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Recursos no Processo Civil e Ação Monitória

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Agravo
É o recurso interposto perante juízo "ad quem", com o objetivo de reformar uma decisão interlocutória (que não põe fim ao processo) proferida pelo juízo "a quo". O prazo para sua interposição é de 10 (dez) dias. Via de regra ele é interposto na forma retida, porém poderá se dar por instrumento quando a decisão for suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, quando a decisão for denegatória do recurso de apelação ou quando se referir aos efeitos em que esta é recebida.
Fundamentação:
Art. 522 a 529 do CPC
Agravo Regimental
No processo civil, o agravo regimental é aquele interposto para impugnar decisões tomadas individualmente pelo relator de outro recurso. São também denominados "agravinhos" e estão previstos no regimento interno dos tribunais. O prazo para sua interposição é de cinco dias.
No processo trabalhista, o agravo regimental também está previsto no regimento interno dos tribunais e será interposto para o Tribunal Pleno do TST das decisões proferidas pelo Corregedor do TST.  O artigo 235, da Resolução Administrativa nº 1295/08, indica os casos em que cabem o agravo regimental, que será interposto no prazo de oito dias.
Fundamentação:
Art. 709, § 1º da CLT
Agravo retido
É o recurso interposto contra decisão interlocutória cuja apreciação não é feita de imediato, e sim no julgamento de eventual apelação. Prevê o artigo 523, "caput", do Código de Processo Civil, que "na modalidade de agravo retido o agravante requererá que o tribunal dele conheça, preliminarmente, por ocasião do julgamento da apelação". O agravo retido é processado nos mesmos autos do processo principal, devendo ser interposto no prazo de dez dias, contados da intimação das partes. Porém, contra as decisões proferidas em audiência, o agravo retido deverá ser interposto imediata e oralmente, sendo vedada a sua interposição por escrito.
Fundamentação:
Arts. 522, parágrafo único, 523 e 527, II do CPC
Agravo de instrumento
Trata-se de uma exceção, vez que a regra é a interposição de agravo retido. É o recurso cabível contra as decisões interlocutórias suscetíveis de causar lesão grave e de difícil reparação a uma das partes, cuja apreciação precisa ser feita de imediato pela instância superior.
Como exemplo de cabimento, esta no caso em que o juízo a quo não admite a interposição de apelação, ou ainda quando o recurso for relativo aos efeitos em que a apelação é recebida.
Para a sua apreciação, o instrumento deve preencher os requisitos do art. 525 do CPC.
Fundamentação:
Art. 522, 524 a 529, 475-H; 475-M, § 3º; 475-O, § 2º, inciso II, e 497 do CPC
Decisão interlocutória
É o ato pelo qual o juiz decide questão incidental com o processo ainda em curso. Note-se que a decisão interlocutória não põe fim ao processo, diferente da sentença. Via de regra, contra tal decisão do juiz cabe agravo retido, no prazo de dez dias, ou oral e imediato, caso a parte anseie recorrer de decisão proferida durante a audiência.
Se, no entanto, a demora na decisão pode causar grave dano de difícil e incerta reparação à parte, esta pode se valer do agravo de instrumento.
Fundamentação:
Art. 162, § 2º do CPC
Art. 522 do CPC
Art. 800, I do CPP
Ação Monitória
“A Ação Monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel”. É o conceito expresso no art. 1102a do CPC.
Como se observa, quem dispuser de um cheque ou uma nota promissória prescrita, uma anotação de débito ou qualquer outro documento escrito que não preencha os requisitos de um título executivo extrajudicial, pode manejar a ação monitória para conferir a este documento a condição de título executivo judicial, transformando o processo em ação de execução de título judicial.
Ultrapassa-se assim, toda uma fase de cognição, própria de uma ação de conhecimento comum (como uma ação de cobrança).
Bem, o procedimento da ação monitória funciona da seguinte forma: ajuizada a ação, a parte requerida é citada para, no prazo de 15 dias, efetuar o pagamento, entregar a coisa ou opor embargos (mesmo que a contestação do procedimento ordinário), sob pena de constituir-se o mandado inicial em título executivo judicial, iniciando-se daí em diante o procedimento de Execução.
Recurso Extraordinário e Recurso Especial
O Recurso Extraordinário e o Recurso Especial são recursos excepcionais dirigidos ao Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça. Estes instrumentos processuais visam discutir a manutenção da autoridade e unidade da interpretação jurídica em matéria constitucional e legislação federal.
Mas quando são cabíveis? Como se processam? 
Pois bem, este curso pretende responder alguns destes questionamentos, abordando os principais conceitos e implicações decorrentes da interposição destes recursos.
Pela complexidade da matéria, convém ressaltar que o presente curso não tem a pretensão de esgotar o tema, mas relatar as principais notícias.
O que se entende por questão principal e questão incidente?
A questão principal é sempre o pedido da demanda, enquanto que a questão incidente é uma pendência que deve ser examinada como pressuposto para que o pedido seja conhecido.
A questão incidente é avaliada na fundamentação da decisão, por outro lado, a questão principal será analisada no dispositivo da decisão. Com isso, constata-se que a questão incidente não faz coisa julgada. Não obstante a coisa julgada atinge a solução da questão principal.
Por fim, cabe ressaltar que é inviável afirmar que a questão incidente é sempre incidental ao processo e a questão principal é sempre objeto a ser discutido no processo. A escolha do posicionamento da questão se é incidental ou prejudicial dependerá da vontade do autor.
Se o autor coloca a questão prejudicial como fundamento do pedido e o réu em sua defesa nega a existência da questão prejudicial, terá o autor, após a intimação, 10 dias, para promover a ação declaratória incidental.
Embargos de Terceiro
Os embargos de terceiro podem ser explicados como medida processual que visa a intervenção de uma terceira pessoa num processo judicial que se já se encontra em curso.
 
Essa intervenção objetiva demonstrar que as consequências daquele processo influenciarão diretamente na posse desse terceiro, que não tem nenhuma relação com as partes. Dessa forma, o terceiro não poderia sofrer limitações ou supressão de sua posse por ordem ou atos judiciais de apreensão, os quais ele não é parte, conforme determina o art. 1.046 do CPC:
 
Art. 1.046.  Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, sequestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer Ihe sejam manutenidos ou restituídos por meio de embargos.
 
Os embargos de terceiro também serão admitidos nos casos do art. 1.047 do CPC, em que a posse do terceiro será defendida contra atos decorrentes de ações de divisão, demarcação, partilha, fixação de rumos e ainda nos casos em que uma pessoa é credora de outra cujos bens se encontram em situação de risco em virtude de medida judicial de outro processo:
 
Art. 1.047.  Admitem-se ainda embargos de terceiro:
I - para a defesa da posse, quando, nas ações de divisão ou de demarcação, for o imóvel sujeito a atos materiais, preparatórios ou definitivos, da partilha ou da fixação de rumos;
II - para o credor com garantia real obstar alienação judicial do objeto da hipoteca, penhor ou anticrese.
Para essa ação é necessário que a pessoa comprove a sua posse, bem como a condição de terceiro ou a este equiparado por força de lei.
 
O juiz, quando se deparar com provas suficientemente da posse do terceiro poderá conceder medida de caráter liminar ou antecipatório, desde que seja prestada caução de garantia, em caso da reversibilidade da medida.

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