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FACULDADE FACI | WYDEN MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL ALUNO: NILSON SANTARÉM NUNES AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO COLD CALL CHAMPIONS COMO FATOR DE DIFUSÃO DA CULTURA ORGANIZACIONAL ENTRE COLABORADORES DA FACULDADE FACI | WYDEN RESUMO O presente artigo visa avaliar a implementação do projeto piloto Cold Call Champions, desenvolvido por colaboradores da Faculdade Faci | Wyden para melhoria das ações de ligação a interessados. Utilizou-se os conceitos de competividade, cultura organizacional e gamificação para contextualizar as interfaces nas quais o projeto se enquadra. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica qualitativa, com aplicação de estudo de caso por meio de roteiro de entrevista com aprofundamentos e baseando-se nas cinco disciplinas apontadas por Senge (2000) como alicerces das organizações de aprendizagem: domínio pessoal, modelos mentais, visão compartilhada, aprendizado em equipe e pensamento sistêmico. ABSTRACT This article aims to evaluate the implementation of pilot project Cold Call Champions, developed by Faci | Wyden´s employees for optimization of call team actions to contact interested people. The study used concepts of competitiveness, organizational culture and gamification to contextualize interfaces that the project fits in. The methodology applied was qualitative bibliographic research, with a case study supported by an interview script and based on five disciplines adopted by Senge (2000) as foundation for learning organizations: personal domain, mental models, shared vision, team learning and systemic thinking. PALAVRAS-CHAVE: gamificação, competitividade, cultura organizacional, aprendizagem. KEYWORDS: gamification, competitiveness, organizational culture, learning. 1 Introdução Estudos sobre o contexto mercadológico, suas especificidades e modos de otimizar resultados existem há um longo tempo. O número enorme de empresas e novos nichos de mercado atuando para despertar a atenção e proporcionar ação de compra no consumidor gera a necessidade de mais estudos sobre o que é competitividade, quais suas características e como uma corporação pode se tornar ainda mais competitiva. Sobre o tema competitividade, o conceito ajuda a compreender mais a sua aplicabilidade: A competitividade é um dos princípios da economia liberal (final do século XVIII) que teve como principais precursores David Ricardo e Adam Smith (...) pode-se afirmar que uma empresa possui vantagem competitiva quando é executada uma estratégia de criação de valor que ainda não foi praticada por nenhum de seus concorrentes atuais ou potenciais (RODRIGUES et al, 2014, p. 534) Desse modo, uma empresa que deseja obter sucesso precisa utilizar sua força interna de acordo com as competências e objetivos definidos como essenciais para o seu progresso. É também necessário desenvolver novas estratégias para ampliar sua participação no mercado, entregando cada vez mais e melhor para o consumidor de seu produto ou serviço. Um dos fatores que podem ser encontrados em muitos exemplos de empresas bem-sucedidas é a forte cultura organizacional operando diariamente, sobretudo por meio de colaboradores cuja performance é acompanhada por níveis altamente elevados de engajamento. Organizações possuem alta complexidade, visto que cada uma define sua missão, visão, valores, posicionamento, dentre outros fatores. Para Chiavenato, as organizações são "verdadeiros organismos vivos e em constante ação e desenvolvimento” (CHIAVENATO apud DUARTE e NOGUEIRA OLIVEIRA, 2017, p. 64). É por meio dessas definições que vai sendo tecida a cultura organizacional. Fleury (2006) apresenta a seguinte conceituação do termo cultura organizacional: O conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou desenvolveu ao aprender como lidar com os problemas de adaptação externa e integração interna e que funcionaram bem o suficiente para serem considerados válidos e ensinados a novos membros como a forma correta de perceber, pensar e sentir, em relação a esses problemas. (FLEURY apud DUARTE e NOGUEIRA OLIVEIRA, 2017, p. 64) Ela, portanto, constitui a reunião de princípios, valores e visão compartilhados entre os colaboradores de uma organização. A cultura organizacional define como serão as relações internas e também com a sociedade externa, consumidores, outras empresas, etc. Vale ressaltar a força da cultura, que quando bem definida e estabelecida, perdura mesmo com mudanças no quadro de colaboradores. Uma cultura sólida e planejada estimula e motiva o quadro funcional, além de conferir identidade aos indivíduos que dela são membros. Isso gera comprometimento maior inclusive do que os interesse individuais (ROBBINS, 2010 apud DUARTE e NOGUEIRA OLIVEIRA, 2017, p. 64). Diante desse cenário, novas formas e técnicas de melhoria da competitividade surgiram para viabilizar a distinção de empresas perante a concorrência. A gamificação (originada do termo em inglês gamification) é uma aposta de diversos setores para transformar o modo como certas demandas e processos são realizados, ou mesmo para estimular o envolvimento dos colaboradores. No contexto organizacional, a gamificação "é a lente pela qual uma empresa pode visualizar no que as pessoas estão interessadas e como você quer que elas realizem suas atividades?" (LIYAKASA, 2012, p. 14, tradução nossa)1 Os elementos de jogos, aplicados em contextos distintos, podem ampliar a vontade de realizar demandas, aumentando o lucro, o número de clientes ou mesmo contribuindo para a gestão do conhecimento entre os colaboradores, 1 Gamification, in a sense, is the lens through which an enterprise can see "what people are interested in and what do you want them to do?" (LIYAKASA, 2012, p. 14) conferindo poder por meio da informação sobre seu ambiente de trabalho, inclusive sobre os demais setores. O presente artigo visa realizar uma análise do Projeto Cold Call Champions, incluindo pesquisa qualitativa com participantes para verificar se ocorreu de fato a gestão do conhecimento por meio da aprendizagem organizacional, voltada à inteligência de mercado (criar diferenciais na organização perante a concorrência). 2 Gamificação A gamificação é um conceito que vem expandindo o escopo de empregabilidade ao longo do tempo. As primeiras referências ao termo datam de 2002, sendo o programador de computadores e pesquisador britânico Nick Pelling um dos primeiros a tratar de jogos e seus elementos em outros contextos (VIANNA et al, 2013, p 13). Mas o que seria um jogo? A definição abaixo auxilia na compreensão: O jogo é mais do que um fenômeno fisiológico ou um reflexo psicológico. Ultrapassa os limites da atividade puramente física ou biológica. É uma função significante, isto é, encerra determinado sentido. No jogo existe alguma coisa “em jogo” que transcende as necessidades imediatas da vida e confere um sentido à ação. Todo jogo significa alguma coisa. (MASTROCOLA, 2012 apud VIANNA et al, 2013, p. 15). Jogar influencia aspectos cognitivos, culturais, sociais e afetivos. O jogo possibilita aprendizado e negociação em ambiente mediado por regras. Por meio do jogo, o indivíduo pode aprender a adiar o prazer imediato visando a obtenção de recompensas maiores a médio e longo prazo. Ainda, é possível melhorar a colaboração e o trabalho em equipe (TOLOMEI, 2017, p. 151). Foi a partir de 2011, com a obra Reality is broken: why games make us better and how they can change the world, que McGonigal apresentou estudos que elevaram o conceito de gamificação a outro patamar, despertando a curiosidade sobre suas potencialidades (BRUNETTI CANI et al, 2017, p. 460). Um exemplo de definição para o termo gamificação: A gamificaçãoconsiste na elaboração de protótipos, sistemas ou modelos com foco nas pessoas, considerando a motivação, o sentimento de enfrentar e vencer desafios e a interatividade. Incide no emprego da mecânica de games em situações não inseridas propriamente no contexto dos jogos (MCGONIGAL, 2011 apud BRUNETTI CANI et al, 2017, p. 460-461). Gamificar significa, então, utilizar desafios, recompensas, reconhecimentos e diversos outros elementos característicos de um jogo em outros contextos (educação, negócios, saúde, etc.). Tarefas que antes poderiam ser consideradas maçantes, com recompensas podem alcançar outro nível de atratividade. Desse modo, essa visão já considera a gamificação para além da simples transposição de elementos de jogos a contextos de não-jogos, sendo uma importante ferramenta para impulsionar os resultados obtidos nas organizações. Essa tendência é corroborada por pesquisas como a realizada pela MTV norte-americana, que entrevistou jovens nascidos entre 1980 e 2000 (Geração Y). Um total de 50% dos participantes “afirmaram reconhecer aspectos dos jogos aplicados a diversos campos da vida cotidiana” (VIANNA et al, 2013, p. 11). E segundo a BPW Foundation, pelo menos 75% da mão de obra global terá esse pensamento (MJV, 2016) e as projeções econômicas são animadoras: o mercado global de gamificação alcançará a quantia de U$5.5 bilhões até o final do ano de 2018 (VIANNA et al, 2013, p. 11). Helen Routledge, em sua obra Why games are good for business (2016), apresenta os estudos da Kenan-Flagler Business School, que demonstram resultados animadores para os entusiastas do uso de games e gamificação como modo de otimizar a performance dos indivíduos. Jogadores foram de 10 a 20% melhores em atividades cognitivas e de percepção em comparação a não-jogadores. Ainda, Routledge menciona o estudo publicado por Traci Sitzmann (2011) que analisou o efeito do uso de tecnologias aliadas aos elementos dos jogos em situação de aprendizado. Jogadores avaliados mostraram eficácia pós-treino maior em 20%, conhecimento declarativo ampliado2 (11%), maior conhecimento procedimental3 (14%) e melhor retenção (9%) em comparação a indivíduos usando métodos de aprendizado não- baseados em jogos (ROUTLEDGE, 2016, p. 23). 2.1 Elementos principais dos jogos Qualquer jogo, independente do seu tipo, é uma forma de brincar. Para Vianna, "a brincadeira é, portanto, uma atividade lúdica não estruturada que ocorre de modo espontâneo" (VIANNA et al, 2013, p. 25). Diversos autores apresentam elementos que para eles são característicos de qualquer jogo. Jane McGonigal reúne quatro características que em sua visão são essenciais ao jogo: meta, regras, sistema de feedback e participação voluntária. A meta representa o motivo, a razão pela qual o jogador vai buscar a realização da demanda proposta. Ela serve como o direcionamento, norteando o indivíduo e ajudando-o a focar sua atenção dentro das condições estabelecidas no jogo. É o senso de propósito, justificando a realização das ações. Vale ressaltar a diferença com o objetivo, que visa a conclusão de uma tarefa. Uma meta atualizável, que pode ser revista e ampliada constantemente, não precisa ser finalizada após sua conclusão (MCGONIGAL apud VIANNA et al, 2013, p. 28). As regras são a segunda característica presente nos jogos. Elas "inserem limitações em como os jogadores podem alcançar um objetivo" (MCGONIGAL, 2011, p. 64, tradução nossa)4. É importante definir bem as regras, pois os desafios do jogo precisam estimular e testar os limites dos usuários com equilíbrio, visto que condições inatingíveis geram desestímulo e redução no envolvimento. Quando planejadas, as regras liberam a criatividade do jogador, estimulando-o a pensar de forma estratégica para avançar no jogo. O feedback é a terceira característica, com função primordial de informação. O sistema de feedback mostra a proximidade dos jogadores em 2 O conhecimento declarativo estaria relacionado àquilo que o sujeito diz saber, ou seja, ao "o que". (LIBERALI, 1996, p. 22) 3 O conhecimento procedimental, por sua vez, está relacionado ao conhecimento do processo, do "como". (LIBERALI, 1996, p. 22) 4 “The rules place limitations on how players can achieve the goal." (MCGONIGAL, 2011, p. 64) concluir objetivos. São diversas as formas de trazer o feedback: sistemas de pontuação, de níveis, barra de progresso, entre outros. Independente da sua apresentação, é importante manter a atualização disponível aos jogadores. Por meio do feedback constante, a motivação perante o jogo será alimentada (MCGONIGAL apud VIANNA et al, 2013, p. 28-29). Por fim, mas não menos importante, apresenta-se a participação voluntária como quarta característica inerente aos jogos. Para ocorrer um jogo, independentemente do tipo, pressupõe-se a aceitação por parte do jogador de todas as metas, regras, sistema de feedback e demais elementos envolvidos no ato de jogar. Essa aceitação traz a estabilidade para que múltiplos jogadores participem do processo, viabilizando a visão dos criadores para o jogo. Ainda, a liberdade para entrar ou sair de um jogo por vontade própria assegura que o trabalho intencionalmente estressante e desafiador é experimentado como atividade segura e prazerosa. (MCGONIGAL, 2011, p. 65, tradução nossa)5 2.2 Elementos complementares dos jogos Certamente outros elementos surgem nos jogos, mas McGonigal (2011) afirma que as demais características não definem o jogo em si. Elas reforçam as quatro características principais, estimulando uma relação de maior proximidade com os jogadores, atraindo sua atenção para o jogo proposto. As recompensas são elementos que auxiliam bastante na manutenção da motivação dos jogadores para continuar avançando no contexto do jogo. A motivação em si pode ser definida como o contexto no qual: Articulam-se as experiências vividas pelo sujeito e se propõe novas perspectivas internas e externas de ressignificação desses processos, a partir do estímulo à criatividade, ao pensamento autônomo e propiciando bem-estar ao jogador." (VIANNA et al, 2013, p. 30). Avançando ainda mais no conceito, a motivação pode se apresentar de duas formas: intrínseca e extrínseca. Quando um indivíduo tem a proatividade 5 "And the freedom to enter or leave a game at will ensures that intentionally stressful and challenging work is experienced as safe and pleasurable activity." (MCGONIGAL, 2011, p. 65) de buscar realizar uma ação, ou seja, seu desejo próprio gera o envolvimento com a atividade, tem-se a motivação intrínseca. Por outro lado, a relação do sujeito com a atividade pode ser motivada por uma recompensa externa, como por exemplo maior reconhecimento em seu ambiente de trabalho. Nesse caso, a motivação é extrínseca (VIANNA et al, 2013, p. 30). As recompensas ocorrem de variadas formas e podem ser classificadas dentro de cinco categorias: status, acesso, influência, brindes e giftings. Mecanismos que trabalham o status envolvem formas de evidenciar e classificar jogadores com base em sua performance. Eles podem ocorrer por sistemas de pontuação (points), níveis (levels), realizações (achievements), medalhas (badges) em homenagem a conquistas significativas, entre outros. Quando bem empregados, ampliam as oportunidades para que o jogador experimente o êxito em suas ações e seja publicamente reconhecido (VIANNA et al, 2013, p. 36). O acesso, por sua vez, refere-se ao compartilhamento programado a conteúdos especiais, informações privilegiadas e condições especiais dentro do jogo. Outra forma de trabalhar essa categoria seria o não-acesso, isto é, a remoção de alguma funcionalidade como forma punitiva em resposta à quebra de alguma regra (VIANNA et al, 2013, p. 36). A influência tem relação com os sistemas de feedback. Na influência direta, a colaboração é estimulada por meioda participação e construção coletiva. Desse modo, os jogadores podem fazer sugestões e manifestações para melhoria da experiência conjunta com o jogo. Já a influência indireta pode ocorrer quando, de maneira voluntária ou não, o jogador conquista influência para alterar o destino de outros participantes (VIANNA et al, 2013, p. 36). Os brindes são pequenos agrados que podem ser distribuídos no contexto do jogo (benefícios, dicas) ou até externamente (brindes físicos) e funcionam inclusive como feedback rápido sobre conditas adequadas ao propósito do game. Os giftings relacionam-se com a interação entre jogadores e correspondem à troca de presentes entre jogadores, reforçando as relações e o engajamento de modo geral. Vale ressaltar que tanto brindes quando o gifting precisam ocorrer de modo equilibrado, pois podem conduzir jogadores a tomar ações apenas pensando em obter recompensas. Ainda, a relevância dessas formas inesperadas de presente pode ser reduzida perante uma constância muito elevada de gratificações (VIANNA et al, 2013, p. 36). Ainda, uma história envolvente pode tornar o objetivo mais interessante e múltiplos jogadores participando representam prolongamento da experiência, inclusive tornando o resultado final mais imprevisível e estimulante para alcançar. 2.3 Categorias de jogos Os jogos, dependendo de sua complexidade, permitem variadas formas de interação. A aplicabilidade é enorme, em diversos âmbitos da vida cotidiana. Desse modo, faz-se necessária a apresentação de três principais categorias de jogos. A primeira diz respeito aos jogos analógicos, que utilizam meios digitais para funcionamento. Os jogos de tabuleiro como xadrez e damas são analógicos, mas existem outros tipos de jogos que entram nessa definição. Por exemplo, Banco Imobiliário, War, jogos atléticos como futebol, jogos de palavras cruzadas e dinâmicas de grupo utilizadas em treinamentos e processos seletivos também são considerados analógicos (VIANNA et al, 2013, p. 25-26). Por sua vez, os jogos digitais são, mas não exclusivamente, representações eletrônicas que utilizam, em nível mais abstrato, auxílio de recursos computacionais. A existência de mundos fictícios essencialmente abstratos distingue jogos digitais de jogos não-digitais. Um mundo fictício pode até ser compartilhado em jogos analógicos, por exemplo, mas ficará restrito à imaginação dos participantes. Em jogos digitais, esse mundo fictício é compartilhado e delimitado para todos os usuários (LUCCHESE e RIBEIRO, 2009, p. 09). Há também os jogos denominados pervasivos. Segundo o dicionário da língua portuguesa, o termo pervasivo faz referência a algo que tende a se espalhar, infiltrar, propagar ou difundir por toda parte (DICIO, 2018). Os jogos pervasivos ampliam as experiências dos usuários, pois mesclam ações que envolvem tanto o mundo físico como também espaços eletrônicos. A intenção é, em última instância, tornar as fronteiras tão imperceptíveis que o jogador não saiba diferenciar onde inicia e termina a vida real. Outro diferencial é que jogos pervasivos utilizam tecnologias como redes wifi, bluetooth, smartphones para conectar o jogador 24 horas por dia, sete dias na semana. Além disso, dispositivos de realidade aumentada como controles Wii, Move, Kinect e óculos Rift estendem os sentidos do jogador, elevando a jogabilidade a um nível ainda mais físico: mover o braço como se estivesse jogando uma bola de boliche, mover a cabeça para explorar o ambiente virtual, etc. (VIANNA et al, 2013, p. 27). Os jogos pervasivos, em resumo, combinam o lúdico, as tecnologias da comunicação e a ficção para conferir maior sentido ao que é proposto. 2.4 Perfis de jogadores A existência de jogos só é possível devido ao fato de que em cada ser humano há o potencial para ser um jogador. Isso porque há uma atração natural para dinâmicas que envolvam estratégia ou competição (VIANNA et al, 2013, p. 33). São diversos os perfis que um jogador pode assumir. Visando a sistematização dos estudos sobre o tema, Richard Bartle apresentou o resultado do trabalho Hearts, Clubs, Diamonds, Spades: Players Who Suit MUDs, no qual os jogadores entram em pelo menos um dos quatro grupos abrangentes catalogados: predadores (killers), realizadores (achievers), exploradores (explorers) e socializadores (socialisers). Bartle apresenta o seguinte esquema para posicionar os perfis de jogadores em relação aos elementos ação, interação, jogadores e mundo. Imagem 1: tabela com perfis dos jogadores inseridos na dinâmica de elementos ação (acting), interação (interacting), jogadores (players) e mundo (world). Fonte: BARTLE, 1996, p. 24). Predadores (killers): sua motivação principal está na ação (acting) com outros jogadores (players). Um predador deseja ser o melhor, podendo até ter comportamento agressivo nas relações para assegurar sua liderança. São competitivos, intensos e gostam de exaltar seus triunfos. Eles inclusive podem realizar ações visando prejudicar outros jogadores que atrapalhem sua vitória no jogo. De acordo com testes realizados pela companhia GamerDNA, apenas 1% dos jogadores correspondem a esse perfil (VIANNA et al, 2013, p. 34). Realizadores (achievers): estão interessados sobretudo em realizar ações no jogo, ou seja, agir (acting) no mundo (world). A atração está em concluir as ações propostas no menor tempo possível. São focados e atraídos pela sensação de vitória por meio da realização adequada das atividades. Correspondem a 10% do total de jogadores (VIANNA et al, 2013, p. 34). Exploradores (explorers): gostam de ser surpreendidos pelo jogo, interagindo (interacting) com o mundo (world) para descobrir todas as suas possibilidades. Sua natureza curiosa pode levá-los a estudar para adquirir o conhecimento e habilidades necessários para alcançar os melhores resultados. Gostam de interagir, mas não consideram a presença de outros jogadores essencial para seu desenvolvimento. Gostam de ser reconhecidos como fontes de conhecimento sobre o jogo e tendem a valorizar mais o percurso em detrimento da conquista. Também correspondem a 10% do total de jogadores (VIANNA et al, 2013, p. 34-35). Socializadores (socialisers): são movidos pelas interações (interacting) com os demais jogadores (players). valorizam muito as relações e amizades construídas ao longo do jogo, bem como sua influência nesse contexto. o ambiente do jogo é um detalhe, pois são os jogadores que tornam a experiência realmente atrativa. O jogo é uma oportunidade de interação social, portanto valorizam ações realizadas em conjunto. São a maioria, correspondendo a aproximadamente 80% da totalidade de jogadores existentes (VIANNA et al, 2013, p. 35). 2.5 Cultura Organizacional O mercado de trabalho requer a atualização das empresas no que tange às estratégias de competitividade. Nesse sentido, é fundamental ter bem definida e difundida uma forte cultura organizacional, que irá conduzir as ações dos colaboradores em busca da missão e visão propostas. Convém a conceituação do termo cultura: Para Souza (1978), Martin (1992) e Machado (2005) a cultura pode ser dividida em três elementos, cada um abrangendo uma série de fenômenos interdependentes. São eles: (1) preceitos compreendidos como conjunto de normas, valores, regulamentos, política administrativa, tradições, estilos gerenciais, questões formais (leis), assim como costumes, rituais, padrões e aspectos informais que são seguidos tacitamente; (2) tecnologia, sendo entendida como conjunto de instrumentos, processos, layout, distribuição de tarefas, divisão de trabalho e fluxo organizacional, subsidiando a função técnica, metodológica científica, racional e operativa da organização; (3) caráter, como um conjunto de expressões ativas e afetivas dos indivíduos da organização, manifestações subjetivas, as percepções,os sentimentos e as reações positivas ou negativas dos sujeitos organizacionais características dos comportamentos grupais. (SCHREIBER, 2015, p.243) A cultura organizacional pode ser entendida como códigos, práticas e posturas estimuladas no contexto da empresa. Uma cultura organizacional que permita novas propostas para otimizar fluxos e processos de trabalho estimula a gestão do conhecimento. Segundo Terra, a gestão do conhecimento passa pela “compreensão das características e demandas do ambiente competitivo e pelo entendimento das necessidades individuais e coletivas associadas aos processos de criação e aprendizado” (TERRA, 2015, p. 01-02). Desse modo, ideias que estimulem o crescimento profissional e que fujam dos processos e condutas rotineiros encontram um momento favorável, conforme explicita Terra: Os trabalhadores, por sua vez, vêm aumentando, de forma considerável, seus patamares de educação e aspirações, ao mesmo tempo que o trabalho passa a ter um papel central em suas vidas [...] Esta coincidência aponta, de um lado, para uma grande oportunidade: a de se criar círculos virtuosos de geração de conhecimentos. Estes ocorrem no momento em que as empresas cientes da necessidade de se reinventarem, de desenvolverem suas competências, de testarem diferentes idéias, de aprenderem com o ambiente e de estarem sempre buscando grandes desafios, adotam estilos, estruturas e processos gerenciais que desencadeiam processos semelhantes no nível individual. (TERRA, 2005, p. 02) O Projeto Cold Call Champions surgiu de uma necessidade de dinamizar a ação do time de colaboradores da Faculdade Faci | Wyden. Nele, o conceito da gamificação foi proposto para ampliar o engajamento dos colaboradores nas ações de ligação, bem como aumentar a aprendizagem organizacional por meio da gestão do conhecimento tratado no Projeto. 3 Projeto Cold Call Champions 3.1 Apresentação do Projeto O projeto Cold Call Champions foi desenvolvido e implementado no ano de 2017 (de julho a novembro) para aplicação do conceito de gamificação na realização de ligações, auxiliando o setor de Admissões no contato com as bases de leads geradas em eventos e ações de captação. Imagem 1 – Marca do Projeto Fonte: acervo da Faculdade Faci | Wyden. 3.2 Dinâmica do Projeto As inscrições para participação foram abertas durante dez dias e poderiam ser realizadas por qualquer colaborador, desde que validadas pelo seu gestor direto. Como critérios para ingresso, o colaborador precisava dispor de pelo menos três horas semanais (durante seu horário de trabalho), além de obter aproveitamento de pelo menos 50% em um questionário composto por 44 perguntas de múltipla escolha sobre a faculdade, benefícios e serviços ofertados aos alunos. A intenção foi atrair colaboradores com proatividade, que desejavam ampliar suas habilidades comunicativas em atividades além do escopo do seu cargo atual. A dinâmica do jogo era acumular pontos por meio das atividades propostas, utilizando a plataforma Gametize (disponível em desktop e aplicativo para smartphones). Imagem 2 – Ambiente da plataforma Gametize, para dinâmica do Projeto. Fonte: acervo da Faculdade Faci | Wyden. Os participantes poderiam solicitar a qualquer momento listas de contatos para ligação. Existiam três categorias de challenges (desafios) para acúmulo dos pontos: insígnias, para ligações bem-sucedidas; influenciador, para agendamentos bem-sucedidos de visita à faculdade; e medalhas, que dependiam das ligações que resultavam em novas matrículas. Imagem 3 – Detalhes dos Challenges (Desafios) do Projeto Fonte: acervo da Faculdade Faci | Wyden. Por meio de edital divulgado nos canais de comunicação interna, os interessados conferiram as informações gerais de funcionamento do Projeto e cronograma, que seguiu as datas na tabela: Tabela 1 – Cronograma do Projeto Etapas Data 1ª reunião de concepção do Projeto 18/07/17 1ª proposta de edital do Projeto 20/07/17 Divulgação do Edital finalizado 09/08/17 Apresentação aos colaboradores 11/08/17 (Sala 505) E-mail marketing (conclusão de inscrição por meio do quis de entrada) 14/08/17 1a divulgação Informativo Weekly: apresentação 16/08/17 2a divulgação Informativo Weekly: participantes 23/08/17 Início do Projeto Cold Call Champions Faci 16/08/17 1ª divulgação do ranking Até 06/09/17 2ª divulgação do ranking* Até 25/08/17 3ª divulgação do ranking* Até 01/09/17 Data limite para alcance da meta Até 08/09/17 Reunião de resultados 28/09/17 Almoço de premiação com divulgação do ranking final 29/11/17 *Itens sublinhados estavam previstos, mas não ocorreram. Fonte: acervo da Faculdade Faci | Wyden. 3.3 Organograma do Projeto Imagem 4 – Organograma do Projeto Fonte: elaborado pelo autor. 3.4 Funções dos Envolvidos • Diretor Geral - Incentivo ao desenvolvimento do Projeto Cold Call Champions; - Validação do edital do Projeto; - Definição das metas a serem alcançadas pelos jogadores; - Definição da premiação aos melhores desempenhos individuais; - Acompanhamento do avanço do Projeto e participação dos jogadores. • Colaborador 1 - Business Intelligence: organização de leads por entrada, evento para distribuição estratégica entre os participantes; Diretor Geral Colaborador 1 Colaborador 2 Colaborador 3 Colaborador 4 Colaborador 5 Colaborador 6 Colaborador 7 - Acompanhamento de métricas referentes ao Projeto (nº de ligações, nº de agendamentos e matrículas); - Autorização de conquista dos pontos pelos participantes, após comprovado o alcance dos requisitos; - Monitoramento do uso da plataforma Gametize pelos jogadores; - Reporte constante à Direção Geral sobre o avanço do Projeto; • Colaborador 2 - Concepção do Projeto Cold Call Champions; - Elaboração e validação do edital do Projeto Cold Call Champions; - Desenvolvimento da sistemática do game na plataforma Gametize: elaboração dos Challenges (desafios); - Elaboração de layouts de divulgação dos participantes, rankings atualizados e comunicados; - Autorização de conquista dos pontos pelos participantes, após comprovado o alcance dos requisitos; - Monitoramento do uso da plataforma Gametize pelos jogadores; - Reporte constante à Direção Geral sobre o avanço do Projeto; • Colaboradores 3 a 7 - Inscrição e participação no Projeto Cold Call Champions; - Reporte diário aos colaboradores 1 e 2. 4 Metodologia Trata-se de uma pesquisa bibliográfica. Segundo Oliveira, “é uma modalidade de estudo e análise de documentos de domínio científico tais como livros, periódicos, enciclopédias, ensaios críticos, dicionários e artigos científicos” (OLIVEIRA, 2007 apud SÁ-SILVA; DE ALMEIDA; GUINDANI, 2009, p. 5). Dessa forma, envolve um levantamento de informações a partir de autores que são referência no assunto e por meio de estudos reconhecidos pelo domínio científico. Quanto à classificação, optou-se por trabalhar com a característica qualitativa, pois trata-se da análise subjetiva do fenômeno. Conforme Godoy explica: Segundo esta perspectiva, um fenômeno pode ser melhor compreendido no contexto em que ocorre e do qual é parte, devendo ser analisado numa perspectiva integrada. Para tanto, o pesquisador vai a campo buscando “captar" o fenômeno em estudo a partir da perspectiva das pessoas nele envolvidas, considerando todos os pontos de vista relevantes. (GODOY, 1995, p. 21) No estudo de caso em questão, buscou-se a compreensão da opinião dos entrevistados por meio de um roteiro de entrevistas, envolvendo variáveis relacionadas à gamificação. O instrumento a ser trabalhado será um roteiro de entrevista baseado nas cinco disciplinas apontadas por Senge (2000) como alicerces das organizações de aprendizagem: domínio pessoal, modelos mentais, visão compartilhada,aprendizado em equipe e pensamento sistêmico (SENGE, 2000 apud GONZALEZ; DE CAMPOS, 2015, p. 478). A análise utilizará a técnica de alinhamento de depoimentos, buscando-se identificar informações coerentes com a proposta do estudo. Para cada variável, uma questão foi elaborada visando desenvolver a percepção do entrevistado acerca do Projeto de modo geral. A seguir, apresentam-se as variáveis, funções, indicadores e perguntas: Variável Função da variável Indicador Perguntas Domínio pessoal Verificar motivação e competitividade Conhecimentos adquiridos e lembrança de informação aprendida. Gostaria que você falasse da experiência que você teve no projeto Cold Call Champions. Você acredita que contribuiu para seu desenvolvimento pessoal e por que? Aprofundamento 1: Como você avalia o conhecimento repassado durante o projeto, para seu desenvolvimento e aprendizado? Aprofundamento 2: Você consegue lembrar de alguma informação que aprendeu sobre a empresa durante a realização do projeto? Qual? Mapas mentais Verificar pressupostos e testar a sistemática construída para o projeto. Adaptação, mudanças realizadas pelos participantes. Gostaria que você falasse sobre o modo de funcionamento do projeto. Você acredita que se adaptou bem à forma estabelecida pela equipe para realização do projeto? Aprofundamento 1: Houve alguma ação na qual você preferiu agir de forma diferente da sugerida pela equipe? Aprofundamento 2: Na sua opinião, o projeto seguiu o fluxo de comunicação praticado na empresa? Aprofundamento 3: e isso foi benéfico para o andamento do Cold Call Champions? Visão compartilhada Verificar a comunicação. Ciência sobre comunicados, uso da plataforma sugerida gametize, entendimento do objetivo do projeto. Baseado na sua experiência, como você avalia a comunicação sobre as metas e em geral entre a equipe participante durante o projeto? Aprofundamento 1: você ficava ciente das divulgações de ranking, script de ligações e outras informações sobre o projeto? Aprofundamento 2: Você usou a plataforma gametize (no computador ou celular), para verificação de sua pontuação, dos desafios propostos no projeto? Fale sobre sua experiência. Aprofundamento 3: Na sua opinião, a meta (objetivo) do projeto ficou claro? Qual era o objetivo do Projeto Cold Call Champions? Aprendizado em equipe Aprendizagem e acompanhamento dos participantes. Lembrança de aprendizados, Interação realizada com a equipe. Quais foram os principais aprendizados que você teve durante a realização do projeto? Fala sobre eles. Aprofundamento 1: Você aprendeu com os treinamentos e vendo a atuação dos seus colegas? Fala sobre essas experiências. Aprofundamento 2: Para você, a interação entre os participantes do projeto foi estimulada? Aprofundamento 3: Você pediu ajuda a algum colega da equipe? Pensamento sistêmico Verificar a organização do projeto. Quantidade de melhorias, resposta sobre nova participação, contribuição ao dia a dia. Em sua opinião, como você avalia a organização do projeto? Você tem alguma sugestão de melhoria para as próximas ações? Aprofundamento 1: do modo como foi realizado o projeto, você se sente estimulado(a) a participar novamente? Fala sobre seus motivos para a resposta. Aprofundamento 2: Na sua opinião, a participação no Projeto lhe trouxe mais segurança para atuar no dia a dia na empresa? Por que? 5 Pesquisa Qualitativa A pesquisa foi realizada com cinco participantes do projeto Cold Call Champions, entre os dias 24/10/18 a 26/10/2018. O modo de entrevista foi por gravação de voz, com as perguntas sendo faladas aos entrevistados. Após, seguem as transcrições das entrevistas de acordo com as cinco variáveis de Senge (2000): domínio pessoal, mapas mentais, visão compartilhada, aprendizado em equipe e pensamento sistêmico. 5.1 Respostas às perguntas sobre Domínio Pessoal. Respondente 1 Respondente 2 Respondente 3 Respondente 4 Respondente 5 Com certeza, o Cold Call foi muito importante na oratória, no poder de convencimento. Nós que trabalhamos diretamente com o comércio, com vendas, nós temos que ficar cada vez mais à vontade e seguros para falar a respeito do que a gente defende. E o Cold Call, como nós não temos a mesma liberdade quando estamos nas escolas, nós temos que nos readaptar a uma nova forma de persuasão. Então creio que foi muito eficiente, importante no sentido profissional como pessoal, pra desenvolver esse lado de convencimento. Sim, com certeza. Ele contribuiu muito, principalmente na articulação, em como a gente consegue abordar as pessoas por telefone e pessoalmente. Apesar de o Cold Call ser de ligações, a gente também recebe as pessoas aqui na faculdade e ele ajudou a nos comunicar melhor com as pessoas. Outra coisa, fazer com que conheçamos melhor a nossa instituição. Eu trabalho no setor de vendas e eu não vou vender somente a graduação ou a pós, eu vou vender a instituição. Então, o contatado tem interesse na graduação, mas tem um colega que quer a pós. A gente precisa estar preparado para essas situações. Eu acredito que sim. Na verdade, quando me chamaram para participar eu achava que era tipo telemarketing. A gente liga, as pessoas não acreditam muito, inventam alguma coisa e desligam o telefone. Mas, na verdade, não. e assim serviu também para eu contribuir de alguma forma para poder chamar os alunos para a faculdade e realmente eu vi que os alunos tinham essa vontade, se sentiam bem importantes por a gente estar ligando, a gente estar convidando. Eu senti muito isso e principalmente que eu me senti contribuindo de alguma forma. E diferente do que eu pensava, não é telemarketing. Realmente, tem algumas pessoas que falam: "Ah, estou ocupada agora", "vou aí em algum momento", mas eu via o interesse das pessoas. Eu achei muito legal, mudei o que eu pensava. Sim, contribuiu e muito. Através das ligações que foram feitas para trazer alunos para a instituição. Falar sobre os serviços, nem todo colaborador tem conhecimento. Eu amo trabalhar com público e aprendi muito. Eu espero ter colaborado para a instituição e, se pudesse, tinha permanecido nas ligações levando informações aos alunos nesse projeto, que achei muito interessante. E até mesmo porque às vezes pessoas ligavam para eles, que já estavam tão estressados da maneira como as pessoas falavam com eles. Era uma ligação robótica. Uma ligação diferente, humanizada, as pessoas se interessam mais. Então achei muito interessante o projeto não só para mim, mas também para as pessoas de fora, que podem conhecer mais a instituição, os serviços através das ligações. Com certeza, contribuiu muito porque eu sou uma pessoa que gosta de lidar com público, que gosta de falar muito. Como eu tinha comentado antes, eu já tinha trabalhado nessa situação de entrevista, falar com as pessoas e aí isso contribuiu muito para o meu desenvolvimento, porque você vai estar falando de algo que realmente está acontecendo, né? Que a importância dos cursos que quando ligava para as pessoas e elas me perguntavam, eu tinha uma resposta e muitos deles assim para mim: já chegou e-mail sobre os cursos. Então isso aí incentiva muito a pessoa a se matricular, a vir na faculdade quando diz ver realmente que está lidando com algo que é verdadeiro. Nós que já estamos lidando com esse lado comercial da empresa, já temos uma base muito ampla dessas informações que devemos repassar aos alunos. Porém, sempre há informações novas que a gente deve se interar. O Cold Call foi fundamental no momento em que ele foi implantado justamente para que a gente pudesse se renovar, renovar as Sim, na verdade alguns projetos. Por exemplo, os da saúde, tem acompetição de enfermagem. Tem outros, a jornada da China, tem até uma do Direito que eu nem sabia. Então, é legal saber que os alunos podem ir para fora do país e fazer uma competição, apresentar um projeto e colocar isso no currículo, pra carreira, é muito Foi muito bom, tinha muitas coisas que eu não conhecia e se me abordasse um aluno no corredor e me perguntasse, eu realmente não iria saber se eu não tivesse participado do projeto. Então, conheci mais um pouco de tudo, de como os alunos podem ingressar e do que que a faculdade realmente tem, porque a gente trabalha aqui, mas fica muito aí dentro e é só aquilo. A gente não Acho que pelo pouco tempo de aplicação do projeto, o gestor foi ágil. Quando eu fui convidada a participar, eu não tinha o conhecimento total sobre assuntos e o projeto me deu essa oportunidade. Foi atráves do projeto que eu fui ter conhecimento por exemplo do FIES, porcentagens, como adquire, Prouni, Pravaler. Então foi muito gratificante participar. Eu avalio de uma forma muito positiva porque uma pessoa que tem conhecimento do que está acontecendo na faculdade, que lê e está informada dos projetos é muito mais fácil para ela falar e passar. Também as pessoas quando ouvem, elas querem confiança do que está falando. Tu não podes falar de algo que não está acontecendo. Então isso daí realmente me deu mais veracidade às minhas palavras. Certo que no começo a pessoa nossas falas, as nossas formas de convencimento com o aluno. Nesse aspecto foi muito importante e a gente acaba absorvendo novas informações sobre a faculdade sim. legal. É algo a mais. fica sabendo de outras coisas, então foi bom porque eu fiquei sabendo de informações que se alunos me abordassem eu não saberia. Até já aconteceu de me abordarem no ônibus porque às vezes eu esqueço de tirar o crachá e me perguntaram. E eu não soube responder na hora porque eu sou de outra área totalmente diferente. Então, serviu muito para eu saber de coisas que realmente não sabia antes. Então, se um aluno ou pai de aluno me abordar eu já saberia responder, foi muito bom por conta disso. não tem aquela prática, mas no decorrer do tempo ela vai pegando essa prática de como falar e explicar, então isso daí foi essencial para mim. Sim, na época eu fiquei interado um pouco mais sobre o financiamento com o Bradesco, o convênio que nós temos com o Bradesco e se tornou mais um argumento a ser usado na conquista dos alunos. Não, agora eu realmente não lembro de cabeça. Ah sim, teve a divulgação dos projetos que a faculdade tem. É um trabalho que o marketing já faz, de divulgação, mas acho que poderia ser ainda mais divulgado porque muitos não conhecem totalmente. Com certeza sim, inclusive eu estava fazendo o EnglishPro na época e aí quando eu conversava com alguns alunos e falava sobre o projeto e dizia que eu estava envolvida no EnglishPro, falavam: "mas você envolvida, você faz? Poxa, gostaria de fazer" e eu começava a falar realmente daquilo que eu estava vivenciando então ficou assim muito mais fácil falar de algo que eu estava fazendo também, esse momento foi muito importante para mim. 5.2 Respostas às perguntas sobre Mapas Mentais. Respondente 1 Respondente 2 Respondente 3 Respondente 4 Respondente 5 Perfeitamente. Foi dividido de uma maneira muito democrática, de uma maneira igual. Nós tínhamos a liberdade Acho que em relação ao processo sim. Falo do script, de algumas informações de graduação, pós e Sim, inclusive uma pessoa que eu ouvi ligar assim próximo de mim e que eu seguia como ele abordava as pessoas foi o Thiago. Sim, tudo no projeto tinha um prazo para cumprir. Eu achava interessante que quando a gente cumpria os prazos, os Sim, pelo menos pra mim foi. Eu achei muito eficaz para mim porque na época eu tava nos serviço Gerais e aí eu fazia no meu intervalo, tinha essa também para escolher o nosso horário de ligações, claro, tendo pelo menos aquele mínino durante a semana porém que não atrapalhasse a nossa rotina diária. Então, foi fundamental essa consciência para não atrapalhar as nossas metas pessoais diárias que já tínhamos e como foi dividido de uma forma democrática, igual, creio que tenha sido a melhor opção. Todos podiam dar o melhor possível com a mesma oportunidade, digamos assim. extensão que a gente poderia divulgar mais porque é necessário para poder conversar com a pessoa, sobre os projetos. E em relação aos cadastros, reporte. Atualizar, para que eu possa saber o que o outro falou com o interessado e eu possa ligar e fazer uma continuação. Então, o processo precisa ser contínuo. Então, eu achei que foi. Claro que a gente coloca da nossa forma e tudo, então eu ficava prestando atenção. Novamente, não sou muito boa para chegar e abordar e a forma como colocaram eu achei legal. Eu acabei seguindo porque eu não tinha muita experiência de ligar, de falar. Então eu achei bom sim. gestores passavam as tabelas de pontuação. Eles davam logo um retorno, não montaram um projeto só por montar. Eles deram vida ao projeto e a nós mesmos, dentro do projeto. Então, a gente terminava e pedia outra demanda de ligações e rapidamente eles repassavam, davam as pontuações. Cada vez a gente queria mais, participar mais. Então para mim foi muito interessante. disponibilidade de horário, já que era um serviço fora do meu trabalho e aí eu fazia no meu horário de intervalo, poderia também ligar em casa se eu tivesse no horário comercial. Então, me deixou muito bem à vontade, inclusive eu fazia ligação no meu celular. Não que a empresa não me disponibilizou equipamento para ligar, mas eu preferia ligar do meu celular, ficava bem à vontade e poderia sentar na praça, poderia sentar na sala de aula no intervalo, então isso para mim foi muito gratificante também. Durante as ligações, é muito difícil seguir o script à risca. Então, a gente tem que ter essa percepção porque às vezes o interessado está com pressa, está ocupado ou aconteceu alguma situação pessoal que ele não pode falar na hora e a gente precisa ter esse tipo de percepção justamente para não ser invasivo, indelicado com a pessoa e acabar transformando aquele interessado em uma pessoa que vai denegrir a imagem da Instituição. Então temos que ter essa percepção para falar com o interessado. Com toda certeza, durante as ligações dificilmente eu seguia o script à risca justamente por se tratar de pessoas, cada pessoa tem seu bem-estar no momento e a gente Sim, no script. Nesse aspecto acho que a gente precisa melhorar em relação aos scripts. A ligação precisa ser mais próxima dos interessados, fazer com que eles queiram vir. Precisamos conhecer melhor as pessoas, então isso envolve cadastro, todos deveriam alimentar a planilha. Sem informações, a ligação fica mecânica e isso não envolve as pessoas. Uma dica é fazer scripts mais pessoais, para que as pessoas consigam se empoderar disso, com informações dos cursos, da IES. Na prática, a gente precisa ser mais pessoal, eu tive que mudar a forma de falar com as pessoas. Eu falei entre as reuniões, Não, não houve. Teve uma ou duas situações que como já haviam ligado anteriormente. a pessoa já ficava estressada. Aí eu tentei reverter o quadro da pessoa, falando na calma com ela. Aí a pessoa se acalmou e eu fui explicar sobre o projeto, sobre a Faci | Wyden, do Prouni, FIES. Falei que o filho dela poderia participar, ela fez então até o agendamento. Não, em nenhum momento eu não tive esse problema. Eu consegui me encaixar perfeitamente. tem que saber se adaptar a cada ligação de acordo como estivesse o candidato. Essa mudança eu não cheguei a comunicar de maneira oficial. Falei de maneira informale a recepção era positiva, porque as pessoas que estavam liderando o projeto também percebiam que não daria para seguir o script de maneira certinha, justamente por se tratar de pessoas que têm seus motivos pessoais e a ligação acaba sendo adaptada aquele momento. nas conversas, que a gente precisava mudar nesse sentido. Então, eu já mudava sim algumas partes. Creio que sim. Foi uma comunicação, formal, direta, de maneira bem objetiva. Seguiu os processos. Se houve alguma mudança, foi pouca. Na minha opinião seguiu. Seguiu sim, acho que o fluxo foi até mais, melhor. Não sei como são as ligações no admissões, se são diretas, mas em relação ao projeto eu achei o fluxo até melhor do que o esperado. Sim, seguiu com certeza. Com toda certeza. Acho que as informações entre uma equipe devem ser diretas e objetivas, sem rodeios. Então, na comunicação da gestão para os seus subordinados em um projeto como o Cold Call, é fundamental que haja coerência e objetividade. No meu caso, sim. Isso porque quando eu mudei o script, não foi todo, foram algumas falas. E eu convenci mais as pessoas a vir, então teve um resultado legal. Sim. Como eu te falei, nas ligações que eu fiz várias pessoas disseram que viriam aqui e realmente vieram, porque depois eu cheguei a falar com o Flexa (Supervisor de Admissões) e ele realmente disse que eles chegaram a vir. Então eu acredito que foi sim muito benéfico tanto as minhas como as dos outros colegas que fizeram. Foi, porque é um padrão da instituição. Até mostra para as pessoas de fora que a empresa tem um padrão a seguir, é organizada. Então, eu acho que é muito interessante seguir o padrão da instituição. Como tu me perguntou anteriormente, o que eu tenho para falar enfatizar realmente sobre esse projeto é que incentiva muitas pessoas a descobrir o talento da pessoa, porque eu consegui ver muitas pessoas envolvidas fora do seu local de trabalho, no seu horário de expediente. E aí, eu pude ver assim que realmente contribuiu para aquele funcionário que tem vontade de crescer na empresa, de desenvolver o seu potencial. O Cold Call foi de excelente ajuda para minha mudança, até também de que em função do Cold Call eu fui promovida não só pelo Cold Call, mas também por outros motivos. Mas eu acredito sim que isso contribuiu para minha vida. 5.3 Respostas às perguntas sobre Visão Compartilhada Respondente 1 Respondente 2 Respondente 3 Respondente 4 Respondente 5 A comunicação durante o projeto e em relação às metas eu achei que foi um pouco falha. Achei que deveria ficar um pouco mais clara nesse sentido porque lembro que a gente teve um pequeno problema em relação à premiação. Eu lembro que foi prometida uma coisa e no final foi algo totalmente diferente. Porém, dentro daquilo que estava no edital, porque de fato a premiação teve validade se houvesse o alcance da meta em um prazo estipulado, o que não aconteceu. De qualquer maneira, ficou uma incógnita quando não houvesse a premiação que era esperada. Então, acho que faltou uma comunicação para explicar que aquela premiação teria validade apenas de acordo com aqueles pré-requisitos para ela. Então, como não houve essa comunicação, nesse ponto eu acho que teve essa falha. Nesse caso acho que não ficou bem claro, porque existia o edital. Não sei como foi feito, mas em relação às metas não ficou claro quanto que cada um deveria ter. E principalmente na premiação, teve algumas pessoas que acharam que atingiram sim o resultado, então deveria ter ficado mais claro. No edital tinha coisas que não foram muito ditas, então isso eu achei ruim. Acho que deveria colocar isso diretamente no edital, deixar claro. Fazer reuniões pelo menos semanalmente, para a gente alinhar as informações e ver o que a gente podia melhorar naquele momento. Deixar as pessoas contarem as suas experiências, para ver como foi e fazer o compartilhamento. O que um falou na sua ligação poder ser bom para mim. E deixar a competição mais animada, o coordenador do Cold Call poderia levar nem que fosse um pirulito, algo para estimular quem está fazendo as ligações, parabenizar e fazer o reconhecimento no decorrer do projeto, para que a pessoa veja que está sendo reconhecida, que ela está sendo importante para aquele projeto. Olha, eu acho que a gente deveria claro estar sempre melhorando. Eu acho que a gente deveria melhorar um pouco mais, haver um pouco mais de comunicação entre a gente. Não sei se fazer reunião para apresentar. Depois, eu perguntei para o Flexa de algumas pessoas que tinham marcado comigo, se eles vieram, mas eu não sei se foi porque também eu saí logo depois. Eu acabei saindo e não recebi algumas informações, mas eu acho que as informações deveriam ser mais comunicadas. Comunicação de resultados, o que foi que realmente a gente conseguiu alcançar, quantos dos alunos que a gente marcou realmente vieram. A gente poderia melhorar através de um comunicado ou reunir. A gente teve depois uma confraternização, mas eu acho que nesse momento eles deveriam apresentar o resultado realmente para ficar mais claro. Foi boa, quem estava na frente (primeiro, segundo, etc). Foi bem positiva, a pessoas chegava e já sabia como estava. Sempre estava ali, quem fazia mais se destacava. Sempre davam feedback. Na minha opinião eu me senti bem assistida, em relação ao supervisor, que me deu toda atenção, todo o treinamento e é uma pessoa excelente, paciente, sabe lidar com a equipe porque no momento que você surge com um projeto desse, você tem que ter toda uma sensibilidade para também envolver outras pessoas, dar oportunidade para aquelas que nunca foram envolvidas em um projeto desse. Então, eu me senti muito bem apoiada em relação ao supervisor, a equipe que estava envolvida foi muito bem apoiada mesmo e eu agradeço. Eu nunca tive a oportunidade de agradecer, mas eu agradeço a oportunidade que foi me dada por que realmente eu não terminei na primeira colocação, nem segunda. Eu creio que foi a quinta colocação que eu tive, mas eu me senti vitoriosa porque é algo assim que eu gosto de falar com as pessoas, de me comunicar, "tá" sabendo e aí através do projeto eu soube de outros projetos que a faculdade está envolvida, que muitos colaboradores não têm essa informação porque não querem se envolver nesses projetos que a faculdade oferece. Então fica uma pessoa sem informação, sem saber o que está acontecendo, fica naquele mundo preso. Eu realmente não gosto disso, eu gosto de saber o que está acontecendo e continuo disponível para quando houver em outro setor. Eu estou em outro setor, mas no momento em que eu ver uma oportunidade pode me colocar que eu estarei lá para dar todo o apoio. Em relação aos scripts sim, a comunicação era bem direta, bem rápida, bem fácil. Em se tratando do ranking, não. Já era um pouco mais raro ter esse conhecimento. Não que naquela época eu estivesse muito preocupado com isso, para ser sincero até que não. Mas é importante até para um critério de motivação, e como teriam as premiações, ser divulgado com maior frequência. Poderia ser usado com mais eficiência até para motivar a equipe ainda mais no Cold Call. A gente poderia ter estipulado um feedback semanal dos gestores da equipe. Seria uma reunião de meia hora, uma hora só para deixar a equipe a par do projeto e divulgar não somente o ranking dos participantes, mas ter a noção do impacto que a gente estava tendo nas matrículas, porque eu acho que isso motivaria ainda mais do que o ranking propriamente dito. Nós teríamos a Senti falta disso, dessa divulgação mais ampla. Temos meios de comunicação na IES, seria bom usar para que as pessoas vejam que está participando do projeto.Como não teve tanta divulgação assim, mais pessoas não se interessaram em participar. Então, promover quem está participando acho que ia ajudar muito. Sim, eu não estou lembrada se era através de comunicado. Eu ainda acho que deveria ter sido melhor a divulgação. Sim, eu via diretamente no aplicativo que eu tinha no celular e por e-mail. Ficava sim, eu tinha avaliação com o supervisor, as ligações para fazer, as pessoas que já tinham recebido ligação e após esse pessoal receber ligação novamente. Então, tudo isso eu tive bem acessível. visão clara de como nós estávamos sendo importantes para o alcance da meta. Com a plataforma eu tive um pouco de dificuldade no início, mas falei com um dos gestores na época para tirar algumas dúvidas da plataforma em si. Todos os pontos que eu tinha direito, ele me ajudou na época sobre como eu poderia incluir de forma a não ter nenhum problema para mais ou menos. Mas em relação ao ranking, essas outras coisas eu não cheguei a visualizar pela plataforma. Sim, nós fomos cadastrados. Tinha algumas informações para preencher e ser pontuado. Não sei se todos conseguiram utilizar, acessar e continuar. Muitas informações davam pontuação. Eu consegui acessar, mas não consegui ver o ranking, onde eu estava na colocação. Eu acessei no celular. Olha, eu não cheguei a usar muito. Foi mais no final e eu lembro que já nesse final eu não cheguei a utilizar muito. Foi o período que a gente já estava com muitas demandas no setor, que é período de final de ano e fechamento de folha. Eu até cheguei a falar com a minha supervisora na época que eu já estava muito focada para isso. Mas eu cheguei a baixar no meu celular, no computador, verificava minha pontuação e eu acho que deveria ter utilizado melhor a ferramenta. Verificava a minha pontuação, como era que eu tava mas eu deveria ter utilizado melhor. Cheguei a falar com os gestores do projeto, tive sim suporte. Eu que realmente não tive muito tempo para utilizar. A plataforma eu acompanhei quem estava em primeiro, os desafios. Como eu não tinha muita experiência em mexer, eu não utilizava muito. Eu tinha até medo de apagar. Então, eu pedia sempre suporte aos gestores e eles me davam ajuda imediata, me ajudando. Sim sim, como o meu tempo tava bem corrido, eu não tive tanto acesso devido assim ao tempo que eu não tinha de estar acessando computador, em casa, mas o próprio supervisor ele me deu força, inclusive tava comigo nesse momento e foi uma pessoa que me apoiou muito e que me passava as informações, o que tinha na tabela e aí eu pude ficar informada dessa forma. Na minha visão, o objetivo era justamente alavancar as matrículas para que a gente pudesse chegar na meta o mais rápido possível. Na época, a gente estava com um pouco de dificuldade e isso seria o nosso diferencial para que a gente pudesse chegar ao objetivo. Fazer com que a pessoa se desenvolvesse, os colaboradores mesmo quem não trabalha diretamente com vendas. Acho que isso foi muito legal, para ver outras expertises das pessoas. Acho que o objetivo foi realmente repassado, conhecer o que as pessoas poderiam fazer e conseguir trazer mais alunos para o crescimento da Sim, ficou claro. O objetivo eu acredito que seja mesmo chamar os alunos para virem para a Faci. Pra mim ficou claro. Sim, era mostrar, fazer um acolhimento de pessoas que não tinham enem, que estavam paradas há muito tempo, pessoas que achavam que não poderiam ter a oportunidade de estudar. Então, a gente poderia mostrar que ainda era tempo de fazer O Cold Call pra mim teve o objetivo de estar ligando para que os alunos viessem na faculdade e poder conhecer a estrutura, conhecer os cursos e estar se matriculando, ingressando na faculdade. instituição. Nesse ponto, acho que ficou bem claro. uma faculdade, não somente quem tinha acabado de fazer o Enem. 5.4 Respostas às perguntas sobre Aprendizado em Equipe Respondente 1 Respondente 2 Respondente 3 Respondente 4 Respondente 5 Os principais aprendizados como equipe foram justamente cada um ajudar e torcer para o outro. Acho que foi um projeto diferente nesse sentido porque eu via que todos, literalmente todos que estavam no projeto, estavam engajados não somente com a sua meta pessoal de ligações, porém eu lembro da Carla que perguntava no corredor quantas ligações tínhamos feito, se conseguimos um agendamento. E quando a gente dava um feedback positivo para ela, ela ficava feliz pelo nosso sucesso. Então acho que isso foi um diferencial no projeto e acho que as pessoas escolhidas foram muito bem apontadas pelos gestores. Creio que a equipe foi muito bem formada e isso também ajudou na cooperação entre os colaboradores. A gente fez muito separado. Teve momentos em que alguns foram para uma sala ligar, mas geralmente cada um ligava do seu setor. Acho que ter uma sala. todo mundo ligando junto, como fizemos uma época, seria mais válido. Sair do seu setor e se dedicar somente aquelas ligações, aquele momento e compartilhar com os colegas é importante. Abordar porque eu realmente não sou boa para isso. Eu acho que é uma coisa que eu não trabalharia, pensando em ligar. Trabalhar em telemarketing, não sou boa mas o principal aprendizado foi isso. Foi ligar para as pessoas , falar eu acredito que esse foi o principal. Nas informações que me repassaram, a maneira como falar por telefone. Tudo tem um padrão da instituição. A maior experiência que eu tive foi a comunicação, a equipe também, a competitividade foi bem clara entre a equipe mas de forma respeitosa. Porque quando você consegue entrar numa competição e mostrar quem você é na verdade, isso aí não tem dinheiro que pague. Porque você mostra seu potencial e você consegue também consertar o seu defeito, então isso é muito importante e eu pude observar algumas pessoas mesmo empenhadas competindo de forma agradável. Com certeza, principalmente com a Carla. Ela me ensinou muito no sentido de adaptação. Ela é do Operações, é de uma Sim, principalmente na atuação dos outros colegas a gente vai aprendendo cada vez mais, vendo o que posso melhorar na minha fala. Sim, estou lembrada que a gente teve um treinamento. Nós tivemos uma dinâmica para ver como é que a gente Sim, porque cada um tem sua maneira de se comunicar. Até a fala, levar as informações da instituição. Era Com certeza, para mim foi um aprendizado muito grande porque tudo que a gente quiser conseguir, a gente tem que realmente ir em frente, nós temos que ser pacientes, nós temos área totalmente diferente do comercial, e se adaptou de uma maneira muito fácil. Então, ela foi um exemplo pra mim de pessoa que conseguiu se reinventar dentro da empresa, creio que tenha sido muito positivo nesse sentido. ligava, a gente formou grupos para ver como abordava. O Eduardo até chegou a falar para a gente mais ou menos qual era a fala que a gente deveria utilizar, o Thiago também. Eu lembro que a gente teve uma dinâmica para isso. muito bom ver sobre o projeto, como eles falavam. Eu aprendi muitas coisas que posso dizer que serviu para mim. Eu digo que se o Cold Call tivesse novamente eu participaria com maior prazer. Atualmente, onde eu estou se conseguisse um tempo para participar seria bom. Eu acho que o falta mais um tempo para o colaborador, muitos se interessaram mas não tinham um local, uma forma de participar. que saber trabalhar em equipe, saber quando precisamos melhorar para alcançar metas. E aí teve determinado momento em que eu enfrentei uma dificuldade, que foi meu celular que caiu na água e eu não pude ir no momento comprar, mas logo no outro dia eu consegui outro e fui comecei a ligar. Então, paramim foi bastante gratificante porque em nenhum momento eu desisti, apesar de conseguir pouca pontuação mas eu fui até o fim e a perseverança nesse projeto é determinante quando a gente quer conseguir algo. Com certeza. Como falei anteriormente, creio que deveria ter as reuniões semanais sobre o projeto. Só que informalmente tinham essas conversas, os gestores deixavam a gente a par das situações. Eles deixavam também a gente muito aberto para expor as nossas opiniões, de maneira muito democrática e igual. Creio que nesse sentido não tenha ocorrido nenhum problema. Acho que não o suficiente. Tinha que ter mais reuniões, mais interação entre os participantes, acho que tinha que ficar mais próximo durante a ligação. Quando está na tua sala, você vai acabar se distraindo. Na sala, você vai conseguir interagir melhor, ajudar melhor o teu colega em relação a uma informação urgente. Acho que faltou um pouco disso. Sim, foi. Eu acho que eu não tinha muita afinidade, era com poucas pessoas. Mas sim, foi até no próprio treinamento. Eu lembro que a gente já formou um grupo, vamos ficar aqui em um grupo e disseram para mudar. Ficamos com pessoas que a gente nem tem muito contato porque são de outro departamento. Isso foi legal, eu achei isso bacana. Foi sim, faziam comunicados, as maneiras como poderia agir e participar. Para mim, foi corretamente, Eles não deixaram algo a desejar. Mesmo sendo os donos do projeto, eles sempre estavam ali. Mesmo muito ocupados. Isso foi o mais interessante de participar do projeto. Eles tinham o aplicativo, estavam verificando, cuidando das posições de cada participante, vendo planilhas, mas estavam ali dando suporte e falando sobre o que poderíamos fazer. "Olha, tem essas informações, você está indo muito bem". Então, sempre foi aquele feedback constante. Foi, eu lembro dos gestores. Não lembro bem qual a função do Thiago, mas pense em uma pessoa que ficou marcada no Cold Call. Ele todo tempo dando apoio para equipe e incentivando, vendo qual era a dificuldade que cada um estava encontrando. Então, eu lembro dele assim uma pessoa bem empenhada no Cold Call. Não, para os demais colegas não. Sim, fui no site, perguntei aos colegas sobre os projetos que não conhecia. Sim, pedi a alguns e me ajudaram com dúvidas. Não, não pedi. Sim, apesar de conversar muito com as pessoas, a gente precisa de técnicas para estar ligando para os alunos. Eu pedi ajuda para minha colega de trabalho Eliene porque que ela já era recepcionista e não tinha nenhuma dificuldade em estar falando no celular. Ela disse para manter a calma, vai chegar um momento em que alguém vai te responder de forma agressiva e você vai ter que continuar mantendo seu padrão de comportamento com a pessoa. Então, apesar de estar na competição, mas ela esqueceu naquele momento a competitividade e agiu de forma diferente para me ajudar. 5.5 Respostas às perguntas sobre Pensamento Sistêmico. Respondente 1 Respondente 2 Respondente 3 Respondente 4 Respondente 5 Acho que o projeto de maneira geral foi muito bem organizado, bem elaborado e executado. Porém, volto a dizer o ponto do feedback semanal para deixar a equipe a par do projeto, de como andam as situações, eu acho que até mesmo para estimular a equipe e ela ter a real noção de como ele está sendo importante para a saúde financeira e matrículas da faculdade. Para melhorar, essa comunicação mais clara, a questão da promoção do colaborador que está participando com camisa, mostrar quem está participando e por que está participando. Houve pessoas que viram as pessoas com a camisa do Cold Call, mas não sabiam do que se tratava. Eu sabia porque estava no projeto, mas acho que aproveitar a televisão interna, as redes sociais, Sim, como falei divulgar melhor os resultados. Mais reuniões, mais treinamento sobre como seria para a gente ligar, abordar. As metas da Faci o supervisor de admissões chegou a passar rápido da graduação e o gestor do cold call da pós, mas eu acho que isso deveria ser um pouco mais divulgado. Então, o treinamento seria ótimo, porque tem pessoas que não têm dificuldade. Eu tinha, então acho que eu poderia ter mais um treinamento. Eu achei excelente em relação à organização. Eu não tenho o que dizer. Na verdade, em relação às pessoas que vão trabalhar, providenciar mais ferramentas e ver a questão do tempo de trabalho. Sim, com certeza. A sugestão que eu tenho é que cada projeto que houver na faculdade possa ser divulgado com mais empenho entre outros colaboradores porque muitas pessoas só conseguem acreditar no potencial de outra pessoa, só quando elas vêem realmente e para você fazer alguém acreditar no teu potencial tu precisas incentivar aquela pessoa a participar. Aí ela começa a ser um agente multiplicador daquele projeto, como eu hoje. Eu sou uma pessoa que eu digo assim: ninguém vai chegar para falar mal da Faci, que nunca me deu oportunidade porque eu sempre procurei estar lá, me inscrever, participar. Então tem pessoas que não pensam assim. Eu digo que acontece, eu compartilhar e mostrar seria bom. Fazer as pessoas quererem participar também. estou aqui, eu fiz parte desse projeto. Inclusive quando eu vim embora para cá, meu colega falou assim: "por que, tu vais mudar de setor?" E foi muito engraçado. Eu disse não, eu vou fazer uma entrevista sobre o Cold Call que eu participei. E sempre estarei disposta para qualquer outro projeto. Sim, acho que foi um projeto que acrescentou não só no trabalho em equipe entre os participantes, mas também a oratória, o poder de persuasão e convencimento. Acho que isso é fundamental não somente aqui, mas para a vida. Sim, porque acredito que a gente pode melhorar. Por isso estamos falando de melhorias, para poder estimular mais colegas a participar. Então, eu acredito que podemos adequar sim. É um projeto novo, inovação chama minha atenção. Eu gosto disso. Trazer gente para atingir a meta da IES, convencer mais pessoas a vir aqui eu gosto. É difícil trazer alguém que você não conhece para a faculdade, então é um desafio. Sim, me sinto. Primeiro, porque eu acho que o real objetivo é a gente chamar. Como falei, eu estou em um departamento que não tem muito contato com alunos, mas se a gente for ver o grande objetivo é chamar mais alunos para estudar na Faci. Então, eu me sinto estimulada por isso e também saber sobre as metas, conhecer um pouco mais da faculdade. Às vezes alguém vem no corredor te abordar ou então é uma ligação que cai para a gente e fazem uma pergunta que a gente não sabe responder. Então, eu acho que esse conhecimento é o principal. Como falei, eu gosto muito de trabalhar com o público. Não só pessoalmente, mas por telefone também. Eu gosto muito de levar informação para as pessoas, que não conhecem. Então, mostrar para elas que têm oportunidade é muito gratificante. Ainda mais em um projeto desse, que pode expandir se tiver uma equipe e tem tudo para dar certo. Sim, com certeza! Já que eu tive a primeira, a segunda experiência e participarei com certeza não somente do Cold Call como também se tiver outro projeto para chamar o aluno de outra faculdade, para explicar o que acontece, como é que faz eu sou uma pessoa que gosto sempre de estar aprendendo coisas novas. Sim, quando eu entrei aqui em 2016 eu era uma pessoa muito tímida para falar com alguém desconhecido. Então, ao longo das ações do High School, minha timidez foi sumindo. Hoje, eu fico muito à vontade para falar a respeito da faculdade com pessoas que eu não conheço. O Cold Call veio justamente para completar essa evolução pessoal. Eu era no início muito travado, mas depois eu já era muito seguro para falarcom o aluno de escola. Pelo telefone, já Trouxe com certeza. Por conhecer mais, pesquisar sobre os cursos, valores, diferenciais da IES. Compartilhar esses conhecimentos com os colegas me trouxe sim mais segurança. Sim, por conta do que estava falando. Tem muitas informações que realmente a gente não sabe. Hoje, por exemplo, eu não sei quais as metas que a gente precisa alcançar, datas também de prova de vestibular. Então, principalmente por Sim, posso dizer que sim. Porque foi muito gratificante participar e me deu mais aquela força de participar do projeto. Eu não esperava trabalhar, ter aquela capacidade de trabalhar pelo Contribuiu sim, porque inclusive algumas pessoas que eu peguei para ligar eu já conhecia fora da faculdade. E quando eu para a pessoa e disse que estava ligando para saber se ela não tinha interesse de fazer uma graduação ou uma pós e falei meu número e identifiquei a pessoa disse: "ah, eu te conheço. Tu trabalhas era um pouco diferente porque a gente não está vendo a pessoa, as reações da pessoa, então a gente tem que ficar um pouco mais retraído. O projeto me ajudou muito a ter essa segurança para saber quando e como falar determinadas coisas com o candidato, a hora em que devo falar. Isso para ele se sinta à vontade e saiba que é uma pessoa que só quer ajudar e não puramente vender para ele. Acho que essa é a visão que a gente tem que passar principalmente porque quando a gente fala ao telefone, muitos estão cansados de receber telefonemas de telemarketing. Então, a gente tem que desmistificar essa ideia de que a gente vai ligar somente para vender. Vamos falar, conversar, deixar ele expor suas ideias e tirar suas dúvidas para que a gente possa matricular esse candidato. conta disso porque eu acho que independente do setor em que a gente atue, temos que saber de um todo da faculdade e esse é o principal, essas informações. telefone, levando informações. Eu sempre trabalhei com atendimento pessoalmente, então pra mim ter aquela oportunidade fez eu me sentir muito mais segura. Eu vi que eu tive capacidade de participar do projeto sem tanto treinamento, pois com o projeto eu pude ver que eu já tinha muita capacidade, fez eu me sentir mais segura. mesmo na Faci, então foi muito engraçado eu consegui encontrar mais quatro pessoas que disseram quando nem bem eu terminei de explicar o projeto a pessoa disse: não, pode deixar que eu vou lá visitar o laboratório, eu vou lá conhecer o lugar e eu realmente encontrei a pessoa aqui visitando. 6 Análise 6.1 Domínio Pessoal Em relação à variável domínio pessoal, os entrevistados concordaram que participar do projeto Cold Call Champions trouxe benefícios. Em geral, os respondentes mencionaram melhorias na oratória, na abordagem e comunicação com interessados na faculdade. Além disso, foi mencionado que o projeto possibilitou uma ligação mais humanizada, o que na visão dos respondentes ampliou o êxito das ligações. As respostas demonstram um estímulo à competitividade organizacional, que de acordo com Rodrigues (2014) ocorre com a criação de vantagens competitivas pela criação de valor com ações ainda não exploradas pela concorrência (RODRIGUES et al, 2014, p. 534). Ainda, entre os respondentes surgiu a informação de que ocorreu uma mudança na visão das ações do time de vendas. Antes, acreditava-se que as ligações ocorriam como em empresas de telemarketing (ligações mais diretas, rápidas). Por meio do projeto Cold Call, foi possível perceber que as ligações na verdade podem ser mais desenvolvidas, apresentando os diferenciais da faculdade. Colaboradores de setores administrativos internos ficaram felizes em poder participar do projeto e disseram sentir que estavam contribuindo ainda mais para a empresa ao trazer potenciais novos alunos. A renovação de informações também foi mencionada, inclusive um respondente foi abordado em situação fora da empresa e não sabia informar corretamente o interessado. Por isso, sentiu-se mais seguro ao ter acesso às informações por meio do projeto. Alguns participantes conseguiram lembrar de informações que conheceram no projeto, como o modo de funcionamento dos financiamentos privados em parceria com o banco Bradesco e também o Pravaler. Além disso, informações sobre eventos dos cursos de Saúde e também programas de intercâmbio (Jornada da china e de Direito na Holanda) foram mencionadas. Por fim, com base nas respostas apresentadas entende-se que as ações do projeto colaboraram para a aprendizagem dos participantes, que sentiram utilidade profissional e pessoal nos conhecimentos transmitidos pelo Projeto Cold Call. 6.2 Mapas Mentais Na variável mapas mentais, por sua vez, a divisão igualitária e a flexibilidade para montar os horários e locais de atuação foram pontos positivos destacados sobre o projeto. O roteiro (script), aliado aos prazos definidos e a um feedback existente sobre as ligações, foram mencionados como elementos auxiliares no processo de participação. O script foi o elemento de maior modificação entre os entrevistados, visto que 60% apontaram ajustes que realizaram durante o processo de ligações. Isso porque as pessoas estavam com pressa ou o participante sentiu que teria maior êxito falando sobre outros benefícios e informações. Também foi mencionado que a base já havia recebido ligações e pessoas estavam estressadas. Por isso, a participante decidiu acalmar a pessoa e falar sobre benefícios da faculdade. Ela disse ter conseguido reverter e agendar visita. Sendo assim, alguns respondentes trouxeram opiniões com certo grau de divergência. Eles concordaram que o script foi importante, mas esse guia deve ser melhorado. Isso confirma que a sistemática do projeto precisa melhorar no sentido de prever algumas situações de ligação, com scripts adaptados a cada tipo de necessidade. Dessa forma, a gestão dos conhecimentos repassados durante o projeto será mais precisa. Na opinião de todos os entrevistados, o projeto seguiu os fluxos de organização e comunicação praticados na empresa e isso foi benéfico por alguns fatores. Entrevistados disseram que seguir um padrão e deixar claro ao público externo que existe uma organização ajudou no convencimento para agendar visitas, por demonstrar a seriedade da instituição. O fluxo de retornos das ligações ajudou no acompanhamento do próprio progresso dos participantes dentro do jogo proposto. Um dos respondentes atribui sua promoção interna na empresa em virtude de alguns fatores, incluindo a participação no Cold Call Champions como forma de demonstrar mais as habilidades comunicativas à sua gestão direta. 6.3 Visão Compartilhada 40% dos participantes sentiram-se bem assistidos e disseram receber feedbacks constantes. Para 60% dos entrevistados, a comunicação falhou em alguns aspectos. As metas individuais não ficaram suficientemente claras. Os critérios para ocorrer a premiação também geraram muitas dúvidas e insatisfações. Apontou- se a necessidade de realizar reuniões semanais de alinhamento, compartilhando boas práticas e entregando mais prêmios simbólicos de reconhecimento. Também mencionaram que poderiam ser melhor utilizados os canais de comunicação, como informativo quinzenal da faculdade, redes sociais, e-mail e sugeriram criação de grupo no Whatsapp. No início, muitos apontaram dificuldade com o uso da plataforma Gametize, mesmo com o treinamento dos gestores. Todos apontaram que conseguiram acessar o ambiente virtual, seja por desktop ou aplicativo no celular, mas todos também reconheceram que utilizaram muito pouco para verificação dos elementos de gamificação, como o ranking e os desafios (challenges). Analisando os elementos que Jane McGonigal evidencia em qualquer jogo, percebemos que os principais estiveram
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