000.
Capital Nominal= o investimento inicial feito pelos proprietários de uma empresa é registrado pela contabilidade numa ¨conta chamada Capital.
Este é o capital nominal, que corresponde ao Patrimônio Líquido inicial.
Capital Próprio= corresponde ao conceito de Patrimônio Líquido abrange o capital inicial e suas variações.
Capital de Terceiros: este capital corresponde aos investimentos feitos na empresa, com recursos provenientes de terceiros. (Aquele que não é próprio, ou em outras palavras: pessoas externas à entidade: fornecedores, credores, outras contas a pagar etc.).
Capital Total à disposição da Empresa: São os valores disponíveis da empresa em um período determinado.
	ATIVO
	PASSIVO E PL
	 
	Patrimônio Líquido
	Caixa $ 10.000
	 Capital       $10.000
                   
 
 
 
Diário:
Débito de Caixa =$10.000.
Crédito de Capital a integralizar $10.000.
Razonete
Caixa
	Débito
	Crédito
	$10.000,00
	 
	 
	 
 
Capital a integralizar
	Débito
	Crédito
	 
	 $10.000,00
	 
	 
 
 
3ª. Operação – Aquisição de máquina/equipamento.
A empresa resolve adquirir em 10.2.20X1 mediante pagamento à vista, uma máquina/equipamento, no valor de $2.000.
Com essa transação a empresa adquiriu novo Ativo (máq. /equip), mas viu seu dinheiro (Caixa) diminuído do mesmo valor.
 
	ATIVO
	PASSIVO E PL
	Circulante
	 
	Caixa           $ 8.000
	 
	 
	 
	Ativo Não Circulante
	Patrimônio Líquido
	Máq./equip       $ 2.000
	Capital                      $10.000
	Total Ativo= $10.000
	Total Passivo e PL= $10.000
	 
	 
Então vamos contabilizá-la.
Cia ABC- Balanço em 10.2.20X1
Diário:
Débito: Máquinas/equip
Crédito: Caixa     $2.000.
Razonetes:
Máquinas/equip.
	Débito
	Crédito
	$2.000,00
	 
	 
	 
 
Caixa
	Débito
	Crédito
	 
	 $2.000,00
	 
	 
 
Notem sempre: o débito precisa ser igual ao crédito. Esse é o segredo da contabilidade.
 
4ª. Operação-Compra de Mercadorias.
	ATIVO
	PASSIVO E PL
	Circulante
	Circulante
	Caixa              $ 8.000
	Fornecedor              $5.000
	Mercadorias   $ 5.000
	 
	Ativo Não Circulante
	Patrimônio Líquido
	Máq. /equip       $ 2.000
	Capital$10.000
	Total Ativo= $15.000
	Total Passivo e PL= $15.000
	 
	 
Para iniciar suas atividades mercantis, a empresa necessita adquirir mercadorias que serão estocadas, a fim de aguardar posterior utilização, quando da prestação dos serviços a seus clientes.
Em 13.2.20X1, ela comprou mercadorias no valor de $ 5.000 a prazo.
 
Cia ABC- Balanço em 13.2.20X1
Diário:
Débito de Mercadorias $5.000.
Crédito de Fornecedor   $5.000.
 
Razonetes:
Mercadorias
	Débito
	Crédito
	$5.000,00
	 
	 
	 
Fornecedor
	Débito
	Crédito
	 
	 $5.000,00
	 
	 
	ATIVO
	PASSIVO E PL
	Circulante
	Circulante
	Caixa               $ 7.000
	Fornecedor              $5.000
	Mercadorias   $ 5.000
	 
	Ativo Não Circulante
	Patrimônio Líquido
	Máq. /equip       $ 2.000
	Capital                      $10.000
	Móveis/Utens  $ 1.000
	 
	Total Ativo=   $15.000
	Total Passivo e PL= $15.000
5ª. Operação-Compra de Móveis e Utensílios.
Adquiriu um Móveis e Utensílios 20.2.20X1 à vista $1.000.
Diário:
Débito de Móveis e Utensílios =$1.000.
Crédito de Caixa $1.000.
 
Razonetes:
Móveis/Utensílios
	Débito
	Crédito
	$1.000,00
	 
	 
	 
 
Caixa
	Débito
	Crédito
	 
	 $1.000,00
	 
	 
	ATIVO
	PASSIVO E PL
	Circulante
	Circulante
	Caixa               $ 6.000
	Fornecedor              $4.000
	Mercadorias   $ 5.000
	 
	Ativo Não Circulante
	Patrimônio Líquido
	Máq/equip       $ 2.000
	Capital                      $10.000
	Móveis/Utens  $ 1.000
	 
	Total Ativo=   $14.000
	Total Passivo e PL= $14.000
6ª. Operação-Pagamento de obrigação- mercadorias a prazo
Em 21.02.20X1 a Cia ABC pagou uma parte da dívida que havia sido feita na operação 4ª. acima. $1.000.
Diário:
Débito de Fornecedor =$1.000.
Crédito de Caixa         = $1.000.
 
Razonetes:
Fornecedor
	Débito
	Crédito
	$1.000,00
	 
	 
	 
Caixa
	Débito
	Crédito
	 
	 $1.000,00
	 
	 
 
7ª. Operação-Venda de mercadorias- Receita de vendas.
Em 25.02.20X1 a Cia ABC vendeu um lote de mercadorias que custou $800 por $1.100 a prazo.
Diário:
Débito de Clientes $1.100.
Crédito de Receita de vendas         = $1.100.
Débito de CMV      $800.
Crédito de Mercadorias (estoque).   = $800.
 
 
Razonetes:
Clientes (ctas a receber)
	Débito
	Crédito
	$1.100,00
	 
	 
	 
 
Vendas
	Débito
	Crédito
	 
	 $1.100,00
	 
	 
 
CMV (Custo merc. vendidas)
	Débito
	Crédito
	$800,00
	 
	 
	 
 
Mercadorias (estoque)
	Débito
	Crédito
	 
	 $800,00
	 
	 
 
RCM (Resultado- conta mercadorias=V-CMV)
Diário:
Débito-CMV $800.
Crédito- Mercadorias (saída) $800.
Razonetes:
CMV
	Débito
	Crédito
	$800,00
	 
	 
	 
 
Mercadorias (estoque)
	Débito
	Crédito
	
	 $800,00
	 
	 
	ATIVO
	PASSIVO E PL
	Circulante
	Circulante
	Caixa               $ 6.000
	Fornecedor              $4.000
	Mercadorias   $ 4.200
	 
	Clientes          $ 1.100
	 
	Ativo Não Circulante
	Patrimônio Líquido
	Máq. /equip       $ 2.000
	Capital                      $10.000
	Móveis/Utens  $ 1.000
	Lucro apurado         $     300
	Total Ativo=   $14.300
	Total Passivo e PL=$14.300
	 
	 
Obs.: Notem mais abaixo o DRE(Demonstrativo de Resultado para se apurar o lucro. Nesse caso apareceu $300.Comprou por $800 e vendeu por $1.100.
7ª. Operação-Pagamento de despesa- pagamento conta telefônica
Em 25.02.20X1 a Cia ABC pagou uma conta telefônica do mês $ 100 à vista
Diário:
Débito de Despesa com telefone =$100.
Crédito de Caixa         = $100.
 
Razonetes:
Despesa -telefone
	Débito
	Crédito
	$100,00
	 
	 
	 
 
Caixa
	Débito
	Crédito
	 
	 $100
	ATIVO
	PASSIVO E PL
	Circulante
	Circulante
	Caixa               $ 5.900
	Fornecedor              $4.000
	Mercadorias   $ 4.200
	 
	Clientes          $ 1.100
	 
	Ativo Não Circulante
	Patrimônio Líquido
	Máq./equip       $ 2.000
	Capital                      $10.000
	Móveis/Utens  $ 1.000
	Lucro apurado         $     200
	Total Ativo=   $14.200
	Total Passivo e PL=$14.200
	 
	 
Balanço Patrimonial após as operações do mês:
DRE (Demonstrativo de Resultado)
	Receita de Vendas
	$1.100
	(-) CMV
	($800)
	= Lucro Bruto
	  $300
	(-) Desp telel
	($100)
	Lucro exercício
	 $200
 
Nesse Balanço Patrimonial do 7º. lançamento foi deduzido $100 do Caixa e deduzido também do lucro que havia na venda de mercadorias de $300.Sobrando $200 no lucro.
Mas com os razonetes fechados abaixo teremos o destino exato dos valores que irão para o Balancete de Verificação, e Balanço Patrimonial.
 
Encerramento do mês em questão (fev20x1):
Reparem: aqui ficarão os saldos de cada conta (elemento patrimonial) já efetivados com todas as ocorrências, portanto os saldos finais remanescentes:
Caixa                                                    Mercadorias                              Clientes
	D
	 C
	 
	D
	 C
	 
	D
	 C
	$5900
	 
	 
	$4200
	 
	 
	$1.100
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
 
Máq/Equip                                            Móveis &Utens                       Fornecedor
	D
	 C
	 
	D
	 C
	 
	D
	 C
	$2.000
	 
	 
	$1000
	 
	 
	 
	$4000
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
 
Capital                                              Lucro exerc             
	D
	 C
	 
	D
	 C
	 
	$10000
	 
	 
	$200
	 
	 
	 
	 
	 
Exemplo de um Balancete de Verificação
CIA ABC
Balancete mensal de Verificação- Saldos apurados –Fev 20x1
	Contas (elementos patrimoniais)
	Natureza
	Débito-$
	Crédito-$
	 
	 
	 
	 
	Caixa
	Ativo Circulante
	5.900
	 
	Mercadorias
	Ativo Circulante
	4.200
	 
	Clientes
	Ativo Circulante
	1.100
	 
	Máquinas/Equip
	Ativo Não Circul.
	2.000
	 
	Móveis&Utens
	Ativo Não Circul
	1.000
	 
	Fornecedor
	Passivo Circulante
	 
	4.000
	Capital
	Patr. Líquido
	 
	10.000
	Lucro exerc
	Patr. Líquido
	 
	200
	Total
	 
	14.200
	14.200
O balancete de verificação é um demonstrativo auxiliar (suporte) que relaciona os saldos das contas remanescentes no diário, como notarão, as contas estão condizentes (que estão em harmonia, em proporção ou de acordo).
Informações importantes:
Sempre no Ativo teremos as contas (elementos patrimoniais) dispostos em ordem decrescente em grau de liquidez. Então teremos os elementos que apresentam maior grau de conversibilidade em recursos financeiros para os de menor grau de liquidez.
Sempre no Passivo teremos as contas (elementos patrimoniais) dispostos em ordem decrescente em grau de exigibilidade (obrigação ou dívida que, tendo chegado ao termo de seu vencimento, pode ser pedida para ser cumprida)
 O livro Razão é a informação detalhada (resumida) de cada conta (elemento patrimonial) que possibilita a apuração de resultados e feitura de demonstrações contábeis com precisão, veja acima o nosso balancete de verificação, Balanço Patrimonial, DRE, DVA etc.
ESTOQUES: Operações com Mercadorias com a contabilização básica do ICMS e do IPI. Utilizando os critérios de avaliação de estoques, Média Ponderada Móvel, PEPS e UEPS. Contabilização das operações pelo sistema de inventário permanente.
Está aula tem como objetivo apresentar as operações com Mercadorias com a contabilização básica do ICMS e do IPI. Utilizando os critérios de avaliação de estoques, Média Ponderada Móvel, PEPS e UEPS. Contabilização das operações pelo sistema de inventário permanente.
CMS- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações e IPI-Imposto de Produtos Industrializados).
Caros alunos, vejam a seguir a importância de se saber por que os impostos não fazem partedo estoque de mercadorias, e consequentemente sua contabilização:
 
Contabilização dos Impostos Recuperáveis:
Vamos partir do princípio de uma compra normal de mercadoria, e dela faz parte os impostos como ICMS e IPI.
Exemplificando: Balanço patrimonial do mês de 31/05/X0.Empresa (Industrial) que fabrica ventiladores industriais. Ela é contribuinte (contribuinte é uma pessoa física ou jurídica que realiza operações de comércio ou operações de circulação de mercadorias ou prestação de serviço de transporte intermunicipal e interestadual com volume ou habitualmente, -Lei Kandir-art. 4.).
Empresa comercial ABC S/A.
Ativo                                                              Passivo e PL                                                   
	Ativo Circulante
	 
	Passivo Circulante
	 
	Caixa
	$20.000,00
	Fornecedor
	$5.000,00
	Bancos
	$10.000,00
	Impostos a pagar
	$1.000,00
	Mercadorias
	$9.000,00
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Ativo Não Circulante
	 
	Patrimônio Líquido
	 
	Máquinas
	$45.000,00
	Capital
	$56.000,00
	 
	 
	Lucro exerc
	$22.000,00
	Total do Ativo
	$84.000,00
	Total Passivo e Pl
	$84.000,00
O estoque inicial era de 10 chapas de aço, no valor de $300,00 cada.
A empresa – ABC comprou à vista no dia 15/05/X0 20 unidades de chapas de aço a $270,00. Cada, totalizando $5.400. Pagamento foi à vista. Houve o imposto (ICMS de 18%), e IPI de 12%.
 Apuração do Custo (vamos por etapa, primeiro o ICMS e depois o IPI, para termos uma sequência mais dinâmica e simples do custo (valor do estoque):
 Então: a mercadoria custou $221,40 - cada chapa de aço (Já tirado o ICMS).
Vamos apurar o custo da compra. A mercadoria (chapas de aço) custou $5.400, a alíquota do ICMS é de 18% que está nessa compra.
Dessa forma, o valor das mercadorias é de $5.400, possui um ICMS (18%) de $972.Daí concluímos que o valor da mercadoria (chapas de aço) é de $4.428. Compramos um total de 20 chapas de aço, então cada uma custou $221,40.
Notem que o valor de $972 (ICMS) será recuperado, e a conta (elemento patrimonial) =ICMS a Recuperar será aberta para contemplar o ressarcimento futuro, na hora da venda.
Veja nesse caso de compra das chapas de aço, o custo foi de $4.428, e o ICMS a recuperar $972, o somatório = $5.400,00(valor da compra). Veja que mexemos em três contas (Caixa $5.400, Mercadorias $4.428 e ICMS a recuperar $972.
Portanto, a empresa possui um direito de recuperar, que são os $972 (ICMS a recuperar).
 
Planilha de estoque sem o tributo (ICMS), pois irá recuperar, e a empresa precisa ter o preço de custo real e ajustado nela.
Planilha de Estoque agora com IPI (lembrando que na prática se faz de uma só vez (ICMS e IPI) mas aqui estamos apenas destacando separadamente para fins didáticos, e de como o valor (custo) do estoque fica diminuído do tributo legal.
Obs.: Se fosse uma empresa comercial, ela não se beneficiaria desse IPI, portanto viraria custo.
Vamos usar o mesmo exemplo anterior, utilizado com ICMS de 18%, mas nessa iremos acrescentar um outro tributo recuperável- IPI (Imposto de produto industrializado de 12%). Ambos legais.
Vimos nas duas planilhas acima os cálculos dos tributos (ICMS e IPI) que deverão ser excluídos dos estoques, uma vez que serão recuperados pela empresa industrial ABC.
Então nessa planilha vamos colocar os valores certos (líquidos) sem (ICMS e IPI).
 Segundo Marion (2003, p.310-317). A legislação fiscal determina os tributos a serem cobrados nas operações de comercialização. Os tributos mais evidentes, são o IPI, o ICMS e o Imposto sobre Serviços (ISS). A incidência dos tributos é diferenciada de empresa industrial para empresa comercial, e diferenciada também para empresa prestadora de serviço. Portanto, existe uma diferenciação de uma empresa adquirente para outra, mas essa diferença ocorre também de uma empresa fornecedora para outra, exigindo muita atenção no estudo de legislação pertinente às operações da empresa especificada, bem como no estudo da legislação pertinente aos fornecedores.
No caso hipotético de uma empresa comercial que vende para o consumidor e compra de fabricante, o IPI deve ser incluído no custo da mercadoria (apesar de separado na nota fiscal), e o ICMS deve ser excluído, apesar de fazer parte do preço.
Para uma indústria que adquire matéria-prima pagando IPI e ICMS, nenhum desses impostos representará custo, uma vez que ao vender o produto final a empresa cobrará (recuperará) do cliente os impostos sobre vendas. Esses impostos, que não significam custos para a empresa (haverá sua recuperação), seja ela comercial, seja industrial, deverão ser destacados na ocasião da escrituração da mercadoria ou matéria-prima adquirida. Dessa forma teremos o estoque contabilizado por seu custo real, depurado do ICMS e do IPI (este último no caso de indústria).
Assim numa aquisição de material por $1.200.000, sendo o preço da mercadoria $1.000.000(estando aqui inclusos 18% de ICMS e $200.000 de IPI, teríamos os seguintes valores contabilizados como Estoque:
	Indústria
	Comércio
	Prestadora de serviço
	Irá recuperar o IPI e o ICMS $820.000 Exclui do custo o IPI e ICMS,
	Para o comércio que irá recuperar o ICMS $1.020.000 exclui do custo o ICMS
	Para uma prestadora de serviço que não terá a recuperação do IPI nem do ICMS $1.200.000 (Tanto o IPI como o ICMS tornam-se custos.
Agora a venda: essa mesma empresa vende essa matéria-prima, agora industrializada, por $1.400.000, com ICMS incluso no preço e incidência de IPI também de 20%. Para industrialização da matéria-prima, houve um custo de mão de obra e outros gastos de fabricação de $200.000.
Análise dos Resultados
	 
	PEPS
	UEPS
	MPM
	Vendas
	$782,00
	$782,00
	$782,00
	(-) CMV
	($479,18)
	($487,15)
	($480,80)
	Lucro
	$302,82
	$294,85
	$301,20
	Estoque Final
	$51,33
	$43,30
	$49,71
 
Observações importantes:
Podemos notar que o preço de compra das mercadorias aumenta ao longo do período em análise. Portanto, a empresa desenvolve suas atividades em uma economia em que ocorre um aumento do nível de preços ao longo do tempo (inflação). Nessa situação, a utilização do método UEPS gera um lucro contábil menor que o método PEPS.
No entanto, no caso de deflação, os resultados se inverteriam.
De acordo com a legislação fiscal brasileira, é lícita a utilização dos métodos PEPS ou MPM. Já a utilização do método UEPS para controle de estoques não é permitida.
Contabilização do tributo Simples Nacional de acordo com lei complementar 123/2006. e 155/2016
Esse tópico tem a função de informar como se deve calcular o recolhimento de tributos pelo Simples Nacional.
Caros alunos, antes de fazermos as contabilizações, é extremamente salutar observarmos as importantes informações abaixo baseadas em condutas legais:
Segundo Crepaldi (2015, p.362-365) -A Lei Complementar n. 123/2007 foi posteriormente alterada pela Lei Complementar n. 127 de 14 de agosto de 2007. As alterações no texto inicial do Novo estatuto tiveram como objetivos principais o aperfeiçoamento do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições –simples Nacional.
O Simples Nacional é regulamentado pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), instituído pelo Decreto n. 6038, de 7 de fevereiro de 2007.
O CGSN, vinculado ao Ministério da Fazenda, trata os aspectos tributários do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e é composto por representantes da União, dos Estados, do distrito Federal e dos Municípios.
Considera-se ME (Microempresa), para efeito do Simples Nacional, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano calendário, receita bruta igual ou inferior a R$360.000,00.
Considera-se EPP (Empresa de Pequeno Porte), para efeito do simples Nacional, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano calendário, receita bruta superior a R$360.000,00 e igual ou inferior a R$4.800.000,00.
Nota: parafins de enquadramento na condição de ME ou EPP, deve-se considerar o somatório das receitas de todos os estabelecimentos.
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes tributos:
Imposto de Renda da pessoa Jurídica (IRPJ).
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).
Contribuição para o PIS/Pasep.
Contribuição Patronal Previdenciária (CPP).
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação. (ICMS).
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
Notas: O recolhimento na forma do simples nacional não exclui a incidência de outros tributos que não tenham sido mencionados nessa lista. Mesmo para os tributos mencionados nesta lista, há situações em que o recolhimento dar-se-á à parte do Simples Nacional.
 
Todos os Estados e Municípios participam obrigatoriamente do simples Nacional. Entretanto, dependendo da participação de cada Estado no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, poderão ser adotados pelos estados limites diferenciados de receita bruta de EPP (sublimites) para efeitos de recolhimento do ICMS ou do ISS.
O sublimite adotado por um Estado aplica-se obrigatoriamente ao recolhimento do ISS dos municípios nele localizados.
 
Opção: Podem optar pelo Simples nacional as Microempresas (ME) e as Empresas de Pequeno porte (EPP) que não incorram em nenhuma das vedações previstas na Lei Complementar n. 123/2006, a qual teve alterações introduzidas pela Lei Complementar n. 147/2014.
 
Segundo RIBEIRO (2016, p.259): O Regime Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, aplicável às pessoas jurídicas consideradas como microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), nos termos definidos na Lei Complementar n. 123/2006.
Esse sistema constitui-se em uma forma simplificada e unificada de recolhimento de tributos, por meio da aplicação de percentuais favorecidos, incidentes sobre uma única base de cálculo, a receita bruta.
 
Microempreendedor Individual- (MEI)
A lei Complementar n. 128/2008, ao incluir dispositivos a LC n.123/2006, especificamente os artigos 18-A,18-B e 18-C, permitiu que o Microempreendedor Individual (MEI) opte pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo.
Considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art.966 da Lei n. 10406/2002-Código Civil, que tenha auferido receita bruta, no ano calendário anterior, de até R$81.000,00 (oitenta e um mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pelo Simples.
O Microempreendedor Individual recolherá, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, valor fixo mensal correspondente à soma das seguintes parcelas:
R$46,70 (quarenta e seis reais e setenta centavos) a título da contribuição previdenciária.
R$1,00 (um real), a título de ICMS, caso seja contribuinte desse imposto.
R$5,00(cinco Reais), a título do ISS, caso seja contribuinte desse imposto.
 
Não poderá optar pela sistemática de recolhimento na condição de MEI:
Cuja atividade seja tributada pelos Anexos IV ou V da Lei Complementar n. 123/2006, salvo autorização relativa a exercício de atividade isolada na forma regulamentada pelo Comitê Gestor.
Que possua mais de um estabelecimento.
Que participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador.
Que contrate mais de um empregado.
 
Benefícios Concedidos ao Contribuinte Optante Pelo simples Nacional
A pessoa jurídica que optar por se inscrever no Simples Nacional terá os seguintes benefícios, entre outros:
Tributação com alíquotas mais favorecidas e progressivas, de acordo com a receita bruta auferida.
Recolhimento unificado e centralizado de impostos e contribuições federais, com a utilização de um único documento de arrecadação denominado ¨DAS ¨, no qual estarão inclusos os impostos estaduais e municipais.
Cálculo simplificado do valor a ser recolhido, apurado com base na aplicação de alíquotas unificadas e progressivas, fixadas em lei, incidentes sobre uma única base de cálculo, a receita bruta mensal.
Possibilidade de adoção de livro Caixa, no qual serão escrituradas toda a movimentação financeira e bancária.
Parcelamento de débitos de forma favorecida, regulamentada pelo CGSN.
 
Impostos e Contribuições Abrangidos pelo Simples
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições devidos por microempresas ou empresas de pequeno porte:
Imposto sobre a Renda da pessoa jurídica (IRPJ).
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), exceto incidente na importação de bens e serviços.
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), exceto incidente na importação de bens e serviços.
Contribuição para o PIS/Pasep, exceto incidente na importação de bens e serviços.
Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei 8212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso de microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique às seguintes às seguintes atividades de prestação de serviços:
- Para os fatos geradores ocorridos a partir de 1º. janeiro de 2009: construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; e serviço de vigilância, limpeza ou conservação.
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).
Imposto de Serviço de Qualquer Natureza (ISS).
Formalização: Opção pelo Simples Nacional
Segundo RIBEIRO e PINTO (2016, p.262-264) a opção pelo Simples Nacional dar-se-á por meio da internet, sendo irretratável para todo o ano calendário.
No momento da opção, o contribuinte deverá prestar declaração quanto ao não enquadramento nas vedações estabelecidas na lei, independentemente da verificação do enquadramento segundo os códigos da CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) impeditivos ao Simples Nacional divulgados pelo CGSN.
 
Como regra, a opção deve ser realizada no mês de janeiro (até o último dia), produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano calendário da opção. Isso significa dizer que a opção feita até 31/01/2012 produz efeitos já a partir de 1/12/2012.
Observa-se que a ME ou EPP não poderá efetuar opção pelo Simples Nacional na condição de empresa em início de atividade depois de decorridos 180(cento e oitenta) dias da data de abertura constante do CNPJ, observados os demais requisitos referidos f1, adiante
Ø  No caso de início de atividade da ME ou a EPP no ano calendário da opção, deverão ser observadas as seguintes regras:
a.       A ME ou EPP, após efetuar a sua inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), bem como obter a sua inscrição municipal e estadual, caso exigíveis, terá o prazo de até 30 dias, contados do último deferimento de inscrição, para efetuar a oposição pelo Simples Nacional.
b.       Após a formalização da opção, a Secretaria da Receita Federal (RFB) disponibilizará aos Estados, Distrito Federal e Municípos a relação dos contribuintes para a verificação da regularidade da Inscrição Municipal ou Estadual, quando exigível.
c.       Os entes federativos deverão efetuar a comunicação à RFB sobre a regularidade na inscrição Municipal ou Estadual, quando exigível.
C.1 Até o dia 5 (cinco) de cada mês, relativamente às informações disponibilizadas pela RFB do dia 20 ao dia 31 do mês anterior.c.2 Até o dia 15(quinze) de cada mês, relativamente às informações disponibilizadas pela RFB do dia 1º. ao dia 9 do mesmo mês.
c.3 Até o dia 25 (vinte e cinco) de cada mês, relativamente às informações disponibilizadas pela RFB do dia 10 ao dia 19 do mesmo mês.
d. Confirmada a regularidade na inscrição Municipal ou Estadual, quando exigível, ou ultrapassado o prazo a que se refere a letra “c”, sem manifestação por parte do ente federativo, a opção será deferida, observadas as demais disposições relativas à vedação para ingresso no Simples Nacional.
e. A opção produzirá efeitos:
e.1 Para as empresas com data de abertura constante do CNPJ a partir de 1º. de janeiro de 2008, desde a respectiva data de abertura, salvo se o ente federativo considerar inválidas as informações prestadas pela ME ou EPP nos cadastros estaduais e municipal, hipótese em que a opção será considerada indeferida.
f. Validadas as informações, considera-se da data de início da atividade.
f.1 Para as empresas com data de abertura constante do CNPJ a partir de 1º. de janeiro de 2008, a respectiva abertura.
A RFB disponibilizará aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a relação dos contribuintes referidos neste artigo para verificação quanto à regularidade para a opção pelo Simples Nacional, e, posteriormente, a relação dos contribuintes que tiveram a sua opção deferida.
Quem está impedido de optar pelo Simples Nacional
São basicamente dois os requisitos básicos que impedem a opção pelo Simples nacional
¨             O primeiro deles está vinculado à receita bruta auferida pela pessoa jurídica.
¨             O outro está vinculado à atividade desenvolvida pela empresa.
Restrição vinculada à receita bruta
 
Não poderá recolher os impostos e contribuições na forma SIMPLES NACIONAL a ME ou EPP que tenha auferido, no ano calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a R$4.800.000,00 .
Observa-se que na hipótese de início de atividade do ano calendário imediatamente anterior ao da opção, o limite acima referido será R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), multiplicados pelo número de meses daquele período, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.
Deste modo, temos que se a empresa estiver pleiteando seu enquadramento no Simples Nacional e tiver sido constituída no ano imediatamente anterior deverá observar o limite proporcional da receita conforme quadro a seguir:
	Mês de início da atividade
	Número de meses de atividade
	Limite proporcional
	Fevereiro
	11
	R$4.400.000,00
	Março
	10
	R$4.000.000,00
	Abril
	9
	R$3.600.000,00
	Maio
	8
	R$3.200.000,00
	Junho
	7
	R$2.800.000,00
	Julho
	6
	R$2.400.000,00
	Agosto
	5
	R$2.000.000,00
	Setembro
	4
	R$1.600.000,00
	Outubro
	3
	R$1.200.000,00
	Novembro
	2
	R$800.000,00
	Dezembro
	1
	R$400.000,00
Atividade cujo ingresso no Simples Nacional é admitido
 
a)      Creche, pré-escola e estabelecimentos de ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios para concursos gerenciais e escolas livres. Exceto em ¨I¨e adiante.
b)      Agencia terceirizada de correios.
c)       Agencia de viagem e Turismo.
d)      Centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga.
e)      Agencia lotérica.
f)        Serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, solda, acabamento e revestimento em metais.
g)      Transporte municipal de passageiros.
h)      Escritórios de serviços contábeis, observado o disposto nos § 22-B e 22-C deste artigo;(incluindo pela Lei Complementar n.128/2008).
i)         Construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projeto e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores.
j)         Serviço de vigilância, limpeza ou conservação.
k)       Cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros.
l)         Academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais.
m)    Academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes.
n)      Elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante.
o)      Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação.
p)      Planejamento, confecção, manutenção.
q)      Empresas montadoras de estandes para feiras.
r)        Produção cultural e artísticas.
s)       Produção cinematográfica e de artes cênicas.
t)         Laboratórios de análise clínicas ou de patologia clínica.
u)      Serviços de tomografia, diagnóstico médico por imagem, registro gráficos e métodos ópticos, bem como ressonância magnética.
v)       Serviços de prótese em geral.
 
Obs.: Na hipótese da letra ¨h ¨, os escritórios de serviços contábeis, individualmente ou por meio de suas entidades representativas de classe, deverão:
- Promover atendimento gratuito relativo à inscrição, à opção e à primeira declaração anual simplificada do Microempreendedor individual (MEI), podendo para tanto, por meio de suas entidades representativas de classe firmar convênios e acordos coma a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio dos seus órgãos vinculados.
-Fornece, na forma estabelecida pelo Comitê Gestor, resultados de pesquisas quantitativas e qualitativas relativas às microempresas e empresas de pequeno porte optante pelo Simples nacional por eles atendidas.
-Promover eventos de orientação fiscal, contábil e tributária para as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional por eles atendidas.
Na hipótese de descumprimento das obrigações acima, o escritório será excluído do Simples Nacional, com efeitos a partir do mês subsequente ao descumprimento, na forma regulamentada pelo Comitê Gestor.
 
Segundo RIBEIRO (2016, p.270-280) a Base de Cálculo para a determinação do valor do imposto devido mensalmente pela ME e pela EPP optantes pelo Simples Nacional corresponde à receita bruta total mensal auferida.
Na hipótese de a ME ou a EPP possuírem filiais, deverá ser considerado o somatório das receitas brutas de todos os estabelecimentos.
Segundo disposição do CGSN, as Mês e as EPPs poderão se utilizar da receita total recebida, na forma a ser regulamentada, sendo essa opção irretratável para todo ano calendário.
Essa regulamentação se deu por meio da Resolução CGSN n. 38/2008, alterada pela Resolução CGSN n. 50/2008. Em linhas gerais, a referida Resolução estabeleceu que a partir de 01/01/2009, as ME e a EPP poderão, opcionalmente, utilizar a receita bruta total recebida no mês- regime de caixa-, em substituição à receita bruta auferida – regime de competência, exclusivamente para a determinação da base de cálculo mensal do tributo.
Considera-se receita bruta o produto de venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Cálculo do Imposto
A LC nº 155/2016 efetuou diversas alterações na LC nº 123/2006 (Simples Nacional). Alteração substancial foi na mudança do cálculo do valor devido mensalmente pelas microempresas e empresas de pequeno porte. Essa mudança de cálculo, que é aplicável a partir de 01.jan.2018 consiste na aplicação de alíquotas efetiva, calculada conforme fórmula abaixo, sobre a receita bruta auferida no mês, podendo tal incidência se dar, à opção do contribuinte, sobre a receita recebida no mês, opção essa irretratável para todo o ano-calendário.
          O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional será determinado mediante a aplicação das alíquotas efetivas, calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V, sobre a receita bruta auferida no mês (artigo 18 da LC nº 123/2006 c/ca redação dada pela LC nº 155/2016). Para efeito de determinação da alíquota nominal, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração.
          Em caso de início de atividade, os valores de receita bruta acumulada constantes dos Anexos I a V, devem ser proporcionalizados ao número de meses de atividade no período.
          Sobre a Receita Bruta auferida no mês incidirá a alíquota efetiva, podendo tal incidência se dar, à opção do contribuinte na forma regulamentada pelo Comitê Gestor, sobre a receita recebida no mês, sendo esta opção irretratável para todo o ano-calendário. 
          Cálculo da Alíquota Efetiva: para o cálculo da alíquota efetiva, deverá se aplicar a seguinte fórmula:
	A alíquota efetiva é o resultado de:
	RBT12xAliq-PD, em que:
             RBT12
I - RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração; 
II - Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V.
III - PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V.
          Os percentuais efetivos de cada tributo serão calculados a partir da alíquota efetiva, multiplicada pelo percentual de repartição constante dos Anexos I a V.  
Cálculo do Fator “R”
          Para algumas atividades de prestação de serviços o enquadramento no Anexo III ou Anexo V, dependerá do percentual encontrado na relação entre o total da folha de pagamento dos últimos 12 meses em relação ao faturamento obtido nos últimos 12 meses. Quando o nível de utilização da mão de obra remunerada for igual ou superior a 28%, a tributação será pela aplicação do Anexo III. Quando o nível de utilização da mão de obra remunerada for inferior a 28 %, a tributação será pela aplicação do Anexo V (artigo 18 da LC nº 123/2006, com as alterações dadas pela LC nº 155/2016).
          Fórmula para calcular o fator “R”.      
              Fator ‘R’ =  FP Folha de Pagamento dos últimos 12 meses  .
                                RB Soma da Receita Bruta dos últimos 12 meses
 
          Estão sujeitas ao fator “r” a partir de 2018: fisioterapia, arquitetura e urbanismo; medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem; odontologia e prótese dentária; psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, Podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite; administração e locação de imóveis de terceiros; academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas; empresas montadoras de estandes para feiras; laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodesia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; medicina veterinária; serviços de comissária, de despachantes, de tradução e de interpretação; representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros; perícia, leilão e avaliação; auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; jornalismo e publicidade; agenciamento; bem como outros serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual não relacionados no art. 25-A, § 1º, III, IV e IX; § 2º, I, da Resolução CGSN 94/2011.
          Abaixo está elencado algumas atividades que é o Fator “R” que definirá o Anexo que a empresa será tributada:
Recolhimento dos Tributos devidos.
Os tributos devidos deverão ser pagos até o vigésimo dia útil do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta.
Na hipótese de a ME ou EPP possuir filiais, o recolhimento dos tributos do Simples Nacional dar-se-á por intermédio da matriz.
O valor não pago até a data do vencimento sujeitar-se-á à incidência de encargos legais na forma prevista na legislação do imposto sobre a renda.
O documento de arrecadação é o DAS (Documento de Arrecadação do simples Nacional), e ele será impresso pelo aplicativo disponibilizado no portal da Receita Federal.
 
	ALGUMAS ATIVIDADES
	ANEXO
	MAS SUJEITA AO FATOR “R”
	Arquitetura e Urbanismo
	III
	Aplica o fator R
	Fisioterapia
	III
	Aplica o fator R
	Odontologia e Prótese dentária
	III
	Aplica o fator R
	Auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração.
	V
	Aplica o fator R
	Jornalismo e publicidade
	V
	Aplica o fator R
	Medicina Veterinária
	V
	Aplica o fator R
	Perícia, leilão e avaliação
	V
	Aplica o fator R
 
Empresa em Início de Atividade
 
          Considera-se empresa em início de atividade aquela que se encontra no período de 180 (cento e oitenta) dias a partir da data de abertura constante do CNPJ (Resolução CGSN nº 94, de 29/11/11, art. 2º, inciso IV). ATENÇÃO! A data de início de atividade é a data de abertura constante do CNPJ. (Resolução CGSN nº 94, de 29/11/11, art. 2º, inciso V).
          Para fins de determinação da alíquota, em caso de início de atividade, os valores de receita bruta acumulada constantes das tabelas dos Anexos I a V da Lei Complementar nº 123/2006 devem ser proporcionalizados pelo número de meses de atividade no período (Lei Complementar nº 123/2006, art. 18 , § 2º).
          Receita Bruta Acumulada (RBT12) Proporcionalizada é um critério utilizado nos 12 primeiros meses de atividade da empresa, cuja finalidade é o enquadramento na tabela de faixas de alíquotas do Simples Nacional.
          Assim, nos 12 primeiros meses de atividade, o enquadramento na tabela de faixas de alíquotas é feito com base na Receita Bruta Acumulada (RBT12) Proporcionalizada.
          No primeiro mês de atividade, será utilizada como receita bruta total acumulada, a receita do próprio mês de apuração multiplicada por doze (RBT12 proporcionalizada).
          Nos 11 (onze) meses posteriores ao do início de atividade, será utilizada a média aritmética da receita bruta total dos meses anteriores ao do período de apuração, multiplicada por 12 (doze).
Regras para emissão do DAS
Ele será emitido em duas vias e conterá:
·                  A identificação do contribuinte (razão social e CNPJ).
·                  O mês de competência.
·                  A data do vencimento original da obrigação tributária.
·                  O valor do principal, da multa e dos juros.
·                  O valor total.
·                  O número único de identificação do DAS, atribuído pelo aplicativo de cálculo.
·                  A data limite para recebimento do DAS pela rede arrecadadora.
·                  O código de barras e sua representação numérica.
É vedada a emissão do DAS com valor inferior a R$ 10,00(dez reais). O valor devido do simples Nacional inferior ao referido deverá ser diferido para os períodos subsequentes, até que o total seja igual ou superior a R$10,00(dez reais).
Documentos Fiscais
Segundo o artigo 26, inciso I da lei Complementar n.123/2006, as Microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional ficam obrigadas a emitir documento fiscal de venda ou prestação de serviço.
Livros contábeis e fiscais
O art. 27 da LC n.123 estabelece que as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar ¨contabilidade simplificada ¨para os registros e controles das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor.
A Resolução CGSN n.94/2011 impõe às ME e às EPP optantes pelo Simples Nacional a adoção para os registros e controles das operações e prestações por elas realizadas dos seguintes livros:
¨             Livro Caixa, no qual deverá estar escriturada toda a sua movimentação financeira e bancária.
¨             Livro deRegistro de Inventário, no qual deverão constar registrados os estoques existentes no término de cada ano calendário, quando contribuinte do ICMS.
  Livro Registro de Entradas, modelo 1 ou 1-A, destinados à escrituração dos documentos fiscais relativos às entradas de mercadorias ou bens e às aquisições de serviços de transporte e de comunicação efetuadas a qualquer título pelo estabelecimento, quando contribuinte do ICMS.
¨             Livro Registro de Serviços Prestados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos serviços prestados sujeitos ao ISS, quando contribuinte do ISS.
¨             Livro Registro de Serviços Tomados, destinado ao registro dos documentos fiscais relativos aos serviços tomados sujeitos ao ISS.
¨             Livro de Registro de Entrada e de Saída de Selo de Controle, caso exigível pela legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Os livros citados anteriormente poderão ser dispensados, no todo ou em parte, pelo ente tributante da circunscrição fiscal do estabelecimento do contribuinte, respeitados os limites de suas respectivas competências.
No tocante aos livros (Livro Registro de Serviços Prestados e Livro Registro de Serviços Prestados), estes poderão ser substituídos pela Declaração Eletrônica de Serviços, quando exigida pelo Município.
Além dos livros referidos na Seção 11.14.5, serão utilizados:
-Livro Registro de Impressão de Documentos Fiscais, pelo estabelecimento gráfico para registro dos impressos que confeccionar para terceiros ou para uso próprio.
-Livros específicos pelos contribuintes que comercializarem combustíveis.
-Livro Registro de Veículos, por todas as pessoas que interfiram habitualmente no processo de intermediação de veículos, inclusive como simples depositários ou expositores.
 
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado&idAto=92278
anexo 1
Anexo 2
Anexo 3
Anexo 4
Contabilização da Contribuição Social Sobre o Lucro (CSLL) e Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). Observação: Cálculo simplificado IRPJ e CSLL. Obs.: ênfase na contabilização e não no cálculo de acordo com a lei 12973/2014.
Apresentar a contabilização da Contribuição Social Sobre o Lucro (CSLL) e Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). Observação: Cálculo simplificado IRPJ e CSLL. Obs.: ênfase na contabilização e não no cálculo de acordo com a lei 12973/2014.
A partir de 2015, pela Lei no. 12.973/2014, a Receita Federal do Brasil (RFB) estabeleceu ajustes fiscais e contábeis na contabilidade das empresas que irão garantir a neutralidade tributária decorrente da diferença existente entre os critérios de reconhecimento de receitas e despesas oriundas das Leis 11.638/07 e 11.941/09.
Para tanto, através da RFB no. 1515/14 e alterações, apresentou como fazer os ajustes baseados na Lei 12973/2014.
Dessa forma teremos os ajustes necessários na contabilidade societária, sem alterar o valor patrimonial, mediante a inclusão de subcontas, sob o risco de verem tais diferenças tributadas imediatamente pelo Fisco.
Portanto, desde 01.01.2014, por opção do contribuinte, ou a partir de 01.01.2015, obrigatoriamente, todas as pessoas jurídicas, devem aplicar na contabilidade os ajustes fiscais de adoção inicial.
Então, faz-se necessário adotar:
Controle de subcontas.
Contas referenciais especificas na adoção inicial e/ou depois de sua adoção.
Controle de contas na Parte B do e-Lalur e do e-Lacs.
Ajustes na EFC.
Demonstrativos das diferenças de adoção inicial (Registro Y665 da EFC).
Livro Razão Auxiliar por Subcontas (RAS).
Regras especiais para as transações de adições e exclusões na apuração do lucro real.
Regras especiais para acompanhar a transição dos efeitos das diferenças de adoção inicial e dos pós adoção.
Demais exigências previstas na Lei e na IN.Diante disto, as empresas tiveram que adaptar-se até 31.12.2015.
Segundo AMORIM (2016, p.35-43): O Imposto sobre a Renda das empresas será devido à medida que os rendimentos, ganhos e lucros forem sendo auferidos. As receitas e despesas são auferidas segundo o regime de competência.
As formalidades da escrituração contábil (Livros Diário e Razão, escrituração contábil de filiais, documentação contábil, contas de compensação e a retificação de lançamentos contábeis) estão dispostas na Resolução CFC no. 1.330/2011, que aprovou a ITG 2000, que dispõe sobre a Escrituração Contábil.
A escrituração contábil consiste numa técnica contábil. Para Ribeiro (2010, p.78). ¨Escrituração é uma técnica contábil que consiste em registrar nos livros próprios (Diário, Razão, Caixa etc.) todos os acontecimentos que ocorrem na empresa e que modifiquem ou possam vir a modificar a situação patrimonial¨.
Os apontamentos dos registros de apuração dos tributos (impostos, taxas e contribuições sociais) são feitos pela contabilidade tributária.
Segundo Fabretti (1998, p.25), a contabilidade tributária é ¨o ramo da contabilidade que tem por objetivo aplicar na prática conceitos, princípios e normas básicas da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada¨.
 
A legislação de regência é que define a base de cálculo, alíquota, apuração e recolhimento do imposto e contribuições, seja ele federal, estadual ou municipal.
Em relação ao Imposto de Renda das Pessoas Jurídica (IRPJ), a base de cálculo será determinada com fundamento no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31/03 ,30/06, 30/09 e 31/12 de cada ano-calendário, de acordo com as regras previstas na legislação de regência.
 
A alíquota do IRPJ é de 15%, mais um adicional de 10%, sobre a parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor resultante da multiplicação de R$20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração. A CSLL= 9%.
A pessoa jurídica pode optar em apurar o Imposto de Renda pelo período anual. Neste caso, obrigatoriamente, terá que antecipar o pagamento do imposto por estimativa e apurar o lucro real em 31/12 de cada ano.
Obs.: o valor do adicional do imposto sobre a renda da pessoa jurídica será recolhido integralmente, não sendo permitidas quaisquer deduções.
 
Receita Bruta
O conceito de receita bruta está definido pelo art. 2º. da Lei no.12973/2014 e art. 3º. da Instrução Normativa (IN) RFB no. 1515/2014, que alterou a redação do art. 12 do Decreto-Lei 1598/1977. Trata-se, portanto, de uma das inovações trazidas por estas normas fiscais.
A Receita Bruta compreende:
O produto da venda de bens nas operações de conta própria.
 O preço da prestação de serviços em geral.
O resultado auferido nas operações de conta alheia.
As receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos incisos I a III.
Na receita bruta, incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do Ajuste a Valor Presente (AVP), de que trata o inciso (VIII do caput do art. 183 da Lei no. 6405/76.
Na receita bruta, não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na condição de mero depositário.
 
A seguir algumas definições:
Valor presente (AVP) e valor justo (AVJ) não são sinônimos.
Valor Justo (Fair Value): é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre as partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com s ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória (NBC TG 12).
Valor Presente (Present Value): é a estimativa do valor corrente de um fluxo de caixa futuro, no curso normal das operações da entidade. (NBC TG 12).
 
Assim, enquanto o AVP tem como objetivo efetuar o ajuste para demonstrar o valor presente de um fluxo de caixa futuro, o AVJ tem como primeiro objetivo demonstrar o valor de mercado de determinado ativo ou passivo.
 
Apuração e Registro Contábil:
Apuração:Venda de mercadorias a prazo, em janeiro de 2015, mediante a emissão de duplicatas, com vencimento a longo prazo para receber em 2017, a saber:
Valor da negociação pré-fixada – R$12.000,00.
Prazo de recebimento ao final de 15 meses.
Taxa de juros (conhecida) – 4% ao mês.
Custo da mercadoria vendida (CMV) – R$3.500,00.
 
Cálculo do AVP-Ajuste a Valor Presente.
 
R$12.000,00 / (1+ 0,04).
VP = R$12.000,00 / 1,80094.
VP= R$6.663,19.
Então o AVP (Ajuste a Valor Presente) = R$12.000,00-R$6.663,19
AVP= R$5.336,81.
 
 
 
Registro Contábil:
O artigo 4º. da Lei no.12973/2014 diz que o AVP deve ser registrado em conta separada do Ativo e com destaque. A lei societária diz o mesmo que a lei fiscal.
Assim, temos:
Pelo registro da venda:
D- Clientes (Ativo Não Circulante)                  R$12.000,00
C- Receita Bruta de Vendas (Resultado)        R$12.000,00.
 
 
Pelo registro AVP:
D- AVP sobre Receita bruta (resultado)             R$5.336,81.
C- AVP- Clientes –Juros a apropriar (ANC)       R$5.336,81.
 
Pela baixa das mercadorias do estoque:
D- CMV (Resultado)             R$3.500,00.
C- Estoques (AC)                 R$3.500,00.
 
Apropriação mensal dos juros sobre as vendas (1º. mês de 2015):
D- AVP- Clientes – Juros a apropriar (ANC)      R$ 355,79.
C- Receitas financeiras (Resultado)                   R$ 355,79.
Cálculo dos Tributos (IRPJ- CSLL)
 
Na determinação da base de cálculo do lucro presumido e arbitrado, o percentual de presunção do imposto será aplicado sobre a receita bruta de R$12.000,00.
Caso a pessoa jurídica seja tributada pelo lucro real e recolha os tributos com base na receita bruta, a base de cálculo estimada do lucro real também será de R412.000,00.
Receita Líquida: A receita líquida, conforme artigo 3º. §1º., da IN RFB no.1515/2014, será receita bruta diminuída de:
Devoluções de vendas canceladas.
Descontos concedidos incondicionalmente.
Tributos sobre ela incidentes.
Valores decorrentes do Ajuste a Valor Presente (AVP), de que trata o inciso do caput do art. 183 da Lei no. 6404/76, das operações vinculadas à receita bruta.
 
Observa-se neste caso, a mudança ocorrida do conceito anterior de ¨receita líquida¨ para a atual redação: consiste na inclusão do item IV que trata do AVP, previsto no inciso VIII, do art. 183, da Lei no.6404/76 (Lei das S.A.).
Portanto, os valores decorrentes do AVP compõem o montante da receita bruta, mas deve ser diminuído na determinação da receita líquida.
O imposto devido sobre o lucro real será calculado mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre o lucro real, sem prejuízo da incidência do adicional de 10%, aplicável a parcela do lucro que exceder ao valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração. CSLL = 9%.
 
 
 
 
 
Exemplo prático
 
DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício)
	Receita Bruta de Vendas
	R$12.000,00
	(-) AVP sobre a Receita Bruta
	(R$5.336,81)
	= Receita Líquida
	R$ 6.663,19
	(-) CMV/CPV
	(R$3.500,00)
	=Lucro Bruto
	R$3.163,19
	(+) Receita financeira
	R$355,79
	=Lucro Líquido antes do IRPJ
	R$3.518,98
 
IRPJ= 15% e CSLL=9% sobre $3,518,98.
 
Demonstração do Lucro Real
Partindo do princípio de que a empresa apura o IRPJ pelo regime de estimativa e, ao final do mês de janeiro de 2015, levantou balancete de suspensão/redução, temos:
	Lucro Líquido antes do IRPJ
	R$3.518,98
	(+) adições
	R$5.336,81
	(-) exclusões
	(R$355,79)
	=Lucro real antes da compensação de prejuízos
	R$8.500,00
	(-) Compensação de prejuízos fiscais
	(R$ 0,00)
	=Lucro real
	R$8.500,00
	 
	 
 Lucro real
A forma de opção e pagamento do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas que optarem pelo regime de tributação do lucro real está disposto nos arts.22 a 120 da IN RFB no.1515/2014.
Nestes artigos, estão dispostos procedimentos inerentes à Compensação de prejuízos fiscais, Combinação de negócios, Ganhos ou perdas de capital, Incorporação, Fusão ou Cisão, Participação societária em estágios, Arrendamento mercantil, Despesas pré-operacionais, Depreciação, Amortização, Intangível, Imobilizado, Ajuste a valor justo e Ajuste a valor presente, dentre outros.
Obs.: A adoção da forma de pagamento do imposto, ou seja, trimestral (art.1º. da Lei 9430/96 e art. 220 RIR/1999) ou anual (art. 2º.§3º. da Lei no. 9430/1996 e art. 221 do RIR/1999), é definitiva para todo o ano-calendário. O Fisco não aceita retificação de DARF (Solução de Consulta no. 216/2001, da 8ª. Região Fiscal).
 
Considerações Preliminares
Segundo Coronado (2012, p.15): ¨No Brasil, existem diferentes critérios para a classificação das empresas em micros, médias e grandes, dependendo da instituição responsável por tal classificação ¨.
Para fins fiscais, a lei Complementar no. 123/2006 classifica as empresas segundo o seu porte em microempresa e empresa de pequeno porte.
São consideradas microempresas a pessoa jurídica que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou superior a R$360.000,00, e igual ou inferior a R$3.600.000,00.
No Brasil, de acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade (NBC T 19.41- Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas), aprovada pela Resolução CFC no. 1255/2009, são tidas como pequenas e médias empresas as sociedades por ações, fechadas (que não permitam negociação de suas ações ou outros instrumentos patrimoniais ou de dívida no mercado e que não possuam instrumentos patrimoniais ou de dívida no mercado e que não possuam ativos em condição fiduciária perante um amplo grupo de terceiros), mesmo que obrigadas à publicação de suas demonstrações contábeis, desde que não estejam enquadradas pela Lei 11628/07 como sociedades de grande porte.
As sociedades limitadas e as demais sociedades comerciais, desde que não enquadradas pela lei no. 11638/07 como sociedades de grande porte, também são tidas como pequenas e médias empresas.
Sejam micros, pequenas, médias ou grandes empresas há uma forma pertinente de tributação perante a legislação do Imposto sobre a Renda. A princípio fica a critério da pessoa jurídica determinar (escolher) a sua, porém, em alguns casos, o Fisco impõe a que será aplicada.
Segundo CREPALDI (2014, p.332) - No Lucro Real anual a empresa paga o IR apenas sobre o lucro apurado durante o ano, nem mais, nem menos. Se apurar lucro, recolhe o imposto, caso verifique prejuízo fiscal, não paga.
Essa é uma vantagem: a possibilidade de, durante o ano-calendário, a empresa compensar integralmente o prejuízo de um mês nos lucros do mês seguinte.
As empresas e atividades sujeitas a sazonalidade podem encontrar uma boa solução no Lucro Real anual, uma vez que a temporada de prejuízos fiscais pode ser compensada com a de lucros. Assim, mesmo que a apuração final indique ganho, o IR pode ser menor.
A desvantagem do Lucro Real é que não há possibilidade de se pagar o IR devido parceladamente, como acontece no lucro real trimestral.
As alíquotas dos tributos para cálculo do IRPJ e da CSLL nessa modalidade são:
15% para o lucro real.
10% de Adicional sobre o Lucro acima de R$240.000,00/ano ou R$20.000,00 / mês.
CSLL :9% sobre qualquer lucro apurado, sem limite de valor.
Resumindo: No Lucro Real, os dois tributos (IRPJ + CSLL) variam de 24% (15% +19%) a 34% (25% + 9%), aplicados sobre o Lucro e não sobre a Receita.
A apuração pelo Lucro Real pode ser trimestral ou anual.
A apuração pelo Lucro real só é recomendada quando a empresa apresenta resultados relativamente uniformes durante o ano. Se houver sazonalidade nas operações, com Lucro em um mês e Prejuízo em outro, este prejuízo só será compensado no limite de 30% do Lucro do período, e isso provocará maior desembolso para o pagamento do IRPJ e CSLL.
Já na apuração pelo Lucro Real Anual, a empresa pode levantar balanços mensais acumulados, cujos resultados positivos (Lucros) e negativos (prejuízos) são compensados automaticamente no período de apuração, sem limitação.
Só para enfatizar: no caso de opção pelo Lucroreal, a alíquota do PIS muda, passa de 0,65% para 1,65%, ao passo que a da COFINS passa de 3% para 7,6% da Receita, ou seja, quase 10% na Receita.
Entretanto, neste caso, podem ser feitas deduções da base de cálculo da Receita sobre algumas despesas, como energia elétrica, aluguel de imóvel de propriedade de pessoa jurídica, leasing, materiais aplicados e serviços prestados por outras pessoas jurídicas diretamente ligadas à produção dos serviços (vale lembrar que despesas telefônicas não são dedutíveis), e, com isso, a alíquota efetiva passa a ser inferior a 1,65% ou a 7,6%.
Deduções da Receita Bruta: devoluções de vendas, abatimentos, descontos incondicionais, impostos incidentes sobre a venda de acordo com a lei 12.973/2014.
Demonstrar as contabilizações nas vendas envolvendo tributos com devoluções, abatimentos e descontos.
Impostos - Taxas -Mercadorias.
Segundo Crepaldi (2014, p.35) -Contabilidade Fiscal e Tributária é um ramo da
Contabilidade que tem por objetivo o estudo da teoria e a aplicação prática dos conceitos, dos princípios e das normas básicas da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada. Representa uma área de especialização da contabilidade, tendo como o objetivo principal atender a legislação nas três esferas, União, Estado e Município, dessa forma busca-se cumprir a obrigação principal que é gerar o tributo, e também cumprir as obrigações acessórias que é gerar as informações de como se chegou ao montante do tributo. É também o ramo da Contabilidade responsável pelo gerenciamento dos tributos incidentes nas diversas atividades de uma empresa.
A Constituição Federal cuida de definir as possibilidades e os limites da tributação, ela determina quais tributos podem ser instituídos, e sob que forma serão praticados na Federação.
 
Segundo o CTN(Código Tributário Nacional)  art 3º. diz : ¨Tributo é a receita financeira derivada, compulsoriamente em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir que, não constitua sanção por ato ilícito , instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada ¨
  
Segundo Fabretti ( 2006,p.104-105) diz: analisando esse artigo, pode-se resumir o conceito de tributo, afirmando que é sempre um pagamento compulsório em moeda, forma normal de extinção da obrigação tributária.
Logo, tributo é gênero e as espécies são impostos, taxas e contribuições.
 Os impostos ou taxas sobre vendas incidem sobre vendas e guardam proporcionalidade com o preço de venda.
Por um lado, quanto maior for o montante de venda, maior será o montante de impostos ou taxas sobre vendas. Por outro lado, se a empresa nada vender, não serão gerados impostos e taxas sobre vendas.
São considerados impostos sobre vendas segundo (Iudícibus e Marion.2009, p.81):
IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados- de competência da União (governo federal). A Alíquota (taxa) do IPI varia de acordo com o produto, ou seja, tratando-se de produtos de primeira necessidade, a alíquota é baixa ou até mesmo zero (produtos alimentícios, vestuário, calçado, matéria-prima básica etc.); tratando-se de produtos supérfluos, a alíquota é elevada, podendo chegar, como é o caso de cigarros, bebidas, perfumes, automóveis etc.
ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações- de competência dos Estados e do Distrito Federal. Alguns impostos sobre vendas que eram de competência da União foram, com a Constituição de 1988, para o alcance do ICMS (por exemplo: Imposto único sobre Energia Elétrica, Imposto Único sobre Minerais, imposto sobre Combustíveis e Lubrificantes).
O ICMS incide também sobre a entrada de mercadoria importada, ainda que se trate de bens destinados ao consumo ou ao ativo imobilizado das empresas.
Algumas mercadorias não se enquadram na tributação do ICMS. Temos casos de isenção. Cada Estado tem sua pertinência para legislar.
O que chamamos de imposto por dentro é que o valor do tributo não se recupera, e sim incorpora ao valor da mercadoria.
 Assim ao adquirir uma determinada mercadoria por R$1.000,00, com ICMS incidente pela alíquota de 17%, significa que o custo da mercadoria corresponde a R$830,00, e o ICMS a R$170,00. Nesse caso, o total da Nota Fiscal será igual a R$1.000,00.
É um imposto neste caso colocado como não cumulativo, portanto é o valor apontado em uma operação, nesse exemplo :  a compra que será compensada do valor incidente na operação subsequente, que é a venda.
A alíquota (porcentagem) poderá variar em função do tipo de mercadoria, do destino, da origem etc. Veja mais detalhes no final deste tópico.
ISS: Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (também conhecido pela sigla ISS) - de competência dos municípios e do Distrito Federal, por este não possuir municípios. As alíquotas variam de acordo com as legislações municipais e de acordo com a natureza dos serviços.
Costuma-se calcular o ISS mensalmente, mediante a aplicação de uma alíquota X, variável em cada município sobre o valor dos serviços prestados no referido mês.
Ele deve ser recolhido no mês seguinte do fato gerador.
PIS/COFINS: Programa de Integração Social  e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social quando calculado pela aplicação de uma alíquota sobre a soma das receitas que entram no cálculo do lucro operacional (líquido), delas podendo ser excluídos alguns valores, tais como : as vendas canceladas, as devoluções de vendas, os descontos incondicionais, o IPI, as reversões de provisões e recuperações de créditos (que não representem ingresso de novas receitas), o resultado positivo da avaliação de investimentos pela equivalência patrimonial e os lucros/dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição.
Temos uma base para  cálculo das contribuições devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, referentes ao PIS e COFINS, é o faturamento do mês, que corresponde à receita bruta. Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas, sendo irrelevantes o tipo de atividade exercida pela pessoa jurídica e a classificação contábil adotada para as receitas, consideradas as exclusões e isenções permitidas pela legislação.
A contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) incide sobre o valor do faturamento mensal das empresas. O faturamento compreende a receita bruta, assim entendida a totalidade das receitas auferidas, inclusive as receitas classificadas como não operacional.
Contribuinte: São contribuintes da COFINS empresas de direito privado, inclusive aquelas equiparadas pela legislação do imposto de renda, empresa pública, associações de economia mista e suas subsidiárias, entidades submetidas aos regimes de liquidação extrajudicial e falência, e instituições financeiras.
Apuração: A apuração da COFINS será mensal, e o regime de reconhecimento das receitas é o da competência. As empresas sujeitas ao regime de tributação com base no lucro presumido que tiverem optado pelo regime de caixa para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social, poderão adotar o mesmo regime para a apuração da Cofins.
O valor da Cofins deverá ser apurado por meio da aplicação de 3% sobre a base de cálculo apurada.
A apuração e o pagamento da Cofins serão efetuados, de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da empresa. O conceito deste tópico, porém, não se aplica às empresas tributadas com base no Super Simples.
 
 
A Constituição Federal cuida de definir as possibilidades e os limites da tributação, ela determina quais tributos podem ser instituídos, e sob que forma serão praticados na Federação.
 Os impostos ou taxas sobre vendas incidem sobre vendas e guardam proporcionalidade com o preço de venda.
Por um lado, quanto maior for o montante de venda, maior será o montante de impostos ou taxas sobre vendas. Por outro lado, se a empresa nada vender, não serão gerados impostos e taxas sobre vendas.
São considerados impostos sobre vendas segundo (Iudícibus e Marion, p.81):

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