Buscar

Apostila Sistema de TV Digital

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistemas de TV – CCE-0345 
 
I. Tópicos gerais 
 
1) O que é a codificação da fonte? Porque é necessária? 
2) O que é a codificação do canal? Porque é necessária? 
3) O que é modulação? Porque é necessária? 
4) Quais os blocos mais usuais de um transmissor digital de 
TV? 
5) Quais os blocos mais usuais de um receptor digital de TV? 
6) Quais as informações básicas de um sinal de TV? 
7) Como é composto o sinal de vídeo? 
8) Quais os efeitos do canal (meio de transmissão), na 
propagação dos sinais de vídeo? 
9) O que é um “canal de TV”? 
10) Qual a diferença entre um sistema de TV analógico e um 
sistema de TV digital? 
11) Quais os sinais transmitidos por um transmissor de TV 
digital? 
12) Qual a função do “multiplex” em um transmissor de TV 
digital? 
13) O que é um CODEC? Onde são utilizados em sistemas de 
TV digital? 
14) Como é transmitida a imagem em movimento em 
sistemas de vídeo / TV? 
15) O que significa FPS em sistemas de vídeo? 
16) O que é “um quadro” (“frame”)? 
17) Qual a taxa de atualização dos quadros em cinema? E em 
vídeo? 
18) O que é “varredura entrelaçada” (“interlaced scan”)? 
Porque foi utilizada nos antigos sistemas analógicos de TV e é 
utilizada nos modernos sistemas digitais de TV? 
19) O que é “varredura progressiva (“progressive scan”)”? 
Onde é utilizada? 
20) Qual o tipo de modulação utilizada para o sinal de vídeo 
de luminância no antigo sistema analógico de TV? Porque era 
utilizada? 
21) Porque a banda de frequências do sinal de vídeo 
analógico era assimétrica? 
22) Qual o tipo de modulação utilizado para o sinal de áudio 
nos antigos sistemas de TV? 
23) Porque era possível ouvir-se o sinal de áudio do antigo 
canal analógico 6 em receptores de FM? 
24) Qual a largura de banda de um canal de TV (analógico ou 
digital)? 
25) Qual a faixa de frequências utilizada pelo sistema de TV 
(analógico e digital)? 
26) Qual a faixa de frequências da banda de VHF? 
27) Qual a faixa de frequências da banda de UHF? 
28) Qual a dimensão de um dipolo para a operação em VHF? 
29) Qual a dimensão de um dipolo para a operação em VHF? 
30) Qual a diferença entre as antenas utilizadas para a 
recepção dos sinais de TV em rádio difusão analógicos e 
digitais? Existe algo como “antena digital” ou “antena para 
sinal digital”? 
31) Qual o parâmetro mais importante para a visualização de 
uma imagem para o olho humano? 
32) Quais os parâmetros transmitidos em uma imagem de TV 
/ vídeo? 
33) Como as cores e a intensidade luminosa são detectadas 
no corpo humano? Todos vemos as mesmas cores? 
34) Quais as cores primárias na transmissão de imagens de 
vídeo? 
35) Quais os parâmetros da cor? 
36) O que é um pixel? 
37) Quais as informações contidas em um pixel? 
38) Porque usar mais bits para determinar uma cor? Qual a 
consequência na redução e no aumento da palavra digital 
utilizada? 
39) O que é a profundidade de cor (“color depth - CD”)? Qual 
a unidade da CD? 
40) Um sistema opera com 8 bits por cor e outro sistema 
opera com 10 bits por cor. Qual dos dois sistemas pode 
apresentar o maior número de cores distintas? 
41) Um fabricante alega que seu sistema oferece 24 bits por 
cor em um sistema RGB. Qual sua opinião, considerando as 
características de percepção de cor dos seres humanos? Mais 
bits por pixel é sempre melhor? 
42) O que é um sinal de vídeo “true color”? 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 2 / 43 
43) Um sistema de transmissão de sinais de vídeo opera com 
1920 colunas e 1080 linhas. Determine o número de pixels de 
um quadro (imagem parada). 
44) Um sistema de transmissão de sinais de vídeo opera com 
1920 colunas e 1080 linhas, com taxa de 30 quadros por 
segundo. Determine a taxa de pixels por segundo. 
45) Um sistema de vídeo opera no padrão RGB com 8 bits por 
cor. Determine o número de bits de um pixel. 
46) Um sistema de transmissão de sinais de vídeo opera com 
1920 colunas e 1080 linhas, com taxa de 30 quadros por 
segundo, padrão RGB, com 8 bits por cor. Determine a taxa de 
bits (taxa de transmissão). 
47) O sistema anterior transmite um vídeo de 15 minutos 
sem compressão. Qual o tamanho do arquivo em Mbytes? 
Quantos DVD’s seriam necessários para o armazenamento 
desse vídeo. 
48) O que significa 480i? O que significa 480p? 
49) O que significa 1080i? O que significa 1080p? 
50) Qual o formato da tela da TV analógica? E digital? 
 
 
Respostas 
Não acredite em nenhuma das respostas a seguir. Pesquise. 
Questione. Informe-se. Atualize-se. Busque informação em 
outras fontes. Complemente teu conhecimento. 
 
1) A função do codificador de fonte é retirar a redundância 
do sinal, a informação redundante ou desnecessária, ou que 
pode ser perdida, a fim de reduzir a taxa de dados e, portanto, 
a reduzir a largura de banda necessária para a transmissão do 
sinal. É também conhecida como compressão digital. Exemplos 
são os JPEG e MPEG. Todos os canais de telecomunicações, 
incluindo-se os canais de TV, digital ou analógicos, são 
limitados em largura de banda de frequências por norma. A 
ANTEL determina que um canal de TV deve ocupar uma banda 
limitada de 6 MHz. Os codificadores de voz podem ser 
classificados em de forma de onda, paramétricos e híbridos. Os 
codificadores de forma de onda buscam reproduzir a forma de 
onda, por amostra. Apresentam baixo atraso, e baixa 
complexidade, requerendo altas taxas, superiores a 16 kbps. 
Os codificadores paramétricos, ou vocoders, são baseados em 
um modelo de produção do sinal de voz. A taxa de transmissão 
é baixa, inferior a 4,8 kbps, porém a recepção soa metálica, e 
introduzem atraso e requerem maior complexidade de 
processamento. Os codificadores híbridos são uma solução de 
compromisso, ou equilíbrio, entre as técnicas anteriores. A 
técnica de compressão de voz utilizada no sistema de TV digital 
é o MPEG2. Para o vídeo foi adotado o padrão MPEG-4 parte 
10. Uma amostra do poder de compressão desta técnica: uma 
transmissão de vídeo 1080i requer cerca de 1,5 Gbps de taxa 
de transmissão sem compressão. Com o MPEG-4 essa taxa 
baixa para cerca de 5Mbps! Isso mesmo, 300 vezes menor. 
2) A codificação do canal é também conhecida como 
detecção / correção de erro. Consiste no acréscimo de 
redundância controlada para minimizar os efeitos do meio de 
transmissão na taxa de dados. Os corretores de erro podem 
ser divididos em convolucionais e de bloco. A TV digital utiliza 
ambos os tipos, treliça e RS, este de bloco. 
3) A modulação é um processo de transporte da informação 
em um sinal dito “portadora”, por meio da alteração 
sistemática e reversível de um ou mais parâmetros da onda: 
amplitude, frequência e fase. Pode ser analógica ou digital. 
Exemplos de modulação analógica são AM, FM e PM. Exemplos 
de modulação digital são ASK, FSK, PSK e QAM. A TV digital 
utiliza PSK e QAM. A modulação ajuda o sinal a tornar-se mais 
resistente aos efeitos do ruído com o sacrifício da banda. 
Técnicas de modulação mais resistentes ao ruído apresentam 
as menores taxas de transmissão. Velocidades mais elevadas 
de transmissão e menores largura de banda são obtidas com 
modulações mais sensíveis aos efeitos do ruído na taxa de 
erros. A modulação também permite a canalização e a redução 
do tamanho das antenas. 
4) Codificador da fonte, codificador do canal, modulador, 
amplificador de potência de RF. 
5) Decodificador da fonte, decodificador do canal, 
demodulador, amplificador de RF de baixos sinais. 
6) Áudio e vídeo. 
7) Luminância e crominância. 
8) Atenuação, atraso, reflexão, efeito Doppler. Atenuação é 
aredução da amplitude do sinal conforme a propagação no 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 3 / 43 
meio de transmissão. O atraso é devido à velocidade finita de 
propagação da onda eletromagnética na atmosfera, um pouco 
menor do que a velocidade de propagação da luz no vácuo, 
300.000 km.s–1. A reflexão provoca desvanecimento seletivo 
em frequência e interferência inter simbólica. 
9) É uma banda de 6 MHz, do serviço de rádio difusão de 
sons e imagens. 
10) No sistema analógico o sinal transmitido, imagem e 
áudio, é analógico, modulando uma portadora analógica. No 
sistema digital um trem de bits modula uma portadora 
analógica. 
11) Vídeo, áudio e dados. 
12) Ordenar os fluxos digitais de vídeo, áudio e dados para a 
transmissão. 
13) O Codec é a abreviatura de codificador – decodificador. É 
um dispositivo que codifica a informação na transmissão e a 
decodifica na recepção. São utilizados nos sinais de áudio e 
vídeo. Um exemplo de CODEC de áudio é o MP3, para vídeo 
tem-se o XVID (MPEG-4), DIVX e o H.264. 
14) Uma imagem parada de cada vez, em sequência contínua. 
Devido à característica da persistência da visão, temos a 
impressão da imagem estar em movimento. 
15) Frames per second, ou quadros por segundo. 
16) Um frame ou quadro é uma imagem completa, parada. 
17) Em cinema 24 quadros por segundo. Em TV geralmente 
30 quadros por segundo. 
18) A fim de reduzir a banda e devido à limitação tecnológica 
da época, os primeiros sistemas de TV transmitiam a imagem, 
ou quadro, em uma sequência de linhas pares e ímpares, 
varrendo a tela da esquerda para a direita. Cada “meio” 
quadro era transmitido em 1/60 segundos, de modo que as 
duas sequências geravam um quadro a cada 1/30 segundos. A 
figura a seguir ilustra o processo. A varredura entrelaçada, “i”, 
simplifica o processo de transmissão da imagem e reduz a 
largura de banda de transmissão. 
 
19) A varredura progressiva, “p”, transmite toda a imagem 
em linhas consecutivas. A figura a seguir mostra a diferença 
entre ambos os tipos de varredura, entrelaçada e progressiva. 
 
As modernas técnicas de compressão do sinal de vídeo tornam 
a varredura progressiva uma alternativa utilizada nos 
modernos sistemas de TV digital e em terminas de vídeo, onde 
banda não é exatamente uma preocupação maior. 
20) AM – VSB, modulação em amplitude com faixa lateral 
vestigial. Era uma solução de compromisso entre largura de 
banda e detalhamento da imagem. As informações detalhadas 
da imagem, com componentes de alta frequência, de difícil 
visualização nos antigos monitores de vídeo eram sacrificadas 
em benefício dos aspectos mais grosseiros da imagem, de 
maior visualização. 
21) Os sinais em baixa frequência, sem maiores detalhes, 
eram transmitidos em banda dupla, e os detalhes em meia 
banda. 
22) FM, modulação em frequência. 
23) A modulação do sinal de áudio dos antigos sistemas de TV 
analógicos era idêntica à modulação utilizada pelos rádios 
receptores FM. 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 4 / 43 
24) A largura de banda de um sinal de TV, analógico antigo ou 
digital moderno, é 6,0 MHz. E ambos utilizam a mesma 
canalização. 
25) VHF, canais baixos e médios – 2 a 13, e UHF, canais altos, 
de 14 para cima. 
26) A faixa de VHF vai de 30 MHz até 300 MHz. 
27) A faixa de UHF vai de 300 MHz até 3 GHz. 
28) De 50 cm (no fim da faixa) até 5 metros (no início da 
faixa). 
29) De 5 cm (no fim da faixa) até 50 cm (no início da faixa). 
30) Absolutamente nenhuma diferença. Antenas captam 
sinais de ondas eletromagnéticas distintos em frequência. Uma 
boa antena de VHF é uma boa antena e ponto. Não importa se 
vai ser utilizada para sinal analógico ou digital. Antenas são 
projetadas para operarem em uma faixa de frequência, 
independente do sinal transmitido e do que dizem os 
camelôs... 
31) A intensidade luminosa, ou luminância. 
32) Luminância e crominância. A crominância é a informação 
da cor específica. 
33) Temos no fundo do olho um grupo de células específicas 
para detectarem cor e intensidade luminosa. Os bastonetes. 
NÃO, não enxergamos as mesmas cores. Veja a figura a seguir. 
A razão? Cromossomos X: elas têm 2 e os homens só um. As 
mulheres conseguem distinguir mais cores do que os homens. 
Porquê? Ao longo do processo evolutivo aconteceu. Macacos 
das Américas enxergam em preto, branco e tons de cinza (os 
machos) e algumas fêmeas enxergam cores. Já imaginou a 
dificuldade de reconhecer, pela visão, se uma fruta está 
madura? Cerca de 6% a 8% dos humanos não distinguem verde 
– vermelho. Será que existe alguma vantagem em não ver 
cores? Dica: foi importante na Segunda Guerra Mundial. E em 
planícies secas também! E afinal, quantas cores conseguimos 
ver? 
 
 
 
34) Vermelho, verde e azul: red, R, green, G, blue, B. 
35) Matiz (a “cor”), saturação (cor forte – escura, e fraca – 
clara) e luminância (intensidade da cor). Para o olho humano a 
maior quantidade de informação está contida na luminância 
(lembra das antigas TV em preto e branco?). 
 
A faixa média de visualização estende-se de 4.000 Ao a 7.000 
Ao, ou 400 nm 700 nm. Onde 1 Ao = 10–10 m. 
36) Um ponto de imagem. Um elemento de imagem. 
37) Luminância e crominância. Intensidade luminosa e cores. 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 5 / 43 
38) Quanto mais bits, maior o “número” de cores que podem 
ser representados. Existe, porém, um limite físico da distinção 
de cores e nós humanos podemos discernir. Quanto maior a 
quantidade de bits, maior a largura de banda necessária para a 
transmissão. Lembra do limite imposto de largura de banda de 
um canal de TV? 
39) O número de bits que representa uma cor. Bits por pixel. 
40) O de 10 bits. Em princípio teríamos uma imagem “mais 
rica em cores” com 10 bits. Os sistemas comercias de vídeo 
operam com 8 bits. Sistemas específicos de produção de vídeo 
costumam operar com 10 bits. E são bem mais caros! 
41) Excede o número de cores que seres humanos podem 
discernir. Seres humanos não enxergam 224 cores distintas. 
Quer saber o número máximo de cores que podemos 
discernir? Procure no Google. E depois me conte dos 
diferentes valores encontrados... 
42) Um sinal de vídeo que codifica cada uma das cores 
básicas, RGB, com 8 bits. 
43) 1920  1080 = 2.073.600 pixels por quadro. Nesse 
sistema uma imagem é composta por cerca de dois milhões de 
elementos de imagem! 
44) 1920  1080  30 = 2.073.600 pixels por quadro  30 
quadros por segundo = 62.208.000 pixels por segundo. Isso 
mesmo. Mais de 62 MILHÕES de pixels por segundo. 
45) 8  3 = 24 bits por pixel. 
46) 1920  1080  30  24 = 1.492.992.000 bits por segundo. 
Cerca de 1,5 Gbps!!!!!!!!! 
47) 1.492.992.000  15  60 = 1,3436928  1012 bits. 
1,3436928  1012 bits / 8 = 1,67961  1011 bytes. Número de 
DVD’s = 1,67961  1011 bytes / 4,7 GBytes = 35,7 DVD’s. Ou 
seja, 15 minutos de vídeo, só vídeo, sem compactação 
(codificação de fonte), ocupariam 36 DVD’s. 
48) 480i: um sistema que opera com 480 linhas, com 
varredura entrelaçada, 720 colunas, 30 quadros por segundo, 
padrão EDTV. 480p: o mesmo, só que com varredura 
progressiva. 
49) 1080i: um sistema que opera com 1080 linhas, com 
varredura entrelaçada, 1920 colunas, 25/30 quadros por 
segundo, padrão HDTV. 1080p: o mesmo, só que com 
varredura progressiva. 
50) Analógica, 4:3. Digital, 16:9. 
 
 
II. Sistema de TV Digital 
 
Introdução 
 
No dia 2 de dezembro de 2007, iniciaram- se oficialmente as 
transmissões de TV digital no Brasil, com o iníciodas 
transmissões comerciais na cidade de São Paulo. O padrão 
adotado foi o mesmo utilizado no Japão, Integrated Services 
Digial Broadcasting – Terrestrial - ISDB-T, porém com algumas 
alterações nas tabelas do sistema, no padrão de codificação de 
áudio e vídeo, que utilizam a compressão H.264 e no 
middleware, que é chamado de GINGA. 
 
O sistema de modulação digital utilizado no padrão brasileiro, 
foi concebido de forma a permitir maior flexibilidade de 
configuração, permitindo a transmissão simultânea em até 3 
níveis diferentes de resistência a perturbações do canal 
(camadas), utilizando o mesmo canal de 6 MHz. Atualmente, as 
principais emissoras utilizam a transmissão com dois níveis 
distintos, um sinal com mais resistência para a recepção móvel 
/ portátil (one-seg) e outro sinal (full-seg) com menos 
resistência, porém com maior taxa útil de bits, para transmitir 
um sinal em alta definição. 
 
Imagens em alta definição, áudio com múltiplos canais, maior 
imunidade aos ruídos, informações sobre a programação 
(EPG), interatividade e a multiprogramação são alguns 
exemplos de benefícios da transmissão digital. 
 
Outro benefício é que, diferente do que ocorre com a 
transmissão analógica, em que se transmite as informações de 
áudio e vídeo de um único programa, com a digitalização do 
sistema de transmissão, transmitem-se bits, que podem 
carregar as informações de áudio e vídeo de um ou de vários 
programas ao mesmo tempo, além de informações úteis para 
o receptor e para o telespectador, como a interatividade, guia 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 6 / 43 
de programação, relógio, atualização do receptor, dentre 
outras funções. 
 
O multiplexador é uma peça chave para o correto 
funcionamento do sistema de transmissão de TV digital, pois 
sua principal função é receber todos os sinais provenientes dos 
codificadores de áudio, vídeo e dados e concatená-los em um 
único fluxo de dados, denominado de Broadcast Transport 
Stream - BTS. 
Este pacote BTS gerado na saída do multiplexador, é composto 
de 188 bytes, de acordo com a norma ISO/IEC 18811-1 
adicionado de mais 16 bytes, chamados de dummy bytes. 
Destes 16 bytes, 8 são utilizados para o envio de informações 
sobre a multiplexação, estampando uma identificação de que 
camada o pacote pertence e sinalizar o envio das informações 
IIP (ISDB Information Packet). 
O pacote IIP carrega entre outras informações, dados sobre os 
parâmetros de modulação utilizados em cada camada, dados 
sobre o sincronismo de rede SFN – Single Frequency Network, 
dentre outros. 
 
 
Figura 1: Geração do sinal de transmissão 
 
Atualmente, o sinal digital já está presente nas principais 
capitais e grandes centros do país. Dessa forma, a correta 
configuração do multiplexador é de extrema importância, para 
assegurar máxima aderência as normas ABNT NBR 15603, e 
principalmente, garantir o correto funcionamento dos 
receptores em todas as cidades do país. 
 
 
2.1 Áreas de conhecimento da TV Digital 
 
Para fins de resolução sistêmica de problemas a TV digital foi 
dividida em cinco áreas de conhecimento: 
• Transmissão e Recepção, Codificação de Canal e 
Modulação. 
• Camada de Transporte. 
• Canal de Interatividade. 
• Codificação de Sinais Fonte. 
• Middleware. 
 
 
2.2 Transmissão e Recepção, Codificação de Canal e 
Modulação 
 
O Subsistema de Transmissão e Recepção do Sistema de TV 
Digital Terrestre é responsável pela comunicação entre as 
partes de Difusão e Acesso – DA, e Terminal de Acesso – TA. É 
formado por dois módulos: 
• Codificação de Canal, Modulação e Transmissão, do 
lado da Difusão e Acesso. 
• Recepção, Demodulação e Decodificação de Canal, do 
lado do Terminal de Acesso. 
 
A função do Subsistema de Transmissão e Recepção é receber, 
na parte da estação transmissora (Difusão e Acesso), o feixe de 
transporte, disponibilizada pela camada de transporte, 
processá-lo para sua irradiação no canal de radiofrequência 
(RF) e promover sua recepção e regeneração no Terminal 
Acesso, modo a entregá-lo, adequadamente recuperado, à 
Camada de Transporte. 
 
Os processamentos que caracterizam este subsistema devem: 
• maximizar a imunidade do feixe de transporte recuperador, 
frente às degradações introduzidas no canal de transmissão – 
atenuação, obstrução, multi percursos, ruídos e interferências; 
• minimizar a potência de transmissão requerida; 
• manter o espectro de frequência do sinal transmissão 
confinado ao canal de transmissão. 
 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 7 / 43 
A figura a seguir mostra o diagrama em blocos simplificado do 
sistema de TV digital. 
 
Figura 2: Transmissão e Recepção do sinal de televisão digital 
 
No caso de sistema de televisão digital, o canal de transmissão 
adotado no Brasil e o mesmo dos sistemas analógicos, e tem 
uma largura de faixa de 6MHz, centrado em frequência das 
faixas de VHF e de UHF. Devem também ser respeitados para 
permitir a convivência otimizada dos canais analógicos e 
digitais durante o período de transição para sistema 
totalmente digitalizado. 
 
 
2.3 Camada de Transporte 
 
A Camada de transporte é composta por: 
a. Codificador de canal: Inclui de forma sistemática e 
controlada, informação redundante no feixe de transporte, 
com o objetivo de conferir maior confiabilidade ao sistema de 
transmissão, ao viabilizar, na recepção, a correção dos erros 
introduzidos pelos fatores agressores nos canais de 
transmissão; 
b. Modulador Digital: Processa o sinal codificado para que 
seja possível sua transmissão em radiofrequência (RF), com 
ocupação espectral limitada e com adversidades dos canais de 
transmissão; 
c. Up-converter: realiza a conversão de subida do sinal 
modulado, de uma frequência intermediaria (FI) para o canal 
de radiofrequência (RF) desejado, na faixa de VHF ou UHF; 
d. Amplificador de Potência: eleva a potência do sinal RF ao 
nível requerido para cobrir a área de interesse da emissora. A 
operação do Amplificador de Potência deve ser a mais linear 
possível, com objetivo de evitar distorções no sinal 
amplificado, como distorções harmônicas e por 
intermodulação, e manter a ocupação espectral do sinal em RF 
é então disponibilizado ao canal de transmissão através do 
sistema irradiante. 
 
Na recepção, no lado do Terminal de Acesso, ocorrem os 
procedimentos espelhos à transmissão. 
a. O sintonizador: é similar ao utilizado nos receptores 
analógicos e tem como função receber o sinal de RF captado 
pela antena receptora, realizando os seguintes procedimentos: 
• Amplificador de baixo ruído: para minimizar o nível de 
ruído adicionado pelo receptor ao sinal recebido; 
• Misturador: para conversão do sinal recebido do canal 
de RF recebido em VHF ou UHF, à frequência de FI, em um 
down-converter, ou misturador; 
• Controle Automático de Ganho: para manter constante 
o nível de sinal enviado ao demodulador digital, qualquer 
que seja o nível de sinal recebido em RF; 
• Filtro e Amplificador de Frequência Intermediária: para 
filtragem e amplificação de sinal FI – Frequência 
Intermediária, para filtrar outros canais e interferências 
fora da faixa do canal recebido, e adequar o nível de sinal 
de saída ao valor requerido pelo demodulador digital. 
b. Demodulador digital: responsável pela recuperação do 
feixe de transporte, a partir do sinal em FI disponível em sua 
entrada; 
c. Decodificador e Estimador de canal: são responsáveis, 
respectivamente, por retirar a informação redundante e 
corrigirerros introduzidos no canal, e estimar o 
comportamento do canal de transmissão, compensando as 
distorções presentes no sinal. 
 
O feixe de transporte é então entregue à camada de 
Transporte para processamentos posteriores no Terminal de 
Acesso. 
 
A comunicação entre o subsistema de transmissão e recepção 
e a camada de transporte precisa ser especificada. Apesar de 
existirem diversas alternativas que podem ser consideradas 
para esta interface, nenhuma norma internacional demanda o 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 8 / 43 
uso de uma solução especifica para a comunicação entre o 
codificador de canal e o multiplexador (Camada de Transporte, 
no lado de difusão e acesso), entre o decodificador de canal e 
o multiplexador (Camada de Transporte no lado do terminal de 
acesso). Esta interface deve respeitar a recomendação ITU-
TH.222 (UIT, 2000a), que define como os quadros do feixe de 
transporte devem ser estruturados. 
 
 
2.4 Canal de Interatividade 
 
O canal de interatividade tem por finalidade estabelecer o 
meio de comunicação entre usuários da Televisão Digital e as 
emissoras, programadoras, provedores de serviço. Distingue-se 
como um sistema virtual, sustentado por sistema 
independente em suas concepções técnicas e bases 
regulamentares que são Sistema de Televisão e Sistema de 
Comunicações. 
 
 
2.5 RF Intra banda Transmitindo Canal de Interatividade 
 
O sistema via RF intra banda consiste da implementação de 
infraestrutura da rede de acesso sem fio para o canal de 
interatividade, através de uma nova rede de comunicações. As 
faixas de frequência de operação deverão estar 
compreendidas entre 54 e 87,5 MHz (VHF - baixo) ou 174 e 216 
(VHF - alto) e finalmente de 470 a 806 MHz (UHF). Portanto, as 
mesmas sub faixas destinadas à transmissão de televisão 
aberta. 
 
Como decorrência, a determinação de frequência de operação 
de um sistema intra banda, para uma dada localidade, estará 
sujeita às mesmas limitações técnicas, operacionais e legais 
que regulamentam a determinação dos canais de televisão, 
face à influência mútua entre este sistema. 
 
 
 
 
2.6 Codificação de Sinais Fonte 
 
O subsistema decodificação de sinais fonte é composto pelas 
etapas de codificação e decodificação de áudio e vídeo. 
A função básica da codificação de sinais fonte é reduzir a taxa 
de bits necessária para transmissão do sinal de vídeo e áudio 
de acordo com a capacidade do canal de transmissão. As 
funções de compressão e descompressão da informação na 
forma de feixe digital é realizado pelos Codec’s. 
 
Um Codec é formado por um codificador e um decodificador. 
O codificador recebe como entrada o sinal digital não-
comprimido, realiza a sua compreensão, e gera como saída um 
fluxo elementar de informação que é fornecido ao 
multiplexador do sistema. 
Na recepção o decodificador recebe como entrada este fluxo 
elementar a partir do multiplexador, realiza sua decodificação 
e disponibiliza para apresentação o sinal descomprimido. 
 
 
2.7 Resolução de Vídeo 
 
A resolução de luminância do sinal de vídeo utilizado na 
geração do fluxo elementar de vídeo HDTV deverá ser uma das 
seguintes: 
• 1080i: 1920 colunas x 1080 linhas (pixels de 
luminância). 
• 720p: 1280 colunas x 720 linhas (pixels de 
luminância). 
O decodificador de vídeo HDTV deverá ser capaz de decodificar 
fluxos elementares de vídeo nas resoluções listadas. 
 
 
2.8 Resolução de Áudio 
 
O ISDB-T emprega uma versão mais recente de MPEG-2, que 
possibilita o som envolvente, o MPEG-4 AAC – Advanced Audio 
Coding. 
 
 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 9 / 43 
2.9 A Difusão de Dados, Áudio e Vídeo 
 
Existem duas formas de gerar conteúdo televisivo: transmiti-lo 
ao vivo ou gravar sequências de vídeo e áudio para posterior 
edição antes da difusão. Os dados também precisam ser 
inseridos no multiplexador, através de um injetor de dados. 
 
 
Figura 3:Etapas de difusão 
 
Geralmente os fluxos elementares na televisão digital são 
codificados usando taxa de bits variável (Variable Bit Rate – 
VBR). Após a multiplexação desses fluxos, um problema que 
poderia ocorrer é o somatório da taxa de bits gerados 
ultrapassarem a largura de banda disponível para difusão. 
Cabe ao modulador a tarefa de manter a banda do sinal dentro 
do valor especificado. 
 
O modulador gera um sinal analógico em baixa frequência. 
Esse sinal precisa ser convertido em um sinal de frequência 
maior para poder ser difundido pelos diversos meios. 
 
O receptor pode estar embutido em uma televisão digital ou 
ser um equipamento à parte. Nesse último caso, o receptor 
passa a ser conhecido como Terminal de Acesso ou set top box. 
A ideia básica desse dispositivo é o de uma pequena caixa 
agregada a uma televisão analógica, que converte os sinais 
digitais para que sejam assistidos por essas televisões 
convencionais. Um receptor ou set top Box pode possuir 
também um canal de retorno tornando possível uma 
interatividade entre o telespectador e os serviços disponíveis. 
Esse canal de retorno pode utilizar as mais diversas tecnologias 
disponíveis, como linha telefônica discada, ADSL e cabo, para 
fazer a comunicação no sentido inverso da difusão, do 
telespectador para o operador da rede. 
 
Para permitir ao telespectador a interação com os serviços, os 
sets top boxes possuem capacidade de processamento. Por 
isso seu hardware pode conter tecnologias que são comuns 
aos computadores, tais como CPU, memória, modems para 
canal de retorno, discos rígidos para armazenamento de 
dados, e leitores de smartcards para controle de acesso. Como 
ocorre em computadores convencionais, esses dispositivos são 
controlados por device drivers de sistemas operacionais. Set 
top boxes também operam com controle remoto, tal como na 
TV convencional. Contudo as semelhanças param aqui, pois os 
tipos de serviços são bem diferentes dos da TV convencional. 
 
As etapas envolvidas com processamento do sinal em um set-
top box são ilustradas na figura a seguir. 
 
 
Figura 4: Etapas da recepção 
 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 10 / 43 
2.10 Middleware 
 
A ideia central da arquitetura em camadas é cada um oferecer 
serviços para a camada superior e usar os serviços oferecidos 
pela inferior. 
 
Dessa forma, as aplicações que executam na TV digital 
interativa usam uma camada de middleware, que realiza a 
interface da comunicação entre a aplicação e o resto dos 
serviços oferecidos pelas camadas inferiores. 
 
A finalidade da camada de middleware– ou camada do meio – 
é oferecer um serviço padronizado para as aplicações (camada 
de cima), escondendo as peculiaridades e heterogeneidades 
das camadas inferiores (tecnologias de compressão, de 
transporte e de modulação). 
 
 
Figura 5: Arquitetura de TV digital com tecnologias usadas em 
cada camada 
 
O uso do middleware facilita a portabilidade das aplicações, 
permitindo que sejam transportadas para qualquer receptor 
digital (ou set top box) que suporte o middleware adotado. 
Essa portabilidade é primordial em sistemas de TV digital, pois 
não é razoável considerar como premissa que todos os 
receptores digitais sejam exatamente iguais. 
 
Em termos gerais é uma camada de software que provê 
serviços para outros programas. No contexto da TV Digital 
Interativa Brasileira é usado como sinônimo para o Ginga. 
 
 
 
2.11 Multiplexador 
 
Dentro dos estúdios, novos equipamentoscomo encoders de 
áudio no padrão MPEG-4 AAC (Advanced Audio Coding) e vídeo 
no padrão H.264, são ser utilizados para a redução das altas 
taxas de transmissão, provenientes das programações digitais. 
Após devidamente processadas pelos encoders, estas 
programações estão prontas para serem inseridas no sistema 
de multiplexação. 
 
Uma emissora pode gerar, por exemplo, três programações 
simultâneas: 
• HDTV – High Definition (ex.: filmes em horário nobre, 
para televisores de alta definição); 
• SDTV – Standard Definition (ex.: programação local, 
para televisores de definição padrão) e 
• LDTV – Low Definition (ex.: noticiário esportivo, para 
receptores portáteis). 
 
Além das programações de áudio e vídeo, a emissora poderá 
gerar dados (ou interatividade) sobre a programação exibida. 
 
Como inserir estas “multiprogramações”, diferentes e 
simultâneas, no sistema de transmissão? 
 
Normalmente, um encoder entrega em sua saída um MPEG-2 
TS (Transport Stream), com pacotes de 188 bytes, contendo 
áudio e vídeo digitais. O encoder pode ainda inserir bytes nulos 
para garantir o tamanho fixo dos pacotes MPEG-2 TS. 
 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 11 / 43 
O primeiro ponto a ser considerado é que, devido às diferenças 
na resolução de imagem, estes sinais possuem taxas de 
transmissão distintas. Uma programação HDTV possui taxas 
em torno de 16Mbps, enquanto uma programação LDTV pode 
trabalhar com taxas em torno de 390Kbps. A taxa de 
transmissão está diretamente relacionada com a ocupação de 
banda do canal. Portanto, se tivermos no sistema uma taxa de 
transmissão variável, ocorrerá uma variação na largura de 
banda do canal. Uma das consequências seria a interferência 
em canais adjacentes. A fórmula a seguir mostra como a 
largura de banda do canal varia diretamente com a taxa de 
transmissão e com os demais parâmetros do sistema: 
 
𝑩𝑾 = 𝒓𝒃𝒑𝒔 ×
𝟏
𝒍𝒐𝒈𝟐(𝑴)
×
𝟏
𝑭𝑬𝑪
×
𝟏
𝑲𝟏
× (𝟏+∝) 
 
Onde: 
BW: largura de banda do canal, em Hz; 
rb: taxa de transmissão; 
M: número de pontos da constelação digital (ex: M = 64 na 
constelação 64QAM); 
α: fator de roll-off do filtro de saída. 
 
Uma das funções do MUX MPEG-2 é adequar estas taxas de 
transmissão. Independentemente da quantidade de programas 
(com diferentes taxas) inseridos em suas entradas, este 
equipamento entrega pacotes com 204 bytes e taxa de 
transmissão de 32,5Mbps. Esta taxa é necessária para que o 
modulador ISDB-T – próximo estágio do sistema de 
transmissão – possa gerar suas portadoras adequadamente 
(ver ARIB STD-B31, itens 3.2.1 e 4.3). 
 
O fluxo de dados na saída do MUX MPEG-2 é denominado de 
BTS - Broadcast Transport Stream. Neste BTS, além de áudio, 
vídeo e dados, estão contidos também bytes que irão 
configurar o modulador ISDB-T. 
Como o modulador pode trabalhar com 3 camadas de 
modulação e cada camada pode ser configurada de maneira 
independente, é preciso informar ao modulador como 
configurar cada camada. Esta função é desempenhada por 16 
bytes contidos ao final do pacote BTS. 
Estes 16 bytes carregam a informação TMCC (Transmission and 
Multiplexing Configuration Control) que informará ao 
modulador as opções escolhidas pelo radiodifusor para cada 
camada de modulação. 
 
A figura a seguir mostra configuração para a multiplexação dos 
sinais digitais com a formação do BTS – Broadcast Transport 
Stream. 
Figura 6: Multiplexação dos sinais digitais. 
 
A comunicação entre o MUX MPEG-2 e o transmissor digital 
poderá ser feita de duas maneiras. Se o estúdio ficar perto da 
torre de transmissão, a conexão poderá ser feita através de 
cabeamento DVB-ASI, por exemplo. Se esta distância for um 
pouco grande, esta conexão poderá ser feita via enlace de 
micro ondas digital. 
 
O MUX MPEG-2 também levará, através de descritores 
contidos em tabelas de multiplexação, informações 
necessárias para a correta recepção do sinal, executada pelo 
set-top box. Descritores com informações como data, hora, 
ajustes para horário de verão, classificação indicativa, etc., 
trarão diversas facilidades ao telespectador, mudando seu 
modo de assistir TV. 
 
A digitalização dos serviços de radiodifusão trouxe muitos 
benefícios, tanto para os telespectadores, como para os radio 
difusores. Imagens em alta definição, áudio com múltiplos 
canais, imunidade aos ruídos, informações sobre a 
programação (EPG), interatividade e a multiprogramação são 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 12 / 43 
apenas alguns exemplos de funcionalidades oriundas deste 
processo. 
 
Agora é possível transmitir não apenas as informações de 
áudio e vídeo, mas também dados e informações de múltiplos 
conteúdos ao mesmo tempo, dentro de um único canal de 6 
MHz. Com isso, a correta configuração do multiplexador, cuja 
principal função é receber todos esses sinais e concatená-los 
em um único fluxo de dados BTS (Broadcast Transport Stream), 
é de extrema importância para o correto funcionamento dos 
receptores de TV digital. 
 
 
2.12 Tabelas PSI/SI 
 
A figura a seguir é o diagrama simplificado de uma emissora de 
televisão, desde a geração dos sinais, até a recepção na casa 
dos telespectadores. 
 
Na etapa de geração do sinal, podem-se ter câmeras HD ou SD, 
que entregaram em sua saída um sinal já digital de áudio e 
vídeo, porém sem compressão. Esses sinais, possuem uma alta 
taxa de bits, o que inviabiliza sua transmissão através do sinal 
digital terrestre, que possui largura de banda de 6 MHz e taxa 
de bits da ordem de 18 Mbits/s, dependendo da configuração 
utilizada. Por este motivo, é necessária a utilização de um 
codificador, de forma a reduzir a taxa de bits para taxas 
possíveis de se transmitir. 
 
As saídas dos codificadores são conectadas a entrada do 
multiplexador, que também recebe os dados de closed caption, 
dados da interatividade e insere as tabelas de acordo com a 
norma MPEG 2 System. 
 
São inseridas as tabelas PSI (Program Specific Information) / SI 
(Service Information). As informações PSI são as tabelas 
padronizadas pela norma MPEG 2 System e as informações SI 
são as tabelas específicas e características de cada sistema de 
transmissão (DVB, ISDB, ATSC e SBTVD). 
 
 
 
Figura 7:Diagrama simplificado de uma emissora de TV 
 
 
 
2.13 Tabelas PSI 
 
PAT (Program Association Table) 
A PAT é responsável por identificar os PIDs (Packet Identifier) 
da PMT (Program Map Table) e da NIT (Network Information 
Table). Esta tabela deve ser sempre enviada e sua utilização é 
mandatória. No caso de existir mais de uma camada de 
transmissão, a tabela deve ser sempre enviada na camada de 
menor robustez. 
 
NIT (Network Information Table) 
Responsável por carregar as informações sobre a emissora, 
frequência de transmissão e informar o canal virtual. No 
sistema brasileiro, a NIT possui alguns descritores próprios, 
diferente do especificado no MPEG 2 System, principalmente 
para atender o serviço oneseg. Isso porque, a grande maioria 
dos dispositivos dedicados a recepção móvel/ portátil 
demodulam apenas a camada referente ao seu serviço (maior 
robustez). Como a PAT é sempre enviada na camada de menor 
robustez, a NIT, para o one-seg, funciona como a PAT, 
sinalizando quais os PID da PMT que carrega o serviço móvel. 
Esta tabela deve ser sempre enviada e sua utilização é 
mandatória. 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 13 / 43 
 
PMT (Program Map Table) 
É a responsável por carregar as informaçõesque permitem o 
receptor localizar corretamente cada um dos conteúdos 
enviados, sejam eles vídeo, áudio, closed caption, 
interatividade, etc. e também a localização da referência de 
clock do programa (PCR – Program Clock Reference) para cada 
serviço. Caso exista mais que um serviço, existirá uma PMT 
para cada serviço. 
Esta tabela deve ser sempre enviada e sua utilização é 
mandatória 
 
CAT (Conditional Access Table) 
A CAT deve prover informações sobre sistemas de acesso 
condicional utilizados no multiplexador. 
Caso seja utilizado acesso condicional, esta tabela é 
mandatória. Atualmente a CAT não é utilizada no SBTVD. 
 
2.14 Tabelas SI 
 
SDT (Service Description Table) 
A SDT é responsável por conter as informações que descrevem 
os serviços em um sistema, como, por exemplo, nome do 
serviço (por exemplo: serviço HD ou serviço one-seg) e 
provedor de serviço (nome da rede). 
Esta tabela deve ser sempre enviada e sua utilização é 
mandatória 
 
EIT (Event Information Table) 
A EIT tem como principal funcionalidade o envio das 
informações específicas para cada programa que será exibido. 
Para isso, cada programa é considerado como sendo um 
evento, e para cada evento, é associado diversas informações, 
como, por exemplo: nome do evento, início do evento, 
duração, descrição, classificação indicativa, controle de cópias 
etc. 
Essas informações permitem que o receptor crie o Guia 
Eletrônico de Programação (EPG), bloqueie a exibição de 
conteúdos de acordo com a classificação indicativa de um 
determinado evento e ainda proteja o conteúdo de cópias não 
autorizadas. 
Esta tabela deve ser sempre enviada e sua utilização é 
mandatória. 
 
TOT (Time Offset Table) 
A TOT fornece a informação referente à hora e data atual e 
também fornece a informação de diferenças de fuso horário e 
do horário de verão. O horário enviado na TOT deve ser 
sempre o horário oficial de Brasília (UTC-3), 
independentemente do local onde a emissora está localizada e 
os ajustes de fuso e horário de verão devem ser enviados 
através do local_time_offset_descriptor. 
Esta tabela deve ser sempre enviada e sua utilização é 
mandatória. 
 
BIT (Broadcast information Table) 
A BIT descreve as informações da rede ou informações dos 
parâmetros de transmissão da SI para cada radio difusor, como 
por exemplo: nome da emissora e a rede a qual ela pertence. 
Esta tabela deve ser sempre enviada e sua utilização é 
mandatória 
 
 
2.15 Principais inconformidades detectadas 
 
Desde o início das operações, um grupo formado pelos 
representantes das principais emissoras se reúne 
trimestralmente de forma a trocar experiências e sinalizar para 
o fórum SBTVD e para os fabricantes de receptores, possíveis 
inconformidades com a norma brasileira. O objetivo é evitar 
que o usuário final, o telespectador, não se frustre frente a um 
problema que afete a qualidade de seu sinal. Veremos a seguir 
uma análise das principais inconformidades detectadas 
durante os 3 primeiros anos de operação. 
 
 
a) Codificação de vídeo 
 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 14 / 43 
Inconformidade na codificação de vídeo: Uso de compressão 
fora do formato especificado pela norma ABNT NBR 15602-1 
A codificação de vídeo deve ser realizada utilizando 
compressão H.264 high profile 4.0 ou inferior para sinais HDTV 
e H.264 main profile 4.0 ou inferior para sinais SDTV. Para os 
sinais LDTV (one-seg), deve-se utilizar compressão H.264 
baseline profile 1.3 ou inferior. 
 
Inconformidade na codificação de áudio: Uso de 
empacotamento de áudio fora do formato especificado na 
norma ABNT NBR 15602-2. 
A codificação e o empacotamento do áudio devem 
obrigatoriamente ser compatíveis com LATM/LOAS, conforme 
a ISO/IEC 14496-3. Conforme especificado na norma ABNT NBR 
15602, o fluxo elementar do áudio deve ser primeiramente 
encapsulado no formato de multiplexação LATM e deve 
obrigatoriamente utilizar o elemento de multiplexação 
audiomuxelement(). 
 
A camada de sincronização do transporte de áudio (LOAS) deve 
utilizar o formato de transmissão AudioSyncStream() conforme 
em ISO/IEC 14496-3. 
 
b) Sinalização 
 
Inconformidade na Sinalização de áudio: Sinalização do SBR 
de forma implícita, quando utilizado codificação de áudio HE-
AAC 
A norma ABNT NBR 15602-2, estabelece que quando utilizado 
a compressão de áudio HE-AAC, a sinalização da presença de 
SBR deve obrigatoriamente usar o mecanismo de sinalização 
explícito nonbackward compatible, de acordo com a ISO/IEC 
14496-3. 
 
 
c) Configuração e envio das tabelas 
 
Inconformidade no preenchimento da Tabela EIT: Não envio 
de todos os descritores mandatórios. 
De acordo com a ABNT NBR 15603, o envio de alguns 
descritores é obrigatório, dependendo da tabela em questão. 
No caso específico da EIT, os seguintes descritores são 
obrigatórios: short_ event_descriptor (definições do evento), 
component_descriptor (características do stream), 
audio_component_descriptor (características do áudio) e o 
parentalrating_control (classificação indicativa). 
 
Inconformidade no preenchimento do horário dos programas 
enviado pela EIT para composição do EPG: Utilização de 
horário diferente do UTC-3. 
O horário a ser preenchido no short_event_descriptor de 
forma a sinalizar o início de cada evento, deve ser sempre o 
UTC-3, independente da região onde o transmissor está 
instalado, e presença ou não do horário de verão. 
 
A correção do horário, nos locais que for necessário, será feita 
pelo receptor a partir das informações recebidas pela TOT. 
 
Inconformidade no preenchimento da TOT: configuração 
incorreta do descritor local_time_offset_descriptor 
O correto preenchimento dos campos da TOT é importante 
para que o receptor consiga receber e mostrar corretamente, 
as informações do guia de programação, agendar download de 
atualizações. 
 
A norma ABNT NBR 15603, estabelece que o horário enviado 
na TOT, independente da região do país em que a estação 
transmissora estiver localizada, deve sempre enviar o horário 
oficial de Brasília (UTC-3). Já os campos local_ time_offset e 
next_time_offset enviados pelo descritor 
local_time_offset_descriptor presente na TOT, devem ser 
configurados de acordo com a localização da estação 
transmissora, de modo a ajustar as diferenças de fuso horário 
e horário de verão de onde a geradora está localizada. 
 
A figura a seguir mostra a divisão dos fusos horários utilizados 
no Brasil. 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 15 / 43 
 
Figura 8: Fusos horários no Brasil 
 
A Figura 8 mostra as regiões e os fusos horários utilizados no 
Brasil e na Tabela 1 são mostrados os valores a serem 
preenchidos no local_time_offset_ descriptor para cada caso. 
 
O preenchimento do next_time_offset permite que o receptor 
possa se autoconfigurar no momento que se iniciar ou 
terminar o horário de verão. Entretanto, cabe a emissora 
realizar manualmente a alteração do local_time_offset_ 
descriptor quando se iniciar ou terminar o horário de verão, de 
forma a manter o seu preenchimento conforme mostrado a 
Tabela 1. 
 
Tabela 1: Preenchimento dos campos do descritor do 
local_time_offset 
 
 
 
Inconformidade da determinação do valor 
original_network_id. 
O original_network_id deve identificar unicamente cada uma 
das estações geradoras existentes no Brasil. Esta identificação 
deve ser feita a partir dos valores de prefixo padronizados pela 
ANATEL para cada estação geradora. Este prefixoé 
representado por seis dígitos, onde os dois primeiros dígitos 
são sempre representados pelas letras ZY. 
Por exemplo, ZYA205, o terceiro valor (esquerda para direita) é 
representado sempre pelas letras A, B, P, Q e T e os três 
últimos valores são representados por uma numeração de 000 
a 999 possíveis. 
 
Tabela 2: Prefixo ANATEL 
 
Tabela 3: Serviços para TV Digital 
 
Para a composição do original_network_ id, as duas primeiras 
letras devem ser desconsideradas e para a terceira letra 
(esquerda para a direita) deve ser atribuído um valor que deve 
estar de acordo com a Tabela 2, os últimos três valores 
deverão ser mantidos. Dessa forma o valor do 
original_network_id é obtido na forma decimal. 
 
Por exemplo, uma emissora que possui a identificação ZYA205 
irá descartar as duas primeiras letras (ZY) e substituirá letra A 
pelo valor 0 conforme mostrado na tabela 2. Desta forma o seu 
original_ network_id será 0205 em decimal. Convertendo esse 
valor para hexadecimal, o valor do original_network_id será 
0x0CD. 
 
Inconformidade da determinação do valor do service_id de 
cada serviço de televisão digital. 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 16 / 43 
Os campos referentes ao service_id devem obrigatoriamente 
ser únicos por estação geradora e devem conter a identificação 
do tipo e do número de serviço transmitido. 
 
 Para que o service_id seja único por geradora, deve 
obrigatoriamente ser inserido nos seus 11 bits mais 
significativos o valor dos 11 bits menos significativos do campo 
original_ network_id. Os 2 bits seguintes do service_id devem 
obrigatoriamente representar o tipo de serviço que está sendo 
transmitido e é definido na Tabela 3: 
Os três bits seguintes devem representar o número do serviço 
(service_number) transmitido pela emissora, que varia de 000 
a 111, representando no máximo 8 serviços, como mostra a 
Figura 9. 
Para o exemplo dado no item anterior, onde o 
original_network_id é 0x0CD, convertendo em binário temos 
00011001101. Desta forma, para o serviço de televisão fixa, de 
acordo com a Tabela 3, temos 00, o primeiro serviço de 
televisão desta emissora ficaria como mostra a Figura 9, em 
binário. 
Caso exista outro serviço fixo, a diferença será apenas nos 
últimos 3 bits, que deverão ser alterados para 001, 010, 011… 
e assim sucessivamente. 
 
O correto preenchimento destes valores é fundamental para 
que os receptores consigam identificar os serviços e mostrá-los 
de forma correta. 
 
 
Figura 9: Bits do service_id 
 
Inconformidade no preenchimento do campo 
remote_control_key_id enviado pela tabela NIT. 
Para as emissoras que atualmente possuem tanto a 
transmissão analógica, como a digital. O valor do campo 
remote_ control_key_id designado para o canal digital de uma 
emissora deve ser igual ao número do seu canal analógico. Isso 
permite que o usuário continue selecionando no controle 
remoto, para o canal digital, o mesmo número que já conhece 
para sistema analógico. 
 
Inconformidade no envio de tabelas que não estão definidas 
nas normas SBTVD. 
Nenhuma tabela ou descritor que não esteja em acordo com 
as normas do sistema brasileiro de TV digital (normas ABNT 
NBR 15601 a 15608) pode ser enviada. 
 
 
III. Configuração do receptor 
 
3.1 Configuração básica do receptor 
 
A configuração básica do receptor deve estar de acordo com a 
Figura 1 e deve ser composta pelas seguintes unidades: 
a) antena de recepção terrestre; 
b) IRD – Integrated Receiver Decoder; 
c) cabo de conexão entre a antena e o receptor. 
 
 
Figura 10: Configuração básica do receptor 
 
 
3.2 Configuração básica do IRD 
 
Na recepção fixa, são pelo menos dois os possíveis modelos de 
aparelhos com diferentes requisitos obrigatórios, em especial 
no que trata da saída de áudio e vídeo, assim como do divisor 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 17 / 43 
de antena. Por esta razão a configuração básica de um IRD 
deve ser dividida em conversor digital (STB) e receptor 
integrado. 
 
A configuração básica de um IRD do tipo conversor digital (STB 
– Set Top Box) é mostrada na figura a seguir. 
 
 
Figura 11: Configuração básica do IRD tipo conversor digital 
(STB) 
 
A configuração básica de um IRD do tipo integrado deve estar 
de acordo com a Figura 12. 
 
 
Figura 12: Configuração básica do IRD tipo integrado 
 
 
3.3 Arquitetura básica do receptor 
 
A arquitetura básica do receptor deve estar de acordo com a 
Figura 13. 
 
 
Figura 13: Arquitetura básica do receptor 
 
 
IV. Especificações das unidades receptoras de sinais de 
televisão digital terrestre 
 
4.1 Antena de recepção 
 
A antena para recepção de sinais de televisão digital terrestre 
deve obrigatoriamente atender no mínimo às seguintes 
especificações: 
a) a antena deve possibilitar a recepção de sinais de televisão 
digital terrestre que estejam compreendidos entre os canais de 
VHF de 07 a 13 e os canais de UHF de 14 a 69, para os 
receptores do tipo fixo e móvel (full-seg) e pelo menos os 
canais compreendidos na banda de UHF entre os canais 14 a 
69 para os receptores do tipo portátil (one-seg); 
b) opcionalmente, a antena pode possibilitar a recepção dos 
sinais de televisão analógica que estejam compreendidos entre 
os canais na faixa de VHF de 02 a 13 e UHF de 14 a 62; 
c) a polarização da antena pode ser tanto vertical como 
horizontal; 
d) o ganho da antena não é especificado, por depender 
fortemente das condições de recepção, entretanto é 
recomendado que quando houver antena externa instalada o 
ganho seja no mínimo equivalente ao especificado pelo tipo 
yagi de 14 elementos (7 dB – UHF canal 14); 
e) a diretividade da antena não é especificada por depender 
fortemente das condições de recepção, entretanto é 
recomendado que quando houver antena externa 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 18 / 43 
permanentemente instalada, a instalação atenda no mínimo às 
especificações de diretividade da ITU Recommendation 
BT.419-3. 
 
 
4.2 Especificação da unidade receptora (IRD) 
 
4.2.1 Entrada de antena 
 
4.2.1.1 Receptor do tipo integrado 
A unidade receptora do tipo integrado com monitor deve 
disponibilizar pelo menos um terminal para entrada de antena 
com impedância de entrada 75 Ω, tipo F, desbalanceado. 
 
4.2.1.2 Conversor digital (unidade receptora do tipo set-top 
box) 
O conversor digital deve disponibilizar pelo menos um terminal 
para entrada e outro para saída de antena (pass through), 
ambos com impedância 75 Ω, tipo F, desbalanceado. 
 
 
4.2.1.3 Receptor portátil 
Para os receptores portáteis one-seg (telefones celulares, 
dongle, PDA, entre outros), as recomendações descritas em 
7.2.1.1 e 7.2.1.2 são opcionais, podendo ou não ser aplicadas, 
a critério do fabricante do dispositivo de recepção. 
 
 
4.2.2 Recepção de canais 
 
4.2.2.1 Dispositivos fixos ou móveis de recepção (full-seg) 
A unidade receptora deve ser capaz de sintonizar os canais de 
televisão limitados pela banda de VHF alto, compreendidos 
entre os canais 07 a 13, e os canais limitados pela banda de 
UHF, compreendidos entre os canais 14 a 69. 
 
4.2.2.2 Dispositivos portáteis de recepção parcial (one-seg) 
A unidade de recepção parcial deve ser capaz de pelo menos 
sintonizar os canais de televisão limitados pela banda de UHF, 
compreendidos entre os canais 14 a 69. 
A recepção de canais da faixa VHF alto é facultativa nos 
receptores portáteis one-seg.4.2.3 Largura de banda do canal 
A largura de banda do canal deve estar compatível ao 
especificado no ABNT NBR 15601:2007, 
subseção 7.1, conforme segue: 
a) dispositivos fixos ou móveis de recepção (full-seg): 5,7 MHz; 
b) dispositivos portáteis (one-seg): 0,43 MHz. 
 
A figura a seguir apresenta o canal de TV digital, em 
frequência, mostrando os treze segmentos, informação 
completa – full-seg, e o segmento único, one-seg, para 
dispositivos portáteis. 
 
 
Figura 14: Segmentos de informação do canal da TV digital 
 
 
4.2.4 Frequência da portadora central de canais 
As frequências das portadoras centrais apresentadas na Tabela 
4 (banda VHF alto) e Tabela 5 (banda de UHF) devem 
obrigatoriamente ser aplicáveis a todos os tipos de receptores 
(full-seg). Para os receptores one-seg, apenas a Tabela 4 deve 
ser obrigatoriamente atendida, sendo facultado aos 
fabricantes deste tipo de receptores a implementação da 
Tabela 5. 
 
As frequências das portadoras centrais da faixa de VHF alto são 
as definidas na Tabela 4 e as frequências das portadoras 
centrais da faixa de UHF são as definidas na Tabela 5. 
 
 
 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 19 / 43 
Tabela 4: Frequências dos canais VHF alto 
Número 
do canal 
Frequência da portadora 
central - MHz 
07 177 + 1/7 
08 183 + 1/7 
09 189 + 1/7 
10 195 + 1/7 
11 201 + 1/7 
12 207 + 1/7 
13 213 + 1/7 
 
 
Tabela 5: Frequências dos canais da faixa de UHF 
Número 
do canal 
Frequência 
da portadora 
central 
 Número 
do canal 
Frequência 
da portadora 
central 
14 473 + 1/7 42 641 + 1/7 
15 479 + 1/7 43 647 + 1/7 
16 485 + 1/7 44 653 + 1/7 
17 491 + 1/7 45 659 + 1/7 
18 497 + 1/7 46 665 + 1/7 
19 503 + 1/7 47 671 + 1/7 
20 509 + 1/7 48 677 + 1/7 
21 515 + 1/7 49 683 + 1/7 
22 521 + 1/7 50 689 + 1/7 
23 527 + 1/7 51 695 + 1/7 
24 533 + 1/7 52 701 + 1/7 
25 539 + 1/7 53 707 + 1/7 
26 545 + 1/7 54 713 + 1/7 
27 551 + 1/7 55 719 + 1/7 
28 557 + 1/7 56 725 + 1/7 
29 563 + 1/7 57 731 + 1/7 
30 569 + 1/7 58 737 + 1/7 
31 575 + 1/7 59 743 + 1/7 
32 581 + 1/7 60 749 + 1/7 
33 587 + 1/7 61 755 + 1/7 
34 593 + 1/7 62 761 + 1/7 
35 599 + 1/7 63 767 + 1/7 
36 605 + 1/7 64 773 + 1/7 
Número 
do canal 
Frequência 
da portadora 
central 
 Número 
do canal 
Frequência 
da portadora 
central 
37 Não aplicável 65 779 + 1/7 
38 617 + 1/7 66 785 + 1/7 
39 623 + 1/7 67 791 + 1/7 
40 629 + 1/7 68 797 + 1/7 
41 635 + 1/7 69 803 + 1/7 
 
 
V. Termos e definições 
 
5.1 Acessibilidade: condição para utilização, com segurança e 
autonomia, dos serviços, dispositivos, sistemas e meios de 
comunicação e informação, por pessoa com deficiência 
auditiva, visual ou intelectual. 
 
5.2 Audiodescrição: locução em língua portuguesa, 
sobreposta ao som original do programa, destinada a 
descrever imagens, sons, textos e demais informações que não 
podem ser percebidos ou compreendidos por pessoas com 
deficiência visual. A informação é enviada pelo provedor de 
conteúdo em um PES de áudio individualizado que, a critério 
do usuário, pode ser selecionado. 
 
5.3 Built-in: qualquer funcionalidade seja em software ou 
hardware embutida ao dispositivo receptor. 
 
5.4 Canal de interatividade: mecanismo de comunicação que 
fornece conexão entre o receptor e um servidor remoto. 
 
5.5 Carrossel de dados: método que envia qualquer conjunto 
de dados ciclicamente, para que esses dados possam ser 
obtidos, via radiodifusão, em um intervalo de tempo tão longo 
quanto necessário. 
 
5.6 Ciclo de vida: caracteriza o período de tempo entre o 
momento em que uma aplicação é carregada e o momento em 
que ela é destruída. 
 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 20 / 43 
5.7 Classificação indicativa: classificação de natureza 
informativa e pedagógica, voltada para a promoção dos 
interesses de crianças e adolescentes, exercida de forma 
democrática, possibilitando que todos os destinatários da 
recomendação possam participar do processo, de modo 
objetivo, ensejando que a contradição de interesses e 
argumentos promovam a correção e o controle social dos atos 
praticados. 
 
5.8 Codificação: processo de transformação de sinais 
externos em bits que representem tais sinais. A codificação se 
dá, por exemplo, através de amostragem e a informação 
obtida pode ainda ser compactada. 
 
5.9 Conversor digital (set-top box): dispositivo de recepção e 
decodificação de sinais de televisão digital que é conectado a 
um televisor por meio de cabos ou qualquer outro tipo de 
conexão e que, para tanto, disponibiliza interfaces de saída de 
áudio e vídeo, sejam elas analógicas ou digitais. 
 
5.10 Decodificação: processo responsável pela recuperação do 
sinal original através dos bits recebidos do codificador A 
decodificação pode, eventualmente, realizar também a 
descompactação da informação recebida. 
 
5.11 Dongle: dispositivo normalmente ligado a uma porta de 
entrada de dados de um computador. 
 
5.12 Downmix: matriz de n canais utilizada para obter menos 
de n canais. 
 
5.13 DSM-CC (Digital Storage Media Command and Control): 
método de controle que fornece acesso a um arquivo ou fluxo 
em serviços digitais interativo. 
 
5.14 Dublagem: tradução de programa originalmente falado 
em língua estrangeira, com a substituição da locução original 
por falas em língua portuguesa, sincronizadas no tempo, 
entonação, movimento dos lábios dos personagens em cena 
etc. O som na língua original, assim como de outras línguas, é 
transmitido simultaneamente em um PES de áudio 
independente ou, opcionalmente, em um stream de áudio 
dual-mono. 
 
5.15 ECMAScript (European Computer Manufacturers 
Association): linguagem de programação definida na ECMA 
262. 
 
5.16 Fluxo elementar (elementary stream – ES): fluxo básico 
que contém dados de vídeo, áudio ou dados privados. 
 
5.17 Front-end: conjunto de componentes, desde a entrada da 
antena até a interface de saída, responsáveis por recuperar o 
transport stream. 
 
5.18 Janela de LIBRAS: espaço delimitado no vídeo onde as 
informações são interpretadas na linguagem LIBRAS. 
 
5.19 LATM/LOAS: mecanismo de transporte definido no 
MPEG-4 que utiliza duas camadas, uma de multiplexação e 
outra de sincronização. A camada de multiplexação LATM (low 
overhead MPEG-4 audio transport multiplex) gerencia a 
multiplexação de vários payloads de áudio (dados de áudio) e 
seus dados de configuração constantes nos elementos de 
AudioSpecificConfig(). A camada de sincronização LOAS (low 
overhead audio stream) especifica uma sintaxe para auto 
sincronismo no feixe de transporte de áudio do MPEG-4. 
 
5.20 Closed-caption: transcrição em língua portuguesa, dos 
diálogos, efeitos sonoros, sons do ambiente e demais 
informações que não podem ser percebidos ou compreendidos 
por pessoas com deficiência auditiva. 
 
5.21 Perfil: especificação de uma classe de capacidades, 
oferecendo diferentes níveis de funcionalidades em um 
receptor. 
 
5.22 Receptor full-seg: dispositivo capaz de decodificar 
informações de áudio, vídeo, dados etc., contidas na camada 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 21 / 43 
do fluxo de transporte de 13 segmentos destinada ao serviço 
fixo (indoor) e móvel. A classificação full-seg é aplicada aos 
conversores digitais, também conhecido por set-top box e aos 
receptores de 13 segmentos integrados com tela de exibição,mas não exclusivos a estes. Este tipo de receptor é capaz de 
receber e decodificar sinais de televisão digital terrestre de alta 
definição e, a critério do fabricante, também receber e 
decodificar informações transportadas na camada “A” do 
transport stream, aplicada para os serviços direcionados aos 
receptores portáteis, definidos como one-seg. 
 
5.23 Receptor integrado: dispositivo de recepção de sinais de 
televisão digital integrado ao monitor, dispensando interfaces 
de saídas dos sinais de áudio e vídeo. 
 
5.24 Receptor one-seg: dispositivo que decodifica 
exclusivamente informações de áudio, vídeo, dados etc., 
contidas na camada “A” locada no segmento central dos 13 
segmentos. A classificação one-seg é destinada aos receptores 
do tipo portátil, também conhecido por “handheld”, 
especialmente recomendados para telas de exibição de 
dimensões reduzidas, normalmente até 7 polegadas. Entre os 
produtos classificados como one-seg, estão os receptores 
integrados com telefone celular, PDA, dongle e televisores 
portáteis, os quais são energizados por uma bateria interna e, 
portanto, sem necessariamente demandar uma fonte externa 
de energia, bem como aqueles destinados a veículos 
automóveis. Este tipo de receptor é capaz de receber e 
decodificar apenas sinais de televisão digital terrestre 
transportado na camada “A” do fluxo de transporte, e, 
consequentemente apenas sinais de perfil básico, destinado 
aos dispositivos portáteis de recepção. 
 
5.25 Threshold: limiar para o chaveamento do conversor 
digital entre a opção de recepção de acordo com a qualidade 
do sinal digital e analógico. 
 
5.26 Transport stream: sintaxe do fluxo de transporte MPEG-2 
para empacotamento e multiplexação de vídeo, áudio e sinais 
de dados em sistemas de radiodifusão digital. 
 
VI. Questões Gerais 
 
 
1) As afirmativas a seguir estão relacionadas às noções de 
luz e cor. Leia atentamente cada uma delas. 
 
I. Luz é a radiação eletromagnética, com comprimento de onda 
(λ) entre 400 nm (correspondente ao azul) e 700 nm 
(correspondente ao vermelho), aproximadamente, que é capaz 
de sensibilizar a visão humana. 
II. Cor pode ser tratada como a cor da luz, a cor de um corpo e 
como a cor que é vista pelo olho humano. 
III. A chamada cor do corpo é a cor dos raios luminosos 
refletidos pelo corpo. 
 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): 
Resposta: I, II e III 
 
 
2) No contexto de sistemas de televisão, o conhecimento 
dos fundamentos de luz e cor é de grande importância para a 
compreensão de técnicas e procedimentos mais avançados. 
Neste cenário, considere as asserções a seguir. 
As cores vermelha (R), verde (G) e azul (B) são chamadas cores 
primárias 
Porque 
Não podem ser obtidas por misturas de outras cores. 
 
Resposta: As duas asserções são verdadeiras, e a segunda é 
uma justificativa correta da primeira. 
 
 
3) Num receptor de TV, qual a função do detector de vídeo e 
qual a construção básica de um detector de vídeo moderno 
(detector síncrono)? 
 
Resposta: A função de um detector de vídeo é recuperar o 
sinal composto de vídeo modulado na envoltória da portadora 
de vídeo. Os modernos receptores utilizam circuitos integrados 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 22 / 43 
nos quais há um Detector Síncrono que usa a FI de vídeo 
(45,75 MHz) devidamente filtrada para fazer os batimentos 
necessários, o que elimina a possibilidade de batimento entre 
som e cor e oferece boa qualidade de demodulação. 
 
 
4) Na distribuição de um sinal de TV é bastante facilitada 
pelo uso de redes de telecomunicações via satélite. Na figura 
abaixo, apresenta-se a estrutura básica de um esquema que 
possui o objetivo mencionado. Explique de forma sucinta a 
funcionalidade de cada elemento presente na figura. 
 
 
 
Resposta: Na figura apresentada, a estação de TV representa o 
local em que os sinais de TV são efetivamente captados e 
gerados (isto é, é o local onde se encontram as câmeras e onde 
acontecem os programas a serem transmitidos). A estação de 
TV é ligada por meio de um cabo coaxial (ou por outro meio 
físico adequado) à estação transmissora (CTV). Os sinais 
transmitidos por essa estação são encaminhados, por meio de 
um refletor passivo, a uma empresa de telecomunicações que 
possui uma infraestrutura de ligação via satélite. Os sinais são, 
então, enviados a um satélite que as distribui para a rede e 
para as emissoras afiliadas. 
 
 
5) O tratamento adequado das cores nos sistemas que as 
empregam na formação de imagens e na geração de vídeos 
depende de uma série de propriedades apresentadas pelas 
mesmas. Nesse contexto, assinale, dentre as alternativas 
abaixo, a característica de cor que está relacionada 
diretamente com a intensidade da luz (potência da fonte) ou 
com a refletibilidade do corpo. 
 
Resposta: Brilho ou luminância 
 
 
6) O tratamento adequado das cores nos sistemas que as 
empregam na formação de imagens e na geração de vídeos 
depende de uma série de propriedades apresentadas pelas 
mesmas. Nesse contexto, assinale, dentre as alternativas 
abaixo, a característica de cor que está relacionada 
diretamente ao comprimento de onda da radiação. 
 
Resposta: Matiz (“hue”). 
 
 
7) Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que indica 
de forma correta a largura de um canal de TV no padrão M 
(considere a largura total, que acomoda as duas portadoras e 
os intervalos de guarda). 
 
Resposta: 6 MHz. 
 
 
8) Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que indica 
de forma correta as bandas em que se encontram os canais 
empregados na transmissão de TV. 
 
Resposta: Os canais 2 a 6 estão na banda VHF e os canais de 7 
a 13 estão na banda de UHF 
 
 
9) As afirmativas a seguir estão relacionadas à transmissão 
do som estéreo em TV. Leia atentamente cada uma delas. 
I. A estereofonia consiste em reproduzir sons através de dois 
canais de áudio, o esquerdo e o direito, posicionados dessa 
forma em relação ao espectador, de modo a dar a ele a 
impressão de que está em frente à fonte sonora, podendo 
perceber sua posição. 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 23 / 43 
II. Em 1987, o Brasil adotou o sistema americano NTSC para a 
transmissão de TV em estéreo. 
III. No receptor estereofônico, apenas uma demodulação FM é 
necessária para recuperar os canais esquerdo (L) e direito (R) 
originais. 
 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): 
Resposta: I apenas. 
 
 
10) Pelo comportamento já conhecido do olho humano, é 
possível reproduzir uma extensa gama de cores a partir da 
combinação de apenas três luzes: vermelha (R), verde (G) e 
azul (B). Assim funciona a TV a cores: a imagem tem essas três 
componentes primárias separadas dentro da câmera, cada 
uma analisada por um captador (tubo ou CCD), gerando os 
sinais R, G e B, com banda de, no mínimo, 4 MHz cada (na 
verdade ela é de 7 ou mesmo 10 MHz) e varreduras idênticas. 
Tais sinais, porém, não podem ser transmitidos no canal 
padrão de 6 MHz. Que estratégia se faz necessária para que 
essas componentes sejam transmitidas? 
 
Resposta: O que se faz é obter e transmitir o sinal Y 
(luminância), que é dado pela equação: Y = 0,30.R + 0,59.G + 
0,11.B. A cromaticidade (matiz e saturação) pode ser expressa 
por R - Y, G - Y e B - Y. A transmissão dos três sinais de 
cromaticidade seria redundante, pois com a conhecida relação 
entre as primárias e a luminância e a obrigatória transmissão 
desta, obtém-se facilmente a terceira informação pelacombinação das demais. Assim, foram escolhidos os sinais R - Y 
e B - Y para acompanharem Y. 
 
 
11) Um sistema de aquisição de imagens depende 
diretamente da boa configuração dos sistemas óptico e de 
iluminação para cumprir bem seu papel. Ele contém o sensor 
óptico que é responsável pela tradução do sinal de radiação 
luminosa refletido pelo objeto em estudo para um sinal 
elétrico que possa ser compreendido pelo sistema de 
processamento. Nesse contexto, descreva de forma sucinta em 
que são constituídos os sensores ópticos. 
 
Resposta: Os sensores ópticos (ou de aquisição de imagens) 
são constituídos por matrizes de elementos fotossensíveis, que 
são submetidos à exposição luminosa do ambiente durante 
certo tempo (tempo de exposição) e mapeiam o nível de 
intensidade luminosa recebido sobre sua superfície em um 
sinal elétrico analógico proporcional, repassando este sinal 
para um elemento processador, que irá digitalizar e armazenar 
o sinal em uma memória de rápido acesso para futuro 
processamento. 
 
 
12) As afirmativas a seguir estão relacionadas à aquisição de 
vídeo e, em particular, ao emprego de sensores CCD e MOS. 
Leia atentamente cada uma delas. 
 
I. A primeira câmera para aquisição de vídeo possuía uma 
estrutura chamada vidicon, onde os elétrons dos raios 
luminosos eram varridos sobre uma cobertura de fósforo para 
adquirir a imagem. 
II. Os sensores (Charge Coupled Device) e CMOS 
(Complementary Metal-Oxide-Semiconductor) são formados 
por matrizes de elementos fotossensíveis (ou pixels) e 
agrupados em geometria retangular ou radial. 
III. Os fótons de energia luminosa incidente no sensor CCD 
desprendem certa quantidade de elétrons (proporcional à 
intensidade luminosa) ao entrar em contato com o material 
semicondutor do sensor. Os elétrons captados pelos 
fotodiodos do sensor são guardados em áreas de 
armazenamento para posterior transmissão das informações 
na forma de um sinal elétrico. 
 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): 
Resposta: I e III apenas 
 
 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 24 / 43 
13) As afirmativas a seguir estão relacionadas à aquisição de 
vídeo e, em particular, ao emprego de sensores CCD e MOS. 
Leia atentamente cada uma delas. 
I. Apesar dos avanços alcançados nesta tecnologia, sensores 
CCD ainda sofrem com um problema de super saturação 
(blooming) de seus elementos sensitivos. O fenômeno ocorre 
quando uma fonte luminosa é fotografada em frente a um 
fundo escuro, resultando em um ponto luminoso super 
saturado que cresce incontrolavelmente na imagem. 
II. Os sensores CMOS são fabricados em processos 
semelhantes ao de microprocessadores, podendo inclusive 
aproveitar uma linha industrial deste tipo para sua fabricação, 
o que é uma vantagem sobre os sensores CCD, que precisam 
de uma linha própria para sua fabricação. 
III. Antigamente os sensores CMOS não eram tão populares 
pois apresentavam elevado nível de ruído nas aquisições de 
imagens, devido ao leiaute do sensor. Conforme a tecnologia 
evoluiu, foram acoplados aos fotodiodos um circuito de 
amplificação que auxiliou na redução destes ruídos. 
 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): 
Resposta: I, II e III 
 
 
14) A figura apresentada a seguir corresponde um circuito 
com duas entradas (superior e inferior), que produz em sua 
saída os canais direito e esquerdo de uma versão estereofônica 
do áudio transmitido junto ao sinal de TV. Que sinais são 
colocados em cada uma dessas entradas, a fim de que as 
saídas ilustradas sejam obtidas? Justifique sua resposta. 
 
 
 
Resposta: Na entrada superior, deve ser colocado o sinal L - R 
(esquerdo menos direito) e, na entrada inferior, deve ser 
colocado o sinal L + R (esquerdo mais direito). O circuito 
superior, baseado num amplificador operacional funciona 
como um subtrator inversor; assim, tem-se em sua saída -[L - R 
- (l + R)] = 2R. O circuito inferior funciona como um somador; 
assim, tem-se em sua saída, L - R + L + R = 2L. 
 
 
15) A figura apresentada a seguir ilustra uma rede híbrida de 
TV a cabo. Quais os meios de transmissão empregados à 
esquerda e à direita da caixa apontada pela seta vermelha na 
figura? O que representam essa caixa e a caixa mais à 
esquerda? 
 
 
 
Resposta: A caixa apontada pela seta vermelha da figura é um 
conversor óptico-elétrico. Ele é necessário porque, à sua 
esquerda, são empregadas fibras ópticas para transmissão dos 
sinais de TV. Os sinais podem trafegar nessas fibras por 
distâncias maiores, visto que, neste meio físico, as atenuações 
são menores. À direita do conversor, são empregados 
normalmente cabos coaxiais, para fazer a entrega final do sinal 
de TV a cabo. A caixa mais à esquerda na figura corresponde 
ao head-end, que possui a função, entre outras coisas, de 
abrigar as antenas que recebem os sinais (terrestres ou via 
satélite) das emissoras a serem disponibilizadas para os 
usuários da rede. 
 
 
16) Na figura apresentada abaixo, é ilustrado um diagrama de 
blocos dos estágios de entrada de um seletor de canais 
presente num receptor de TV. O primeiro bloco deste 
diagrama é o acoplador de antena. Qual a função deste bloco? 
 
 
Sistemas de TV – CCE0345 
 
Manoel Gibson M. Diniz Navas pág 25 / 43 
 
Resposta: O acoplador de antena se localiza entre a antena e o 
seletor propriamente dito. Ele é responsável pelo 
desacoplamento da antena ao chassi, evitando choque elétrico 
a quem tocá-la; faz o casamento de impedâncias (300-75 
ohms) e faz a proteção contra descargas atmosféricas, através 
de centelhadores. 
 
 
17) No contexto dos equipamentos empregados nas redes de 
TV a cabo, em que consiste uma terminação e qual a finalidade 
deste dispositivo? 
 
Resposta: A terminação é um circuito eletrônico passivo 
projetado para casar com a impedância característica da rede 
coaxial (75 Ω). A finalidade da terminação é evitar micro 
reflexões do sinal de RF. Sem essas terminações, haveria micro 
reflexões na rede, degradando a qualidade do sinal 
transmitido. Abaixo é ilustrado o funcionamento ideal de uma 
rede bem terminada. 
 
 
18) Nas últimas décadas, com a popularização dos sistemas 
digitais, os dispositivos para armazenamento de dados digitais, 
incluindo vídeo e áudio, tem ganho cada vez mais importância. 
Nesse contexto, encontram-se os Hard Disks (discos rígidos) ou 
HDs, sobre os quais algumas afirmações são feitas a seguir. 
Leia atentamente cada uma delas. 
 
I. Os discos magnéticos de um disco rígido são recobertos por 
uma camada magnética extremamente fina. Na verdade, 
quanto mais fina for a camada de gravação, menor será sua 
sensibilidade, e consequentemente menor será a densidade de 
gravação permitida por ele. 
II. A cabeça de leitura e gravação de um disco rígido funciona 
como um eletroímã, sendo composta de uma bobina de fios 
que envolve um núcleo de ferro. A diferença é que, num disco 
rígido, este eletroímã é extremamente pequeno e preciso. 
III. Existem dois tipos de formatação de discos rígidos 
magnéticos, chamados de formatação física e formatação 
lógica. Ambas podem ser realizadas mais de uma vez no 
mesmo disco. 
 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): 
Resposta: II apenas. 
 
 
19) Nas últimas décadas, com a popularização dos sistemas 
digitais, os dispositivos para armazenamento de dados digitais, 
incluindo vídeo e áudio, tem ganho cada vez mais importância. 
Nesse contexto, encontram-se as memórias flash, sobre os 
quais algumas afirmações são feitas a seguir. Leia atentamente 
cada

Continue navegando