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250 DICAS DAMÁSIO OAB

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OAB 1ª FASE
XXIV EXAME DE ORDEM
DE250
DICAS
de todas as áreas
FOQUE N
A
APROVAÇ
ÃO.
Darlan Barroso
Diretor Pedagógico de
Cursos Preparatórios
Marco Antonio 
Araujo Junior
Diretor Executivo
FILOSOFIA
1. Quando o direito se revela fundamentalmente incompleto, em casos 
não regulamentados juridicamente, para se chegar a uma decisão, os 
Tribunais precisam exercer a função legislativa limitada, denominada 
“discricionariedade” (Hart).
2. Um governo legítimo demonstra igual consideração pelo destino de todos 
os cidadãos sobre os quais tenha domínio e aos quais reivindique fidelidade 
(Ronald Dworkin).
3. A analogia representa um método de integração jurídica no qual, diante 
da semelhança entre dois casos, as consequências jurídicas atribuídas a 
um deles, já regulamentado, são atribuídas ao outro, não regulamentado 
(Norberto Bobbio).
4. A analogia é empregada diante da ausência de previsão legal para 
determinado caso, já a interpretação extensiva decorre de uma previsão do 
legislador, ainda que de maneira implícita.
5. Ao defender o Historicismo, Savigny estuda o Direito como resultado de um 
processo histórico que surge de maneira pacífica por meio da convivência e 
da formação da vida social.
6. Na Fundamentação da metafísica dos costumes, Kant procurou formular 
raciocínios no campo moral, visando compreender como o homem estabelece 
sua estrutura valorativa.
Alysson
Rachid
7. Na Doutrina do Direito, Kant procurou demonstrar a necessidade de se 
formular preceitos jurídicos.
8. A justiça natural é aquela que ultrapassa a vontade do homem, que possui 
força e aceitação universal. Representa o conjunto de todas as regras, é 
imutável e tem a mesma força em todo lugar.
9. A justiça comutativa regula as relações mútuas entre pessoas privadas 
(São Tomás de Aquino).
10. A justiça distributiva manifesta-se na distribuição de honras, de dinheiro 
ou das outras coisas. A participação pode ser desigual ao se observar o 
mérito (Aristóteles). 
11. Escola do Direito Livre (Hermann Kantorowicz) aproxima o Direito da 
Justiça, defendendo o seu questionamento e a não vinculação somente ao 
Estado. Confere liberdade ao Juiz.
12. “O direito não é uma simples ideia, é uma força viva”. É uma luta na qual 
participam a população e o Poder Público (Rudolf von Ihering).
13. Chaïm Perelman observa a flexibilidade do Direito, que pode ser estudado 
como um instrumento capaz de conciliar as leis e os valores de seu tempo.
14. São características do Direito: atributividade; bilateralidade; coercibilidade; 
heteronomia.
15. Normas jurídicas devem ser analisadas em conjunto para melhor 
compreensão do Direito. Direito não como norma isolada; não autônomo 
(Bobbio).
1. Primeira infância é o período que abrange os primeiros 6 anos completos 
ou 72 meses de vida da criança.
2. Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e 
aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência 
na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de 
apoio à amamentação.
3. A gestante e a parturiente têm direito a 1 acompanhante de sua preferência 
durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato.
4. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades 
neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão 
proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais 
ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. 
 
5. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua 
família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência 
familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento 
integral.
6. A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para 
todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.
7. Adoção conjunta somente entre casados ou que convivam em união 
estável.
ECA
Guilherme
Madeira
Paulo Henrique
Fuller
Orly
Kibrit
8. Adoção unilateral é a adoção feita pelo padrasto ou madrasta.
9. Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando 
for criança ou adolescente com deficiência ou com doença crônica.
10. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal 
haverá, no mínimo, 1 Conselho Tutelar como órgão integrante da administração 
pública local, composto de 5 membros, escolhidos pela população local para 
mandato de 4 anos, permitida 1 recondução, mediante novo processo de 
escolha.
11. A medida socioeducativa de internação não comporta prazo determinado, 
devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, 
no máximo a cada 6 meses.
12. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida 
adequada.
13. Ato infracional equiparado a tráfico de drogas não necessariamente gera 
internação.
14. Aplica-se prescrição ao ato infracional.
15. No procedimento para apuração de ato infracional é nula a desistência de 
outras provas em face da confissão do adolescente.
DIREITO
AMBIENTAL
Luiz 
Antônio
1. Empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, 
por um só ente federativo. Os Municípios só licenciam empreendimentos que causem 
impacto local (cabe ao CONSEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente – de cada 
Estado definir as hipóteses de impacto local). Já os Estados têm competência residual, 
ou seja, licenciam atividades e empreendimentos que não forem de atribuição da União 
ou dos Municípios.
2. Se o impacto do empreendimento for local, mas o Município não tiver órgão municipal 
capacitado ou Conselho Municipal do Meio Ambiente, o licenciamento será feito pelo 
Estado, que, nesse caso, terá competência supletiva. E, se o Estado não tiver órgão 
estadual capacitado, a competência supletiva será exercitada pela União.
3. Todo empreendimento, obra ou atividade, durante o licenciamento, passam 
necessariamente pela avaliação de impactos ambientais, que é feita por meio de 
apresentação de estudos ambientais pelo empreendedor. Se o empreendimento a ser 
licenciado for potencialmente causador de significativa degradação ambiental, o estudo 
exigível será o EIA/RIMA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental). Se o impacto for de grau 
mínimo ou médio, ou seja, não for caso de significativa degradação ambiental, caberá ao 
órgão ambiental licenciador definir os estudos ambientais pertinentes. 
4. A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima 
de 120 dias da expiração de seu prazo de validade, ficando este automaticamente 
prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.
5. O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, pode modificar os 
condicionantes, suspender e até cancelar uma licença ambiental em vigor, desde que 
ocorram três situações, não cumulativas: a) violação ou inadequação de quaisquer 
condicionantes ou normas legais; b) omissão ou falsa descrição de informações 
relevantes que subsidiaram a expedição da licença; c) superveniência de graves riscos 
ambientais e de saúde.
6. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público (lei ou decreto); 
exige-se, para tanto, estudos técnicos e consulta pública (menos para criação de Estação 
Ecológica e Reserva Biológica). A desafetação (extinção) e redução (de limites) de uma 
unidade de conservação só poderão ser feitas mediante lei específica.
7. O Código Florestal – Lei n. 12.651/2012 – tem como objetivo o desenvolvimento 
sustentável. Todas as obrigações nele previstas têm natureza real (caráter propter 
rem) e são transmitidas ao sucessor de qualquer natureza, no caso de transferência de 
domínio ou posse do imóvel rural.
8. O Código Florestal – Lei n. 12.651/2012 – permite intervenção ou supressão devegetação nativa em Área de Preservação Permanente nas hipóteses de utilidade 
pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental; admite, também, exploração 
econômica da Reserva Legal mediante manejo sustentável.
9. Segundo o novo Código Florestal, a inserção do imóvel rural em perímetro urbano 
(mediante lei municipal) não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área 
de Reserva Legal; esta só será extinta concomitantemente ao registro do parcelamento 
do solo para fins urbanos no CRI (Cartório de Registro de Imóveis).
10. Segundo o novo Código Florestal, o Poder Público Municipal, para estabelecer 
áreas verdes urbanas no Município, pode valer-se, entre outros instrumentos, da 
transformação das Reservas Legais em áreas verdes urbanas nas expansões urbanas 
e estabelecimento de exigência de áreas verdes nos loteamentos e empreendimentos 
comerciais na cidade.
11. Prescreve em 5 anos a ação da Administração Pública Ambiental objetivando 
apurar a prática de infrações administrativas contra o meio ambiente, contada da data 
da prática do ato, ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que 
esta tiver cessado. Se a infração administrativa ambiental configurar crime ambiental, 
o prazo para a lavratura do auto de infração ambiental, portanto o prazo de prescrição, 
será o previsto na lei penal para o crime ambiental correspondente.
12. A prescrição, que atinge as infrações administrativas ambientais e os crimes 
ambientais, não se aplica à reparação civil dos danos ambientais, ou seja, a reparação 
civil dos danos ambientais é imprescritível.
13. As pessoas jurídicas são responsabilizadas, administrativa, civil e penalmente, 
nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou 
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
14. Exige-se, para transação penal nos crimes ambientais de menor potencial 
ofensivo, a prévia composição (acordo/ajuste) do dano ambiental, salvo comprovada 
impossibilidade; e, no caso de suspensão do processo, a declaração de extinção de 
punibilidade, pelo cumprimento das condições, dependerá de laudo de constatação de 
reparação do dano ambiental, ressalvada comprovada impossibilidade.
15. São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010) a não 
geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, e também 
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Para tanto, um instrumento 
fundamental é a logística reversa, que é um conjunto de ações, procedimentos e meios 
destinados à coleta e restituição dos produtos pós-consumo ao setor empresarial, 
para inserção no ciclo produtivo ou outra destinação ambientalmente adequada
(arts. 3º, XII, e 33).
DIREITO
CONSTITUCIONAL
Erival
Oliveira
1. Ação popular: proteger o patrimônio público, histórico e cultural, o meio ambiente 
e a moralidade administrativa. Só cidadão pode propor. De boa-fé não há custas e 
ônus da sucumbência.
2. Mandado de injunção individual ou coletivo: busca o exercício de direito 
constitucional não regulamentado. Tem efeito concreto, podendo ser 
individual ou coletivo.
3. Iniciativa reservada: só certas pessoas podem apresentar o projeto de 
lei, por exemplo, cabe ao Presidente da República apresentar o projeto para 
aumentar a remuneração de servidores públicos federais.
4. Compete ao STF julgar extradição e ADI, ADC, ADO, ADI Interventiva Federal 
e ADPF.
5. Compete ao STJ julgar Governador que comete crime comum. Importante: 
não precisa de prévia autorização da Assembleia Legislativa.
6. Viola a cláusula de reserva de Plenário (CF, art. 97) a decisão de 
órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua 
incidência, no todo ou em parte. 
7. Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o 
Presidente da República não estará sujeito a prisão.
8. A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das 
respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa 
privativa da União. 
9. CPI investiga aquilo que o respectivo legislativo pode fiscalizar ou legislar. 
Não pode determinar interceptação telefônica, expedir mandado de prisão nem 
busca e apreensão.
10. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos 
horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental.
11. Deputados e Senadores possuem imunidade material (não cometem 
delitos por suas opiniões, palavras e votos, no exercício da atividade 
parlamentar).
12. O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições 
desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada 
em lei. 
13. O MP e a OAB são contra a redução da maioridade penal. São penalmente 
inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às normas da legislação 
especial.
14. Mandado de segurança: direito líquido e certo, não amparado 
por HC ou HD, violado por ilegalidade de autoridade pública e prazo 
decadencial de 120 dias do conhecimento da lesão.
15. Normas não recepcionadas e ato normativo não equivalente a uma lei 
autorizam o uso de uma ADPF no controle concentrado de constitucionalidade.
DIREITO PENAL
Rodrigo
Pardal
Gustavo
Junqueira
Patricia
Vanzolini
Denis
Pigozzi
1. A Lei que de qualquer modo beneficiar o agente retroage aplicando-se a 
fatos praticados antes da sua vigência, mesmo que decididos por sentença 
transitada em julgado. Nesse caso, a competência para a sua aplicação é do 
juízo da execução (Súmula n. 611, STJ).
2. Dolo direto de 2º grau, também chamado dolo das consequências 
necessárias, é a situação em que o agente, embora não queira o resultado, 
sabe que ele com certeza ocorrerá.
3. Se o crime não se consuma por motivos alheios à vontade do agente, haverá 
tentativa. Se o crime não se consuma porque o próprio agente desiste, haverá 
desistência voluntária. Se o crime não se consuma porque o agente impede a 
consumação, haverá arrependimento eficaz.
4. A prescrição antes de transitar em julgado a sentença para a acusação 
regula-se pela pena máxima em abstrato (prescrição em abstrato). O primeiro 
marco interruptivo é o recebimento da denúncia.
5. No erro sobre a pessoa, o agente confunde a pessoa pretendida com outra. 
5. No erro sobre a pessoa, o agente confunde a pessoa pretendida com outra. 
No erro na execução, também chamado de aberratio ictus, o agente quer 
atingir uma pessoa, mas por acidente ou erro atinge outra. Nos dois casos, 
responde como se tivesse atingido a pessoa pretendida. 
6. Para a teoria da imputação objetiva, o agente não poderá ser responsabilizado 
pelo resultado, caso fique demonstrado que um comportamento alternativo 
conforme o direito não poderia tê-lo evitado. 
7. Se um dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á 
aplicada a pena deste. Essa pena será aumentada até a 1/2 se o resultado 
era previsível.
8. A atenuante da confissão espontânea pode ser compensada com a 
agravante da violência contra mulher por serem ambas preponderantes.
9. O Juiz pode exigir o exame criminológico para a concessão da progressão 
de regime, mas motivamente e de acordo com o caso concreto (Súmula n. 
439, STJ).
10. A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência 
doméstica contra a mulher é pública incondicionada (Súmula n. 542, STJ). 
11. O crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor 
absorve o crime de dirigir sem habilitação.
12. Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por 
existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, 
não torna impossível a configuração do crime de furto (Súmula n. 567, STJ).
13. A simulação de porte de armanão constitui circunstância majorante do crime 
de roubo. 
14. O crime de associação para o tráfico exige estabilidade e permanência e 
não tem natureza de crime hediondo.
15. Considerando a relevância da colaboração premiada, o Delegado de 
Polícia e o MP poderão representar ou requerer a concessão de perdão judicial 
ao colaborador. 
DIREITO
PROCESSUAL PENAL
Guilherme
Madeira
Paulo Henrique
Fuller
Flávio
Martins
1. Não cabe recurso da decisão que determina o arquivamento do inquérito 
nos moldes do CPP.
2. Nos casos envolvendo Lei Maria da Penha, a ação penal na lesão corporal 
leve é pública incondicionada.
3. Crime cometido por indígena é, em regra, de competência estadual. Se 
decorrer de disputa sobre direitos indígenas será de competência federal.
4. Garantia da ordem pública é requisito da prisão preventiva e não da prisão 
temporária.
5. Testemunha proibida é aquela que, em razão de função, ministério, ofício 
ou profissão, está proibida de depor (art. 207 do CPP).
6. A rejeição da denúncia, segundo a jurisprudência, também poderá ocorrer 
após a resposta à acusação.
7. Não cabe habeas corpus se já estiver extinta a pena privativa de liberdade.
8. Não cabe revisão criminal para modificar o fundamento da absolvição. 
Será admissível revisão criminal de sentença absolutória apenas para os 
casos envolvendo sentença absolutória imprópria.
9. Poderá o Juiz dar classificação jurídica distinta ao crime apontado na 
denúncia, ainda que com pena mais grave, desde que os fatos estejam 
descritos na denúncia ou queixa. Trata-se da chamada emendatio libelli 
prevista no art. 383 do CPP.
10. A primeira fase do júri deve ser encerrada em 90 dias.
11. Na fase da pronúncia vigora, segundo posição majoritária, o in dubio pro 
societate.
12. O desaforamento somente existe na segunda fase do júri.
13. No desaforamento é obrigatória a oitiva da defesa sob pena de nulidade.
14. Em Plenário somente poderão ser lidos documentos que tenham sido 
juntados com 3 dias úteis de antecedência.
15. Toda decisão do Juiz da execução penal é objeto de agravo em execução 
e não de recurso em sentido estrito.
ÉTICA
Marco
Antonio
Alysson
Rachid
1. O advogado deve abster-se de vincular seu nome ou nome social a 
empreendimentos sabidamente escusos.
2. O advogado deve desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo 
preliminar de viabilidade jurídica. Também tem o dever de contribuir para o 
aprimoramento das instituições, do Direito e das leis.
3. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou 
ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo 
profissional. 
4. A “Medalha Rui Barbosa” é a comenda máxima conferida pelo Conselho 
Federal às grandes personalidades da advocacia brasileira. Só pode ser 
concedida uma vez, no prazo do mandato do Conselho, e será entregue ao 
homenageado em sessão solene.
5. A Conferência Nacional de Advocacia é órgão consultivo máximo do 
Conselho Federal, reunindo-se trienalmente, no segundo ano do mandato, 
tendo por objetivo o estudo e o debate das questões e problemas que digam 
respeito às finalidades da OAB e ao congraçamento dos advogados.
6. A Conferência é dirigida por uma Comissão Organizadora, designada pelo 
Presidente do Conselho, por ele presidida e integrada pelos membros da 
Diretoria e outros convidados.
7. As conclusões das Conferências têm caráter de recomendação aos 
Conselhos correspondentes.
8. Constitui direito da advogada gestante, lactante, adotante ou que der à 
luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem 
realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição.
9. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos 
em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar, 
em juízo ou fora dele, clientes com interesses opostos.
10. A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-partidários 
ou eleitorais nem beneficiar instituições que visem a esses objetivos, ou 
como instrumento de publicidade para a captação de clientela.
11. A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um 
advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente 
das razões que motivaram tal concentração.
12. Constitui direito do advogado examinar, em qualquer instituição 
responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos 
de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em 
andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar 
apontamentos em meio físico ou digital. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o 
advogado apresentar procuração!
13. Constitui direito do advogado assistir a seus clientes investigados 
durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo 
interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos 
investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou 
indiretamente, podendo, inclusive, apresentar razões e quesitos no curso da 
respectiva apuração.
14. O sigilo profissional é de ordem pública e o advogado, quando no exercício 
das funções de mediador, conciliador e árbitro, também se submete às regras 
de sigilo.
15. Compete ao Conselho Seccional ajuizar, após deliberação, ação civil 
pública, para defesa de interesses difusos de caráter geral e coletivos e 
individuais homogêneos.
DIREITO EMPRESARIAL
Elisabete
Vido
Suhel
Sarhan
Marcello 
Iacomini
1. A EIRELI só pode ser constituída com o capital social mínimo de 100 salários 
mínimos. 
2. Nas Sociedades Não Personificadas a responsabilidade dos sócios é subsidiária 
em relação ao patrimônio especial. 
3. São requisitos para a concessão da patente: novidade, atividade inventiva e 
aplicação industrial. 
4. São espécies de patente: invenção (proteção por 20 anos/depósito) e modelo de 
utilidade (proteção por 15 anos/depósito). 
5. A marca de alto renome é a marca registrada no INPI e recebe proteção em todos 
os ramos de atividade. 
6. Na sociedade limitada a responsabilidade dos sócios é limitada à integralização 
das cotas subscritas, mas todos os sócios respondem solidariamente até o limite 
do que falta a ser integralizado. 
7. As ações da SA são diferenciadas quanto à espécie em ordinárias, preferenciais 
ou de gozo ou fruição. 
8. Os membros da Diretoria precisam ser pessoas físicas idôneas e domiciliadas 
no Brasil. 
9. No trespasse, a não concorrência é de 5 anos, no caso de omissão do contrato. 
10. O adquirente do estabelecimento responde apenas pelas dívidas contabilizadas 
enquanto o alienante continua solidariamente responsável por 1 ano. 
11. Prazo decadencial para a ação renovatória: de 1 ano a 6 meses antes do termo 
final do contrato. 
12. Na Ltda., não se admite o sócio que apenas preste serviços. O capital social 
pode ser formado por bens ou dinheiro. 
13. Os créditos extraconcursais são aqueles originados após a decretação da 
falência. 
14. Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros são considerados quirografários. 
15. Na recuperação de empresas os credores proprietários não são atingidos pela 
proposta de recuperação.
DIREITO
DO TRABALHO
Renata
Orsi
Marcos
Scalercio
Leone
Pereira
Paulo
Ralin
1. O empregado doméstico é aquele que presta serviços de forma contínua, 
subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à 
família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 dias por semana (LC n. 
150/2015).
2. Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância 
de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o 
paradigma, exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica 
superada pela jurisprudência de Corte Superior; b) na hipótese de equiparaçãosalarial em cadeia, suscitada em defesa, se o empregador produzir prova do 
alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equiparação 
salarial em relação ao paradigma remoto, considerada irrelevante, para esse 
efeito, a existência de diferença de tempo de serviço na função superior a 
2 anos entre o reclamante e os empregados paradigmas componentes da 
cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato (Súmula n. 6, TST). 
3. No caso de substituição que não tenha caráter meramente eventual, o 
empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. Por outro 
lado, se o cargo estiver vago em definitivo, o empregado que passa a ocupá-
lo não tem direito a salário igual ao do antecessor (Súmula n. 159, TST). 
4. A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se 
der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se 
aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade 
(Súmula n. 244, item II, TST). 
5. A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de 
agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente-
-geral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo 
de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT (Súmula n. 287, TST). 
6. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da 
ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a 5 anos, 
contados da data do ajuizamento da reclamação, e não às anteriores ao 
quinquênio da data da extinção do contrato (Súmula n. 308, TST). 
7. Os entes da Administração Pública direta e indireta respondem 
subsidiariamente pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte 
do empregador, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento 
das obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do 
cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço 
como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero 
inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa 
regularmente contratada (Súmula n. 331, TST). 
8. Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização 
prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos 
de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de 
previdência privada ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo-
-associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, 
não afrontam a CLT, salvo se demonstrada a coação ou outro defeito que vicie 
o ato jurídico (Súmula n. 342, TST). 
9. A contratação de servidor público somente lhe confere o direito ao 
pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas 
trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores 
referentes aos depósitos do FGTS (Súmula n. 363, TST). 
10. Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto 
permanentemente ou de forma intermitente a condições de risco. Indevido 
quando o contato se dá de forma eventual ou o que, sendo habitual, se dá por 
tempo extremamente reduzido (Súmula n. 364, TST). 
11. É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical (7 
dirigentes sindicais e igual número de suplentes), ainda que a comunicação 
do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do 
prazo previsto na CLT, desde que a ciência ao empregador ocorra na vigência 
do contrato de trabalho. Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito 
da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade 
(Súmula n. 369, TST). 
12. Nas condenações por dano moral, a atualização monetária é devida a 
partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. Por seu 
turno, os juros incidem desde o ajuizamento da ação (Súmula n. 439, TST). 
13. O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de 
previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao 
adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado 
adicional é a transferência provisória (OJ n. 113, SDI-1/TST). 
14. Inválida a presunção de vício de consentimento por ter o empregado 
anuído expressamente com descontos salariais na oportunidade da admissão. 
Exige-se a demonstração concreta do vício de vontade (OJ n. 160, SDI-1/TST). 
15. A circunstância de a relação de emprego ter sido reconhecida apenas em 
juízo não tem o condão de afastar a incidência da multa prevista no art. 477,
§ 8º, da CLT. A referida multa não será devida apenas quando, comprovadamente, 
o empregado der causa à mora no pagamento das verbas rescisórias (Súmula 
n. 462, TST).
DIREITO
PROCESSUAL
DO TRABALHO
Renata
Orsi
Marcos
Scalercio
Leone
Pereira
Paulo
Ralin
1. Aplica-se o Código de Processo Civil, subsidiária e supletivamente, 
ao Processo do Trabalho, em caso de omissão e desde que haja 
compatibilidade com as normas e princípios do Direito Processual do 
Trabalho, na forma dos arts. 769 e 889 da CLT e do art. 15 da Lei n. 
13.105, de 17/3/2015. 
2. Não se aplica ao Processo do Trabalho, em razão de inexistência de 
omissão ou por incompatibilidade, o art. 219 do CPC/2015 (contagem de 
prazos em dias úteis).
3. Aplicam-se ao Processo do Trabalho, em face de omissão e 
compatibilidade, os preceitos do Código de Processo Civil que regulam 
os seguintes temas: arts. 294 a 311 (tutela provisória); art. 373, §§ 1º 
e 2º (distribuição dinâmica do ônus da prova).
4. Aplica-se ao Processo do Trabalho o incidente de desconsideração 
da personalidade jurídica regulado no Código de Processo Civil (arts. 
133 a 137), assegurada a iniciativa também do Juiz do Trabalho na fase 
de execução (CLT, art. 878).
5. Por aplicação supletiva do art. 784, I (art. 15 do CPC), o cheque e a nota 
promissória emitidos em reconhecimento de dívida inequivocamente 
de natureza trabalhista também são títulos extrajudiciais para efeito 
de execução perante a Justiça do Trabalho, na forma do art. 876 e ss. 
da CLT. 
6. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados 
a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador (princípio da 
continuidade da relação de emprego – Súmula n. 212, TST). 
7. Na Justiça do Trabalho, as decisões interlocutórias não ensejam 
recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de TRT contrária 
a Súmula ou OJ do TST; b) suscetível de impugnação mediante recurso 
para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência 
territorial, com a remessa dos autos para TRT distinto daquele a que se 
vincula o juízo excepcionado (Súmula n. 214, TST). 
8. Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do 
depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido 
o prazo de 5 dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o 
recorrente não complementar e comprovar o valor devido (OJ n. 140, 
SDI-1/TST).
9. É dispensável o trânsito em julgado da sentença normativa para a 
propositura da ação de cumprimento (Súmula n. 246, TST). 
10. Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará 
no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. Ademais, 
o recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do TST suspendem 
os prazos recursais (Súmula n. 262, TST). 
11. O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, 
no prazo de 8 dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, 
de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário 
que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso 
interposto pela parte contrária (Súmula n. 283, TST).
12. Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 
13/11/2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o 
não recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 
anos após o término do contrato. Por outro lado, paraos casos em que 
o prazo prescricional já estava em curso em 13/11/2014, aplica-se o 
prazo prescricional que se consumar primeiro: 30 anos, contados do 
termo inicial, ou 5 anos, a partir de 13/11/2014 (Súmula n. 362, TST). 
13. Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra 
micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente 
empregado do reclamado (Súmula n. 377, TST). 
14. No procedimento sumaríssimo, somente será deferida a intimação 
da testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer 
(carta-convite ou prova do convite prévio) (art. 852-H, §§ 2º e 3º, CLT).
15. No procedimento sumaríssimo, somente será cabível a interposição 
de recurso de revista em três hipóteses: quando o acórdão do TRT 
contrariar a Constituição Federal, Súmula do TST ou Súmula Vinculante 
do STF (art. 896, § 9º, CLT e Súmula n. 442, TST).
DIREITO DO
CONSUMIDOR
Murilo
Sechieri
1. As normas do CDC são de ordem pública e de interesse social; o Juiz as aplica de 
ofício; não podem ser afastadas pela vontade dos interessados. 
2. Consumidor é pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou serviços 
como destinatário final. 
3. Também são consumidores: a coletividade que haja intervindo nas relações de 
consumo; as vítimas do acidente de consumo; todas as pessoas que tenham sido 
expostas às práticas comerciais. 
4. Fornecedor: pessoa física, pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, pública ou 
privada, entes despersonalizados, atividade de criação, produção (etc.) de produtos 
ou serviços. 
5. Produto é qualquer bem móvel ou imóvel, material ou imaterial. 
6. Serviço é qualquer atividade oferecida no mercado de consumo, mediante 
remuneração, direta ou indireta, salvo as de natureza trabalhista. 
7. Aplica-se o CDC às instituições financeiras, aos planos de saúde, às entidades de 
previdência privada aberta (e não às fechadas) e seus participantes. 
8. Não se aplica o CDC nos contratos de locação e nas relações entre condomínio e 
condôminos, entre advogados e clientes, e também não se aplica nas relações entre 
associados e associação civil. 
9. A vulnerabilidade do consumidor não se confunde com hipossuficiência. Esta é que 
autoriza a inversão do ônus da prova, mas a inversão não é automática.
10. O consumidor tem o direito à modificação ou revisão de cláusulas que sejam 
desequilibradas, injustas. Pelo CDC, não se exige que o fato novo seja imprevisível. 
11. São modalidades ilícitas de publicidade: a) a clandestina (oculta, disfarçada); b) 
a enganosa (contém informação falsa, capaz de induzir o consumidor em erro); c) a 
abusiva (discriminatória, que incita a violência, explora o medo etc.). 
12. Se o consumidor alega que a publicidade é enganosa, o ônus de provar a sua 
veracidade será do fornecedor, que patrocinou a publicidade. 
13. Direito de arrependimento: se a contratação ocorreu fora do estabelecimento 
comercial, o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias (prazo de 
reflexão). 
14. Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros 
e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas 
referentes a período superior a 5 anos. 
15. Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção 
ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público.
DIREITO
INTERNACIONAL
Ana Carolina
Pascoaletti
Ricardo
Macau
1. No Direito Internacional Privado, a regra geral de competência é a de que o Juiz 
brasileiro tem competência concorrente ou relativa em relação ao Juiz estrangeiro. 
As partes do caso concreto podem escolher se a ação judicial será julgada no 
Brasil ou no exterior (arts. 21 e 22, novo CPC).
2. Em três hipóteses apenas a competência do Juiz brasileiro é absoluta ou 
exclusiva, o que obriga a ajuizar necessariamente a ação no Brasil: bens imóveis 
situados no Brasil; ação de inventário, partilha ou abertura de testamento de bens 
situados no Brasil; e ação de divórcio, separação ou reconhecimento de união 
estável se o casal possuir bens situados no Brasil (art. 23, novo CPC).
3. Compete ao STJ homologar a sentença estrangeira – que é a decisão final de 
autoridade competente de outro país. Por outro lado, a sentença internacional – 
isto é, a decisão de Corte Internacional – não exige homologação perante nenhum 
Tribunal Superior brasileiro. Em ambos os casos (sentença estrangeira e sentença 
internacional), a execução da decisão é realizada pelo Juiz Federal competente.
4. As cartas rogatórias são decisões interlocutórias expedidas por Juízes 
estrangeiros e que precisam ser cumpridas no Brasil (exemplo: citação, realização 
de perícia, bloqueio de bens). As cartas rogatórias devem receber exequatur do STJ 
para que possam ser executadas pelo Juiz Federal competente.
5. No que se refere aos elementos de conexão do Direito Internacional 
Privado, as questões relacionadas com direito de família, personalidade, 
nome e capacidade civil são regidas pela lei do domicílio da pessoa (art. 7º, 
LINDB).
6. No que se refere aos elementos de conexão do Direito Internacional Privado, 
obrigações, contratos e testamentos (negócios jurídicos) são qualificados pela lei 
do local da constituição, isto é, o local em que foram assinados (art. 9º, LINDB).
7. No que se refere aos elementos de conexão do Direito Internacional Privado, 
a sucessão por morte ou ausência obedece, como regra geral, à lei do domicílio 
do de cujus ou do desaparecido. Há, todavia, uma exceção: pode-se aplicar a lei 
brasileira para favorecer cônjuge ou filho brasileiro (art. 10, LINDB).
8. Cabe deportação do estrangeiro que tenha ingressado ou permaneça de modo 
irregular no Brasil. Trata-se de ato discricionário da Polícia Federal e não tem 
caráter punitivo. O estrangeiro deportado poderá retornar ao Brasil, desde que 
as despesas com a deportação sejam pagas ao Tesouro Nacional e comprove o 
pagamento de multa aplicada.
9. A Lei de Migração (Lei n. 13.445/2017) proíbe que o Brasil realize expulsão de 
estrangeiro que tenha filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência 
econômica ou socioafetiva ou pessoa brasileira sob sua tutela, e tiver cônjuge ou 
companheiro, sem discriminação alguma, residente no Brasil. O filho brasileiro ou 
o cônjuge/companheiro, entretanto, não são fatores impeditivos da repatriação, 
deportação, extradição ou entrega.
10. A CF/88 proíbe apenas a extradição do brasileiro nato (art. 5º, LI). É possível, 
todavia, a extradição do brasileiro naturalizado em duas hipóteses: crime comum 
praticado antes da naturalização e tráfico de drogas praticado a qualquer tempo.
11. Existe expressa proibição na CF/88 de extraditar indivíduos que tenham 
praticado crime político ou crime de opinião (art. 5º, LII).
12. Os tratados internacionais devem cumprir 4 etapas de internalização 
no ordenamento jurídico brasileiro: negociação e assinatura, referendo do 
Congresso Nacional, ratificação e promulgação interna. O referendo congressual 
ocorre mediante decreto legislativo e a promulgação interna é feita por decreto 
presidencial.
13. Os tratados contrários às normas internacionais imperativas – jus cogens – 
são nulos. O jus cogens é um conceito jurídico indeterminado que permite que as 
Cortes Internacionais reconheçam a nulidade de tratados que contrariem a ordem 
pública internacional.
14. O sistema de solução de controvérsias do Mercosul foi implantando pelo 
Protocolo de Olivos de 2002. A principal contribuição desse tratado internacional 
foi a criação do Tribunal Permanente de Revisão (TPR), que tem duas competências 
principais: julgar litígios entre os Estados-partes do bloco regional e emitir 
pareceres consultivos solicitados pelas Cortes Superiores dos Estados que 
integram o Mercosul.
15. O brasileiro nato deve provar dois vínculos com oBrasil: vínculo de solo (jus 
soli) ou vínculo de sangue (jus sanguinis). O brasileiro naturalizado é o estrangeiro 
que tem vontade de se tornar brasileiro, mas não tem vínculo de solo nem vínculo 
de sangue com o Brasil.
DIREITO CIVIL
Christiano
Cassettari
André
Barros
Maurício
Bunazar
Murilo
Sechieri
1. São relativamente incapazes: a) os maiores de 16 e menores de 18 anos; 
b) os ébrios habituais e os viciados em tóxico; c) aqueles que, por causa 
transitória ou permanente, não puderem exprimir vontade; d) os pródigos. 
2. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade 
são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer 
limitação voluntária. 
3. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou se ele 
deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os 
interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente 
a sucessão. 
4. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o Juiz decidir, a requerimento 
da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que 
os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos 
aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
5. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e 
o preso. 
6. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem 
as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade 
ou das circunstâncias do caso. 
7. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico 
que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar 
consigo mesmo. 
8. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou 
resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. 
9. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo 
feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é 
a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a 
prescrição. 
10. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não 
mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do 
caso.
11. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. 
12. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele 
responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios 
suficientes. A indenização deverá ser equitativa, e não terá lugar se privar do 
necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 
13. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos 
minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos 
e outros bens referidos por leis especiais. 
14. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na 
comunhão de vida instituída pela família. 
15. A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbil poderá 
contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de 
seu responsável ou curador.
DIREITO
PROCESSUAL CIVIL
Darlan
Barroso
Leandro
Leão
Roberto
Rosio
1. No procedimento comum, o Juiz, verificando que a inicial preenche 
seus requisitos, designará uma audiência de conciliação e mediação, cuja 
participação das partes é obrigatória (salvo motivo justificado), sob pena de 
praticarem ato atentatório à dignidade da justiça, com multa de até 2% sobre 
a vantagem pretendida ou o valor da causa.
2. Se o Juiz verificar que na petição inicial há vícios insanáveis, determinará a sua 
correção, indicando especificamente o que deve ser corrigido.
3. Os prazos serão contados em dias e serão considerados somente os dias 
úteis, isto é, não são contados os feriados, os sábados, os domingos e os dias 
em que não haja expediente forense. Suspendem-se os prazos em semanas 
designadas para conciliação. 
4. O ônus da prova, em regra, é de quem alega, mas o Juiz poderá atribuí-lo de 
modo diferente, diante das peculiaridades da causa, dificuldade ou facilidade 
de produzir determinada prova. Cuidado: essa atribuição de modo diferente 
não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja 
impossível ou excessivamente difícil.
5. As tutelas provisórias são de urgência (exige-
-se perigo), e de evidência (não se exige perigo). São de urgência as tutelas 
cautelar e antecipada.
6. Se a tutela antecipada for requerida antes do início do processo (chamada 
de antecedente), e concedida pelo Juiz, o autor terá 15 dias para aditar a 
inicial, e, se o réu não interpuser o respectivo recurso, estabilizar-se-á, 
devendo o Juiz extinguir o processo. Qualquer das partes poderá rever a tutela 
estabilizada, propondo uma ação no prazo de 2 anos.
7. Os honorários são créditos alimentares do advogado (vedada a sua 
compensação em caso de sucumbência recíproca), havendo condenação 
na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, 
na execução, resistida ou não, e também nos recursos interpostos, 
cumulativamente.
8. As partes plenamente capazes poderão, de comum acordo, antes ou durante 
o processo, alterar o procedimento, convencionando sobre os seus ônus, 
poderes, faculdades e deveres processuais, desde que se trate de direitos que 
admitam autocomposição.
9. Quanto às respostas do réu, poderão ser alegadas em contestação: 
incompetência absoluta e relativa, incorreção ao valor da causa e justiça 
gratuita. A reconvenção, embora seja independente da ação principal, será 
apresentada na própria contestação.
10. Competência: pode ser absoluta (de interesse público) ou relativa (de interesse 
das partes).
11. Competência: as ações relativas a divórcio, separação, anulação de casamento 
e reconhecimento ou dissolução de união estável serão propostas no domicílio do 
guardião de filho incapaz; último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
no domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal.
12. Os prazos para recursos são de 15 dias, exceto os embargos de declaração 
(cujo prazo é de 5 dias). Ministério Público, Fazenda Pública e Defensoria têm 
prazo em dobro para recorrer (caso a lei não preveja prazo específico), assim 
como litisconsortes com advogados diferentes, de escritórios diferentes, em 
autos não eletrônicos.
13. Recurso adesivo caberá quando a parte perder o prazo de recurso principal, 
mas, havendo sucumbência recíproca, a outra parte recorre, e no prazo das 
contrarrazões. Só será cabível na apelação, no Recurso Especial e no Recurso 
Extraordinário.
14. Caso o recorrente não comprove, no ato de interposição do recurso, o 
recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será 
intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, 
sob pena de deserção.
15. A apelação (cabível da sentença e de decisões interlocutórias não 
agraváveis) será interposta ao Juiz de primeiro grau, mas o Tribunal fará o 
juízo de admissibilidade e julgará o recurso.
DIREITO TRIBUTÁRIO
Roberta
Boldrin
Gustavo
Requi
Marcos
Oliveira
1. A imunidade é uma forma de não incidência, já que a competência de 
tributar certos fatos, situações ou pessoas é suprimida, expressamente, pela 
Constituição Federal (CF). Já a isenção representa a dispensa legal do pagamento 
do tributo. Enquanto a imunidade está prevista na CF, a isenção sempre estará 
prevista em lei instituída pelo ente político competente que opta pela dispensa 
do recolhimento do tributo.
2. As imunidades genéricas alcançam apenas os impostos. Descritas em 
um rol que representam cláusula pétrea, o art. 150, VI, da CF classifica as 
imunidades como sendo objetivas e subjetivas. A imunidade dos templos de 
quaisquercultos ou religiosa é classificada como subjetiva porque alcança 
a entidade religiosa (pessoa jurídica de direito privado). O STF decidiu que, 
além de os templos serem imunes ao recolhimento dos impostos, deve ser 
aplicada a inteligência da Súmula Vinculante n. 52 e da Súmula n. 724 do 
STF, vedando a cobrança de impostos que incidam sobre a propriedade dos 
imóveis das entidades religiosas, desde que o valor obtido com o pagamento 
dos alugueres seja revertido às finalidades essenciais.
3. A Medida Provisória (MP), prevista no art. 62 da CF, de acordo com o STF, pode 
ser utilizada em matéria tributária desde que respeitados os seus requisitos: 
urgência e relevância. Após a EC n. 33/2001, com exceção do II, IE, IOF, IPI 
e IEG, a MP que resulte em majoração de impostos produzirá seus efeitos 
no ano seguinte somente se convertida em lei até o último dia do exercício 
financeiro em que haja sido editada. Para as demais espécies tributárias é 
considerada a data da publicação da MP e não a sua conversão em lei.
4. Os únicos tributos que não respeitam nem a anterioridade de exercício 
nem a noventena (mitigada ou nonagesimal) são: II, IE, IOF, Empréstimos 
Compulsórios (calamidade pública e guerra externa, apenas) e os Impostos 
Extraordinários de Guerra. Assim que a lei os instituir, imediatamente devem 
ser exigidos pela União porque são considerados extrafiscais, extrapolando o 
caráter meramente arrecadatório.
5. A irretroatividade da lei tributária representa uma limitação constitucional 
ao poder de tributar, já que a lei não pode alcançar fatos pretéritos, podendo 
regular apenas os fatos ocorridos a partir da data da publicação da lei 
instituidora. É possível, no entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional, 
que a lei retroaja e alcance fato pretérito não definitivamente julgado quando 
a nova norma comine em penalidade (multa) menos severa que a prevista na 
lei vigente ao tempo de sua prática, conhecida como retroatividade benigna 
ou benéfica. Alíquota e base de cálculo não retroagem.
6. Os impostos pessoais são aqueles que incidem sobre os sinais ou signos 
presuntivos de riqueza do contribuinte e expressamente na CF (art. 145, 
§ 1º) eram os únicos que poderiam ter alíquotas progressivas em função 
da capacidade do contribuinte. Quanto mais o contribuinte sinalizasse 
capacidade de contribuir, mais imposto recolhia aos cofres públicos. O 
STF, porém, por meio do RE 562.054/RS, muda o entendimento e admite a 
utilização de alíquotas progressivas para o ITCMD, imposto de caráter real 
(incidente sobre a coisa), sem considerar a situação dos herdeiros (na causa 
mortis).
7. A taxa cobrada sobre a prestação de serviço público de remoção, tratamento 
ou destinação de resíduos de imóveis é constitucional e não viola o art. 145 da 
CF. A taxa de lixo, portanto, mantém a natureza de serviço público específico 
e divisível. Súmula Vinculante n. 19.
8. O empréstimo compulsório é a única espécie tributária restituível. Pode ser 
instituído apenas por meio de Lei Complementar (LC) e somente pela União. 
Ainda que haja urgência e relevância nas situações em que ele possa regular 
(calamidade pública, guerra externa e investimento de caráter urgente e 
relevante interesse social: art. 148, I e II, da CF), nunca poderá ser instituído 
por meio de MP, já que esse instrumento possui vedação expressa de tratar 
as matérias que se submetem a LC (art. 62, I, § 2º, da CF).
9. A prestação de serviço de iluminação pública não pode ser remunerada 
mediante taxa porque não representa serviço público específico e divisível. 
O serviço é remunerado mediante contribuição instituída pelo Município e 
Distrito Federal, nomeada pela CF como COSIP e prevista pelo art. 149-A da 
CF de 1988 após a EC n. 39/2002, sendo facultada sua cobrança diretamente 
na fatura de energia elétrica.
10. Os Estados e Municípios poderão exigir de seus servidores, unicamente, 
contribuição para o custeio do regime previdenciário, sendo vedada qualquer 
outra tentativa de cobrança por parte de ambos os entes políticos.
11. A obrigação principal representa o dever de o contribuinte pagar ou 
recolher tributo ou pagar multa. Deriva de fato gerador prescrito em lei. 
Já a obrigação acessória representa os deveres instrumentais e deriva da 
legislação tributária. Representa o poder do Fisco de administrar, arrecadar 
e fiscalizar o recolhimento do tributo, por isso, as declarações de tributos, a 
escrituração, guarda e conservação de livros, bem como a emissão de notas 
fiscais, são exemplos de obrigação acessória. As obrigações acessórias são 
independentes das obrigações principais e, quando da sua inobservância 
ou descumprimento, convertem-se em principais com relação às multas 
(penalidades).
12. A responsabilidade imobiliária ou responsabilidade por sucessão imobiliária, 
obrigação propter rem recai sobre os bens imóveis e aponta para o adquirente 
do bem imóvel com relação ao IPTU ou ITR, Contribuição de Melhoria e Taxas 
que tenham como fato gerador apenas o serviço público específico e divisível 
(taxa de lixo), permanecendo com o alienante (ou antigo proprietário) a taxa 
que tenha como fato gerador o exercício regular do poder de polícia (taxas de 
fiscalização da vigilância sanitária).
13. A responsabilidade sobre os tributos deixados pela pessoa jurídica será 
dos diretores, gerentes ou sócios-gerentes ou representantes da pessoa 
jurídica apenas quando estes agirem com excesso de poderes, infração 
de lei, contrato ou estatuto social, sendo indevido e ilegal, portanto, o 
redirecionamento automático da execução fiscal com constrição patrimonial 
sobre seus bens pessoais.
14. São hipóteses de suspensão de exigibilidade de crédito tributário: a 
Moratória, o Depósito, os Recursos no âmbito do processo administrativo (ou 
impugnações), a Concessão de Tutela nas Ações Ordinárias e Medida Liminar 
no Mandado de Segurança e o Parcelamento (MO|DE|RE|CO|PA).
15. O prazo para o executado apresentar sua defesa, denominada Embargos 
à Execução Fiscal, é de 30 dias contados da data do depósito (integral e em 
dinheiro do valor entendido como devido pelo Fisco), da juntada da prova 
da fiança bancária ou da intimação da penhora (constrição patrimonial ou 
intimação pessoal) de acordo com o art. 16 da Lei de Execuções Fiscais (LEF).
DIREITOS
HUMANOS
Erival
Oliveira
1. A internacionalização (expansão) dos Direitos Humanos acontece após a 
2ª Guerra Mundial (1945), com a criação da ONU e, posteriormente, com os 
sistemas de proteção: global e regionais.
2. Principais características dos Direitos Humanos: universais, indivisíveis, inter-
-relacionados, interdependentes, inerentes e efetivos.
3. Direitos Humanos não são absolutos, por exemplo, o STF entende que o 
direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos. 
4. Gerações/dimensões de Direitos: 1ª geração – direitos civis e políticos (vida, 
liberdade); 2ª geração – direitos econômicos, sociais e culturais (educação, 
trabalho); e 3ª geração – direitos difusos (fraternidade). 
5. PIDCP (Decreto n. 592/92) e Convenção Americana de Direitos Humanos 
(Decreto n. 678/92) são da 1ª geração – aplicação imediata (vida, liberdade, 
reunião, votar e ser votado). 
6. PIDESC (Decreto n. 591/92) e Protocolo de San Salvador (Decreto n. 
3.321/99) são da 2ª geração – aplicação progressiva ou diferida, podendo ser 
obtidos de modo mais rápido por meio de ação judicial (educação, trabalho). 
7. Ações Afirmativas ou Cotas Raciais: são ações realizadas pelo Estado para 
proteger grupos de pessoas prejudicadas historicamente. Confirmadas pelo 
STF no julgamento da ADPF n. 186.
8. Lei n. 12.990, de 9/6/2014, reserva aos negros 20% das vagas oferecidas 
nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos 
públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das 
fundaçõespúblicas, das empresas públicas e das sociedades de economia 
mista controladas pela União.
9. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para 
ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o 
Ministério Público em todos os atos do processo.
10. Na Justiça Federal é executada a sentença da Corte Interamericana de 
Direitos Humanos, se não há cumprimento voluntário. 
11. As declarações obtidas por meio de tortura não podem ser admitidas 
como prova em processo, salvo em processo instaurado contra a pessoa 
acusada de havê-las obtido mediante atos de tortura e unicamente como 
prova de que, por esse meio, o acusado obteve tal declaração.
12. O Estatuto de Roma criou o Tribunal Penal Internacional, que julga 
pessoas que cometeram crimes graves (genocídio, contra a humanidade, de 
guerra e de agressão, todos imprescritíveis) – Decreto n. 4.388/2002. 
13. Brasileiros natos não podem ser extraditados, mas devem ser entregues 
ao Tribunal Penal Internacional se requeridos.
14. Vedação do retrocesso ou regresso: os Direitos Humanos não admitem 
retrocesso. Por exemplo, não restabelecer a prisão civil por dívida de 
depositário infiel (art. 7º, item 7, do Decreto n. 678/92). 
15. A Federalização foi inserida pela EC n. 45/2004 e está prevista no art. 109, 
V-A e § 5º, da CF/1988 (mudança de competência do feito da justiça local 
para a federal). Visa assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de 
tratados internacionais de Direitos Humanos de que o Brasil faz parte.
DIREITO
ADMINISTRATIVO
Patricia
Carla
Celso
Spitzcovsky
Flávia
Cristina
1. Entre os princípios da Administração, lembrar da supremacia do interesse 
público sobre o do particular que autoriza sacrifícios de direitos, mesmo que 
não tenha cometido nenhuma irregularidade.
2. Entre os poderes da Administração, lembre-se de que a aplicação de 
qualquer sanção aos servidores exige a abertura de processo administrativo, 
assegurada a ampla defesa.
3. Em relação aos institutos da anulação e da revogação, o primeiro se dá 
por razões de ilegalidade, enquanto o segundo, por razões de conveniência e 
oportunidade.
4. Em relação às agências reguladoras, lembre-se de que são espécies de 
autarquia, portanto pessoas jurídicas de direito público.
5. Em relação às concessões e permissões, lembre-se de que são formas de 
se transferir apenas a execução de serviços e obras públicas para particulares, 
mantendo-se a titularidade com a Administração.
6. Em relação a consórcios públicos, lembre-se de que são contratos 
celebrados entre as esferas de governo para a execução de serviços e obras 
de interesse comum.
7. Em relação à responsabilidade do Estado no caso das empresas públicas 
e sociedades de economia mista, lembre-se de verificar a natureza da 
atividade causadora do dano: se serviço público, será objetiva (art. 37,
§ 6º, da CF), se atividade econômica (art. 173, § 1º, II, da CF), será subjetiva 
(art. 186 do Código Civil) ou objetiva (art. 927, par. ún., do Código Civil), por 
estarem em regime de livre concorrência. 
8. Em relação às licitações, lembre-se de que as hipóteses de contratação 
direta encontram-se na Lei n. 8.666/93, nos arts. 25 (inexigibilidade – 
competição inviável) e 24 (dispensa – competição viável).
9. Em relação aos contratos administrativos, lembre-se de que a Administração 
possui prerrogativas chamadas de cláusulas exorbitantes que lhe permitem 
tomar medidas de forma unilateral.
10. Em relação ao direito de propriedade, lembre-se de que tresdestinação 
pode ser lícita (quando se mantém o interesse público) ou ilícita (quando 
caracteriza desvio de finalidade).
11. Em relação aos servidores públicos, lembre-se de que só terão direito a 
nomeação os candidatos aprovados dentro do número de vagas do concurso.
12. Em relação aos servidores, lembre-se também de que as hipóteses de 
acumulação de cargos são somente aquelas expressamente previstas no art. 
37, XVI, da CF.
13. Em relação aos servidores públicos, lembre-se ainda de que a única 
hipótese em que poderão receber além do teto constitucional envolve 
empresas públicas e sociedades mistas lucrativas (art. 37, § 9º, da CF).
14. Em relação aos bens públicos, lembre-se de que a imprescritibilidade 
(não podem ser adquiridos por usucapião) abrange tanto os localizados na 
área urbana quanto na rural (arts. 183, § 3º, e 191, par. ún., da CF).
15. Em relação às PPP’s, lembre-se de que sua celebração exige a abertura 
de licitação, só na modalidade de concorrência pública.
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