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Fichamento Pompeia cap. 5 História Antiga 2

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Fichamento - História Antiga 2
BEARD, Mary. Pompeia: a vida de uma cidade romana. Rio de Janeiro: Ed. Record, 2016.
Capítulo 5 – A sobrevivência: o padeiro, o banqueiro e o fabricante de garo
1. Biografia do autor e obras:
2. Resumo:
3. Identificar os objetivos principais: listá-los em forma de citação.
4. Identificação do tema: o tema não é o problema ou o objetivo do texto, mas o assunto que está sendo tratado. Por isso é só listar os temas principais abordados pelo (s) autor/es.
5. Tese (s) do autor (es): nem sempre a tese está explicita, nem mesmo no início do texto; ela pode estar nas entrelinhas ou no final do texto.
6. Ideias
Margens de lucro
1)- A julgar pelas etiquetas pintadas nas jarras encontradas na área, ele e seus sócios e subsidiários controlavam quase um terço do fornecimento local deste ingrediente básico da culinária romana – Pg. 179.
2)- Umbrício Escauro não era o único residente de Pompeia que celebrava explicitamente o seu negócio no piso da casa. Numa das principais entradas de outra propriedade enorme o visitante era saudado com o bordão no mosaico: “Bem-vindo, lucro!” – Pg. 180.
A economia romana
1)- Uma ilustração muito usada – ainda que pareça improvável – provém das profundezas da capa de gelo da Groelândia, onde ainda é possível encontrar resíduos da poluição da metalurgia romana, a qual só teve paralelo na Revolução Industrial – Pg. 181.
2)- A arqueologia submarina conta a mesma história. Foram encontrados mais barcos naufragados do período entre os séculos II a.C. e II d.C. no fundo do Mediterrâneo do que de quaisquer outros períodos até o século XVI – Pg. 181.
3)- De modo geral, o comércio era algo vulgar e os comerciantes não eram confiáveis. De fato, a partir do final do século III a.C., os maiores postos da sociedade romana, os senadores e seus filhos, foram expressamente proibidos de possuir “barcos oceânicos”, definidos como os que tinham capacidade para 300 ânforas ou mais – Pg. 181.
4)- A metalurgia romana pode ter poluído a Groelândia, mas há escassos traços de inovações tecnológicas como as que acompanharam a Revolução Industrial – Pg. 182.
A vida no campo e a produção rural
1)- É quase certo que a base da maior parte da riqueza da cidade estivesse na terra das áreas rurais e que as famílias proprietárias das maiores casas possuíam também outras propriedades na região circundante – Pg. 182.
2)- Algumas eram fazendas produtivas. Outras eram uma combinação dos dois. Certamente, um viés no que descobrimos nos leva a privilegiar os escombros mais substanciosos em detrimento das cabanas e choças dos camponeses mais pobres. Alguns arqueólogos suspeitam que houvesse o equivalente a favelas ou assentamentos de trabalhadores pobres no campos, foras das muralhas, mas não foram encontrados vestígios deles – Pg. 183.
3)- O Lucrécio Valente, como a maior parte da aristocracia pompeiana, fizeram fortuna com os produtos das suas terras, mesmo se não a trabalhassem diretamente – Pg. 183.
4)- Neste caso, a história se confirma pelas fotografias dos ossos ainda presos pelo metal, que foram tiradas ao serem descobertos, porém não sabemos se o escravo em questão era um trabalhador agrícola ou doméstico – pg. 184.
5)- Parte do território rural que circunda Pompeia certamente era usado para a pastagem de ovelhas, que forneciam lã e leite. Sêneca nos faz ver que parte desta criação podia ter uma escala relativamente grande quando afirma que um rebanho de pelo menos 600 reses morre com o terremoto de 62 d.C. – Pg. 184.
6)- Uma pequena propriedade ao norte de Pompeia recentemente escavada por completo, a Vila Regina (conhecida pelo nome moderno do lugar), perto de Boscoreale, demonstra o quão diversificada podia ser a produção mesmo quando havia o predomínio do vinho – Pg. 185.
7)- Os restos físicos da casa também assinalam um leque de cultivos mais amplo que as videiras. O que parece ser uma superfície para a debulha sugere também que se cultivavam cereais e havia um silo de feno para abrigar e alimentar animais – Pg. 186.
8)- Para seguir uma linha de especulação: suponhamos que, em 79 d.C., a cidade tinha aproximadamente 12 mil habitantes, além de outros 24 mil na área rural circundante (um tiro no escuro, baseado parcialmente em estimativas posteriores) – Pg. 187.
9)- Mesmo com estes cálculos otimistas, deve ter havido anos de escassez, seca ou perda de cultivos, levando os pompeianos a buscar alimentos em outras partes – Pg. 188.
10)- Columela, escritor do século I que tratava de agricultura, recomendava particularmente a cebola pompeiana, e Plínio descreveu em detalhes o repolho local, advertindo quem pensasse cultivá-lo que ele não suportava o clima frio – Pg. 188.
11)- No início do século I a.C., provavelmente antes da fundação da colônia de Pompeia, o vinho deixava a baía de Nápoles em direção ao Sul da França – Pg. 188.
12)- Outros carregamentos chegaram aos seus destinos a salvo. Eles incluem ânforas de vinho pompeiano que terminaram em Cartago, no norte da África. Alguns levavam uma inscrição com o nome L. Eumáquio. Fosse o viticultor ou simplesmente fabricante das jarras (os selos podiam indicar ambas as atividades), muito provavelmente tratava-se do pai de outra sacerdotisa pompeiana, Eumáquia, mais conhecida por ter patrocinado um dos maiores edifícios públicos no Fórum que agora leva o seu nome, o Edifício de Eumáquia – Pg. 189.
13)- Conclusão – De modo geral, não há razão para duvidar de que, independentemente de sua localização exata e do seu tamanho reduzido em comparação com os grandes centros comerciais de Putéoli ou Roma, o porto de Pompeia deve ter sido pujante, internacional e multilíngue – Pg. 191.
Comércios urbanos
1)- A agricultura não era apenas um atividade da zona rural. As atuais estimativas indicam que dentro das muralhas da cidade uns dez por cento das terras tinham uso agrícola, mesmo antes da erupção; em períodos anteriores esta proporção teria sido ainda maior – Pg. 191.
2)- Não surpreende, então, que tenham sido encontrados tantos exemplares de implementos agrícolas nas casas da cidade: forcados, pás, enxadas, ancinhos etc. – Pg. 193.
3)- Também é provável que a municipalidade controlasse os prédios comerciais e comunais mais importantes. Eles são mais difíceis de identificar do que se imagina. De fato, uma das maiores incógnitas na arqueologia pompeiana é saber a finalidade de muitos prédios grandes que circundam o Fórum, apesar de diversas declarações confiantes – Pg. 194.
4)- Muitos materiais escritos em grafites, em anúncios formais e em túmulos contribuem para o quadro ou nos fazem recordar outras ocupações que não deixaram vestígios tão inconfundíveis. Se contarmos todos os que são mencionados deste modo (sem incluir os ofícios conhecidos, como oleiro ou ferreiro, não mencionados explicitamente nos escritos, somamos mais de cinquenta modos de sobreviver em Pompeia: do tecelão ao lapidador de gemas, do arquiteto ao confeiteiro, do barbeiro à ex-escrava Nigella, descrita em seu túmulo como “guarda de porcos pública” (porcaria publica) – Pg. 197.
Um padeiro
1)- Entre a Casa dos Pintores Trabalhando e a principal artéria da Via dell’Abbondanza havia uma grande padaria cuja escavação terminou recentemente – Pg. 199.
2)- Como giravam os moinhos? Por tração humana ou animal? Ambas são possíveis, mas neste caso podemos ter certeza de que o processo dependia de mulas, burros ou cavalos pequenos – Pg. 202.
3)- Mas a verdadeira surpresa é a sala de jantar, enorme e ricamente decorada e com uma grande janela que se abria para o jardim. Embora fora de uso no momento da erupção (a julgar pelo monte de cal encontrada ali), ela estava pintada com uma séria de painéis alternados em vermelho e preto e no centro de cada uma das três paredes principais havia cenas com pessoas bebendo e banqueteando e casais reclinados nos braços uns dos outros. Comparadas com certas cenas pompeianas de sexo desenfreado, elas expressam paixão de um modo muitodecoroso e deram nome ao lugar: a Casa dos Amantes Castos – Pg. 204.
Um banqueiro
1)- Em julho de 1875 foram encontrados 153 documentos guardados numa caixa de madeira no piso superior do que se chama a Casa de Cecílio Jucundo, uma das descobertas mais extraordinárias das escavações de Pompeia – pg. 205.
2)- Ele era uma combinação romana peculiar de leiloeiro, intermediário e agiota. Na verdade, como atestam as tabuletas, ele ganhava dos dois lados no processo dos leilões, cobrando comissão dos vendedores de um lado e, do outro, emprestando dinheiro a juros para os compradores financiarem suas compras – Pg. 205.
3)- Além disso, eles eram assinados por até dez testemunhas e, por isso, fornecem o mais amplo registro que temos das pessoas da cidade. Contudo, é preciso fazer algumas ressalvas. Não sabemos por que os documentos haviam sido guardados, que proporção representavam dos negócios de Jucundo entre os anos de 27 a 62 d.C., nem o motivo destes terem sido escolhidos para serem guardados – Pg. 206.
4)- Juntos, compradores e vendedores, criados e funcionários e (os mais numerosos) as testemunhas listadas nos dão os nomes de uns quatrocentos residentes de Pompeia em meados do século I d.C. – Pg. 209.
O fabricante de garo
1)- Podemos acompanhar o negócio de garo de Aulo Umbrício Scauro e sua família a partir de uma variedade de etiquetas pintadas nos vasos cerâmicos e dos mosaicos do átrio. O molho de peixe era parte da dieta básica da culinária romana e era usado como condimento em quase tudo. Na interpretação mais favorável e otimista, seria algo semelhante aos molhos orientais atuais, elaborados com peixe fermentado – Pg. 214, 215.
2)- Umbrício e sua família certamente comercializavam, e provavelmente fabricavam, todo tipo de molhos de peixe, cuidadosamente diferenciados pelas etiquetas nas jarras. Eles alardeavam a alta qualidade de seus produtos com a hipérbole usual de um anúncio de venda: não só “o melhor molho de peixe” (liquminis flos), mas “molho de peixe da melhor qualidade” (liquanimis flos optimus) – Pg. 215.
3)- O extraordinário no negócio de garo é a escala dos lucros envolvidos. A maioria dos diversos ofícios e lojas em Pompeia operava em pequena escala, e para grande parte dos envolvidos, os lucros eram igualmente modestos, suficientes para sobreviver com um pouco de sobra...Mas o tamanho da casa e a quantidade de produtos que restaram sugerem que ali havia uma pequena fortuna – Pg. 216.
7. Problematizações principais
A economia romana
1)- Gerações de historiadores têm discutido a vida econômica do Império Romano, seu comércio e indústria, suas instituições financeiras, os sistemas de crédito e as margens de lucro. Por um lado, há os que enxergam a antiga economia em termos muito modernos. De fato, o Império Romano foi um vasto mercado único. Fortunas se criaram com a demanda de bens e serviços, que elevaram a produtividade e estimularam o comércio de modo inédito – Pg. 180, 181.
8. Listar as fontes e os principais autores (historiografia) mencionados no texto
9. Síntese crítica do texto:

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