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Sistemas Operacionais Leandro Dionízio Ramos 1 Gerenciamento de Arquivos • Os arquivos são gerenciados pelo sistema operacional e é mediante a implementação de arquivos que o sistema operacional estrutura e organiza as informações. • A parte do sistema responsável pela gerência é denominada sistema de arquivo que é a parte mais visível do sistema operacional pois é uma atividade frequentemente realizada pelos usuários. • Deve ocorrer de maneira uniforme independente dos diferentes dispositivos de armazenamento. 2 Arquivos • É um conjunto de registros definidos pelo sistema de arquivos e podem ser armazenados em diferentes dispositivos físicos. • É constituído de informações logicamente relacionadas, podendo representar programas ou dados. 3 Arquivos • A representação da informação dentro de um computador digital é feita na forma de números. • No Linux ou no Windows, arquivos são concebidos e tratados como STREAMS (comprimentos) de BYTES. • Um BYTE é um número entre 0 e 255. – Um BYTE é um conjunto de 8 bits (dígitos binários) 4 Arquivos 5 A : 65 B : 66 ... Z : 90 a : 97 b : 98 ... z : 122 0 : 48 1 : 49 ... 9 : 57 Caracteres especiais: 0 : NULO 8 : BACKSPACE 9 : TAB 10 : mudança de linha 12 : mudança de página 13 : ENTER Arquivos 6 65 66 67 10 49 50 51 10 68 69 10 97 98 10 Representação interna do conteúdo de um arquivo mudança de linha mudança de linha mudança de linha mudança de linha A B C 10 1 2 3 10 D E 10 a b 10 Convertendo a representação interna de um arquivo texto: Arquivos • É identificado por meio de um nome, formado por uma sequência de caracteres. • Em sistemas operacionais, a identificação de um arquivo é composta por duas partes separadas por um ponto, a parte após o ponto é chamada extensão do arquivo e serve para identificar o conteúdo. 7 Arquivos 8 Organização de Arquivos 9 • Consiste no modo como seus dados estão internamente armazenados. • Quando o arquivo é criado pode-se definir que organização será adotada que pode ser uma estrutura suportada pelo sistema operacional ou definida pela própria aplicação. Organização de Arquivos 10 • A forma mais simples de organização de arquivos é através de uma sequência não-estruturada de bytes, onde o sistema de arquivos não impõe nenhuma estrutura lógica para os dados, a aplicação deve definir toda a organização. • A grande vantagem deste modelo é a flexibilidade para criar estruturas de dados, porém todo o controle de dados é de responsabilidade da aplicação. Organização de Arquivos 11 • Alguns sistemas operacionais estabelecem diferentes organizações de arquivos e cada um deve seguir um modelo suportado pelo sistema de arquivos. • As organizações mais conhecidas e implementadas são a sequencial, relativa e indexada. Organização de Arquivos 12 • Acesso sequencial: • O método de acesso sequencial é o mais conhecido e mais frequentemente utilizado. Num arquivo sequencial, a ordem lógica e física dos registros armazenados é a mesma. • Como os registros são armazenados um após o outro em sequencia, a leitura de um registro n requer que os n-1 registros anteriores também sejam lidos. Organização de Arquivos 13 • No acesso sequencial, os dados são sempre lidos e/ou escritos em sequência, do início ao final do arquivo. Para cada arquivo aberto por uma aplicação é definido um ponteiro de acesso, que inicialmente aponta para a primeira posição do arquivo. • A cada leitura ou escrita, esse ponteiro é incrementado e passa a indicar a posição da próxima leitura ou escrita. Organização de Arquivos 14 • As organizações sequencial: • O armazenamento em fita magnética usa a organização sequencial. Organização de Arquivos 15 • Acesso direto: • Pode-se indicar a posição no arquivo onde cada leitura ou escrita deve ocorrer, sem a necessidade de um ponteiro. Assim, caso se conheça previamente a posição de um determinado dado no arquivo, não há necessidade de percorrê-lo sequencialmente até encontrar o dado desejado. Organização de Arquivos 16 • Acesso direto: • Essa forma de acesso é muito importante em gerenciadores de bancos de dados, que precisam acessar rapidamente as posições do arquivo correspondentes ao registros desejados em uma operação. Organização de Arquivos 17 • Acesso indexado: • Podemos fazer uma analogia de um arquivo com um livro. Logo no início, existe um índice onde estão relacionados os tópicos e a página onde cada tópico está localizado. • A ideia do arquivo indexado é justamente esta: existe um arquivo auxiliar (índice) que contém as chaves e o endereço do registro correspondente no arquivo principal (dados). Organização de Arquivos 18 • Acesso indexado: • Num banco de dados, para cada arquivo de dados, podemos ter um ou mais índices, dependendo dos valores de chave para ser utilizados. • Um arquivo de clientes poderia ser classificado por ordem alfabética ou pelo número do CPF do cliente. Para satisfazer as duas chaves, seriam criados então dois arquivos de índices: um tendo o nome e o outro tendo o CPF como chave de classificação. Organização de Arquivos 19 • Acesso indexado: Atributos 20 • São informações de controle que dependendo do sistema de arquivos variam, porém alguns como tamanho, criador, proteção e data estão presentes em quase todos. • Alguns atributos especificados na criação do arquivo não podem ser mudados e outros são modificados pelo próprio sistema operacional. E ainda existe alguns que podem ser alterados pelo usuário. Atributos 21 • Nome: string de caracteres que identifica o arquivo para o usuário, como “foto1.jpg”, “relatório.pdf”, “hello.c”, etc.; • Tipo: indicação do formato dos dados contidos no arquivo, como áudio, vídeo, imagem, texto, etc. Muitos sistemas operacionais usam parte do nome do arquivo para identificar o tipo de seu conteúdo, na forma de uma extensão: “.doc”, “.jpg”, “.mp3”, etc.; • Tamanho: indicação do tamanho do conteúdo do arquivo, em bytes ou registros; Atributos 22 • Datas: para fins de gerência, é importante manter as datas mais importantes relacionadas ao arquivo, como suas datas de criação, de último acesso e de última modificação do conteúdo; • Proprietário: em sistemas multi-usuários, cada arquivo tem um proprietário, que deve estar corretamente identificado; • Permissões de acesso: indicam que usuários têm acesso àquele arquivo e que formas de acesso são permitidas (leitura, escrita, remoção, etc.); • Localização: indicação do dispositivo físico onde o arquivo se encontra e da posição do arquivo dentro do mesmo; Atributos 23 • Datas: para fins de gerência, é importante manter as datas mais importantes relacionadas ao arquivo, como suas datas de criação, de último acesso e de última modificação do conteúdo; • Proprietário: em sistemas multiusuários, cada arquivo tem um proprietário, que deve estar corretamente identificado; • Permissões de acesso: indicam que usuários têm acesso àquele arquivo e que formas de acesso são permitidas (leitura, escrita, remoção, etc.); Atributos 24 • Localização: indicação do dispositivo físico onde o arquivo se encontra e da posição do arquivo dentro do mesmo; • Outros atributos: vários outros atributos podem ser associados a um arquivo, por exemplo para indicar se é um arquivo de sistema, se está visível aos usuários, se tem conteúdo binário ou textual, etc. Cada sistema de arquivos normalmente define seus próprios atributos específicos, além dos atributos usuais. Diretórios 25 • A quantidade de arquivosem um sistema atual pode ser muito grande, chegando facilmente a milhões deles em um computador desktop típico, e muito mais em servidores. • Embora o sistema operacional possa tratar facilmente essa imensa quantidade de arquivos, essa tarefa não é tão simples para os usuários: identificar e localizar de forma inequívoca um arquivo específico em meio a milhões de outros arquivos pode ser impraticável. Diretórios 26 • Para permitir a organização de arquivos dentro de uma partição, são usados diretórios. Um diretório, também chamado de pasta (folder), representa um contêiner de informações, que pode conter arquivos ou mesmo outros diretórios. • Da mesma forma que os arquivos, diretórios têm nome e atributos, que são usados na localização e acesso aos arquivos neles contidos. Diretórios 27 • Cada espaço de armazenamento possui ao menos um diretório principal, denominado diretório raiz (root directory). • Em sistemas de arquivos mais antigos e simples, o diretório raiz de um volume estava definido em seus blocos de inicialização, normalmente reservados para informações de gerência. Diretórios 28 • Diretórios permite construir uma estrutura hierárquica (em árvore) de armazenamento dentro de um volume. Sistemas de Arquivos 29 • Existem diversos sistemas de arquivos diferentes, que vão desde sistemas simples como o FAT16 até sistemas como o NTFS, EXT3 e ReiserFS, que incorporam recursos mais avançados. • Para Windows, temos três sistemas de arquivos: FAT16, FAT32 e NTFS. • Para Linux. temos uma variedade muito grande de sistemas de arquivos diferentes que incluem o EXT2, EXT3, ReiserFS, XFS, JFS e muitos outros. Sistemas de Arquivos 30 • FAT16 • Sistema de arquivos utilizado pelo MS-DOS. Neste sistema existe uma Tabela de Alocação de Arquivos (File Allocation Table, FAT) que na verdade é um mapa de utilização do disco. • A FAT mapeia a utilização do espaço do disco e permite que o sistema operacional saiba onde determinado arquivo se localiza no disco. Sistemas de Arquivos 31 • FAT16 • Existem várias posições na FAT, sendo que cada posição aponta a uma área do disco. • Cada posição na FAT-16 utiliza uma variável de 16 bits 2ଵ = 65.536 posições na FAT Se em cada setor cabem apenas 512 bytes, concluímos que, teoricamente, poderíamos ter discos somente de até 65.536 x 512 bytes = 33.554.432 bytes ou 32 MB. • Por este motivo, o sistema FAT-16 não trabalha com setores, mas sim com clusters, que são conjuntos de setores. Sistemas de Arquivos 32 • FAT16 • Em vez de cada posição da FAT apontar a um setor, cada posição aponta para um cluster, que é um conjunto de setores que poderá representar 1, 2, 4 ou mais setores do disco. • O tamanho do cluster é definido automaticamente pelo sistema operacional quando o disco é formatado. Sistemas de Arquivos 33 • FAT16 • O sistema de arquivos FAT-16 não reconhece discos maiores que 2 GB. • Solução: particioná-los em partições menores que 2 GB. Sistemas de Arquivos 34 • FAT32 • Usado nas versões Windows 95 e Windows 98. O tamanho dos clusters no FAT32 é bem menor, o que faz com que haja bem menos desperdício. 2ଷଶ = 4294967296 posições na FAT X 512 bytes = 2199023255552 bytes. • Este sistema permite que discos rígidos de até 2 terabytes sejam reconhecidos e acessados diretamente, sem a necessidade de particionamento. Sistemas de Arquivos 35 • NTFS • NTFS - New Technology File System. Usado a partir do Windows NT. • Neste sistema de arquivo não há grandes desperdícios em disco pois a menor unidade de alocação é o próprio setor de 512 bytes. • A desvantagem: só podem ser utilizados em conjunto com os seus sistemas operacionais. Não pode ser usado no Windows 95, MSDOS, etc... 55 Sistemas de Arquivos 36 • NTFS • Utiliza a tabela MFT (Master File Table) para registrar a utilização de cada cluster de um disco. • A MFT substitui a FAT, armazenando as localizações de todos os arquivos e diretórios, incluindo os arquivos referentes ao próprio sistema de arquivos. • Duvidas??? 37
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