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AULA 1  Corrigido
1ª Questão: 
 
César promove uma execução em face de Joaquim, objetivando receber uma nota promissória. Ao despachar a inicial, o juiz determinou que o oficial de justiça cumprisse o mandado de penhora e avaliação. Ato contínuo, foi penhorado o único imóvel do devedor, que se constitui na residência de sua família. No entanto, após ter sido realizada esta penhora, foi editada a Lei nº 8.009/90, estabelecendo que o imóvel residencial passou a ser impenhorável. Indaga-se: a penhora realizada sobre este bem antes da criação da Lei nº 8.009/90 pode permanecer ou a nova lei, de natureza processual, aplica-se imediatamente? 
R: O STJ considerou situação desta natureza na súmula 205.  De acordo com a decisão do STJ a penhora deve ser desfeita.
2ª Questão. Assinale a alternativa correta, que diga respeito à natureza das leis processuais: 
 
a) normas privadas, dispositivas e autônomas; 
b) normas públicas, dispositivas e instrumentais; 
c) normas privadas, instrumentais e autônomas; 
d) normas públicas, cogentes e instrumentais 
Semana 2 Corrigido
1ª Questão. Artur promoveu ação de conhecimento em face de Gabriel para postular a condenação do réu a pagar o valor de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) em razão de descumprimento de contrato e a título de multa compensatória. Citado o réu oferece contestação, no prazo legal, e alega em preliminar a ilegitimidade da parte réu, em conta que com o autor nunca celebrou contrato de qualquer natureza.Indaga-se:
a) O juiz ao determinar a manifestação do autor, em réplica, sobre a preliminar arguida pelo réu em sua peça de resistência, aplicou qual princípio de direito processual.
RESPOSTA: O juiz ao aplicar o direito de replica utilizou-se do Principio do Contraditório e Ampla Defesa, localizado na Constituição Federal em seu art. 5º, inciso, LV. O qual garante que todas as pessoas tem o direito de se defender com os meios e recursos a ele inerentes. É também o Principio Constitucional que versa sobre a imparcialidade imposta ao juiz durante uma decisão judicial sobre pena de nulidade da sentença. " "Audiatur et altera pars" = Ouça-se também a outra parte.
2ª Questão
letra C
Semana 3 Corrigido
1ªQuestão.
Sílvio promove ação de conhecimento em face de Francisco postular do réu indenização por dano material no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Citado, o réu oferece contestação e alega a incapacidade do autor, por ser relativamente incapaz, bem como, no mérito que já ocorreu a prescrição, considerando que o prazo previsto na lei civil para cobrança do crédito já esgotou quando da propositura da ação. O juiz, ao examinar os autos constata que o autor já adquiriu a maioridade e, então, acolhe a defesa do réu, reconhecendo a prescrição, proferindo sentença de improcedência do pedido.
Indaga-se: Foi correta a decisão do juiz, diante da forma como se deve interpretar a lei processual? Justifique.
Resposta: Sim, foi correta a decisão do juiz . Porque a irregularidade foi sanada com a aquisição da maior idade. Não se pode perder de vista que o processo é o meio e não fim. Neste sentido o próprio CPC diz que não haverá nulidade senão houver prejuízo (Art. 249 , l, CPC)
Questão 2
Letra D
CASO CONCRETO 4 Corrigido
Questão nº 1. Gustavo ajuíza demanda em face da União cujo pedido tem conteúdo econômico equivalente a 40 (quarenta) salários mínimos. A ação foi distribuída perante a 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro cujo magistrado, de ofício, proferiu decisão interlocutória declinando da sua competência em prol de um dos Juizados Especiais Federais localizados na mesma cidade. Vale dizer que esta decisão foi objeto de recurso, ocasião em que o impugnante objetou que é amplamente admitida, tanto na doutrina quanto na jurisprudência, a possibilidade conferida ao demandante de optar entre o juízo comum ou o juizado especial. Indaga-se: a) Assiste razão a Gustavo? B) Eventual conflito de competência entre Vara Cível Federal e Juizado Especial Federal, localizados na mesma cidade, deve ser decidido por qual Tribunal? Justifique as respostas.
A) Assiste razão a Gustavo?
RESPOSTA: Não assiste razão a Gustavo,a causa é de competência da Justiça Federal, causa que não ultrapassa 60 Salários mínimos é de competência do Juizado especial federal, e neste caso, não há opção para o autor. Porque o critério é absoluto conforme at. 3 parágrafo 3 da lei 10259/01.
B) Eventual conflito de competência entre Vara Cível Federal e Juizado Especial Federal, localizados na mesma cidade, deve ser decidido por qual Tribunal? Justifique as respostas.
RESPOSTA: Compete ao Tribunal Federal da região por força da súmula 428 do STJ que interpreta de forma extensiva o art. 108, I, E da CF/88
Questão 2
Letra C  (  art. 20 da Lei 9099/05)
CASO CONCRETO 5 Corrigido
Questão nº 1. Fábio instaura processo em face de Carlos, perante um órgão integrante da Justiça Estadual, requerendo a desconstituição de uma obrigação representada em um título de crédito. O demandante, na própria petição inicial, postula ao magistrado a antecipação dos efeitos da tutela para que o seu credor seja impedido de executar em juízo esta dívida enquanto perdurar a presente demanda. Este pleito se afigura possível? Justifique a resposta.
RESPOSTA:
Não. (Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional) 
Art 5º, xxxv, da CF/88, Além do mais o art 585,l, do CPC dispõe que o oferecimento de qualquer ação visa discutir o título, não impede que se promova a execução. Pode solicitar a suspensão da atividade executiva.
Caso 2
Letra A ( art. 460 e 128 CPC)
CASO CONCRETO 6 Corrigido
1ª Questão. O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face de Alan Cunha, em virtude do mesmo ter supostamente praticado o crime previsto no art. 171, parágrafo 3º do CP, já que vinha recebendo benefício previdenciário manifestamente indevido. O processo criminal tramitou perante uma das Varas Federais Criminais da Seção Judiciário do Rio de Janeiro, culminando pela prolação de uma sentença penal condenatória. Neste mesmo ato decisório, o magistrado determinou que o denunciado deve ressarcir o INSS (autarquia federal) da importância de R$ 122.820,00, que seria o montante indevidamente recebido em virtude da sua conduta criminosa. Indaga-se: pode o magistrado, lotado em juízo especializado em matéria criminal, efetuar a liquidação dos prejuízos cíveis sofridos? Justifique a resposta.
RESPOSTA:
Sim, de acordo com o art 383, IV, CPP, alterado pela lei 11.719/08
Questão 2
Letra C ( lei 935 CC)
SEMANA 7  Corrigido
1a Questão.
Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litígio oriundo da compra e venda de bem móvel. O magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um compromisso arbitral sobre o referido negócio jurídico. Assim, considerando a obrigatoriedade da arbitragem, o juiz imediatamente prolata sentença, extinguindo o processo sem resolução de mérito (art. 267, VII do CPC).
Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta.
Não, porque a convenção de arbitragem é norma de natureza dispositiva não podendo assim ser reconhecida de ofício pelo juíz. 
Conforme dispõe o art 301 paragrafo 4 do CPC a convenção de arbitragem deve ser arguida pelo réu na preliminar da contestação para permitir que o juiz a escolha e prefira sentença extinguindo o processo sem julgamento do mérito.
Preclusão= perda da possibilidade de ´praticar ato processual.
2 Questão :
Carlos realiza negócio jurídico com Gustavo, pagando uma determinada soma em dinheiro por um videogame. Ocorre que o aparelho eletrônico, uma vez ligado, apresentou uma série de problemas. Como Carlos não estava mais conseguindo realizar contato com Gustavo, o mesmo se dirigiu diretamente a sua residência e , ato contínuo, levou consigo um aparelho de televisão de valor compatível com o que pagou para ressarcimento de seu prejuízo. Esta postura adotada por Carlos configura:
a)      Autotutela; art. 345 CPC art. 345 CPC
b)Autocomposição;
c)      Mediação;
d)     Arbitragem
SEMANA 8 Corrigido
1ª Questão. 
O Ministério Público instaura um processo coletivo em face do Município do Rio de Janeiro, em que se discute um direito indisponível (por exemplo, ofensa ao meio ambiente perpetrada pela Fazenda Pública). O demandado, após ter sido regularmente citado, não apresenta qualquer resposta. O magistrado, por este motivo, decreta a revelia do demandado e em seguida sentencia realizando um julgamento antecipado da lide, nos termos do art. 330, inciso II do CPC, que é considerado como uma “tutela de evidência”. Indaga-se: a Fazenda Pública pode realmente ser considerada revel? Esta revelia uma vez verificada autoriza o julgamento antecipado da lide? Justifique as respostas.
Resposta 1 : Pode, uma vez que não contestando ocorrerá o fenômeno de revelia, porém esta revelia é inoperante ou irrelevante tendo em vista que o caso trata de litígio que versa sobre direitos indisponíveis, conforme dispõe o srt 320, II do CPC
2 - Não, porque conforme já afirmado o litigio versa sobre direitos indisponíveis, não autorizando julgamento antecipado da lide com base na revelia. A providência legal que o juíz deveria adotar é aquela disposta no art 324 CPC, determinando a intimação do autor para querendo produzir provas.
2ª Questão.
Guilherme propõe uma demanda em face de Rodolfo. Ocorre que o magistrado ao analisar a petição inicial percebe que a questão trazida nos autos é exclusivamente de direito, também já tendo sido anteriormente proferidas pelo mesmo juízo várias outras sentenças de total improcedência em casos semelhantes. Por este motivo, o mesmo profere sentença liminar, julgando improcedente o pedido antes mesmo de determinar a citação do demandado. Assinale a alternativa correta:
a)      O juiz se equivocou, pois não poderia sentenciar com resolução do mérito sem antes determinar a citação do demandado;
b)     O juiz acertou, pois se trata de uma hipótese de tutela de evidência, o que motiva resolução liminar do mérito do processo;
c)      O juiz acertou em parte, pois somente poderia ter resolvido o mérito liminar se fosse hipótese de procedência do pedido;
d)     Todas as alternativas estão equivocadas.
Reasposta: Letra B, art 285-A
Teoria Geral do Processo – Semana 09  Corrigido
1ª Questão. 
Carlos Alberto promove demanda em face de uma empresa jornalística, requerendo a concessão de liminar para que a mesma publique uma retratação de notícia divulgada na semana anterior que lhe envolvia. O magistrado determinou a citação do réu para, somente após, analisar o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela. Em resposta, a empresa aduziu que não seria possível a concessão da liminar, dado ao caráter da irreversibilidade dos seus efeitos. Indaga-se: como o magistrado deverá decidir? Justifique a resposta.
R:O magistrado deve agir ponderando os valores envolvidos no caso concreto, verificando assim, quais os eventuais prejuízos que serão causados pela concessão ou não da tutela antecipada, o que significa a interpretação do parágrado 2° do art 273, CPC, não de forma meramente literal.
2ª Questão. 
César, no curso de processo cautelar, pleiteia a concessão de medida liminar contrária a União, que foi indeferida pelo juiz, ao argumento de que existe vedação no art. 1° da Lei n° 8.437/92. De acordo com o narrado, assinale a alternativa correta: 
a) a lei acima mencionada, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face da Fazenda Pública, viola o princípio da inafastabilidade, além de permitir que o Poder Legislativo possa se imiscuir na atividade jurisdicional; 
b) a lei sobredita é inconstitucional, pois ao restringir a concessão de liminares apenas contra a Fazenda Pública viola o princípio da isonomia;
c) para o STF, o dispositivo em comento, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face do Poder Público, é perfeitamente constitucional pois pautado em situações razoáveis e também em virtude de se tratar de uma decisão provisória; 
ADC N° 4
d) a lei em epígrafe é flagrantemente inconstitucional, devendo ser realizado sempre, em qualquer grau de jurisdição, o mecanismo de controle previsto nos arts. 480/482 do CPC.
Semana  10 Corrigido
1ª Questão.
Em demanda promovida por Marcos em face de Associação dos Idosos Brasileiros, o juiz profere o despacho saneador afastando a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela parte demandada.
Indaga-se:
a) Se no curso do procedimento forem produzidas provas que demonstrem a ilegitimidade da parte, poderá o juiz proferir sentença definitiva de improcedência do pedido? Fundamente com a abordagem da Teoria Eclética do Direito de Ação e da Teoria da Asserção;
Pela teoria eclética do direito de ação adotada pelo CPC, em rigor para o exercício regular deste direito o autor deve preencher as chamadas condições de ação ( legitimidade, interesse, possibilidade jurídica) caso  falte uma delas o processo deverá ser extinto sem julgamento de mérito.  Sobre o momento de avaliação do juiz existe duas correntes: 1ª- pela teoria da apresentação o autor tem que provar as condições da ação podendo estas serem avaliadas em qualquer momento do processo. na 2ª corrente, teoria da asserção, o autor apenas afirma que estão presentes, caso tenha necessidade da produção de provas a seu respeito o julgamento será de mérito no caso concreto para se permitir a afirmação se estaria o juiz autorizado a julgar improcedente por ter contestado com base em análise de provas, se stão presentes ou não as condições da ação, dependerá do emprego de uma das teorias destacadas prevalecendo a tese da teoria da asserção.
b) A decisão do juiz que desacolhe a preliminar de ilegitimidade passiva levantada pelo demandado sofre os efeitos da preclusão se a parte supostamente prejudicada não impugná-la no tempo e modo devidos? Justifique.
O Parágrafo 3° do art 267 do CPC, indica que a preclusão sobre as  matérias referentes as condições da ação podendo até serem reconhecidas de ofício.
2ª Questão.
Fabrício promove uma demanda objetivando a cobrança de valores em face de Flávio. O réu, ao ser citado, apresenta contestação e suscita, em preliminar, a falta de interesse de agir do autor, eis que, até a presente data, a dívida questionada ainda não tinha vencido. Ocorre que, tão logo foi apresentada a peça de defesa, os autos seguiram conclusos ao magistrado, tendo neste ínterim ocorrido o vencimento do débito. Indaga-se: como o magistrado deverá proceder?
a) deverá julgar o pedido improcedente, pois as condições da ação devem ser analisadas no momento da propositura da demanda;
b) deverá designar uma audiência preliminar, para tentar viabilizar uma composição amigável entre as partes;
c) deverá permitir a continuidade do processo, uma vez que o vencimento da dívida no curso do processo tornaria a via eleita realmente adequada para o acolhimento da pretensão deduzida;
d) deverá reconhecer a ausência de uma das condições da ação e extinguir o processo sem resolução do mérito. Art 267, VI CPC (faltou o interesse de agir)
aula 11 Corrigido
1ª Questão.
Luciano impetra mandado de segurança apontando como autoridade coatora o gerente regional de arrecadação da Receita Federal, que presenta a União. Como teve negada a liminar pretendida pelo magistrado, o seu advogado resolve instaurar um novo processo de conhecimento, mas em rito ordinário, envolvendo as mesmas partes, pedido e causa de pedir. Há litispendência neste caso, mesmo tratando-se de processos que observam procedimento distinto? Justifique a resposta.
Existe litispendência neste caso. A litispendência ocorre sempre que estivermos diante de ações idênticas, ou seja, que apresentam os mesmos elementos individualizados (partes, objeto e causa de pedir). .
2ª Questão.
Assinale a alternativa correta, que diga respeito a litispendência:
a) trata-se de matéria que pode ser conhecida de ofício pelo juiz; art 301 § 3º CPC
b) trata-se de matéria que somente pode ser conhecidapelo magistrado após ter sido ventilada diretamente pela própria parte interessada;   art 301,  §4, CPC
c) trata-se de matéria que o juiz somente poderá pronunciar após ter intimado previamente as partes e o Ministério Público para que se manifestassem a respeito;
d) Nenhuma das alternativas é correta.
Semana 12  Corrigido
1ª Questão.
Paulo promove ação de conhecimento em face de Valdo. Postula na petição inicial o reconhecimento da paternidade e, ainda, pleito de condenação do réu a pagar alimentos, em conta que deles está necessitado, por ser menor impúbere em idade escolar e por ser portador de deficiência física que exige utilização de aparelho mecânico para se movimentar, o que exige gastos constantes de manutenção, sem contar a necessidade de ser suprido para sustento próprio.
Indaga-se:
a) O caso manifesta um concurso de ações ou uma cumulação de ações ou de pedidos? Justifique.
Reposta: cumulação de ações ou de pedidos Art 292, CPC
b) Tratando-se de cumulação de pedidos, qual seria a sua espécie? Justifique.
Resposta: Cumulação própria ou propriamente dita: ocorre quando o autor tem interesse no acolhimento de todos os pedidos formulados.
2ª Questão.
Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito a perempção:
a) é condição negativa para o legítimo exercício da ação;
b) se apresenta quando o autor dá causa a três extinções do processo por abandoná-los por mais de 30 dias;
c) o titular do direito jamais poderá alcançar a satisfação do crédito em relação ao réu;
d) basta abandonar o processo por duas vezes, por mais de 30 dias.
Senama 13 Corrigido
1ª Questão.
Gustavo promove demanda em face de Fabiano, perante o juízo da 1ª Vara Cível, tendo sido proferida sentença que lhe foi favorável, com a condenação do demandado a lhe pagar a quantia de R$ 100.000,00. Não foram interpostos recursos e a sentença transitou em julgado. Ocorre que o devedor não honrou o pagamento fixado na sentença.
Indaga-se:
a) Qual medida Gustavo deverá adotar? Justifique.
Resposta: Condenado o réu ao pagamento de quantia certa, sendo esta exigível desde já ou a partir de seu trânsito em julgado, o devedor terá o prazo de 15 (quinze) dias para efetuar o pagamento. Caso não pague o valor da condenação no prazo mencionado, a dívida será acrescida de uma multa de 10% sobre o valor total da condenação, cabendo ao credor promover a execução do julgado mediante o requerimento da expedição de mandado de penhora e avaliação (art. 475-J, CPC).
Art. 633, CPC. Se, no prazo fixado, o devedor não satisfizer a obrigação, é lícito ao credor, nos próprios autos do processo, requerer que ela seja executada à custa do devedor, ou haver perdas e danos; caso em que ela se converte em indenização. Parágrafo único. O valor das perdas e danos será apurado em liquidação, seguindo-se a execução para cobrança de quantia certa.
b) Haverá necessidade de instauração de um novo processo? Justifique.
Resposta: Não. Segundo preconiza o art. 475-J do CPC "Caso o devedor, condenado ao pagamento de quantia certa ou já fixada em liquidação, não o efetue no prazo de quinze dias, o montante da condenação será acrescido de multa no percentual de dez por cento e, a requerimento do credor e observado o disposto no art. 614, inciso II, desta Lei, expedir-se-á mandado de penhora e avaliação." Portanto, segundo tal preceito legal, tornado exigível o crédito reconhecido numa sentença condenatória, caberá ao devedor tomar a iniciativa de adimpli-lo, sendo que não o fazendo no prazo legal sujeitar-se-á a uma multa (de natureza sancionatória), além da promoção, por iniciativa manifestada pelo credor, do início da execução forçada, mediante a penhora e avaliação de bens e ulteriores atos expropriatórios.
c) O que é processo sincrético? Justifique.
Resposta: Sincretismo significa a fusão de dois ou mais elementos em um só. É uma tendência no Direito Processual Civil Brasileiro a unificação de todas as etapas processuais, de forma a se prestar a tutela jurisdicional com maior agilidade, simplicidade e efetividade.
2ª Questão.
Indique a alternativa correta sobre o processo de busca e apreensão, previsto no Decreto Lei nº 911/69:
a) de conhecimento;
b) de execução;
c) cautelar;
d) sui generis.
Semana 2 Corrigido
1ª Questão. Artur promoveu ação de conhecimento em face de Gabriel para postular a condenação do réu a pagar o valor de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) em razão de descumprimento de contrato e a título de multa compensatória. Citado o réu oferece contestação, no prazo legal, e alega em preliminar a ilegitimidade da parte réu, em conta que com o autor nunca celebrou contrato de qualquer natureza.Indaga-se:
a) O juiz ao determinar a manifestação do autor, em réplica, sobre a preliminar arguida pelo réu em sua peça de resistência, aplicou qual princípio de direito processual.
RESPOSTA: O juiz ao aplicar o direito de replica utilizou-se do Principio do Contraditório e Ampla Defesa, localizado na Constituição Federal em seu art. 5º, inciso, LV. O qual garante que todas as pessoas tem o direito de se defender com os meios e recursos a ele inerentes. É também o Principio Constitucional que versa sobre a imparcialidade imposta ao juiz durante uma decisão judicial sobre pena de nulidade da sentença. " "Audiatur et altera pars" = Ouça-se também a outra parte.
CASO CONCRETO 5 Corrigido
Questão nº 1. Fábio instaura processo em face de Carlos, perante um órgão integrante da Justiça Estadual, requerendo a desconstituição de uma obrigação representada em um título de crédito. O demandante, na própria petição inicial, postula ao magistrado a antecipação dos efeitos da tutela para que o seu credor seja impedido de executar em juízo esta dívida enquanto perdurar a presente demanda. Este pleito se afigura possível? Justifique a resposta.
RESPOSTA:
Não. (Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional) 
Art 5º, xxxv, da CF/88, Além do mais o art 585,l, do CPC dispõe que o oferecimento de qualquer ação visa discutir o título, não impede que se promova a execução. Pode solicitar a suspensão da atividade executiva.
SEMANA 7 Corrigido
1a Questão.
Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litígio oriundo da compra e venda de bem móvel. O magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um compromisso arbitral sobre o referido negócio jurídico. Assim, considerando a obrigatoriedade da arbitragem, o juiz imediatamente prolata sentença, extinguindo o processo sem resolução de mérito (art. 267, VII do CPC).
Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta.
Não, porque a convenção de arbitragem é norma de natureza dispositiva não podendo assim ser reconhecida de ofício pelo juíz. 
Conforme dispõe o art 301 paragrafo 4 do CPC a convenção de arbitragem deve ser arguida pelo réu na preliminar da contestação para permitir que o juiz a escolha e prefira sentença extinguindo o processo sem julgamento do mérito.
Preclusão= perda da possibilidade de ´praticar ato processual.
2 Questão :
 Carlos realiza negócio jurídico com Gustavo, pagando uma determinada soma em dinheiro por um videogame. Ocorre que o aparelho eletrônico, uma vez ligado, apresentou uma série de problemas. Como Carlos não estava mais conseguindo realizar contato com Gustavo, o mesmo se dirigiu diretamente a sua residência e , ato contínuo, levou consigo um aparelho de televisão de valor compatível com o que pagou para ressarcimento de seu prejuízo. Esta postura adotada por Carlos configura:
a) Autotutela; art. 345 CPC art. 345 CPC
b) Autocomposição;
c) Mediação;
d) Arbitragem
Teoria Geral do Processo – Semana 09 Corrigido
1ª Questão. 
Carlos Alberto promove demanda em face de uma empresa jornalística, requerendo a concessão de liminar para que a mesma publique uma retratação de notícia divulgada na semana anterior que lhe envolvia. O magistrado determinou a citação do réu para, somente após, analisar o requerimento de antecipação dos efeitos da tutela. Emresposta, a empresa aduziu que não seria possível a concessão da liminar, dado ao caráter da irreversibilidade dos seus efeitos. Indaga-se: como o magistrado deverá decidir? Justifique a resposta.
R:O magistrado deve agir ponderando os valores envolvidos no caso concreto, verificando assim, quais os eventuais prejuízos que serão causados pela concessão ou não da tutela antecipada, o que significa a interpretação do parágrado 2° do art 273, CPC, não de forma meramente literal.
2ª Questão. 
César, no curso de processo cautelar, pleiteia a concessão de medida liminar contrária a União, que foi indeferida pelo juiz, ao argumento de que existe vedação no art. 1° da Lei n° 8.437/92. De acordo com o narrado, assinale a alternativa correta: 
a) a lei acima mencionada, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face da Fazenda Pública, viola o princípio da inafastabilidade, além de permitir que o Poder Legislativo possa se imiscuir na atividade jurisdicional; 
b) a lei sobredita é inconstitucional, pois ao restringir a concessão de liminares apenas contra a Fazenda Pública viola o princípio da isonomia;
c) para o STF, o dispositivo em comento, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face do Poder Público, é perfeitamente constitucional pois pautado em situações razoáveis e também em virtude de se tratar de uma decisão provisória; 
ADC N° 4
d) a lei em epígrafe é flagrantemente inconstitucional, devendo ser realizado sempre, em qualquer grau de jurisdição, o mecanismo de controle previsto nos arts. 480/482 do CPC.
Semana 10 Corrigido
1ª Questão.
Em demanda promovida por Marcos em face de Associação dos Idosos Brasileiros, o juiz profere o despacho saneador afastando a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela parte demandada.
Indaga-se:
a) Se no curso do procedimento forem produzidas provas que demonstrem a ilegitimidade da parte, poderá o juiz proferir sentença definitiva de improcedência do pedido? Fundamente com a abordagem da Teoria Eclética do Direito de Ação e da Teoria da Asserção;
Pela teoria eclética do direito de ação adotada pelo CPC, em rigor para o exercício regular deste direito o autor deve preencher as chamadas condições de ação ( legitimidade, interesse, possibilidade jurídica) caso falte uma delas o processo deverá ser extinto sem julgamento de mérito. Sobre o momento de avaliação do juiz existe duas correntes: 1ª- pela teoria da apresentação o autor tem que provar as condições da ação podendo estas serem avaliadas em qualquer momento do processo. na 2ª corrente, teoria da asserção, o autor apenas afirma que estão presentes, caso tenha necessidade da produção de provas a seu respeito o julgamento será de mérito no caso concreto para se permitir a afirmação se estaria o juiz autorizado a julgar improcedente por ter contestado com base em análise de provas, se stão presentes ou não as condições da ação, dependerá do emprego de uma das teorias destacadas prevalecendo a tese da teoria da asserção.
b) A decisão do juiz que desacolhe a preliminar de ilegitimidade passiva levantada pelo demandado sofre os efeitos da preclusão se a parte supostamente prejudicada não impugná-la no tempo e modo devidos? Justifique.
O Parágrafo 3° do art 267 do CPC, indica que a preclusão sobre as matérias referentes as condições da ação podendo até serem reconhecidas de ofício.
2ª Questão.
Fabrício promove uma demanda objetivando a cobrança de valores em face de Flávio. O réu, ao ser citado, apresenta contestação e suscita, em preliminar, a falta de interesse de agir do autor, eis que, até a presente data, a dívida questionada ainda não tinha vencido. Ocorre que, tão logo foi apresentada a peça de defesa, os autos seguiram conclusos ao magistrado, tendo neste ínterim ocorrido o vencimento do débito. Indaga-se: como o magistrado deverá proceder?
a) deverá julgar o pedido improcedente, pois as condições da ação devem ser analisadas no momento da propositura da demanda;
b) deverá designar uma audiência preliminar, para tentar viabilizar uma composição amigável entre as partes;
c) deverá permitir a continuidade do processo, uma vez que o vencimento da dívida no curso do processo tornaria a via eleita realmente adequada para o acolhimento da pretensão deduzida;
d) deverá reconhecer a ausência de uma das condições da ação e extinguir o processo sem resolução do mérito. Art 267, VI CPC (faltou o interesse de agir)
Autotutela- não é cabível ao nosso ordenamento uridico, que é fazer valer o seu direito com as próprias mãos , existe uma exceção no ordenamento jurídico BR que cabe a autotutela, que é com objetivo de defender a sua posse fazendo a autotutela proporcional e no momento do dano. Não cabe intervenção de terceiros
Autocomposiçao- é quando duas partes envolvidas no conflito tentam chegar a um acordo para não precisar ir ao estado-juiz. Não cabe intervenção de terceiros
Mediaçao- forma extra-judicial de solução de conflitos onde uma terceira pessoa que é o mediador ( não precisa ser conhecedor do direito) tenta um dialogo entre as partes, podendo ou não, entrarem em um acordo. O mediador não pode emitir a sua opiniao e nem ira aplicar a lei
Arbritagem- é a forma extrajudicial de solução de conflito onde há à figura de uma terceira pessoa que é o arbitro, este é um conhecedor do direito e ira aplicar a norma jurídica vigente a aquele caso concreto de forma imparcial. A decisão do arbitro é igual a uma sentença judicial, ou seja, tem a mesma força de uma sentença proferida por um juiz togado
Conciliaçao- ela pode ser judicial ou extra-judicial, quando judicial é um operador do direito, conhecedor da lei, podendo dizer qual lei se aplicara sobre o caso para ajudar as partes a chegarem a um acordo, ele não é um juiz togado e por isso, a sua sentença deverá ser homolagada. 
A conciliação extra –judicial, o conciliador, não poderá aplicar a lei mas sim orientar as partes e fazendo com que estas entrem em algum acordo
Tutelas jurisdicionais 
Ação- direito subjetivo ,abstrato e publico 
Petição inicial- nome, prenome,estado civil, profissão,domicilio e residência do autor e do reu, valor da causa...
Sentença declaratória- efeito retroativo da decisão. O autor aqui busca reconhecer um direito pre-existente EX: ação de usucapião; declaração de paternidade 
Tutela condenatória- obtem-se a imposição ao reu de uma prestação em favor do autor, garantindo o titulo que le confere de fato o direito a satisfação de tal prestação
Executiva- se faz pela entrega do bem ao autor, quando comprovadamente, através de prova documental, o reu é o devedor
Tutela ressarcitoria – quando já ocorreu o dano 
Tutela inibitória- tem por objeto proteger o direito antes que efetivamente venha a ser lesado ou ameaçado, são tutelas de urgencia 
Tutela de evidencia- é quando se depara com um direito que representa uma verdade manifesta e clara; uma certeza de imediato
Tutela antecipada- antecipação da tutela , provas inequívocas, verossimilhança,ex: agua, luz, gas, telefone
Tutela cautelar- principio da aparência, o juiz decide pela aparência de que tudo leva a cre que irá acontecer um dano, concede uma liminar nao é assegurado na sentença 
Direito- conjunto de normas positivas ou não, que regulam as relaçaoe sentre pessoas
Estado- povo,território,governo,soberania
Condições da Açao- legitimidade das partes, interesse de agir, possibilidade jurídica do pedido
TEORIAS
Teoria eclética-condiciona a ação a 3 requisitos(legitimidade das partes,interesse de agir, possibilidade jurica do pedido
Asserção- não vigora no ordenamento jurídico br, basta o autor dizer, ao elaborar a petição iniciao que ele preenche as condições da ação 
Individualização da ação- partes, causa de pedir( fatos + fundamentos), pedido
Litispendência- são 2 açoes idênticas em tramite, isto é, mesmas partes; causas de pedir e pedido
Coisa julgada- uma ação tramite em julgado, gera a segurança jurídica, não cabendo mais recurso, porem uma ação idêntica é distribuída novamente,essa ação sera arquivada/extinta para gerar segurança jurídica, excessao- teste de paternidade, direito de saber quem é o pai e direito de dizer que não é o pai
PROCESSO
Processo- é a sequencia de atos processuais que segue a ação ate chegar a uma sentença dinal válida
Natureza jurídica- é o instrumento de exercico da juristiçao 
Processo de conhecimento- órgão jurisdicional é chamado a julgar declarando qual das artes tem raxao. O objetivo é a pretensão do provimento final denominado sentença de mérito, ordinário e sumário 
Precesso de execução- credor deve receber oque é devido 
Processo cautelar- assegura um direito que esta em vias de perecer, tutela de urgência- tutela cautelar- requisitos: fumus boni iuris e periculum in mora
Processo sincrético-fusap do processo de conhecimento e de execução, onde a parte entra com um processo e dois pedidos EX: reconhecimento de paternidade e pensão alimentícia
Pressupostos processuais de existência( subjetivo)
Órgão jurisdicional- para que o processo exista é necessário distribuir ao órgão jurisdicional
Demanda- ato processual pelo qual da impulso ao processo
Pressuposto processuais de validade ( objetivo)
Competência- so se considera valido o processo se distribuído ao juiz competente
Capacidade de ser parte- autor, reu
Capacidade postulatória- advogado
Demanda regular- para elaborar uma petição inicial deve-se observar a solenidade
Pressuposto processual negativo 
Litispendência, coisa julgada, perempçao( perda do direito da ação)
Atos processuais- andamento do processo
Execução- tem natureza mandamental 
Tutela de urgência- autor distribui uma ação, mas antes de citar o reu, o juiz tem que dar uma decisão, pois o direito do autor esta em perigo de perecer
Conhecimento: se discute quem tem a razão
Sincrético- após a sentença conhecendo que o reu é devedor de dinheiro, ao invés de ter que entrar com um mandado de execução para receber, ele recebe no mesmo processo em que foi reconhecido a divida
Objetivo- celeridade processual
 
Noções preliminares de jurisdição, ação e processo.
A “jurisdição”, seja ela penal ou não penal, é prestada após a provocação (exercício do “direito de ação”) no instrumento denominado “processo”. As três compõem a trilogia estrutural do direito processual civil.
Relações do Direito Processual com outros ramos do Direito.
Embora o direito processual tenha autonomia própria, no processo instaurado será analisada também a pretensão de direito material, que decorre da existência (ou não) de uma relação jurídica material, regida por normas materiais (exemplo Código Civil ou Código Penal).
Finalidade do direito processual.
Para o Desembargador Alexandre Freitas Câmara, a finalidade ou objeto do processo é a pretensão. A pretensão processual seria a exigência do demandante no sentido de obter um atuar ou um fazer, ou, com mais precisão, a intenção manifestada pelo demandante de obtenção de um provimento capaz de lhe assegurar tutela jurisdicional.
Interpretação das normas jurídicas de direito processual civil.
Interpretar significa revelar o real alcance e sentido da norma jurídica, tarefa esta que é realizada por todos aqueles que se debruçam no estudo do Direito, bem como para aqueles que o aplicam na prática. Porém, a interpretação das normas jurídicas processuais não difere de nada em relação as demais, também sendo certo que não existe um método interpretativo que seja melhor do que outro, pois tudo dependerá de uma instância essencialmente subjetiva daquele que realiza o ato de interpretar. Deste modo, comumente são apresentados como métodos interpretativos:
a) interpretação literal;
b) interpretação autêntica;
c) interpretação lógico-sistemática;
d) interpretação histórica;
e) interpretação teleológica.
Lei processual no tempo e no espaço.
A lei processual deve ser aplicada imediatamente tão logo entre em vigor, nos termos do art. 1º da LINDB, muito embora deva respeitar os atos processuais já praticados, em respeito ao brocardo tempus regit actum. Ocorre, todavia, que a relação processual pode se desdobrar em etapas ou atos que se renovam diariamente, de modo que haja dúvidas quanto ao ato normativo que efetivamente deve ser empregado. Pra elucidar questões quanto a aplicação da lei processual no tempo, basicamente são visualizados três sistemas diferenciados:
a) o da unidade processual;
b) o das fases processuais;
c) o do isolamento dos atos processuais.
Síntese extraída da obra: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Teoria Geral do Processo. Niterói: Impetus, 2012.
TEORIA GERAL DO PROCESSO. Aula nº 02.
A estrutura do Poder Judiciário Brasileiro.
O Poder Judiciário Brasileiro. Estrutura.
Supremo Tribunal Federal - mantido pela União;
Conselho Nacional de Justiça – mantido pela União;
Superior Tribunal de Justiça – mantido pela União;
Os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais -mantidos pela União;
Os Tribunais e Juízes do Trabalho - mantidos pela União;
Os Tribunais e Juízes Eleitorais - mantidos pela União;
Os Tribunais e Juízes Militares – parte mantido pela União;
Os Tribunais e Juízes dos Estados, do Distrito Federal e Territórios.
Justiça comum e especializada.
Quanto ao critério “especialização da Justiça”, a jurisdição pode ser classificada em “comum” ou “especial”. Embora não se trate de uma classificação inteiramente pacífica, observava-se um maior grau de especialização nos trabalhos desenvolvidos pela Justiça do Trabalho, Justiça Militar e pela Justiça Eleitoral, tanto que as mesmas até possuem Tribunal Superior específico (que seria, respectivamente, o TST, STM e TSE para a análise da lei respectiva), malgrados estas decisões possam ser questionadas quanto ao aspecto constitucional perante o STF. Por este motivo, tais Justiças comumente são consideradas como “especiais”. Quanto a Justiça Federal e Estadual, a interpretação dos atos infraconstitucionais é realizada pelo mesmo Tribunal Superior (STJ), o que justificaria a afirmativa de que as mesmas prestam jurisdição “comum”.
Tribunais superiores e inferiores. Órgãos jurisdicionais de primeira instância: juízos, juizados especiais cíveis, federais e fazendários.
Quanto ao critério “órgão que aplica a jurisdição”, a jurisdição pode ser classificada em “superior” ou “inferior”. A distinção é singela, posto que a jurisdição “inferior” é aquela prestada por órgãos integrantes do Poder Judiciário em primeira instância, ao passo em que a jurisdição “superior” é prestada pelos Tribunais, estejam ele no exercício de competência originária ou mesmo recursal. Todas as Justiças (Federal, Trabalhista, Militar, Eleitoral e Estadual) possuem órgãos de instância superior e inferior.
Síntese extraída da obra: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Teoria Geral do Processo. Niterói: Impetus, 2012.
TEORIA GERAL DO PROCESSO. Aula nº 03.
Jurisdição: Conceito. Características.
A palavra “jurisdição” deriva do latim iuris dictio, que significa “dizer o Direito”, ou seja, é a possibilidade de aplicação do Direito ao caso fático que foi submetido a apreciação do magistrado. A jurisdição tanto pode ser compreendida como Poder, como atividade ou função, dependendo do ponto de vista que for empregado, sendo desempenhada por uma pessoa que assim foi investida para tanto.
Jurisdição: Características.
Usualmente, esta investidura ocorre por meio da promoção ao cargo de magistrado por meio de aprovação em concurso público de provas e títulos, mas também pode ocorrer em outras situações distintas, como nas nomeações para Ministros do STF, por meio da cúpula do Poder Executivo.
Comumente, são apresentadas as seguintes características da jurisdição:
inércia;
substitutividade;
definitividade.
Por fim, fica a ressalva por muito tempo também se considerou a “lide”, assim considerada como o conflito de interesses qualificada por uma pretensão resistida, como uma das características da atividade jurisdicional que buscava a aplicação do Direito. No entanto, modernamente se vem considerandoque, ao contrário das demais acima trabalhadas que costumam estar presente, a “lide” em realidade acaba se caracterizando como um elemento meramente acidental do processo e, consequentemente, da própria jurisdição.
Jurisdição e as demais funções prestadas pelo Estado.
Embora a jurisdição seja a atividade fim do Poder Judiciário, a mesma não se restringe apenas a esta esfera. É que o Poder Legislativo, em caráter excepcional, por meio do que já se convencionou denominar de “jurisdição anômala”, também exerce jurisdição no processamento e julgamento dos crimes de responsabilidade, ou seja, naqueles praticados por agentes políticos. O Poder Executivo, ao revés, não exerce jurisdição nem mesmo como atividade secundária na condução dos denominados procedimentos administrativos, eis que as suas decisões neles proferidas são despidas das principais características dos atos jurisdicionais, também podendo ser anuladas perante o Poder Judiciário. É, portanto, um claro indicativo de que o Brasil também adota o regime da jurisdição “una”, de modo que mesmo as decisões proferidas nestes procedimentos podem ser questionadas judicialmente.
Princípios fundamentais.
Princípio que garante o livre acesso a Justiça.
Princípio do devido processo legal.
Princípio do Juiz natural.
Princípio da motivação das decisões judiciais.
Princípio da isonomia.
Princípio do contraditório e da ampla defesa.
Princípio da duração razoável do processo.
Princípio da congruência.
Síntese extraída da obra: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Teoria Geral do Processo. Niterói: Impetus, 2012.
TEORIA GERAL DO PROCESSO. Aula nº 04.
1. Espécies de jurisdição:
1.1. de equidade e de direito.
Quanto ao critério “obediência ou não as fontes normativas primárias”, a jurisdição pode ser classificada em de “direito” ou de “equidade”. Na primeira delas, o magistrado que presta a jurisdição deve necessariamente observar os preceitos normativos, modelo este que é o adotado entre nós na maior parte das vezes.
1.2. superior e inferior.
Quanto ao critério “órgão que aplica a jurisdição”, a jurisdição pode ser classificada em “superior” ou “inferior”. A distinção é singela, posto que a jurisdição “inferior” é aquela prestada por órgãos integrantes do Poder Judiciário em primeira instância, ao passo em que a jurisdição “superior” é prestada pelos Tribunais, estejam ele no exercício de competência originária ou mesmo recursal.
1.3. contenciosa e voluntária,
Em linhas gerais, a jurisdição denominada “contenciosa” é aquela que apresenta os sinais mais visíveis da jurisdição. Em breve síntese, na jurisdição contenciosa: a) a parte interessada exerce direito de ação, pois o magistrado tem que ser provocado para prestar a jurisdição (coincide com a característica da “inércia”); b) é aplicada em um processo judicial em que foi deduzida uma pretensão; c) nela há a presença de partes com interesses contrapostos, ou seja, em litígio; d) a decisão que o magistrado vier a proferir será acobertada pelo manto da coisa julgada no aspecto formal e até mesmo material, conforme o caso (coincide com a característica da definitividade); dentre outras mais.
Na jurisdição “voluntária”, ao revés, estas características se encontram ausentes, o que até mesmo leva ao questionamento se a mesma realmente decorre do exercício da atividade jurisdicional ou se a mesma se consubstancia em atividade meramente administrativa desempenhada eventualmente pelo magistrado. Com efeito, há quem defenda que, também na jurisdição “voluntária”, há o exercício de jurisdição, eis que se trata de atividade desempenhada por um membro do Poder Judiciário e, também, porque mesmo nos casos típicos de jurisdição “contenciosa” nem sempre todas as características acima estarão presentes
1.4. penal em ao penal.
Quanto ao critério “matéria”, a jurisdição pode ser classificada em “penal” ou “não penal”, diferenciando se a demanda deduzida pelo interessado pretende obter uma sanção punitiva, ou seja, se o demandante pretende que no processo seja discutida e julgada a prática ou não de um ilícito penal.
2. Relação entre a jurisdição penal e não penal.
2.1. Abordagem dos efeitos civis da sentença penal condenatória e seu paralelo com o transporte in utilibus da sentença coletiva para os pedidos individuais de liquidação e execução dos danos pessoalmente sofridos.
A sentença penal, proferida por um juízo que exerce competência criminal, pode gerar tanto efeitos penais (v.g. restrição ao direito de liberdade do acusado) como civis (v.g. condenação a reparar os danos causados). A vítima pode, portanto, optar entre dois caminhos: o primeiro, que seria promover uma demanda perante o juízo cível e aguardar a sentença para então executá-la e, o segundo, que seria aguardar o início e desenvolvimento do processo criminal (usualmente iniciado pelo Ministério Público), a prolação da sentença penal condenatória e, também, a preclusão das vias impugnativas (o inciso é bem objetivo ao não admitir a “execução provisória” neste caso) para que somente, então, possa ser liquidada a sentença penal e, posteriormente, dado o início à sua execução. É o que consta no art. 64 do CPP: “Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, a ação para ressarcimento do dano poderá ser proposta no juízo cível, contra o autor do crime e, se for caso, contra o responsável civil”.
No entanto, esta possibilidade de apreciação, concomitante, dos mesmos fatos em dois instrumentos processuais distintos pode gerar algumas situações extremamente complexas, que demandarão maior cuidado por parte do aplicador do direito. Por exemplo, a via penal e a civil são absolutamente distintas entre si, mas, por vezes, a segunda se curva ao que foi decidido na primeira. É o que ocorre quando no juízo criminal for reconhecida a inexistência material do fato, nos termos do art. 66 do CPP: “Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato”. Da mesma forma, se o juízo criminal definir a existência do fato e da autoria, isso não mais poderá ser discutido no juízo cível, conforme indica o art. 935 do CC: “A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal”.
2.2. A liquidação dos efeitos civis na própria sentença penal condenatória.
A Lei no 11.729/2008, alterou a redação do parágrafo único, do art. 63 do CPP, passando a admitir que o magistrado lotado em juízo criminal já possa, na sua própria sentença penal condenatória, liquidar os prejuízos sofridos pela vítima, o que dispensaria uma nova liquidação perante o juízo de competência cível. A constitucionalidade deste dispositivo, contudo, é extremamente duvidosa por alargar a pretensão inicial do demandante (violação ao princípio da inércia), conferir legitimidade ao Ministério Público para a defesa de interesses individuais disponíveis (patrimônio), ampliar os limites objetivos da coisa julgada (ao incluir a obrigação de indenizar, ainda que seja por valor mínimo), dente outros motivos mais. Sobre o assunto, recomenda-se: CÂMARA, Alexandre Freitas. “Efeitos civis e processuais da sentença condenatória criminal. Reflexões sobre a Lei no11.719/2008”. Revista da EMERJ – Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, v. 12, no 46. 2009, p. 111.
Síntese extraída das obras: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. A Execução Civil. 2ª Ed. Niterói: Impetus, 2011. HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Teoria Geral do Processo. Niterói: Impetus, 2012.
TEORIA GERAL DO PROCESSO. Aula nº 05.
1. Equivalentes jurisdicionais para litígios de natureza cível: autotutela, autocomposição, mediação e arbitragem.
A “autotutela” é um mecanismo que se destina a solução de litígios e que decorre da imposição da vontade de uma das partes envolvidas em detrimento da outra, por intermédio da força ou qualquer outro meio suasório ilegítimo.Já a“autocomposição” é amplamente adotada, pois ocorre quando os próprios litigantes conseguem se compor amigavelmente e independentemente da atuação de qualquer órgão público ou privado. Pode ser exemplificada por meio de transações ou novações realizadas entre os contendores. Diferentemente da “autocomposição”, tanto a “conciliação” quanto a “mediação” já demandam a presença de um terceiro, que seria o conciliador ou mediador, para que o litígio possa ser resolvido entre as partes. Se este terceiro interfere no diálogo entre os contendores como, por exemplo, para demonstrar os lados positivos ou mesmo os aspectos negativos de eventual solução proposta, o mesmo atua como “conciliador”. Ao revés, se a sua postura é limitada a apartear o diálogo entre os envolvidos, que isoladamente vão chegar a uma solução, o mesmo se restringe a atuar como “mediador”.
A arbitragem é atualmente regulada por meio da Lei nº 9.307/96, grassando séria divergência se a mesma resulta no exercício de atividade jurisdicional ou se deve ser encarada sob o prisma de um equivalente jurisdicional. É que, por um lado, a sentença arbitral é equiparada à de um juiz togado, tanto que é considerada como título judicial, ex vi art. 475-N, inciso IV. E, da mesma maneira, esta sentença arbitral não se sujeita a homologação pelo Poder Judiciário (art. 18, Lei nº 9.307/96) e nem pode ter o seu conteúdo por ele modificado, muito embora a mesma possa vir a ser anulada, em razão de um dos vícios indicados no art. 32 da Lei nº 9.307/96. Além disso, não seria correto falar em procedimento arbitral, mas sim em processo arbitral, que guardaria enormes semelhanças com o processo judicial propriamente dito, inclusive com observância dos mesmos princípios constitucionais. E, da mesma maneira, para tanto seria necessária uma visão mais flexível da forma de investidura do árbitro, pois a mesma não decorreria da aprovação em concurso de provas e títulos como sói acontecer com o magistrado, mas sim de uma maneira pouco distinta, tal como ocorre também com os jurados que são nomeados para participar de um tribunal do júri.
2. Medidas despenalizadoras no direito processual penal.
A transação penal possui previsão no art. 76 da Lei nº 9.099/95 e, ao lado da suspensão condicional do processo, busca evitar os eventuais malefícios que uma condenação pode gerar. Ambas são consideradas como espécies de “medidas despenalizadoras”, nomenclatura esta que não escapa de críticas, ao menos em relação a transação penal, pois nesta haverá a imposição de pena restritiva de direito ou de multa. É discutível se a primeira pode ser considerada como exemplo de jurisdição voluntária no processo penal.
3. Solução de conflitos trabalhistas: autodefesa, autocomposição e comissão de conciliação prévia.
Autodefesa é semelhante a “autotutela” e poderia ser exemplificada como o direito a greve. A autocomposição é a mesma já abordada no item nº 1. Quanto a conciliação de conciliação prévia, é importante destacar o que se segue. Estas Comissões de Conciliações Prévias foram criadas pela Lei nº 9.958/2000 e possuem composição paritária, ou seja, contam com representantes dos empregados e dos empregadores, possuindo atribuição de tentar conciliar os conflitos individuais do trabalho, porém limitados à categoria profissional e à base territorial das entidades sindicais que as tiverem instituído. No entanto, o uso das mesmas não é obrigatório ou sequer se constitui em condição prévia para acesso ao Poder Judiciário, conforme já reconhecido anteriormente pelo STF, em que pese o art. 625-D e parágrafos da CLT disporem em sentido contrário. Estas comissões, que não integram o Poder Judiciário, irão referendar o termo de conciliação eventualmente firmado entre as partes, fazendo com que os mesmos possam ostentar a natureza jurídica de título executivo extrajudicial (art. 876, CLT), ou seja, documento este que já permite a instauração imediata de um processo autônomo de execução caso a obrigação nele contida não seja honrada. Servem, portanto, para pôr fim ao litígio, o que atesta o seu caráter de equivalente jurisdicional.
1.1 DO CONCEITO DA TUTELA INIBITÓRIA
Com sua legalidade inserta artigo 461 do CPC, bem como no artigo 84 CDC, a Tutela Inibitória tem em seu conceito uma ação de antecipação para se evitar um ilícito. Este por sua vez independe do dano para existir. Neste caso, tanto o autor quanto o réu da ação poderá lançar mão desta ferramenta para amparar ou proteger um direito material.
O fato de possuir este caráter preventivo, faz com que sempre se obtenha de forma efetiva a tutela requerida, já que impede que o direito material seja lesado, dando ensejo a que o Judiciário conceda a tutela na sua forma mais específica possível.
Mostra-se com isso que esta tutela tem sua natureza no direito material, surgindo assim à obrigação de fazer ou não fazer.
Por ser prestada por meio de ação de conhecimento, esta previsibilidade exige o pressuposto de que o instrumentalista tenha conhecimento de que esta ação produz sentença com efeito condenatório, declaratório ou constitutivo.
1.2 DOS PRESSUPOSTOS DA TUTELA INIBITÓRIA
Para que possa ser usada, a tutela inibitória traz consigo alguns pressupostos a serem observados. Como dito supra, seu objetivo é evitar que advenha o ilícito e não o dano, ou seja, se já tiver ocorrido o dano, que no caso é a consequência do ilícito, esta ação não poderá ser mais utilizada. 
Gize-se que o dano égerado por um ato ilícito. O ilícito, portanto, é causa, o dano, consequência. Também não possui o elemento subjetivo (dolo ou culpa). Ele está voltado para a consequência do fato e não a possível ocorrência deste. Marinoni faz uma observação, tendo em vista o esclarecimento acerca do elemento subjetivo desta tutela jurisdicional. 
Tratando-se de Tutela Inibitória, forma de tutela jurisdicional que nada tem a ver com o dano, mas apenas com a probabilidade da prática do ilícito, não há razão para se pensar em culpa. Note-se que a culpa é critério para a imputação da sanção do dano, sendo totalmente descartável quando se pensa em impedir a prática, a continuação ou a repetição de ato contrário do direito.
Assim, o que se analisa apenas é a probabilidade da prática de um ato ilícito, sendo ele repetido ou continuado. O que se busca com a tutela inibitória é a coibição de um mal que poderá ou não gerar consequências manifestas. É agir com prevenção. A essência da presente inibitória deita raízes na ação que possibilita uma precaução, a fim de que não haja ato ilícito, e, consequentemente, culminará na inexistência de prejuízos (danos) que sucederia se houvesse o antecedente lógico: ato ilícito.
1.3. DAS MODALIDADES DA TUTELA INIBITÓRIA
A tutela que tratamos se apresenta de algumas formas. Como positiva (quando se tem a obrigação de fazer) e negativa (obrigação denão fazer). Ela possui como função combater qualquer espécie de conduta, seja ela comissiva (realizada através de uma ação) ou omissiva (identificada pela abstenção do agente).
Apresenta-se também como individual ou coletiva. A primeira se fundamenta no artigo 461 CPC, cujo seu procedimento resulta em uma sentença ou ato mandamental. Para termos melhor conhecimento dessa classificação, Marinoni assim assevera. 
Como está claro, o artigo 461 permite que o juiz ordene, sob pena de multa, na sentença ou na tutela antecipatória. O artigo 461, em outras palavras, faz surgir um procedimento, que desemboca em uma sentença que ordena sob pena de multa, por nós chamada de mandamental, e que viabiliza uma tutela antecipatória da mesma natureza.
A segunda diz respeito à tutela antecipativa coletiva, onde tem seu fundamento no artigo 84 CDC. Ela busca os direitos difusos e coletivos, mostrando-se assim que vai muito mais além dos direitos do consumidor. O juiz poderá impor uma sanção – multa - em sua sentença sem o requerimento das partes.
Neste sentido, a Tutela Inibitória poderá agir impedindo a prática de uma ilicitude, mesmo que não exista ilícito anteriormente praticado.Por este motivo, o juiz terá maior dificuldade de julgamento. Também como uma ação ilícita continuada ou repetida. Tanto uma quanto a outra impede uma nova ilicitude, não levando em conta oprimeiro ilícito já cometido.
Luiz Guilherme Marinoni corrobora esta assertiva, acrescentando que: 
Quando se pensa em repetição do ilícito, supõe-se um intervalo entre um ato e outro, e assim na possibilidade de se impedir a prática de um novo ilícito, independentemente do primeiro. Porém, a questão se complica quando a atenção se volta para o ilícito continuado. Isso porque é possível supor uma ação com eficácia continuada e uma ação continuada ilícita.
Todos os tipos de modalidades da Tutela Inibitória estão ligados a ameaça da pratica de um ato ilícito. Sendo que a antecipativa não possui atos anteriores. Enquanto que a repetitiva e a continuada busca o ilícito que ocorrera anteriormente para coibição de ato presente.
Baseando-se na nova estruturação do direito por conta de novas situações ocorridas constantemente, esta ação inibitória se apresenta como um novo perfil jurídico para tomada de atitudes preventivas, que por sua vez é uma consequência das necessidades do direito material. Aquele que surge com poderes de evitar uma violação. Sempre voltada para o futuro, exigi-se apenas a simples possibilidade/probabilidade do ilícito, não necessitando comprovação de dano algum.
1.4 DOS EFEITOS DA TUTELA INIBITÓRIA
Para melhor exemplificar os efeitos da Tutela Inibitória, nada melhor que apresentarmos casos práticos onde lançaram mão desta ação e obtiveramresultados positivos nas petições apresentadas. O primeiro é do TRF (Tribunal Regional Federal), no dia 18 de fevereiro de 2004, concede Tutela inibitória para um processo de reforma agrária. Assim diz o acórdão. 
ADMINISTRATIVO. DESAPROPRIAÇÃO. REFORMA AGRÁRIA. TUTELA INIBITÓRIA. SUSPENSÃO DO LEVANTAMENTO... merece censura a decisão do juiz que, em tutela inibitória, suspende os trabalhos... AGRÁRIA. TUTELA INIBITÓRIA. SUSPENSÃO DO LEVANTAMENTO ADMINISTRATIVO. 1. Havendo dúvida fundada a respeito dos elementos com os quais lidou o INCRA na vistoria administrativa - erro na contagem dos animais -, não merece censura a decisão do juiz que, em tutela inibitória, suspende os trabalhos administrativos, para o esclarecimento da situação. 2. Improvimento do agravo de instrumento (TRF, 2004, PAG. 01):
2. Atos processuais
Atos processuais à atos humanos praticados no processo, atos praticados pela vontade humana.
*Diferente de fato processual que independe de vontade humana. Ex: morte de uma das partes.
Os atos processuais podem ter eficácia constitutiva, modificativa ou extintiva (art. 158 CPC) que repercutirá obre a situação jurídica das partes no processo. São ligados uns aos outros, formando uma unidade, sendo que a validade, finalidade e efeitos somente são atingidos quando realizados no processo, no momento próprios e em regra, na forma legalmente estabelecida.
 São divididos em:
                                               • Juiz (artigo 162 do CPC, 163 acórdãos);
Atos processuais:          • Partes (artigo 158 do CPC);
                                               • Auxiliares (artigos 166/169 do CPC).
 
Atos da Parte
São unilaterais ou bilaterais de vontade.
 
Unilateral → de postulação e manifestação de vontade.
            Ex:
                        • Autor: petição inicial manifestação sobre resposta do réu.
                        • Réu: contestação, impugnação ao valor da causa.  
 
Bilateral à transação, que implica a extinção do processo com resolução de mérito (art. 269, III do CPC)
 
Atos do juiz
Dispõe o rol exemplificativo do artigo 162:
• Sentença;
• Decisões Interlocutórias;
• Despachos.
         • Sentença não é necessariamente o ato do juiz que põe fim ao processo, isso só ocorrerá caso a sentença não julgue o mérito, pois assim, o processo será extinto; se a sentença julga o mérito, então se finda a fase cognitiva do processo que será seguida das fases de liquidação e execução de acordo com o novo conceito de sentença disposto na Lei 11.232/2005.
            → Artigo 267: extinção sem resolução de mérito;
            → Artigo 269: Hipóteses com resolução de mérito.
            Assim, a sentença é o ato pelo o qual o juiz resolve os pedidos e sua natureza dependerá do seu conteúdo.Em um processo com mais de um pedido pode existir uma sentença para cada pedido desde que estes sejam reciprocamente independentes.
         • Decisões Interlocutórias resolvem as questões incidentes e, apesar de também possuírem cunho decisório, não colocam fim à fase cognitiva do processo.
             • Despachos não possuem cunho decisório, portanto são irrecorríveis. Para de diferenciar um despacho de uma decisão interlocutória é necessário verificar se o ato traz prejuízo a uma das partes, se sim, trata-se de decisão interlocutória, se não, trata-se de despacho.
Atos dos Auxiliares
Praticado pelos serventuários, visando movimentar o processo, quer documentando, quer comunicando às partes sobre os atos processuais.
         → Atos de movimentação: visam dar andamento ao processo. Ex.: conclusão.
            → Atos de documentação: atestam à realização de atos da partes, juízes ou dos auxiliares da justiça. Ex: certidão de intimação.
            → Atos de execução: cumprem determinações do juiz.
3. Aplicação da lei no tempo e no espaço;
LEI PROCESSUAL NO TEMPO
A lei processual tem aplicação imediata, desde a sua entrada em vigor, inclusive no tocante aos
processos em curso, que ficarão sujeitos à nova lei para a prática de atos subseqüentes.
Note-se, todavia, que a lei processual não retroage para alcançar atos processuais já realizados
eencerrados com base na lei anterior.
A aplicação da lei penal no tempo tem como regra a aplicação da lei vigente à época da ação ou omissão.
Contudo tal regra possui uma exceção, a de que normas mais brandas sempre retroagem, ainda que tenha havido o transito em julgado da sentença penal condenatória. As normas mais brandas são dotadas de:
Extra-atividade – esta compreende a retroatividade(uma lei penal nova mais benéfica editada após o fato criminoso irá retroagir para alcançar este) e ultratividade (possibilidade que uma norma mais branda tem de continuar regendo os fatos ocorridos na sua vigência, mesmo depois de ter sido revogada)
OBS: Normas processuais têm um regramento próprio e não retroagem, conforme o Art. 2º do CPP:   “A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.”
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO
Vige no Brasil o Princípio da Territorialidade (Código de Processo Civil - CPC, art. 1º). De acordo
com este princípio, o juiz deve aplicar ao processo a lei processual do lugar onde exerce a jurisdição.
Essa regra abarca todas as pessoas localizadas no território do Estado, sejam nacionais ou
estrangeiras. Assim, sendo o processo uma parcela da soberania estatal, em regra, o Brasil proíbe a
aplicação de normas estrangeiras no território nacional.
4. Princípios do processocivil (juiz natural);
O princípio do juiz natural, como previsto na Constituição, afirma que “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente” (art. 5º, LIII). 
O princípio do juiz natural teve por objetivo banir definitivamente no nosso país a figura dos chamados tribunais de exceção. 
Impede este princípio que o Estado direcione o julgamento e que não seja parcial nas decisões que tomar no exercício do seu mister. 
Nos casos em que o julgador é afastado da lide por alguma razão, e não pela força, a exemplo da suspeição ou do impedimento, a lei prevê a designação de outro juiz para o feito, tundo em vista o comprometimento da imparcialidade do magistrado.
O juiz natural é somente aquele integrado no Poder Judiciário, com todas as garantias institucionais e pessoais previstas na Constituição Federal. Assim, afirma José Celso de Mello Filho que somente os juizes,tribunais e órgãos jurisdicionais previstos na Constituição se identificam ao juiz natural, princípio que se estende ao poder de julgar também previsto em outros órgãos, como o Senado, nos casos de impedimento de agentes do Poder Executivo.
4.1 Garantias do juiz natural 
são duas as garantias do juiz natural:
a) art. 5o, LIII- “ninguém será processado nem sentenciado senão pala autoridade competente”. 
b) art. 5o, XXXVII- “não haverá juízo ou tribunal de exceção”.
Ocidadão tem o direito a julgamento por um juízo ou tribunal pré-constituído, legitimamente investido no exercício da jurisdição e com todas as prerrogativas ínsitas ao normal desempenho da função ( inamovibilidade, vitaliciedade, independência jurídica e política, e irredutibilidade de vencimentos).
As justiças especializadas, constitucionalmente previstas, não ofendem a garantia, uma vez, que são pré-constituídas ( ou seja, constituídas anteriormente ao fato a ser julgado ), em caráter abstrato e geral, para julgar matérias especificas. 
A garantia do juiz natural se desdobra em três conceitos: 
a) só são órgãos  jurisdicionais os instituídos pela constituição;
b) ninguém pode ser julgado por órgão constituído após a ocorrência do fato;
c) entre os juizes pré-constituídos vigora uma ordem taxativa de competências inalterável a arbítrio de quem quer que seja. 
5. Sujeitos principais do processo;
São três os principais sujeitos do processo: o juiz, o autor e o réu.
O juiz compõe a relação processual como representante do Estado, gerindo a relação processual entre as partes de maneira imparcial e com a função de solucionar a lide e gerar pacificação social. Assim sendo, o juiz deverá ser um terceiro que não possua nenhum interesse no conflito, que conduza o processo segundo as regras e princípios estabelecidos pela ordem jurídica e que permita às partesparticiparem amplamente e igualmente para a solução da controvérsia.
Autor e réu são sujeitos contrapostos na relação processual e que terão sua esfera de direitos atingida pelo resultado alcançado ao final do processo. O autor é quem dá início à relação processual e o réu é aquele contra quem o processo é promovido. Suas posições no processo são guiadas por ao menos três princípios básicos: (i) necessidade de haver ao menos duas partes envolvidas em posições contrárias na relação processual; (ii) igualdade de tratamento processual entre as partes; e (iii) contraditório, que garante às partes ciência e possibilidade de atuar no processo em defesa de seus interesses .
É possível haver mais de uma pessoa em um ou em cada lado da relação jurídica processual, hipóses denominada de litisconsórcio. Há o litisconsórcio necessário, caso em que sua existência é essencial para a validade e eficácia do processo e sentença. Há também o litisconsócio unitário, segundo o qual os litisconsortes devem receber exatamente o mesmo tratamento no processo e sentença.
É possível também a participação de terceiros na relação processual para substituir ou para acrescentar a alguma das partes.
Salvo em casos específicos como os exemplos da justiça trabalhista e da impetração de habeas corpus, o advogado é essencial à relação processual. É, em verdade, obrigatório às partes estarem devidamenterepresentadas por um advogado. Esta função pode ser exercida pela Defensoria Público e pelo Ministério Público.
6. Ônus processual (das partes e não do juíz);
Ônus processual — Tipos de atos das partes.
O processo se instaura por iniciativa de parte, dai a indispensabilidade da atividade da parte para a existência do processo e seu desenvolvimento. Essa atividade está intimamente ligada ao conceito de ônus processual.
►Ônus processual é a situação em que a prática de determinado ato leva a parte a obter determinado efeito processual ou impedir que ele ocorra.
►Os atos das partes, por conseguinte, correspondem aos ônus estabelecidos pelo direito processual, e elas os praticam com o fim de obter uma situação favorável, tendo em vista o resultado final que é a expectativa de vencer a demanda.
Sob o aspecto formal, os atos das partes podem ser petições, cotas e condutas de interesse para o processo.
►As petições, que são os requerimentos dirigidos ao juiz, podem ter conteúdo postulatório (quando a parte solicita um pronunciamento do juiz), declaratório (quando apresenta uma declaração de vontade), instrutório (quando apresenta prova).
►As cotas são manifestações escritas nos próprios autos quando o juiz abriu a oportunidade para a parte manifestar-se.
►As condutas podem ser da própria parte ou do procurador pela parte, apresentando variedadetão grande que não comporta classificação. São condutas, por exemplo, o depoimento pessoal, o depósito de uma coisa ou de dinheiro, a exibição de pessoa ou coisa feita pela parte etc..
►Os atos declaratórios, sejam eles praticados por petição, por cota ou por meio de condutas, por serem manifestações de vontade das partes, em princípio produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais (art. 158). Podem. todavia, depender de homologação pelo juiz ou, no caso da desistência da ação, além da homologação, da aceitação da parte contrária (art. 158, parágrafo único, c/c o art. 267, § 4º). Essas manifestações de vontade são também chamadas de atos dispositivos porque têm por fim dispor sobre a formação, extinção ou modificação da relação processual, provocando-lhe alterações.
►A omissão da parte pode também produzir efeitos processuais. A parte que deixa de agir em face de um ônus processual aceita, queira ou não queira, a conseqüência legalmente preestabelecida. O processo é uma seqüência dinâmica de atos, na sua forma exterior, e não permanece indefinidamente paralisado pela omissão da parte. O tema será melhor desenvolvido ao se tratar da contumácia e da revelia.
►Os atos das partes são de quatro espécies: postulatórios, dispositivos, instrutórios e reais.
1)Atos postulatórios são aqueles que contém alguma solicitação aoEstado-Juiz. Dividem-se em requerimentos (quando dizem respeito a questões processuais) e pedidos (estes dizem respeito ao mérito da causa, sendo certo que - como visto anteriormente – o pedido é um dos elementos identificadores da demanda o autor). Verifica-se a diferença entre as duas espécies de ato postulatório quando se observa que da petição inicial, instrumento através do qual se ajuíza a demanda, deve constar “o pedido com suas especificações” (art.282, IV do CPC), e também “o requerimento para citação do réu” (art.282, VIII). Aquele que a lei processual chama de pedido, corresponde ao objeto do processo, ou seja, ao mérito da causa. Este, denominado pela lei de requerimento, concerne a um aspecto processual, qual seja, a citação do demandado para integrar a relação processual.
2)Atos dispositivos são declarações de vontade destinadas a dispor da tutela jurisdicional. Podem ser unilaterais, quando praticados por apenas uma das partes, como o reconhecimento do pedido, a renúncia à pretensão ou a desistência da ação; e concordantes, praticados por ambas as partes, como a transação e a convenção para suspensão do processo.
3)Atos instrutórios são os que têm por finalidade convencer o julgador da verdade, preparando-o para decidir. Instruir, como se sabe, significa preparar, razão pela qual nada impede se afirme que todo ato processual realizado antes daformação do provimento jurisdicional final é instrutório. Adota-se, aqui, porém, o termo em sentido mais estrito, reconhecendo-se duas espécies de atos instrutórios: as alegações, manifestações aduzidas em defesa do interesse de uma ou outra das partes, como a sustentação oral no julgamento de um recurso, os memoriais, e mesmo as alegações contidas na petição inicial e na contestação; e os atos probatórios, atos de produção de prova praticados pelas partes, como a confissão e o depoimento pessoal.
4)Atos reais = aqueles que se manifestam re, non verbis. Em outras palavras, temos aqui que se caracterizam por seu aspectomaterial, não sendo propriamente atos de postulação, razão pela qual são chamados por notável doutrinador italiano de “atos jurídicos de evento físico”. Exemplo de ato real é o pagamento das custas judiciais. 
7. Juizados especiais;
Os juizados especiais são um importante meio de acesso à justiça, pois permitem cidadãos buscarem soluções para seus conflitos cotidianos de forma rápida, eficiente e gratuita. Eles são órgãos do Poder Judiciário, disciplinados pela Lei nº 9.099/95. Leis estaduais criam e regulamentam em cada unidade da federação esses órgãos e, âmbito Federal, a Lei nº 10.259/01. 
Quais são as competências desses juizados?
Os Juizados Especiais Cíveis servem para conciliar, julgar e executar causas de menor complexidade, quenão exceda 40 salários mínimos( rito sumaríssimo), tais como: ações de despejo para uso próprio; possessórias sobre bens imóveis; de arrendamento rural e de parceria agrícola; de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; de ressarcimento por danos causados em acidentes de veículos, ressalvados os casos de processo de execução; de cobrança de seguro, relativo aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução; de cobrança de honorários dos profissionais liberais, salvo o disposto em legislação especial. 
Na esfera Federal, os juizados cíveis conciliam e julgam as causas da Justiça Federal até o limite de 60 salários mínimos, exceto as causas dispostas nos incisos I, II, III e IV, §1º, Art. 2º, da Lei nº 10.259/01. 
Os criminais conciliam, julgam e executam infrações penais de menor potencial ofensivo. Os federais criminais processam e julgam as mesmas causas quando de competência da Justiça Federal. Em todos os casos, os juizados devem respeitar as regras de conexão (quando algumas infrações possuem vínculo entre si) e continência (quando um fato criminoso contém outros). 
São consideradas causas de menor potencial ofensivo as contravenções penais e os crimes com pena máxima de dois anos. 
Quem pode entrar com ação nesses juizados?
As pessoasfísicas capazes, as microempresas, as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, as sociedades de crédito ao microempreendedor. Não podem ser partes em ações nos juizados especiais o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. 
Em âmbito Federal, podem ser parte autora em processos civis as pessoas físicas, as microempresas e as empresas de pequeno porte. Já a União, as autarquias, as fundações e as empresas públicas federais serão sempre rés. 
Nos processos criminais, autor é sempre o Ministério Público.
8. Arbitragem - Lei 9.307/96
A Arbitragem é uma forma de resolução de conflitos na área privada, ou seja, sem qualquer ingerência do poder estatal, onde as partes litigantes (que têm um litígio a ser resolvido), de comum acordo e no pleno e livre exercício da vontade, escolhem uma ou mais pessoas, denominadas árbitros ou juízes arbitrais, estranhas ao conflito, para resolver a sua questão, submetendo-se à decisão final dada pelo árbitro, em caráter definitivo, uma vez que não cabe recurso neste novo sistema de resolução de controvérsias. Na arbitragem, a função do árbitro nomeado será a de conduzir um processo arbitral, de forma semelhante ao processo judicial, porém muito mais rápido, informal, de baixo custo. E a decisão é dadapor pessoa especialista na matéria objeto da controvérsia, diferentemente do Poder Judiciário, onde o juiz, na maioria das vezes, para bem instruir seu convencimento quanto à decisão final a ser prolatada, necessita do auxílio de peritos, especialistas na matéria. Na Arbitragem, pode-se escolher diretamente esses especialistas, que terão as funções de julgadores. Exemplos práticos: Locação residencial ou comercial compra e venda de bens em geral, contratação de serviços, conflitos trabalhistas, seguros, inventários, questões comerciais em geral, etc.
Arbitragem (Lei 9.307/96)
“definição sumária e tradicional de arbitragem, como a instituição pela qual as partes confiam a terceiro, livremente designado por elas, a missão de solucionar suas controvérsias, (...)”.
Em síntese, conforme a doutrina dominante, arbitragem seria jurisdição privada autônoma, instituída por convenção entre pessoas capazes sobre direitos disponíveis, a terceiro designado por elas com a missão de elidir o conflito através de uma sentença arbitral irrecorrível.
Sob o pálio da Lei nº 9.307/96, somente se podem submeter ao juízo arbitral conflitos que versem sobre direitos patrimoniais disponíveis, como, por exemplo, questões comerciais e industriais de modo geral, questões condominiais e imobiliárias, questões pecuárias e agrárias, questões de trânsito de veículos automotores, questões doconsumidor, questões de transporte, dentre outras. Isso se faz, na prática,
"mediante convenção de arbitragem, assim entendida a cláusula compromissória e o compromisso arbitral" (art.3, Lei nº 9.307/96).
"A cláusula compromissória é a convenção através da qual as partes em um contrato comprometem-se a submeter à arbitragem os litígios que possam vir a surgir, relativamente a tal contrato" (art. 4, caput, Lei nº 9.307/96).
"O compromisso arbitral é a convenção através da qual as partes submetem um litígio à arbitragem de uma ou mais pessoas, podendo ser judicial ou extrajudicial"(art. 9, caput, Lei nº 9.307/96).
Com a recentíssima Lei nº 9.307, de 23.09.96, altera-se profundamente a história do instituto da arbitragem no Brasil. O Brasil resgata o instituto da arbitragem indo ao encontro das mais modernas legislações do mundo, e dos princípios preconizados nas convenções internacionais.
Destarte, não é a simples equiparação dada pela Lei nº 9.307, que fará com que o árbitro seja entendido como um juiz, pois ela não possui a mesma fonte de validade, que é a Constituição.
“Art. 18. O árbitro é juiz de fato e de direito, e a sentença que proferir não fica sujeita a recurso ou a homologação pelo Poder Judiciário.”
9. Aplicação da lei processual no tempo;
A lei processual tem aplicação imediata, desde a sua entrada em vigor, inclusive no tocante aos
processosem curso, que ficarão sujeitos à nova lei para a prática de atos subseqüentes.
Note-se, todavia, que a lei processual não retroage para alcançar atos processuais já realizados
e encerrados com base na lei anterior.
A aplicação da lei penal no tempo tem como regra a aplicação da lei vigente à época da ação ou omissão.
Contudo tal regra possui uma exceção, a de que normas mais brandas sempre retroagem, ainda que tenha havido o transito em julgado da sentença penal condenatória. As normas mais brandas são dotadas de:
Extra-atividade – esta compreende a retroatividade(uma lei penal nova mais benéfica editada após o fato criminoso irá retroagir para alcançar este) e ultratividade (possibilidade que uma norma mais branda tem de continuar regendo os fatos ocorridos na sua vigência, mesmo depois de ter sido revogada)
OBS: Normas processuais têm um regramento próprio e não retroagem, conforme o Art. 2º do CPP:   “A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.”
10. Decisão no âmbito da arbitragem se submete a recurso.
Quando se tratar de arbitragem, as partes poderão, ou não, renunciar aos recursos. No entanto, a possibilidade de recurso em face da Lei de Arbitragem é bastante reduzida. 
Lenza (1997) acredita que isso se deva à objetividade que se pretendeu dar ao sistema, com afinalidade de impulsionar as questões arbitrais. 
Segundo a lei ou as disposições sobre matéria recursal, podem-se utilizar os seguintes recursos, assim classificados por Lenza (1997): 
a) Embargos de declaração 
Neste tipo de embargo, o recorrente reconhece a validade da sentença, mas deseja que se corrija qualquer erro material,

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