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DIFERENÇA AÇÃO DE EXECUÇÃO, MONITÓRIA E COBRANÇA

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Cheque: prazos e ações judiciais 
cabíveis para cobrança 
Publicado por Batistute Peloi e Advogados Associados 
Fonte: https://batistutepeloi.jusbrasil.com.br/artigos/239726353/cheque-prazos-e-acoes-judiciais-
cabiveis-para-cobranca 
 
 
 
O cheque é regulamentado pela Lei nº 7.357, de 02 de 
setembro de 1985, ao passo que trata-se de um título executivo 
extrajudicial, que goza de presunção de liquidez, certeza e 
exigibilidade, por força do Código de Processo Civil. 
Na forma do artigo 59, da Lei nº 7.357/85, o prazo para 
ingresso com Ação de Execução do cheque (procedimento mais 
célere) é de 6 meses a partir da data que expira o prazo para a 
apresentação do título para pagamento. 
Nos termos do art. 33 da referida Lei, no caso de praças iguais, 
o prazo para apresentação é de 30 dias e, praças diferentes, 60 
dias. Entende-se por cheque da mesma praça aquele em que o 
local designado como sendo o de emissão é o mesmo município 
onde se encontra a agência pagadora do sacado, sendo de 
praças distintas aquele em que não coincidem (art. 11 da Res. 
BC nº 1682/90). 
Transcorridos esses prazos, o cheque perde a sua força 
executiva, ou seja, não mais poderá ser movida a ação de 
execução de título extrajudicial, entretanto poderá o credor 
pleitear a cobrança judicial de seu crédito, por meio das 
seguintes ações. 
Perdido o prazo da execução, o credor tem a seu favor a Ação 
Cambial de Enriquecimento Ilícito, que embora mais lenta que 
a ação de execução, lhe dá a praticidade de não ter que fazer 
outras provas no processo além da apresentação do cheque. O 
prazo para ingresso de tal ação é de dois anos a contar do 
término da ação executiva, nos termos do artigo 61, da Lei 
nº 7.357/85. 
Vencidos o prazo da ação de execução e o da ação cambial, o 
credor pode valer-se da Ação Monitória, prevista no artigo 
1.102. A, e seguintes, do Código de Processo Civil, tendo em 
vista que o prazo prescricional para propositura da ação em 
questão é de 3 anos, a contar da data de emissão do cheque, 
consoante o inciso VIII,do § 3º, do artigo 206, da lei processual 
civil. 
Destaca-se que a Ação Monitória, por seu procedimento, 
mostra-se na prática mais célere que a Ação Cambial, no 
entanto o credor deverá apresentar outras provas além do 
cheque, como a origem do crédito e o histórico do cheque, a 
fim de provar substancialmente o alegado crédito. 
Derradeiramente, perdendo o credor os prazos para propor a 
Ação de Execução, Ação Cambial e Ação Monitória, poderá 
ainda propor Ação de Cobrança, pois segundo o disposto 
no Código Civil (artigo 206, parágrafo 5º, inciso I) o prazo para 
se cobrar dívida líquida é de 5 (cinco) anos, contados da data 
de emissão do cheque, ciente de que nesta modalidade o 
cheque transforma-se apenas em meio de provas, o qual será 
analisado pelo Juízo conjuntamente com várias outras provas 
que necessariamente serão produzidas no processo, pois trata-
se de procedimento amplo e de produção irrestrita de provas. 
 
Diego Fernando Peloi - OAB/PR 62.940.

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