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DIREITO DE FAMILIA

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DIREITO DE FAMÍLIA 
CONCEITO 
Código Civil de 1916 
Art. 229. Criando a família legitima, o casamento legitima os filhos comuns, antes dele 
nascidos ou concebidos (arts.352 a 354) 
Constituição Federal de 1934 
Art 144 - A família, constituída pelo casamento indissolúvel, está sob a proteção especial do 
Estado. 
Constituição Federal de 1946 
 Art 163 - A família é constituída pelo casamento de vínculo indissolúvel e terá direito à proteção 
especial do Estado. 
Constituição de 1967 
Art 167 - A família é constituída pelo casamento e terá direito à proteção dos Poderes Públicos. 
Constituição Federal de 1988 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
O Direito das Famílias assume o papel do Direito Privado e visa a disciplinar as relações que se 
formam na esfera familiar, enquanto conceito amplo, não limitado pelo casamento. 
CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO DE FAMÍLIA 
Ao constitucionalizar o direito de família, precedeu o legislador constituinte ao alargamento do 
conceito de família, calcada na nova realidade que se impôs. O constituinte trouxe diversos 
avanços à sociedade, como a expansão das entidades familiares, a proibição ao retrocesso social, 
o princípio da proteção, a igualdade entre homens e mulheres e, em especial, a igualdade entre 
os filhos. 
A família é a célula manter, a base da sociedade. É instituição necessária, pois é o primeiro 
agente socializador do ser humano, por isso recebe especial proteção do Estado, consoante o 
artigo 226 da Lei Fundamental. 
● Não é mais só pelo casamento que se constitui a entidade familiar, já que trouxe o constituinte 
as figuras da família monoparental e da união estável, sendo que todas merecem a proteção do 
Estado. 
PRINCÍPIOS 
I. Princípio do respeito à dignidade da pessoa humana: é um princípio de valor supremo que 
atrai o conteúdo de todos os direitos fundamentais do homem, desde o direito a vida. 
Constitui assim no ramo do direito de família a base da comunidade familiar, garantindo o 
pleno desenvolvimento e a realização de todos os membros, principalmente, criança e 
adolescente. 
II. Princípio da Solidariedade Familiar: A solidariedade, como categoria ética e moral que se 
projetou para o mundo jurídico, significa um vínculo de sentimento racionalmente guiado, 
limitado e autodeterminado que compele à oferta de ajuda, apoiando-se em uma mínima 
similitude de certos interesses e objetivos, de forma a manter a diferença entre os parceiros 
na solidariedade. A solidariedade cresce de importância na medida em que permite a tomada 
de consciência da interdependência social. 
Impor aos pais o dever de assistência aos filhos decorre do princípio da solidariedade (CF 229). O 
dever de amparo às pessoas idosas dispõe do mesmo conteúdo solidário (CF 230). A lei civil 
igualmente consagra o princípio da solidariedade ao prever que o casamento estabelece plena 
comunhão de vidas (CC 1.511). Também a obrigação alimentar dispõe deste conteúdo (CC 
1.694). DIAS, Maria Berenice. 
III. Princípio da pluralidade de entidades familiares: A Constituição Federal/88, alargou o 
conceito de família, permitindo, reconhecendo e dando proteção a entidades familiares não 
matrimonializadas. Legislador trouxe o termo FAMÍLIA, sem conceituar nem restringi-la e 
utilizou-se do termo ENTIDADE FAMILIAR, tem-se entendido que essa terminologia foi 
empregada de forma proposital, com o intuito de demonstrar a existência de novas formas de 
família, todas merecedoras de tutela legal e que seu rol é apenas exemplificativo.Dessa 
maneira, a família deve ser notada de forma ampla. 
IV. Princípio da igualdade (isonomia) entre homem e mulher: A Constituição em seu art. 226, § 
5o atendendo a reclamação pela isonomia entre homem e mulher, pôs fim ao poder marital e 
com o encapulsamento da mulher, restrita as tarefas doméstica, à procriação e ao julgo 
masculino. Especificamente, prevê o art. 1.511 do Código Civil de 2002 que o casamento 
estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos 
cônjuges. Por óbvio, essa igualdade deve estar presente na união estável. 
V. Princípio da igualdade substancial entre os filhos: O direito à igualdade de filiação foi 
positivado no Art. 227, § 6o da Lei Maior, que consagra a absoluta igualdade jurídica entre os 
filhos, não admitindo mais a distinção entre filiação legítima e ilegítima. 
VI. Princípio do planejamento familiar e paternidade responsável: A paternidade responsável é 
aquela consciente, não animalesca. É no principio da dignidade da pessoa humana, atrelado 
ao da paternidade responsável que se fundamenta o planejamento familiar, admitido como 
de livre decisão do casal, livre de ingerências estatais, sendo esta responsabilidade de ambos 
os genitores, cônjuges ou companheiros. 
VII. Princípio da facilitação da dissolução do casamento: Nos termos legais o vinculo jurídico 
do casamento é dissolvido pelo divórcio. Entretanto tal preceito demorou bastante tempo 
para dar os ares no Brasil. A princípio, nos moldes do Código Civil de 1916, o casamento era 
indissolúvel e foi somente em 1977 através da Lei 6.515 que tal instituto foi introduzido em 
nosso ordenamento jurídico. 
VIII.Princípio da intervenção mínima do Estado no Direito de Família: Princípio implícito. Como 
se sabe, a nova ordem constitucional quebrou paradigmas ao acrescentar famílias que não 
originam apenas do casamento. A Constituição Federal de 1988 adotou um sistema aberto e 
não discriminatório, reconhecendo expressamente as famílias oriundas do casamento, da 
união estável e do núcleo monoparental. 
NATUREZA JURÍDICA 
A principal característica deste direito é a finalidade tutelar, que lhe é inerente. 
Direciona-se a proteger a família, os bens que lhes são próprios, a prole e muitos outros 
interesses afins. Assim, o Direito de Família se enquadra no ramo do direito privado, 
por se tratar da mais particular de todas as relações que podem ser estabelecidas no 
âmbito da ciência jurídica. Aliás, não se pode imaginar uma relação jurídica mais privada 
do que esta. 
FAMÍLIA 
TENTATIVA DE CONCEITO 
A família é a estrutura básica da sociedade. 
Com o passar dos tempos o conceito de família mudou significativamente até que, nos 
dias de hoje, assume uma concepção múltipla, plural podendo dizer respeito a um ou 
mais indivíduos, ligados por traços biológicos ou sócio-psico-afetivos, com a intenção 
de estabelecer, eticamente, o desenvolvimento da personalidade de cada um. 
A Lei Maria da Penha (Lei, 11.340/06), que busca coibir a violência doméstica e familiar 
contra a mulher, identifica como família qualquer relação de afeto (art. 5o inc III Lei 
11.340/06). Com isso, não mais se pode limitar o conceito de entidade familiar ao rol 
constitucional. Lei nova alargou seu conceito. 
O novo modelo de família visa a responsabilização, o afeto, pluralidade e 
eudemonismo. 
A família instituição foi substituída pela família instrumento. 
Eudemonismo e a satisfação, o bem viver das pessoas que integram. A família existe para 
o desenvolvimento e busca da felicidade. 
O AFETO COMO ELEMENTO ESTRUTURAL DA FAMÍLIA 
CONTEMPORÂNEA 
O afeto talvez seja apontado, atualmente, como o principal fundamento das relações 
familiares. Mesmo não constando a palavra afeto no Texto Maior como um direito 
fundamental, pode se dizer que o afeto decorre da valorização constante da dignidade 
humana. 
Maria Berenice Dias afirma que “o elemento distintivo da família, que a coloca sob o 
manto da juridicidade, é a presença de um vinculo afetivo a unir as pessoas com 
identidade de projetos de vida e propósitos comuns, gerando comprometimento 
mútuo.” 
A FAMÍLIA E A SUA CODIFICAÇÃO 
A existência da família é secular e plenamente atual. 
Na Roma família tinha cunho religioso, era comunidade para o culto dos mortos. O que 
unia a família era a religião. Com a necessidade de dar continuidade ao culto religioso 
surgiu o casamento, sendo a família pautada só no matrimonio. 
O casamento era indissolúvel,tendo por finalidade a reprodução. Foi nesse tipo de 
família que surgiu o direito de propriedade, pois as residências se localizavam perto de 
túmulos, sendo necessária delimitação dos espaços. 
Com tempo a família evoluiu, passando a originar-se para manter a propriedade, mas não 
deixa de lado a religião. No CC 1916 o casamento ainda era considerável o único meio 
formador de família. A mulher era relativamente incapaz após o casamento. Casamento 
ainda era indissolúvel. Família era matrimonial, hierarquizada e patrimonial. 
A CF 88 reconheceu os outros tipos de família e não só as formadas pelo casamento. A 
disciplina relacionada à família deve ser analisada à luz dos princípios da dignidade da 
pessoa humana, solidariedade e outros, .... 
PRINCIPAIS MUDANÇAS INTRODUZIDAS PELA CF/88 NO DIREITO DE 
FAMÍLIA BRASILEIRO 
A família agora é igualitária, democrática e plural. 
A CF/88 tirou o caráter patrimonial do conceito de família, agora entidade familiar, 
comunidade de entreajuda e afeto, onde seus membros estão envolvidos por um laço 
muito mais psicológico, de busca do prazer e da felicidade, centralizado na pessoa 
humana. 
PONTOS ESSENCIAIS DO ARTIGO 226 e 227 CF 
01) Artigo 226 § 5o - igualdade entre o marido e a mulher: 
Antes trazia o título DOS DIREITOS E DEVERES DO MARIDO, assim como DOS 
DIREITOS E DEVERES DA MULHER, atualmente, o Código de 2002, traz no artigo 1566 
os DEVERES DE AMBOS OS CÔNJUGES. 
No lugar de pátrio poder, que era exercido exclusivamente pelo pai, hoje é poder 
familiar, exercido por ambos. Em havendo divergência em relação ao poder familiar e a 
sociedade conjugal o juiz resolverá as desavenças e não mais o pai/marido. (CC. 1567 p. 
único.) Antes de 1977, a mulher era obrigada a utilizar o nome do marido. Após a Lei do 
Divórcio (Lei 6.515/77), passou a ser opcional para a mulher. Após a CF/88, atribuiu 
igualdade o que refletiu no CC, o qual autoriza a qualquer dos cônjuges usar o 
sobrenome do outro (art. 1565. §1°) 
02) Artigo 227 – Estabeleceu o princípio da proteção da criança e do adolescente. 
Igualdade absoluta. 
O CC/1916 trazia CAPITULO II – DA FILIAÇAO LEGÍTIMA, DA LEGITIMAÇAO, DO 
RECONHECIMENTO DOS FILHOS ILEGÍTIMOS (ARTS 337 A 367) Já o CC de 2002 traz 
CAPITULO II – DA FILIAÇAO, DO RECONHECIMENTO DOS FILHOS (ARTS 1.596 A 
1.617). 
DIVERSIDADE FAMILIAR 
A CF/88 ampliou o conceito de família, hoje entidade familiar, tornando possível incluir 
no rol constitucional outras formas de família. Não é mais família patriarcal, patrimonial. 
A NÃO TAXATIVIDADE DO ROL CONSTITUCIONAL – ART. 226 E §§ 
Não há taxatividade do rol contemplado no art. 226 da CF, senão desprotegeríamos 
inúmeros agrupamentos familiares não previstos ali. A exclusão das outras formas de 
entidades familiares por este artigo decorre de um problema de interpretação literal, pois 
uma interpretação sistemática e teleológica dos preceitos constitucionais conduz, 
seguramente, à ideia de inclusão de outros modelos familiares. Então, a CF/88 alargou o 
conceito de família, hoje entidade familiar e trouxe um rol de forma exemplificativa, 
contemplando inúmeros agrupamentos familiares, concedendo a eles a proteção legal. 
O Estatuto da Criança e do Adolescente também reconheceu oficialmente diferentes 
modelos de núcleos familiares como: a família natural, a família ampliada e a família 
substituta. 
Desta forma, elenco nenhum de modelos familiares é esgotável em si mesmo e mesmo 
na incerteza, há que se tender para o reconhecimento destas. O paradigma há de ser in 
dúbio pro familiae. 
FAMÍLIA PRÉ E PÓS CF/88 
CARACTERÍSTICAS ATUAIS DA FAMÍLIA 
a) Igualdade – entre os cônjuges e entre os filhos; 
b) Desenvolvimento de cada um dos membros – a família atual é EUDEMONISTA 
preocupada com o ser e não com o ter; 
c) Liberdade – não só na constituição como na manutenção da entidade familiar e na 
dissolução. 
Resulta do casamento 
Chefiada por um homem
Decisões não eram juntas
Sexos opostos
Mesmo sangue
ENTIDADE FAMILIAR 
Pode se dizer que entidade familiar é toda e qualquer espécie de união capaz de servir 
de acolhedouro das emoções e das afeições dos seres humanos. 
Nos termos da CF/88, entidade familiar é a comunidade formada por qualquer dos pais e 
seus descendentes, podendo originar do casamento civil, da união estável e da 
monoparentalidade. A expressão entidade familiar reveste-se do significado constante no 
artigo 226, §§3o e 4o da CF/88. 
ELEMENTOS 
a) Afetividade 
b) publicidade/ostensibilidade 
c) estabilidade 
Dessa forma, as entidades familiares, assim entendidas as que preencham os requisitos 
de afetividade, estabilidade e ostensibilidade, estão constitucionalmente protegidas. 
EXEMPLO DE ENTIDADES FAMILIARES 
a) família matrimonial - Casamento 
Antes só era protegida família que vinha do casamento. 
Duas teorias: 
1 - casamento é o principal vínculo da família, art. 226 privilegiaria casamento quando 
facilita a conversão da união estável em casamento. 
2 - defende o princípio da isonomia entre os vínculos familiares, casamento seria apenas 
uma das formas de família. 
b) União estável 
É ligação entre pessoas de sexos opostos que têm o propósito de vida em comum, 
facilitando a lei a sua conversão em casamento. 
União Estável é a relação entre homem e mulher que não tenham impedimento para o 
casamento. A grande característica é a informalidade e, em regra, ser não-registrada, 
embora possa obter registro. 
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada 
na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 
§ 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a 
incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada se achar separada de fato ou judicialmente. 
§ 2o As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da união estável. 
Também entre homossexuais 
O Código Civil, no artigo 1723, §1o, considera união estável a relação existente entre 
aqueles que possuem casamento anterior não dissolvido formalmente. É o que se chama 
de separados de fato. 
Venosa anota a importância da convivência entre homem e mulher, de forma não 
passageira nem fugaz, em convívio como se marido e esposa fossem. Tais características 
a diferem da união de fato. 
c) Família monoparental 
É a família constituída por um dos pais e seus descendentes. Possui albergue 
constitucional, artigo 226, §4o: Entende-se, também, como entidade familiar a 
comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. 
d) Família homoafetiva – aquelas estabelecidas entre pessoas do mesmo sexo. 
Não existe mais divergência quanto ao reconhecimento das uniões homoafetivas, pois no 
histórico julgamento conjunto da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e da 
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecerem a união homoafetiva como união estável. 
e) Família recomposta 
Aquelas circunstâncias em que o componente agregado à relação familiar preexistente 
vem a ocupar o lugar de companheiro(a) ou esposo(a) do(a) ascendente. 
Exemplo: a) mãe solteira que se casa e leva consigo o filho; b) o pai guardião divorciado 
que constitui união estável ou homoafetiva com outra pessoa, reunindo-se no mesmo lar 
o casal, ou par, e o menor sob a guarda paterna; c) a junção dessas duas realidades 
unilaterais, ou seja, a mãe solteira e o pai divorciado que se casam ou constituem união 
estável e reúnem uns aos outros os seus filhos exclusivos. 
Nessa família o poder familiar não se estende ao novo membro, o qual passa a ter, 
juridicamente, apenas uma relação de afinidade com o filho daquele com quem compõe 
um casal ou par. 
f) Família anaparental 
É aquela constituída sem a presença de alguém que ocupe a posição de ascendente 
(ana equivale a carência, parental relativo aos pais). Exemplo: coabitação convencional 
entre irmãos. 
Requisitos:que as pessoas estejam juntas porque mantém entre si laços de afeto e, 
sobretudo, que o façam com pretensões de estabilidade, da qual, naturalmente 
decorrerá a ostensibilidade. 
g) Família simultânea e/ou união concubinária e/ou paralela 
Com o advento Constitucional, a expressão concubinato passou a designar, tão somente 
a figura impura, pois o antigo concubinato puro passou a ser chamado união estável. 
O Concubinato, consagrado pelo Código Civil no artigo 1.727, é a relação não familiar, 
entre pessoas que não podem casar, em razão de algum impedimento matrimonial e 
é tratado como uma relação de fato (sociedade de fato). Exemplo: união entre irmãos, 
sogra e genro, pessoa casada. 
Como o nosso sistema jurídico não acolhe o concubinato, como relação familiar, as 
demandas deverão ser dirimidas no campo obrigacional, afastado do Direito de Família. 
O direito veda os seguintes atos em favor da concubina ou concubino: 
• Proibição de realizar doação em favor do cuncubino, sob pena de nulidade (CC art 
550); 
• Proibição de estipular seguro de vida em favor do cuncubino (CC art. 793); 
• Proibição de ser contemplado como beneficiário de testamento, seja a título de 
herança ou legado 
• (CC art. 1.801, III); 
• Impossibilidade de receber alimentos (CC art. 1.694). 
h) Família poliafetivas 
UNIÕES POLIAFETIVAS - união simultânea; se estabelece concomitantemente à outra 
relação, seja em relação a um casamento, ou à outra união estável. Embora se assemelhe, 
diferencia-se da união poliafetiva, porque na união paralela, nem sempre as pessoas têm 
conhecimento de outra família, geralmente acontece na clandestinidade, enquanto na 
poliafetiva todos os envolvidos sabem da existência dos outros, e muitas vezes vivem 
sob o mesmo teto, compartilhando entre si os afetos. 
Conselho Nacional de Justiça proíbe escrituras de uniões poliafetivas, pela proibição 
definitiva de que os tabelionatos de notas lavrem escrituras de uniões poliafetivas. 
CASAMENTO 
O casamento é uma das tradições humanas mais antigas e disseminadas pelo mundo, 
mas é comumente associado à imagem do cristianismo e, mais especificamente, à Igreja 
Católica. 
Primeiras formas de casamento eram vistas como ferramentas de manutenção de 
relacionamentos entre grupos sociais. As sociedades tribais anglo-saxãs, por exemplo, 
viam no casamento uma forma de estabelecer alianças e conquistar aliados, constituindo 
relações diplomáticas e laços econômicos. Até o século XI, os casamentos eram 
arranjados pelas famílias dos noivos. 
O consentimento só passou a fazer parte da tradição a partir de 1140 com o Decreto de 
Graciano. 
Por muito tempo o casamento foi amplamente usado na Europa medieval como modo de 
formar e manter alianças políticas e militares. 
Durante muito tempo somente era reconhecida a família ungida pelos sagrados laços 
do matrimônio. Fora do casamento a família era ilegítima, espúria ou adulterina e não 
gozava de proteção na esfera familiar, somente no que se referiam as relações 
obrigacionais. 
Um Decreto de 03 de Novembro de 1827 oficializou o casamento segundo as diretrizes 
do Concílio de Trento. Com isso, reconheceu e adotou a jurisdição canônica sobre o 
casamento e sua dissolução, significando assim que não se admitia a validade do 
casamento sem a intervenção da Igreja. 
O casamento religioso, de católicos, era a única forma conhecida, mas face ao 
crescimento da imigração em 1861, foi editada a lei 11, que regulou o casamento dos 
não católicos. 
O casamento religioso perdurou até 1890, e desde o advento da República (1891), o 
Estado foi laicizado, ou seja, houve uma separação entre a Igreja e o Estado e como 
regra o casamento passou a ser Civil. 
A CF/1934, no intuito de solucionar o problema atribuiu efeitos civis ao casamento 
religioso (prévia habilitação); 
A CG/1946 manteve os efeitos, porém com habilitação posterior. 
O Código Civil de 1916, também definiu o casamento como instituidor da família, como 
única forma de se obter legitimidade e gozar de proteção estatal, o qual mantinha feição 
eterna e indissolúvel. 
Em 1977, a Lei do Divórcio n° 6.515, mudou a orientação do sistema jurídico brasileiro, 
admitindo a dissolução do vinculo matrimonial no Brasil, através do divórcio, pois em 
1916 o casamento tinha feição eterna. 
A CF/88, que tem como princípio a dignidade, a solidariedade social, a igualdade e a 
liberdade, deu novas feições à família, considerando-se as múltiplas formas de 
constituição da entidade familiar. O casamento deixou de ser o único marco identificador 
da família, perdendo assim a exclusividade, mas não a proteção. 
Hoje, as discussões que envolvem o casamento ainda persistem e representam muito das 
mudanças que ocorreram em nossas sociedades. 
CONCEITO 
O casamento é tão antigo quanto o próprio ser humano e sua definição sempre suscitou 
controvérsias entre os doutrinadores. 
Modestino talha o seu conceito de casamento, no Direito Romano, afirmando ser: 
conjunção do homem e da mulher, que se associam por toda vida, a comunhão do 
direito divino e do direito humano. 
Pontes de Miranda, disse que o casamento “ é a regulamentação social do instinto de 
reprodução”. 
E Washington de Barros Monteiro, reconhece o casamento como “união permanente 
entre o homem e a mulher, de acordo, com a lei, a fim de reproduzirem, de se ajudarem 
mutuamente e de criarem seus filhos”. 
Paulo Nader conceitua o casamento como sendo um: (...) negócio jurídico bilateral que 
oficializa, solenemente, a união exclusiva e por tempo indeterminado de duas pessoas de 
sexo distinto, para uma plena comunhão de interesses e de vida. 
Todavia a sociedade mudou e nos dias atuais, para se conceituar casamento, deve-se se 
afastar a idéia de procriação, pois não é mais preciso se casar para ter filhos. 
Deve ser afastada também a idéia de indissolubilidade, pois temos a possibilidade de 
terminar o casamento por meio do divórcio. 
Também é necessário desvinculá-lo das referências religiosas, não se podendo conectar 
o casamento civil a exigências ou finalidades típicas da sua estrutura religiosa 
Após desvincular o casamento das idéias arcaicas, pode-se dizer que é uma das diversas 
e variadas formas de convivência familiar, formada pela união formal e solene entre 
pessoas que se entrelaçam afetivamente, estabelecendo uma comunhão de vida. Art. 
1511 C. 
NATUREZA JURÍDICA 
Há uma divergência na doutrina sobre a natureza jurídica, alguns consideram o 
casamento institucionalista, mista e até mesmo contratual, e para outros é negocial, o 
que vem sendo acolhida pela maioria, senão vejamos: 
I. Negocial → entendendo que, por se tratar de um ato decorrente da vontade das 
partes, fundado, basicamente, no consentimento, o casamento seria um negócio 
jurídico, que não se confunde com o contrato ( corroboram com essa tese: Nelson 
Rosenvald e Cristiano Chaves de Farias, José Lamartine Corrêa de Oliveira e 
Francisco Joe Ferreira, Paulo Lobo). 
II. Institucionalista → o casamento é uma instituição social, refletindo uma situação 
jurídica que surge da vontade dos contratantes, mas cujas normas, efeitos e forma 
encontram-se preestabelecidos pela lei. Adere-se ao casamento e não se podem 
estipular regras para essa adesão, as regras são impostas pelo Estado. (corroboram 
com essa teoria Maria Helena Diniz, e Washington de Barros Monteiro) 
III. Eclética ou Mista → é um acordo de vontades com um viés institucional, ou seja 
considera o casamento um ato complexo, impregnado, a um só tempo, por 
características contratuais e institucionais (defendida por Silvio Rodrigues, Eduardo de 
Oliveira leite, Flávio Tartuce, Flávio Augusto Monteiro de Barros). 
Teoria mais adequada - Com o advento da Lei 11.441/07, que permitiu a dissolução 
consensual do casamento em cartório, fundado na vontade das partes, os doutrinadores 
entendem não haver mais discussão sobre a natureza jurídica do casamento, 
confirmando assim a natureza negocial, por se formar a partir do consentimento dos 
nubentes e por ter seusefeitos ex lege e efeitos ex voluntade. 
CARACTERÍSTICAS 
I. Livre escolha dos nubentes - os nubentes possuem ampla liberdade de escolha, por 
dizer respeito a um interesse fundamental da pessoa humana, reconhecido pelo Art. 
16 da Declaração Universal dos Direitos do Homem e mesmo nos casamentos que 
dependem de consentimento, a liberdade de escolha deve ser respeitada. 
II. Ato personalíssimo – o casamento não pode ser realizado com base em decisão de 
outra pessoa. Com isso a vontade de se casar, decorre da manifestação exclusiva do 
interessado somente dependendo da aquiescência dos pais, quando se tratar de 
menor entre 16 e 18 anos. 
III. Ato solene e formal – sem dúvidas o casamento está envolto na aura da solenidade, 
que propicia o processo de habilitação e publicação dos editais, desenvolve-se na 
cerimônia que é celebrado e prossegue no registro– Art. 1525, 1533 e se não 
observadas as formalidades sua preterição gera a inexistência do ato. 
IV. Inexigencia de diversidade de sexos – nos termos do Código Civil, o casamento 
deve ser realizado com pessoas de sexo diferentes e a inobservância desse requisito, 
pode tornar o ato inexistente, incapaz de produzir efeitos jurídicos, porém, hoje em 
dia o casamento homoafetivo é aceito. 
V. União permanente - não há prazo de validade e, por ser um negócio jurídico puro e 
simples, o casamento não está submetido a condição, termo ou encargo, uma vez 
confirmada a sua validade, naturalmente, produzirá seus efeitos. (1.514) 
VI. Estabelecimento de comunhão de vida – o casamento estabelece uma plena 
comunhão de vida entre os cônjuges – Art. 1511 CC. 
VII. Natureza cogente/ordem pública, das normas que o regulamentam – a natureza 
das normas que dispõem sobre o casamento é cogente, porque de ordem pública, 
não podendo ser afastadas de acordo com o interesse das partes. Exemplo: não 
podem as partes no pacto antenupcial, dispensar, o cumprimento dos deveres 
pessoais do casamento. – Art. 1566. 
VIII. Estrutura monogâmica – o Brasil adota o sistema monogâmico. Como se deflui do 
art. 1521 VI, ao impedir o casamento de pessoas que já são casadas. 
IX. Dissolubilidade – é possível, aos interessados, a qualquer tempo, dissolver a união 
matrimonial, por vontade recíproca ou unilateral. Art. 226, § 6o CF/88. 
Decorre da lei
De livre vontade das partes
PRINCÍPIOS 
I. Princípio da livre união – o casamento advém do consentimento dos próprios 
nubentes, que devem ser capazes pra manifestá-lo. O consentimento dos contraentes 
não pode ser substituído, nem submetido a condição ou termo. 
II. Princípio da monogamia.- o Brasil adota o princípio da singularidade, ao 
entendimento que a entrega mútua só é possível no matrimônio monogâmico – Art. 
1521 inc. VI 
Com a violação desse princípio, a norma legal autoriza que seja decretada a nulidade do 
casamento, como poder ser visto do artigo 1.548, II . 
FINALIDADE 
Contemporaneamente a finalidade principal do casamento é o estabelecimento de uma 
comunhão de vida, e não mais se presta a fins específicos que podem, ou não, estarem 
presentes nas mais diferentes relações de casamento. 
MODALIDADES DE CASAMENTO E O MODELO CIVIL DE CASAMENTO 
ADOTADO PELO SISTEMA BRASILEIRO 
Com a adoção de diferentes políticas legislativas não restam dúvidas que isso implicará 
em reconhecimento de diferentes regimes matrimoniais, com uma maior ou menor 
intervenção do Estado, bem como de diferentes níveis com as tradições religiosas. 
No direito comparado, como informa Cristiano Chaves de Farias, “é possível detectar 
quatro diferentes sistemas jurídicos matrimoniais”: 
I. Países que somente admitem o casamento civil, permitindo-se sua celebração por 
cerimônia religiosa ou civil (Argentina, Bolívia, Chile, Alemanha e Suíça); 
II. Países que reconhecem, em igualdade de condições e com o mesmo valor jurídico, o 
matrimônio civil ou religioso (Estados Unidos e Inglaterra); 
III. Países que matem o casamento religioso como opção primária e o casamento civil 
para as religiões não oficiais (modelo espanhol); 
IV. Países que somente toleram p casamento através do culto e do procedimento 
religioso (Líbano e Grécia). 
Por muito tempo a Igreja Católica, submeteu o casamento às regras do direito canônico e 
à Constituição do Arcebispo da Bahia. 
Com a proclamação da República, através do Decreto 181 de 24 de janeiro de 1890, 
houve a separação entre a Igreja e o Estado, aparecendo assim na primeira vez, em uma 
Constituição referencia ao casamento. 
Para a legislação brasileira só há um tipo de casamento o civil, sendo que o religioso, 
só produz efeitos com a chancela do Estado, ou seja, o nosso ordenamento não confere 
validade e eficácia jurídica aos casamentos eclesiásticos. Por conta disso, as pessoas 
casadas no religioso não são casadas, podendo, se for o caso, estar em união estável. 
CASAMENTO CIVIL 
Trata-se de um ato solene celebrado perante o Oficial do Cartório de Registro Civil e 
na presença de testemunhas. O ato será gratuito sempre que os nubentes declararem 
expressa pobreza na forma da lei e então, ficarão isentos das custas. 
A jurisprudência entende que não é possível casamento em apartamento, porque o 
casamento deve ocorrer com portas abertas. 
Se o sujeito não pode escrever ou se não sabe escrever, são necessárias quatro 
testemunhas. 
O juiz de paz pode realizá-lo. 
Deve ser registrado imediatamente após a sua realização. 
Não se pode confundir o casamento religioso (aquele celebrado em conformidade com 
as prescrições de uma determinada religião), com cerimônia religiosa de casamento 
civil ( que é a cerimônia de um casamento civil, e com efeitos civis, presidida pela 
autoridade eclesiástica). 
CASAMENTO RELIGIOSO 
A Igreja sempre teve papel importante no direito das Famílias e no conceito de 
casamento. Por este motivo, o Estado emprega tanto prestigio à solenidade religiosa do 
casamento. Sua importância é tão perceptível que a própria Constituição Federal admite 
efeitos civis a este ato. 
O Brasil é um estado laico onde garante a liberdade religiosa. 
Dito isso, um casamento realizado em um centro espírita seja conferido efeitos civis, da 
mesma forma que é conferido ao realizado por um padre ou pastor, senão velamos a 
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às 
exigências da lei para a validade do casamento civil, 
equipara-se a este, desde que registrado no registro 
próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua 
celebração.
decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, no julgamento do mandado de segurança 
impetrado contra ato que indeferiu o registro de um matrimônio celebrado em centro 
espírita, que deferiu a ordem requerida, reconhecendo a liberdade de crença, como 
preceito constitucional. 
Assim também é admitido o casamento celebrado em um terreiro de candomblé. 
Desta forma, realizado o casamento por confissão religiosa reconhecida, seus efeitos 
civis poderão ser validados se a requerimento do casal for registrado, a qualquer 
tempo, no ofício civil, mediante prévia habilitação matrimonial, perante autoridade 
competente e observado o prazo de 90 dias do art. 1.532, contado da data em que foi 
extraio o certificado religioso. 
Nos moldes da Lei 6.015/73, “o registro produzirá efeitos jurídicos a contar da celebração 
do casamento” e nos termos do artigo 1.515 CC os efeitos retroagem à data da 
celebração do casamento (ex tunc). 
CONVERSÃO DE UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO 
Com objetivo de constituição familiar, a União estável é a relação de convivência entre 
duas pessoas. 
A Constituição Federal assegura a conversão da união estável em casamento, e diz que 
esta conversão deve ser facilitada pela lei. 
 
Assim, com o objetivo de facilitar a Conversão da União Estável em Casamento, os 
Tribunais 
emanaram provimentos regularizando a Conversão sem passar pelo crivo judicial. 
O Código de Normas da Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Espírito Santo, diz 
que: Da conversão da união estável em casamento 
Art. 993. A conversão da união estávelem casamento deverá ser requerida pelos conviventes ao oficial do 
Registro Civil de Pessoas Naturais de seu domicílio. 
Art. 994. Recebido o requerimento, será iniciado o processo de habilitação previsto em lei, devendo 
constar dos editais que se trata de conversão de união estável em casamento. 
Art. 226 - A família, base da sociedade, tem especial 
proteção do Estado. 
§ 3o - Para efeito da proteção do Estado, é 
reconhecida a união estável entre o homem e a 
mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar 
sua conversão em casamento. 
Art. 1.726. A união estável poderá converter-se em 
casamento, mediante pedido dos companheiros ao 
juiz e assento no Registro Civil.
§ 1°. No requerimento os conviventes declararão que mantêm convivência duradoura, pública e contínua, 
estabelecida com objetivo de constituição de família, bem como que não possuem impedimentos para 
casar. 
§ 2°. Será dispensável a indicação da data do início da união estável, não cabendo ao oficial perquirir 
acerca do seu prazo. 
§ 3°. As testemunhas, além de atestarem a inexistência de impedimentos para o casamento, comprovarão a 
união estável. 
Art. 995. A conversão da união estável dependerá da superação dos impedimentos legais para o 
casamento, sujeitando-se à adoção do regime matrimonial de bens, na forma e segundo os preceitos da lei 
civil e às regras de ordem pública pertinentes ao casamento. Parágrafo único. Os efeitos do regime de 
bens adotado não serão retroativos. 
Art. 996. Após a homologação pelo juiz e decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da afixação do 
edital na Unidade de Serviço de Registro Civil, se não aparecer quem oponha impedimento nem constar 
algum dos que de ofício deva declarar, ou se tiver sido rejeitada a impugnação do órgão do Ministério 
Público, o oficial certificará a circunstância e, no Livro B, lavrará o assento da conversão da união estável em 
casamento, independentemente de qualquer solenidade. 
§ 1°. O assento conterá os requisitos do art. 1.536, do Código Civil, os espaços próprios para a data da 
celebração e o nome e a assinatura do presidente do ato deverão ser inutilizados, anotando-se no 
respectivo termo que se trata de conversão de união estável em casamento. 
§ 2°. Não constará do assento a data do início da união estável. 
Art. 997. As questões relativas à união estável devem ser resolvidas pelo Juiz de Direito da Vara de Família, 
observado o segredo de justiça. 
CAPACIDADE PARA O CASAMENTO 
 
A capacidade precede os impedimentos, dizendo respeito à idade reconhecida para que 
as pessoas estejam aptas a casar. “Há um tempo reservado para cada coisa, e assim para 
o casamento, devendo os candidatos atingir uma idade apropriada e condizente não 
apenas fisicamente, como também moral, psíquica, mental e econômica para a nova 
realidade ou o novo estado que se passa a pertencer”(Arnaldo Rizzardo) 
Entre os 16 e 18 anos, se não emancipados exige-se, em regra, a autorização dos pais 
ou representante legal, que podem revogar a autorização até a celebração do 
casamento. 
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos 
podem casar, exigindo-se autorização de ambos os 
pais, ou de seus representantes legais, enquanto não 
atingida a maioridade civil.
SUPRIMENTO JUDICIAL DE CONSENTIMENTO 
O suprimento do consentimento - autorização judicial para que um menor em idade 
núbil possa se casar, considerando uma injusta denegação do consentimento por 
qualquer representante legal, neste caso o regime de bens será o da separação legal. 
Pode acontecer de o pai autorizar o casamento e a mãe não, ou vice- versa, nesse caso, 
há divergência quanto ao exercício do poder familiar e, conforme determina o parágrafo 
único do art. 1.631 do Código Civil, o conflito deverá ser solucionado pelo juiz. 
Se ambos os pais, ou o tutor ou o curador não autorizam o casamento, o juiz pode suprir 
o consentimento se a sua denegação for injusta, a competência para suprir a autorização 
é do Juízo da Infância e da Juventude. 
CASAMENTO DE QUEM AINDA NÃO ALCANÇOU A IDADE NÚBIL 
Antes, era permitido, caso fosse para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal 
ou em caso de gravidez, mas o texto do artigo 1.520 mudou: 
 
CASAMENTO DO PRÓDIGO 
Pródiga é a pessoa que desordenadamente dilapida seu patrimônio, podendo reduzir-
se à miséria. O sistema jurídico brasileiro permite a interdição do pródigo, de maneira 
que seu curador irá assisti-lo em atos de natureza / repercussão patrimonial. 
O pródigo, para casar, precisa da manifestação do seu curador - O curador do pródigo 
deve se manifestar quanto ao regime de bens adotado, pois há efeitos patrimoniais. 
EMANCIPAÇÃO 
Considerando que a emancipação é a aquisição da capacidade civil, antes da idade legal 
e, consequentemente, uma das hipóteses de extinção do poder familiar (art. 1.635, II, do 
CC/02), injustificável é a necessidade de autorização dos pais para a prática de qualquer 
Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o 
casamento de quem não atingiu a idade núbil, 
observado o disposto no art. 1.517 deste Código. 
ato civil, inclusive o casamento. Após emancipação não há mais dependência legal dos 
filhos em relação aos pais. 
De acordo com Waldir de Pinho Veloso, “a emancipação funcionaria como uma ampla 
autorização: uma vez concedida pelos pais ou representantes legais, carrega em si a 
independência do maior de dezesseis anos, mas menor de dezoito anos a, por si só, 
decidir pelo casamento com quem quer que seja.” Nesse sentido, também dispõe o 
Enunciado 511 aprovado na V Jornada de Direito Civil promovida pelo Centro de 
Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal: “O art. 1.517 do Código Civil, que 
exige autorização dos pais ou responsáveis para casamento, enquanto não atingida a 
maioridade civil, não se aplica ao emancipado.” 
DOS IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS 
São as circunstâncias que impossibilitam a realização de determinado casamento, noutras 
palavras, é a ausência de requisito ou ausência de qualidade que a lei articulou entre as 
condições que invalidam ou apenas proíbem a união civil. 
Desde já é importante observar a diferença entre incapacidade e impedimento 
matrimonial. A incapacidade é geral, a pessoa considerada incapaz não pode casar 
com quem quer que seja. Ex. pessoa casada. O impedimento matrimonial é relativo, 
isto é, a pessoa considerada não pode casar com determinada pessoa. Ex. não podem 
casar os irmãos (art. 1521, IV). 
Os impedimentos são classificados da seguinte forma: 
A. Impedimentos dirimentes públicos (ou absolutos) – São examinados nos incisos I a 
VII do art. 1521. Considerando o interesse público neles estampados podem ser 
arguidos por qualquer interessado e pelo Ministério Público. Estes impedimentos 
dividem-se em três categoriais: impedimentos resultantes do parentesco (art. 1521, I 
a V); impedimentos resultante de vínculo (art. 1521, VI); e impedimentos resultante de 
crime (art. 1521, VII). Acarretam como efeito a nulidade do casamento. 
B. Impedimentos Dirimentes Relativos - Passaram a ser as causas de anulabilidade do 
casamento (art. 1.550). Podem demandar a anulação o cônjuge prejudicado, 
representantes legais ou ascendentes. Mas se os cônjuges (ou interessados na 
anulabilidade) silenciarem, o casamento convalida do vício originário. 
C. Impedimentos impedientes (ou proibitivos) - No atual CC passam a ser, agora, 
causas suspensivas (art. 1523, I a IV) a infração destas causas não gera nem nulidade, 
nem anulação, mas tão somente uma sanção (imposição do regime obrigatório da 
separação de bens). As disposições constantes nos incisos I a IV do art. 1523 têm por 
escopo, a proteção da prole anterior, evitar a confusão de consangüinidade (turbatio 
sanguinis), a confusão de patrimônios e a proteção do nubente por influência dos 
representantes legais. Acarretam como efeito uma mera sanção. 
I- não completou idade mínima
II- menor núbil que não teve autorização
III-vicio da vontade
NAO PODEM CASAR 
Art. 1.521. Não podem casar: 
I- os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
(parentes do cônjuge ou companheiro) 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do 
adotante; 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau 
inclusive; 
V - o adotado com o filho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de 
homicídio contra o seu consorte. 
EXCEÇÃO: CASAMENTO AVUNCULAR. (designação dada pela Antropologia) - Tio 
pode casar com sobrinha, o casamento pode ser realizado na forma do decreto lei 
3.200/41, sendo necessário exame pré-nupcial, assinado por dois especialistas, e 
somente será realizado com autorização judicial, e se não houver riscos para 
descendência. 
O impedimento matrimonial não alcança, em qualquer hipótese, os parentes por 
afinidade me quarto grau (primos), que podem, livremente, convolar núpcias. 
LEGITIMIDADE E PRAZO PARA OPOR OS IMPEDIMENTOS 
Até o momento da celebração do casamento, qualquer pessoa capaz pode opor 
impedimentos matrimoniais. Mesmo sendo realizado o casamento, deve-se argüir a sua 
nulidade, por aquele que demonstrar interesse e ao MP (1548 CC). 
Em regra os impedimentos para o casamento se estendem no que se refere à 
constituição de união estável. Assim se dois irmãos são impedidos de casar, também são 
impedidos de constituir união estável e casso isso ocorra será considerado concubinato. 
NÃO DEVEM CASAR 
Também designadas de impedimentos impedientes, suspensivos ou proibitivos - são 
defeitos leves (não devem casar) – neste caso o casamento é válido, mas os cônjuges 
sofrerão uma sanção administrativa, o regime de bens no casamento será do da 
separação obrigatória de bens. 
Art. 1.523. Não devem casar: 
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer 
inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros; 
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, 
até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; 
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos 
bens do casal; 
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou 
sobrinhos, com a pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou 
curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas. 
• LEVANTAMENTO DAS CAUSAS SUSPENSIVAS 
Art. 1523 p. único - autoriza aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes aplique as causas 
impeditivas dos incisos I, III e IV. Devem recorrer ao juiz e provar a inexistência de prejuízo 
ao novo cônjuge, herdeiros, tutelado, ou o nascimento de filho ou a inexistência de 
gravidez, ficando assim afastada a causa suspensiva, por perda de fundamento. 
• LEGITIMIDADE E PRAZO PARA OPOR AS CAUSAS SUSPENSIVAS. 
Art. 1524 - Essas causas que resguardam somente o interesse de particulares, podem ser 
argüidas pelos parentes em linha reta de um dos nubentes, consangüíneo ou afim, e 
pelos colaterais em segundo grau consangüíneos ou afins. (rol não limitado). Não podem 
ser declaradas de ofício pelo juiz nem pelo oficial do registro. 
Prazo para interposição da oposição - deve se dar no prazo de 15 dias, contados da 
afixação do edital em cartório – art. 67 § 3o Lei 6.015/73. 
• EFEITOS 
- Impossibilitar a obtenção do certificado de habilitação; 
- adiar o casamento; 
• SANÇÕES 
- Poderá sofrer ações civis ou criminais ( art. 1530, p. único CC) movida pelos nubentes 
- Deverá reparar o dano moral ou patrimonial que causou a conduta dolosa ou culposa. 
(art. 186 CC). 
HABILITAÇÃO DO CASAMENTO 
A habilitação para o casamento é, assim, o procedimento administrativo, de iniciativa dos 
nubentes, que tramita perante o Oficial do Cartório do Registro Civil de Pessoas Naturais, 
do domicílio de qualquer deles (Lei de Registros Públicos, art. 67), com o propósito de 
demonstrar capacidade para casar e a inexistência de impedimentos matrimoniais e de 
causas suspensivas. 
Em razão do grande interesse que o Estado tem no casamento, ele disciplina 
minuciosamente seus pressupostos e finalidades, bem como todos os aspectos de sua 
elaboração. Com escopo de verificar se os nubentes estão aptos a casar, mormente 
quanto à existência, ou não, de qualquer impedimento matrimonial, o Estado 
estabeleceu rigoroso e antiquado processo de habilitação, que se estrutura em quatro 
diferentes fases: 
 i) fase de requerimento e apresentação da documentação; 
ii) fase dos editais de proclamas; 
iii) registro; 
iv) expedição da certidão. 
CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO 
FORMAS EXCEPCIONAIS DE CASAMENTO 
2 formas: 
I. Em caso de moléstia grave de um dos nubentes – art. 1.539 e 1541: Tem por 
premissa o precário estado de saúde de um dos nubentes, com gravidade que o 
impeça de se locomover e também de adiar a celebração. Ressalva-se que é admitido 
também em caso de acidentes e a celebração pode ser mesmo durante a noite.O 
casamento pode ser realizado no local onde se encontre o contraente adoentado, 
será realizado, desde que os nubentes estejam regularmente habilitados, podendo se 
dispensar somente a publicação dos editais de proclama, deve ser realizado na 
presença de 02 testemunhas; 
II. Em caso de iminente risco de vida, ou nuncupativo ou in extremis vitae ou ainda 
in articulo mortis- 1.540 e 1.541: Esta modalidade de casamento é uma celebração 
às pressas, quando um dos nubentes está em iminente risco de vida. Esta celebração 
pode ser válida sem o juiz de paz e sem prévia habilitação, basta a presença de seis 
testemunhas que não tenham parentesco com os nubentes (em linha reta ou colateral 
até segundo grau). É o casamento realizado sem solenidade, sem sequer habilitação, 
o legislador autoriza o casamento sem o oficial do registro civil, quando um dos 
nubentes, esteja em iminente risco de vida, e não consiga obter a presença da 
Art. 1.533. Celebrar-se-á o casamento, no dia, hora e 
lugar previamente designados pela autoridade que 
houver de presidir o ato, mediante petição dos 
contraentes, que se mostrem habilitados com a 
certidão do art. 1.531.
autoridade celebrante, e nem de seu substituto, pois sequer existe tempo para o 
formalismo da lei. 
CASAMENTO POR PROCURAÇÃO 
O casamento pode celebrar-se mediante procuração, por instrumento público, com 
poderes especiais. Procuração deve ser lavrada como instrumento público com poderes 
especiais e valendo pelo prazo de 90 dias. 
CASAMENTO CONSULAR 
É o casamento do cidadão brasileiro realizado no estrangeiro perante a autoridade 
consular brasileira. Este casamento segue as normas e solenidades do país estrangeiro, 
mas os efeitos do ato obedecem â lei brasileira. 
O casamento deve ser registrado no prazo de 180 dias a contar da volta de um ou de 
ambos os cônjuges ao País. 
PROVAS DO CASAMENTO 
O casamento realizado no Brasil prova-se pela certidão de registro, extraída do livro 
onde são feitos os assentos de casamento. 
No caso de perda da certidão do registro civil, pode se pedir uma segunda via. 
No caso de impossibilidade de segunda via, como por exemplo, perda do livro face a 
um incêndio, deverá ser realizada a prova supletória direta, através de justificação 
requerida ao juiz, utilizando documentos públicos que mencionem o estado civil de 
casados, ou testemunhas do ato. 
Pode ser realizada também a prova supletória indireta – por pessoas que vivam 
publicamente como marido e mulher (posse de estado de casado), devendo provar 
nomen (mulher prova que usa o nome do marido), tractus (ambos tratam-se como 
casados) e fama (a sociedade os reconhece como cônjuges). 
EFEITOS JURÍDICOS 
É possível dizer que do casamento resultam importantes, extensas e numerosas 
consequências ou efeitos, agrupadas em três categorias, dispostas assim: 
I) efeitos sociais; II) efeitos pessoais e III) efeitos patrimoniais 
I. EFEITOS SOCIAIS: a constituição da entidade familiar(1º e principal efeito 
matrimonial); emancipação do cônjuge menor de idade, tornando-o plenamente 
capaz (eventual dissolução do casamento antes dos 18 anos não implica em retorno a 
incapacidade); estabelece o vínculo de afinidade entre cada consorte e os 
parentes do outro; atribuição aos cônjuges do estado de casados (projeção do 
efeito jurídico em relação a terceiros); induz a presunção relativa de paternidade 
(efeito pessoal em relação aos filhos, marcada pela expressão pater is est quaem 
justae nuptiae que significa, o pai é aquele indicado pelas núpcias, pelo casamento). 
II. EFEITO PESSOAL: principal consequência jurídica do matrimonio. São os direitos e 
deveres dos cônjuges. Possibilidade de acréscimo do sobrenome do cônjuge 
( acréscimo do sobrenome é facultativo, mudança do nome é feita no processo de 
habilitação,será possível a retirada do nome que foi alterado); ) Fixação do domicílio 
conjugal (reconhecimento do domicílio conjugal pode produzir importantes efeitos 
no âmbito da fixação da competência para processar e julgar demandas cíveis); 
Deveres conjugais (fidelidade recíproca, infidelidade material é a carnal e a moral é a 
virtual; vida em comum no domicílio conjugal; mútua assistência, assistência moral 
que diz respeito aos cuidados e atenções e assistência material que é o provimento 
necessário para o sustento da família; sustento, guarda e educação dos filhos; 
respeito e consideração mútuo). 
III. EFEITO PATRIMONIAL: verifica que o casamento, como estado está submetido a um 
regime de bens, ou seja, a um estatuto que regula as relações patrimoniais entre os 
cônjuges e entre estes e terceiros, bem como ao regime de alimentos, doações 
recíprocas e outros. 
REGIME DE BENS 
O regime de bens compreende uma das consequências do casamento e da união estável e pode 
ser definido como um complexo de normas jurídicas que regula as relações patrimoniais entre os 
cônjuges na vigência da sociedade conjugal e entre os companheiros na constância da união 
estável, com reflexos, também, em relação a terceiros. 
ESPÉCIES DE REGIMES 
• Comunhão parcial de bens; 
• Comunhão universal de bens; 
• Participação final nos aquedutos; 
• Separação de bens (obrigatória e convencional). 
Na união estável em regra as pessoas não fazem contrato, mas, diferente do casamento que 
escolhemos o regime, aplica-se o regime da comunhão parcial de bens. 
O regime de bens pode ser mesclado, combinar um com outro. 
PRINCÍPIOS 
I. Liberdade de escolha/estipulação: autonomia da vontade, oque eu quero como 
regime, feito no pacto antenupcial por escritura publica. Exceção as pessoas que não 
podem escolher o regime (art.1641). 
II. Variedade: o código civil dispõe de quatro tipos de regime e nos podemos escolher 
entre eles ou ate mesmo criar um novo. 
III. Mutabilidade justificada de regime de bens: Para a modificação do regime de bens 
é necessário: ser feito por ambos cônjuges, pedido deve ser motivado e resguardar 
direito de terceiros (o descumprimento desse requisito não implicará em nulidade da 
Art. 1.639. É lícito aos nubentes, antes de celebrado 
o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que 
lhes aprouver. 
§ 1o O regime de bens entre os cônjuges começa a 
vigorar desde a data do casamento. 
alteração promovida, apenas gerando a mera ineficácia relativa da modificação em 
relação a terceiro prejudicado). 
 
A alteração do regime de bens depois do casamento só é possível por meio de Ação 
Judicial, ou seja, não se admite alteração do regime de bens por meio de ato notarial. 
Casados pelo regime da comunhão universal de bens e solicitaram a mudança para o 
regime de separação total de bens, evidente que a decisão vai produzir efeitos ex nunc, 
ou seja, o regime da separação de bens só produzirá efeitos a partir da decisão. 
Casados pelo regime da separação de bens e solicitaram a mudança para o regime de 
comunhão universal de bens é lógico que a decisão produzirá efeitos ex tunc, pois se 
assim não ocorresse, o regime escolhido não seria de comunhão universal, mas sim o da 
parcial de bens 
No intuito de garantir maior proteção aos direitos de terceiros, a sentença que modifica o 
regime, deve ser registrada no Registro Imobiliário da circunscrição na qual todos os 
imóveis do casal estiverem matriculados. 
PACTO ANTENUPCIAL 
 
É a convenção solene (ou seja, negócio jurídico), celebrada entre os nubentes, perante 
o Tabelião, na qual há a declaração de que eles adotam um dos regimes tipificados na 
lei ou estipulam um regime misto com regras aplicáveis de vários regimes, desde que 
compatíveis. 
Optando os nubentes pela escolha de um regime de bens distinto do regime legal 
supletivo (comunhão parcial), exige-se a lavratura do pacto antenupcial. 
§ 2o É admissível alteração do regime de bens, 
mediante autorização judicial em pedido 
motivado de ambos os cônjuges, apurada a 
procedência das razões invocadas e ressalvados 
os direitos de terceiros.
Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for 
feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir 
o casamento.
Parágrafo único. Poderão os nubentes, no processo 
de habilitação, optar por qualquer dos regimes que 
este código regula. Quanto à forma, reduzir-se-á a 
termo a opção pela comunhão parcial, fazendo-se o 
pacto antenupcial por escritura pública, nas demais 
escolhas.
O pacto feito por instrumento particular é considerado nulo, ou seja, não é válido, e, 
para produzir efeitos deve ser realizado o casamento. 
Assim, como mencionado, se o pacto antenupcial foi feito por escritura pública e o 
casamento ainda não se realizou, tem-se um pacto válido. 
REGIMES DE BENS TIPIFICADO NO CÓDIGO CIVIL 
REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS 
É o regime oficial (legal, supletivo ou dispositivo), prevalecendo na ausência de pacto 
antenupcial. Nesse regime os bens que cada cônjuge possuía antes de se casar não se 
comunicam e, via de regra, os bens adquiridos na constância da sociedade conjugal a 
título oneroso, comunicam-se. Estabelecendo assim três massas de bens: 
- os bens do marido antes do casamento; 
- os bens da mulher antes do casamento; 
- os bens comuns, ou seja, os adquiridos onerosamente na constância do casamento. 
Bens que NÃO se comunicam: 
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, 
comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na 
constância do casamento, com as exceções dos 
artigos seguintes.
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão: 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os 
que lhe sobrevierem, na constância do casamento, 
por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu 
lugar; 
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente 
pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos 
bens particulares; 
III - as obrigações anteriores ao casamento; 
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo 
reversão em proveito do casal; 
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos 
de profissão; 
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada 
cônjuge; 
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras 
rendas semelhantes.
Até 1977 o regime oficial era o comunhão universal de bens. 
A partir de 1977 adota-se o de comunhão parcial de bens.
Bens que SE comunicam: 
Do FGTS: Em relação ao FGTS, o qual corresponde ao crédito do trabalhador, que se 
acumulam mediante depósitos mensais em conta vinculada, decorrentes da execução do 
contrato de trabalho deve ser entendido que o que se comunica é o depositado na 
constância do casamento e este vem sendo o entendimento dos Tribunais – RESP 
758548-MG. Tem decisão que não admite, mas a majoritária admite. 
REGIME DA COMUNHÃO UNIVERSAL DE BENS 
É um regime convencional, deve ser estipulado em pacto antenupcial, que estabelece 
a comunicação de todos os bens dos cônjuges. 
Aspectos do regime: 
a) Subordinação de todos os bens do casal, em regra, à lei da comunhão; 
b) Toda aquisição por um dos cônjuges se torna, independentemente do título, comum; 
c) Os cônjuges são meeiros no patrimônio comum. 
Bens EXCLUÍDOS: 
Art.1.660. Entram na comunhão: 
I - os bens adquiridos na constância do casamento 
por título oneroso, ainda que só em nome de um dos 
cônjuges; 
II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem 
o concurso de trabalho ou despesa anterior; 
III - os bens adquiridos por doação, herança ou 
legado, em favor de ambos os cônjuges; 
IV - as benfeitorias em bens particulares de cada 
cônjuge; 
V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de 
cada cônjuge, percebidos na constância do 
casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a 
comunhão.
Art. 1.668. São excluídos da comunhão: 
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de 
incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; 
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro 
fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; 
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de 
despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; 
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro 
com a cláusula de incomunicabilidade; 
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.
Fideicomisso é modalidade de substituição hereditária que consiste na instituição de 
herdeiro ou legatário, designado fiduciário, com obrigação de, por sua morte, há certo 
tempo ou sob condição preestabelecida, transmitir a uma outra pessoa, chamada 
fideicomissário, a herança ou o legado. 
REGIME DA PARTICIPAÇÃO FINAL NOS AQUESTOS 
Aquestos: são os bens adquiridos, pelos cônjuges na constância do casamento a título 
oneroso, ou seja, estão excluídos dos aquestos os bens recebidos pelos cônjuges na 
constância da sociedade conjugal por ato de liberalidade (herança ou doação). 
Cada cônjuge fará jus: 
a) à totalidade dos bens adquiridos antes das núpcias; 
b) à metade dos bens comuns adquiridos conjuntamente, por ambos; 
c) à metade dos bens adquiridos onerosamente por ele durante a constância do 
casamento; 
d) à integralidade dos bens adquiridos a título gratuito (por doação ou direito 
sucessório) durante a convivência; 
e) à metade dos bens adquiridos onerosamente pelo seu consorte, na constância do 
casamento. 
O art. 1.674 pecou ao não prever a fraude na partilha, pois o ingresso da ação de 
divórcio judicial como a data inicial para a apuração dos bens aquestos pode beneficiar o 
cônjuge que quiser dissipar os bens comunicáveis no período anterior à separação. 
Art. 1.672. No regime de participação final nos 
aqüestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, 
consoante disposto no artigo seguinte, e lhe cabe, à 
época da dissolução da sociedade conjugal, direito à 
metade dos bens adquiridos pelo casal, a título 
oneroso, na constância do casamento.
REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS 
A princípio, verifica-se nesse regime que os bens não se comunicam, havendo dois 
patrimônios particulares: a) o patrimônio particular do marido; b) o patrimônio particular 
da esposa. 
Espécies: 
I. Separação de bens legal, cogente ou obrigatória = Em razão da lei, esse regime de 
bens é imposto, as pessoas não têm liberdade de escolha. 
Mutabilidade justificada: Súmula 377 do STF – promulgada em 1.964 - dispõe que “ no 
regime de separação legal de bens, comunicam-se os bens adquiridos na constância do 
casamento”. A doutrina diverge sobre a aplicação ou não da Súmula após o advento do 
Código Civil de 2002. 
Na busca de redução de burocracias no âmbito do Direito de Família, é a decisão 
proferida pela Corregedoria Geral de Justiça do Tribunal de Justiça de São Paulo em 1o 
de dezembro de 2017, passando a admitir que o pacto antenupcial de pessoa maior de 
setenta anos de idade afaste a aplicação da Súmula n. 377 do Supremo Tribunal Federal, 
tornando o regime em questão uma verdadeira separação absoluta, em que nada se 
comunica. 
II. Separação convencional: Essa espécie de regime de bens, decorre de convenção 
entre os cônjuges, e os bens permanecerão sob a administração exclusiva de seu 
titular, (duas massas de bens: um do marido e outra da mulher). 
É feita através de pacto antenupcial, onde os nubentes podem optar pela 
incomunicabilidade total dos bens. 
Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes 
permanecerão sob a administração exclusiva de cada 
um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar 
ou gravar de ônus real.
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de 
bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância 
das causas suspensivas da celebração do casamento; 
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação 
dada pela Lei nº 12.344, de 2010) 
III - de todos os que dependerem, para casar, de 
suprimento judicial.
O patrimônio passado e futuro não se comunica, nem durante o casamento e tampouco 
quando de sua dissolução. Cada um conserva, com exclusividade, o domínio, a posse e a 
administração de seus bens, assim como a responsabilidade pelas dívidas anteriores e 
posteriores ao casamento. 
 
UNIÃO ESTÁVEL 
Rodrigo da Cunha Pereira, diz que: “ É a relação afetivo-amorosa entre duas pessoas, 
não incestuosa, com estabilidade e durabilidade, vivendo sob o mesmo teto, ou não, 
constituindo família sem o vinculo do casamento civil “. 
O concubinato até o Código Civil de 2002 era gênero, de onde se extraiam 02 espécies. 
CONCUBINATO: 
IMPURO – aquele adulterino, envolvendo pessoas casadas em ligação com terceiro, ou 
para apontar os que mantêm mais de uma união de fato. 
PURO – união estável ou companheirismo – convivência duradoura, como marido e 
mulher, sem impedimentos matrimoniais. 
Em 1988 a Constituição retirou o concubinato do seu histórico espaço marginal e 
passou a identificá- lo não mais como uma relação aventureira e marginal, mas como 
uma entidade familiar, lhe concedendo o status de família, nomeando-a como união 
estável, assemelhada ao casamento, com identidade quase absoluta de pressupostos, e 
como alternativa de ser transformada em casamento. 
REGULAMENTAÇÃO 
Primeira: Lei 8.971 de 29 de Dezembro de 1994 – definiu como “companheiros” o 
homem e a mulher que mantenham união comprovada, na qualidade de solteiros, 
separados judicialmente, divorciados, ou viúvos, por mais de 05 anos, ou com prole, 
disciplinando o direito a alimentos e à sucessão. 
Segunda: Lei 9.278 de 10 de maio de 1996, alterou o conceito, omitindo os requisitos de 
natureza pessoal, tempo mínimo de convivência e existência de prole. Seu artigo 1o 
preceituava que é considerada entidade familiar a convivência duradoura, pública e 
contínua, de um homem e de uma mulher, estabelecida, com objetivo de constituição de 
família. 
Assim sendo o artigo 1790 do Código Civil ao revogar as leis 8.971/94 e 9.278/96 e 
discriminar a companheira, ou companheiro, dando-lhe direitos sucessórios bem 
inferiores aos conferidos a esposa, ou ao marido, entra em contraste com os princípios da 
igualdade, da dignidade humana, da proporcionalidade, como vedação à proteção 
deficiente, e da vedação do retrocesso. 
1.723 do CC “é reconhecida como entidade familiar 
a união estável entre o homem e a mulher, 
configurada na convivência pública, contínua e 
duradoura e estabelecida com objetivo de 
constituição de família.”
PRESSUPOSTOS LEGAIS DE CONFIGURAÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL 
(OBRIGATÓRIO) 
I. Diversidade de sexo: heterossexualidade, um homem e uma mulher formam uma 
família. 
II. Publicidade/Ostentabilidade: deve ser pública, o que denota a notoriedade da 
relação no meio social frequentado pelos companheiros. 
III. Estabilidade: decorre da própria nomenclatura abraçada constitucionalmente que a 
família convencional exige um caráter estável, uma duração prolongada no tempo. 
Um traço caracterizador da estabilidade é a convivência prolongada o tempo durante 
bons e maus momentos. 
IV. Intuito familiae: O intuito de constituir família é, sem dúvida o requisito principal para 
a caracterização da união estável. 
V. Inexistência de impedimento matrimonial. 
(NÃO OBRIGATÓRIO) 
I. Conviver sob o mesmo teto; 
II. Nascimento de filhos em comum; 
III. Dependência econômica (contaconjunta etc.) 
IV. Uso de aliança na mão esquerda; 
V. Contrato de convivência. 
EFEITOS DA UNIÃO ESTÁVEL 
De ORDEM PROCESSUAL: 
- Direitos e deveres dos companheiros: A princípio foram previstos 02 deveres: 
respeito e consideração mútuos; assistência moral e material recíproca. Em 2002 foi 
acrescentado mais 01 dever o de lealdade. 
- Direito ao acréscimo de patronímico: 3 requisitos, a) o acréscimo deve ser entendido 
como de titularidade de ambos os companheiros; b) dispensa de tempo mínimo de 
convivência ou filhos, basta que seja a união comprovada pela satisfação dos 
pressupostos; c) exige-se um procedimento próprio para a alteração, do nome, será 
preciso ajuizar ação de retificação de registro. 
- Estado civil; 
De ORDEM PATRIMONIAL: 
Os efeitos patrimoniais são vários, tanto entre inter vivos e causa mortis. Dentre os 
primeiros, pode se destacar: alimentos, bem de família e outros e em relação ao 
segundo, o direito sucessório. 
- Regime de bens: patrimônio obtido a título oneroso, pelos companheiros, durante a 
união estável, desde que fruto de escorço comum, era de propriedade de ambos, 
gerando direito a meação. 
UNIÃO ESTÁVEL PARA MAIOR DE 70 ANOS 
Na união estável de pessoa maior de setenta anos (art. 1.641, II, do CC/02), impõe-se o 
regime da separação obrigatória, sendo possível a partilha de bens adquiridos na 
constância da relação, desde que comprovado o esforço comum. 
DIREITO REAL DE HABITAÇÃO 
O companheiro sobrevivente tem direito real de habitação sobre o imóvel no qual 
convivia com o falecido. 
DIREITO SUCESSÓRIO 
A companheira, em união estável homoafetiva reconhecida, goza do mesmo status de 
cônjuge para o processo penal, possuindo legitimidade para ajuizar a ação penal privada. 
 CONTRATO DE CONVIVÊNCIA 
Pela via do contrato de convivência, os integrantes de uma união estável promovem a 
autorregulamentação do seu relacionamento, no plano econômico e existencial, e a 
contratação escrita do relacionamento de união estável não representa a validade 
indiscutível da convivência estável, porque o documento escrito pelos conviventes está 
condicionado à correspondência fática da entidade familiar e dos pressupostos de 
reconhecimento. 
Forma escrita. 
É necessário o registro no Livro 3 do Cartório de 
Registro de Imóveis do domicílio dos companheiros e averbado no lugar da situação dos 
imóveis. 
Contrato de namoro: Diante da situação de insegurança, começou a ser decantada a 
necessidade de o casal de namorados firmarem contrato para assegurar a ausência de 
comprometimento recíproco e a incomunicabilidade do patrimônio presente e futuro. 
CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO 
O pedido de conversão deve ser feito judicialmente, devendo os companheiros 
encaminhar a solicitação ao magistrado, cuja decisão será posteriormente assentada no 
Registro Civil. Entende-se a necessidade da habilitação, para certificar a ausência de 
impedimentos (isso ocorre na seara administrativa). 
1. Requerida pelos conviventes ao oficial do Registro Civil de Pessoas Naturais de seu 
domicílio. 
2. Recebido o requerimento, será iniciado o processo de habilitação previsto em lei. 
3. Após a homologação pelo juiz e decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, a contar da 
afixação do edital na Unidade de Serviço de Registro Civil, se não houver nenhum 
impedimento lavrará a conversão. 
UNIÃO HOMOAFETIVA 
Supremo reconhece união homoafetiva 
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgarem a Ação Direta de 
Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito 
Fundamental (ADPF) 132, reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo. 
As ações foram ajuizadas na Corte, respectivamente, pela Procuradoria-Geral da 
República e pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. 
 CONCUBINATO OU UNIÃO SIMULTÂNEA 
A união simultânea, também denominada de paralela, é aquela que se estabelece 
concomitantemente à outra relação, seja em relação a um casamento, ou à outra união 
estável. Embora se assemelhe, diferencia-se da união poliafetiva, porque na união 
paralela, nem sempre as pessoas têm conhecimento de outra família. 
A simultaneidade das uniões estáveis tem sido tratada pela legislação como concubinato. 
O concubinato é a relação não familiar, entre pessoas que não podem casar, em razão 
de algum impedimento matrimonial. 
Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem 
e a mulher, impedidos de casar, constituem 
concubinato.
 
NAMORO 
O relacionamento amoroso entre duas pessoas, mas sem características de entidade 
familiar. 
O namoro, por si só, não tem consequências jurídicas. Não acarreta, partilha de bens ou 
qualquer aplicação de regime de bens, fixação de alimentos ou direito sucessório. 
Namorados podem até mesmo morar juntos, sem que isto caracterize uma união estável, 
pois há situações em que eles residem sob o mesmo teto, “dividem o apartamento” por 
questão de economia. 
UNIÃO POLIAFETIVA 
O Direito de Família não contempla as relações poliafetivas. 
União poliafetiva é a união afetiva estabelecida entre mais de duas pessoas em uma 
interação recíproca, constituindo família ou não.

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