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Esdras Fernandes EXAME DO ABDOME Esdras Fernandes Anatomia Topográfica Localizar e registrar achados Esdras Fernandes Suspeita diagnóstica pela localização da dor ORDEM DO EXAME: Inspeção, ausculta, percussão e palpação Inspeção Simetria (observar a região tangencialmente) Ondas peristálticas Cicatriz umbilical (contorno, localização, protusão) Formas Normal Globoso (adiposidade, gases ou ascite) Esdras Fernandes Escavado Ventre de batráquio (diâmetro transversal > diâmetro anteroposterior) Avental (tecido gorduroso sobre as coxas) Esdras Fernandes Circulação colateral Portal: obstrução ao fluxo venoso proveniente das tributárias da veia porta, em direção ao fígado (fluxo centrífugo em relação ao umbigo) Cava inferior: aumento do fluxo venoso em vasos colaterais na parede abdominal em direção ascendente Cava superior: aumento do fluxo em vasos laterais com direção descendente Esdras Fernandes Alterações na pele Telangiectasias ou aranhas vasculares: arteríola central que emite ramos (desaparece com a compressão central; encontradas no abdome, pescoço, tronco e MMSS) Cicatrizes: processo traumático ou cirúrgico, deve-se relatar localização e extensão Herniações: localização Abaulamentos: localização Estrias: esbranquiçadas (processo antigo) – obesidade ou hipertrofia rápida Equimose: extravasamento de sangue na derme Sinal de Cullen: equimose periumbilical Sinal de Grey-Turner: equimose nos flancos Esdras Fernandes Movimentos Respiratório: Homens: movimento toracoabdominal (quadrantes abdominais superiores) Mulheres: movimento torácico Pulsações: podem ser visíveis em indivíduos emagrecidos, aneurismas ou massas próximas ao vaso arterial Peristálticos: visíveis em obstruções intestinais Inspeção dinâmica Manobra de valsava: permite avaliar herniações através da parede (aumento da pressão intra-abdominal Smith Bates: contração da musculatura abdominal Se a massa visível desaparecer: abaixo da parede abdominal Se a massa visível continuar: na parede abdominal Ausculta Avaliação de ruídos hidroaéreos (verificação da motilidade intestinal – frequência RHA) OBS: palpação e percussão alteram a frequência dos ruídos QID > QSD > QSE > QIE 1 minuto no mínimo por quadrante Só pode se dizer aperistáltico após 5min em cada quadrante Frequência: normal (5-34 RHA/min), hipoperistáltico, hiperperistáltico, aperistáltico Sons vasculares Aorta: região epigástrica Renais: regiões hipocondrias Femorais: fossas ilíacas (Sinal de Cruveilheier-Baumgarten – Hipertensão portal) Percussão Não há obrigatoriedade de vir antes da palpação, contudo pode dar pistas e guiar melhor durante a palpação Esdras Fernandes Avaliar a distribuição dos gases, distribuição de massas sólidas, presença de líquido na cavidade, tamanho do fígado, aumento esplênico e áreas dolorosas Causas de macicez: vísceras maciças normais, esplenomegalia, tumor ovariano, distensão da bexiga, útero gravídico, ascite, fezes Líquido ou sólido ? Macicez móvel: muda de local com a gravidade Em caso de macicez em decúbito lateral deve-se percutir a mesma localidade em decúbito lateral, caso o som encontrado seja um som maciço é indicação de uma massa, caso o som seja timpânico a macicez é decorrente de conteúdo líquido Baço Espaço de traube Macicez decorrente: esplenomegalia, estômago cheio, fecaloma, adenocarcinoma gástrico, ascite Linha de Piorry: macicez indica esplenomegalia Esdras Fernandes Ascite Sinal de piparote: sentir a propagação da onda OBS: a mão apoiando serve para evitar a propagação do tecido adiposo Sinal da poça: suspeita de pequeno volume ascítico Fígado Localizado normalmente em Hipocôndrio direito e região epigástrica Tamanho, distância Ajuda a localizar o fígado para a palpação Percutir de superior para inferior (linha hemiclavicular e medioesternal) LE: 4-8cm, LD: 6-12cm Sinal de Joubert: timpanismo em área de macicez (perfuração de víscera oca – pneumoperitônio) Sinal de Torres-Homem: percussão dolorosa (abscesso hepático) Esdras Fernandes Palpação Unhas cortadas, evitar movimentos bruscos, atritar as mãos (evitar “choque” na pele do paciente) Leve flexão dos joelhos (reduzir tensão) Distrair o paciente (local da dor e falseamentos) Superficial Avaliar a dor, tensão da parede, alterações no tecido subcutâneo, herniações, massas e visceromegalias Profunda Pesquisar presença de massas previamente delimitadas pela percussão Registrar localização, tamanho, formato, consistência, pulsações e mobilidade Sentido horário OBS: deixar a região dolorosa por último (evitar a propagação de sensibilidade para regiões vizinhas) Fígado Consistência: lisa ou nodular Borda: romba (hepatomegalia) ou fina (normal) Técnicas: 1. Bimanual 2. Lemos-Torres 3. Mathié Esdras Fernandes Baço 5% das pessoas possuem baço palpável Paciente em DLE e perna esquerda flexionada Bimanual Manobra de Schuster Rins Técnicas 1. Metódo do Guyon: bimanual 2. Manobra de Goelet: bimanual com paciente em pé e com joelho ipisilateral fletido Esdras Fernandes 3. Manobra de Israel: palpação em pinça Sinal de Giordano: teste de hipersensibiliidade (pielonefríte); punho- percussão) OBS: fazer digitopressão antes da percussão Pontos renoureterais: dor a palpação indica patologias 1. Ureteral superior 2. Ureteral médio 3. Ureteral inferior Apendicite Sinal de Blumberg: descompressão dolorosa no ponto de MacBurney Esdras Fernandes Sinal do Obturador: dor em hipogástrio Sinal do Psoas: dor abdominal Vesícula Biliar Sinal de Murphy: interrupção abrupta durante a inspiração rápida e profunda durante a compressão Esdras Fernandes Sinal de Courvoisier-Terrier: VB palpável e indolor (neoplasia) Achados durante a Palpação Diástese: separação dos retos abdominais Hérnias: evidenciadas pela manobra de valsava 1. Redutível: palpação do anel e por conteúdo de volta a cavidade 2. Encarcerada: abaulamento irredutível 3. Estrangulada: isquemia do conteúdo (dor intensa) Toque Retal Inspecionar aa procura de hemorroidas, fístulas, lesões e abscessos Posição: DLE ou genupeitoral Palpação da próstata: tamanho, consistência e nódulos Presença de fezes/fecaloma, massas, corpo estranho Verificar sangue e/ou fezes em ponta de luva
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