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16/08/2018 Resumo Direito de Família https://alexv.jusbrasil.com.br/artigos/572616846/resumo-direito-de-familia 1/8 jusbrasil.com.br 16 de Agosto de 2018 Resumo Direito de Família Breve introdução aos direitos das famílias. Resumo e questões de uma prova de faculdade. Resumo Prova Direito de Família Família: É o grupo social com viés público, um instrumento onde o indivíduo desenvolve a sua personalidade, sendo cultural, se constrói pelo laço de afeto. Possui ideia de pluralidade e democrática, onde há vários tipos e núcleos familiares, com mesma importância para os cônjuges e genitores. Sendo dotada de isonomia e igualdade substancial. Princípio da Dignidade da Pessoa Humana: é o respeito a individualidade e personalidade de cada indíviduo no núcleo familiar, no qual deve se desenvolver e não sofrer arbrtrariedades. Ex: impenhorabilidade do bem de família. Princípio da Solidariedade Familiar: é o amparo de todos indíviduos do núcleo familiar entre si, com respeito e solidariedade tendo caráter afetivo, social, moral, patrimonial, espiritual e sexual. Determina o amparo, a assistência material e moral recíproca, entre todos os familiares. Ex: cônjuge culpado pede alimentos. Princípio da Igualdade entre os filhos: todos os filhos são iguais perante a lei, havidos ou não durante o casamento. Sendo de adoção ou biológicos. 16/08/2018 Resumo Direito de Família https://alexv.jusbrasil.com.br/artigos/572616846/resumo-direito-de-familia 2/8 Princípio da igualdade entre os cônjuges: Diz que homens e mulheres são iguais perante a lei. O nosso ordenamento tratam os diferentes de forma desiguais para buscar a igualdade. Ex: Lei Maria da Penha, aposentadoria. Princípio da não intervenção ou da liberdade: O Estado deve interferir minimamente na família, para que se tenha respeito a vontade das partes quanto a dissolução ou não no casamento; regime de bens, divórcio consessual direitos conseguidos pela EC 66/2010. Como a família se baseia em afeto, deve se haver liberdade para sua constituição e dissolução. Princípio do maior interesse da criança e do adolescente: Defende a intervenção mínima do Estado no campo da criança e do adolescente, para haver a valorização da vontade desles. Como ele poderem escolher em qual família substituta querem ficar e mudar o prenome em caso de adoção (12 anos). Sendo o instrumento do Direito das família voltado ao interesse que couber aos filhos. Princípio da Afetividade: A família com seio da sociedade, deve educar, amparar seu filho, tanto moral, material como afetivamente. Apesar de haver conflitos doutrinários e jurisprudenciais, pode se entender que a afetividade esta correlato com a dignidade e formação do ser humano, sob dano moral. Princípio da função social da família: Possui caráter eudemonista, pois, não é mais a família um fim em sim mesmo, mas um meio social para a busca de nossa felicidade na relação com o outro. Tipos de Família: Família monoparental - comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes 16/08/2018 Resumo Direito de Família https://alexv.jusbrasil.com.br/artigos/572616846/resumo-direito-de-familia 3/8 Família anaparental - que quer dizer família sem pais. Ex: duas irmãs, amigos. Família homoafetiva - constituída por pessoas do mesmo sexo Família mosaico ou pluriparental - aquela decorrente de vários casamentos, uniões estáveis ou mesmo simples relacionamentos afetivos de seus membros. “os meus, os seus, os nossos”. Família poliafetiva ou união poliafetiva – núcleo conjugal formado por mais de dois conviventes, como, por exemplo, um homem e duas mulheres, ou dois homens e uma mulher. Casamento: É a união de pessoas (seja hetero ou homoafetivas – 175 CNJ) , composta de afeto, respeito e solidariedade. Princípio da monogamia – não podem casar as pessoas casadas; o que constitui um impedimento matrimonial a gerar a nulidade absoluta do casamento Princípio da liberdade de escolha - salvo os impedimentos matrimoniais, há livre escolha da pessoa do outro cônjuge e o regime de bens como manifestação da liberdade individual Princípio da comunhão plena de vida, regido pela igualdade entre os cônjuges –o casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges, companheiros e responsáveis pelos encargos da família. Casamento Putativo: o que se presume ser, mas não o é. É aquilo falsamente ou indevidamente atribuído a algo ou a alguém. Regime de bens: Regula o estatuto patrimonial e extrapatrimonial cônjuges durante a vigência da sociedade conjugal. 16/08/2018 Resumo Direito de Família https://alexv.jusbrasil.com.br/artigos/572616846/resumo-direito-de-familia 4/8 Princípio da autonomia privada: É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver. Princípio da Garantia da Ordem Pública - Existe um controle tanto legal quanto judicial quanto aos regimes de bens. Nesse sentido, temos normas cogentes. Exemplo: a pessoa que casar em regime da comunhão parcial de bens; pode ser mitigado o sistema cogente do art. 1.647, caput. Princípio da defitividade: É admissível alteração do regime de bens, mediante autorização judicial em pedido motivado de ambos os cônjuges, apurada a procedência das razões invocadas e ressalvados os direitos de terceiros. Princípio da Imutabilidade relativa: o regime de bens entra em vigor com a celebração do casamento, não podendo ser modificado posteriormente apenas pela vontade de uma das partes. Espécies de Regime de Bens: Regime de comunhão parcial; NÃO NECESSITA DE PACTO Regime de separação obrigatória; NÃO NECESSITA DE PACTO Regime da separação total convencional; Regime da comunhão universal; Regime da participação final dos aquestos; Outro regime (mistura de regimes); Pacto Antenupcial (art. 1.653 a 1.657 do CC) 16/08/2018 Resumo Direito de Família https://alexv.jusbrasil.com.br/artigos/572616846/resumo-direito-de-familia 5/8 A) Conceito – é um acordo de vontades estabelecido antes do casamento e que tem por objetivo regular relações patrimoniais e extrapatrimoniais que venham produzir efeitos após o estabelecimento da sociedade conjugal. B) Natureza jurídica – é um contrato que passa a ter eficácia a partir da celebração do casamento. C) Forma – art. 1.653 do CC. Nulidade absoluta se não for feito por escritura pública. Art. 166 do CC. É um negócio de forma única. D) Características essenciais – ele é formal, definitivo, irrevogável D) Pacto é pessoal – as próprias partes são celebrantes do pacto. Observação: art. 1654. E) Efeitos – em nível de tabelionato de notas: efeitos inter partes. Quais os efeitos? Patrimoniais (do próprio regime em si) e efeitos extrapatrimoniais. Comunhão Parcial de Bens (art. 1.658 a 1.666 do CC) CONCEITO - Todos os bens, cujo fato gerador da aquisição, seja um fato gerador superveniente ao casamento, comunica. O regime de comunhão parcial traz três massas patrimoniais: 1º) Bens anteriores da mulher; 2º) Bens anteriores do marido; 3º) Aquestos comuns. Comunicabilidade dos aquestos. OBS 1: 1º Presunção – presunção de comunicabilidade. Na dúvida, comunicou. Isso é um problema. Deverá fazer prova dos bens próprios. Regime da Comunhão Universal dos Bens 16/08/2018 Resumo Direito de Família https://alexv.jusbrasil.com.br/artigos/572616846/resumo-direito-de-familia 6/8 Regime da plena comunicabilidade dos bens. Tem sentido para casamento permanentes e indissolúveis. Para as pessoas em geral não tem sentido, pois é uma forma de aquisição de propriedade e o casamento por regra é para conseguir afetividade e não patrimônio. Participação final nos aquestos (art. 1672 a 1686 do CC) Conceito - É um regime de absoluta separação de bens em que no momento da dissolução (morte, divórcio) são apurados os haveres dasociedade conjugal. Não comunica nada, nem comunhão, nem condomínio. OBS: Art. 1.656. No pacto antenupcial, que adotar o regime de participação final nos aquestos, poder-se-á convencionar a livre disposição dos bens imóveis, desde que particulares. Ex: Marido e mulher. Marido – ganho anual de R$ 800.000,00 – despesas= sobre de R$ 300.000,00. Mulher – (grávida) R$ 0,00. Art. 1.672 do CC. Naquele exercício o marido teria que repassar R$ 150.000,00 para a mulher. Aqui seria até injusto. Se os dois ganhassem o mesmo tanto, não haveria repasse, porque seria comum. Lógico, isso no final com a dissolução da sociedade. A dívida de um não passa por outro, o que vai ocorrer são apenas os haveres da sociedade. Regime da Separação dos Bens Doutrinariamente tem muita divergência. Temos a separação total obrigatória e a convencional, que são totalmente diferentes. Separação total obrigatória – art. 1.641 do CC. 16/08/2018 Resumo Direito de Família https://alexv.jusbrasil.com.br/artigos/572616846/resumo-direito-de-familia 7/8 Separação convencional – art. 1687 do CC. Questões Abertas Pacto antenupcial e o Regime de Bens: Quando o regime não for o legal dispositivo (CPB), a escolha do regime de bens é feita através de um negócio jurídico solene: o pacto antenupcial, realizado mediante escritura pública, no Tabelionato de Notas (art. 1.653, CC). CPB8 – regra: sem pacto; havendo alteração: com pacto; CUB – sempre com pacto; PFA – sempre com pacto; SOB – sempre sem pacto – imposição legal; SCB (SAB) – sempre com pacto. Separação consensual = absoluta. Não havendo convenção, ou sendo esta nula ou ineficaz (pelo estabelecimento de cláusulas que não sejam possíveis) � regime da CPB (art. 1.640, CC). Após a celebração do casamento o pacto antenupcial deverá ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis, em livro especial, para ter validade contra terceiros (art. 1.657, CC; art. 167, I, n.12 e II, n.1, Lei 6.015/73). Se o nubente for empresário, o pacto deverá ser arquivado e averbado no Registro Público de Empresas Mercantis (art. 979, CC). - Pelo pacto os nubentes podem fundir os regimes de bens, criando seu próprio regime. Princípios e o Bem de família: 16/08/2018 Resumo Direito de Família https://alexv.jusbrasil.com.br/artigos/572616846/resumo-direito-de-familia 8/8 O direito à moradia é um direito fundamental social, garantido constitucionalmente, através do art. 6.º, CF. A instituição de bem de família visa afetar bens para o destino especial de abrigar a família, protegendo-os. Disponível em: http://alexv.jusbrasil.com.br/artigos/572616846/resumo-direito-de-familia