Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Aula 10 1 Roteiro: 1. Gás Ideal de Bósons a) Equação de estado b) Regime de Altas Temperaturas c) Regime de baixas temperaturas d) Condensação de Bose-Einstein 2. Aplicação: Gás de Fótons Bibliografia: Pathria, §7.1; Huang §12.3 terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal Quântico - equação de estado - Bósons 2 Ga´s de Bo´sons livres E´ necessa´rio ter cuidado com o termo que diverge quando z = 1 e �p = 0! Termo importante para o fenoˆmeno da condensac¸a˜o de Bose. E´ conveniente separa´-lo da soma, i.e. PV kT = − �� �p ln(1− ze−βε�p)− ln(1− z) �N� = �� �p ze−βε�p (1− ze−βε�p) + z 1− z para em seguida passar as somato´rias para o limite cont´ınuo, i.e. PV kT = − V h3 � ∞ 0 (4π)p2 ln[1− ze−βp2/2m]dp− ln(1− z) �N� V = 1 h3 � ∞ 0 (4π)p2 dp [1− z−1eβp2/2m] + 1 V z 1− z terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal Quântico - equação de estado - Bósons 2 Ga´s de Bo´sons livres E´ necessa´rio ter cuidado com o termo que diverge quando z = 1 e �p = 0! Termo importante para o fenoˆmeno da condensac¸a˜o de Bose. E´ conveniente separa´-lo da soma, i.e. PV kT = − �� �p ln(1− ze−βε�p)− ln(1− z) �N� = �� �p ze−βε�p (1− ze−βε�p) + z 1− z para em seguida passar as somato´rias para o limite cont´ınuo, i.e. PV kT = − V h3 � ∞ 0 (4π)p2 ln[1− ze−βp2/2m]dp− ln(1− z) �N� V = 1 h3 � ∞ 0 (4π)p2 dp [1− z−1eβp2/2m] + 1 V z 1− z terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal Quântico - equação de estado - Bósons 2 Ga´s de Bo´sons livres E´ necessa´rio ter cuidado com o termo que diverge quando z = 1 e �p = 0! Termo importante para o fenoˆmeno da condensac¸a˜o de Bose. E´ conveniente separa´-lo da soma, i.e. PV kT = − �� �p ln(1− ze−βε�p)− ln(1− z) �N� = �� �p ze−βε�p (1− ze−βε�p) + z 1− z para em seguida passar as somato´rias para o limite cont´ınuo, i.e. PV kT = − V h3 � ∞ 0 (4π)p2 ln[1− ze−βp2/2m]dp− ln(1− z) �N� V = 1 h3 � ∞ 0 (4π)p2 dp [1− z−1eβp2/2m] + 1 V z 1− z terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal Quântico - equação de estado - Bósons 3 Resumindo PV kT = V λ3 g5/2(z)− ln(1− z) �N� V = 1 λ3 g3/2(z) + 1 V z 1− z Obs: As func¸o˜es gs(z) sa˜o ditas func¸o˜es de Bose ou integrais de Bose, correspondendo a gs(z) = Lis(z) = 1 Γ(s) � ∞ 0 ts−1 etz−1 − 1 dt = ∞� k=1 zk ks . Em ambos os casos as se´ries convergem para �(s) > 0 e para todo z exceto z real e z ≤ −1. Pode-se mostrar com facilidade que f3/2(z) = z ∂ ∂z f5/2(z) = ∞� l=1 (−1)l+1 z l l3/2 , e g3/2(z) = z ∂ ∂z g5/2(z) = ∞� l=1 zl l3/2 , terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal Quântico - equação de estado - Bósons 3 Resumindo PV kT = V λ3 g5/2(z)− ln(1− z) �N� V = 1 λ3 g3/2(z) + 1 V z 1− z Obs: As func¸o˜es gs(z) sa˜o ditas func¸o˜es de Bose ou integrais de Bose, correspondendo a gs(z) = Lis(z) = 1 Γ(s) � ∞ 0 ts−1 etz−1 − 1 dt = ∞� k=1 zk ks . Em ambos os casos as se´ries convergem para �(s) > 0 e para todo z exceto z real e z ≤ −1. Pode-se mostrar com facilidade que f3/2(z) = z ∂ ∂z f5/2(z) = ∞� l=1 (−1)l+1 z l l3/2 , e g3/2(z) = z ∂ ∂z g5/2(z) = ∞� l=1 zl l3/2 , terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal Quântico - equação de estado - Bósons 3 Resumindo PV kT = V λ3 g5/2(z)− ln(1− z) �N� V = 1 λ3 g3/2(z) + 1 V z 1− z Obs: As func¸o˜es gs(z) sa˜o ditas func¸o˜es de Bose ou integrais de Bose, correspondendo a gs(z) = Lis(z) = 1 Γ(s) � ∞ 0 ts−1 etz−1 − 1 dt = ∞� k=1 zk ks . Em ambos os casos as se´ries convergem para �(s) > 0 e para todo z exceto z real e z ≤ −1. Pode-se mostrar com facilidade que f3/2(z) = z ∂ ∂z f5/2(z) = ∞� l=1 (−1)l+1 z l l3/2 , e g3/2(z) = z ∂ ∂z g5/2(z) = ∞� l=1 zl l3/2 , terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal Quântico - equação de estado - Bósons 4 Ζ�3 �2 � �1 0.5 1 z 1 2 g3�2�z� Obs: a) A extensa˜o da integral ate´ p = 0 na˜o contribui para a a primeira integral porque lim p→∞[p 2 ln(1− e−βp2/2m)] ∼ lim p→∞[p 2 ln p2]→ 0 b) No entanto, para a segunda integral, temos lim p→∞[ p2 (e−βp2/2m − 1) = 2mkbT �= 0, exceto em T = 0. c) Se o ga´s for bidimensional esse limite na˜o existira´! d) Comportamento de g3/2(z): como z > 0, z ∈ [0, 1]. g3/2(1) = ζ(3/2) = 2.61238 . . . . e) µ = kBT ln z → µ ≤ 0. terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal Quântico - equação de estado - Bósons 4 Ζ�3 �2 � �1 0.5 1 z 1 2 g3�2�z� Obs: a) A extensa˜o da integral ate´ p = 0 na˜o contribui para a a primeira integral porque lim p→∞[p 2 ln(1− e−βp2/2m)] ∼ lim p→∞[p 2 ln p2]→ 0 b) No entanto, para a segunda integral, temos lim p→∞[ p2 (e−βp2/2m − 1) = 2mkbT �= 0, exceto em T = 0. c) Se o ga´s for bidimensional esse limite na˜o existira´! d) Comportamento de g3/2(z): como z > 0, z ∈ [0, 1]. g3/2(1) = ζ(3/2) = 2.61238 . . . . e) µ = kBT ln z → µ ≤ 0. terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal Quântico - equação de estado - Bósons 4 Ζ�3 �2 � �1 0.5 1 z 1 2 g3�2�z� Obs: a) A extensa˜o da integral ate´ p = 0 na˜o contribui para a a primeira integral porque lim p→∞[p 2 ln(1− e−βp2/2m)] ∼ lim p→∞[p 2 ln p2]→ 0 b) No entanto, para a segunda integral, temos lim p→∞[ p2 (e−βp2/2m − 1) = 2mkbT �= 0, exceto em T = 0. c) Se o ga´s for bidimensional esse limite na˜o existira´! d) Comportamento de g3/2(z): como z > 0, z ∈ [0, 1]. g3/2(1) = ζ(3/2) = 2.61238 . . . . e) µ = kBT ln z → µ ≤ 0. terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de altas temperaturas 5 Regime de Altas Temperaturas → λ 3 v << 1 �N� V = 1 λ3 g3/2(z) + 1 V z 1− z → λ3 v = g3/2(z) + λ3 V z 1− z << 1 ou λ3 V � �N� − z 1− z � = g3/2(z) → λ 3 V � �N� − �n0� � = g3/2(z), �n0� = z1− z Como λ3/v << 1, tambe´m λ3/v0 << 1 ∴ g3/2(z) << 1 → z << 1. Nesse regime �n0� = z 1− z � 0 quando comparado com �N�. No limite z << 1, a func¸a˜o g3/2(z) pode ser escrita em sua se´rie de poteˆncias , i.e λ3 v = z + 1 2 √ 2 z2 + 1 3 √ 3 z3 + . . . terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de altas temperaturas 5 Regime deAltas Temperaturas → λ 3 v << 1 �N� V = 1 λ3 g3/2(z) + 1 V z 1− z → λ3 v = g3/2(z) + λ3 V z 1− z << 1 ou λ3 V � �N� − z 1− z � = g3/2(z) → λ 3 V � �N� − �n0� � = g3/2(z), �n0� = z1− z Como λ3/v << 1, tambe´m λ3/v0 << 1 ∴ g3/2(z) << 1 → z << 1. Nesse regime �n0� = z 1− z � 0 quando comparado com �N�. No limite z << 1, a func¸a˜o g3/2(z) pode ser escrita em sua se´rie de poteˆncias , i.e λ3 v = z + 1 2 √ 2 z2 + 1 3 √ 3 z3 + . . . terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de altas temperaturas 5 Regime de Altas Temperaturas → λ 3 v << 1 �N� V = 1 λ3 g3/2(z) + 1 V z 1− z → λ3 v = g3/2(z) + λ3 V z 1− z << 1 ou λ3 V � �N� − z 1− z � = g3/2(z) → λ 3 V � �N� − �n0� � = g3/2(z), �n0� = z1− z Como λ3/v << 1, tambe´m λ3/v0 << 1 ∴ g3/2(z) << 1 → z << 1. Nesse regime �n0� = z 1− z � 0 quando comparado com �N�. No limite z << 1, a func¸a˜o g3/2(z) pode ser escrita em sua se´rie de poteˆncias , i.e λ3 v = z + 1 2 √ 2 z2 + 1 3 √ 3 z3 + . . . terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de altas temperaturas 5 Regime de Altas Temperaturas → λ 3 v << 1 �N� V = 1 λ3 g3/2(z) + 1 V z 1− z → λ3 v = g3/2(z) + λ3 V z 1− z << 1 ou λ3 V � �N� − z 1− z � = g3/2(z) → λ 3 V � �N� − �n0� � = g3/2(z), �n0� = z1− z Como λ3/v << 1, tambe´m λ3/v0 << 1 ∴ g3/2(z) << 1 → z << 1. Nesse regime �n0� = z 1− z � 0 quando comparado com �N�. No limite z << 1, a func¸a˜o g3/2(z) pode ser escrita em sua se´rie de poteˆncias , i.e λ3 v = z + 1 2 √ 2 z2 + 1 3 √ 3 z3 + . . . terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de altas temperaturas 6 A se´rie ser invertida recursivamente produzindo uma expressa˜o de z em uma se´rie de poteˆncias de λ3/v, i.e. z = ∞� l=1 al � λ3 v �l onde os coeficientes al sa˜o os ”coeficientes viriais” quaˆnticos. Em ordem zero (l = 1) temos para a equac¸a˜o de estado, PV kBT � V λ3 � λ3 v � → PV = �N� kBT (ga´s ideal cla´ssico) Em primeira ordem (ate´ l = 2) teˆm-se z � λ 3 v − 1 2 √ 2 � λ3 v �2 + . . . → PV kBT � �N� � 1 + 1 4 √ 2 � λ3 v � + . . . � ∴ e as grandezas termodinaˆmicas pode ser calculadas, por exemplo CV = � ∂U ∂T � V,N = � ∂ ∂T �3 2 PV �� V,N = 3 2 �N�kB � 1 + 0.0883 λ3 v + . . . � > 3 2 �N�kB !!!! terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de altas temperaturas 6 A se´rie ser invertida recursivamente produzindo uma expressa˜o de z em uma se´rie de poteˆncias de λ3/v, i.e. z = ∞� l=1 al � λ3 v �l onde os coeficientes al sa˜o os ”coeficientes viriais” quaˆnticos. Em ordem zero (l = 1) temos para a equac¸a˜o de estado, PV kBT � V λ3 � λ3 v � → PV = �N� kBT (ga´s ideal cla´ssico) Em primeira ordem (ate´ l = 2) teˆm-se z � λ 3 v − 1 2 √ 2 � λ3 v �2 + . . . → PV kBT � �N� � 1 + 1 4 √ 2 � λ3 v � + . . . � ∴ e as grandezas termodinaˆmicas pode ser calculadas, por exemplo CV = � ∂U ∂T � V,N = � ∂ ∂T �3 2 PV �� V,N = 3 2 �N�kB � 1 + 0.0883 λ3 v + . . . � > 3 2 �N�kB !!!! terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de altas temperaturas 6 A se´rie ser invertida recursivamente produzindo uma expressa˜o de z em uma se´rie de poteˆncias de λ3/v, i.e. z = ∞� l=1 al � λ3 v �l onde os coeficientes al sa˜o os ”coeficientes viriais” quaˆnticos. Em ordem zero (l = 1) temos para a equac¸a˜o de estado, PV kBT � V λ3 � λ3 v � → PV = �N� kBT (ga´s ideal cla´ssico) Em primeira ordem (ate´ l = 2) teˆm-se z � λ 3 v − 1 2 √ 2 � λ3 v �2 + . . . → PV kBT � �N� � 1 + 1 4 √ 2 � λ3 v � + . . . � ∴ e as grandezas termodinaˆmicas pode ser calculadas, por exemplo CV = � ∂U ∂T � V,N = � ∂ ∂T �3 2 PV �� V,N = 3 2 �N�kB � 1 + 0.0883 λ3 v + . . . � > 3 2 �N�kB !!!! terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de altas temperaturas 6 A se´rie ser invertida recursivamente produzindo uma expressa˜o de z em uma se´rie de poteˆncias de λ3/v, i.e. z = ∞� l=1 al � λ3 v �l onde os coeficientes al sa˜o os ”coeficientes viriais” quaˆnticos. Em ordem zero (l = 1) temos para a equac¸a˜o de estado, PV kBT � V λ3 � λ3 v � → PV = �N� kBT (ga´s ideal cla´ssico) Em primeira ordem (ate´ l = 2) teˆm-se z � λ 3 v − 1 2 √ 2 � λ3 v �2 + . . . → PV kBT � �N� � 1 + 1 4 √ 2 � λ3 v � + . . . � ∴ e as grandezas termodinaˆmicas pode ser calculadas, por exemplo CV = � ∂U ∂T � V,N = � ∂ ∂T �3 2 PV �� V,N = 3 2 �N�kB � 1 + 0.0883 λ3 v + . . . � > 3 2 �N�kB !!!! terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de altas temperaturas 6 A se´rie ser invertida recursivamente produzindo uma expressa˜o de z em uma se´rie de poteˆncias de λ3/v, i.e. z = ∞� l=1 al � λ3 v �l onde os coeficientes al sa˜o os ”coeficientes viriais” quaˆnticos. Em ordem zero (l = 1) temos para a equac¸a˜o de estado, PV kBT � V λ3 � λ3 v � → PV = �N� kBT (ga´s ideal cla´ssico) Em primeira ordem (ate´ l = 2) teˆm-se z � λ 3 v − 1 2 √ 2 � λ3 v �2 + . . . → PV kBT � �N� � 1 + 1 4 √ 2 � λ3 v � + . . . � ∴ e as grandezas termodinaˆmicas pode ser calculadas, por exemplo CV = � ∂U ∂T � V,N = � ∂ ∂T �3 2 PV �� V,N = 3 2 �N�kB � 1 + 0.0883 λ3 v + . . . � > 3 2 �N�kB !!!! terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de altas temperaturas 6 A se´rie ser invertida recursivamente produzindo uma expressa˜o de z em uma se´rie de poteˆncias de λ3/v, i.e. z = ∞� l=1 al � λ3 v �l onde os coeficientes al sa˜o os ”coeficientes viriais” quaˆnticos. Em ordem zero (l = 1) temos para a equac¸a˜o de estado, PV kBT � V λ3 � λ3 v � → PV = �N� kBT (ga´s ideal cla´ssico) Em primeira ordem (ate´ l = 2) teˆm-se z � λ 3 v − 1 2 √ 2 � λ3 v �2 + . . . → PV kBT � �N� � 1 + 1 4 √ 2 � λ3 v � + . . . � ∴ e as grandezas termodinaˆmicas pode ser calculadas, por exemplo CV = � ∂U ∂T � V,N = � ∂ ∂T �3 2 PV �� V,N = 3 2 �N�kB � 1 + 0.0883 λ3 v + . . . � > 3 2 �N�kB !!!! terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística- Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de altas temperaturas 6 A se´rie ser invertida recursivamente produzindo uma expressa˜o de z em uma se´rie de poteˆncias de λ3/v, i.e. z = ∞� l=1 al � λ3 v �l onde os coeficientes al sa˜o os ”coeficientes viriais” quaˆnticos. Em ordem zero (l = 1) temos para a equac¸a˜o de estado, PV kBT � V λ3 � λ3 v � → PV = �N� kBT (ga´s ideal cla´ssico) Em primeira ordem (ate´ l = 2) teˆm-se z � λ 3 v − 1 2 √ 2 � λ3 v �2 + . . . → PV kBT � �N� � 1 + 1 4 √ 2 � λ3 v � + . . . � ∴ e as grandezas termodinaˆmicas pode ser calculadas, por exemplo CV = � ∂U ∂T � V,N = � ∂ ∂T �3 2 PV �� V,N = 3 2 �N�kB � 1 + 0.0883 λ3 v + . . . � > 3 2 �N�kB !!!! terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de baixas temperaturas 7 Regime de baixas temperaturas → λ 3 v >> 1, λ = � 2π �2 mkBT �1/2 Ana´lise qualitativa: �N� V = 1 λ3 g3/2(z) + �n0� V , �n0� = z 1− z = nu´mero me´dio de part´ıculas no estado �p = 0 ∴ λ 3 V �n0� = λ 3 v − g3/2(z), se λ3/v > g3/2(z) → λ 3 V �n0� ≥ 0 ou seja, havera´ uma frac¸a˜o finita de part´ıculas no estado fundamental. A condic¸a˜o λ3/v > g3/2(z) → �N�V � 2π�2 mkBT �3/2 ≥ g3/2(z) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de baixas temperaturas 7 Regime de baixas temperaturas → λ 3 v >> 1, λ = � 2π �2 mkBT �1/2 Ana´lise qualitativa: �N� V = 1 λ3 g3/2(z) + �n0� V , �n0� = z 1− z = nu´mero me´dio de part´ıculas no estado �p = 0 ∴ λ 3 V �n0� = λ 3 v − g3/2(z), se λ3/v > g3/2(z) → λ 3 V �n0� ≥ 0 ou seja, havera´ uma frac¸a˜o finita de part´ıculas no estado fundamental. A condic¸a˜o λ3/v > g3/2(z) → �N�V � 2π�2 mkBT �3/2 ≥ g3/2(z) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de baixas temperaturas 7 Regime de baixas temperaturas → λ 3 v >> 1, λ = � 2π �2 mkBT �1/2 Ana´lise qualitativa: �N� V = 1 λ3 g3/2(z) + �n0� V , �n0� = z 1− z = nu´mero me´dio de part´ıculas no estado �p = 0 ∴ λ 3 V �n0� = λ 3 v − g3/2(z), se λ3/v > g3/2(z) → λ 3 V �n0� ≥ 0 ou seja, havera´ uma frac¸a˜o finita de part´ıculas no estado fundamental. A condic¸a˜o λ3/v > g3/2(z) → �N�V � 2π�2 mkBT �3/2 ≥ g3/2(z) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de baixas temperaturas 7 Regime de baixas temperaturas → λ 3 v >> 1, λ = � 2π �2 mkBT �1/2 Ana´lise qualitativa: �N� V = 1 λ3 g3/2(z) + �n0� V , �n0� = z 1− z = nu´mero me´dio de part´ıculas no estado �p = 0 ∴ λ 3 V �n0� = λ 3 v − g3/2(z), se λ3/v > g3/2(z) → λ 3 V �n0� ≥ 0 ou seja, havera´ uma frac¸a˜o finita de part´ıculas no estado fundamental. A condic¸a˜o λ3/v > g3/2(z) → �N�V � 2π�2 mkBT �3/2 ≥ g3/2(z) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - regimes de baixas temperaturas 7 Regime de baixas temperaturas → λ 3 v >> 1, λ = � 2π �2 mkBT �1/2 Ana´lise qualitativa: �N� V = 1 λ3 g3/2(z) + �n0� V , �n0� = z 1− z = nu´mero me´dio de part´ıculas no estado �p = 0 ∴ λ 3 V �n0� = λ 3 v − g3/2(z), se λ3/v > g3/2(z) → λ 3 V �n0� ≥ 0 ou seja, havera´ uma frac¸a˜o finita de part´ıculas no estado fundamental. A condic¸a˜o λ3/v > g3/2(z) → �N�V � 2π�2 mkBT �3/2 ≥ g3/2(z) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 8 Em um diagrama P − v − T , a condic¸a˜o �N� V � 2π�2 mkBT �3/2 ≥ g3/2(z) corresponde a uma regia˜o onde havera´ coexisteˆncia de duas ”fases” termodinaˆmicas dis- tintas do ga´s: ”fase condensada” composta de part´ıculas no estado fundamental (com �p = 0) ”fase na˜o-condensada” composta de part´ıculas com �p �= 0. Fora dessa regia˜o havera´ apenas ga´s no estado na˜o condensado. A fronteira que delimita a regia˜o de condensac¸a˜o e´ uma superf´ıcie dada por: �N� V � 2π�2 mkBTc �3/2 = g3/2(1) → kBTc = 2π� 2/m [v g3/2(1)]2/3 Tc: temperatura para a qual o comprimento de onda te´rmico e´ da mesma ordem de grandeza da separac¸a˜o interpart´ıcula me´dia. terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 8 Em um diagrama P − v − T , a condic¸a˜o �N� V � 2π�2 mkBT �3/2 ≥ g3/2(z) corresponde a uma regia˜o onde havera´ coexisteˆncia de duas ”fases” termodinaˆmicas dis- tintas do ga´s: ”fase condensada” composta de part´ıculas no estado fundamental (com �p = 0) ”fase na˜o-condensada” composta de part´ıculas com �p �= 0. Fora dessa regia˜o havera´ apenas ga´s no estado na˜o condensado. A fronteira que delimita a regia˜o de condensac¸a˜o e´ uma superf´ıcie dada por: �N� V � 2π�2 mkBTc �3/2 = g3/2(1) → kBTc = 2π� 2/m [v g3/2(1)]2/3 Tc: temperatura para a qual o comprimento de onda te´rmico e´ da mesma ordem de grandeza da separac¸a˜o interpart´ıcula me´dia. terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 8 Em um diagrama P − v − T , a condic¸a˜o �N� V � 2π�2 mkBT �3/2 ≥ g3/2(z) corresponde a uma regia˜o onde havera´ coexisteˆncia de duas ”fases” termodinaˆmicas dis- tintas do ga´s: ”fase condensada” composta de part´ıculas no estado fundamental (com �p = 0) ”fase na˜o-condensada” composta de part´ıculas com �p �= 0. Fora dessa regia˜o havera´ apenas ga´s no estado na˜o condensado. A fronteira que delimita a regia˜o de condensac¸a˜o e´ uma superf´ıcie dada por: �N� V � 2π�2 mkBTc �3/2 = g3/2(1) → kBTc = 2π� 2/m [v g3/2(1)]2/3 Tc: temperatura para a qual o comprimento de onda te´rmico e´ da mesma ordem de grandeza da separac¸a˜o interpart´ıcula me´dia. terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 8 Em um diagrama P − v − T , a condic¸a˜o �N� V � 2π�2 mkBT �3/2 ≥ g3/2(z) corresponde a uma regia˜o onde havera´ coexisteˆncia de duas ”fases” termodinaˆmicas dis- tintas do ga´s: ”fase condensada” composta de part´ıculas no estado fundamental (com �p = 0) ”fase na˜o-condensada” composta de part´ıculas com �p �= 0. Fora dessa regia˜o havera´ apenas ga´s no estado na˜o condensado. A fronteira que delimita a regia˜o de condensac¸a˜o e´ uma superf´ıcie dada por: �N� V � 2π�2 mkBTc �3/2 = g3/2(1) → kBTc = 2π� 2/m [v g3/2(1)]2/3 Tc: temperatura para a qual o comprimento de onda te´rmico e´ da mesma ordem de grandeza da separac¸a˜o interpart´ıcula me´dia. terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa dePós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 9 Vista de outra maneira, para uma dada temperatura T fixa, teˆm-se o volume espec´ıfico cr´ıtico vc dado por vc = λ3 g3/2(1) = 1 g3/2(1) � 2π �2 mKBT �3/2 A regia˜o de condensac¸a˜o corresponde a T < Tc ou v < vc. Outro ponto-de-vista: Escrever �N� − �n0� = V λ3 g3/2(z) ≤ Vλ3 g3/2(1) desde que g3/2(1) = ζ(3/2) e´ o ma´ximo valor de g3/2(z) no interlalo [0, 1]. Definido Nmax(T, V ) = V λ3 g3/2(1), → (�N� −Nmax) ≤ �n0� ∴ �N� ≥ Nmax → �n0� ≥ 0, ∴ �N� = Nmax → �n0� = 0 terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 9 Vista de outra maneira, para uma dada temperatura T fixa, teˆm-se o volume espec´ıfico cr´ıtico vc dado por vc = λ3 g3/2(1) = 1 g3/2(1) � 2π �2 mKBT �3/2 A regia˜o de condensac¸a˜o corresponde a T < Tc ou v < vc. Outro ponto-de-vista: Escrever �N� − �n0� = V λ3 g3/2(z) ≤ Vλ3 g3/2(1) desde que g3/2(1) = ζ(3/2) e´ o ma´ximo valor de g3/2(z) no interlalo [0, 1]. Definido Nmax(T, V ) = V λ3 g3/2(1), → (�N� −Nmax) ≤ �n0� ∴ �N� ≥ Nmax → �n0� ≥ 0, ∴ �N� = Nmax → �n0� = 0 terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 9 Vista de outra maneira, para uma dada temperatura T fixa, teˆm-se o volume espec´ıfico cr´ıtico vc dado por vc = λ3 g3/2(1) = 1 g3/2(1) � 2π �2 mKBT �3/2 A regia˜o de condensac¸a˜o corresponde a T < Tc ou v < vc. Outro ponto-de-vista: Escrever �N� − �n0� = V λ3 g3/2(z) ≤ Vλ3 g3/2(1) desde que g3/2(1) = ζ(3/2) e´ o ma´ximo valor de g3/2(z) no interlalo [0, 1]. Definido Nmax(T, V ) = V λ3 g3/2(1), → (�N� −Nmax) ≤ �n0� ∴ �N� ≥ Nmax → �n0� ≥ 0, ∴ �N� = Nmax → �n0� = 0 terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 9 Vista de outra maneira, para uma dada temperatura T fixa, teˆm-se o volume espec´ıfico cr´ıtico vc dado por vc = λ3 g3/2(1) = 1 g3/2(1) � 2π �2 mKBT �3/2 A regia˜o de condensac¸a˜o corresponde a T < Tc ou v < vc. Outro ponto-de-vista: Escrever �N� − �n0� = V λ3 g3/2(z) ≤ Vλ3 g3/2(1) desde que g3/2(1) = ζ(3/2) e´ o ma´ximo valor de g3/2(z) no interlalo [0, 1]. Definido Nmax(T, V ) = V λ3 g3/2(1), → (�N� −Nmax) ≤ �n0� ∴ �N� ≥ Nmax → �n0� ≥ 0, ∴ �N� = Nmax → �n0� = 0 terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 9 Vista de outra maneira, para uma dada temperatura T fixa, teˆm-se o volume espec´ıfico cr´ıtico vc dado por vc = λ3 g3/2(1) = 1 g3/2(1) � 2π �2 mKBT �3/2 A regia˜o de condensac¸a˜o corresponde a T < Tc ou v < vc. Outro ponto-de-vista: Escrever �N� − �n0� = V λ3 g3/2(z) ≤ Vλ3 g3/2(1) desde que g3/2(1) = ζ(3/2) e´ o ma´ximo valor de g3/2(z) no interlalo [0, 1]. Definido Nmax(T, V ) = V λ3 g3/2(1), → (�N� −Nmax) ≤ �n0� ∴ �N� ≥ Nmax → �n0� ≥ 0, ∴ �N� = Nmax → �n0� = 0 terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 10 Reescrevendo �N� − �n0� ≤ V λ3 g3/2(1), → �n0�V ≥ 1− Nmax �N� ou �n0� V ≥ 1− V g3/2(1)� 2π�2 mKBT �3/2 ∴ �n0�V ≥ 1− � T Tc �3/2 = 1− � v vc �3/2 a fronteira sendo definida pela igualdade. Em resumo: Quando T < Tc, o sistema esta´ na fase de coexisteˆncia de ”fases” onde havera´: • uma frac¸a˜o (T/Tc)3/2 das part´ıculas na fase excitada (�p �= 0) • uma frac¸a˜o 1− (T/Tc)3/2 das part´ıculas na fase condensada (�p = 0) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 10 Reescrevendo �N� − �n0� ≤ V λ3 g3/2(1), → �n0�V ≥ 1− Nmax �N� ou �n0� V ≥ 1− V g3/2(1)� 2π�2 mKBT �3/2 ∴ �n0�V ≥ 1− � T Tc �3/2 = 1− � v vc �3/2 a fronteira sendo definida pela igualdade. Em resumo: Quando T < Tc, o sistema esta´ na fase de coexisteˆncia de ”fases” onde havera´: • uma frac¸a˜o (T/Tc)3/2 das part´ıculas na fase excitada (�p �= 0) • uma frac¸a˜o 1− (T/Tc)3/2 das part´ıculas na fase condensada (�p = 0) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 10 Reescrevendo �N� − �n0� ≤ V λ3 g3/2(1), → �n0�V ≥ 1− Nmax �N� ou �n0� V ≥ 1− V g3/2(1)� 2π�2 mKBT �3/2 ∴ �n0�V ≥ 1− � T Tc �3/2 = 1− � v vc �3/2 a fronteira sendo definida pela igualdade. Em resumo: Quando T < Tc, o sistema esta´ na fase de coexisteˆncia de ”fases” onde havera´: • uma frac¸a˜o (T/Tc)3/2 das part´ıculas na fase excitada (�p �= 0) • uma frac¸a˜o 1− (T/Tc)3/2 das part´ıculas na fase condensada (�p = 0) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 11 0 0.5 1 T�Tc0 0.5 1 n0 N ou ainda �n0� �N� = 0 se T > Tc 1− (T/Tc)3/2 se T ≤ Tc. Obs: Quando T = 0, �n0� �N� = 1 todas as part´ıculas estara˜o no estado fundamen- tal. terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 11 0 0.5 1 T�Tc0 0.5 1 n0 N ou ainda �n0� �N� = 0 se T > Tc 1− (T/Tc)3/2 se T ≤ Tc. Obs: Quando T = 0, �n0� �N� = 1 todas as part´ıculas estara˜o no estado fundamen- tal. terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 11 0 0.5 1 T�Tc0 0.5 1 n0 N ou ainda �n0� �N� = 0 se T > Tc 1− (T/Tc)3/2 se T ≤ Tc. Obs: Quando T = 0, �n0� �N� = 1 todas as part´ıculas estara˜o no estado fundamen- tal. terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 12 Considerar um ga´s ideal de fo´tons em equil´ıbrio termodinaˆmico a` temperatura T , confi- nado em uma cavidade de volume V . Na cavidade, a energia total da onda eletromagne´tica composta por n�k,εˆ fo´tons com momentum �k e polarizac¸a˜o εˆ pode ser escrita como: E{n�k,εˆ} = � �k,εˆ n�k,εˆ εk,�ˆ onde ε�k,�ˆ e´ a energia de um fo´ton com momentum �k e polarizac¸a˜o �ˆ i.e. ε�k,�ˆ = �ωk, onde ωk = c |�k|. Obs: lembrar que �ˆ e´ transversal a` direc¸a˜o de propagac¸a˜o, i.e �k · �ˆ = 0. Func¸a˜o de partic¸a˜o: Z(T, V ) = � {n�k,εˆ} exp � − β � �k,εˆ n�k,εˆ εk,�ˆ � = � {n�k,εˆ} � �k,εˆ exp[−βn�k,εˆ εk,�ˆ] O nu´mero de fo´tons em cada estado e´ ilimitado (o potencial qu´ımico e´ nulo), i.e. n�k,εˆ = 0, 1, 2. . . . . terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 12 Considerar um ga´s ideal de fo´tons em equil´ıbrio termodinaˆmico a` temperatura T , confi-nado em uma cavidade de volume V . Na cavidade, a energia total da onda eletromagne´tica composta por n�k,εˆ fo´tons com momentum �k e polarizac¸a˜o εˆ pode ser escrita como: E{n�k,εˆ} = � �k,εˆ n�k,εˆ εk,�ˆ onde ε�k,�ˆ e´ a energia de um fo´ton com momentum �k e polarizac¸a˜o �ˆ i.e. ε�k,�ˆ = �ωk, onde ωk = c |�k|. Obs: lembrar que �ˆ e´ transversal a` direc¸a˜o de propagac¸a˜o, i.e �k · �ˆ = 0. Func¸a˜o de partic¸a˜o: Z(T, V ) = � {n�k,εˆ} exp � − β � �k,εˆ n�k,εˆ εk,�ˆ � = � {n�k,εˆ} � �k,εˆ exp[−βn�k,εˆ εk,�ˆ] O nu´mero de fo´tons em cada estado e´ ilimitado (o potencial qu´ımico e´ nulo), i.e. n�k,εˆ = 0, 1, 2. . . . . terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 12 Considerar um ga´s ideal de fo´tons em equil´ıbrio termodinaˆmico a` temperatura T , confi- nado em uma cavidade de volume V . Na cavidade, a energia total da onda eletromagne´tica composta por n�k,εˆ fo´tons com momentum �k e polarizac¸a˜o εˆ pode ser escrita como: E{n�k,εˆ} = � �k,εˆ n�k,εˆ εk,�ˆ onde ε�k,�ˆ e´ a energia de um fo´ton com momentum �k e polarizac¸a˜o �ˆ i.e. ε�k,�ˆ = �ωk, onde ωk = c |�k|. Obs: lembrar que �ˆ e´ transversal a` direc¸a˜o de propagac¸a˜o, i.e �k · �ˆ = 0. Func¸a˜o de partic¸a˜o: Z(T, V ) = � {n�k,εˆ} exp � − β � �k,εˆ n�k,εˆ εk,�ˆ � = � {n�k,εˆ} � �k,εˆ exp[−βn�k,εˆ εk,�ˆ] O nu´mero de fo´tons em cada estado e´ ilimitado (o potencial qu´ımico e´ nulo), i.e. n�k,εˆ = 0, 1, 2. . . . . terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 12 Considerar um ga´s ideal de fo´tons em equil´ıbrio termodinaˆmico a` temperatura T , confi- nado em uma cavidade de volume V . Na cavidade, a energia total da onda eletromagne´tica composta por n�k,εˆ fo´tons com momentum �k e polarizac¸a˜o εˆ pode ser escrita como: E{n�k,εˆ} = � �k,εˆ n�k,εˆ εk,�ˆ onde ε�k,�ˆ e´ a energia de um fo´ton com momentum �k e polarizac¸a˜o �ˆ i.e. ε�k,�ˆ = �ωk, onde ωk = c |�k|. Obs: lembrar que �ˆ e´ transversal a` direc¸a˜o de propagac¸a˜o, i.e �k · �ˆ = 0. Func¸a˜o de partic¸a˜o: Z(T, V ) = � {n�k,εˆ} exp � − β � �k,εˆ n�k,εˆ εk,�ˆ � = � {n�k,εˆ} � �k,εˆ exp[−βn�k,εˆ εk,�ˆ] O nu´mero de fo´tons em cada estado e´ ilimitado (o potencial qu´ımico e´ nulo), i.e. n�k,εˆ = 0, 1, 2. . . . . terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 13 0 1 Ζ� 32 � 1 2 3 4 v Λ3 0 0.5 1 z A soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o 1 v = 1 λ3 g3/2(z) + 1 V z z − 1 para se obter z em func¸a˜o de λ3/v pode ser feita numericamente ou gra´ficamente. O resultado e´ uma func¸a˜o na forma mostrada ao lado: No limite termodinaˆmico V � 1, pore´m fixo, obte´m-se: z = � 1 se λ3/v ≥ g3/2(1), soluc¸a˜o de λ3/v = g3/2(z) se λ 3/v ≤ g3/2(1), . Na regia˜o de condensac¸a˜o, todas as expresso˜es para as func¸o˜es termodinaˆmicas para o ga´s ideal de Bose sa˜o dadas por expresso˜es anal´ıticas simples quando se faz z = 1. Exemplo: Equac¸a˜o de estado P kBT = 1 λ3 g5/2(1), lim V→∞ 1 V ln(1−z)→ 0, 1−z = z/�n0� � 1/�n0� = 1/(αnV ) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 13 0 1 Ζ� 32 � 1 2 3 4 v Λ3 0 0.5 1 z A soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o 1 v = 1 λ3 g3/2(z) + 1 V z z − 1 para se obter z em func¸a˜o de λ3/v pode ser feita numericamente ou gra´ficamente. O resultado e´ uma func¸a˜o na forma mostrada ao lado: No limite termodinaˆmico V � 1, pore´m fixo, obte´m-se: z = � 1 se λ3/v ≥ g3/2(1), soluc¸a˜o de λ3/v = g3/2(z) se λ 3/v ≤ g3/2(1), . Na regia˜o de condensac¸a˜o, todas as expresso˜es para as func¸o˜es termodinaˆmicas para o ga´s ideal de Bose sa˜o dadas por expresso˜es anal´ıticas simples quando se faz z = 1. Exemplo: Equac¸a˜o de estado P kBT = 1 λ3 g5/2(1), lim V→∞ 1 V ln(1−z)→ 0, 1−z = z/�n0� � 1/�n0� = 1/(αnV ) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 13 0 1 Ζ� 32 � 1 2 3 4 v Λ3 0 0.5 1 z A soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o 1 v = 1 λ3 g3/2(z) + 1 V z z − 1 para se obter z em func¸a˜o de λ3/v pode ser feita numericamente ou gra´ficamente. O resultado e´ uma func¸a˜o na forma mostrada ao lado: No limite termodinaˆmico V � 1, pore´m fixo, obte´m-se: z = � 1 se λ3/v ≥ g3/2(1), soluc¸a˜o de λ3/v = g3/2(z) se λ 3/v ≤ g3/2(1), . Na regia˜o de condensac¸a˜o, todas as expresso˜es para as func¸o˜es termodinaˆmicas para o ga´s ideal de Bose sa˜o dadas por expresso˜es anal´ıticas simples quando se faz z = 1. Exemplo: Equac¸a˜o de estado P kBT = 1 λ3 g5/2(1), lim V→∞ 1 V ln(1−z)→ 0, 1−z = z/�n0� � 1/�n0� = 1/(αnV ) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás Ideal de Bósons - condensação de Bose-Einstein 13 0 1 Ζ� 32 � 1 2 3 4 v Λ3 0 0.5 1 z A soluc¸a˜o geral da equac¸a˜o 1 v = 1 λ3 g3/2(z) + 1 V z z − 1 para se obter z em func¸a˜o de λ3/v pode ser feita numericamente ou gra´ficamente. O resultado e´ uma func¸a˜o na forma mostrada ao lado: No limite termodinaˆmico V � 1, pore´m fixo, obte´m-se: z = � 1 se λ3/v ≥ g3/2(1), soluc¸a˜o de λ3/v = g3/2(z) se λ 3/v ≤ g3/2(1), . Na regia˜o de condensac¸a˜o, todas as expresso˜es para as func¸o˜es termodinaˆmicas para o ga´s ideal de Bose sa˜o dadas por expresso˜es anal´ıticas simples quando se faz z = 1. Exemplo: Equac¸a˜o de estado P kBT = 1 λ3 g5/2(1), lim V→∞ 1 V ln(1−z)→ 0, 1−z = z/�n0� � 1/�n0� = 1/(αnV ) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Condensado de Bose-Einstein 14 • O Condensado de Bose-Einstein é uma fase da matéria formada por bósons a uma temperatura muito próxima do zero absoluto. • Uma grande fração de átomos atinge o mais baixo estado quântico • Os efeitos quânticos podem ser observados à escala macroscópica. • A existência deste estado da matéria como consequência da mecânica quântica foi inicialmente prevista por Albert Einstein em 1925, dando sequência ao trabalho de Satyendra Nath Bose sobre a mecânica estatística dos fótons (sem massa) para átomos (com massa). terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Condensado de Bose-Einstein 15 • O primeiro condensado deste tipo foi produzido 70 mais tarde por Eric Cornell e Carl Wieman em 1995, na Universidade de Colorado em Boulder, usando um gás de átomos de rubídio arrefecido a 170 nanokelvins (nK). • A técnica de produção do condensado valeu aos seus inventores Steven Chu, Claude Cohen-Tannoudji e William D. Phillips, o Prêmio Nobel da Física em 1997. As cores representam o número de átomos em cada velocidade: - vermelho menos átomos - branco mais átomos. - nas áreas em branco e azul claro as velocidades menores. Esquerda: antes do aparecimento do condensado de Bose-Einstein. Centro: aparecimento do condensado.Direita: após a rápida evaporação, deixando amostras puras do condensado. Obs: O pico não é infinitamente estreito devido ao Princípio da Incerteza de Heisenberg: quando um átomo é retido numa região específica do espaço a sua distribuição de velocidade possui necessariamente uma certa largura mínima. terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Condensado de Bose-Einstein 16 • Quatro meses depois, em um projeto independente, Wolfgang Ketterle no MIT criou um condensado formado por sódio-23. O condensado de Ketterle era constituído por trezentas vezes mais átomos, permitindo obter vários resultados importantes como a observação de interferência quanto-mecânica entre dois condensados diferentes. Cornell, Wieman e Ketterle ganharam o Prémio Nobel em 2001 pelo seu trabalho. • A condensação de Bose-Einstein também se aplica a quasipartículas em sólidos. Um mágnon num antiferromagneto possui spin 1 e portanto obedece à estatística de Bose- Einstein. A densidade de mágnons é controlada por um campo magnético externo, que desempenha o papel de "potencial químico" do mágnon. Em 1999, a condensação de Bose para mágnons foi obtida no composto TICuCl3. • Sérgio. M. Rezende, Wave function of a microwave-driven Bose-Einstein magnon condensate. Physical Review. B, v. 81, p. 0204141, 2010. terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 17 A soma (trac¸o) em {n�k,εˆ} sera´ portanto irrestrita, uma vez que o nu´mero de fo´tons na˜o e´ fixo. Logo, Z(T, V ) = ∞� n �k1,εˆ1 =0 exp[−βn�1,εˆ1 εk1,�ˆ1 ]× ∞� n �k2,εˆ2 =0 exp[−βn�2,εˆ2 εk2,�ˆ2 ]× · · · = Z(T, V ) = � �k,εˆ 1 1− exp[−β εk,�ˆ] → Z(V, T ) = � �k � 1 1− exp[−β �ωk] �2 Obs: • cada fator e´ uma progressa˜o geome´trica infinita de raza˜o < 1. • Ha´ dois estados de polarizac¸a˜o independentes a` direc¸a˜o de propagac¸a˜o. O nu´mero me´dio de fo´tons em um dado estado �k, com qualquer polarizac¸a˜o, e´ �n�k� = 1 Z � {n�k�,εˆ} n�k,εˆ exp � − β � �k�,εˆ n�k�,εˆ �ωk�ß � = − 1 β ∂ ∂�ωk ln Z(T, V ) = = − 1 β ∂ ∂�ωk � k� ln(1−e−β�ωk� )−2 = 2 β ∂ ∂�ωk ln[1−exp(−β �ωk)] ∴ �n�k� = 2 exp[β �ωk]− 1 terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 17 A soma (trac¸o) em {n�k,εˆ} sera´ portanto irrestrita, uma vez que o nu´mero de fo´tons na˜o e´ fixo. Logo, Z(T, V ) = ∞� n �k1,εˆ1 =0 exp[−βn�1,εˆ1 εk1,�ˆ1 ]× ∞� n �k2,εˆ2 =0 exp[−βn�2,εˆ2 εk2,�ˆ2 ]× · · · = Z(T, V ) = � �k,εˆ 1 1− exp[−β εk,�ˆ] → Z(V, T ) = � �k � 1 1− exp[−β �ωk] �2 Obs: • cada fator e´ uma progressa˜o geome´trica infinita de raza˜o < 1. • Ha´ dois estados de polarizac¸a˜o independentes a` direc¸a˜o de propagac¸a˜o. O nu´mero me´dio de fo´tons em um dado estado �k, com qualquer polarizac¸a˜o, e´ �n�k� = 1 Z � {n�k�,εˆ} n�k,εˆ exp � − β � �k�,εˆ n�k�,εˆ �ωk�ß � = − 1 β ∂ ∂�ωk ln Z(T, V ) = = − 1 β ∂ ∂�ωk � k� ln(1−e−β�ωk� )−2 = 2 β ∂ ∂�ωk ln[1−exp(−β �ωk)] ∴ �n�k� = 2 exp[β �ωk]− 1 terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 17 A soma (trac¸o) em {n�k,εˆ} sera´ portanto irrestrita, uma vez que o nu´mero de fo´tons na˜o e´ fixo. Logo, Z(T, V ) = ∞� n �k1,εˆ1 =0 exp[−βn�1,εˆ1 εk1,�ˆ1 ]× ∞� n �k2,εˆ2 =0 exp[−βn�2,εˆ2 εk2,�ˆ2 ]× · · · = Z(T, V ) = � �k,εˆ 1 1− exp[−β εk,�ˆ] → Z(V, T ) = � �k � 1 1− exp[−β �ωk] �2 Obs: • cada fator e´ uma progressa˜o geome´trica infinita de raza˜o < 1. • Ha´ dois estados de polarizac¸a˜o independentes a` direc¸a˜o de propagac¸a˜o. O nu´mero me´dio de fo´tons em um dado estado �k, com qualquer polarizac¸a˜o, e´ �n�k� = 1 Z � {n�k�,εˆ} n�k,εˆ exp � − β � �k�,εˆ n�k�,εˆ �ωk�ß � = − 1 β ∂ ∂�ωk ln Z(T, V ) = = − 1 β ∂ ∂�ωk � k� ln(1−e−β�ωk� )−2 = 2 β ∂ ∂�ωk ln[1−exp(−β �ωk)] ∴ �n�k� = 2 exp[β �ωk]− 1 terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 18 Energia interna U U = − ∂ ∂β lnZ = � �k �ωk�n�k� = V (2π)3 � ∞ 0 4π 2k2 �ωk exp[β �ωk]− 1dk = 8πV � (2π)3c3 � ∞ 0 ω3 eβ�ω − 1dω onde identifica-se a densidade espectral u(ω) definida por u = U V = � ω 0 u(ω)dω → u(ω) = � π2c3 ω3 eβ�ω − 1 Resolvendo a integral fazendo a transf. de varia´veis β�ω = x resulta U = V π2�3c3 (kT ) 4 � ∞ 0 x3 ex − 1dx ∴ U ∼ T 4 uma vez que a integral definida e´ finita, i.e� ∞ 0 x3 ex − 1dx =Γ (4)Li4(1) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 18 Energia interna U U = − ∂ ∂β lnZ = � �k �ωk�n�k� = V (2π)3 � ∞ 0 4π 2k2 �ωk exp[β �ωk]− 1dk = 8πV � (2π)3c3 � ∞ 0 ω3 eβ�ω − 1dω onde identifica-se a densidade espectral u(ω) definida por u = U V = � ω 0 u(ω)dω → u(ω) = � π2c3 ω3 eβ�ω − 1 Resolvendo a integral fazendo a transf. de varia´veis β�ω = x resulta U = V π2�3c3 (kT ) 4 � ∞ 0 x3 ex − 1dx ∴ U ∼ T 4 uma vez que a integral definida e´ finita, i.e� ∞ 0 x3 ex − 1dx =Γ (4)Li4(1) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 18 Energia interna U U = − ∂ ∂β lnZ = � �k �ωk�n�k� = V (2π)3 � ∞ 0 4π 2k2 �ωk exp[β �ωk]− 1dk = 8πV � (2π)3c3 � ∞ 0 ω3 eβ�ω − 1dω onde identifica-se a densidade espectral u(ω) definida por u = U V = � ω 0 u(ω)dω → u(ω) = � π2c3 ω3 eβ�ω − 1 Resolvendo a integral fazendo a transf. de varia´veis β�ω = x resulta U = V π2�3c3 (kT ) 4 � ∞ 0 x3 ex − 1dx ∴ U ∼ T 4 uma vez que a integral definida e´ finita, i.e� ∞ 0 x3 ex − 1dx =Γ (4)Li4(1) terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 19 Pressa˜o P = ∂ ∂V [kT lnZ] = −kT ∂ ∂V � �k,�ˆ ln(1− e−βεk,�ˆ) = = −2kT ∂ ∂V � �k ln(1− e−β�ωk) = P = −2kT ∂ ∂V � V (2π)3 � ∞ 0 ln(1− e−β�ωk) 4πk2 dk � = = −8πkT (2π)3 � ∞ 0 ln(1− e−β�ωk) k2 dk terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 19 Pressa˜o P = ∂ ∂V [kT lnZ] = −kT ∂ ∂V � �k,�ˆ ln(1− e−βεk,�ˆ) = = −2kT ∂ ∂V � �k ln(1− e−β�ωk) = P = −2kT ∂ ∂V � V (2π)3 � ∞ 0 ln(1− e−β�ωk) 4πk2 dk � = = −8πkT (2π)3 � ∞ 0 ln(1− e−β�ωk) k2 dk terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 20 Fazendo a mudanc¸a de varia´veis β�ωk = β� c k = x, e integrando por partes, resulta P = −8πkT (2π)3 �kT �c �3 � ∞ 0 ln(1− e−x)x2 dx = = − (kT ) 4 π2(�c)3 1 3 � x3 ln(1− e−x) ���∞ 0 − � ∞ 0 x3 ex − 1 � ∴ P = (kT )4 π2(�c)3 1 3 � ∞ 0 x3 ex − 1 → P = 1 3 1 π2(�c)3 (kT ) 4 Γ(4)Li4(1)Comparando com o resultado obtido acima, verifica-se imediatamente que PV = 1 3 U terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 20 Fazendo a mudanc¸a de varia´veis β�ωk = β� c k = x, e integrando por partes, resulta P = −8πkT (2π)3 �kT �c �3 � ∞ 0 ln(1− e−x)x2 dx = = − (kT ) 4 π2(�c)3 1 3 � x3 ln(1− e−x) ���∞ 0 − � ∞ 0 x3 ex − 1 � ∴ P = (kT )4 π2(�c)3 1 3 � ∞ 0 x3 ex − 1 → P = 1 3 1 π2(�c)3 (kT ) 4 Γ(4)Li4(1) Comparando com o resultado obtido acima, verifica-se imediatamente que PV = 1 3 U terça-feira, 14 de fevereiro de 2012 Curso de Mecânica Estatística - Verão 2012 - Programa de Pós-graduação em Física da UFPE\ Aula 10 Gás de Fótons 20 Fazendo a mudanc¸a de varia´veis β�ωk = β� c k = x, e integrando por partes, resulta P = −8πkT (2π)3 �kT �c �3 � ∞ 0 ln(1− e−x)x2 dx = = − (kT ) 4 π2(�c)3 1 3 � x3 ln(1− e−x) ���∞ 0 − � ∞ 0 x3 ex − 1 � ∴ P = (kT )4 π2(�c)3 1 3 � ∞ 0 x3 ex − 1 → P = 1 3 1 π2(�c)3 (kT ) 4 Γ(4)Li4(1) Comparando com o resultado obtido acima, verifica-se imediatamente que PV = 1 3 U terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Compartilhar