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1 < < v e r a n o ta ç ã o a b a ix o EEW-411 Perfuração de Poços I Prof. Paulo Couto Engenharia do Petróleo POLI/COPPE/UFRJ Prof. Shiniti Ohara Barra Energia Agosto / 2011 Parte 3 – Hidráulica e controle de poço 2 Fases de um Poço: Perfurar Revestir Cimentar Testar Procedimentos de perfuração 3 Procedimentos de perfuração • Objetivo Primordial da perfuração: –Perfurar um poço com segurança: –Sem causar instabilidades nas rochas cortadas (colapso, fraturamento) –Sem permitir influxo de fluidos da formação (água, óleo, gás) 4 Poço Típico antes da Descida do Revestimento Tanto em Terra como no Mar Procedimentos de perfuração 5 Procedimentos de perfuração Operações Rotineiras - Perfuração • Perfuração é a etapa na qual há um aumento na profundidade do poço. • Se caracteriza por peso e rotação sobre a broca e pela circulação de fluido. • O peso e a rotação tem a função de destruir as rochas, já o fluido retira os cascalhos gerados pela broca e o transporta para a superfície. 6 A circulação consiste em se manter apenas o fluido sendo bombeado, sem peso sobre a broca, assim não se tem avanço na perfuração e apenas consegue-se a limpeza do poço. Procedimentos de perfuração Operações Rotineiras – Circulação 7 Operações Rotineiras – Manobra de conexão Na perfuração convencional o poço é perfurado de tubo em tubo, aproximadamente, (9 metros) já na perfuração com top-drive a perfuração é feita de seção em seção (28 metros) Procedimentos de perfuração 8 Operações Rotineiras – Manobra de desconexão A manobra é a operação de retira de descida da coluna. Só a retirada ou a descida da coluna é chamada de meia manobra, já quando a retirada e a descida são parciais (até determinada profundidade) é conhecida como manobra curta. Procedimentos de perfuração 9 • Conexão: Colocação do Tubo no Buraco do Ratinho Procedimentos de perfuração 10 • Conexão: Apoio da Coluna Procedimentos de perfuração 11 • Conexão: Colocação do Kelly Procedimentos de perfuração 12 • Retirada da Coluna: Manobra Procedimentos de perfuração 13 • Retirada da Coluna: Manobra Procedimentos de perfuração 14 • Retirada da Coluna: Manobra Procedimentos de perfuração 15 • Retirada da Coluna: Manobra Procedimentos de perfuração 16 • Descida da Coluna: Manobra Procedimentos de perfuração 17 • Descida da Coluna: Manobra Procedimentos de perfuração 18 • Descida da Coluna: Manobra Procedimentos de perfuração 19 • Operações Específicas: Perfilagem Após a perfuração de uma fase do poço e antes de revestir é comum a descida de registradores para se medir algumas das propriedades da formação. Procedimentos de perfuração 20 Existem vários perfis, com diferentes raios de investigação • Operações Específicas: Perfilagem Procedimentos de perfuração 21 Projeto do Poço Pressão hidrostática (Ph) de uma coluna de fluido: Ph = ρ g h Em unidades de campo: Ph = 0,1706 ρ h Ph em Psi, ρ em lbm/gal (ppg) e h em metros Para um dado fluido (ρ) a pressão hidrostática depende somente da altura Para a água, a pressão aumenta 1 atm para cada 10 metros de coluna 22 Projeto do Poço Gradiente: O gradiente é uma densidade equivalente à pressão hidrostática: G = Ph/(0,1706 h) Como líquidos são, em geral, incompressíveis, o gradiente, expresso em ppg, é constante com a profundidade 23 Projeto do Poço Pressão de poros (Pp): É a pressão produzida pela coluna de água contida nos poros que se estende da superfície até o ponto considerado; O gradiente de poros (Gp) que expressa a pressão de poros normal é: 8.33 ppg < Gp < 8.9 ppg Este gradiente é equivalente à pressão que os fluidos contidos na formação (óleo, gás e água) possuem. 24 Projeto do Poço Tensão de fratura (σf): Pressão necessária ao fluido de perfuração para causar uma fratura na formação (rocha) É causada principalmente pelo peso das camadas de solo sobrepostas uma sobre as outras O gradiente de fraturas é: Gf = σf/(0,1706 h) 25 Projeto do Poço Para evitar o kick: A pressão hidrostática do fluido de perfuração deve ser maior ou igual à pressão de poros (Ph ≥ Pp) Pp Ph Formação Poço aberto Pp Ph Formação Poço aberto 26 Projeto do Poço Para evitar o kick: A pressão hidrostática do fluido de perfuração deve ser menor que a pressão de fratura da formação (Ph < σf) Se houver fratura, a formação “bebe” o fluido Diminui a pressão hidrostática Risco de kick aumenta!!! Ph FormaçãoPoço aberto sfPh FormaçãoPoço aberto sf 27 Projeto do Poço Durante a perfuração: Gp < ρ < Gf Gradiente (ppg) Pr of un di da de (m ) Gp Gf r m 20” 13 3/8” 9 5/8” 7” 28 Projeto do Poço 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Gradientes [lb/gal] Pr of un di da de [m ] Overburden Poros Fratura LOT RFT Condutor Superfície Intermediários Produçao 29 Hidráulica da perfuração Motivação: Fluido de Perfuração e Pasta de Cimento Necessidade de conhecer Pressões estáticas e dinâmicas associadas a cada operação executada no poço Otimização de parâmetros Pressão de Bombeio, Vazão de Injeção e Dimensionamento dos Jatos da Broca Otimizar a taxa de penetração Capacidade de Remoção de Sólidos 30 Hidráulica da perfuração Muitos fatores influencia a performance da perfuração do qual a hidráulica é um dos mais importantes. Além de outras funções, o fluido de perfuração é responsável pelo carreamento dos cascalhos e por fornecer potência hidráulica para limpar o fundo do poço abaixo da broca. 31 Hidráulica da perfuração Sistema de Circulação Um sistema convencional de circulação consiste da bomba de lama que bombeia o fluido de perfuração através de mangueiras, tubos e broca até o fundo do poço com posterior retorno através do anular poço-tubos e revestimentos- tubos até o tanque de lama. 32 Hidráulica da perfuração Sistema de circulação LINHA DE SUCÇÃO LINHA DE DESCARGA PENEIRA DE LAMA TANQUE DE LAMA JATOS DA BROCA POÇO ESPAÇO ANULAR TUBO DE PERFURAÇÃO LINHA DE RECALQUE KELLY CABEÇA DE INJEÇÃO (SWIVEL) MANGUEIRA DE LAMA TUBO BENGALA BOMBA DE LAMA 33 Hidráulica da perfuração As principais variáveis que precisam ser conhecidas para se calcular a hidráulica são: Vazão das bombas (gpm) Área de fluxo dos diversos condutos (drill pipe, drill collars, etc) por onde o fluida irá passar Comprimentos dos diversos elementos Propriedades do fluido a ser circulado 34 Hidráulica da perfuração Pressão hidrostática (Ph) de uma coluna de fluido: Ph = P0 + (ρ g h) Em unidades de campo: Ph = 0,1706 ρ h Ph em Psi, ρ em lbm/gal (ppg) e h em metros Para um dado fluido (ρ) a pressão hidrostática depende somente da altura Para a água, a pressão aumenta 1 atm para cada 10 metros de coluna 35 Hidráulica da perfuração Pressão hidrostática (Ph) de uma coluna de gás: Ph = P0 Exp[(M h)/(Z R T)] M = peso molecular h = altura da coluna de gás Z = fator de compressibilidade R = constantedo gás T = temperatura d gás 36 Hidráulica da perfuração Exemplo: Calcule a massa específica do fluido de perfuração para que, em condições estáticas, ele seja capaz de evitar que um reservatório, a 3720 m de profundidade e com pressão de poros de 8500 psig, produza para o poço. Ph = 0,1706 ρ h ρ = Ph / (0,1706 h) = 8500 / (0,1706 3720) ρ = 13,4 lbm/gal (ppg) 37 Esquema da Circulação de Poço intpump s B anP P P P P Superfície Interior da Coluna Broca Anular Bomba Hidráulica da perfuração Bomba BOP Gp Riser r mud 38 Hidráulica da perfuração Pressão no Fundo do Poço ou Bottom Hole Pressure (BHP) Pressão Hidrostática Pressão Anular anularh PPBHP Pressão no Fundo do Poço ou Bottom Hole Pressure (BHP) Havendo Pressão na Superfície (PS) Sanularh PPPBHP Bomba BOP Gp Riser r mud 39 Hidráulica da perfuração Um Sistema Básico consiste de drill pipe, drill collars e broca. Etapas da otimização: Escolher os equipamentos de modo a manter as perdas no mínimo para as vazões a serem utilizadas. Selecionar o método de otimização (Máxima Potência e Máxima Força de Impacto) Determinar a Vazão Ótima Ajustar a vazão abaixo das limitações do sistema 40 Hidráulica da perfuração Existem dois métodos para otimizar sistemas com Downhole Tools: Subtrai-se a pressão a ser utilizada pela downhole tool da pressão da bomba e então otimiza-se o sistema. Otimiza-se o sistema como se não existissem downhole tool e então otimiza-se o sistema. A pressão a ser utilizada da downhole tool será então subtraída da pressão da broca. 41 Hidráulica da perfuração Jatos da broca: Papel dos Jatos da Broca Aumentar a capacidade de limpeza do o fluido de perfuração no fundo do poço Remover os fragmentos de rocha, contribuindo para o aumento da vida útil da broca Dimensionamento dos Jatos de Broca Otimizar a taxa de penetração e a vida útil da broca Compatível com os recursos disponíveis e com o projeto e planejamento do poço 42 Hidráulica da perfuração 43 Hidráulica da perfuração 44 Hidráulica da perfuração Perda de carga nos jatos da broca: Pb = (8,31110 –5 ρ q2)/(Cd 2At 2) Pb em psi ρ em lbm/gal (ppg) q = vazão de fluido (gpm) Cd = coeficiente de descarga (Cd = 0,95) At = área total dos jatos da broca (in 2) 45 Hidráulica da perfuração Para se determinar as perdas de carga no interior da coluna e no anular é necessário determinar o comportamento reológico do fluido de perfuração Comportamento da taxa de deformação tensão de cisalhamento 46 Hidráulica da perfuração Exemplo das placas paralelas: dv dy g g dy dv F A t F A 47 Hidráulica da perfuração Modelos de fluidos: Modelo Newtoniano (Fluido Newtoniano) Modelo de Bingham (Fluido não-Newtoniano) Modelo da lei de potência (Fluido não- Newtoniano) Modelo de Bingham generalizado (Herschel- Bulkley) 48 Hidráulica da perfuração Modelo Newtoniano: a tensão (σ) é linearmente proporcional à taxa de deformação (g) t g Constante de proporcionalidade: μ = viscosidade σ = μ g 49 Hidráulica da perfuração Modelo de Bingham: t = μp g + tl t g μp - Viscosidade Plástica tl - Limite de Escoamento 50 Hidráulica da perfuração Modelo da lei de potência: t = K gn n – Índice de Comportamento K – Fator de Consistência t g Pseudoplástico – n < 1 Dilatante – n > 1 51 Hidráulica da perfuração Modelo de Bingham generalizado (Herschel-Bulkley): t = K gn+ tl n – Índice de Comportamento K – Fator de Consistência tl - Limite de Escoamento t g 52 Hidráulica da perfuração Perdas de carga na coluna: Calcular a velocidade média do escoamento: vmed = q/(2,448 d 2), para o interior do tubo vmed = q/(2,448 (de - di) 2), para o anular Determinar o tipo de escoamento: Número de Reynolds: Re = (ρvd)/μ Laminar (Re < 2100) Turbulento (Re > 4000) Transição (2100 < Re < 4000) 53 Hidráulica da perfuração Para escoamento laminar e fluido Newtoniano: 2 32 medvdp dx d 2 48 med e i vdp dx d d No interior da coluna No anular 54 Hidráulica da perfuração Para escoamento turbulento e fluido Newtoniano: 0,8 0,2 1,8 1,2 0,1 medvdp dx d r 0,8 0,2 1,8 1,2 0,127 med e i vdp dx d d r No interior da coluna No anular 55 Hidráulica da perfuração Modelo de Bingham: Laminar Turbulento 2 32 e medvdp dx d 2 48 e med e i vdp dx d d 0,8 0,2 1,8 1,2 0,1 e vdp dx d r 0,8 0,2 1,8 1,2 0,127 e e i vdp dx d d r No interior da coluna No anular 56 Hidráulica da perfuração • Modelo da Lei de Potência: Laminar (Re < 3470 – 1370.n) Turbulento (Re > 3470 – 1370.n) No interior da coluna No anular 2 3 132 4 e nvdp dx d n 2 2 148 3 e e i nvdp dx nd d 1 2 1 3 12 4 bb b b e b nc vdp dx d n r 1 2 1 2 12 30,8165 bb b b e b e i nc vdp dx nd d r 7 log4,1 n b 50 5,2log n c 57 Hidráulica da perfuração ECD: Equivalente Circulation Density Densidade equivalente à pressão na face da formação no fundo do poço (BHP) considerando a circulação do fluido de perfuração (pressão de bombeamento) anularh PPBHP 0,1706 BHP ECD h 58 Exemplo de Dimensionamento do BOP Um poço será perfurado até a profundidade de 4.550 metros onde o gradiente de poros máximo de 15,50 lb/gal é esperado. Qual o BOP a ser usado nestas condições? 59 Suposição: gradiente de gás com densidade igual a 2,0 lb/gal Psuperf = 0,17*H*Gpmax - Pgas Pgas = 0,17*4.550 *2,0 = 1.547 psi Ppmax= 0,17*15,50*4.550 = 11.989 psi Psuperf = 11.989 – 1.547 = 10.442 psi Os BOPs são normalmente fabricados em ranges de pressão de 5.000 psi, 10.000 psi e 15.000 psi Assim um BOP de 15.000 psi deverá ser utilizado Psuperf = Ppmax - Pgas Exemplo de Dimensionamento do BOP 60 Controle de Poço Causa Básica: Pressão de Poros > Pressão no Fundo do Poço Cenários: Pressão de Formação Anormal Redução da Pressão no Fundo do Poço 61 Causas de Kick • Falta de Ataque ao Poço • Pistoneio • Perda de Circulação • Pressões Anormais e Peso de Lama Insuficiente • Gás nos Cascalhos • Cimentação Inadequada 62 Falta de Ataque ao Poço • Decorre da falha do pessoal da sonda em não manter o poço cheio de lama quando da retirada da coluna de perfuração durante uma operação de manobra. • A prática usual é completar o poço a cada retirada de 3 a 5 seções de tubos e cada seção de comando, ou manter o poço cheio durante toda a manobra. 63 Pistoneio • O pistoneio de refere à ação pistão-cilindro da coluna de perfuração no poço. Dois tipos de pistoneio podem aparecer na manobra da coluna de perfuração: o pistoneio hidráulico e o pistoneio mecânico – Pistoneio hidráulico causado devido a tendência da lama de querer acompanhar a coluna durante a retirada da mesma –Pistoneio mecânico ocorre devido a obstrução entre a coluna e o poço (ex. enceramento da broca) 64 Perda de Circulação • Quando ocorre perda de circulação, a altura de fluido dentro do poço diminui reduzindo assim a pressão hidrostática em todos os pontos do poço. Nestas condições um kick pode ocorrer. 65 Pressões Anormais e Peso de Lama Insuficiente • Gás nos Cascalhos – À medida que os cascalhos de uma formação portadora de gás são transportados anular acima, o gás, inicialmente contido em seus poros se expande (devido a redução de pressão); a maior parte dele deixa os poros dos cascalhos e se incorpora à lama. Diz-se que que neste caso a lama está cortada por gás. 66 Cimentação Inadequada • No início da pega do cimento forma-se uma estrutura auto-sustentável que faz com que a hidrostática da pasta se reduza à hidrostática da água de mistura, enquanto existe permeabilidade ao gás. Isto pode causar um kick. 67 Indícios de Kicks • Aumento do volume de lama nos tanques • Aumento da vazão das bombas • Fluxo com as bombas desligadas • Poço aceitando menos lama que o volume de aço retirado • Poço voltando mais lama que o volume de aço descido 68 • Aumento na taxa de penetração • Corte da lama por água • Corte da lama por gás • Redução na pressão de circulação e aumento na velocidade de bombeio Indícios de Kicks 69 Comportamento do Fluido Invasor Quando ocorre um kick, temos a invasão do poço por água, óleo, gás ou uma combinação destes fluidos. A água e o óleo expandem-se pouco do fundo do poço até a superfície e o controle é muito mais fácil do que se tivéssemos gás como fluido invasor. 70 Comportamento de um Kick de Gás Kick de gás com o poço mantido fechado – Nesse caso não é permitida a expansão do gás. Todavia o gás migra trazendo consigo a pressão que originou o kick e aumentando a pressão em todos os pontos do poço. Assim teremos maiores pressões na sapata do último revestimento descido no fundo do poço, na superfície, etc. Isso poderá levar a fratura das formações ou falha dos equipamentos de superfície. 71 Migração de um Kick de gás com o BOP mantido fechado 750 m 1500 m 2250 m 3000 m PF = 5400 psi ppgeq 8,10r ppgmud 8,10r PF = 5400 psi 1 Bbl 1 Bbl 1 Bbl PF = 5400 psi ppgeq 1,14r BHP = 6675 psi BHP = 7950 psi BHP = 10500 psi 1 Bbl PF = 5400 psi ppgeq 5,17r ppgeq 1,24r Ps = 300 psi Ps = 1575 psi Ps = 2850 psi Ps = 5400 psi 72 Kick de gás com o poço aberto – Se o poço é mantido aberto, a pressão vai se reduzindo e o gás se expandindo, a medida que vai se aproximando da superfície – A expansão do gás pode ser estimada pela equação geral dos gases: 22 22 11 11 TZ VP TZ VP P,V e Z são pressões, volumes e constante dos gases à diferentes profundidades Comportamento de um Kick de Gás 73 Com que volume 1 Bbl de gás, que invade o poço com uma pressão de 5.400 psi à 3.000 metros de profundidade, chega à superfície. Assuma o gás como sendo ideal. Migração de um Kick de gás com o BOP mantido aberto 74 bl 368 7,14 1*7,5414 ? )sup ( 7,14 1 7,5414 7,14 400.5 2 11 2 2 2 1 1 2211 B P VP V V erfícienapressãopsiP BblV absoluta)(pressãopsipsipsiP VPVP Note que o Kick considerado tinha apenas 1 Bbl. Se imaginarmos um Kick na ordem de 30 a 50 Bbl, chegaremos a conclusão que a circulação de um Kick com o poço aberto é impraticável Migração de um Kick de gás com o BOP mantido aberto 75 Circulando um kick de gás para fora do poço • Kick de gás com o poço mantido fechado – Leva à altas pressões que podem levar a fratura da formação ou danificar equipamentos. • Kick de gás com o poço mantido aberto – Leva a uma grande expansão de gás tornando a operação de controle impraticável Circular o Kick com expansão controlada mantendo a pressão no fundo de modo a balancear a pressão da formação 76 Procedimentos para Fechar o Poço • A ocorrência de um kick pode ocorrer nas seguintes situações: – Perfurando – Manobrando tubos de perfuração – Manobrando comandos – Sem coluna no poço – Descendo revestimento, etc 77 • Cuidados devem ser tomados em cada situação. mas as diretrizes gerais são: – Parar a mesa rotativa – Abrir a válvula hidráulica de controle remoto do choke – Parar a bomba – Fechar o preventor – Fechar o choke – Ler e registrar as pressões no interior e no anular do poço Procedimentos para Fechar o Poço 78 Informações e Cálculos para Controle de um Kick • Informações Prévias: – São informações que devemos ter independente de ocorrer ou não um kick • Informações Sobre o Kick – São aquelas só podem ser registradas quando da ocorrência do kick 79 • Informações Prévias: – Máxima pressão permissível no revestimento baseada na pressão de trabalho do equipamento de segurança (BOP) e na resistência à pressão interna do revestimento – Máxima pressão permissível no revestimento baseada no gradiente de fratura – Capacidade dos tubos, comandos e anulares – Capacidade de deslocamento e eficiência volumétrica das bombas de lama – Vazão e pressão reduzida de circulação – Volume total de lama no sistema de circulação Informações e Cálculos para Controle de um Kick 80 • Uma vez detectado um kick é necessário fechar o poço. A seguir deve-se registrar as seguintes informações: – Pressão de fechamento do revestimento (SICP). – Pressão de fechamento do drill pipe (SIDPP). – Volume de lama ganho nos tanques. – Profundidade vertical e medida da broca ou da extremidade da coluna. Informações e Cálculos para Controle de um Kick 81 águadekickppg, e gáságua, óleoppg,ppg, óleodekickppgppg gásdekickppg C V SIDPPSICP ou h SIDPPSICP kick kick kick kick an kick mudkick kick mudkick 348 348 77 7,7 0,6 0,6 *1706,0 *1706,0 r r r r rr rr Densidade do Kick Tipo de Kick 82 hmudnew hmud D,BHP ou D*,SIDPPBHP **17060 *17060 r r Pressão no Fundo h mudmudnew D SIDPP *1706,0 rr Densidade da Lama Nova Densidade da Nova Lama para Controlar o Kick 83 Quantidade de Baritina para Aumentar a Densidade da Lama • O peso de baritina por barril de lama requerido para se aumentar a densidade do fluido de perfuração e o decorrente aumento de volume de lama (Bbl) são dados pelas expressões: Bbl W V librasVWW B B mudBB 1500 * Volume de Lama (Bbl) Volume adicional de Lama (Bbl) devido a adição de baritina Peso de baritina lamadebbllibrasW mudnew mudmudnew B / 8,35 *1500 r rr 84 Pressão Inicial de Circulação - PIC • É a pressão de circulação a ser mantida no drill pipe, enquanto estiver sendo utilizada lama original, de modo a manter no fundo do poço uma pressão igual a pressão da formação adicionada de uma margem de segurança. Isto evitaria novas invasões durante a circulação do kick. 85 • É a pressão de circulação que deve ser mantida no drill pipe após a lama nova ter chegado na broca de modo a continuarmos a ter no fundo do poço umapressão igual ou ligeiramente superior à pressão da formação. Pressão Final de Circulação - PFC 86 Pressão Inicial e Final de Circulação do Kick Pressão Inicial de Circulação SIDPPPRCPIC Pressão Final de Circulação mud mudnewPRCPFC r r 87 Métodos de Controle de Kicks • Qualquer método tem os seguintes objetivos: – Expulsão do fluido invasor – Substituição da lama existente no poço por lama de densidade adequada para conter a pressão da formação que originou o kick. 88 • Três método são largamente utilizados: – Método do Sondador (Driller’s Method) • Consiste em primeiro expulsar o fluido invasor usando lama original, e em seguida, bombear lama nova até encher o poço. – Método do Engenheiro (Wait and Weight Method) • A circulação d fluido invasor é feita já com a lama nova, isto é, após proceder-se ao aumento de densidade. – Método Simultâneo • Aumento gradual e progressivo da densidade da lama, e em paralelo, na circulação do fluido invasor, até que seja atingido o peso da lama nova adequado ao controle da formação. Métodos de Controle de Kicks 89 Controle de Kicks em Águas Profundas • O controle do poço em águas profundas é afetado pelos seguintes aspectos: – Baixo gradiente de fratura e próxima da pressão de poros – Longas linhas de choke que causam aumento das perdas de carga levando a fratura da formação – Expulsão de gás remanescente que tenha ficado trapeado no riser 90 Kicks Gás em Fluidos Base Óleo A solubilidade do gás em fluido base óleo faz com o controle de kicks de gás nesses fluidos sejam mais críticos do que em outras situações. Quando o gás entra em contato com uma lama base óleo, parte dele se dissolve no fluido. A parte não dissolvida será função da pressão, temperatura, vazão e composição do gás. Se grande parte do influxo se dissolver no fluido de perfuração, a detecção do kick na superfície será prejudicada. Portanto, grandes quantidades de influxo podem ocorrer sem que sejam notados na superfície. A redução da pressão sobre o gás dissolvido quando a lama contaminada chega perto da superfície poderá fazer com que grande quantidade de gás saia de solução surpreendendo o pessoal da sonda. Dessa forma, o rápido fechamento do poço durante um kick de gás quando se esta usando fluido a base óleo é de grande importância. 91 Referências Bibliográficas Bourgoyne, A.T., M.E. Chenevert, K. Milheim, and F.S. Young. Applied Drilling Engineering, SPE Textbook Series, Richardson, Texas (1986). Grace, R. D. Advanced Blowout & Well Control. Houston, Texas: Gulf Publishing Company, 1994. 396 p. Artigos diversos da SPE (www.onepetro.org). Acesso gratuito a partir da UFRJ.
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