Resumo do documentário "(Dis)Honesty: The Truth About Lies"

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O Documentário (Dis) Honesty: The Thruth About Lies, conta como foi todo o 
processo de desenvolvimento e resultados com base em métodos científicos das pesquisas 
realizadas por Dan Ariely e sua equipe do Centro para Retrospectiva Avançada, da 
Universidade de Duke, onde o mesmo leciona. Essa pesquisa tem o intuito de avaliar como o 
comportamento humano age quando é necessário praticar atos que são desonestos, sendo contra 
o código de ética e moral que o ser humano aprende desde criança. 
1. O Experimento da Matriz 
No início do documentário, Dan Ariely explicou em uma palestra realizada na própria 
Universidade de Duke de como foi feito todos os estudos que mediria o quanto a pessoa faria 
até chegar em um momento que seria desonesto. Essas pesquisas vêm sendo realizadas pelo 
Centro de Retrospectiva Avançada desde 2002, começando por um experimento simples de 
Matriz, em que os participantes teriam 20 problemas matemáticos, que pedia que os indivíduos 
teriam que encontrar os números cuja soma desse 10, nesse teste os integrantes da pesquisa 
teriam 5 minutos – não sendo tempo suficiente para as 20 questões de matemática. Ao final do 
tempo cada membro que participou do experimento vinha até a frente da sala e falava para o 
pesquisador o número de questões que havia acertado, e de acordo com aquele número ganharia 
um dólar por cada resposta certa, para finalizar o papel era triturado como uma forma do 
participante comprovar que não trapaceou – mas a máquina foi modificada, fazendo com que 
somente os lados do papel fosse triturado. 
Nesse primeiro experimento, mais de quarenta mil pessoas fizeram o teste matemático 
e no final quase 70% trapacearam. Dentre esses que fraudaram, vinte são grandes mentirosos, 
por afirmarem que fizeram e acertaram os vinte problemas matemáticos, levando com eles cerca 
de U$ 400. Além disso foi descoberto que quase trinta mil participantes são pequenos 
mentirosos, levando com suas práticas desonestas aproximadamente cinquenta mil dólares. No 
final disso tudo é preciso observar que não são os grandes mentirosos que são os causadores 
dos maiores impactos econômicos, e sim os pequenos mentirosos, por estar em grande 
quantidade. 
2. Sobre o Fator Lorota 
Nos estudos realizados, a equipe de pesquisa definiu que entre a Honestidade e 
Desonestidade existe o Fator Lorota, que seria a junção de vários elementos que as pessoas 
usam de forma racional para explicar o ato desonesto que está praticando. Esses termos são, 
conflito de interesses, todo mundo está fazendo, preguiça, chegar a cometer próximo de um 
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crime, normas sociais, auto enganação, a criatividade, mentir para os outros, falta de 
supervisão, e o não estou machucando ninguém. 
2.1 Criatividade 
Foi a partir do experimento da matriz, que os pesquisadores perceberam que o ser 
humano cita várias explicações para justificar as trapaças que estavam cometendo, foi por isso 
que surgiu as variações, que no caso do segundo teste seria para medir a Criatividade. 
Novamente foi aplicado os 20 problemas matemáticos, nesse teste foram criadas várias 
situações em que era importante que as pessoas tivessem criatividade na hora de resolver as 
questões. 
E o que foi provado é que durante a realização do teste é que os indivíduos criaram todos 
os tipos de justificativas para explicar que o “o ato que estavam prestes a fazer era algo 
moralmente correto”. 
2.2 Auto Enganação 
Outro fator que foi citado é a da Auto Enganação, que é quando a pessoa mente tanto 
para si mesmo que acaba aquela mentira dita várias vezes se tornando uma verdade. Para 
comprovar essa teoria, foram formados dois grupos de pessoas diferentes, no primeiro é 
entregue problemas matemáticos difíceis de ser respondido, que no final do tempo praticamente 
ninguém saberia responder aquelas questões. Para o outro grupo, foi realizada a mesma 
atividade, questões de matemática com difícil resolução, só que no final da folha foram 
inseridas todas as respostas, só que quando esses membros concluíssem o teste matemático, 
seria entregue uma nova atividade com as mesmas questões, só que sem o quadro com o 
gabarito. 
O que foi constatado é que desses dois experimentos, os indivíduos do segundo grupo 
acharam que por ter visto o gabarito na folha anterior, seriam especialistas e teria um bom 
desempenho na tarefa seguinte, não conferindo se realmente as respostas estavam corretas para 
cada pergunta, mesmo quando realizado o pagamento com o número de questões acertadas. O 
resultado disso é que ficou comprovado que as pessoas acham que estão certas mesmo estando 
erradas. 
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2.3 Colaboração 
Foi realizado mais um teste com mais uma variação do Experimento da Matriz, nesse 
novo caso foi necessário que os participantes fizessem a atividade em Colaboração com os 
outros. E o que foi visto é que nessa atividade feita pela equipe do professor Dan Ariely, é que 
as pessoas passaram a fraudar mais ainda os problemas matemáticos, como se fosse um 
“Quando eu fraudar, você ganha mais. Quando você prática o mesmo ato, eu ganho mais”. 
2.4 Normas Sociais 
Foi novamente feito o Experimento da Matriz, nesse novo caso foi comprovado que as 
pessoas muitas vezes praticam fraudes por ser algo Socialmente Aceitável. Foi realizado dois 
tipos de teste, no primeiro foi realizado o experimento na Carnegie Mellon, todos que 
participaram estudavam na instituição, inclusive o ator que foi contratado. Esse ator que fez a 
prova entrega a prova toda feita em trinta segundos após a inicialização do tempo, prova essa 
que ninguém conseguiria responder no tempo máximo de cinco minutos, que que foi visto é 
que logo em seguida todos os outros participantes entregaram a prova cometendo fraudes. No 
segundo teste, foi colocado um ator da Universidade de Pittsburgh no meio dos participantes 
do experimento que estudam na Carnegie Mellon, o aluno da “Pitts” entrega a prova em trinta 
segundos, do mesmo jeito do teste anterior, os outros estudantes vendo aquilo acaba não 
praticando atos ilícitos, que no final lhe daria dinheiro de acordo com as questões acertadas. 
Isso acontece porque os alunos da Carnegie Mellon não querem que a instituição tenha pessoas 
que pratica fraudes como o aluno de Pittsburgh. 
2.5 Distância do Dinheiro 
É realizado novamente mais um experimento com os vinte problemas matemáticos, só 
que dessa vez teremos uma Distância do Dinheiro. O processo será o seguinte, o participante 
irá fazer a prova que tem o máximo de tempo de cinco minutos, só que ao invés no final ao 
invés de receber o dinheiro na mão, irá receber de acordo com os acertos ditos, fichas de poker, 
cada ficha desse dará direito a um dólar. 
O que foi notado é que nesse experimento as fraudes aumentaram o dobro do que tinha 
sido feito no começo dos testes do Centro para Retrospectiva Avançada. Isso pode ser um 
problema no futuro, visto que aos poucos o dinheiro está sendo trocado por cartões magnéticos 
ou por outros meios eletrônicos que distancie a pessoa da moedas e notas. 
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2.6 Os Dez Mandamentos 
É elaborado mais um experimento, dessa vez na Universidade da Califórnia em Los 
Angeles (UCLA), só que antes de começar a fazer a prova, foi pedido para que os participantes 
lembrassem e escrevessem os Dez Mandamentos. Segundo Ariely, zero pessoas lembraram de 
algum mandamento descrito na bíblia. Porém, mesmo não sabendo alguns dos mandamentos, 
nenhuma das quinhentas pessoas fraudaram a prova que resultaria em dinheiro no final. 
Podemos presumir que pelos dez mandamentos serem um código moral, as pessoas que 
participaram do teste acabaram percebendo que fraudar aquela prova iria diminuir ou acabar 
com a sua fibra moral. 
2.7 Código deHonra 
Com a ideia parecida com a dos Dez Mandamentos, é produzido mais um experimento 
pela equipe do economista comportamental, nesse novo teste ele é feito de duas formas, na 
primeira foi pedido que os participantes assinassem um termo em que se comprometia com o 
Código de Honra da instituição que estudava, já no segundo caso, foi avisado a todos que a 
instituição que a prova estava sendo aplicada possuía regras morais. 
No Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT), quando assinado o termo de 
compromisso nenhum participante dos experimentos trapaceou, aconteceu o mesmo para os 
que assinaram o mesmo termo na Universidade de Princeton. 
Já quando foi realizado o segundo teste, em ambas as instituições, os alunos foram 
somente avisados que naquele espaço educacional possuía um código de honra. Porém mesmo 
sendo anunciado que existia ali regras morais, os participantes do experimento trapacearam. 
Chegamos à conclusão nesse experimento, de que quando é citado o código de honra de 
uma instituição, as pessoas acabam lembrando da sua fibra moral fazendo com que seu 
comportamento de desonesto mude. 
2.8 Conflito de Interesses 
Dessa vez foi elaborado um novo teste, nesse caso o experimento é com pontos para 
tratar de mais uma variação do Fator Lorota, que seria o Conflito de Interesses. 
Neste teste o que ocorre é que a tela do computador será repartida ao meio por uma 
linha, de cada lado irá aparecer pontos, e a pessoa terá de apertar nos botões indicados para 
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informar qual o lado que tem mais pontos, só que para a surpresa de todos somente o lado 
direito é rentável no final do experimento. 
O que saiu como resultado é que, no começo do experimento, poucas pessoas 
começaram a mentir, mas ao longo desempenho do teste ficou provado que a pessoas passaram 
a clicar no lado direito mesmo sabendo que o lado esquerdo teria um ou dois pontos a mais que 
o direito. 
3. Experimento com Políticos e Banqueiros 
Durante a palestra no auditório da universidade que leciona, Dan Ariely cita que também 
foram realizados estudos em um bar movimentado por Políticos e Banqueiro em Washington 
D.C. E o que foi constatado é que entre um político eleito pela população para o Congresso 
Nacional dos Estados Unidos e um banqueiro, o que mais prática atos desonestos é o banqueiro. 
4. Testes realizados por um Neurologista 
Foram realizados exames neurológicos de como o cérebro da pessoa reage de acordo 
com a quantidade e intensidade das mentiras ditas pelo mesmo. E como resultado na primeira 
mentira, mesmo que ela seja pequena, ficou notado que a resposta do cérebro é muito forte na 
região ligada às emoções, que seria a Ínsula e a Amídala, já quando o indivíduo mente com a 
mesma intensidade, mas pela décima ou mais vezes, as respostas não são tão fortes como na 
primeira. Demostrando que a quantidade e a intensidade da mesma mentira fizeram com que o 
sistema nervoso central adaptasse. 
5. Conclusão 
Os cientistas que trabalharam nas pesquisas do Centro para Retrospectiva Avançada, 
fundada por Dan Ariely, avaliaram que para mudar esse problema de desonestidade das pessoas 
é necessário promover pequenas mudanças na sociedade e na cultura, caso isto não aconteça é 
provável que o impacto chegue a ser maior no futuro do que no presente. 
Durante a sua palestra, Dan Ariely é perguntado se existe alguma diferença nos dados 
quanto visto pelo lado do gênero (Feminino e Masculino) na hora de trapacear. Ele afirma que 
não existe nenhuma diferença entre os dois sexos, fazendo com que os dois pratiquem atos 
ilegais e desonestos do mesmo modo. 
Outra informação que pode ser citada, é que todos esses estudos que foram realizados 
nos Estados Unidos, foram feitos em outros países como Israel, Portugal, África do Sul, 
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Turquia, Colômbia, China e Alemanha, e obtiveram os mesmos resultados de nível de 
desonestidade das pessoas analisadas na “terra do Tio Sam”. 
6. Números 
Durante o documentário é citado número do quanto uma pessoa pode ser desonesta e 
acabar afetando toda a sociedade, seja diretamente ou indiretamente. Em uma das citações é 
afirmado que cerca de 15% da população estadunidense cometem fraudes na Receita Federal 
dos Estados Unidos, gerando um custo de U$ 40 bilhões ao ano a segurada do país. Outro 
número levantado é que os golpes aplicados na saúde custam ao Governo norte-americano 
valores que chegam a mais de U$ 200 bilhões por ano. 
7. O Que Já Vem Sendo Feito 
No Reino Unido, o governo criou uma Equipe de Ideias Comportamentais, que tem 
o intuito de criar ideias que possam reduzir os números de pessoas desonestas naquele país. Só 
com a aplicação da frase “Nove a cada dez pessoas pagam seus impostos em dia”, o governo 
Britânico viu a Receita Federal ter um aumento de 30% para 35% no pagamento dos impostos 
em dia. 
Outros dados levantados pela Equipe de Ideias Comportamentais, é que a Confiança 
Social ajuda também a diminuir os números de pessoas propícias a ser desonesto. Em países 
escandinavos mais de 60% da população confia na maioria das pessoas, coisa que países como 
África do Sul e América do Sul esses valores ficam abaixo de 10%. Isso mostra que a Confiança 
Social pode ser um bom caminho para impulsionar o crescimento econômico. 
8. Considerações 
De acordo com o Documentário, podemos análise que realmente a sociedade tem elos 
de desonestidade quando existe algum conflito de interesse. Porém, quando as pessoas são 
lembradas da ética e da moral, que aprendem seja com os pais ou com a própria escola, elas 
mudam seu comportando, passando a observar e pensar nas consequências que aquele ato 
desonesto geraria. E isso demostra que todo indivíduo nunca pensa no resultado a longo prazo, 
e sim a curto prazo. 
Outro ponto que poderia ser levantado, é que deveria sim existir novos estudos frente a 
essas variações do Fator Lorota, principalmente em países como o Brasil, Peru, Bolívia e 
Venezuela, que ultimamente anda tendo casos de corrupção e políticos. Faltou citar também 
como seria esses experimentos em locais que estão em conflitos armados, como Síria, Egito, 
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Palestina. Mesmo que países como África do Sul, China, Colômbia e tantos outros de terceiro 
mundo tenha sido visitados, eles não poderiam ser os únicos que deveria ter sidos visitado. 
O trabalho realizado por Dan Ariely e sua equipe, levantou hipóteses, teorias, 
desenvolveu experimentos e chegou a uma conclusão de que a sociedade mundial precisa mudar 
sua forma de pensar e agir, práticas desonestas devem ser analisadas e com pequenas 
intervenções como o do Governo Unido ou lembrar do código de ética que se aprende em uma 
escola, devem ser realizadas. Mesmo que o homem seja propício a falhas é necessário promover 
mudanças.