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1 AS MELHORES DICAS RUMO À APROVAÇÃO NA OAB XXXIV DICAS OABENÇOADAS 1. AÇÃO RESCISÓRIA O QUE VOCÊ DEVE SABER: Conforme já visto em Processo Civil, a ação rescisória nada mais é do que é uma ação judicial autônoma (NÃO É RECURSO) que tem visa unicamente rescindir uma decisão judicial já transitada em julgado. E quando a sentença transitada em julgada pode ser rescindida? (Art. 966, CPC). I - se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV - ofender a coisa julgada; V - violar manifestamente norma jurídica; VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. A ação rescisória pode ter por objeto apenas 1 (um) capítulo da decisão. Ou seja, não precisa ser a TOTALIDADE. ATENÇÃO: Cabe ação rescisória, com fundamento no inciso V do caput deste artigo, contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu fundamento. São legitimados para propor a ação rescisória (Art. 967, CPC): a) Quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular; b) terceiro juridicamente interessado; c) MP; d) aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção. No caso do Ministério Público existem regras específicas para poder propor ação rescisória Ressalta-se: a) se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção; b) quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes, a fim de fraudar a lei; c) em outros casos em que se imponha sua atuação. PRAZO PARA AJUIZAR A AÇÃO RESCISÓRIA: O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo. Atenção: No caso do inciso VII do art. 966 (ao lado), o termo inicial do prazo será a data de descoberta da prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito DICA DO DIA 71 PROCESSO DO TRABALHO 2 em julgado da última decisão proferida no processo. Atenção: Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes, inciso III do art. 966 (ao lado), o prazo começa a contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão. A petição inicial da ação rescisória deverá ser elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 319, do CPC, DEVENDO O AUTOR, ainda: a) cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento do processo; b) depositar a importância de cinco por cento sobre o valor da causa, que se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível ou improcedente (O “ITEM B” NÃO É APLICÁVEL à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e aos que tenham obtido o benefício de gratuidade da justiça). Em caso de ausência do depósito previsto no item anterior, a petição inicial será indeferida. ATENÇÃO MÁXIMA: A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda, ressalvada a concessão de tutela provisória. Ou seja, via de regra, a ação rescisória não apresenta efeito suspensivo. Visto isto, de bom alvitre ressaltar que a ação rescisória também é aplicável na ESFERA TRABALHISTA. Conforme leciona o artigo 678 da CLT, é de competência dos Tribunais Regionais do Trabalho processarem e julgarem as ações rescisórias das decisões das Varas do Trabalho e dos juízes de Direito. Já no âmbito do TST, de acordo com a Lei 7.701/88, os processos serão divididos em Turmas e seções especializadas para a conciliação e julgamento de dissídios coletivos (SDC) de natureza econômica ou jurídica e de dissídios individuais (SDI), respeitada a paridade da representação classista. Portanto, temos que: art. 2º, I, c – SDC, originariamente, as ações rescisórias propostas contra suas sentenças normativas. art. 3º, I, a – SDI, originariamente, as ações rescisórias propostas contra decisões das turmas do TST e suas próprias, inclusive as anteriores à especialização em seções. E se o trânsito em julgado ocorreu no STF, quem julga? R: Aí o próprio STF deverá julgar. ATENÇÃO: SÚMULA 397, DO TST: AÇÃO RESCISÓRIA. ART. 966, IV, do CPC de 2015. ART. 485, IV, DO CPC de 1973. AÇÃO DE CUMPRIMENTO. OFENSA À COISA JULGADA EMANADA DE SENTENÇA NORMATIVA MODIFICADA EM GRAU DE RECURSO. INVIABILIDADE. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA. Não procede ação rescisória calcada em ofensa à coisa julgada perpetrada por decisão proferida em ação de cumprimento, em face de a sentença normativa, na qual se louvava, ter sido modificada em grau de recurso, porque em dissídio coletivo somente se consubstancia coisa julgada formal. Assim, os meios processuais aptos a atacarem a execução da cláusula reformada são a exceção de pré- executividade e o mandado de segurança, no caso de descumprimento do art. 514 do CPC de 2015 (art. 572 do CPC de 1973). (ex-OJ nº 116 da SBDI-2 - DJ 11.08.2003) 2. MANDADO DE SEGURANÇA O QUE VOCÊ DEVE SABER: 3 Incialmente, vejamos que conforme o artigo 5º, LXIX, da CF, conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. De mais a mais, o artigo 114, da CF, prevê que Compete a justiça do Trabalho processar e julgar: IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição Conforme leciona o artigo 678, B, 3, da CLT, é de competência dos Tribunais Regionais do Trabalho processarem e julgarem os mandados de segurança. Visto isso, resta claro que a competência para o julgamento dos mandados de segurança será: Do TRT: Quando a autoridade seja Magistrados Titulares das Varas do Trabalho, Juizes Substitutos ou Auxiliares, presidente do TRT, juízes do TRT, servidores do TRT, servidores de cartórios de juízos de direito em exercício de atividades jurisdicionais trabalhistas. Do TST: Quando a autoridade coatora seja o Presidente do TST, Ministros do TST, servidores que atuem em atividades jurisdicionais do TST. MUITA ATENÇÃO: Não cabe mandado de segurança de decisão judicial transitada em julgado (Súmula 33, TST). ATENÇÃO: A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. Portanto, não cabe MS se o Juiz não homologar acordo (Súmula 418, TST). ATENÇÃO: Não se aplica a alçada em ação rescisória e em mandado de segurança (Súmula 365, TST). Ou seja, não se vincula a qualquer rito, portanto, não há limitação recursal (notadamente a limitação imposta ao rito sumário). ATENÇÃO: Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazode 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade (Súmula 201, do TST). FIQUE MUITO ATENTO – SÚMULA 414, TST: MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice- presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015. OBSERVAÇÃO: ISSO QUER DIZER QUE QUANDO A TUTELA PLEITEADA FOR CONCEDIDA APENAS NA SENTENÇA, DEVERÁ SER INTERPOSTO O RECURSO ORDINÁRIO (RECURSO PRÓPRIO) E NÃO O MANDADO DE SEGURANÇA, CONTUDO, SE A TUTELA FOR CONCEDIDA ANTES DA SENTENÇA CABE MS. (NO MESMO SENTIDO A OJ 92, DA SDI-2, DO TST: Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial passível de reforma mediante recurso próprio, ainda que com efeito diferido). II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória. 4 ATENÇÃO: Exigindo o mandado de segurança prova documental pré-constituída, inaplicável o art. 321 do CPC de 2015 (art. 284 do CPC de 1973) quando verificada, na petição inicial do "mandamus", a ausência de documento indispensável ou de sua autenticação (Súmula 415, TST). OU SEJA, EM CASO DE AUSÊNCIA DE DOCUMENTO ESSENCIAL, O MS É LIMINARMENTE INDEFERIDO!!! ATENÇÃO: Devendo o agravo de petição delimitar justificadamente a matéria e os valores objeto de discordância, não fere direito líquido e certo o prosseguimento da execução quanto aos tópicos e valores não especificados no agravo (Súmula 416, TST). OU SEJA, É REGRA QUE NA EXECUÇÃO TRABALHISTA O AGRAVO DE PETIÇÃO DEVERÁ IMPUGNAR E DELIMITAR TODA A MATÉRIA EVENTUALMENTE DISCUTIDA, ACASO ASSIM NÃO SEJA FEITO, A EXECUÇÃO PODERÁ CORRER NORMALMENTE CONTRA OS VALORES PERTINENTES ÀS MATÉRIAS NÃO IMPUGNADAS/DELIMITADAS. ATENÇÃO: Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é prioritária e obedece à gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (Súmula 417, TST). ATENÇÃO MÁXIMA: A procuração outorgada com poderes específicos para ajuizamento de reclamação trabalhista não autoriza a propositura de ação rescisória e mandado de segurança. Constatado, todavia, o defeito de representação processual na fase recursal, cumpre ao relator ou ao tribunal conceder prazo de 5 (cinco) dias para a regularização, nos termos da Súmula nº 383, item II, do TST (OJ 151, SDI-2, DO TST). CABE RECURSO NO MS? R: Sim! Sentenças que decidam sobre o mandado de segurança, podem ser impugnadas através de recurso ordinário, no prazo de 8 dias. Acórdãos em RO devem ser impugnados pelo recurso de revista ao TST. ISSO QUANDO A COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA FOR DA VARA DO TRABALHO. Acórdãos que decidam sobre o mérito do mandado de segurança podem ser contestados através de recurso ordinário direcionado ao TST. ISSO QUANDO A COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA FOR DO TRIBUNAL. ATENÇÃO: Contra decisão monocrática que indefere o mandado de segurança, liminarmente, o remédio jurídico adequado é o agravo regimental. Da decisão no agravo regimental, acaso confirmada a decisão que indeferiu o MS, cabe RO ao TST. Decisões que indefiram a petição inicial podem ser contestadas por agravo regimental. ISSO QUANDO A COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA FOR DO TST. Acórdãos (quando houver decisão de mérito) podem ser contestados através de recurso ordinário ao STF. COMO CAIU NA PROVA (2020)? Em setembro de 2019, durante a audiência de um caso que envolvia apenas pedido de adicional de insalubridade, o Juiz do Trabalho determinou a realização de perícia e que a reclamada antecipasse os honorários periciais. Inconformada com essa decisão, a sociedade empresária impetrou mandado de segurança contra esse ato judicial, mas o TRT, em decisão colegiada, não concedeu a segurança. Caso a sociedade empresária pretenda recorrer dessa decisão, assinale a opção que indica a medida recursal da qual deverá se valer. Alternativas A) Agravo de Instrumento. B) Recurso Ordinário. C) Agravo de Petição. D) Recurso de Revista. Reposta é letra B (súmula 201, TST): Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado 5 de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. Fique atento, por fim, que também não cabe MS nas seguintes hipóteses (Lei 12.016/09): Art. 5º: Não se concederá mandado de segurança quando se tratar: I - de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução; II - de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo; III - de decisão judicial transitada em julgado. Prazo: O prazo é decadencial de 120 dias, contados a partir da ciência do ato a ser impugnado. 3. INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE O QUE VOCÊ DEVE SABER: Inicialmente, quanto ao tema ora estudado, quero te dizer pra ficar bem atento, pois é muito cobrado nas provas da OAB. O inquérito para apuração de falta grave é previsto no artigo 853 e seguintes da CLT. Aberto contra empregado garantido com estabilidade. O empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado. COMO JÁ FOI COBRADO(2019): Em uma greve ocorrida há dois dias dentro de uma indústria metalúrgica, o dirigente sindical, que é empregado da referida empresa, agrediu fisicamente o diretor com tapas e socos, sendo a agressão gravada pelo sistema de segurança existente no local. O dono da empresa, diante dessa prática, pretende dispensar o empregado por justa causa. Em razão disso, ele procura você, como advogado(a), no dia seguinte aos fatos narrados, para obter sua orientação. De acordo com o disposto na CLT, assinale a opção que apresenta sua recomendação jurídica e a respectiva justificativa. Alternativas A) Dispensar imediatamente o empregado por justa causa e ajuizar ação de consignação em pagamento dos créditos porventura devidos. B) Apresentar notícia-crime e solicitar da autoridade policial autorização para dispensar o empregado por justa causa. C) Suspender o empregado e, em até 30 dias, ajuizar inquérito para apuração de falta grave. D) Não fazer nada, porque a justa causa teria de ser aplicada no dia dos fatos, ocorrendo então perdão tácito. Foi considerada como correta a ALTERNATIVA C. O empregado pode ou não suspender, mas se optar pela suspensão deve apresentar reclamação em até trinta dias (prazo decadencial). A previsão para falta grave encontra-se no artigo 493 da CLT. No procedimento é possível até 6 (seis) testemunhas para cada lado. Ainda, vale lembrar que o inquérito para apuração de falta grave é sempre exigido nos seguintes casos: 1) Estabilidade decenal: O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma empresa não poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de força maior, devidamente comprovadas (art. 492, da CLT). 6 2) Dirigente sindical: O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por falta gravemediante a apuração em inquérito judicial, inteligência dos arts. 494 e 543, §3º, da CLT (súmula 379, TST). SE APLICA AO SUPLENTE. SOBRE O DIRIGINTE SINDICAL, INCLUSIVE, VALE A LEITURA DA SÚMULA 369, DO TST: DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - É assegurada a estabilidade provisória ao empregado dirigente sindical, ainda que a comunicação do registro da candidatura ou da eleição e da posse seja realizada fora do prazo previsto no art. 543, § 5º, da CLT, desde que a ciência ao empregador, por qualquer meio, ocorra na vigência do contrato de trabalho. II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a sete dirigentes sindicais e igual número de suplentes. III - O empregado de categoria diferenciada eleito dirigente sindical só goza de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente. IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato, não há razão para subsistir a estabilidade. V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho. 3) Representante dos trabalhadores no CNPS: Aos membros do CNPS, enquanto representantes dos trabalhadores em atividade, titulares e suplentes, é assegurada a estabilidade no emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação, somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial (art. 3º, §7, Lei 8213/91). 4) Dirigentes de cooperativas: Os empregados de empresas que sejam eleitos diretores de sociedades cooperativas pelos mesmos criadas, gozarão das garantias asseguradas aos dirigentes sindicais pelo artigo 543 da Consolidação das Leis do Trabalho (art. 55, Lei 5.764/71). NÃO SE APLICA AO SUPLENTE. Fique atento – PARA DISPENSA DE MEMBRO DA CIPA NÃO PRECISA DE INQUÉRITO. 4. EXECUÇÃO TRABALHISTA O QUE VOCÊ DEVE SABER: Inicialmente, deves saber que as decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão passíveis de execução. ATENÇÃO: A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da Constituição Federal, e seus acréscimos legais, relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que proferir e dos acordos que homologar. COMO CAIU NA PROVA (OAB XXXII): Após ser alvo de um inquérito civil junto ao Ministério Público do Trabalho – MPT, tendo sido investigada pela prática de suposta irregularidade, a sociedade empresária Vida Global assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o MPT para sanar o problema e evitar a judicialização daquela situação, o que poderia 7 abalar sua credibilidade perante os investidores nacionais e estrangeiros. Ocorre que a sociedade empresária não cumpriu o que foi estipulado no TAC, seja no tocante à obrigação de fazer, seja no pagamento de multa pelo dano moral coletivo. Diante dessa situação, e de acordo com os termos da CLT, assinale a afirmativa correta. Alternativas A) O parquet deverá propor execução de título judicial. B) O MPT deverá ajuizar execução de título extrajudicial. C) A ação própria para a cobrança será o inquérito judicial. D) O MPT deverá propor reclamação trabalhista pelo rito ordinário. A resposta, por claro, é a LETRA B, eis que, consoante acima visto, o TAC’s podem ser executados diretamente perante à Justiça do Trabalho. A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado. É competente para a execução das decisões o Juiz ou Presidente do Tribunal que tiver conciliado ou julgado originariamente o dissídio. Portanto, só é permitida a execução de ofício quando as partes não estiverem sendo representadas por advogado. Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar- se-á a sua liquidação (a liquidação também abrande as contribuições previdenciárias), que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal. Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo DEVERÁ abrir às partes prazo COMUM de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. VALE REGISTRAR QUE A OAB ASSIM JÁ COBROU (2019): No decorrer de uma reclamação trabalhista, que transitou em julgado e que se encontra na fase executória, o juiz intimou o autor a apresentar os cálculos de liquidação respectivos, o que foi feito. Então, o juiz determinou que o cálculo fosse levado ao setor de Contadoria da Vara para conferência, tendo o calculista confirmado que os cálculos estavam adequados e em consonância com a coisa julgada. Diante disso, o juiz homologou a conta e determinou que o executado depositasse voluntariamente a quantia, sob pena de execução forçada. Diante dessa narrativa e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. Alternativas A) Equivocou-se o juiz, porque ele não poderia homologar o cálculo sem antes conceder vista ao executado pelo prazo de 8 dias. B) Correta a atitude do magistrado, porque as contas foram conferidas e foi impressa celeridade ao processo do trabalho, observando a duração razoável do processo. C) A Lei não fixa a dinâmica específica para a liquidação, daí porque cada juiz tem liberdade para criar a forma que melhor atenda aos anseios da justiça. D) O juiz deveria conceder vista dos cálculos ao executado e ao INSS pelo prazo de 5 dias úteis, pelo que o procedimento adotado está errado. Fica claro, portanto, que a resposta correta é a letra A. 8 Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. Portanto, a UNIÃO TEM 10 DIAS de prazo. Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação. Portanto, os embargos de execução serão opostos no prazo de cinco dias após a garantia do juízo. ATENÇÃO: Pelo art. 880, da CLT, o prazo para garantir o Juízo ou pagar a execução é de 48 HORAS! Se o executado, procurado por 2 (duas) vezes no espaço de 48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital. Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial. Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exequente igual direito e no mesmo prazo. Os embargos e as impugnações à liquidação apresentadas pelos credores trabalhistas serão julgados na mesma sentença. É inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativodeclarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal. FIQUE MUITO ATENTO: Ainda que o beneficiário da justiça gratuita esteja isento de realizar o recolhimento do depósito recursal na fase de conhecimento (art. 899 , § 10 , da CLT ), tendo esse depósito a teleologia de garantir futura e eventual execução, essa isenção não alcança a garantia da execução propriamente dita, sendo imprescindível que o devedor realize a respectiva garantia ou tenha bens penhorados para que o termo inicial para manejo dos embargos à execução tenha início (art. 884 da CLT ). Nesse sentido: TRT-6 - Agravo de Petição AP 00009375120165060262 (TRT-6) Jurisprudência•Data de publicação: 17/12/2019 AGRAVO DE PETIÇÃO. AUSÊNCIA DE GARANTIA DA EXECUÇÃO. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. NÃO CONHECIMENTO. 1. Ainda que o beneficiário da justiça gratuita esteja isento de realizar o recolhimento do depósito recursal na fase de conhecimento (art. 899 , § 10 , da CLT ), tendo esse depósito a teleologia de garantir futura e eventual execução, essa isenção não alcança a garantia da execução propriamente dita, sendo imprescindível que o devedor realize a respectiva garantia ou tenha bens penhorados para que o termo inicial para manejo dos embargos à execução tenha início (art. 884 da CLT ). E ainda: TRT-1 - Agravo de Petição AP 01002601520185010483 RJ (TRT-1) Jurisprudência•Data de publicação: 27/02/2021 AGRAVO DE PETIÇÃO. SÓCIA EXECUTADA BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA GRATUITA. EXIGÊNCIA DE PRÉVIA E INTEGRAL GARANTIA DO JUÍZO DA EXECUÇÃO. O fato de a executada ser beneficiária da justiça gratuita não a isenta da garantia do juízo, porquanto a isenção abrange somente o depósito recursal na fase de conhecimento. Não há nenhum dispositivo legal que retire dos executados beneficiários da justiça gratuita a obrigação de garantir, prévia e integralmente, o Juízo para apresentação de 9 embargos à execução, exigência expressa nos art. 884 e 899, § 1º, ambos da CLT. Não atendida a condição legal de garantia do juízo, não merece ser conhecido o agravo de petição interposto pela executada. Agravo de Petição interposto pela executada não conhecido. ATENÇÃO: A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições. OBSERVAÇÃO: Vale destacar que, o executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial ou nomeação de bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 da lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - código de processo civil (art. 882, da CLT). NESSE SENTIDO JÁ COBROU A OAB (EXAME XXXII): A sociedade empresária de transportes Mundo Pequeno Ltda. foi condenada ao pagamento de horas extras e diferença salarial na ação movida por Mauro Duarte, seu ex-empregado. Após o trânsito em julgado e apuração do valor devido, a executada foi citada para efetuar o pagamento de R$ 120.000,00. Ocorre que a sociedade empresária pretende apresentar embargos à execução, pois entende que o valor homologado é superior ao devido, mas não tem o dinheiro disponível para depositar nos autos. Sobre o caso relatado, de acordo com o que está previsto na CLT, assinale a afirmativa correta. Alternativas A) Na Justiça do Trabalho não é necessário garantir o juízo para ajuizar embargos à execução. B) A sociedade empresária poderá apresentar seguro-garantia judicial para então apresentar embargos à execução. C) A sociedade empresária poderá assinar uma nota promissória judicial e, com isso, ter direito a ajuizar embargos de devedor. D) Se for comprovada a situação de necessidade, a sociedade empresária, depositando 50% do valor da dívida, poderá embargar. A resposta correta, portanto, é a LETRA B, nos exatos termos do art. 882, da CLT, acima visto. O AGRAVO DE PETIÇÃO é cabível no prazo de 08 DIAS das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções. O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. FIQUE MUITO ATENTO: Em caso de desconsideração da personalidade jurídica na fase de execução, cabe AGRAVO DE PETIÇÃO, independentemente de garantia do juízo. Tal tema, inclusive, já foi cobrado na OAB, no XXXII EXAME (O EXAME DO CAOS): No decorrer de uma execução trabalhista, não se conseguiu penhorar nenhum bem da empresa executada nem reter qualquer numerário dela em ativos financeiros. Então, o exequente instaurou um incidente de desconsideração de personalidade jurídica para direcionar a execução em face de um sócio. O referido sócio foi citado e, no prazo de 15 dias, manifestou-se contrariamente à sua execução. Submetida a manifestação ao contraditório e não havendo outras provas a produzir, o juiz julgou procedente o incidente e incluiu o sócio no polo passivo da execução na condição de executado, sendo, então, publicada essa decisão. Considerando a situação retratada e os ditames da CLT, assinale a afirmativa correta. Alternativas 10 DICA DO DIA 72 DIREITO CIVIL A) Por ser interlocutória, essa decisão é irrecorrível, devendo o sócio se submeter ao comando e pagar a dívida. B) O sócio em questão poderá recorrer da decisão independentemente de garantia do juízo. C) Sendo a Lei omissa a respeito, caberá ao juiz definir se a decisão do incidente poderá ser objeto de recurso e se será necessário garantir o juízo. D) O sócio poderá recorrer da decisão, mas terá de garantir o juízo em 50%. A resposta, portanto, é, obviamente, a letra B. SOBRE OS TEMAS ABORDADOS NO CROMOGRAMA, LEIA ATENTAMENTE O E- BOOK DE CIVIL: “Civil - Teoria temas relevantes”. II - Propriedade privada; III - função social da propriedade; IV - Livre concorrência; V - Defesa do consumidor; VI - Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução das desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno emprego; IX - Tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte. IX - Tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País 1. DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA O QUE VOCÊ DEVE SABER: A ordem econômica é um conjunto de regras que regulam as atividades econômicas, com o as comerciais, industriais, serviços privados e públicos. Tais regras tem como fundamento a valorização do trabalho humano e a livre iniciativa, sendo regidas pelos seguintes princípios expressos no art. 170 da CF: Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: I - Soberania nacional; As provas da FGV costumam cobrar muito esses princípios em casos práticos, questionando sobre qual princípio cabe em determinada situação. Além disso costuma muito trocar o sentido do inciso VII, do art. 170 da CF. O mencionado inciso fala que um dos princípios da ordem econômica é a REDUÇÃO das desigualdades regionais e sociais. Obviamente, para termos uma economia equilibrada e a qual seja ideal, a redução de desigualdade é algo de suma importância, contudo, sabe-se que a ERRADICAÇÃO, aELIMINAÇÃO da desigualdade REGIONAL E SOCIAL é algo, infelizmente impraticável. Por isso, se liguem se na alternativa vai conter a literalidade da lei, com a palavra REDUÇÃO ou se irá vir com as palavras ERRADICAÇÃO/ELIMINAÇÃO, pois se vier contendo alguma dessas ou outra no mesmo sentido de eliminar por completo a desigualdade, a alternativa estará incorreta. DICA DO DIA 73 DIREITO CONSTITUCIONAL Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei. 11 Outro princípio bastante cobrado é o da livre concorrência, pois o Estado não pode coibir o cidadão impedindo de instalar estabelecimento comercial em determinada área, caso esteja dentro dos parâmetros exigidos por ele. Súmula 49 do STF: Ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área. Além disso, o Estado não irá exercer diretamente alguma atividade econômica, não é a sua função. Isto só irá acontecer se necessário para imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo. Art.173 da CF: Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. PRESTE ATENÇÃO: Como agente normativo e fiscalizador o Estado exercer essas funções sendo DETERMINANTE PARA O SETOR PÚBLICO E INDICATIVO PARA O SETOR PRIVADO (AS PROVAS SEMPRE TROCAM ISSO, FALAM QUE É DETERMINANTE PARA O SETOR PRIVADO E INDICATIVO PARA O SETOR PÚBLICO). Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - O regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - Os direitos dos usuários; III - política tarifária; IV - A obrigação de manter serviço adequado. DECORE ESSE ARTIGO 176, POIS SEMPRE CAI! Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do produto da lavra. § 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas. § 2º É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei. (O que isso quer dizer? Vamos supor que as lavras se encontrem na propriedade de João, para que essas lavras sejam exploradas não é João que tem que autorizar, mas a União, por meio de autorização ou concessão a brasileiros ou empresas constituídas pro leis brasileiras, contudo, mesmo a União sendo a única quem possa autorizar tal atividade, os resultados dela serão assegurados ao proprietário, na parte que ele dispuser) § 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações e concessões previstas neste artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou 12 parcialmente, sem prévia anuência do poder concedente. (Logo, se a união concedeu a autorização para uma empresa X, não poderá essa empresa X transferir para empresa Y essa concessão sem a autorização da União). § 4º Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade reduzida A regra na atividade econômica brasileira é a livre concorrência e não o monopólio, que é a exploração e o exercício de determinada atividade somente por determinado ente. Contudo, o art. 177 da CF traz em um rol EXAUSTIVO o monopólio de algumas atividades pertencente a união. Art. 177. Constituem monopólio da União: I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro; III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores; IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem; V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal. § 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei. § 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre: ados de petróleo em todo o território nacional; II - As condições de contratação III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União; § 3º A lei disporá sobre o transporte e a utilização de materiais radioativos no território nacional. § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos I - a alíquota da contribuição poderá ser: a) diferenciada por produto ou uso; b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b ; II - os recursos arrecadados serão destinados: a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; c) ao financiamento de programas de infra- estrutura de transportes. Art. 180. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico. Da Política Urbana- 13 Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes. § 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. (DECORE ISSO, O PLANO DIRETO SÓ É EXIGIDO PARA CIDADES COM MAIS DE 200 MIL HABITANTES) § 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. (É DIFERENTE DA INDENIZAÇÃO A SER FEITA NOS CASOS DE REFORMA AGRÁRIA) § 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: ( Quando a propriedade não estiver exercendo a sua função social ou n ão estiver utilizada ou subutilizada de forma correta, o poder público municipal poderá exigir do proprietário determinados atos SUCESSIVAMENTE, como forma de que este cumpra aquela determinada função exigida) I - parcelamento ou edificação compulsórios; II - Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. USUCAPIÃO § 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. § 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. § 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA AGRÁRIA Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. § 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro. § 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação. § 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação. § 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício. § 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de 14 imóveis desapropriados para fins de reforma agrária. Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: I - A pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra; II - a propriedade produtiva. Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social. Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I - Aproveitamento racional e adequado; II - Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV - Exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores. § 2º Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de reforma agrária. Art. 189. Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma agrária receberão títulos de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo prazo de dez anos. Parágrafo único. O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições previstos em lei. seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião 2. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS O QUE VOCÊ DEVE SABER: Os direitos e garantias fundamentais são direitos EXPRESSOS, RESPALDADOS E GARANTIDOS pela Constituição Federal e inerentes à pessoa humana. Os direitos e garantias fundamentais são garantidos a todos os seres humanos, enquanto indivíduos de direito. Tratam-se, assim, de garantias formalizadas ao longo do tempo, inerentes aos indivíduos. São características dos direitos fundamentais: 1- Historicidade: Os Direitos fundamentais surgiram com o Cristianismo e foram evoluindo ao longo do tempo, sendo pouco as mais relevantes, a depender a época que estava sendo vivenciados, sendo determinante o contexto social, político e cultural da época. 2- Universalidade: São direitos atribuídos a qualquer pessoa, esteja ela onde estiver. Contudo, é importante ressaltar que depender do país, os direitos e garantias fundamentais podem ser diferentes, pois pertencem a determinada religião, cultura... 3- Imprescritibilidade: O direito a ter direito e garantias fundamentais é imprescritível, ainda que você não o exerça por muitos anos, contudo, pleitear a violação a esses direitos não é imprescritível, devendo ser observado os prazos decadenciais e prescricionais. 4- Indisponibilidade e irrenunciabilidade: Como regra geral os direitos e garantias fundamentais são indisponíveis, não podendo a pessoa renunciar a eles e muito menos dispor da forma que bem entender, contudo, atualmente a jurisprudência tem admitido a disponibilidade Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por 15 relativa e limitada desses direitos, ficando apenas proibido a disponibilidade absoluta. Ex: Quando uma pessoa vai ao BBB ou qualquer reality show, ela está dispondo do seu direito de imagem. Contudo, é por certo período de tempo e limitado (ou seja, de forma parcial e não absoluta). 5- Relatividade: Não existe direitos fundamentais absoluto, ou seja, caso ocorra um conflito entre direitos fundamentais deverá ser feito uma ponderação, por meio das técnicas utilizadas em cada caso concreto e não a eliminação de um se sobrepondo ao outro. Não existe hierarquia entre os direitos fundamentais. Na colisão de de direitos fundamentais deverá ser utilizada a técnica da ponderação ou harmonização, de forma que nenhum direito seja eliminado, mas que seja utilizado o mais adequado ao caso concreto. 6- inalienabilidade: Não podem ser transferidos. Estão ligados ao titular do exercício, embora não sejam exclusivamente direitos subjetivos, pois interessam a todo o corpo social. A exceção se verifica no direito às propriedades material ou intelectual, que podem ser transferidas. Dimensões dos Direitos Fundamentais: 1ª Dimensão Direitos civis e políticos. 2ª Dimensão Direitos sociais, econômicos e culturais. 3ª Dimensão Direitos de solidariedade e fraternidade. 4ª Dimensão Globalização (existe divergência). Teoria dos 4 Status(Jellinek) Passivo: o sujeito está subordinado aos poderes estatais. Ativo: sujeito pode participar da formação da vontade do Estado. Negativo: ao sujeito é assegurada uma esfera indevassável ao Estado. Positivo: sujeito tem direito de pedir certas prestações ao Estado. Eficácia: VERTICAL:incidem na relação entre sujeito e Estado; HORIZONTAL:incidemna relação entre sujeitos privados; DIAGONAL: incidem na relação entre privados em posição de desigualdade. Ex.: consumidor e fornecedor. Dimensão objetiva e subjetiva dos direitos fundamentais: Dimensão objetiva: Os direitos fundamentais formam a base do ordenamento jurídico de um Estado Democrático de Direito. Dimensão subjetiva: Os direitos fundamentais conferem aos seus titulares o direito de infligir os seus interesses perante os órgãos que devem prestá-los. As normas definidoras de Direitos e garantias fundamentais tÊm aplicação imediata. Não confunda: Direito não é sinônimom de garantia. Direitos são dispositivos que revelam a existência de interesses, são normas declaratórias. Garantias são mecanismos utilizados para assegurar a inviolabilidade e o exercício desses direitos. Geração dos Direitos Fundamentais: Essa nomenclatura foi propagada por Kasal Vasak, onde dividiu os direitos fundamentais em TrÊs Gerações. Os direitos de primeira geração, que tem como marco as revoluções liberais do século XVIII, são os direitos de liberdade em sentido amplo, sendo os primeiros a constarem dos textos normativos constitucionais, a saber, os direitos civis e políticos. São direitos a prestações preponderantemente negativas, nas quais o Estado deve proteger a esfera de autonomia do indivíduo. Os direitos de segunda geração, por sua vez, nasceram a partir do início do século XX, em meio ao socialismo (Constituição Mexicana de 1917 e de Weimar de 1919) e compõem-se dos direitos de igualdade a saber, os direitos econômicos, sociais e culturais, impondo ao 16 poder público a satisfação de um dever de prestação. Os direitos de terceira geração são os direitos os difusos e coletivos, que se assentam na fraternidade ou solidariedade. Dentre eles, destaque-se o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, assim como os direitos ao desenvolvimento. Em síntese conclusiva, nas palavras do Ministro Celso de Mello: “Enquanto os direitos de primeira geração (direitos civis e políticos) – que compreendem as liberdades clássicas, negativas ou formais – realçam o princípio da liberdade e os direitos de segunda geração (direitos econômicos, sociais e culturais) – que se identificam com as liberdades positivas, reais ou concretas – acentuam o princípio da igualdade, os direitos de terceira geração, que materializam poderes de titularidade coletiva atribuídos genericamente a todas as formações sociais, consagram o princípio da solidariedade e constituem um momento importante no processo de desenvolvimento, expansão e reconhecimento dos direitos humanos, caracterizados, enquanto valores fundamentais indisponíveis, pela nota de uma essencial inexauribilidade.” (MS 22.164, rel. min. Celso de Mello, j. 30-10-1995, P, DJ de 17-11-1995.) Segundo o brasileiro Paulo Bonavides, os direitos fundamentais de quarta geração seriam aqueles resultantes da globalização e são exemplos o direito à democracia (sobretudo direta), à informação, ao pluralismo e, para alguns (como Norberto Bobbio), a bioética. Paulo Bonavides também desenvolve sua quinta geração de direitos fundamentais, tendo como destaque o reconhecimento da normatividade do direito à paz e também dividiu os direitos em uma sexta geração, que seria o direito a água potável. A maior parte dos autores hoje prefere se valer da expressão “dimensões” de direitos fundamentais, em detrimento de “gerações”, partindo da premissa de que esta poderia induzir à falsa ideia de que uma categoria de direitos substitui a outra que lhe é anterior. Uma geração, definitivamente, não sucede a outra. Pelo contrário, haveria um acréscimo no catálogo de direitos fundamentais. #JURIS Viola a liberdade de expressão a decisão de retirar da Netflix o especial de Natal do Porta dos Fundos porque seu conteúdo satiriza crenças e valores do cristianismo Retirar de circulação produto audiovisual disponibilizado em plataforma de “streaming” apenas porque seu conteúdo desagrada parcela da população, ainda que majoritária, não encontra fundamento em uma sociedade democrática e pluralista como a brasileira. STF. 2ª Turma. Rcl 38782/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 3/11/2020 (Info 998). “CF/88 e a Convenção Internacional sobre Direitos das Pessoas com Deficiência asseguram o direito dos portadores de necessidades especiais ao acesso a prédios públicos, devendo a Administração adotar providências que o viabilizem. O Poder Judiciário, em situações excepcionais, pode determinar que a Administração Pública adote medidas assecuratórias de direitos constitucionalmente reconhecidos como essenciais, sem que isso configure violação do princípio da separação de poderes. STF. 1ª Turma. RE 440028/SP, rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 29/10/2013 (Info 726)” “Caso concreto: o jornal Folha de São Paulo pediu para que o Governo do Estado fornecesse informações relacionadas a mortes registradas pela polícia em boletins de ocorrência. O pedido foi negado sob o fundamento de que, apesar de terem natureza pública, esses dados deveriam ser divulgados com cautela e não seriam indispensáveis para o trabalho jornalístico. 17 O STJ não concordou e afirmou que não cabe à administração pública ou ao Poder Judiciário discutir o uso que se pretende dar à informação de natureza pública. A informação, por ser pública, deve estar disponível ao público, independentemente de justificações ou considerações quanto aos interesses a que se destina. Não se pode vedar o exercício de um direito – acessar a informação pública – pelo mero receio do abuso no exercício de um outro e distinto direito – o de livre comunicar. Em suma: veículo de imprensa jornalística possui direito líquido e certo de obter dados públicos sobre óbitos relacionados a ocorrências policiais. STJ. 2ª Turma. REsp 1852629-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 06/10/2020 (Info 682)” O que se entende por aviso prévio ao direito de Reunião expresso no art. 5º, XVI da CF? “O art. 5º, XVI, da CF/88 prevê o direito de reunião nos seguintes termos: XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; Qual é o sentido de “prévio aviso” mencionado pelo dispositivo constitucional? O STF fixou a seguinte tese: A exigência constitucional de aviso prévio relativamente ao direito de reunião é satisfeita com a veiculação de informação que permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica ou para que não frustre outra reunião no mesmo local. STF. Plenário. RE 806339/SE, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 14/12/2020 (Repercussão Geral – Tema 855) (Info 1003).” 3. ORDEM SOCIAL O QUE VOCÊ DEVE SABER: A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais. O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais, assegurada, na forma da lei, a participação da sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, de controle e de avaliação dessas políticas Seguridade Social: seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: - Universalidade da cobertura e do atendimento; II - Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - Irredutibilidade do valor dos benefícios; V - Equidade na forma de participação no custeio; VI - Diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da previdência social; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, seja de forma direta, seja de forma indireta. iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, 18 Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. PAS Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - Universalidade da cobertura e do atendimento; (NÃO CONFUNDIR COM UNIFORMIDADE) II - Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - Irredutibilidade do valor dos benefícios; V - Equidade na forma de participação no custeio Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais. Da Saúde: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado. Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; II - Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - participação da comunidade. § 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre I - No caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento); II - No caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º. Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. § 1º - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. § 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. SEM FINS LUCRATIVOS PODE. 19 § 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei. § 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização. Da previdência social: A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. Atendendo o seguinte: I - Cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada; II - Proteção à maternidade, especialmente à gestante; III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário IV - Salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; V - Pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º. § 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados: I - Com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar; II - Cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação. § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. § 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei. § 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. § 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, observado tempo mínimo de contribuição II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, para os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal § 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será reduzido em 5 (cinco) anos, para o professor que comprove tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar 20 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes entre si, observadaa compensação financeira, de acordo com os critérios estabelecidos em lei. § 9º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de que tratam os arts. 42, 142 e 143 e o tempo de contribuição ao Regime Geral de Previdência Social ou a regime próprio de previdência social terão contagem recíproca para fins de inativação militar ou aposentadoria, e a compensação financeira será devida entre as receitas de contribuição referentes aos militares e as receitas de contribuição aos demais regimes. § 10. Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de benefícios não programados, inclusive os decorrentes de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de Previdência Social e pelo setor privado. § 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios, nos casos e na forma da lei inclusive os que se encontram em situação de informalidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que pertencentes a famílias de baixa renda. § 13. A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § 12 terá valor de 1 (um) salário- mínimo. § 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos benefícios previdenciários e de contagem recíproca § 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios previdenciários § 16. Os empregados dos consórcios públicos, das empresas públicas, das sociedades de economia mista e das suas subsidiárias serão aposentados compulsoriamente, observado o cumprimento do tempo mínimo de contribuição, ao atingir a idade máxima de que trata o inciso II do § 1º do art. 40, na forma estabelecida em lei. Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: I - A proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - O amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - A habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - A garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. VI- A redução da vulnerabilidade socioeconômica de famílias em situação de pobreza ou de extrema pobreza. Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes: I - Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a execução dos respectivos programas às esferas estadual e 12. Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para atender aos trabalhadores de baixa renda, 21 municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social; II - Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: I - Despesas com pessoal e encargos sociais; II - Serviço da dívida III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou ações apoiados Da educação: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade. VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. X - Garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. As universidades gozam de autonomia didático- científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, contudo, apesar dessas autonomias estão sujeitas á fiscalização pelo tribunal de contas. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria, sendo o acesso gratuito ao ensino obrigatório um direito público subjetivo. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental. O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. Do desporto: Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados: I - A autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento; II - A destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, 22 em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento; III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional; IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional. § 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. § 2º A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, contados da instauração do processo, para proferir decisão final. § 3º O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção social. Ciência e tecnologia: O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica e a inovação. Comunicação social: A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. Índios: São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos origináriossobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. § 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. § 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. § 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. § 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. § 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé. § 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º. Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar 23 em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo. #JURIS A proteção das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios representa um aspecto fundamental dos direitos e das prerrogativas constitucionais assegurados ao índio. Sem ter a garantia de que irá permanecer nas terras por eles já tradicionalmente ocupadas, os índios ficam expostos ao risco da desintegração cultural, da perda de sua identidade étnica, da dissolução de seus vínculos históricos, sociais e antropológicos e da erosão de sua própria consciência. Entretanto, somente são reconhecidos aos índios os direitos sobre as terras que tradicionalmente ocupem se a área estiver habitada por eles na data da promulgação da CF/88 (marco temporal) e, complementarmente, se houver a efetiva relação dos índios com a terra (marco da tradicionalidade da ocupação). No caso concreto, por exemplo, o relatório elaborado pela FUNAI indicou que há mais de 70 anos não existia comunidade indígena ou posse indígena no local em disputa. Logo, o marco temporal não estava preenchido, sendo, portanto, impossível reconhecer a posse indígena daquelas terras. Em outras palavras, não estavam atendidos os requisitos necessários para se reconhecer aquela área como sendo uma terra tradicionalmente ocupada por índios, nos termos do art. 231 da CF/88. No entanto, mesmo a terra não se enquadrando no conceito do art. 231, caput e § 1º da CF/88, a União pode decidir acolher as populações indígenas naquela área. Para isso, porém, terá que desapropriar as terras, pagando justa e prévia indenização em dinheiro aos proprietários, considerando que, não sendo terras tradicionalmente ocupadas por índios, essa área não se constitui em bem da União (art. 20, XI). STF. 2ª Turma. RMS 29087/DF, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o acórdão, Min. Gilmar Mendes, julgado em 16/9/2014 (Info 759). É inconstitucional a interpretação da legislação federal que possibilita o abate imediato de animais apreendidos em situação de maus- tratos. O art. 225, § 1º, VII, da CF/88 impõe a proteção à fauna e proíbe qualquer espécie de maus- tratos aos animais. O art. 25, § 1º da Lei nº 9.605/98 afirma que os animais apreendidos serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados. Até que os animais sejam entregues às instituições, o órgão autuante zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte que garantam o seu bem-estar físico. Assim, não é constitucionalmente adequada a interpretação segundo a qual os animais devam ser resgatados de situações de maus- tratos para, logo em seguida, serem abatidos. STF. Plenário. ADPF 640 MC-Ref/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 17/9/2021 (Info 1030). #PLUS Obs. O oabeiro PIRA quando cai direito adquirido. Segundo o STF NÃO há direito adquirido em face de: P- Poder constituinte originário I- Instituição ou Majoração de Tributos R- Regime Jurídico Atualização monetária (Mudança de Moeda) Não existe Vacatio legis para Emenda Constitucional 24 DICA DO DIA 74 PROCESSO PENAL Os Direitos Fundamentais podem ser acrescentados a Constituição Federal Os Direitos Fundamentais são disposições DECLARATÓRIAS (a CF está declarando um direito que todo cidadão tem). Já as GARANTIAS CONSTITUCIONAIS são disposições ASSECURATÓRIAS, que, em defesa dos direitos, limitam o poder, ou seja, o cidadão tem um direito fundamental DECLARADO pela CF e por meio das Garantias Constitucionais esses direitos são ASSEGURADOS por meio de instrumentos que asseguram o exercício dos aludidos direitos ou reparam eventual violação. Obs.: A seguridade social assegura os direitos relativos: PAS (Previdência, assistência social e saúde) Obs.: O princípio da Unidade da constituição deriva de um entendimento doutrinário importante baseado no pensamento de que não existem normas constitucionais ORIGINÁRIAS inconstitucionais. Obs: O princípio da interpretação conforme a constituição interpreta normas INFRACONSTITUCIONAIS e não a constituição propriamente dita. É Técnica interpretativa, cujo objetivo é preservar a validade da norma, evitando que sejam declaradas inconstitucionais. A interpretação conforme poderá ser: Com redução de texto e sem redução de texto 1. PROVAS O QUE DEVO SABER: Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil. CADEIA DE CUSTÓDIA É PROCESSO DE TRAMITAÇÃO DA PROVA, O QUAL FOI INTRODUZIDO PELO PACOTE ANTICRIME. Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio § 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial
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