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Geom. Anal´ıtica I Respostas do Mo´dulo I - Aula 4 1 Geometria Anal´ıtica I 21/02/2011 Respostas dos Exerc´ıcios do Mo´dulo I - Aula 4 Aula 4 1. [HB] Se A = (2, 5), B = (8,−1) e C = (−2, 1) sa˜o os ve´rtices deste triaˆngulo, vemos que os lados AB e AC sa˜o perpendiculares pois 〈−→ AB, −→ AC 〉 =〈 (6,−6), (−4,−4) 〉 = 6 · (−4) + (−6) · (−4) = −24 + 24 = 0. Consequente- mente, o triaˆngulo e´ retaˆngulo e o aˆngulo reto ocorre no ve´rtice A. 2. a. Seja r paralela a s : 2x + 5y = 1 que passa por (1, 2). Podemos escrever r : 2x + 5y = c. De fato, como r e´ paralela a s, elas sa˜o ambas perpendiculares ao vetor (2, 5) (veja Definic¸a˜o 4.15). Como (1, 2) ∈ r, 2 · 1 + 5 · 2 = c⇒ c = 12. Assim r : 2x + 5y = 12. b. Seja r perpendicular a s : −3x + y = 1 que passa por (−3, 1). O vetor v = (−3, 1) e´ normal a s, logo paralelo a` reta r. Podemos enta˜o achar um vetor normal a r considerando um perpendicular a v, por exemplo, o vetor (1, 3). Assim, Podemos escrever r : 1x + 3y = c. Como (−3, 1) ∈ r, 1 · (−3) + 3 · 1 = c⇒ c = 0. Assim, r : x + 3y = 0. c. r : y = 0. 3. Primeiro, vamos achar pontos B′ e C ′, nas semiretas AB e AC, respectiva- mente, tais que |−−→AB′| = |−−→AC ′| = 1. Assim, o triaˆngulo AB′C ′ sera´ iso´sceles, Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Geom. Anal´ıtica I Respostas do Mo´dulo I - Aula 4 2 de base B′C ′. Assim sendo, a mediana AM de AB′C ′ sera´ tambe´m bissetriz do aˆngulo B̂′AC ′ = B̂AC. Podemos fazer, enta˜o −−→ AB′ = 1∣∣∣−→AB∣∣∣−→AB = 1√5(2, 1) = ( 2√ 5 , 1√ 5 ) −−→ AC ′ = 1∣∣∣−→AC∣∣∣−→AC = 1√37(1,−6) = ( 1√ 37 ,− 6√ 37 ) (A observac¸a˜o da pa´gina 42 do Mo´dulo mostra que, qualquer que seja o vetor −→v , o vetor 1|−→v |−→v e´ unita´rio, isto e´, tem norma 1.) Assim, −−→ AB′ = ( 2√ 5 , 1√ 5 ) e A = (−1, 2) ⇒ B′ = ( 2√ 5 − 1, 1√ 5 + 2 ) −−→ AC ′ = ( 1√ 37 ,− 6√ 37 ) e A = (−1, 2) ⇒ C ′ = ( 1√ 37 − 1,− 6√ 37 + 2 ) Com isso, podemos calcular M , ponto me´dio de B′ e C ′: M = 1 2 ( 2√ 5 − 1 + 1√ 37 − 1, 1√ 5 + 2− 6√ 37 + 2 ) = ( 2 2 √ 5 + 1 2 √ 37 − 1, 1 2 √ 5 − 6 2 √ 37 + 2 ) Assim, −−→ AM e´ dado por −−→ AM = ( 2 2 √ 5 + 1 2 √ 37 − 1− (−1), 1 2 √ 5 − 6 2 √ 37 + 2− 2 ) = ( 2 2 √ 5 + 1 2 √ 37 , 1 2 √ 5 − 6 2 √ 37 ) Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Geom. Anal´ıtica I Respostas do Mo´dulo I - Aula 4 3 Logo, a bissetriz pode ser escrita na forma parame´trica vetorial −→ AP = t · ( 2 2 √ 5 + 1 2 √ 37 , 1 2 √ 5 − 6 2 √ 37 ) , t ∈ R, ou, parametricamente, x = −1 + ( 2 2 √ 5 + 1 2 √ 37 ) t y = 2 + ( 1 2 √ 5 − 6 2 √ 37 ) t , t ∈ R Note que escolhemos B′ e C ′ tais que |−−→AB′| = |−−→AC ′| = 1. Esse “1” na˜o era obrigato´rio; bastaria garantirmos |−−→AB′| = |−−→AC ′| para que o triaˆngulo AB′C ′ fosse iso´sceles. Assim, poder´ıamos fazer B′ = B e obter C ′ tal que |−−→AC ′| = |−→AB| = √5 (veja figura abaixo). 4. Vamos pensar em uma forma geral de resolver exerc´ıcios deste tipo. Tome dois pontos P e Q (distintos!) na reta r. Procedendo como no Exemplo 4.13, podemos achar sues sime´tricos P ′ e Q′ em relac¸a˜o a` reta s. A reta r′ sera´, enta˜o, a reta determinada por P ′ e Q′. Procedendo assim, encontramos: a. 16x− 13 y + 33 = 0 b. 2x− 3 y = 3. 5. Procedendo como no Exemplo 4.12 (lembrando-se de que cos 30◦ = √ 3/2), voceˆ podera´ obter 3x+ ( 6 + 5 √ 3 ) y− 9− 5 √ 3 = 0 e 3 x+ ( 6− 5 √ 3 ) y− 9 + 5 √ 3 = 0. Chegou a uma resposta totalmente diferente? Na˜o se desespere! Os coefi- cientes dependem de algumas escolhas que voceˆ fara´ durante a soluc¸a˜o. Por Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Geom. Anal´ıtica I Respostas do Mo´dulo I - Aula 4 4 exemplo, voceˆ poderia obter tambe´m (3− √ 3)x+(1+3 √ 3) y−4−2 √ 3 = 0 e (3+ √ 3)x+(1−3 √ 3) y−4+2 √ 3 = 0. Achando estranho respostas ta˜o diferentes? Bom, essas respostas na˜o sa˜o assim ta˜o diferentes. Veremos que os pares de retas acima sa˜o ideˆnticos. Vamos analisar as retas r : 3x + ( 6 + 5 √ 3 ) y − 9− 5 √ 3 = 0 e s : (3− √ 3)x + (1 + 3 √ 3) y − 4− 2 √ 3 = 0. Estudando o sistema { 3 x + ( 6 + 5 √ 3 ) y −9− 5√3 = 0 (3−√3) x +(1 + 3√3) y −4− 2√3 = 0, vemos que 3 3−√3 = 3 3−√3 · 3 + √ 3 3 + √ 3 = 9 + 3 √ 3 6 = 3 + √ 3 2 , 6 + 5 √ 3 1 + 3 √ 3 = 6 + 5 √ 3 1 + 3 √ 3 · 1− 3 √ 3 1− 3√3 = −39− 13√3 −26 = 3 + √ 3 2 e −9− 5√3 −4− 2√3 = −9− 5√3 −4− 2√3 · 4 + 2 √ 3 4 + 2 √ 3 = 66 + 22 √ 3 22 = 3 + √ 3 2 . Assim, os coeficientes e os termos independentes sa˜o todos proporcionais, logo, as retas sa˜o concorrentes (isto e´, ideˆnticas!). 6. Antes de comec¸armos, uma observac¸a˜o. So´ podemos dizer que −−→ CD e´ a projec¸a˜o ortogonal de −→ AB sobre r se C for a projec¸a˜o de A sobre r. Do contra´rio, seria mais correto dizer que −−→ CD e´ equipolente a` projec¸a˜o ortogo- nal de −→ AB sobre r, ou que −−→ CD e´ a projec¸a˜o de −→ AB sobre um vetor diretor de r. O vetor−→v = (2, 3) e´ um vetor diretor da reta r. Assim, a projec¸a˜o ortogonal de −→ AB = (1, 4) sobre r e´ equipolente a` projec¸a˜o ortogonal de −−→ CD sobre −→v , que e´ dada por pr−→v −→ AB = 〈(2, 3), (1, 4)〉 |(2, 3)|2 (2, 3) = 14 13 (2, 3) = ( 28 13 , 42 13 ) . Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Geom. Anal´ıtica I Respostas do Mo´dulo I - Aula 4 5 Assim, como −−→ CD = ( 28 13 , 42 13 ) e C = (2, 1), temos D = ( 28 13 + 2, 42 13 + 1 ) = ( 54 13 , 55 13 ) . 7. O Exemplo 4.11 mostra como se calcula a mediatriz de um segmento. Seguindo essa ideia, podemos obter r. O vetor −→ AC (que representa um dos lados do quadrado) fara´ um aˆngulo de 45◦ com o −→ AB (que representa a diagonal do quadrado). Use isso e o fato de que C ∈ r para obter C. Da mesma forma, obteˆm-se D (na verdade D surgira´, naturalmente, ao se calcular C, devido ao mo´dulo da expressa˜o do aˆngulo entre vetores). Os pontos sa˜o: C = (5,−1) e D = (1, 3) (ou o contra´rio, dependendo de suas escolhas.). 8. a = 2 e b = 5. 9. Sabendo que M = (2, 2) e´ o ponto me´dio da diagonal AC, com A = (1, 1), obtemos facilmente o ponto C = (3, 3). Os pontos B e D podem ser obtidos usando-se que −−→ MB e´ perpendicular a AC e que |AB| = √10. Assim, B = (4, 0) e D = (0, 4) (ou o contra´rio, dependendo de suas esco- lhas.). 10. Como a hipotenusa BC esta´ sobre a reta r : 2x+ 3y = 5, temos que B ∈ r. Usando enta˜o o fato de que a abscissa de B e´ −2, temos B = (−2, 3). Assim, resta achar o ponto C = (xC , yC). Sabemos que C ∈ r e que −→AB e−→ AC sa˜o perpendiculares, assim, { 2xC + 3yC = 5 〈(−3, 4), (xC − 1, yC + 1)〉 = 〈−→AB,−→AC〉 = 0 ⇒ C = (xC , yC) = (41/17, 1/17) 11. Como −→ AB e´ paralelo a (2, 1), temos que B pertence a` reta de equac¸a˜o parame´trica vetorial r1 : −→ AP = t · (2, 1). Por outro lado, como a projec¸a˜o ortogonal de B sobre r : x + 3y = 5 e´ o ponto C = (2, 1), temos que B pertence a` reta de equac¸a˜o parame´trica vetorial r2 : −→ AP = t · (1, 3) (verifique!). Assim, B ∈ r1∩ r2 = {(11/5, 8/5)}. Usamos o fato de que A e´ ponto me´dio de BB′ para achar o ponto B′ = (−1/5, 2/5), Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ Geom. Anal´ıtica I Respostas do Mo´dulo I - Aula 4 6 12. Intersectando a reta r (que conte´m um dos lados) sobre a reta s (que conte´m uma diagonal), achamos um dos ve´rtices. Este ve´rtice podeser tanto o A quanto o B, na˜o importa; escolhamos A, enta˜o. Assim, A ∈ r ∩ s = {(3,−1)}. Sabendo que M = (1, 1) e´ o ponto me´dio de AC, temos C = (−1, 3). Podemos determinar o pontos B de va´rias formas, por exemplo: • Encontramos a mediatriz m de AC (veja Exemplo 4.11), e B sera´ a intersec¸a˜o de m com r. • Usamos o fato que B ∈ r e que −−→MB e −−→MA sa˜o perpendiculares (que implicara´ 〈−−→ MB, −−→ MA 〉 = 0). De qualquer forma, achamos B = (1/3, 1/3). Encontramos D, sabendo que M e´ ponto me´dio de BD. Assim, D = (5/3, 5/3). Refereˆncias [HB] Gabarito elaborado pelo professor Humberto Bortolossi, primeiro semestre de 2005. Fundac¸a˜o CECIERJ Conso´rcio CEDERJ