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CONTABILIDADE RURAL

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Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, V. 3, N° 1, art. 11, p 179-194, abril 2014, ISSN 2317-0727 
Revista Ampla de Gestão Empresarial 
 www.revistareage.com.br 
 
ADEQUAÇÃO DOS CUSTOS NA CULTURA 
PERMANENTE 
 
 
João Carlos Farber 1 
Miguel Ferreira Luz 2 
Fleuri Cândido Queiroz 3 
Wanderley Adaid Munhoz 4 
Indira Coelho de Souza 5 
 
 
RESUMO 
 
O empresário rural hoje está pagando mais pelos insumos necessários para o cultivo 
e recebendo menos pelo seu produto depois de colhido. Tendo essa base, o 
empresário rural deve procurar meios para diminuir o custo da produção, evitando os 
desperdícios e melhorando o planejamento e controle de suas atividades, o que 
possibilita gerar informações necessárias, exatas e oportunas sobre a situação real 
da produção e do resultado das culturas de sua propriedade. Através do presente 
artigo objetiva-se elaborar um estudo sobre o custo de produção aplicado ao 
agronegócio, especificamente, na cultura da banana com o intuito de apresentar o 
resultado da cultura em relação ao período analisado. Por meio da pesquisa dessa 
cultura, verificou-se que a cultura da banana apresenta lucro significativo. Concluiu-
se que à utilização de ferramentas de controle e gerenciamento de custos propiciam 
informações ao usuário que servem para auxiliar no processo decisório da atividade 
rural. O gerenciamento e planejamento da produção propiciam informações para 
melhorar o desempenho econômico e financeiro da atividade do agronegócio. 
 
Palavras chave: Gestão de Custos, Contabilidade Gerencial, Contabilidade Rural e 
Contabilidade de Custos. 
 
 
1 Mestre em Controladoria e Contabilidade Estratégica. Professor da Faculdade Peruíbe. 
2 Doutor em Contabilidade e Controladoria. Professor da Faculdade Peruíbe. 
3 Especialista em Marketing. Professor da Faculdade Peruíbe. 
4 Mestre em Administração. Professor da Faculdade Peruíbe. 
5 Mestre em Administração. Coordenadora da Faculdade Peruíbe. 
Adequação dos Custos na Cultura Permanente 
Farber, J.C. ; Luz, M.F. ; Queiroz, F.C. ; Munhoz, W.A. ; Souza, I.C. 
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Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, V. 3, N° 1, art. 11, p 179-194, abril 2014, ISSN 2317-0727 
INTRODUÇÃO 
 
A contabilidade de custos surgiu a partir da Revolução Industrial, com o 
surgimento das máquinas e, assim com a importância da produção. Antigamente, a 
produção era artesanal, familiar e em pequenas quantidades. 
Nessa época, as empresas apenas compravam e revendiam mercadorias, ou 
seja, dedicavam-se mais aos produtos que era vendido no comercio. Hoje em dia os 
agricultores estão pagando cada vez mais pelos insumos necessários para o cultivo 
e recebendo menos pelo seu produto após a colheita. O empresário rural deve ir à 
busca de meios para minimizar o custo de sua produção, evitando os desperdícios e 
melhorando o planejamento e controle das atividades exercidas, buscando gerar 
informações necessárias e oportunas sobre a situação real da produção. 
Considerando um mercado de concorrência, qualquer tentativa de aumentar o 
lucro passando pelo aumento de preço, tem reações imediatas na redução das 
vendas. Nesse sentido, com o objetivo de aumentar os lucros, as empresas têm-se 
voltado para melhorar a gestão de custos através de sua atividade. Assim, com o 
passar do tempo, a contabilidade de custos foi adquirindo novas funções; entre elas 
duas são as mais significativas: a de controle e a de ferramenta para tomadas de 
decisões. 
Atualmente o papel do controle de custos e administração como responsáveis 
pelo controle econômico das atividades e seus eventos, não têm desempenhado a 
mesma razão, deixando muitas vezes os administradores dos empreendimentos 
agrícolas sem ferramentas necessárias para a tomada de decisões seguras. Diante 
disso se faz necessário que o administrador procure por todos os meios, reduzir os 
seus custos de produção, os quais são representados pelos custos de utilização dos 
insumos, mão-de-obra e máquinas. 
O presente estudo visa desenvolver em estudo racional das particularidades 
dos custos componentes do processo de produção agrícola com a utilização 
adequada dos métodos de custeamento, fornecendo ao administrador agrícola das 
pequenas e médias empresas, subsídios necessários e simplificados de apropriação 
adequada dos custos na produção agrícola na cultura permanente. 
Através do estudo pode se identificar que a Cultura Permanente é aquela 
cultura que proporciona mais de uma colheita ou produção, do ponto de vista da 
Adequação dos Custos na Cultura Permanente 
Farber, J.C. ; Luz, M.F. ; Queiroz, F.C. ; Munhoz, W.A. ; Souza, I.C. 
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pesquisa basta à cultura durar mais de um ano e propiciar mais de uma colheita 
para se classificar Cultura Permanente. 
Diante dessa perspectiva, a presente pesquisa tem por objetivo elaborar o 
custo da produção da Banana, analisando os custos fixos e variáveis referentes à 
produção da cultura presente citada. Por meio do presente estudo, busca-se 
evidenciar ao produtor sua real situação, tanto econômica, quanto financeira. A 
questão chave que se busca responder na presente pesquisa é a seguinte: quais 
são os custos fixos e variáveis da produção que envolve a cultura permanente da 
Banana, em um período correspondente o 1º Semetre de 2010, 2º Semestre de 
2010 e 1º Semestre de 2011, na propriedade em estudo no Vale do Ribeira? 
 
Metodologia 
A presente pesquisa é de caráter documental já que se utiliza como fonte de 
pesquisa documentos oficiais retirados de dados verdadeiros das empresas. 
Segundo Lakatos e Marconi (2001, p.43): A característica da pesquisa 
documental é a fonte de coleta de dados restrita a documentos, escrito ou não, 
constituindo o que se denomina de fontes primárias. Podem ser feitas no momento 
em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois. 
O objetivo da pesquisa documental é recolher, analisar e interpretar as 
contribuições teóricas já existentes sobre determinado fato, assunto ou idéia. 
A pesquisa Bibliográfica é elaborada com base em material já publicado. 
Nesse tipo de pesquisa se utiliza material impresso, como livros, revistas, jornais 
entre outros Conforme Lakatos e Marconi (2010, P.166). 
A característica da pesquisa é quantitativa, que, segundo o exposto 
Richardson et al (1999:70), “caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas 
modalidades de coleta de informações quanto no tratamento delas por meio de 
técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio-padrão, 
à mais complexas como coeficiente de correlação, análise de regressão etc 
A pesquisa utiliza dados tirados do Centro de Estudos Avançados em 
Economia Aplicada (CEPEA – USP/ESALQ) “Hortifruti”. 
A presente pesquisa mostrará a forma de Custeio em uma produção rural de 
banana apurando os custos fixos e variáveis desta Cultura Permanente. 
 
Adequação dos Custos na Cultura Permanente 
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2 EMBASAMENTO TEÓRICO 
 
O presente estudo busca mostrar a importância da contabilidade para a 
tomada de decisão dos produtores rurais 
A Contabilidade Rural existe há muitos anos e é um dos principais sistemas 
de controle de informações das empresas rurais, mas apesar disto, é bem pouco 
utilizada como ferramenta de gerenciamento pelos produtores para auxiliar em suas 
atividades. 
Por ser um importante instrumento gerencial eladeve ser mais valorizada 
pois, através de suas informações, ajuda no planejamento e controle, assim 
acarretará numa melhor tomada de decisão, sendo que, financeiramente, controla 
custos, ajuda a decidir por diversificação de culturas e comparação de resultados. 
Segundo Crepaldi (2006, p. 85): “a Contabilidade Rural também fornece 
informações sobre condições de expandir-se, sobre necessidades de reduzir custos 
ou despesas, necessidade de buscar recursos, etc”. 
Contabilidade irá auxiliar o produtor nas horas certas de investir o que pode 
ser investido, no que investir, quanto, sempre com um bom planejamento, para que 
a decisão tomada agora não vá influenciar mal os resultados futuros. 
 
2.1 Cultura temporária e Cultura permanente 
Existem, basicamente, dois tipos de culturas que devemos considerar tendo 
em vista a Contabilidade Agrícola, culturas temporárias e permanentes. 
Segundo Marion (1999, p.36): “culturas temporárias são aquelas sujeitas ao 
replantio após a colheita. Normalmente o período de vida é curto. Após a colheita, 
são arrancadas do solo para que seja realizado novo plantio.” 
As culturas temporárias, também conhecidas como anuais, possuem um 
período de vida muito curto entre o plantio e a colheita. São exemplos os plantios de 
feijão, arroz, trigo, soja, entre outros. Durante o ciclo produtivo, os custos serão 
acumulados em uma conta com nome de cultura temporária em formação que, após 
a colheita, deverá ser baixada pelo seu valor de custo e com a qual será criada uma 
nova conta denominada produtos agrícolas, sempre especificando o tipo de produto. 
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Para Marion (1999, p.39): “culturas permanentes são aquelas que 
permanecem vinculadas ao solo e proporcionam mais de uma colheita ou produção. 
Normalmente atribui-se às culturas permanentes uma duração mínima de quatro 
anos.” 
As culturas permanentes são aquelas que não têm necessidade de replantio. 
Como exemplo tem as culturas de banana, laranja, maçãs, uvas, etc. Durante sua 
formação os gastos são acumulados na conta cultura permanentes em formação, e 
quando atingir a sua maturidade e estiver em condições de produzir, o saldo da 
conta da cultura em formação será transferido para a conta cultura permanente 
formada, especificando o tipo de cultura. 
O conhecimento do custo da produção rural classificada distintamente nos 
dois tipos de cultura, e ainda por operações dentro dessas culturas é importante 
principalmente devido a controle e decisão do produtor agrícola. 
Para que os custos sejam perfeitamente atribuíveis a produção se faz 
necessário um estudo dos custos e a identificação destes com a mesma. Para isso é 
importante que a pessoa responsável pelo departamento de produção conheça 
conceitos básicos utilizado na contabilidade de custos. 
A apuração dos custos em uma empresa é a contabilidade de custos, que no 
entender de LOPES DE SÁ (1993, p. 93), “é a parte da contabilidade que estuda os 
fenômenos dos custos, ou seja, dos investimentos feitos para que se consiga 
produzir ou adquirir um bem de venda ou um serviço.” 
Portanto, podemos dizer que os custos são os gastos relacionados aos 
produtos, que só pode ser reconhecido como tal, no momento que os fatores de 
produção ( bens e serviços ) forem efetivamente utilizados na produção , gerando 
um novo bem ou executando um novo serviço. 
 
2.2 Custo da produção 
O empresário agrícola é, antes de tudo, um tomador de decisão. O que ele 
faz, muitas vezes intuitivamente, é alvo de estudo da teoria microeconômica, que 
procura entre os diversos processos e recursos produtivos selecionar a melhor 
alocação de insumos, uma vez que o que, quanto e como produzir é pontos chaves 
em qualquer processo produtivo. 
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No momento em que o produtor decide as variáveis acima, ele está também 
definindo seu custo, ou melhor, o custo de sua produção. Para os economistas, 
custo econômico pode ser definido como o valor de mercado de todos os insumos 
usados na produção. (Binger E. Hoffman, 1998). 
Para Lopes De Sá (1993, p. 109), “custos é o investimento para que se 
consiga um bem de uso ou de venda”. 
No entender de Marion (1994), custo rural agrícola é o relativo às atividades 
das lavouras, que compreende todos os gastos feitos desde a preparação da terra 
até o ponto da colheita. 
A classificação dos custos depende de fatores tais como identificação com a 
produção ou relação com o volume dessa produção e classificam-se em: 
Custos Diretos: Para Marion (1996, p. 61), “são os identificados com 
precisão no produto acabado, através de um sistema e um método de medição, e 
cujo valor é relevante, como horas de mão-de-obra, quilos de sementes ou rações; 
gastos com funcionamento e manutenção de tratores”. 
Custos Indiretos: Conforme Marion (1996, p. 61), “são aqueles necessários 
à produção, geralmente de mais de um produto, mas alocáveis arbitrariamente, 
através de um sistema de rateio, estimativas e outros meios. Exemplo salários dos 
técnicos e das chefias, materiais e produtos de alimentação, higiene e limpeza ( 
pessoal e instalações ). 
Custo Fixo: Para Marion (1996, p. 61), são aqueles que permanecem 
inalterados em termos físicos e de valor, independente do volume de produção e 
dentro de um intervalo de tempo relevante. Geralmente são oriundos da posse de 
ativos e de capacidade ou estado de prontidão para produzir. “Exemplo depreciação 
de instalações, benfeitorias e máquinas agrícolas, seguro de bens, salários de 
técnicos rurais e chefias”. 
Custo variável: No Entender de Marion (1996, p. 61), “são aqueles que 
variam em proporção direta com o volume de produção ou área de plantio. Exemplo 
mão de- obra direta, materiais diretos ( fertilizantes, sementes, rações ), horas 
máquinas.” 
Numa empresa agrícola é fundamental um bom sistema de controle interno 
que permita ao produtor o acompanhamento do desenvolvimento de cada etapa do 
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desenvolvimento da cultura, bem como a verificação das alocações dos diversos 
insumos que compõem essas culturas através da contabilidade de custos. 
 
2.3 Custeio 
Para Lopes de Sá (1993, p. 108), trata custeio como o “ato de apropriar 
despesas, controlar custos ou registrar gastos feitos para manter alguma coisa”. 
Devido ao custo do produto ser composto de vários elementos e nem todos 
estes serem diretamente imputáveis ao produto, como vistos acima é que existem os 
sistemas de custeio. 
Baseado em matéria publicada na IOB - (Informações Objetivas) (1996), 
utiliza-se os sistemas de custeio com a finalidade de atribuir custos aos diversos 
bens ou serviços produzidos pela empresa. Esta atribuição se faz pela computação 
direta ou por alocação, sendo aquela quando o custo é identificável diretamente ao 
produto e esta quando os gastos não são atribuíveis de forma direta ao produto, 
devendo seguir critérios de rateio. 
Os rateios são técnicas usadas para distribuir os custos que não conseguem 
ser vistos com objetividade e segurança a quais produtos se referem. Tais técnicas 
envolvemum elevado componente de risco, devido ao grau de arbitramento, sendo 
que qualquer imprecisão, por menor que seja, na seleção do critério utilizado pode 
causar desvios significativos no resultado final obtido. A melhor técnica de rateio 
para determinado custo é aquela em que o custo indireto guarde estreita correlação 
com os dados escolhidos como base de rateio. A escolha das bases deve ser 
considerada em função dos fatores mais relevantes do produto. 
Conforme Martins (1993) apresenta algumas maneiras de se efetuar o rateio 
dos custos indiretos em uma empresa: 
a) rateio com base em horas máquina - onde a base é o número de horas em que as 
máquinas são utilizadas na produção. 
b) rateio com base na matéria-prima aplicada - onde a base é a matéria-prima 
aplicada na produção, que guarda estreita relação com a produção. 
c) rateio com base na mão-de-obra - onde a base é a mão-de-obra utilizada na 
produção. 
d) rateio com base nas unidades produzidas - onde a base é as unidades 
produzidas. 
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Atualmente existem vários sistemas de custeamento usados com vantagens e 
desvantagens, os quais não devem ser confundidos com os métodos de avaliação 
de estoques que englobam exclusivamente, procedimentos necessários ao registro 
da movimentação dos estoques. 
 
Custeio Direto 
Para Lopes de Sá (1993, p. 108) “define custeio direto como sendo o 
processo de apuração de custo que exclui os custos fixos”, apenas os custos 
variáveis serão atribuídos aos produtos elaborados. Alguns autores também o 
chamam de custeio variável em razão da exclusão dos custos fixos. 
 
Custeio por absorção 
Conforme Lopes de Sá (1993, p.109), trata o custeio por absorção como 
sendo “o processo de apuração de custos que se baseia em ‘dividir‘ ou ‘ratear’ todos 
os elementos do custo de modo que cada ‘centro’ ou ‘núcleo‘ absorva ou receba 
aquilo que lhe cabe por ‘cálculo‘ ou ‘atribuição’ ”. 
O custo de produção inclui os gastos com administração de produção, 
departamento de programação e controle, almoxarifado de matérias-primas e 
demais materiais, além do pessoal aplicado na produção, as depreciações dos 
equipamentos e outras amortizações de investimentos. 
Para Crepaldi (1998 p. 203) trata o custeio por absorção como “a apropriação 
de todos os custos (sejam eles fixos ou variáveis) à produção agropecuária do 
período. Os gastos não produtivos (despesas) são excluídos. A distinção principal no 
custeio por absorção é entre custos e despesas. A separação é importante porque 
as despesas são jogadas imediatamente contra o resultado do período, enquanto 
somente os custos relativos aos produtos vendidos terão idêntico tratamento”. O 
mesmo autor relata os seguintes passos que devem ser seguidos no custeio por 
absorção: 
a) separação dos gastos o período em custos e despesas; 
b) classificação dos custos em diretos e indiretos; 
c) apropriação dos custos diretos aos produtos agropecuários; 
d) apropriação, através de rateio, dos custos indiretos de produção. 
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No custo por absorção todos os custos de produção são alocados aos bens 
ou serviços produzidos, o que compreende todos os custos variáveis, fixos, diretos e 
indiretos, por meio da apropriação direta, enquanto que, os custos indiretos, por 
meio sua atribuição com base nos critérios de rateio. 
 
3 ANÁLISE DOS DADOS 
 
Aplicação Pratica em uma Empresa Agrícola que Explora a Atividade da 
Bananicultura 
A produção brasileira de banana está distribuída por todo o Território 
Nacional, participando com significativa importância na economia de diversos 
Estados. 
A banana é cultivada em todas as regiões quentes do mundo, produz durante 
quase todo o ano, e é consumida em todos os países. 
Para Fioravanço (2003) comenta que para muitos países, além de ser 
elemento complementar da dieta da população, a banana tem grande relevância 
social e econômica, servindo como fonte de renda para muitas famílias de 
agricultores, gerando postos de trabalho no campo e na cidade, contribuindo para o 
desenvolvimento das regiões envolvidas em sua produção. 
No Estado de São Paulo, a produção está concentrada na Divisão Regional 
Agrícola (DIRA) de Registro, que compreende a área abrangida pelo Vale do Ribeira 
e o litoral sul do Estado. 
Nessas regiões, a banana é a principal atividade econômica do complexo 
rural, sendo responsável por mais de 70% do valor da produção agrícola regional e 
é, também, a maior demandadora de insumos e serviços de comercialização em 
toda a região. 
A região do Vale do Ribeira, no Estado de São Paulo, apresenta-se como a 
principal produtora de banana do País, participando ativamente no abastecimento 
das capitais e dos grandes centros consumidores, principalmente, do 
CEASA/CEAGESP, além do mercado internacional, exportando para o Mercosul, 
sobretudo Argentina e Uruguai e para países da União Européia. 
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Após uma breve introdução referente à cultura da banana, serão identificados 
os custos fixos e variáveis semestralmente no ano de 2010 ao 1ª semestre de 2011 
de um produtor de bananas, onde o mesmo poderá fazer uma comparação dos seus 
gastos de um semestre para outro e projeções de economia e rentabilidade para os 
semestres futuros. 
Na Tabela 1 estão reunidos dados que evidenciam os custos fixos e variáveis 
da cultura da Banana por Semestres. 
 
TABELA 1- Custos Fixos e Variáveis 2010/2011. 
TABELA 1- Custos Fixos e Variáveis 2010/2011 
 CUSTOS CUSTOS CUSTOS 
 1º SEMESTRE/2010 2º SEMESTRE/2010 1º SEMESTRE/2011 
 FIXOS VARIAVEIS FIXOS VARIAVEIS FIXOS VARIAVEIS 
A) MÃO DE OBRA - 19.061,00 - 23.492,00 - 19.004,00 
B) SERVIÇOS 
CONTRATADOS - 7.527,00 - 13.481,00 - 17.352,00 
FUNCIONARIOS DA 
SEDE 28.592,00 - 35.239,00 - 28.506,00 - 
AGUA/LUZ/TELEFONE 3.653,00 - 3.109,00 - 2.903,00 - 
MATERIAIS DE 
ESCRITORIO - 4.352,00 - 3.622,00 - 276,00 
D) MUDAS E 
SEMENTES 53,00 - 405,00 - - - 
CONS/MANUT- 
TRAT/VEIC/MAQS - 5.960,00 - 8.265,00 - 3.261,00 
CONS/MANUT- SEDE 1.913,00 - 444,00 - 248,00 - 
C) SEGUROS 101,00 - 200,00 - 95,00 - 
C) DESPESAS 
BANCÁRIAS - 10,00 - 10,00 - 8,00 
D) FERTILIZANTES - 33.384,00 - 22.187,00 - - 
D) DEFENSIVOS - 11.806,00 - 13.850,00 - 10.376,00 
D) CORRETIVOS - 2.547,00 - 750,00 - - 
D) OLEO PARA 
PULVERIZAÇÃO - 2.743,00 - 5.522,00 - 9.119,00 
ALUGUEIS E 
ARRENDAMENTOS 3.316,00 - 9.948,00 - 7.656,00 - 
E) EMBALAGENS E - 721,00 - - - - 
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ETIQUETAS 
D) FERRAMENTAS - 72,00 - 295,00 - - 
E) COMBUSTIVEIS E 
LUBRIFICANTES - 2.893,00 - 3.526,00 - 3.956,00 
 37.628,00 91.076,00 49.345,00 95.000,00 39.408,00 63.352,00 
CUSTO TOTAL POR 
SEMESTRE 128.704,00 144.345,00 102.760,00 
VENDAS DAS 
BANANAS 253.978,00 301.219,00 283.520,00 
Fonte: Dados da Pesquisa. 
 
Na tabela 1, podem-se observar os custos separadospor semestre, se o 
produtor possuir esses dados em mãos facilmente ele pode projetar o custo do 
próximo semestre com base no semestre passado, gerando maiores resultado para 
a sua empresa. 
Conforme Codificação em alguns itens da tabela pode observar o conceito 
dos mesmos referentes aos custos do período apurado. 
A) Mão de obra designa o trabalho manual empregado diretamente na 
produção. Para efeito de apuração de custos, distingue-se a mão de obra direta (o 
trabalho diretamente empregado na fabricação de um bem ou serviço), e a mão de 
obra indireta (o trabalho realizado em atividades freqüentemente indivisíveis, de 
supervisão ou apoio à produção, tais como a manutenção de máquinas e 
equipamentos, limpeza ou vigilância). 
B) A prestação de serviços é uma atividade onde, em geral, o comprador não 
obtém a posse exclusiva da coisa adquirida (salvo o caso em que exista contrato de 
exclusividade). 
Os benefícios do serviço prestado, caso lhe seja atribuído um preço, devem 
ser evidentes para o comprador, ao ponto de este estar disposto a pagar para o 
obter. 
C) Seguro é todo contrato pelo qual uma das partes, segurador, se obriga a 
indenizar a outra, segurado, em caso da ocorrência de determinados sinistro, em 
troca do recebimento de um prêmio de seguro e Despesas bancárias são taxas 
diversas cobradas ao cliente pelos seus serviços, tais como a gestão de um depósito 
a prazo e de títulos de investimentos e o envio de extratos de conta. 
Adequação dos Custos na Cultura Permanente 
Farber, J.C. ; Luz, M.F. ; Queiroz, F.C. ; Munhoz, W.A. ; Souza, I.C. 
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D) Despesas relativas ao cultivo da Banana. 
E) São Custos referente a colheita desde o transporte ate o consumidor final. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 TABELA 2 – Resultado. 
TABELA 2 - Resultado 
 
1° SEMESTRE 
2010 
2° SEMESTRE 
2010 
1° SEMESTRE 
2011 
RECEITA TOTAL 253.978,00 301.219,00 283.520,00 
(-) CUSTOS VARIÁVEIS 79.187,00 77.887,00 45.716,00 
1ª MARGEM DE 
CONTRIBUIÇÃO 174.791,00 223.332,00 237.804,00 
(-) CUSTOS FIXOS 3.706,00 3.514,00 2.903,00 
2ª MARGEM DE 
CONTRIBUIÇÃO 171.085,00 219.818,00 234.901,00 
(-) DESP. ADM 45.811,00 62.944,00 54.141,00 
LUCRO 125.274,00 
 
156.874,00 
 
180.760,00 
 Fonte: Dados da Pesquisa. 
Na tabela 2, pode-se observar a receita total do período deduzido dos custos 
variáveis resultando na margem de contribuição da produção. A margem de 
contribuição é a quantia que irá garantir a cobertura dos custos e das despesas 
fixas. Ela representa uma margem de cada produto vendido que contribuirá para a 
empresa cobrir todos seus custos e despesas fixas, chamados de custo de 
estrutura/suporte. 
 Após o resultado da margem de contribuição é deduzidos os custos e as 
despesas resultado no lucro líquido do período. 
 
TABELA 3 - Análise Horizontal (%). 
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TABELA 3 - Análise Horizontal (%) 
 % % % 
 
AH 2010/2011 
1°S 
AH 2010/2010 
1°/2° S 
AH 2010/2011 
2°/1°S 
RECEITA TOTAL 11,63 18,60 -5,88 
(-) CUSTOS VARIÁVEIS -42,27 -1,64 -41,30 
MARGEM DE 
CONTRIBUIÇÃO 36,05 27,77 6,48 
(-) CUSTOS FIXOS -21,67 -5,18 -17,39 
LUCRO BRUTO 37,30 28,48 6,86 
(-) DESP. ADM 18,18 37,40 -13,99 
LUCRO 44,29 25,22 15,23 
Fonte: Dados da Pesquisa. 
Na tabela 3, pode-se observar uma análise horizontal da DRE. A análise 
horizontal consiste em estabelecer comparativos entre um exercício e outro, ou seja, 
estabelecer comparações entre os valores de uma mesma conta ou grupo de 
contas, em diferentes períodos. Sua finalidade é elucidar as variações de cada conta 
ou grupo de conta do Balanço Patrimonial e Demonstrações de Resultados, bem 
como de outros demonstrativos, através dos exercícios sociais, com o objetivo de 
verificar tendências e evoluções futuras. 
Na analise horizontal apresentada, inicialmente foi feito um comparativo do 1° 
semestre 2011 ao 1° semestre de 2010 e constatou-se que no 1° semestre de 2011 
com relação ao de 2010 as receitas de vendas tiveram um aumento de 11,63%, os 
custos variáveis uma redução de 42,27%, os custos fixos também diminuíram em 
21,67%, gerando um lucro de 44,29% maior de um período para o outro. 
Em seguida foi feito um comparativo entre o 1° e o 2° semestre de 2010, 
houve um crescimento das vendas do 2° para o 1° semestre em 18,60%, os custos 
variáveis e fixos reduziram em 1,64% e 5,18% respectivamente e aumento nos 
lucros de 25,22% nesse período. 
Na ultima análise foi feito um comparativo do 1° semestre de 2011 ao 2° 
semestre de 2010, nesse período analisado houve uma queda nas vendas em 
5,88%, redução nos custos varáveis e fixos em 41,30% e 17,39%, gerando um lucro 
de 15,23%. Nesse comparativo pode-se concluir que apesar da queda nas vendas, o 
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lucro teve um aumento significativo de um semestre para o outro devido o bom 
gerenciamento dos custos. 
 
Gráfico - 1: Análise Horizontal - Lucro %
52%
30%
18%
AH 2010/ 2011 1ºS
AH 2010/ 2010 1º/2ºS
AH 2010/ 2011 2ºS
 
Fonte: Dados da Pesquisa. 
 
No gráfico 1, esta elucidada a variação do lucro dos períodos analisados na 
análise horizontal da DRE. 
No comparativo do 1° semestre de 2010 com o 1° semestre de 2011 o lucro 
foi de 52% de um ano para o outro. No comparativo semestral de 2010, mostrou que 
o 2° semestre teve um lucro de 30% com relação ao primeiro daquele. 
No comparativo do 2° semestre de 2010 para o 1° semestre de 2011, houve 
um crescimento nos lucros 18%. Esses dados são bastante importantes, pois a partir 
deles se tem uma projeção de perspectivas de crescimentos futuros. 
 
Discussões 
Os números apresentados nas tabelas e gráficos demonstram uma grande 
expectativa que o ano de 2011 terá um resultado melhor que 2010. 
Porém, a obtenção de um resultado econômico através da cultura depende de 
uma série de fatores que afetam o seu desempenho e o retorno financeiro. A 
variedade plantada, o espaço, o clima, o solo, os tratos culturais, o grau de 
incidência de pragas e doenças, o rendimento, o preço do produto e os preços dos 
fatores de produção merecem especial atenção no planejamento de uma produção. 
 
Adequação dos Custos na Cultura Permanente 
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Este trabalho, de natureza exploratória, tem por objetivo contribuir para 
demonstrar a importância da Contabilidade Rural para o pequeno, médio e grande 
produtor rural, como uma ferramenta gerencial que permite, por meio da informação 
contábil, o planejamento e o controle orçamentário para a tomada de decisões. 
 A contabilidade Rural é uma é ferramenta administrativa de grande 
importância, mas pouco utilizada pelos produtores rurais do Vale do Ribeira e a 
maioria que as utiliza visa seus fins tributários, falta interesse na aplicação gerencial. 
Cabe aos contabilistas destacar que a contabilidade deve assegurar aos produtores 
rurais uma ferramenta para que eles possam planejar um orçamento, teremmaiores 
controles de seus custos, organizar e orientar a gestão do patrimônio familiar. 
 Diante disso, o presente estudo objetivou apresentar um comparativo dos 
custos da produção de banana. Para tanto, foram utilizados dados reais relativos à 
safra 2010 e 1º semestre 2011, de uma propriedade do Vale do Ribeiro A partir 
destes dados e da metodologia de custo de produção, foram elaboradas as planilhas 
que permitiram analisar a utilização dos insumos no processo produtivo, fazer 
comparativos dos percentuais de custos de um semestre para o outro bem como a 
avaliação econômica. 
 Analisado os números da propriedade em estudo, pode-se concluir que o 
primeiro semestre de 2011 comparado com o primeiro de 2010, houve maior 
controle dos gastos pelo produtor e conseqüentemente maiores lucros. Através dos 
números apresentados o produtor poderá projetar o seu segundo semestre com 
perspectiva de que o ano de 2011 terá um resultado melhor que 2010. 
 É bom esclarecer que para a obtenção dos resultados precisos depende, 
principalmente, que o empresário passe todas as informações reais de sua 
propriedade ao contador, para que este as analise e devolva essas informações de 
uma forma que o produtor possa tomar a melhor decisão ou a menos arriscada para 
a sua propriedade rural. 
 
6 REFERENCIAIS 
 
Adequação dos Custos na Cultura Permanente 
Farber, J.C. ; Luz, M.F. ; Queiroz, F.C. ; Munhoz, W.A. ; Souza, I.C. 
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Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, V. 3, N° 1, art. 11, p 179-194, abril 2014, ISSN 2317-0727 
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