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09/09/2014 1 “Todo e qualquer sistema de produção visa lucro. Para se obter lucro tem que se ter PRODUTIVIDADE. E produtividade animal é resultante da utilização dos recursos genéticos e do ambiente disponível em sua região, e das possíveis interações entre eles, com vista a conseguirem a maior produção com custo mais baixo.” Conseguir colocar o maior número possível de animais na propriedade; Quantidade de forragem/há; Máximo recurso genético; Escolha de grupamentos genéticos corretos, isto é, da espécie, da raça, da variedade, da família, da linhagem e do indivíduo. AGRUPAMENTO dos animais domésticos é o mesmo que taxonomia zootécnica ou classificação. Em ZOOTECNIA, tem sido considerada como o agrupamento mais importante. DEFINIÇÃO: 1. Semelhança dos indivíduos que a constituem, por possuírem caracteres particulares chamados raciais, entre os quais as suas qualidades econômicas e zootécnicas. 2. Hereditariedade desses caracteres e dessas qualidades econômicas. 3. Meio ambiente considerado o mesmo ou semelhante, para expressão desses caracteres e qualidades. 4. Origem comum. 5. Ter algo de convencional. “ RAÇA é um conceito convencional, que diz respeito a um conjunto de animais da mesma espécie, com origem comum, apresentando caracteres particulares, inclusive atributos econômicos, que os tornam semelhantes entre si, tanto quanto diferentes de outros agrupamentos d mesma natureza, e que são capazes de gerar, sob as mesmas condições ambientais ou semelhantes, uma descendência com os mesmos caracteres morfológicos, fisiológicos e econômicos ou zootécnicos.” Otavio Domingues - 1968 A domesticação direcionou o homem a constituir e criar animais diferenciados, tendo iniciado um processo lento e evolutivo na formação das várias espécies que, sucessivamente, foram domesticadas. Três motivos teriam influenciado neste processo: A. Espaço geográfico B. Manutenção de formas diferenciadas emergentes C. Aumento da produtividade Os focos de domesticação expandiram seus limites geográficos muito lentamente, com isso os pastores acasalavam seus animais, gerando a formação de agrupamentos constituído de animais parecidos, aproveitando, inclusive, as variações genéticas, sempre tendendo a formar lotes de animais semelhantes, os quais foram se agrupando em rebanhos fenotípica e genotipicamente diferenciados de outras formas. Ação da seleção natural produzida por fatores ambientais. 09/09/2014 2 O intercambio mercantil influenciou o homem a possuir animais com características próprias – INDENTIFICANDO SEU PROPRIETÁRIO BASE DAS RAÇAS ATUAIS O home procurou moldá-las de maneira a atingir, mesmo por critérios altamente empíricos, formas que imaginou serem ideais, transformando-as como padrão para seus animais. Primeiros objetivos: • A manutenção de animais semelhantes dentro do rebanho; • Velocidade resistência e força no cavalo; • Peso e elite nos bovinos; • Quantidade e qualidade de lã, etc... O homem começou a associar as características fenotípicas com produtividade, a princípio de forma errada (coloração da pelagem, postura e tamanho de chifres e orelhas, etc...) como se estas características pudessem identificar, definitivamente, os animais possuidores de atributos produtivos consideráveis. SELEÇÃO ATIFICIAL A raça passa a existir desde que os criadores de uma população animal proveniente da mesma origem, e com caracteres comuns, estabelecem a base de seu padrão, e se comprometem a mantê-lo por seleção de seus reprodutores, instituindo para isto um assentamento (LIVRO GENEALÓGICO) para aqueles, de seus animais, que correspondem a esse padrão. PADRÃO RACIAL – acordo estabelecido pelos criadores. LIVRO GENEALÓGICO “Nunca se deve perder de vista, que sempre a denominação de raça é, de boa parte, arbitrária e convencional.” ADAMETZ, 1943 Baseada nos conhecimentos de genética Seleção, melhoramento e cruzamento Os caracteres raciais, necessariamente, estão inseridos nas respectivas raças e esta presença lhe assegura feições próprias. Podendo ser agrupadas em: morfológicas, fisiológicas, etológicas e econômicas. Relacionadas com a conformação anatômica, a qual pode exprimir (tipo zootécnico), uma aptidão para a produção, expressão de sexualidade, assim como caracteres particulares, como coloração do pêlo e mucosas, posição de orelhas, chifres e perfil cefálico que se dirigem mais no sentido de formar o tipo étnicos. Estas características, menos aparentes, estão ligadas aos requisitos da adaptação ambiental, constituição orgânica e estado de saúde – inclusive resistência às enfermidades. 09/09/2014 3 Consideradas como ligadas ao temperamento, sociabilidade e instinto, as quais podem influir consideravelmente na produtividade. Consequentes das atividades fisiológicas e seu aproveitamento, sendo, portanto, de maior importância, motivo da própria exploração zootécnica. STANDAR: vem a ser o cânone da raça, o modelo ideal, que deve orientar os criadores nas seleções dos reprodutores da raça. Deve guiar a seleção; Estabelecido de comum acordo com os criadores (meio de distinção de pureza da raça). Para se formar o padrão de uma raça: Geralmente subsiste uma orientação comandada por características morfológicas exteriores, as quais em princípio, não tem correlação com a produtividade econômica dos indivíduos. A separação das raças é feita por caracteres mais vezes constituídos de “Fancy Points” (fantasias sem valor econômico); “Marca Comercial”. RAÇA PURA = Conjunto de animais homogêneos, não há “sangue” estranho ao da raça a que pertencem; são todos de PURO SANGUE (P.S.) ou PURO DE ORIGEM (P.O.). O animal deve ter certificado de inscrição, no livro genealógico da raça, contendo sua ascendência formada toda de animais P.S. . ANIMAL REGISTRADO = PEDEGREE Animal SEM RAÇA DEFENIDA – S.R.D. = MESTIÇO Quando se diz que certo animal tem sangue de determinada raça, ele apresenta visivelmente um ou outro caractere dessa raça. Tipo étnico definido, ou seja, oferecem características tais que nos levam a distinguir fisionomicamente o animal como pertencente a determinada raça, comparativamente à outra, independente da existência legal do registro. Finalidade econômica considerável, pois caracteres morfológicos podem estar, relativamente, relacionados com produtividade pela conformação. EX: corte, tração, leite, etc.. 09/09/2014 4 SIMENTAL LEITE CORTE Classificar raças constitui um trabalho puramente ordenatório e didático, independentemente da espécie. Pode ser quanto à: • ORIGEM • ECOLOGIA • APTIDÃO A. Primitiva: é a raça natural de certa região (surgimento espontâneo), e que se formou primeiramente por seleção natural ou quase, e depois por seleção artificial. B. Derivada: é a raça que provem de outra ou outras, ditas primitivas, por variabilidade ou por cruzamento. As espécies domésticas evoluíram em razão da exploração econômica das suas atividades fisiológicas, feita em maior ou menor intensidade, a depender do grau de melhoramento genético a que foram submetidas: melhor trato e alimentação, melhor condição de adaptação ao meio ambiente em que foram colocadas. Considerando o habitatonde surgiram e suas características de meio geográfico; algumas raças são de montanha, outras de planície, floresta, deserto entre outras... É quando uma raça, que se tenha espalhado em área geográfica de certa extensão, é possível formar-se agrupamentos de indivíduos aqui e ali, mais ou menos isoladamente, e que apresentem distinções sensíveis, de modo a permitir certa diferenciação entre a raça e os novos grupamentos. A diversividade pode basear-se em: • Atributos Zootécnicos; • Caracteres sem valor econômico: pelagem, conformação craniana... Holandesa Frísia - leite Holandesa M.R.Y. – leite e corte Holandesa Groningent - corte 09/09/2014 5 É conjunto de descendentes a partir de um casal, desde que se limite sua extensão por outro modo. Isto é, conjunto de descendentes diretos e colaterais até o 10º grau de sangue, ou seja, até a 5º geração. É constituída pelos seus descendentes “diretos”, a partir de um genitor, macho ou fêmea, os quais devem apresentar, com notável fixidez certos traços ou qualidades, os quais lhes foram legados por herança biológica, daqueles antepassados comuns. O mais comum é o reprodutor macho, porque este gera muito mais descendentes no mesmo espaço de tempo. Também existem linhagem encabeçadas por fêmeas. Qualquer grupamento de indivíduos apenas do ponto de vista numérico, desde que vivam em determinada área geográfica. INDIVÍDUO = à unidade, ao que não se pode dividir. O indivíduo nunca é totalmente igual a outro da mesma raça, variedade ou família, porquanto cada um se torna portador de um quinhão diferente da herança biológica dos antepassados. A. GENÓTIPO = é o indivíduo considerado segundo sua origem genética ou sua herança biológica. B. FENÓTIPO = é a expressão exterior do genótipo, sob a influência de determinadas condições do meio.
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