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Síntese da Hemoglobina e Eritrograma

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17/08/2017 
1 
Síntese de Hemoglobina 
 
- Estrutura 
- Função 
- Tipos 
- Destruição das Hemácias 
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra 
Prof° Adjunto IV da UFPE / Pesquisador HEMOPE 
Centro de Biociências 
macbezerra.ufpe@gmail.com 
Hemoglobina 
 Substância com peso molecular de 64.500 daltons. 
 Sua molécula é um tetrâmero e cada subunidade compõem-
se de uma cadeia polipeptídica, a globina, e um grupo 
prostético, o heme, um pigmento contendo ferro que se 
combina com oxigênio e confere a molécula sua capacidade de 
transportar oxigênio. 
 Função: transporte de O2 dos pulmões para os tecidos e 
parte do CO2 e prótons dos tecidos para os pulmões. 
Diferentes Níveis de Estrutura a Molécula da Hb 
• Estrutura Primária: Sequência de aminoácidos na cadeia de globina, 
determinados pela ordem das bases nitrogenadas (A, C, T, G) no DNA. 
 
• Estrutura Secundária: A sequência em que estes aminoácidos estão 
dispostos na cadeia de globina determina que ela assuma uma conformação 
helicoidal (denominada -hélice), que transforma aquilo que seria uma 
estrutura linear em uma espiral. 
 
• Estrutura Terciária: Ennovelamento da -hélice formando uma estrutura 
globular, delimitando a bolsa do heme e deixando os aminoácidos polares na 
superfície. 
 
• Estrutura Quaternária: Associação de um par de cadeias -símiles e um 
par de cadeias β-símiles, formando um tetrâmero e delimitando uma 
cavidade central onde se aloja o 2,3 DPG. 
 
Estrutura Terciária da Cadeia de Globina 
A molécula de hemoglobina 
b b 
  
Sítios de Ligação O2 
(Grupo Heme) 
Síntese da Hemoglobina 
Durante a eritropoese: 
• Início: Proeritroblastos 
• maior quantidade: eritroblastos basófilos 
 eritroblastos policromáticos 
 eritroblastos ortocromáticos 
• reticulócitos: 10 - 20 % 
• hemácia madura - não há síntese 
• heme e globina  sintetizados separadamente 
17/08/2017 
3 
Síntese da Hemoglobina 
Transferrina 
Fe 
Ferritina 
Mitocôndria 
Ribossomos 
Aminoácidos 
Cadeias  e b 
Globinas 2 b2 
Hemoglobina 
Coproporfirinogênio Porfobilinogênio 
Uroporfirinogênio 
Glicina + B6 
Succinil CoA 
Fe 
Heme (x4) 
dALA Protoporfirina 
+ 
Síntese de Hemoglobina 
• Processa-se no citoplasma do eritroblasto, após ter 
lugar à formação do heme e das cadeias de 
globina; 
• O heme é sintetizado ao nível da mitocôndria, 
enquanto as cadeias de globina se formam em 
ribossomos específicos do citoplasma. 
Controle genético da Hb normal 
• As diferenças existentes entre as Hb sintetizadas durante o 
desenvolvimento do indivíduo servem para preencher as diferentes 
necessidades de oxigênio dessas diversas fases. 
• No início da vida embrionária e durante a vida fetal, há tipos de Hb que 
desaparecem após o nascimento. 
• Na espécie humana, as primeiras moléculas de Hb embrionárias são 
produzidas no saco vitelínico, precedendo o desenvolvimento da circulação 
sanguínea estabelecendo as trocas gasosas que são realizadas através da 
placenta. 
• Entretanto, na maior parte da vida fetal, o feto obtém oxigênio através da 
circulação materna devido a intima cooperação entre os vasos maternos 
fetais da placenta. 
Ontogenia das Hemoglobinas 
É o Estudo Evolutivo das Hemoglobinas Humanas 
Relacionado à Fase do Desenvolvimento e à 
Fisiologia de Oxigenação Específica para os 
Períodos Embrionário, Fetal e Pós-Nascimento. 
Genes Globinícos 
17/08/2017 
4 
Gene da Globina Controle genético da síntese de 
cadeias globínicas 
e Ag b Gg d 
5’ 3’ 
Cromossomo 16 
z 2 1 
5’ 3’ 
Cromossomo 11 
Cluster de genes beta 
Cluster de genes alfa 
Ontogenia das cadeias globínicas 
Megaloblasto Macrócito Normócito 
Fígado Medula Óssea Saco 
Vitelínico 
Fase medular Fase visceral Fase mesenquimal 
2 6 9 12 18 24 
50 
40 
30 
20 
10 
Vida pré-natal (semanas) Vida pós-natal (semanas) 
30 38 6 12 18 24 28 34 48 
LO
C
A
L 
E
 T
IP
O
 D
E
 
E
R
IT
R
O
PO
IE
S
E
 
T
O
T
A
L 
D
A
 S
ÍN
T
E
S
E
 D
E
 G
LO
B
IN
A
S
 (
%
)  
 
b 
b 
g 
 
d 
g 
d 
42 
e 
z 2 1 
Cromossomo 16 
5’ 3’ 
Cromossomo 11 
e Ag b Gg d 
5’ 3’ 
Embrionária 
Fetal 
Adulto 
Expressão das cadeias globínicas 
Concentração das hemoglobinas embrionárias, 
Fetal, A, e A2 no período do desenvolvimento 
embrionário, fetal e 6 meses após o nascimento 
Período Hemoglobina Concentração 
Embrionário 
(3ª a 8ª semana) 
Gower-1 (z2e2) 
Portland (z2 g2) 
Gower-2 (2e2) 
20-40% 
5-20% 
10-20% 
Fetal 
(Por volta da 5ª semana) 
Fetal (2g 2) 
A (2b 2) 
A2 (2d2) 
90-100% 
5-10% 
Traços 
Pós-nascimento 
(acima de 6 meses) 
A (2b 2) 
A2 (2d2) 
Fetal (2g2) 
96-98% 
2-3,5% 
0-2,0% 
Eletroforese de Hb embrionárias 
AA Embrião SS 
A 
F 
S 
+ 
- 
17/08/2017 
5 
Eletroforese de Hb em RN e adulto 
 
+ 
- 
RN Após RN 
Hb AF 6mês Hb AFC 
A 
F 
A2-C 
Eletroforese de Hemoglobina em Adulto 
+ 
- 
Após 6º mês 
A 
F 
A2 
Síntese de Hemoglobina 
b 
d 
 
 
 g 
2g2 Hb Fetal = 0 - 1% 
2d2 
2b2 Hb A = 96 - 98% 
Hb A2 = 2,0 - 3,5% 
Genes Relacionados a Síntese de 
Hemoglobina 
Genes do Cromossomo 11 
 RCG e g d b 
 RCG z 2 1 
Genes do Cromossomo 16 
Controle no Cromossomo 11 
R C G e g d b 
EMBRIÃO 
FETO 
PÓS-NASCIMENTO 
PÓS-NASCIMENTO 
RNA Polimerase do Gene Beta 
Os genes RCG contém proteínas específicas (RNA 
polimerase) para cada um dos genes e, g, d, e b, e 
atuam respectivamente nas fases embrionárias (até 
se esgotar a RNA polimerase para e), fase fetal (até 
se esgotar a RNA polimerase para g), e pós-
nascimento nos genes b e d, até o fim da vida 
17/08/2017 
6 
Controle no Cromossomo 16 
RCG z 2 1 
FETO E PÓS-NASCIMENTO 
PÓS-NASCIMENTO 
EMBRIÃO 
RNA Polimerase do Gene Alfa 
Os genes RCG também são específicos para 
cada um dos genes alfa: z (embrionário), 
1 (fetal e pós-nascimento), 2 (pós-
nascimento). 
Degradação da Hb 
• Esgotamento metabólico e diminuição da oxigenação da Hb; 
• Alterações degenerativas; 
• São removidos pelo sistema monocítico-macrofágico (baço, 
fígado e MO) 
Destruição Extravascular dos Eritrócitos 
DEGRADAÇÃO DA HEMOGLOBINA 
Ferro 
Reaproveitado 
Grupo Heme 
Biliverdina 
Excreção pelas 
fezes e urina 
Globina 
Aminoácidos 
Reaproveitados 
Bilirrubina Indireta 
Bilirrubina livre 
(não conjugada) 
Bilirrubina Direta 
Transportada ao fígado 
 (bilirrubina conjugada) 
Transformação em 
glicoronídeos 
Processo Fisiológico Eritrocitário Normal 
• Um mesmo eritrócito contém de 250 a 320 milhões de 
moléculas de Hb. 
• Cada eritrócito se satura com oxigênio em seu nível máximo 
de 96% ao passar pelos pulmões. 
• Ao distribuir o oxigênio para os tecidos ele doa 1/3 desse 
oxigênio. 
17/08/2017 
7 
Eritrócitos na Circulação 
(120 dias de vida, 27 a 32 pg de Hb) 
Processo Fisiológico Eritrocitário 
Normal 
O mesmo eritrócito 
do sangue venoso 
pode conter Hb 
oxigenada (oxi-Hb) 
e Hemoglobina 
desoxigenada 
(desoxi-Hb) 
2,3 Difosfoglicerato 
• A reação entre Hemoglobina e o 2,3 DPG pode ser considerada 
como se segue: 
Hb O2 +2,3-DPG  Hb DPG + O2 
 
• Um aumento no nível de 2,3 DPG na hemácia aumenta a 
quantidade de oxigênio liberadapela hemoglobina em uma dada 
pressão parcial de oxigênio, isto é, o 2,3 DPG desvia a curva de 
dissociação do oxigênio para a direita. 
Principais Alterações na Síntese de 
Hemoglobina 
 
ADQUIRIDAS: 
• Deficiência de Ferro 
• Deficiência de Folato 
e B12 
HEREDITÁRIAS: 
• Mutações de aminoácidos com 
formação de Hb variantes 
• Mutações na regulação 
quantitativa de globinas alfa 
(talassemia alfa) e de globinas 
beta (talassemia beta) 
Determinação do 
Hematócrito 
 Laboratório Central (LABCEN) do CCB / UFPE 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
CURSO DE BIOMEDICINA 
Biomedicina 5ºP (BR256) 
 
Prof° Dr. Marcos André C. Bezerra 
Prof° Dr. Anttonio Roberto L. de Araújo 
Determinação do Hematócrito 
 
• Hematócrito (Ht ou Hct) é o volume da massa 
eritrocitária expressa em porcentagem (ou 
fração decimal). O hematócrito pode ser 
determinado por tecnologia automática ou 
manual. 
17/08/2017 
8 
Determinação do Hematócrito Aparelhos para Determinação do Hematócrito 
1- Microcentrífuga 
• A determinação manual é baseada no empacotamento das 
hemácias; 
• O Ht obtido por microcentrifugação: micro-hematócrito, 
(embora aceito) é em geral mais elevado (1 a 3 pontos 
percentuais a mais) em função da retenção plasmática entre a 
massa centrifugada; 
• Ocorre diminuição do Ht quando o anticoagulante EDTA está 
em excesso, pois este excesso desidrata os eritrócitos com 
conseqüente diminuição da massa eritrocitária diminuindo 
portanto o Ht. 
Determinação do Micro-Hematócrito 
 
• Amostra: sangue total em tubo contendo EDTA. 
• 1- Colocar o tubo capilar dentro do tubo contendo a 
amostra e deixar que o sangue penetre e preencha 
até aproximadamente 80% do tubo 
• 2- Preencher a parte vazia restante vedando-a com 
massa de modelar (de preferência de cor clara a fim 
de diferenciar do vermelho do sangue). 
Determinação do Micro-Hematócrito Determinação do Micro-Hematócrito 
 
17/08/2017 
9 
Determinação do Micro-Hematócrito 
 
• 3 - Colocar o capilar na microcentrifuga e 
centrifugar por 5-10 min a 10.000 -12.000 rpm. 
Determinação do Micro-Hematócrito 
 
Microcentrifuga Hematócrito - Método Manual 
Microcentrifugação 
centrifugação 
11.000 rpm 
3 a 5 minutos 
Tubo capilar 
Comp: 75mm 
Diâmetro: 1mm 
Retenção de plasma entre 
os eritrócitos 
Determinação do Micro-Hematócrito 
• 4- Realizar leitura através de um escala lendo de baixo para cima 
o volume correspondente à massa eritrocitária e expressar o 
resultado em porcentagem. 
Hematócrito 
17/08/2017 
10 
Hematócrito 
Causas de Erro 
 
• 1- Excesso de EDTA. 
• 2- Coagulação da amostra ou sangue hemolisado. 
• 3- Microcentrífugas com rotações alteradas. 
• 4- Leitura incorreta dos resultados 
Aparelhos para Determinação do Hematócrito 
2- Contadores eletrônicos 
• Nos contadores eletrônicos o Ht é obtido pelo 
aparelho através da multiplicação dos eritrócitos pelo 
VCM (Volume Corpuscular Médio). 
 
• Ht = no de hemácias (x 106/l) x VCM (fl) 
 10 
Aparelhos para Determinação do Hematócrito 
2- Contadores eletrônicos 
• Como o hematócrito foi originado por técnicas 
tradicionais para permitir o cálculo do VCM; 
nestas circunstâncias (através de contadores 
eletrônicos), ele é preciso e contextual, porém 
inútil para o tradicional objetivo. 
17/08/2017 
11 
Valores de Referências do Hematócrito em 
Diferentes Faixas Etárias 
 
1 dia 48 a 68% 
3 dias 46 a 66% 
15 dias 44 a 60% 
3 meses 33 a 41% 
6 meses 31 a 39% 
1 a 2 anos 32 a 40% 
5 anos 33 a 41% 
10 anos 35 a 43% 
Masculino 39 a 53% 
Feminino 35 a 47% 
Crianças: 
Adultos 
Observação 
• Ht abaixo dos valores referenciais encontra-se: 
nas anemias, hemorragias agudas, gravidez 
• Ht acima dos valores referenciais encontra-se: 
nas poliglobulias, queimaduras, 
desidratação 
Dosagem de 
Hemoglobina 
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra 
Prof° Adjunto III da UFPE / Pesquisador HEMOPE 
Centro de Ciências Biológicas 
macbezerra.ufpe@gmail.com 
Dosagem de Hemoglobina 
• A determinação da concentração de Hb pelos 
métodos manual e automatizado baseia-se no mesmo 
princípio: 
- As células são lisadas e todas as formas de Hb são 
convertidas em cianometahemoglobina, que é um 
componente estável e mensurável pela determinação 
da absorbância a 540nm. 
- Diferente da medida do Ht, que é calculado na 
maioria dos equipamentos, a   de Hb é feita 
diretamente, tornando essa medida o parâmentro de 
escolha para o diagnóstico de anemia. 
 
 
 
Dosagem de Hemoglobina 
Métodos Manuais e automatizados 
Princípio: determinação colorimétrica pelo método da 
 Cianometahemoglobina 
Sulfa-Hb 
Hb-O2 
Hb-CO2 
Meta Hb 
CianometaHb 
Ferricianeto K+ 
Cianeto K+ 
Leitura espectrofotométrica – 540 nm 
Método Manual 
 Princípio: Utiliza-se uma solução de ferricianeto (líquido 
de Drabkin), que converte o ferro da hemoglobina 
(ferroso) em férrico, formando metahemoglobina, que se 
combina com o cianeto de potássio para formar 
cianometahemoglobina, medida em espectrofotômetro a 
540 nm. 
Obs.: Utiliza-se sempre um padrão cuja concentração de 
hemoglobina é conhecida 
 
Drabkin: solução de cianeto de potássio e ferrocianeto de 
potássio. 
 
17/08/2017 
12 
Procedimento 
• Colocar 20 l de amostra de sangue total em 5 ml do 
líquido de Drabkin em tubo de ensaio (utilizar 
micropipeta e ponteira). 
• Limpar a parte externa da ponteira com papel 
absorvente: lavar três vezes o interior da ponteira, por 
aspiração e expulsão. 
• Agitar, aguardar pelo menos 5 minutos e determinar 
a absorbância em 540 nm, zerando o aparelho com o 
próprio líquido de Drabkin (branco). 
Cálculos 
• Hb (g/dL) = fc x absorbância da 
amostra 
• Fc = fator de correção 
• Fator de correção: obtido através da 
leitura da absorbância do padrão de 
hemoglobina, feito em triplicata. 
• Fc = concentração do padrão / média das 
absorbâncias do padrão 
Valores de referência 
 
• Homens 13,0 a 18,0 g/dL 
• Muheres 12,0 a 16,0 gdL Contagem de Leucócitos e 
de Hemácias 
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra 
Prof° Adjunto III da UFPE / Pesquisador HEMOPE 
Centro de Ciências Biológicas 
macbezerra.ufpe@gmail.com 
CONTAGEM DE CÉLULAS 
Técnicas 
manuais 
-Baixo custo de reagentes e 
equipamentos 
-Muitas horas de trabalho 
 
 
 
 
 
Técnicas 
automatizadas 
- Grande capital 
- Rápida execução de amostras 
- Corpo técnico pequeno 
- Aumento da reprodutibilidade, 
precisão e exatidão 
- Maior segurança para o 
operador 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contagem de Leucócitos 
 
• A contagem de leucócitos sem diferenciação é feita por 
contadores automáticos de células sanguíneas (tecnologia 
automática), ou por câmeras de contagem de glóbulos 
(tecnologia manual); 
• Com o advento de automação em hematologia, que já vem 
ocorrendo, cada vez mais a vários anos em grande número de 
laboratórios de análises clínicas, é cada vez mais raro, o número 
de laboratórios que fazem uso da Câmera de Neubauer para 
contagem de leucócitos. 
 
17/08/2017 
13 
Câmera de Neubauer 
 
Contagem de Leucócitos pela Câmara de 
Neubauer 
 
• Técnica: 
1- Pipetar 380l da solução diluente. 
2- Acrescentar 20l de sangue. 
3- Colocar sobre a câmara de Neubauer uma lamínula específica para a 
câmara. 
4- Introduzir a amostra (sangue+solução diluente) entre a lamínula e acâmara de Neubauer. 
5- Aguardar 1 min para os leucócitos depositarem. 
6- Realizar a contagem através de microscopia óptica, utilizando objetiva 
de 10 ou 40 conforme necessidade. 
7- Contar os leucócitos posicionados nos quadradinhos dos 4 campos do 
retículo de Neubauer. 
8- O resultado da contagem será multiplicado por um fator, calculado de 
acordo com a diluição utilizada, sendo expresso por mm3. 
 
Líquido de Turk 
Líquido de Turk 
ácido acético glacial ..................................... 30ml 
água destilada (q.s.p).................................... 1000 ml 
2 gotas de solução a 1% de azul de metileno 
Câmera de Neubauer 
17/08/2017 
14 
Critérios para Contagem das Células 
Célula contada 
Célula não contada 
Métodos Manuais – Câmara de Neubauer 
Diluições utilizadas para a 
contagem de leucócitos 
 
 
Sangue Solução 
Diluente 
 
Proporção da 
diluição 
 
Fator de 
multiplicação 
 
1 
 
20l 
 
180l 
 
1:10 
 
25 
 
2 
 
20l 
 
380l 
 
1:20 
 
50 
 
3 
 
20l 
 
780l 
 
1:40 
 
100 
 
4 
 
20l 
 
1180l 
 
1:60 
 
150 
 
Cuidados 
Obs: Nas acentuadas leucopenias utilizamos menos solução diluente 
a fim de concentrar mais os leucócitos objetivando maior facilidade 
na contagem e confiabilidade de resultados. 
 
Obs: Nas acentuadas leucocitoses fazemos o inverso, ou seja, 
aumentamos a diluição obtendo consequentemente maiores fatores 
de multiplicação facilitando a contagem com maior confiabilidade 
de resultados. 
 
Fórmula para Fator de Multiplicação 
FM = PC x PD 
 CC 
PC = Profundidade da câmara (que passa ser uma constante 
igual a 10); 
PD = Proporção da diluição (este parâmetro varia com a diluição 
utilizada que em geralmente é de 1:20 ou 1:40 por satisfazer as 
contagens leucocitárias rotineiramente obtidas); 
CC = Campos contados (aqui também temos uma constante igual 
a 4, referente aos 4 campos laterais da câmara de Neubauer, 
contendo cada um 16 quadradinhos). 
 
Valores Referenciais da Contagem de 
Leucócitos 
Recém-nascidos 
 
10.000 a 25.000/l 
 
14 dias a 7 anos 
 
6.000 a 16.000/l 
 
8-18 anos 
 
4.500 a 13.500/l 
 
13-18 anos 
 
4.500 a 12.000/l 
 
Acima 18 anos 
 
4.000 a 11.000/l 
 
Diminuição abaixo dos valores de referência para as faixas etárias chama-se leucopenia. 
Aumento acima dos valores de referência para as faixas etárias chama-se leucocitose. 
 
Contagem Manual de Eritrócitos 
• Determinação do número de eritrócitos por mm3 (ou ml) de 
sangue, em um hemocitômetro (câmara de contagem específica), 
após diluição de amostra de sangue total com líquido diluidor 
apropriado. 
• A contagem é feita em 1/5 do quadrante central da câmara de 
Neubauer (H1 + H2+ H3 + H4 + H5), através de cálculos que 
incluem o fator de diluição utilizado e a área contada. 
 
17/08/2017 
15 
Câmera de Neubauer 
Procedimento 
 
- 4 ml de líquido diluidor (líquido de Hayem) 
- 20 L de amostra (limpar cuidadosamente a parte externa da 
ponteira com papel absorvente) 
- transferir a amostra para o tubo com o líquido diluidor lavando a 
ponteira no líquido por sucessivas aspiração e expulsão da 
amostra. (diluição 1:200). 
- homogeneizar a amostra do tubo por inversão (cuidadosamente 
para não romper as hemácias). 
- encher a câmara de contagem e realizar a contagem; 
Área de contagem : 1/5 do quadrado central 
Aumento : 400x 
 
 
Diluentes 
Líquido de Dacie : citrato trissódico 
Líquido de Gower : sulfato de sódio 
Líquido de Hayen : bicloreto de mercúrio 
Fator de diluição: 1:200 
Cálculo da contagem: 
 Nº de eritrócitos/ mm3 = N / Vol x D 
Onde: N = número total de glóbulos vermelhos contados (H1 + H2+ H3 + H4 + H5) 
 Volume = área x profundidade da câmara (0,2 mm2 x 0,1mm) = 0,02 mm3 
 D = diluição (1:200) 
 
Nº de eritrócitos/ mm3 = N / Vol x D  N N 
 ----------------- = ----------- = N X 10 000 / mm3 
 0,02 X 1/200 0,0001 
 
Valores de referência: 
 
 Homens 4 400 000 a 6 000 000 / mm3 
Mulheres 3 900 000 a 5 400 000 / mm3 
Contagem de Eritrócitos 
Manual 
Obs: Método que não deve mais ser utilizado, devido sua imprecisão. 
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16 
CELL DYN 3700 
ABBOTT 
Contador Automático de Células 
 
 IMPEDÂNCIA ELÉTRICA 
Princípio 
• Método baseado na determinação de mudanças na resistência 
elétrica que produzem pulsos elétricos mensuráveis. 
 
• O número de pulsos gerado é indicativo do número de partículas. 
 
• A amplitude de cada pulso é eletricamente proporcional ao 
volume da partícula. 
MÉTODOS 
AUTOMATIZADOS 
Contagem de Hemácias 
• A contagem de hemácias é comumente determinada pelos 
métodos de impedância ou de dispersão de luz; 
 
• Na contagem por impedância, descrita por Wallace Coulter 
em 1956, a amostra de sangue diluída em solução eletrolítica 
atravessa um pequeno orifício onde a corrente elétrica é mantida 
entre dois eletrodos; 
 
• Como a hemácia é má condutora de eletricidade, a sua 
passagem pela abertura aumenta a resistência elétrica e gera um 
pulso, que será maior ou menor dependendo do tamanho da 
célula. 
 
• O número de pulsos gerados determinará o número de 
hemácias na amostra, e a análise da amplitude dos pulsos 
fornecerá informações relativas ao tamanho da célula. 
Contagem de Hemácias 
• Pela técnica de dispersão de luz, a suspensão de células 
atravessa uma abertura em frente a uma fonte de luz; 
 
• Um fotomultiplicador converterá o sinal luminosos em impulso 
elétrico que será acumulado e contado; 
 
• As medidas da intensidade e do ângulo de dispersão da luz 
determinarão o tamanho da célula; 
 
• Ambas as tecnologias permitem que um grande numero de 
células seja rapidamente quantificadas, aumentando, assim, o 
nível de precisão da contagem. 
 
Técnica de dispersão de luz 
Impedância Elétrica 
Fentolitros 
N
° 
d
e
 P
u
ls
o
s 
MÉTODOS AUTOMATIZADOS 
Hemograma:Eritrograma 
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra 
Prof° Adjunto III da UFPE / Pesquisador HEMOPE 
Centro de Ciências Biológicas 
macbezerra.ufpe@gmail.com 
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17 
O Hemograma 
A análise do sangue periférico pretende responder a duas 
questões principais: 
 
1. A MO está produzindo um número suficiente de células 
maduras de diferentes linhagens? 
2. Os processos de proliferação, diferenciação e aquisição de 
funções de cada tipo celular estão se desenvolvendo de 
maneira adequada em todas as linhagens celulares? 
 
Grotto, HZW 2009 
O Hemograma 
• Alterações nesses dois quesitos básicos estão relacionados com 
numerosas condições patológicas, e o hemograma tem como 
finalidade fornecer respostas a essas questões. 
 
• A diversidade de informações, embora em geral bastante 
inespecíficas, que o hemograma pode fornecer, torna esse exame 
subsidiário um dos mais solicitados nas práticas clínica e cirúrgica. 
Grotto, HZW 2009 
Análise do Exame 
Hematológico - Hemograma 
Finalidade: avaliar quantitativamente e qualitativamente os 
diferentes componentes celulares do sangue. 
 
• Eritrograma 
• Leucograma 
• Plaquetas 
 
• Exame microscópico do esfregaço sanguíneo: análise qualitativa 
análises quantitativas 
Oxigenação 
dos tecidos 
Resposta 
imunológicaHemostasia 
Variações Fisiológicas 
Idade 
Sexo 
Raça 
Gravidez 
Exercícios Físicos 
Hemograma 
HEMOGRAMA 
 
Avaliação da quantidade e da 
morfologia das células sangüíneas 
Doenças hematológicas 
Processos Infecciosos e Inflamatórios 
Emergências médicas e cirúrgicas 
Quimioterapia e Radioterapia 
Doenças crônicas em geral 
Exame complementar para diagnóstico e 
acompanhamento 
Hemograma 
- Resultados auxiliam na identificação e no acompanhamento da 
evolução de uma variedade de doenças e no monitoramento da 
utilização de medicamentos. 
 
• Avaliação eritrocitária: processos anêmicos, policitêmicos e 
alterações de forma e tamanho das hemácias. 
 
• Avaliação leucocitária: processos inflamatórios, infecciosos, 
alérgicos, parasitários e leucêmicos. 
 
• Avaliação plaquetária: problemas na hemostasia 
(hemorragias, trombose). 
17/08/2017 
18 
HEMOGRAMA - composição 
Eritrograma 
•Hemácias, Hemoglobina e Hematócrito 
•Indices Hematimétricos: VCM, HCM, CHCM e RDW 
•Morfologia eritrocitária 
Leucograma 
•Contagem de Leucócitos totais 
•Contagem diferencial de leucócitos 
• Relativa 
•Absoluta 
Contagem de Plaquetas 
Eritrograma 
Consiste dos métodos laboratoriais que determinam 
os parâmetros hematológicos da série vermelha no 
sangue periférico: contagem de eritrócitos, 
dosagem de hemoglobina, determinação do 
hematócrito, cálculo dos índices hematimétricos 
e análise da morfologia eritrocitária. 
 
• O eritrograma é o conjunto das análises que incluem contagem de 
eritrócitos, dosagem da hemoglobina, e determinação do hematócrito 
(ou micro-hematócrito). 
• Dessas análises obtêm-se os índices hematimétricos que são 
importantes na classificação laboratorial das anemias. 
• Os índices hematimétricos são três: VCM (volume corpuscular 
médio), HCM (hemoglobina corpuscular média) e o CHCM 
(concentração da hemoglobina corpuscular média). 
Eritrograma Índices Hematimétricos 
Volume Corpuscular Médio (VCM): Valor hematimétrico que 
corresponde ao volume corpuscular médio dos eritrócitos medido 
em fentolitros (fL). É um resultado da divisão do hematócrito pela 
contagem de eritrócitos. 
VCM: Ht(%) x 10 
 RBC (milhões/L) 
 
Os contadores automáticos, contam e medem, simultaneamente, os 
eritrócitos; os volumes corpusculares individuais são integrados, 
gerando um VCM, notavelmente reprodutível. 
Valores normais: 89 ± 9 fL 
Este índice classifica morfologicamente as anemias quanto ao 
volume em: microcítica, normocítica e macrocítica 
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): é um valor 
hematimétrico que corresponde a hemogobina média, sendo 
então, o total de hemoglobina no eritrócito) em média. Sua 
unidade é o pigograma (g x 10-12) e seu resultado é 
proveniente da divisão da hemoglobina pela contagem de 
eritrócitos. 
HCM: Hb (g/dL) x 10 
 RBC (milhões/L) 
 
Valores normais: 27-32 pg 
 
 
Índices Hematimétricos 
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): é 
um valor hematimetríco que corresponde a concentração de 
hemogobina média, ou seja, a média da concentração da 
hemoglobina nos eritrócitos obtida pela divisão do valor da 
hemoglobina pelo hematócrito. A unidade do CHCM é em 
percentagem. 
CHCM: Hb (g/dL) x 100 
 Ht(%) 
 
Valores normais: 31-35 % 
Este índice classifica morfologicamente as anemias com relação ao 
conteúdo hemoglobínico em: Normocrômica, hipocrômica e 
hipercrômica 
Índices Hematimétricos 
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19 
RDW (Índice de Anisocitose) 
• Com o emprego de contadores automáticos avançados, 
surgiram outros índices, dos quais o RDW (amplitude dos 
eritrócitos) tem sido útil para indicar alterações morfológicas 
dos eritrócitos, relacionados a variação no tamanho. 
• Na maioria desses aparelhos, o RDW representa o desvio 
padrão das medidas do tamanho do eritrócito, e em outros é 
obtido pelo coeficiente de variação (CV) do tamanho dessas 
células. 
Valores normais: 11,6 - 14,0% 
As fórmulas para obter esses índices são: 
 
VCM: Ht(%) x 10 
 CE (milhões/L) 
 
 
HCM: Hb (g/dL) x 10 
 CE (milhões/L) 
 
 
CHCM: Hb (g/dL) x 100 
 Ht(%) 
 
RDW: (Red Cell Distribution Width): amplitude de distribuição 
 dos eritrócitos  RDW: Indicativo de alteração de tamanho dos eritrócitos 
HEMOGRAMA 
ERITROGRAMA 
• Hemácias (milhões/uL) 
• Hemoglobina (g/dL) 
• Hematócrito (%) 
• Indices Hematimétricos 
• Volume corpuscular médio –VCM (fL) 
• Hemoglobina corpuscular média – HCM (pg) 
• Concentração de hemoglobina corpuscular média – CHCM (%) 
• RDW (%) 
• Morfologia eritrocitária 
-Tamanho -Coloração -Forma -Inclusões 
Plasma 
Buffy Coat 
 
Eritrócitos 
Contagem de Eritrócitos 
• Eritrócitos 
 
 
• Poliglobulia ou policitemia: aumento dos eritrócitos circulantes 
acima do número normal. 
1. Relativa: hemocroncentração 
2. Absoluta: produção aumentada 
 
• Eritropenia ou Hipoglobulia: diminuição dos eritrócitos 
circulantes. 
1. Perda de sangue: anemia pós-hemorrágicas 
2. Destruição exagerada de eritrócitos: anemias hemolíticas 
3. Produção deficiente de eritrócitos: anemia por hipofunção ou 
insuficiência da MO. 
Homens 4,2 – 6,3 milhões/mm3 
Mulheres 3,8 – 5,5 milhões/mm3 
Dosagem de Hemoglobina 
Considera-se portador de anemia o indivíduo cuja 
dosagem de hemoglobina é inferior a: 
• 13 g/dl no homem adulto 
• 12 g/dl na mulher adulta 
• 11 g/dl na mulher grávida 
• 11 g/dl em crianças entre 6 meses e 6 anos 
• 12 g/dl em crianças entre 6 anos e 14 anos 
Vol. Normal 
Sg Total 
Vol. Normal 
Eritrócitos 
HEMOGRAMA 
ERITROGRAMA 
Policitemias 
Relativa Absoluta 
Anemias 
Absoluta Relativa 
ALTERAÇÕES PATOLÓGICAS DA SÉRIE VERMELHA 
17/08/2017 
20 
Policitemia 
Aumento no volume corporal de 
eritrócitos circulantes 
Eritrocitose 
Aumento da concentração de 
eritrócitos determinada pela contagem 
do número de células, do hematócrito 
ou da hemoglobina. 
Wintrobe, 2004. Cap. 50 
ERITROGRAMA 
Policitemia 
RELATIVA ABSOLUTA 
DESIDRATAÇÃO 
HIPERTENSÃO 
ESTRESSE 
PRIMÁRIA 
• Policitemia vera 
 
SECUNDÁRIA 
•Aumento fisiológico de EPO 
•Altitude, doença pulmonar e tabagismo… 
•Produção patológica de EPO 
•Tumores 
Wintrobe, 2004. Cap. 50 
ERITROGRAMA 
Labcen 2013 
Labcen 2013 
Labcen 2013 Labcen 2013 
17/08/2017 
21 
Labcen 2013 
Contagem de Reticulócitos 
Contagem de Reticulócitos 
• Os reticulócitos são eritrócitos jovens, recém-liberados pela 
MO e que ainda contêm RNA ribossômico. 
• Pela exposição das células não fixadas a certos corantes, como 
a azul de cresil brilhante ou o novo azul de metileno, os 
ribossomos são precipitados e corados, aparecendo como um 
retículo; 
• Como as células ainda estavam vivas quando foram expostas 
ao corante, essa coloração é chamada de supravital. 
 
Contagem de Reticulócitos 
 
• A contagem de reticulócitos é uma técnica relativamente simples 
servindo para averiguar a velocidade de produção dos eritrócitos 
em resposta a anemias, sendo um parâmetro importante, servindo 
os valores relativos (expressos em percentagem) também de base 
para conversão em valores absolutos (expressos por milímetro 
cúbico) o qual reflete com mais fidedignidade a atividade 
eritropoética, em função de que nas anemias de um modo geral, a 
contagem em percentagem não é um parâmetro inteiramente 
confiável para averiguar a adequada resposta da MO.Finalidade do exame 
Técnica da contagem de reticulócitos manual 
 
- Coletar 5 ml de sangue em tubo com o anticoagulante EDTA; 
- Colocar 6 gotas de sangue em um tubo de hemólise; 
- Acrescentar 3 a 4 gotas de corante azul de cresil brilhante; 
- Colocar em banho-maria à 37ºC por 20 minutos; 
- Deixar esfriar e fazer uma lâmina de esfregaço; 
- Deixar os estiraços secar à temperatura ambiente e logo após 
realizar leitura microscópica com a objetiva de imersão; 
- Dividir o campo em quatro partes facilitando assim a contagem de 
eritrócitos. 
Técnica da contagem de reticulócitos manual 
- Em campos com distribuição eritrocitária uniforme, contar de 
preferência um quadrante dos quatro e multiplicar por quatro, para 
ter um campo de eritrócitos; 
- Proceder assim até contar 1.000 (mil) eritrócitos, o que em geral 
ocorre do quinto ao sétimo campo, contando simultaneamente em 
todos os campos os reticulócitos; 
- Realizar os cálculos através de uma regra de três simples, 
expressando o resultado em percentagem. 
 Exemplo: 1.000 eritrócitos................................30 reticulócitos 
 100 eritrócitos.................................X reticulócitos 
 
17/08/2017 
22 
Técnica da contagem de reticulócitos manual 
Obs: Para expressar o resultado por milímetro cúbico (valor 
absoluto), realizar a contagem global eritrocitária e aplicar a 
fórmula: 
Ret. / mm3 = % de reticulócitos x eritrócitos/mm3 
 100 
 
Reticulócitos 
Contagem de Reticulócitos 
- Reflete o estado de atividade 
eritropoetico da MO; 
- Determinação das anemias hemolíticas 
e carenciais; 
- Avaliação da resposta ao tratamento. 
 
 VN: 0,5 a 2,0% ou 25.000-75.000 mm3 
 Contagem de Reticulócitos 
Níveis de reticulócitos e anemia 
a) n0 de reticulócitos aumentado 
- hemólise 
- perda sanguínea aguda 
- resposta de uma medula “desnutrida” a uma terapêutica 
específica de reposição 
 
b) n0 de reticulócitos diminuído 
- doença grave da MO (aplasia, leucemia, linfomas, SMD, 
EPO) 
- depressão temporária da eritropoese (agente infeccioso, 
drogas, toxinas). 
 Hematócrito Tempo de Maturação 
 > 40 % 1,0 dia 
 30-40 % 1,5 dias 
 20-30 % 2,0 dias 
 < 20 % 2,5 dias 
Classificação CINÉTICA das Anemias 
 
IPR = Reticulócitos (%) x Hematócrito (%) 
 tempo de maturação 45 (%) 
 
ÍNDICE DE PRODUÇÃO DE RETICULÓCITOS 
Contagem relativa: 0,5 a 2,0% 
Contagem absoluta: 25.000-75.000/µL 
 
Classificação CINÉTICA das Anemias 
Anemias 
Hemolíticas 
Perda 
Sangüínea 
Aguda 
IPR > 2,0 
HIPERproliferativas 
Anemia 
Carencial 
Tratada 
HIPOproliferativas 
IPR < 2,0 
Eritropoese 
Insuficiente 
Eritropoese 
Ineficaz 
Deficiência 
de Ferro 
Deficiência de 
Eritropoetina 
Comprometimento 
Medular 
Anemia 
Megaloblástica 
Talassemia 
17/08/2017 
23 
Leucograma 
• Leucócitos circulantes no sangue periférico: 
- Neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos 
• Leucocitose: número total de leucócitos acima do limite 
superior normal (> 11.000 mm3) 
• Leucopenia: número total de leucócitos abaixo do limite 
inferior normal (< 4.000 mm3) 
• Neutrofilia, neutropenia, eosinofilia, eosinopenia, 
basofilia, basopenia, monocitose, monocitopenia, linfocitose 
e linfocitopenia. 
Contagem de Plaquetas 
• Plaquetas: 150.000 – 450.000 mm3 
• Trombofilia (trombocitose ou plaquetose): número de plaquetas 
aumentado. 
1. Aumento da produção: após hemorragias ou doença 
mieloproliferativa crônica (trombocitemia essencial; LMC) 
2. Diminuição da destruição: após a esplenectomia 
• Trombocitopenia: diminuição das plaquetas circulantes 
1. Menor produção: hipofunção ou insuficiência da MO 
2. Maior destruição: Púrpura trombocitopênica imunológica 
3. Maior utilização: Púrpura trombocitopênica trombótica 
Eritrograma 
• Eritrograma – consiste dos métodos laboratoriais que 
determinam os parâmetros hematológicos da série vermelha no 
sangue periférico: contagem de eritrócitos, dosagem de 
hemoglobina, determinação do hematócrito, cálculo dos 
índices hematimétricos e análise da morfologia eritrocitária. 
• A Hgb é o dado básico do eritrograma, pois anemia é a sua 
deficiência abaixo dos limites de referência para a população; 
Hemograma Normal 
Eritrócitos H: 4,2 - 6,3milhões/mm3 M: 3,8 - 5,5milhões/mm3 
Hemoglobina H: 13,0 – 18,0 g/dl M: 12,0 – 16,0 g/dl 
Hematócrito H: 39 – 53% M: 35 – 47% 
Volume corpuscular médio (VCM) 80 – 96 fl 
Hemoglobina corpuscular média (HCM) 27 – 32 pg 
Conc. de hemoglobina corpuscular média (CHCM) 31 – 35% 
RDW 11,6 – 14% 
Leucócitos – Total 4.000 – 11.000/mm3 
Neutrófilos 50-70% 2.000-7.700/mm3 
Linfócitos 20-40% 800-4.400/mm3 
Monócitos 03-11% 120-1.210/mm3 
Eosinófilos 01-07% 40-770/mm3 
Basófilos 00-02% 00-220/mm3 
Plaquetas 150.000 – 450.000/mm3 
 
Série Eritrocitária MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA 
Tamanho e Coloração 
ERITROGRAMA 
17/08/2017 
24 
Estudo do Esfregaço de Sangue Periférico 
Alterações morfológicas dos eritrócitos 
• Alterações no tamanho (anisocitose) 
- Hemácia normocítica:   7,5 m 
- Hemácia microcítica:  < 7,5 m 
- Hemácia macrocítica:  > 7,5 m 
 
RDW (Red Cell Distribution Width): amplitude de distribuição 
dos eritrócitos. 
 
 RDW: indicativo de anisocitose 
Anisocitose 
É o aumento da variabilidade do tamanho 
eritrocitário que excede a observada em um 
individuo normal e sadio. Ela é uma 
anormalidade inespecífica, comumente 
encontrada nas desordens hematológicas. 
Nas contagens fornecidas por instrumentos 
automatizados, um aumento do RDW é 
indicativo de anisocitose. 
Histograma e RDW 
• São subprodutos da medida eletrônica do volume dos 
eritrócitos. Como os eritrócitos são medidos um a um, o 
computador do aparelho gera uma curva de freqüência, com o 
volume em fentolitros na abscissa, e a freqüência respectiva, 
na ordenada. 
•A curva, denominada histograma (do volume eritróide), é 
elucidativa das características da população examinada, nos 
sangues normais, é aproximadamente gaussiana e de abertura 
estreita. 
• Quando a curva situa-se mais à esquerda, ou à direita, na 
abscissa, denota micro ou macrocitose, respectivamente. 
Anisocitose 
Anisocitose 
17/08/2017 
25 
Normocitose Microcitose 
Macrocitose 
Estudo do Esfregaço de Sangue Periférico 
Alterações morfológicas dos eritrócitos 
• Alterações na cor (anisocromia) 
- Hemácia normocrômica 
- Hemácia hipocrômica 
- Hemácia hipercrômica 
 
Policromasia: presença de reticulócitos imaturos (coloração 
policromática) 
Anisocromia 
• Descreve uma variabilidade excessiva no grau de coloração 
ou hemoglobinização do eritrócito. Na prática significa um 
espectro que se estende desde a hipocromia até a normocromia. 
• A anisocromia indica, comumente, uma situação de mudança, 
como a progressão de um anemia ferropênica, ou sua resposta 
ao tratamento, ou, ainda, o desenvolvimento ou a regressão da 
anemia de doença crônica. 
• A anisocromasiareflete no aumento do HDW medido por 
alguns instrumentos automáticos. 
Normocromia 
17/08/2017 
26 
Hipocromia 
Hipercromia 
Policromatofilia ou Policromasia 
Descreve os eritrócitos que têm 
coloração róseo-azulada, em 
conseqüência da captação 
simultânea da eosina (pela Hb) e 
dos corantes básicos (pelo RNA 
ribossômico). Uma vez que os 
reticulócitos são células cujo RNA 
ribossômico absorve corantes 
supravitais, formando retículo 
visível, há um relacionamento 
entre os reticulócitos e as células 
policromáticas. 
MORFOLOGIA ERITROCITÁRIA 
Forma 
ERITROGRAMA 
Poiquilocitose / Pecilocitose 
• A célula que tem forma anormal é um poiquilócito ou pecilócito. 
Fala-se em pecilocitose, quando há um número exagerado de 
células de forma anormal. 
• A altitude produz certo grau de pecilocitose em indivíduos 
hematologicamente normais. 
• A pecilocitose é também uma anormalidade comum, 
freqüentemente inespecífica, encontrada em várias desordens 
hematológicas; pode resultar da produção de células anormais pela 
MO, ou dano às células normais após serem liberadas na corrente 
sangüínea. 
Poiquilocitose ou Pecilocitose 
17/08/2017 
27 
Normócitos 
• A maioria dos eritrócitos normais 
tem a forma de disco bicôncavo. Na 
distensão corada apresentam um 
contorno aproximadamente circular, 
mostrando apenas pequenas 
variações quanto à forma e ao 
tamanho. 
• O diâmetro médio é de 7,5m. Na 
área da distensão onde as células 
formam uma camada única, uma 
área central mais pálida ocupa 
aproximadamente um terço da 
célula. 
Eritrócito Normal 
Micrografia com microscópio eletrônico 
de varredura de um eritrócito normal 
• A forma e a flexibilidade normais do 
eritrócito dependem da integridade do 
citoesqueleto ao qual está ligada a 
membrana lipídica. O aparecimento de uma 
forma anômala pode resultar de um defeito 
primário do citoesqueleto, ou da 
membrana, ou ser secundário à 
fragmentação, ou à polimerização, 
cristalização ou precipitação da 
hemoglobina. 
• A membrana do eritrócito é constituída de 
dupla camada lipídica, atravessada por 
várias proteínas transmembrana. 
Poiquilócitos ou Pecilócitos 
Esferócitos 
Dacriócitos 
(Eritrócitos em forma de lágrima) 
17/08/2017 
28 
Equinócitos Queratócitos 
Estomatócitos Eliptócitos 
Esquizócitos Drepanócitos (Hemácias Falcizadas) 
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29 
Codócitos (Hemácias em Alvo) Inclusões nos eritrócitos 
- Inclusões coradas podem ser vistas no interior dos glóbulos vermelhos em 
situações de eritropoese acelerada ou malformada; 
- Algumas são vistas com a coloração de rotina; outras, somente com 
colorações especiais. As principais são: 
• Corpos de Howell-Jolly 
• Pontilhado Basófilo 
• Corpos de Heinz 
• Inclusões de HbH 
• Siderossomos (corpúsculo de Pappenheimer) 
• Anéis de Cabot 
• Inclusões Parasitárias 
• Eritroblastos 
• Cristal de HbC 
Corpos de Heinz 
• Grânulos azuis corados pelo violeta de metila em eritrócitos contendo Hb 
precipitada por desnaturação oxidativa. 
Talassemia  
Conceito: a talassemia  constitui um grupo de doenças 
hereditárias, de distribuição mundial, causada pela 
deficiência de síntese das cadeias  da hemoglobina. 
Fisiopatologia: 
- Deleções nos genes  = redução ou ausência de 
produção de cadeias globínicas . 
- Hemoglobinização deficiente das hemácias = microcitose 
e hipocrômia. 
- Acúmulo das cadeias de síntese preservada: 
Feto: g4  Hb Bart’s  elevada afinidade pelo O2. 
Adulto: b4  HbH  altamente instável  precipitação  
hemólise (extravascular). 
Mecanismos fisiopatológicos – Talassemias  
 < b 
b4 
(HbH) Corpúsculos 
de inclusão 
Anemia 
Hemolítica Crônica 
Microcítica-Hipocromica 
Redução da 
Vida média 
Destruição 
precoce 
(SRE) 
Apoptose 
(MO) 
Eritropoese 
Ineficaz 
Elevada 
afinidade ao O2 
Hipóxia 
tecidual 
Eritrócitos 
120 dias 
Eritroblastos 
Normal 
 ~ b 
Inclusões de HbH 
Grânulos de precipitado de HbH (b4) desnaturada. 
17/08/2017 
30 
Corpúsculo de Pappenheimer 
Grânulos de ferritina. Aparecem como minuscúlos grânulos escuros em 
forma de cacho de uva. 
Corpúsculo de Howell-Jolly 
Resto de cromatina nuclear 
Anel de Cabot 
Anel de cor púrpura, resultante de resto do fuso celular 
Labcen, 2011 
Pontilhado Basófilo 
Grumos de material de RNA endoplasmático, formam-se durante a secagem do 
esfregaço, coram-se como minúsculos e numerosos grânulos dispersos pelo citoplasma. 
Hb C - Fisiopatologia 
17/08/2017 
31 
Cristal de Hb C 
Labcen, 2011 
Labcen, 2011 
Labcen, 2011 
Labcen, 2011 
17/08/2017 
32 
Eritroblasto Rouleaux ou Empilhamento 
Ocorre em processos inflamatórios devido ao aumento das 
imunoglobulinas e do fibrinogênio. 
Aglutinação de Eritrócitos 
Agregados irregulares de eritrócitos aglutinados no sangue resfriado à TA, 
indicam presença crioaglutininas a frio. 
Macrocitose 
Presença de eritroblastos 
Eritroblastos ortocromáticos, policromáticos e basófilos, além de um proeritroblasto 
ao centro. Anisocitose com predomínio de macrócitos. Poiquilocitose 
Anisocitose com Macrocitose 
dois eritroblastos policromatófilos 
17/08/2017 
33 
Anisocitose e Hipocromia 
Labcen, 2011 
Labcen, 2011 
Labcen, 2011 
Anisocitose acentuada com 
macrócitos 
17/08/2017 
34 
Anisocitose com microcitose e 
hemácias policromatófilas 
(notar o tamanho e a cor dos macrócitos policromáticos) 
Hereditary spherocytosis. A typical Wright-stained peripheral blood smear from 
a patient with autosomal dominant hereditary spherocytosis is shown. Small, 
dense, round, conditioned spherocytes that lack central pallor are visible 
throughout. 
Estomatocitose hereditária 
Mostrando pontilhdo basófilo e numerosos estomatócitos 
Distensão sangüínea de paciente 
com ovalocitose 
Mostrando alguns macro-ovalócitos; um com estroma em formato de 
“Y”, e os demais com estroma transverso excêntrico. Muitas das 
células menores são estomatócitos, ovalócitos ou estomato-ovalócitos. 
HbS - Fisiopatologia da Doença 
Falciforme 
Infarto Tecidual  Hipóxia  Crises de Dor 
Polímero HbS 
oxigenada desoxigenada 
b6 
GAG GTG 
 Solução HbS 
Célula HbS 
GluVal 
Anisopoiquilocitose com presença 
de drepanócitos e codócitos 
17/08/2017 
35 
LabCen, 2012 
LabCen 2013 
LabCen 2013 
Labcen, 2011 
Labcen, 2011 
17/08/2017 
36 
Poiquilocitose com numerosos equinócitos, 
acantócitos e esquisócitos (fragmentos). 
Raros ovalócitos também estão presentes. Um eosinófilo 
e, acima, uma macroplaqueta 
Poiquilocitose com equinócitos, 
acantócitos e esquisócitos. 
Raros ovalócitos também estão presentes. À direita, um basófilo. Ao centro, 
e à esquerda, duas plaquetas gigantes. Ao centro, e à esquerda, duas 
plaquetas gigantes. Há também uma evidente trombocitose. 
17/08/2017 
37 
Hipocromia 
Anisocitose com alguns macrócitos 
ovalocíticos e micrócitos. 
Poiquilocitose (no campo, dacriócito, ovalócito e esquisócito). 
No campo, um neutrófilo hipersegmentado e um linfócito. 
LABCEN 2012 
Presença de eritroblastos 
ortocromáticos 
Anisocitose com alguns macrócitos policromatófilos. 
Freqüentes equinócitos. 
Anisocitose com predomínio de micrócitos 
Beta talassemia menor. Alguns dacriócitos. Hipocromia. No campo, 
podem ser observadas duas hemácias com pontilhado basófilo. 
17/08/2017 
38 
Labcen, 2011 Labcen, 2011 
Correção da contagem global de leucócitos em 
decorrênciade precursores eritróides no sangue 
periférico (eritroblastos) Eritroblastos > 10 / 100 leucócitos contados 
 
• Quando no estiraço sangüíneo estão presentes eritroblastos faz-
se a correção. A correção é feita contando-se os eritroblastos 
visualizados durante a contagem de 100 leucócitos, aplicando-se a 
seguinte fórmula: 
100 leucócitos + eritroblastos --------- eritroblastos encontrados durante a contagem diferencial 
 Leucócitos/mm3 ---------- X eritroblastos 
• O resultado obtido através da fórmula usada para a correção, 
corresponde ao número de núcleos de eritroblastos, que foram 
contados por qualquer metodologia como leucócitos. Para obtermos 
o número correto de leucócitos, subtrai-se do valor da contagem de 
leucócitos, o valor obtido através da fórmula de correção 
Exemplo 
• A contagem global de leucócitos de um indivíduo foi 
18.000/mm3. Durante a contagem diferencial dos leucócitos 
foram contados 20 eritroblastos, feita a correção quanto fica a 
contagem global leucocitária? 
 
100 leucócitos + eritroblastos --------- eritroblastos encontrados durante a contagem diferencial 
 Leucócitos/mm3 ---------- X eritroblastos 
 100 + 20 --------- 20 
 
18.000 ---------- X eritroblastos 
 
X = 3.000 eritroblastos 
Contagem global de leucócitos corrigida: 18.000 – 3.000= 15.000 
Correção de Leucócitos 
A contagem global de leucócitos de um indivíduo foi 18.000/mm3. 
Durante a contagem diferencial dos leucócitos foram contados 
20 eritroblastos, feita a correção quanto fica a contagem global 
leucocitária? 
 
Leucócitos corrigidos = Leucócitos totais x 100 
 100 + nº eritroblastos 
 
Leucócitos corrigidos = 18.000 x 100 
 100 + 20 
Leucócitos corrigidos = 15.000 
 
 
HEMOGRAMA- Leucograma 
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39 
LEUCOGRAMA 
CÉLULAS ANORMAIS 
Labcen, 2011 
Microcitose e hipocromia 
Alfa-Talassemia. No campo, um neutrófilo segmentado e 
um linfócito. 
Labcen 2013 
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40 
Labcen, 2011 Labcen, 2011 
17/08/2017 
41 
Labcen, 2011 Labcen, 2011 
Labcen, 2011 
17/08/2017 
42 
Labcen, 2011 
Labcen, 2011 
17/08/2017 
43 
Labcen, 2011 Labcen, 2011 
Labcen, 2013 
Labcen, 2013 
Labcen 2013 
17/08/2017 
44 
LabCen, 2013 Labcen, 2011 
Labcen, 2011 Labcen, 2011 
Labcen, 2011 
Labcen, 2011 
17/08/2017 
45 
Labcen, 2011 
Macrófagos com leischimanias. Sangue retirado de 
baço mostrando a fagocitose de leischimanias por 
macrófagos em caso de leischimaniose visceral 
Labcen, 2011 
17/08/2017 
46 
Labcen, 2011 Labcen, 2011 
Labcen, 2011 
17/08/2017 
47 
Oliveira, RAG 
Oliveira, RAG 
17/08/2017 
48 
Classificação das Anemias 
Prof° Dr. Marcos André Cavalcanti Bezerra 
Prof° Adjunto III da UFPE / Pesquisador HEMOPE 
Centro de Ciências Biológicas 
macbezerra.ufpe@gmail.com GLADER, B. Wintrobe, 11a. Edição, cap 27. 
 
ANEMIA 
Definição fisiológica 
 
Hipóxia tecidual decorrente da diminuição da 
capacidade de transporte do oxigênio pelo 
sangue 
REDUÇÃO NA MASSA DE ERITRÓCITOS CIRCULANTES 
Hemoglobina não funcionante 
287 
ANEMIA 
Definição laboratorial 
  Eritrócitos (milhões/µL) 
 Hematócrito (%) 
 Hemoglobina (g/dL) 
Critério da OMS (1968) 
 Diminuição da Hemoglobina 
 HOMENS < 13 g/dL 
MULHERES < 12 g/dL 
 Gestantes e crianças < 11g/dL 
 
Critérios para diagnóstico laboratorial da ANEMIA 
 Classificação Fisiopatológica 
I - Problemas na produção de eritrócitos 
a) Por deficiência de nutrientes essenciais à eritropoese: 
• deficiência de ferro 
• deficiência de vitamina B12 
• deficiência de ácido fólico 
b) Por condições que pertubem a eritropoese 
• infecções 
• aplasias 
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49 
Classificação Fisiopatológica 
II – Aumento da destruição dos eritrócitos 
a) Anemias hemolíticas por mecanismos intracorpusculares: 
• hemoglobinopatias 
• defeitos na membrana do eritrócito 
• defeitos enzimáticos 
b) Anemias hemolíticas por mecanismos extracorpusculares: 
• anticorpos na membrana do eritrócito 
• Agentes infecciosos (toxina bacteriana) 
III – Perda sanguínea: hemorragias 
Classificação das Anemias 
a) Anemia normocítica e normocrômica 
• Perda sanguínea 
• Insuficiência da medula óssea 
• Algumas anemias hemolíticas 
b) Anemia microcítica e hipocrômica 
• Anemia ferropriva 
• Síndromes talassêmicas 
• Anemia da Doença Crônica 
c) Anemia macrocítica e normocrômica 
• Anemia Megaloblástica 
• Síndrome Mielodisplásica 
Classificação Morfológica (VCM e HCM) 
Classificação Morfológica das ANEMIAS 
Microcítica 
Hipocrômica 
(VCM < 80fL) 
(HCM< 27pg) 
Normocítica 
Normocrômica 
(VCM: 80-96fL) 
(HCM: 27-32pg) 
Macrocítica 
(VCM > 96fL) 
(HCM > 32pg) 
Oliveira, RAG Hemograma: Como Fazer e Interpretar, 2009 
ERITROGRAMA 
Microcítica 
Hipocrômica 
Anemia 
Ferropriva 
Balanço negativo de 
ferro 
Anemia da Doença 
Crônica 
Deficiência na utilização de 
ferro 
Talassemias 
Deficiência na 
síntese de globina 
Anemia 
Sideroblástica 
Deficiência na síntese 
do grupo heme 
Deficiência na síntese 
de Hb 
Normocítica 
Normocrômica 
Macrocítica 
ERITROGRAMA 
Microcítica 
Hipocrômica 
Macrocítica 
Normocítica 
Normocrômica 
Perda Sangüínea 
Hemorragia aguda 
Insuficiência Medular 
Mieloaplasia 
Anemias hemolíticas 
Hereditárias 
Hemoglobinopatias 
Membranopatias 
Eritroenzimopatias 
Adquiridas 
Imunológicas 
Auto-Imune 
Iso-imune 
Induzida por drogas 
Não-Imunológicas 
Agentes infecciosos 
Trauma mecânico 
Agentes químicos 
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50 
ERITROGRAMA 
Microcítica 
Hipocrômica 
Normocítica 
Normocrômica 
Macrocítica 
Megaloblástica Não megaloblástica 
Doença hepática Alcoolismo 
Reticulocitose 
Deficiência de 
Vitamina B12 
Deficiência de 
Ácido fólico 
ERITROGRAMA 
Redução na 
produção Perda Sangüínea 
Aumento na 
destruição 
Classificação FISIOPATOLÓGICA das Anemias 
ANEMIAS CARENCIAIS 
•Ferropriva 
•Megaloblástica 
 
INSUFICIÊNCIA MEDULAR 
•Mieloaplasia 
ANEMIAS HEMOLÍTICAS 
Hereditárias ou 
Adquiridas 
HEMORRAGIA AGUDA 
ERITROGRAMA 
Classificação CINÉTICA das Anemias 
 Hematócrito Tempo de Maturação 
 > 40 % 1,0 dia 
 30-40 % 1,5 dias 
 20-30 % 2,0 dias 
 < 20 % 2,5 dias 
 
IPR = Reticulócitos (%) x Hematócrito (%) 
 tempo de maturação 45 (%) 
 
ÍNDICE DE PRODUÇÃO DE RETICULÓCITOS 
Contagem relativa: 0,5 a 2,0% 
Contagem absoluta: 25.000-75.000/µL 
 
ERITROGRAMA 
Classificação CINÉTICA das Anemias 
Anemias 
Hemolíticas 
Perda 
Sangüínea 
Aguda 
IPR > 2,0 
HIPERproliferativas 
Anemia 
Carencial 
Tratada 
HIPOproliferativas 
IPR < 2,0 
Eritropoese 
Insuficiente 
Eritropoese 
Ineficaz 
Deficiência 
de Ferro 
Deficiência de 
Eritropoetina 
Comprometimento 
Medular 
Anemia 
Megaloblástica 
Talassemia 
Diagnóstico de Anemias 
• História do paciente (quando a anemia começou, 
possibilidade de perda sanguínea crônica, sintomas de 
distúrbios cerebrais, circulatórios ou neurológicos, 
tratamento prévio para anemia, utilização de 
medicamentos, exposição a toxinas, história dietética, 
história familiar, origem racial...)• Exame físico (pele, fundo de olho, boca, abdome, 
linfonodos...) 
• Avaliação laboratorial inicial: hemograma (eritrograma 
e esfregaço sanguíneo) e contagem de reticulócitos.

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