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OAB 1ª FASE XXIV EXAME DE ORDEM DE250 DICAS de todas as áreas FOQUE N A APROVAÇ ÃO. Darlan Barroso Diretor Pedagógico de Cursos Preparatórios Marco Antonio Araujo Junior Diretor Executivo FILOSOFIA 1. Quando o direito se revela fundamentalmente incompleto, em casos não regulamentados juridicamente, para se chegar a uma decisão, os Tribunais precisam exercer a função legislativa limitada, denominada “discricionariedade” (Hart). 2. Um governo legítimo demonstra igual consideração pelo destino de todos os cidadãos sobre os quais tenha domínio e aos quais reivindique fidelidade (Ronald Dworkin). 3. A analogia representa um método de integração jurídica no qual, diante da semelhança entre dois casos, as consequências jurídicas atribuídas a um deles, já regulamentado, são atribuídas ao outro, não regulamentado (Norberto Bobbio). 4. A analogia é empregada diante da ausência de previsão legal para determinado caso, já a interpretação extensiva decorre de uma previsão do legislador, ainda que de maneira implícita. 5. Ao defender o Historicismo, Savigny estuda o Direito como resultado de um processo histórico que surge de maneira pacífica por meio da convivência e da formação da vida social. 6. Na Fundamentação da metafísica dos costumes, Kant procurou formular raciocínios no campo moral, visando compreender como o homem estabelece sua estrutura valorativa. Alysson Rachid 7. Na Doutrina do Direito, Kant procurou demonstrar a necessidade de se formular preceitos jurídicos. 8. A justiça natural é aquela que ultrapassa a vontade do homem, que possui força e aceitação universal. Representa o conjunto de todas as regras, é imutável e tem a mesma força em todo lugar. 9. A justiça comutativa regula as relações mútuas entre pessoas privadas (São Tomás de Aquino). 10. A justiça distributiva manifesta-se na distribuição de honras, de dinheiro ou das outras coisas. A participação pode ser desigual ao se observar o mérito (Aristóteles). 11. Escola do Direito Livre (Hermann Kantorowicz) aproxima o Direito da Justiça, defendendo o seu questionamento e a não vinculação somente ao Estado. Confere liberdade ao Juiz. 12. “O direito não é uma simples ideia, é uma força viva”. É uma luta na qual participam a população e o Poder Público (Rudolf von Ihering). 13. Chaïm Perelman observa a flexibilidade do Direito, que pode ser estudado como um instrumento capaz de conciliar as leis e os valores de seu tempo. 14. São características do Direito: atributividade; bilateralidade; coercibilidade; heteronomia. 15. Normas jurídicas devem ser analisadas em conjunto para melhor compreensão do Direito. Direito não como norma isolada; não autônomo (Bobbio). 1. Primeira infância é o período que abrange os primeiros 6 anos completos ou 72 meses de vida da criança. 2. Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação. 3. A gestante e a parturiente têm direito a 1 acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato. 4. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. 5. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. 6. A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. 7. Adoção conjunta somente entre casados ou que convivam em união estável. ECA Guilherme Madeira Paulo Henrique Fuller Orly Kibrit 8. Adoção unilateral é a adoção feita pelo padrasto ou madrasta. 9. Terão prioridade de tramitação os processos de adoção em que o adotando for criança ou adolescente com deficiência ou com doença crônica. 10. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto de 5 membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 anos, permitida 1 recondução, mediante novo processo de escolha. 11. A medida socioeducativa de internação não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada 6 meses. 12. Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada. 13. Ato infracional equiparado a tráfico de drogas não necessariamente gera internação. 14. Aplica-se prescrição ao ato infracional. 15. No procedimento para apuração de ato infracional é nula a desistência de outras provas em face da confissão do adolescente. DIREITO AMBIENTAL Luiz Antônio 1. Empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados, ambientalmente, por um só ente federativo. Os Municípios só licenciam empreendimentos que causem impacto local (cabe ao CONSEMA – Conselho Estadual do Meio Ambiente – de cada Estado definir as hipóteses de impacto local). Já os Estados têm competência residual, ou seja, licenciam atividades e empreendimentos que não forem de atribuição da União ou dos Municípios. 2. Se o impacto do empreendimento for local, mas o Município não tiver órgão municipal capacitado ou Conselho Municipal do Meio Ambiente, o licenciamento será feito pelo Estado, que, nesse caso, terá competência supletiva. E, se o Estado não tiver órgão estadual capacitado, a competência supletiva será exercitada pela União. 3. Todo empreendimento, obra ou atividade, durante o licenciamento, passam necessariamente pela avaliação de impactos ambientais, que é feita por meio de apresentação de estudos ambientais pelo empreendedor. Se o empreendimento a ser licenciado for potencialmente causador de significativa degradação ambiental, o estudo exigível será o EIA/RIMA (Estudo Prévio de Impacto Ambiental). Se o impacto for de grau mínimo ou médio, ou seja, não for caso de significativa degradação ambiental, caberá ao órgão ambiental licenciador definir os estudos ambientais pertinentes. 4. A renovação de licenças ambientais deve ser requerida com antecedência mínima de 120 dias da expiração de seu prazo de validade, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente. 5. O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, pode modificar os condicionantes, suspender e até cancelar uma licença ambiental em vigor, desde que ocorram três situações, não cumulativas: a) violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais; b) omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença; c) superveniência de graves riscos ambientais e de saúde. 6. As unidades de conservação são criadas por ato do Poder Público (lei ou decreto); exige-se, para tanto, estudos técnicos e consulta pública (menos para criação de Estação Ecológica e Reserva Biológica). A desafetação (extinção) e redução (de limites) de uma unidade de conservação só poderão ser feitas mediante lei específica. 7. O Código Florestal – Lei n. 12.651/2012 – tem como objetivo o desenvolvimento sustentável. Todas as obrigações nele previstas têm natureza real (caráter propter rem) e são transmitidas ao sucessor de qualquer natureza, no caso de transferência de domínio ou posse do imóvel rural. 8. O Código Florestal – Lei n. 12.651/2012 – permite intervenção ou supressão devegetação nativa em Área de Preservação Permanente nas hipóteses de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental; admite, também, exploração econômica da Reserva Legal mediante manejo sustentável. 9. Segundo o novo Código Florestal, a inserção do imóvel rural em perímetro urbano (mediante lei municipal) não desobriga o proprietário ou posseiro da manutenção da área de Reserva Legal; esta só será extinta concomitantemente ao registro do parcelamento do solo para fins urbanos no CRI (Cartório de Registro de Imóveis). 10. Segundo o novo Código Florestal, o Poder Público Municipal, para estabelecer áreas verdes urbanas no Município, pode valer-se, entre outros instrumentos, da transformação das Reservas Legais em áreas verdes urbanas nas expansões urbanas e estabelecimento de exigência de áreas verdes nos loteamentos e empreendimentos comerciais na cidade. 11. Prescreve em 5 anos a ação da Administração Pública Ambiental objetivando apurar a prática de infrações administrativas contra o meio ambiente, contada da data da prática do ato, ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que esta tiver cessado. Se a infração administrativa ambiental configurar crime ambiental, o prazo para a lavratura do auto de infração ambiental, portanto o prazo de prescrição, será o previsto na lei penal para o crime ambiental correspondente. 12. A prescrição, que atinge as infrações administrativas ambientais e os crimes ambientais, não se aplica à reparação civil dos danos ambientais, ou seja, a reparação civil dos danos ambientais é imprescritível. 13. As pessoas jurídicas são responsabilizadas, administrativa, civil e penalmente, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. 14. Exige-se, para transação penal nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a prévia composição (acordo/ajuste) do dano ambiental, salvo comprovada impossibilidade; e, no caso de suspensão do processo, a declaração de extinção de punibilidade, pelo cumprimento das condições, dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalvada comprovada impossibilidade. 15. São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010) a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, e também disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Para tanto, um instrumento fundamental é a logística reversa, que é um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados à coleta e restituição dos produtos pós-consumo ao setor empresarial, para inserção no ciclo produtivo ou outra destinação ambientalmente adequada (arts. 3º, XII, e 33). DIREITO CONSTITUCIONAL Erival Oliveira 1. Ação popular: proteger o patrimônio público, histórico e cultural, o meio ambiente e a moralidade administrativa. Só cidadão pode propor. De boa-fé não há custas e ônus da sucumbência. 2. Mandado de injunção individual ou coletivo: busca o exercício de direito constitucional não regulamentado. Tem efeito concreto, podendo ser individual ou coletivo. 3. Iniciativa reservada: só certas pessoas podem apresentar o projeto de lei, por exemplo, cabe ao Presidente da República apresentar o projeto para aumentar a remuneração de servidores públicos federais. 4. Compete ao STF julgar extradição e ADI, ADC, ADO, ADI Interventiva Federal e ADPF. 5. Compete ao STJ julgar Governador que comete crime comum. Importante: não precisa de prévia autorização da Assembleia Legislativa. 6. Viola a cláusula de reserva de Plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. 7. Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará sujeito a prisão. 8. A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da União. 9. CPI investiga aquilo que o respectivo legislativo pode fiscalizar ou legislar. Não pode determinar interceptação telefônica, expedir mandado de prisão nem busca e apreensão. 10. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de Ensino Fundamental. 11. Deputados e Senadores possuem imunidade material (não cometem delitos por suas opiniões, palavras e votos, no exercício da atividade parlamentar). 12. O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. 13. O MP e a OAB são contra a redução da maioridade penal. São penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, sujeitos às normas da legislação especial. 14. Mandado de segurança: direito líquido e certo, não amparado por HC ou HD, violado por ilegalidade de autoridade pública e prazo decadencial de 120 dias do conhecimento da lesão. 15. Normas não recepcionadas e ato normativo não equivalente a uma lei autorizam o uso de uma ADPF no controle concentrado de constitucionalidade. DIREITO PENAL Rodrigo Pardal Gustavo Junqueira Patricia Vanzolini Denis Pigozzi 1. A Lei que de qualquer modo beneficiar o agente retroage aplicando-se a fatos praticados antes da sua vigência, mesmo que decididos por sentença transitada em julgado. Nesse caso, a competência para a sua aplicação é do juízo da execução (Súmula n. 611, STJ). 2. Dolo direto de 2º grau, também chamado dolo das consequências necessárias, é a situação em que o agente, embora não queira o resultado, sabe que ele com certeza ocorrerá. 3. Se o crime não se consuma por motivos alheios à vontade do agente, haverá tentativa. Se o crime não se consuma porque o próprio agente desiste, haverá desistência voluntária. Se o crime não se consuma porque o agente impede a consumação, haverá arrependimento eficaz. 4. A prescrição antes de transitar em julgado a sentença para a acusação regula-se pela pena máxima em abstrato (prescrição em abstrato). O primeiro marco interruptivo é o recebimento da denúncia. 5. No erro sobre a pessoa, o agente confunde a pessoa pretendida com outra. 5. No erro sobre a pessoa, o agente confunde a pessoa pretendida com outra. No erro na execução, também chamado de aberratio ictus, o agente quer atingir uma pessoa, mas por acidente ou erro atinge outra. Nos dois casos, responde como se tivesse atingido a pessoa pretendida. 6. Para a teoria da imputação objetiva, o agente não poderá ser responsabilizado pelo resultado, caso fique demonstrado que um comportamento alternativo conforme o direito não poderia tê-lo evitado. 7. Se um dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste. Essa pena será aumentada até a 1/2 se o resultado era previsível. 8. A atenuante da confissão espontânea pode ser compensada com a agravante da violência contra mulher por serem ambas preponderantes. 9. O Juiz pode exigir o exame criminológico para a concessão da progressão de regime, mas motivamente e de acordo com o caso concreto (Súmula n. 439, STJ). 10. A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada (Súmula n. 542, STJ). 11. O crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor absorve o crime de dirigir sem habilitação. 12. Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto (Súmula n. 567, STJ). 13. A simulação de porte de armanão constitui circunstância majorante do crime de roubo. 14. O crime de associação para o tráfico exige estabilidade e permanência e não tem natureza de crime hediondo. 15. Considerando a relevância da colaboração premiada, o Delegado de Polícia e o MP poderão representar ou requerer a concessão de perdão judicial ao colaborador. DIREITO PROCESSUAL PENAL Guilherme Madeira Paulo Henrique Fuller Flávio Martins 1. Não cabe recurso da decisão que determina o arquivamento do inquérito nos moldes do CPP. 2. Nos casos envolvendo Lei Maria da Penha, a ação penal na lesão corporal leve é pública incondicionada. 3. Crime cometido por indígena é, em regra, de competência estadual. Se decorrer de disputa sobre direitos indígenas será de competência federal. 4. Garantia da ordem pública é requisito da prisão preventiva e não da prisão temporária. 5. Testemunha proibida é aquela que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, está proibida de depor (art. 207 do CPP). 6. A rejeição da denúncia, segundo a jurisprudência, também poderá ocorrer após a resposta à acusação. 7. Não cabe habeas corpus se já estiver extinta a pena privativa de liberdade. 8. Não cabe revisão criminal para modificar o fundamento da absolvição. Será admissível revisão criminal de sentença absolutória apenas para os casos envolvendo sentença absolutória imprópria. 9. Poderá o Juiz dar classificação jurídica distinta ao crime apontado na denúncia, ainda que com pena mais grave, desde que os fatos estejam descritos na denúncia ou queixa. Trata-se da chamada emendatio libelli prevista no art. 383 do CPP. 10. A primeira fase do júri deve ser encerrada em 90 dias. 11. Na fase da pronúncia vigora, segundo posição majoritária, o in dubio pro societate. 12. O desaforamento somente existe na segunda fase do júri. 13. No desaforamento é obrigatória a oitiva da defesa sob pena de nulidade. 14. Em Plenário somente poderão ser lidos documentos que tenham sido juntados com 3 dias úteis de antecedência. 15. Toda decisão do Juiz da execução penal é objeto de agravo em execução e não de recurso em sentido estrito. ÉTICA Marco Antonio Alysson Rachid 1. O advogado deve abster-se de vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos. 2. O advogado deve desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica. Também tem o dever de contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis. 3. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional. 4. A “Medalha Rui Barbosa” é a comenda máxima conferida pelo Conselho Federal às grandes personalidades da advocacia brasileira. Só pode ser concedida uma vez, no prazo do mandato do Conselho, e será entregue ao homenageado em sessão solene. 5. A Conferência Nacional de Advocacia é órgão consultivo máximo do Conselho Federal, reunindo-se trienalmente, no segundo ano do mandato, tendo por objetivo o estudo e o debate das questões e problemas que digam respeito às finalidades da OAB e ao congraçamento dos advogados. 6. A Conferência é dirigida por uma Comissão Organizadora, designada pelo Presidente do Conselho, por ele presidida e integrada pelos membros da Diretoria e outros convidados. 7. As conclusões das Conferências têm caráter de recomendação aos Conselhos correspondentes. 8. Constitui direito da advogada gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição. 9. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar, em juízo ou fora dele, clientes com interesses opostos. 10. A advocacia pro bono não pode ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais nem beneficiar instituições que visem a esses objetivos, ou como instrumento de publicidade para a captação de clientela. 11. A sociedade unipessoal de advocacia pode resultar da concentração por um advogado das quotas de uma sociedade de advogados, independentemente das razões que motivaram tal concentração. 12. Constitui direito do advogado examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos em meio físico ou digital. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração! 13. Constitui direito do advogado assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, apresentar razões e quesitos no curso da respectiva apuração. 14. O sigilo profissional é de ordem pública e o advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, também se submete às regras de sigilo. 15. Compete ao Conselho Seccional ajuizar, após deliberação, ação civil pública, para defesa de interesses difusos de caráter geral e coletivos e individuais homogêneos. DIREITO EMPRESARIAL Elisabete Vido Suhel Sarhan Marcello Iacomini 1. A EIRELI só pode ser constituída com o capital social mínimo de 100 salários mínimos. 2. Nas Sociedades Não Personificadas a responsabilidade dos sócios é subsidiária em relação ao patrimônio especial. 3. São requisitos para a concessão da patente: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. 4. São espécies de patente: invenção (proteção por 20 anos/depósito) e modelo de utilidade (proteção por 15 anos/depósito). 5. A marca de alto renome é a marca registrada no INPI e recebe proteção em todos os ramos de atividade. 6. Na sociedade limitada a responsabilidade dos sócios é limitada à integralização das cotas subscritas, mas todos os sócios respondem solidariamente até o limite do que falta a ser integralizado. 7. As ações da SA são diferenciadas quanto à espécie em ordinárias, preferenciais ou de gozo ou fruição. 8. Os membros da Diretoria precisam ser pessoas físicas idôneas e domiciliadas no Brasil. 9. No trespasse, a não concorrência é de 5 anos, no caso de omissão do contrato. 10. O adquirente do estabelecimento responde apenas pelas dívidas contabilizadas enquanto o alienante continua solidariamente responsável por 1 ano. 11. Prazo decadencial para a ação renovatória: de 1 ano a 6 meses antes do termo final do contrato. 12. Na Ltda., não se admite o sócio que apenas preste serviços. O capital social pode ser formado por bens ou dinheiro. 13. Os créditos extraconcursais são aqueles originados após a decretação da falência. 14. Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros são considerados quirografários. 15. Na recuperação de empresas os credores proprietários não são atingidos pela proposta de recuperação. DIREITO DO TRABALHO Renata Orsi Marcos Scalercio Leone Pereira Paulo Ralin 1. O empregado doméstico é aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 dias por semana (LC n. 150/2015). 2. Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior; b) na hipótese de equiparaçãosalarial em cadeia, suscitada em defesa, se o empregador produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equiparação salarial em relação ao paradigma remoto, considerada irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de tempo de serviço na função superior a 2 anos entre o reclamante e os empregados paradigmas componentes da cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato (Súmula n. 6, TST). 3. No caso de substituição que não tenha caráter meramente eventual, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. Por outro lado, se o cargo estiver vago em definitivo, o empregado que passa a ocupá- lo não tem direito a salário igual ao do antecessor (Súmula n. 159, TST). 4. A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade (Súmula n. 244, item II, TST). 5. A jornada de trabalho do empregado de banco gerente de agência é regida pelo art. 224, § 2º, da CLT. Quanto ao gerente- -geral de agência bancária, presume-se o exercício de encargo de gestão, aplicando-se-lhe o art. 62 da CLT (Súmula n. 287, TST). 6. Respeitado o biênio subsequente à cessação contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a 5 anos, contados da data do ajuizamento da reclamação, e não às anteriores ao quinquênio da data da extinção do contrato (Súmula n. 308, TST). 7. Os entes da Administração Pública direta e indireta respondem subsidiariamente pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte do empregador, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada (Súmula n. 331, TST). 8. Descontos salariais efetuados pelo empregador, com a autorização prévia e por escrito do empregado, para ser integrado em planos de assistência odontológica, médico-hospitalar, de seguro, de previdência privada ou de entidade cooperativa, cultural ou recreativo- -associativa de seus trabalhadores, em seu benefício e de seus dependentes, não afrontam a CLT, salvo se demonstrada a coação ou outro defeito que vicie o ato jurídico (Súmula n. 342, TST). 9. A contratação de servidor público somente lhe confere o direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS (Súmula n. 363, TST). 10. Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou de forma intermitente a condições de risco. Indevido quando o contato se dá de forma eventual ou o que, sendo habitual, se dá por tempo extremamente reduzido (Súmula n. 364, TST). 11. É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical (7 dirigentes sindicais e igual número de suplentes), ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto na CLT, desde que a ciência ao empregador ocorra na vigência do contrato de trabalho. Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade (Súmula n. 369, TST). 12. Nas condenações por dano moral, a atualização monetária é devida a partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. Por seu turno, os juros incidem desde o ajuizamento da ação (Súmula n. 439, TST). 13. O fato de o empregado exercer cargo de confiança ou a existência de previsão de transferência no contrato de trabalho não exclui o direito ao adicional. O pressuposto legal apto a legitimar a percepção do mencionado adicional é a transferência provisória (OJ n. 113, SDI-1/TST). 14. Inválida a presunção de vício de consentimento por ter o empregado anuído expressamente com descontos salariais na oportunidade da admissão. Exige-se a demonstração concreta do vício de vontade (OJ n. 160, SDI-1/TST). 15. A circunstância de a relação de emprego ter sido reconhecida apenas em juízo não tem o condão de afastar a incidência da multa prevista no art. 477, § 8º, da CLT. A referida multa não será devida apenas quando, comprovadamente, o empregado der causa à mora no pagamento das verbas rescisórias (Súmula n. 462, TST). DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Renata Orsi Marcos Scalercio Leone Pereira Paulo Ralin 1. Aplica-se o Código de Processo Civil, subsidiária e supletivamente, ao Processo do Trabalho, em caso de omissão e desde que haja compatibilidade com as normas e princípios do Direito Processual do Trabalho, na forma dos arts. 769 e 889 da CLT e do art. 15 da Lei n. 13.105, de 17/3/2015. 2. Não se aplica ao Processo do Trabalho, em razão de inexistência de omissão ou por incompatibilidade, o art. 219 do CPC/2015 (contagem de prazos em dias úteis). 3. Aplicam-se ao Processo do Trabalho, em face de omissão e compatibilidade, os preceitos do Código de Processo Civil que regulam os seguintes temas: arts. 294 a 311 (tutela provisória); art. 373, §§ 1º e 2º (distribuição dinâmica do ônus da prova). 4. Aplica-se ao Processo do Trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica regulado no Código de Processo Civil (arts. 133 a 137), assegurada a iniciativa também do Juiz do Trabalho na fase de execução (CLT, art. 878). 5. Por aplicação supletiva do art. 784, I (art. 15 do CPC), o cheque e a nota promissória emitidos em reconhecimento de dívida inequivocamente de natureza trabalhista também são títulos extrajudiciais para efeito de execução perante a Justiça do Trabalho, na forma do art. 876 e ss. da CLT. 6. O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador (princípio da continuidade da relação de emprego – Súmula n. 212, TST). 7. Na Justiça do Trabalho, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de TRT contrária a Súmula ou OJ do TST; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para TRT distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado (Súmula n. 214, TST). 8. Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 dias previsto no § 2º do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido (OJ n. 140, SDI-1/TST). 9. É dispensável o trânsito em julgado da sentença normativa para a propositura da ação de cumprimento (Súmula n. 246, TST). 10. Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia útil imediato e a contagem, no subsequente. Ademais, o recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do TST suspendem os prazos recursais (Súmula n. 262, TST). 11. O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária (Súmula n. 283, TST). 12. Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13/11/2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 anos após o término do contrato. Por outro lado, paraos casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13/11/2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: 30 anos, contados do termo inicial, ou 5 anos, a partir de 13/11/2014 (Súmula n. 362, TST). 13. Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado (Súmula n. 377, TST). 14. No procedimento sumaríssimo, somente será deferida a intimação da testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer (carta-convite ou prova do convite prévio) (art. 852-H, §§ 2º e 3º, CLT). 15. No procedimento sumaríssimo, somente será cabível a interposição de recurso de revista em três hipóteses: quando o acórdão do TRT contrariar a Constituição Federal, Súmula do TST ou Súmula Vinculante do STF (art. 896, § 9º, CLT e Súmula n. 442, TST). DIREITO DO CONSUMIDOR Murilo Sechieri 1. As normas do CDC são de ordem pública e de interesse social; o Juiz as aplica de ofício; não podem ser afastadas pela vontade dos interessados. 2. Consumidor é pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou serviços como destinatário final. 3. Também são consumidores: a coletividade que haja intervindo nas relações de consumo; as vítimas do acidente de consumo; todas as pessoas que tenham sido expostas às práticas comerciais. 4. Fornecedor: pessoa física, pessoa jurídica, nacional ou estrangeira, pública ou privada, entes despersonalizados, atividade de criação, produção (etc.) de produtos ou serviços. 5. Produto é qualquer bem móvel ou imóvel, material ou imaterial. 6. Serviço é qualquer atividade oferecida no mercado de consumo, mediante remuneração, direta ou indireta, salvo as de natureza trabalhista. 7. Aplica-se o CDC às instituições financeiras, aos planos de saúde, às entidades de previdência privada aberta (e não às fechadas) e seus participantes. 8. Não se aplica o CDC nos contratos de locação e nas relações entre condomínio e condôminos, entre advogados e clientes, e também não se aplica nas relações entre associados e associação civil. 9. A vulnerabilidade do consumidor não se confunde com hipossuficiência. Esta é que autoriza a inversão do ônus da prova, mas a inversão não é automática. 10. O consumidor tem o direito à modificação ou revisão de cláusulas que sejam desequilibradas, injustas. Pelo CDC, não se exige que o fato novo seja imprevisível. 11. São modalidades ilícitas de publicidade: a) a clandestina (oculta, disfarçada); b) a enganosa (contém informação falsa, capaz de induzir o consumidor em erro); c) a abusiva (discriminatória, que incita a violência, explora o medo etc.). 12. Se o consumidor alega que a publicidade é enganosa, o ônus de provar a sua veracidade será do fornecedor, que patrocinou a publicidade. 13. Direito de arrependimento: se a contratação ocorreu fora do estabelecimento comercial, o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias (prazo de reflexão). 14. Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a 5 anos. 15. Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público. DIREITO INTERNACIONAL Ana Carolina Pascoaletti Ricardo Macau 1. No Direito Internacional Privado, a regra geral de competência é a de que o Juiz brasileiro tem competência concorrente ou relativa em relação ao Juiz estrangeiro. As partes do caso concreto podem escolher se a ação judicial será julgada no Brasil ou no exterior (arts. 21 e 22, novo CPC). 2. Em três hipóteses apenas a competência do Juiz brasileiro é absoluta ou exclusiva, o que obriga a ajuizar necessariamente a ação no Brasil: bens imóveis situados no Brasil; ação de inventário, partilha ou abertura de testamento de bens situados no Brasil; e ação de divórcio, separação ou reconhecimento de união estável se o casal possuir bens situados no Brasil (art. 23, novo CPC). 3. Compete ao STJ homologar a sentença estrangeira – que é a decisão final de autoridade competente de outro país. Por outro lado, a sentença internacional – isto é, a decisão de Corte Internacional – não exige homologação perante nenhum Tribunal Superior brasileiro. Em ambos os casos (sentença estrangeira e sentença internacional), a execução da decisão é realizada pelo Juiz Federal competente. 4. As cartas rogatórias são decisões interlocutórias expedidas por Juízes estrangeiros e que precisam ser cumpridas no Brasil (exemplo: citação, realização de perícia, bloqueio de bens). As cartas rogatórias devem receber exequatur do STJ para que possam ser executadas pelo Juiz Federal competente. 5. No que se refere aos elementos de conexão do Direito Internacional Privado, as questões relacionadas com direito de família, personalidade, nome e capacidade civil são regidas pela lei do domicílio da pessoa (art. 7º, LINDB). 6. No que se refere aos elementos de conexão do Direito Internacional Privado, obrigações, contratos e testamentos (negócios jurídicos) são qualificados pela lei do local da constituição, isto é, o local em que foram assinados (art. 9º, LINDB). 7. No que se refere aos elementos de conexão do Direito Internacional Privado, a sucessão por morte ou ausência obedece, como regra geral, à lei do domicílio do de cujus ou do desaparecido. Há, todavia, uma exceção: pode-se aplicar a lei brasileira para favorecer cônjuge ou filho brasileiro (art. 10, LINDB). 8. Cabe deportação do estrangeiro que tenha ingressado ou permaneça de modo irregular no Brasil. Trata-se de ato discricionário da Polícia Federal e não tem caráter punitivo. O estrangeiro deportado poderá retornar ao Brasil, desde que as despesas com a deportação sejam pagas ao Tesouro Nacional e comprove o pagamento de multa aplicada. 9. A Lei de Migração (Lei n. 13.445/2017) proíbe que o Brasil realize expulsão de estrangeiro que tenha filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou socioafetiva ou pessoa brasileira sob sua tutela, e tiver cônjuge ou companheiro, sem discriminação alguma, residente no Brasil. O filho brasileiro ou o cônjuge/companheiro, entretanto, não são fatores impeditivos da repatriação, deportação, extradição ou entrega. 10. A CF/88 proíbe apenas a extradição do brasileiro nato (art. 5º, LI). É possível, todavia, a extradição do brasileiro naturalizado em duas hipóteses: crime comum praticado antes da naturalização e tráfico de drogas praticado a qualquer tempo. 11. Existe expressa proibição na CF/88 de extraditar indivíduos que tenham praticado crime político ou crime de opinião (art. 5º, LII). 12. Os tratados internacionais devem cumprir 4 etapas de internalização no ordenamento jurídico brasileiro: negociação e assinatura, referendo do Congresso Nacional, ratificação e promulgação interna. O referendo congressual ocorre mediante decreto legislativo e a promulgação interna é feita por decreto presidencial. 13. Os tratados contrários às normas internacionais imperativas – jus cogens – são nulos. O jus cogens é um conceito jurídico indeterminado que permite que as Cortes Internacionais reconheçam a nulidade de tratados que contrariem a ordem pública internacional. 14. O sistema de solução de controvérsias do Mercosul foi implantando pelo Protocolo de Olivos de 2002. A principal contribuição desse tratado internacional foi a criação do Tribunal Permanente de Revisão (TPR), que tem duas competências principais: julgar litígios entre os Estados-partes do bloco regional e emitir pareceres consultivos solicitados pelas Cortes Superiores dos Estados que integram o Mercosul. 15. O brasileiro nato deve provar dois vínculos com oBrasil: vínculo de solo (jus soli) ou vínculo de sangue (jus sanguinis). O brasileiro naturalizado é o estrangeiro que tem vontade de se tornar brasileiro, mas não tem vínculo de solo nem vínculo de sangue com o Brasil. DIREITO CIVIL Christiano Cassettari André Barros Maurício Bunazar Murilo Sechieri 1. São relativamente incapazes: a) os maiores de 16 e menores de 18 anos; b) os ébrios habituais e os viciados em tóxico; c) aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir vontade; d) os pródigos. 2. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 3. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. 4. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o Juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 5. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 6. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade ou das circunstâncias do caso. 7. Salvo se o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por conta de outrem, celebrar consigo mesmo. 8. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. 9. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. 10. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. 11. Reputar-se-á celebrado o contrato no lugar em que foi proposto. 12. O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. A indenização deverá ser equitativa, e não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem. 13. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais. 14. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, interferir na comunhão de vida instituída pela família. 15. A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbil poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador. DIREITO PROCESSUAL CIVIL Darlan Barroso Leandro Leão Roberto Rosio 1. No procedimento comum, o Juiz, verificando que a inicial preenche seus requisitos, designará uma audiência de conciliação e mediação, cuja participação das partes é obrigatória (salvo motivo justificado), sob pena de praticarem ato atentatório à dignidade da justiça, com multa de até 2% sobre a vantagem pretendida ou o valor da causa. 2. Se o Juiz verificar que na petição inicial há vícios insanáveis, determinará a sua correção, indicando especificamente o que deve ser corrigido. 3. Os prazos serão contados em dias e serão considerados somente os dias úteis, isto é, não são contados os feriados, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense. Suspendem-se os prazos em semanas designadas para conciliação. 4. O ônus da prova, em regra, é de quem alega, mas o Juiz poderá atribuí-lo de modo diferente, diante das peculiaridades da causa, dificuldade ou facilidade de produzir determinada prova. Cuidado: essa atribuição de modo diferente não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil. 5. As tutelas provisórias são de urgência (exige- -se perigo), e de evidência (não se exige perigo). São de urgência as tutelas cautelar e antecipada. 6. Se a tutela antecipada for requerida antes do início do processo (chamada de antecedente), e concedida pelo Juiz, o autor terá 15 dias para aditar a inicial, e, se o réu não interpuser o respectivo recurso, estabilizar-se-á, devendo o Juiz extinguir o processo. Qualquer das partes poderá rever a tutela estabilizada, propondo uma ação no prazo de 2 anos. 7. Os honorários são créditos alimentares do advogado (vedada a sua compensação em caso de sucumbência recíproca), havendo condenação na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e também nos recursos interpostos, cumulativamente. 8. As partes plenamente capazes poderão, de comum acordo, antes ou durante o processo, alterar o procedimento, convencionando sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, desde que se trate de direitos que admitam autocomposição. 9. Quanto às respostas do réu, poderão ser alegadas em contestação: incompetência absoluta e relativa, incorreção ao valor da causa e justiça gratuita. A reconvenção, embora seja independente da ação principal, será apresentada na própria contestação. 10. Competência: pode ser absoluta (de interesse público) ou relativa (de interesse das partes). 11. Competência: as ações relativas a divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável serão propostas no domicílio do guardião de filho incapaz; último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; no domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal. 12. Os prazos para recursos são de 15 dias, exceto os embargos de declaração (cujo prazo é de 5 dias). Ministério Público, Fazenda Pública e Defensoria têm prazo em dobro para recorrer (caso a lei não preveja prazo específico), assim como litisconsortes com advogados diferentes, de escritórios diferentes, em autos não eletrônicos. 13. Recurso adesivo caberá quando a parte perder o prazo de recurso principal, mas, havendo sucumbência recíproca, a outra parte recorre, e no prazo das contrarrazões. Só será cabível na apelação, no Recurso Especial e no Recurso Extraordinário. 14. Caso o recorrente não comprove, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção. 15. A apelação (cabível da sentença e de decisões interlocutórias não agraváveis) será interposta ao Juiz de primeiro grau, mas o Tribunal fará o juízo de admissibilidade e julgará o recurso. DIREITO TRIBUTÁRIO Roberta Boldrin Gustavo Requi Marcos Oliveira 1. A imunidade é uma forma de não incidência, já que a competência de tributar certos fatos, situações ou pessoas é suprimida, expressamente, pela Constituição Federal (CF). Já a isenção representa a dispensa legal do pagamento do tributo. Enquanto a imunidade está prevista na CF, a isenção sempre estará prevista em lei instituída pelo ente político competente que opta pela dispensa do recolhimento do tributo. 2. As imunidades genéricas alcançam apenas os impostos. Descritas em um rol que representam cláusula pétrea, o art. 150, VI, da CF classifica as imunidades como sendo objetivas e subjetivas. A imunidade dos templos de quaisquercultos ou religiosa é classificada como subjetiva porque alcança a entidade religiosa (pessoa jurídica de direito privado). O STF decidiu que, além de os templos serem imunes ao recolhimento dos impostos, deve ser aplicada a inteligência da Súmula Vinculante n. 52 e da Súmula n. 724 do STF, vedando a cobrança de impostos que incidam sobre a propriedade dos imóveis das entidades religiosas, desde que o valor obtido com o pagamento dos alugueres seja revertido às finalidades essenciais. 3. A Medida Provisória (MP), prevista no art. 62 da CF, de acordo com o STF, pode ser utilizada em matéria tributária desde que respeitados os seus requisitos: urgência e relevância. Após a EC n. 33/2001, com exceção do II, IE, IOF, IPI e IEG, a MP que resulte em majoração de impostos produzirá seus efeitos no ano seguinte somente se convertida em lei até o último dia do exercício financeiro em que haja sido editada. Para as demais espécies tributárias é considerada a data da publicação da MP e não a sua conversão em lei. 4. Os únicos tributos que não respeitam nem a anterioridade de exercício nem a noventena (mitigada ou nonagesimal) são: II, IE, IOF, Empréstimos Compulsórios (calamidade pública e guerra externa, apenas) e os Impostos Extraordinários de Guerra. Assim que a lei os instituir, imediatamente devem ser exigidos pela União porque são considerados extrafiscais, extrapolando o caráter meramente arrecadatório. 5. A irretroatividade da lei tributária representa uma limitação constitucional ao poder de tributar, já que a lei não pode alcançar fatos pretéritos, podendo regular apenas os fatos ocorridos a partir da data da publicação da lei instituidora. É possível, no entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional, que a lei retroaja e alcance fato pretérito não definitivamente julgado quando a nova norma comine em penalidade (multa) menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática, conhecida como retroatividade benigna ou benéfica. Alíquota e base de cálculo não retroagem. 6. Os impostos pessoais são aqueles que incidem sobre os sinais ou signos presuntivos de riqueza do contribuinte e expressamente na CF (art. 145, § 1º) eram os únicos que poderiam ter alíquotas progressivas em função da capacidade do contribuinte. Quanto mais o contribuinte sinalizasse capacidade de contribuir, mais imposto recolhia aos cofres públicos. O STF, porém, por meio do RE 562.054/RS, muda o entendimento e admite a utilização de alíquotas progressivas para o ITCMD, imposto de caráter real (incidente sobre a coisa), sem considerar a situação dos herdeiros (na causa mortis). 7. A taxa cobrada sobre a prestação de serviço público de remoção, tratamento ou destinação de resíduos de imóveis é constitucional e não viola o art. 145 da CF. A taxa de lixo, portanto, mantém a natureza de serviço público específico e divisível. Súmula Vinculante n. 19. 8. O empréstimo compulsório é a única espécie tributária restituível. Pode ser instituído apenas por meio de Lei Complementar (LC) e somente pela União. Ainda que haja urgência e relevância nas situações em que ele possa regular (calamidade pública, guerra externa e investimento de caráter urgente e relevante interesse social: art. 148, I e II, da CF), nunca poderá ser instituído por meio de MP, já que esse instrumento possui vedação expressa de tratar as matérias que se submetem a LC (art. 62, I, § 2º, da CF). 9. A prestação de serviço de iluminação pública não pode ser remunerada mediante taxa porque não representa serviço público específico e divisível. O serviço é remunerado mediante contribuição instituída pelo Município e Distrito Federal, nomeada pela CF como COSIP e prevista pelo art. 149-A da CF de 1988 após a EC n. 39/2002, sendo facultada sua cobrança diretamente na fatura de energia elétrica. 10. Os Estados e Municípios poderão exigir de seus servidores, unicamente, contribuição para o custeio do regime previdenciário, sendo vedada qualquer outra tentativa de cobrança por parte de ambos os entes políticos. 11. A obrigação principal representa o dever de o contribuinte pagar ou recolher tributo ou pagar multa. Deriva de fato gerador prescrito em lei. Já a obrigação acessória representa os deveres instrumentais e deriva da legislação tributária. Representa o poder do Fisco de administrar, arrecadar e fiscalizar o recolhimento do tributo, por isso, as declarações de tributos, a escrituração, guarda e conservação de livros, bem como a emissão de notas fiscais, são exemplos de obrigação acessória. As obrigações acessórias são independentes das obrigações principais e, quando da sua inobservância ou descumprimento, convertem-se em principais com relação às multas (penalidades). 12. A responsabilidade imobiliária ou responsabilidade por sucessão imobiliária, obrigação propter rem recai sobre os bens imóveis e aponta para o adquirente do bem imóvel com relação ao IPTU ou ITR, Contribuição de Melhoria e Taxas que tenham como fato gerador apenas o serviço público específico e divisível (taxa de lixo), permanecendo com o alienante (ou antigo proprietário) a taxa que tenha como fato gerador o exercício regular do poder de polícia (taxas de fiscalização da vigilância sanitária). 13. A responsabilidade sobre os tributos deixados pela pessoa jurídica será dos diretores, gerentes ou sócios-gerentes ou representantes da pessoa jurídica apenas quando estes agirem com excesso de poderes, infração de lei, contrato ou estatuto social, sendo indevido e ilegal, portanto, o redirecionamento automático da execução fiscal com constrição patrimonial sobre seus bens pessoais. 14. São hipóteses de suspensão de exigibilidade de crédito tributário: a Moratória, o Depósito, os Recursos no âmbito do processo administrativo (ou impugnações), a Concessão de Tutela nas Ações Ordinárias e Medida Liminar no Mandado de Segurança e o Parcelamento (MO|DE|RE|CO|PA). 15. O prazo para o executado apresentar sua defesa, denominada Embargos à Execução Fiscal, é de 30 dias contados da data do depósito (integral e em dinheiro do valor entendido como devido pelo Fisco), da juntada da prova da fiança bancária ou da intimação da penhora (constrição patrimonial ou intimação pessoal) de acordo com o art. 16 da Lei de Execuções Fiscais (LEF). DIREITOS HUMANOS Erival Oliveira 1. A internacionalização (expansão) dos Direitos Humanos acontece após a 2ª Guerra Mundial (1945), com a criação da ONU e, posteriormente, com os sistemas de proteção: global e regionais. 2. Principais características dos Direitos Humanos: universais, indivisíveis, inter- -relacionados, interdependentes, inerentes e efetivos. 3. Direitos Humanos não são absolutos, por exemplo, o STF entende que o direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores inativos. 4. Gerações/dimensões de Direitos: 1ª geração – direitos civis e políticos (vida, liberdade); 2ª geração – direitos econômicos, sociais e culturais (educação, trabalho); e 3ª geração – direitos difusos (fraternidade). 5. PIDCP (Decreto n. 592/92) e Convenção Americana de Direitos Humanos (Decreto n. 678/92) são da 1ª geração – aplicação imediata (vida, liberdade, reunião, votar e ser votado). 6. PIDESC (Decreto n. 591/92) e Protocolo de San Salvador (Decreto n. 3.321/99) são da 2ª geração – aplicação progressiva ou diferida, podendo ser obtidos de modo mais rápido por meio de ação judicial (educação, trabalho). 7. Ações Afirmativas ou Cotas Raciais: são ações realizadas pelo Estado para proteger grupos de pessoas prejudicadas historicamente. Confirmadas pelo STF no julgamento da ADPF n. 186. 8. Lei n. 12.990, de 9/6/2014, reserva aos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal, das autarquias, das fundaçõespúblicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União. 9. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo. 10. Na Justiça Federal é executada a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos, se não há cumprimento voluntário. 11. As declarações obtidas por meio de tortura não podem ser admitidas como prova em processo, salvo em processo instaurado contra a pessoa acusada de havê-las obtido mediante atos de tortura e unicamente como prova de que, por esse meio, o acusado obteve tal declaração. 12. O Estatuto de Roma criou o Tribunal Penal Internacional, que julga pessoas que cometeram crimes graves (genocídio, contra a humanidade, de guerra e de agressão, todos imprescritíveis) – Decreto n. 4.388/2002. 13. Brasileiros natos não podem ser extraditados, mas devem ser entregues ao Tribunal Penal Internacional se requeridos. 14. Vedação do retrocesso ou regresso: os Direitos Humanos não admitem retrocesso. Por exemplo, não restabelecer a prisão civil por dívida de depositário infiel (art. 7º, item 7, do Decreto n. 678/92). 15. A Federalização foi inserida pela EC n. 45/2004 e está prevista no art. 109, V-A e § 5º, da CF/1988 (mudança de competência do feito da justiça local para a federal). Visa assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de Direitos Humanos de que o Brasil faz parte. DIREITO ADMINISTRATIVO Patricia Carla Celso Spitzcovsky Flávia Cristina 1. Entre os princípios da Administração, lembrar da supremacia do interesse público sobre o do particular que autoriza sacrifícios de direitos, mesmo que não tenha cometido nenhuma irregularidade. 2. Entre os poderes da Administração, lembre-se de que a aplicação de qualquer sanção aos servidores exige a abertura de processo administrativo, assegurada a ampla defesa. 3. Em relação aos institutos da anulação e da revogação, o primeiro se dá por razões de ilegalidade, enquanto o segundo, por razões de conveniência e oportunidade. 4. Em relação às agências reguladoras, lembre-se de que são espécies de autarquia, portanto pessoas jurídicas de direito público. 5. Em relação às concessões e permissões, lembre-se de que são formas de se transferir apenas a execução de serviços e obras públicas para particulares, mantendo-se a titularidade com a Administração. 6. Em relação a consórcios públicos, lembre-se de que são contratos celebrados entre as esferas de governo para a execução de serviços e obras de interesse comum. 7. Em relação à responsabilidade do Estado no caso das empresas públicas e sociedades de economia mista, lembre-se de verificar a natureza da atividade causadora do dano: se serviço público, será objetiva (art. 37, § 6º, da CF), se atividade econômica (art. 173, § 1º, II, da CF), será subjetiva (art. 186 do Código Civil) ou objetiva (art. 927, par. ún., do Código Civil), por estarem em regime de livre concorrência. 8. Em relação às licitações, lembre-se de que as hipóteses de contratação direta encontram-se na Lei n. 8.666/93, nos arts. 25 (inexigibilidade – competição inviável) e 24 (dispensa – competição viável). 9. Em relação aos contratos administrativos, lembre-se de que a Administração possui prerrogativas chamadas de cláusulas exorbitantes que lhe permitem tomar medidas de forma unilateral. 10. Em relação ao direito de propriedade, lembre-se de que tresdestinação pode ser lícita (quando se mantém o interesse público) ou ilícita (quando caracteriza desvio de finalidade). 11. Em relação aos servidores públicos, lembre-se de que só terão direito a nomeação os candidatos aprovados dentro do número de vagas do concurso. 12. Em relação aos servidores, lembre-se também de que as hipóteses de acumulação de cargos são somente aquelas expressamente previstas no art. 37, XVI, da CF. 13. Em relação aos servidores públicos, lembre-se ainda de que a única hipótese em que poderão receber além do teto constitucional envolve empresas públicas e sociedades mistas lucrativas (art. 37, § 9º, da CF). 14. Em relação aos bens públicos, lembre-se de que a imprescritibilidade (não podem ser adquiridos por usucapião) abrange tanto os localizados na área urbana quanto na rural (arts. 183, § 3º, e 191, par. ún., da CF). 15. Em relação às PPP’s, lembre-se de que sua celebração exige a abertura de licitação, só na modalidade de concorrência pública. 250 UNI DADES EM TODO O BRASIL . PROCURE A MAIS PRÓXIMA EM www.damasio.com.br
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