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Introdução • TV Digital é a codificação digital de um sinal de TV Analógico. Porém há várias escolhas ou opções a se fazer. Este trabalho visa mostrar, sem muita profundidade, o estado da arte atual da TV Digital. • Já é comum a utilização do DVD – Digital Vídeo Disk – como “padrão digital doméstico” de armazenamento de vídeos. Ele utiliza a tecnologia de compressão de vídeo MPG2, que será vista adiante. Ao assistir um vídeo em DVD podemos notar uma superioridade na qualidade de imagem em relação a TV analógica. Isso se deve a uma maior quantidade de linhas horizontais (melhor definição). Introdução • Ao definir um padrão de TV Digital devemos levar em conta muitos fatores como: Definição (geralmente limitado pela banda) Modulação Correção de Erros • Iniciaremos o trabalho falando um pouco de compressão que é necessário para entender os 3 principais sistemas implementados no mundo, em seguida vamos fazer uma comparação entre os três e comentar sobre o que está acontecendo em relação ao Brasil antes de concluir. Compressão de Vídeo • Para um uso eficiente da banda disponível para cada canal é necessário utilizar compressão de vídeo. Vários fatores são importantes para a definição de um método de compressão de vídeo de um sistema de TV Digital, entre eles estão eficiência, custo de hardware codificador e decodificador. Compressão de Vídeo • O MPEG2 (Moving Pictures Experts Group, versão 2) é o método de compressão mais utilizado pelos mais diversos sistemas de TV Digital. A ideia por traz dele é o envio de quadros chaves de tempos em tempos e nos quadros intermediários enviar somente a diferença, ou seja o que foi alterado do quadro. Desse modo, se temos um apresentador se movimentando mas o fundo do cenário continua o mesmo, enviamos apenas as informações do movimento do apresentador. Chamamos isso de Predição de Quadro. Compressão de Vídeo • Para sermos mais específicos sobre a Predição de Quadro, vamos levar em conta a figura abaixo. Os quadros I são os intraquadros. São quadros completos, como uma foto, contendo toda a informação necessária colocar na tela uma imagem. Sobre esta imagem, poderão os próximos quadros se referenciar, informando apenas a diferença em relação a esta. Os quadros B são bidirecionais, podem se referenciar a uma imagem passada ou a um quadro I futuro. Sim, o quadro futuro já precisa estar armazenado no buffer, o que significa um atraso na reprodução de imagens ao vivo, por exemplo. Compressão de Vídeo Compressão de Vídeo • Temos também os quadros P, preditivos, onde exibe apenas a diferença do quadro anterior. No MPEG2 os quadros B podem se referenciar a 10 quadros a frente ou 10 quadros a trás. Qual será o quadro referenciado? O codificador analisa o máximo de quadros possível e o que a diferença for menor será o escolhido. Na codificação é feito o cálculo em paralelo do custo de se referenciar a todos os 20 quadros possíveis. Compressão de Vídeo • O ideal, para a compressão, seria enviar sempre a diferença entre os quadros. Mas se assim fosse um decodificador não teria informações iniciais. Então de 0,5 em 0,5 segundos, aproximadamente é enviado um quadro I. Isso resulta no fato que se você quiser sintonizar um canal de TV digital você poderá ter que esperar até meio segundo para que comece a visualizar uma imagem. Compressão de Vídeo • O MPEG4 além de ter todas as funcionalidades do MPEG2 tem a chamada predição de movimento. Imagine um fundo azul e uma bola se movendo. A predição de movimento detecta que o conjunto de pixels que forma a bola está se movendo e então apenas indica da onde o conjunto saio, para onde ele vai, e se houve alguma variação neste conjunto de pixels em movimento. Como você já deve ter imaginado o processamento neste caso é muito maior do que o necessário ao MPEG2. A taxa de compressão alcançada em compensação é melhor. Compressão de Vídeo • Maior processamento exige hardware mais caro. Esse foi o grande fator que levou ao padrão japonês a não utilizar o MPEG4 e sim o MPEG2. O MPEG2 já é utilizado a algum tempo, o que torna muito mais barato um decodificador para ele. Porém o modelo de TV Digital móvel do ISDB (modelo japonês) utiliza uma sub-versão do MPEG4. Como a resolução da TV Digital móvel é menor e os aparelhos receptores como celular disporem de cada vez mais processamento o preço final não fica proibitivo. Essa sub-versão é o AVC/H.264. Compressão de Vídeo • A taxa de informações que sae de uma câmera HDTV (High Definition TV) de é algo em torno de 1 GB/s. Após todo o processo de compressão esta taxa se transformará em 20Mb/s. Isso é uma compressão muito grande. Um dos pilares da compressão de vídeo é a quantização. A imagem é dividida em blocos de 8x8. Sobre cada um destes blocos será feita a quantização. Se lembrarmos que cada quadro pode ser referenciado a 10 quadros a frente ou 10 quadros a traz não é difícil imaginar que a taxa de compressão vai variar de acordo com a imagem que estamos tentando comprimir. Compressão de Vídeo • Imagine um vídeo com uma imagem estática, com muito pouco movimento. A variação entre os quadros é muito pequena, logo pouca informação de variação entre os quadros I precisará ser enviada. Oposto a isso é uma imagem com muito movimento e muita mudança. A compressão será menos eficiente do que numa imagem estática. Compressão de Vídeo • Apresenta-se um problema: Temos uma banda fixa, visto que a banda alocada a cada canal de TV Digital é fixa (variando de 6MHz a 8MHz), e uma taxa que sai da compressão variável. A solução é simples, colocar um buffer antes de enviar as informações para a distribuição. Desta forma a taxa de saída seria constante. Para aprimorar este sistema temos uma quantização variável. Compressão de Vídeo • Se o buffer está cheio uma realimentação (veja figura a baixo) faz com que a quantização seja mais grosseira e quando o buffer está vazio a quantização melhora. Este processo otimiza a qualidade e faz com que a taxa de saída seja constante. É interessante notar que a qualidade da imagem varia temporalmente. Compressão de Vídeo Padrões de TV Digital Existentes • Existem, basicamente, três modelos de TV Digital. O padrão Americano (ATSC), o padrão Europeu (DVB) e o padrão Japonês (ISDB). Estes são os três modelos atuando hoje, além do brasileiro. Padrões de TV Digital Existentes • Abaixo temos as principais finalidades de cada padrão: • ATSC (Norte Americano) Desenvolvido entre 1990 e 1995 Principal finalidade: Transmissão em HDTV (TV de Alta Definição) • DVB (Europa) Desenvolvido entre 1993 e 1997 Principais finalidades: Facilidade de recepção e mobilidade • ISDB (Japão) Desenvolvido entre 1994 e 1999 Principais finalidades: Recepção interna e externa (indoor e outdoor), integração com sistemas multimídia e mobilidade. Padrões de TV Digital Existentes Padrão ATSC • ATSC (Advanced Television Systems Committee): adotado nos Estados Unidos, Canadá, México e Coréia do Sul, produz imagens no formato 16:9 (wide screen) e com até 1920×1080 pixels – seis vezes mais que o padrão analógico que sucedeu, o NTSC. Permite transmitir até seis canais virtuais em definição padrão e oferece qualidade de som similar à dos home theaters, por meio do sistema Dolby Digital, que utiliza seis canais de áudio. O consórcio existe desde 1982, mas o padrão só entrou em funcionamento comercial nos Estados Unidos em 1998. Padrão ATSC • O seu grande mérito é ter sido o primeiro padrão desenvolvido e implementado com alta definição de imagem. Nos Estados Unidos da América temos uma peculiaridade que é o fato de mais de 60% dos lares disporem de TV por assinatura a cabo. Isso acaba amortecendo o fato de que a transmissão terrestre ser ruim, por ter uma grande rejeição a ruído e a múltiplos caminhos. • A multiplexação e a compressão de vídeo são realizadas através do padrão MPEG-2. A compressão de áudio é realizada com base no padrão Dolby AC-3. Padrão DVB • DVB é a sigla para Digital Video Broadcasting, que é um projeto iniciado em 1993, formado por cerca de 250 a 300 empresas de origem europeia, contando com fabricantes de equipamentos, operadoras de rede e órgãos governamentais regulamentadores das comunicações dos governos europeus. Sua função é especificar uma família de normas para um sistema de televisão digital interativa. Padrão DVB • Através das normas especificadas por esse projeto foi criado o sistema europeu de televisão digital denominado DVB e através dessas normas foram especificadas as características com relação à modulação, transmissão, middleware e compressão. A transmissão terrestre por radiodifusão entrou em operação em 1998, na Suécia e no Reino Unido. Padrão DVB • Quanto à forma de transmissão do DVB, tem-se: DVB-T, com transmissão terrestre por radiodifusão; DVB-C, com transmissão via cabo; DVB-S, que é a transmissão via satélite; DVB-MC, que utiliza transmissão via micro-ondas e opera com frequências de até 10 GHz; DVB-MS, transmissão via micro-ondas e que opera com frequências acima de 10 GHz; e DVB-H, que é a transmissão por sistemas móveis. Padrão DVB • Esse padrão caracteriza-se pela flexibilidade em seu desenvolvimento, fornecendo aplicações interativas e acesso à internet. Além de referenciar a televisão de alta definição (HDTV), esse sistema também privilegia a multiprogramação através dos canais 6, 7, ou 8 MHz, sendo transmitido através da resolução de tela SDTV no formato de tela de 4:3, ou seja, a transmissão de até seis programas simultâneos em um canal. Padrão DVB • O sinal de vídeo e a multiplexação são baseados na compressão MPEG-2 vídeo, e a compressão de áudio é feita com MPEG-2. • Outro fato interessante quanto ao DVB é que no Brasil a empresa NET a utiliza para o sistema de TV Digital a cabo. A Empresa de TV por Assinatura TVA também a escolheu para o seu futuro sistema digital com transmissão terrestre. Padrão ISDB • ISDB é a sigla de Integrated Services Digital Broadcasting, que é o padrão japonês de televisão digital. Esse padrão foi criado por um grupo chamado DIBEG (Digital Broadcasting Experts Group), que especificou o sistema para radiodifusão japonês. Esse padrão prove os serviços de áudio, vídeo e serviços multimídia. Ele entrou em operação em 2003 no Japão. Padrão ISDB • Esse grupo é formado pelo Conselho de Tecnologia das Telecomunicações do Ministério das Telecomunicações do Japão e pela ARIB (Association of Radio Industries and Businesses). • Assim como o ATSC e o DVB, esse sistema é constituído por um conjunto de documentos que especifica as normas quanto os métodos transmissão, modulação e compressão. Esse sistema tem por característica privilegiar a flexibilidade e mobilidade. • Esse sistema prevê a transmissão por radiodifusão terrestre (ISDB-T), por cabo (ISDB-C) e via satélite (ISDB-S). Padrão ISDB • O ISDB foi desenvolvido para operar em HDTV e SDTV, dependendo das condições de recepção e é conhecido por propiciar televisão de alta definição, transmissão de dados e recepção móvel e portátil [digital t]. • O padrão recomenda para compressão de vídeo e multiplexação o protocolo MPEG-2; para áudio, o MPEG-2 AAC. Padrão SBTVD • SBTVD é a sigla para o Sistema Brasileiro de Televisão Digital. Foi lançado em 26 de novembro de 2003 através do decreto presidencial Nº 4901, com a missão de implementar um sistema de TV Digital, contando com a colaboração de emissoras de TV, ABERT, SET, universidades e empresas do setor eletroeletrônico. Padrão SBTVD • Antes desse decreto, em 1998, a ABERT, em parceria com a Universidade Presbiteriana Mackenzie, realizou um estudo e pesquisa com os três sistemas de TV Digital existentes relacionando suas características e o seu comportamento em nosso território. Padrão SBTVD • Em 29 de junho de 2006, através do decreto presidencial Nº5820, ficou definido que o padrão japonês ISDB serviria como base para o nosso sistema de TV Digital com o nome de ISDB-Tb. Essa decisão foi fundamentada nas características desse sistema, que se adequaria tecnicamente a nossa geografia e também à interatividade e inclusão digital da população de nosso país. As transmissões comerciais começaram em dezembro de 2007 em São Paulo e estão em fase de implantação, prevista em calendário. Padrão SBTVD • A compressão de vídeo no SBTVD é feita pelo padrão MPEG-4 AVC (H.264), que permite maior capacidade de dados no canal que o MPEG-2. O uso do MPEG-4 AVC é uma melhoria que foi adicionada ao nosso padrão; para compressão de áudio é utilizado o padrão MPEG-4 AAC. Cronograma de implantação da TV Digital no Brasil Mobilidade e Portabilidade • O nosso sistema de TV digital permite que os programas possam ser vistos dentro de ônibus, carros, barcos, aviões, em notebooks, em celulares com os telespectadores em movimento, nos desk tops dos escritórios ou até com receptores de bolso. Multiprogramação • É uma alternativa para a alta definição, que permite assistir a programas diferentes no mesmo canal, ou ver o mesmo programa com vários ângulos/posições diferentes. Esse recurso é configurável e a emissora poderá diminuir o número de canais aumentando a resolução. Por exemplo: dois programas com resolução maior que o SD, mas menor que o HD. Para usar esse recurso, precisa ter um aparelho para cada programa, até porque o áudio vem embutido no vídeo do programa. Interatividade • Permite fazer compras pela TV, votar em pesquisas, consultar o guia de programação das emissoras, realizar operações bancárias, acessar à internet, além de outros serviços que vão aparecer à medida que a TV digital for se consolidando em todo o país. Tela no formato 16:9 • Esse número é a relação entre Largura e Altura da tela. Esse formato permite ver mais áreas das cenas do que a TV analógica, cuja relação é 4:3 (tela quase quadrada). Som Surround 5.1 • É um som com seis caixas acústicas, realce dos graves, conhecido na mídia como som de Home Theater. Esse som somente será usado com HDTV.
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