Buscar

GUIA DE IDENTIFICACAO DE CANIDEOS SILVESTRES DO BRASIL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

GUIA de IDENTIFICAÇÃO dos
CANÍDEOS SILVESTRES BRASILEIROS
Valdir A. Ramos Júnior - Cecília Pessutti - Cleyde A. F. S. Chieregatto
Agradecimentos
Ficha Catalográfica
Para a realização deste primeiro trabalho, ainda por mais simples que seja, contamos com o auxílio de diversas 
pessoas e instituições. Por esta razão, gostaríamos de agradecer a todos que participaram de alguma forma e em 
especial:
- À Fundação RIOZOO, ao Zoológico Municipal Quinzinho de Barros e ao Zoológico Municipal de São Bernardo do 
Campo, por terem cedido seus profissionais para a elaboração deste Guia;
- À Associação Pró-Carnivoros, pelo envio de informações e fotografias;
- Aos amigos Adriano Gambarini, Márcia Chame, Márcia Mocelin, Gabriella Landau-Remy, Maria Renata Pitman 
e Raquel Von Hohendorff, pela cessão de fotografias;
- Aos integrantes do Grupo de Trabalho de Canídeos / GTC.
- A Gabriella Landau-Remy pelo apoio durante a elaboração do guia e compilação das informações,
- Ao companheiro Valme de Almeida, pela revisão dos textos, a Danielle Craveiro pela compilação dos dados,
- À Sociedade de Zoológicos do Brasil, a partir do Fundo para Publicações, que patrocinou o Guia de 
Identificação dos Canídeos Silvestres Brasileiros. 
599.74442 Ramos Jr. Valdir de Almeida
Guia de Identificação dos Canídeos Silvestres Brasileiros / Valdir de Almeida Ramos Jr., Cecília Pessutti, Cleyde Angélica Ferreira da 
Silva Chieregatto - Sorocaba, JoyJoy Studio Ltda. - Comunicação Ambiental, 2003.
35 páginas: 32x20 cm / Formato digital
Inclui bibliografia
1. Guia, 2. Identificação, 3.Carnivoros, 4. Canídeos, 5. GTC I. Ramos Jr, Valdir de Almeida II. Pessutti, Cecília III. Chieregatto, 
Cleyde Angélica Ferreira da Silva
Carnívoros
Canídeos
Família Canidae no Mundo
Família Canidae no Brasil
GTC - Grupo de Trabalho de Canídeos
Identidicação de Animais
Biometria
Guia de Biometria
Dados Biométricos
Censo de Canídeos da
 SZB - Sociedade de Zoológicos do Brasil
Studbook
Studbook - Lobo Guará
Studbook - Cachorro do Mato Vinagre
Cachorro do Mato - Cerdocyon thous
Cachorro do Mato de Orelha Curta - 
 Atelocynus microtis
Cachorro do Mato Vinagre -
 Speothos venaticus
Raposa do Campo - Lycalopex vetulus
Graxaim do Campo - Pseudalopex gymnocercus
Lobo Guará - Chrysocyon brachyurus
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Endereços dos Integrantes
 do Grupo de Estudos de Canídeos
Créditos das Fotografias da Capa
Informações para a aquisição do Guia
Organização
Ficha de Observação
Status Conservacionista
CARNÍVOROS
4
A ordem carnívora compreende duas sub-ordens: os Contudo, existe uma tendência convergente em evoluir da 
carnívoros aquáticos ou Pinnipedia e os carnívoros forma de cursor para a condição de semiplantígrado, que 
terrestres ou Fissipedia, que são freqüentemente culmina no tipo de locomoção digitígrado exemplificado 
classificados como uma ordem própria. pelos Canidae, alguns Viverridae e alguns Mustelidae. 
Apresentam os dedos do membro anterior prefencialmente 
Os carnívoros terrestres são classicamente divididos com unhas ao invés de garras retráteis.
em dois grupos: Arctoidea, que inclui civeta, mangusto, 
hienas e gatos, e Canoidea, um grupo heterogêneo que A evolução do comportamento social exibe muitos 
abrange os demais carnívoros terrestres. contrastes interessantes. Os carnívoros menores e 
noturnos são solitários, exceto no período de acasalamento 
Muitas são as características anatômicas que e durante a manutenção da unidade fêmea-filhote. Porém, 
distinguem os carnívoros, entre elas a forma, número e muitos carnívoros desenvolveram mecanismos 
arranjo dos dentes. Os quartos pré-molares superiores e os comportamentais que promovem a sociabilidade. Tem sido 
primeiros molares inferiores são denominados carnassiais e observada uma tendência entre os canídeos de formarem 
funcionam como tesoura, possibilitando a quebra adequada pares monogâmicos durante o cuidado dos jovens. 
dos alimentos. Segundo Eisenberg (1981), os carnívoros Freqüentemente, os machos auxiliam a fêmea no 
modernos mantiveram uma forte tendência para um fornecimento de alimento e, em algumas espécies de 
sistema digestivo simples e uma dentição conservativa. canídeos, tais como Canis aureus e Canis mesomelas, o 
filhote do ano anterior pode permanecer com os pais e 
De modo geral, os carnívoros atuais mantiveram a auxiliar em vários aspectos no cuidado da próxima cria.
utilização do sistema olfatório como a principal via de 
captação de informação sensorial, sendo esta via de menor Os carnívoros sofreram uma rápida dispersão inicial, 
importância para os felinos. Estes animais apresentam sendo que as linhagens foram bem diferenciadas no Eoceno 
grande variedade de adaptações reprodutivas e grande e Oligoceno. Carnívoros de diferentes espécies são próprios 
variação no tamanho relativo do cérebro. de muitas áreas do mundo, exceto Austrália e Nova 
Zelândia.
Muitos membros dessa ordem são plantígrados, isto é, 
colocam a sola do pé inteiramente no chão quando andam. 
CANÍDEOS
Dentre os animais carnívoros, os representantes que mostram uma redução dos dentes a partir do 
da família Canidae podem ser facilmente reconhecidos. número básico 42 e a Caninae, que inclui os demais 
Geralmente são fortes, possuem focinho longo e canídeos, como cães, chacais, lobos e raposas, com 
pontudo, orelhas eretas, cauda com pelos em forma de número clássico de dentes. Segundo Eisenberg 
tufos, unhas não retráteis e geralmente são cursoriais. (1981), a redução no número de dentes que caracteriza 
Embora de hábito alimentar carnívoro, algumas o cachorro do mato vinagre, o "dhole", e o "Cape 
espécies se alimentam também de matéria vegetal e hunting dog" pode refletir uma convergência na 
insetos. A formação de casais normalmente é constante especialização da dieta mais que uma afinidade 
na natureza, sendo que os machos participam da tarefa genética especial.
de prover alimento e de dar proteção aos filhotes.
A família Canidae, sub-família Caninae no Brasil 
Hennemann III et al. (1983) descreve os animais compreende gêneros de médio e grande porte. Os de 
da família Canidae como terrestres, predadores médio porte, com comprimento médio de 
cursoriais, que possuem hábitos alimentares que aproximadamente 71 cm, estão representados por: 
variam de estritamente carnívoro a altamente onívoro. Atelocynus, com 1 espécie monotípica, Cerdocyon, 
com 1 espécie monotípica e 7 subespécies, Lycalopex, 
A família Canidae apresenta ampla distribuição, com 1 espécie monotípica e Pseudalopex, com 5 
podendo ser encontrada desde os trópicos até o Ártico espécies. O representante do gênero de grande porte é 
(Hennemann III, et al. 1983). É c l a s s i c a m e n t e o Chrysocyon, que é o maior dos canídeos sul-
dividida em três sub-famílias, de acordo com o número amer icanos, com compr imento médio de 
de dentes. As três sub-famílias são: Otocyoninae aproximadamente 130 cm.
(raposa orelha de morcego), com 46 a 50 dentes, 
Simocyoninae (incluindo Speothos, Cuon, e Lycaon), 
5
A família Canidae contém 16 gêneros e 36 espécies com ampla distribuição, podendo ser encontrada desde os 
trópicos até o Ártico (Hennemann III, et al, 1983). É classicamente dividida em três sub-familias, de acordo com o 
número de dentes. São elas: Otocyninae, com 46 a 50 dentes; Symocyoninae, que apresenta um número inferior a 
42 dentes; e Caninae, com o número clássico de dentes, ou seja, 42 dentes. Segundo Eisenberg (1981), a redução no 
numero de dentes que caracteriza o Cachorro-do-Mato-Vinagre, o Dhole e o African Wild Dog, pode refletir mais uma 
convergência na especialização da dieta do que uma afinidade genética especial. A sub-familia Otocyninae esta 
representadasomente pelo gênero Otocyon e a Symocyoninae pelos gêneros Speothos, Cuon e Lycaon. Os gêneros 
da sub-familia Caninae são Canis, Alopex, Fennecus, Urocyon, Nyctereutes, Dusicyon, Cerdocyon, Atelocynus e 
Chrysocyon.
Família Canidae no Mundo
No Brasil possuímos 06 espécies de canídeos silvestres, sendo uma delas da sub-familia Symocyoninae, a 
Speothos venaticus, e as demais da sub-familia Caninae: Chrysocyon brachyurus, Cerdocyon thous, Lycalopex 
vetulus, Pseudalopex gymnocercus e Atelocynus microtis.
Das espécies citadas acima, a de biologia mais conhecida é de Chrysocyon brachyurus, o Lobo-Guara, seguida 
de Speothos venaticus, o Cachorro-do-Mato Vinagre e as demais com informações insuficientes.
Nem todas as espécies estão representadas nos zoológicos brasileiros, como e o caso de Atelocynus microtis. O 
Cachorro-do-Mato e o Lobo-Guara são as espécies mais constantes nos planteis brasileiros, chegando a alguns 
zoológicos a terem animais excedentes em sua coleções, situação causada pelo grande número de nascimentos em 
cativeiro e animais provenientes de natureza.
 Abaixo, ressaltamos algumas informações sobre a biologia das espécies brasileiras.
Família Canidae no Brasil
6
GTC - Grupo de Trabalho de Canídeos
O Plano de Manejo para o Lobo Guará foi implantado em 1989. No ano de 1995 criou-se o Grupo de Trabalho 
de Canídeos, reconhecido oficialmente pelo IBAMA por meio da portaria n° 1883 , de 25/09/1995. A partir desta 
data, o GTC passou a gerenciar as demais espécies de cães selvagens brasileiros, alem do Lobo-Guara.
O funcionamento de um plano de manejo se dá por meio da organização de um comitê que congrega sete 
especialistas (estando representados no comitê, os vários órgãos como zoológicos, ONGs e IBAMA). Esse 
comitê tem caráter consultivo, atuando junto às instituições mantenedoras, sugerindo a elas um manejo 
reprodutivo adequado, sempre levando em conta a integridade genética de cada espécie, dietas apropriadas, 
cuidados com filhotes, programas de imunização contra doenças, programas de educação ambiental, 
integração com pesquisadores em natureza, pesquisa, conservação, livro de registro genealógico, elaboração 
de protocolos de manejo entre outras atividades.
Desde que foi iniciado o programa, as pesquisas, tanto em natureza quanto em cativeiro, tiveram um 
grande aumento, o que resultou na melhoria da qualidade de vida desses animais principalmente em cativeiro. 
O desenvolvimento de vacinas específicas para algumas espécie foi também uma grande conquista.
Com a conclusão de mais um trabalho do GTC, estamos entregando à comunidade zoológica o Guia de 
Identificação de Canídeos Silvestres Brasileiros, o qual, temos certeza, irá auxiliar no dia-a-dia dos profissionais 
que atuam tanto in situ quanto ex situ. Gostaríamos que os usuários deste guia nos auxilia-se com críticas e 
sugestões.
MSc Cecília Pessutti
Coordenadora GTC
7
A identificação de espécies é fator preponderante para um correto manejo alimentar, reprodutivo, genético 
e conservacionista tanto no cativeiro quanto em vida livre.
O reconhecimento e classificação utilizando-se de chaves taxonômicas, guias de campo com pranchas e/ou 
fotografias são algumas das ferramentas que auxiliam o pesquisador em seu trabalho. Os canídeos brasileiros são 
ainda fonte de dúvidas principalmente quando encontrados fora do ambiente natural e sem referencias ao local de 
onde tais animais foram encontrados ou capturados.
Outro agravante a correta identificação por parte de pesquisadores e profissionais que atuam em cativeiro é a 
possibilidade de formação de casais de espécies distintas mas fenotípicamente semelhantes levando a hibridização.
A biometria é uma das mais antigas formas de obter informações morfológicas sobre espécies.
Os instrumentos utilizados são paquímetro, fita métrica, trena, régua.
Existem diferenças entre as medidas segundo a classe animal que se está estudando.
Para se tomar medidas de animais vivos há a necessidade dos mesmos estarem imobilizados, em cativeiro 
muitas vezes o manejo médico veterinário pode ser associado ao manejo biológico e assim ser realizada a biometria.
As medidas mais comumente utilizadas para mamíferos são estão esboçadas na página seguinte.
BIOMETRIA
Identificação de Animais
8
Cabeça
FT: Focinho–Temporal
LM: Largura de Mandíbula
IO: Inter-Olhos
Oe: Orelha externa
OI: Orelha Interna
Corpo
Co = Comprimento do corpo
Ca = Comprimento da cauda
CP = Circunferência do Pescoço
CA = Circunferência Abdominal
CT = Circunferência Torácica
pt = pata traseira
pd = pata dianteira
FT
Oe
Oi
LM CP
Co
Ca
CA
CT
pd
CC
Lpt
Cpt
1
2
3 4
5
Pata 
Lpt: Largura
Cpt: Comprimento
Almofadas
1,2,3,4 e 5
L: Largura
C: Comprimento
9
10
Altura: pd = Altura: pt=
Biometria do Corpo
Co = CP =
CT = CA = 
Patas: (direitas)
Pata dianteria
Largura(Lpd):
Comprimento(Cpd):
Almofadas:
1-Largura= Comprimento=
2-Largura= Comprimento=
3-Largura= Comprimento=
4-Largura= Comprimento=
5-Largura= Comprimento=
Cauda:
Ca =
Pata traseira
Largura(Lpt):
Comprimento(Cpt):
Almofadas:
1-Largura= Comprimento=
2-Largura= Comprimento=
3-Largura= Comprimento=
4-Largura= Comprimento=
5-Largura= Comprimento=
Local de coleta:
Data: ____ / ____/ 200_
Animal No. : Foto No.:
Biometria da cabeça
Orelhas: (direita)
Oe=
Oi=
Olhos: 
O=
 
IO= 
Mandíbula:
LM=
Cabeça:
FT=
Observações:
Nº de Mamilos:
11
Data:___/___/___ Hora: Local:
Espécie: Coordenadas:
Clima: Vegetação:
Coletor: 
1. Dados do animal:
Idade: ( ) jovem ( ) sub-adulto ( ) adulto
Sexo: ( ) macho ( ) fêmea ( ) indeterminado
Estado geral: ( ) gordo ( ) magro ( ) muito magro
2. Avistamento:
( ) solitário
( ) par Idade: (1) ___________ (2) ___________ 
( ) grupo Quantos: ____________ Idade: _________________
3. Vestígios do animal:
Fezes: ( ) não ( ) sim → comprimento: diâmetro:
Pêlos: ( ) não ( ) sim → amostra nº __________________
Pegadas: ( ) não ( ) sim → pata dianteira molde(s) nº _______
 pata traseira molde(s) nº________
Pata anterior:
A) Comprimento do dedo:
B) Largura do dedo:
C) Comprimento da almofada:
D) Largura da almofada:
E) Comprimento total:
F) Largura total:
Pata posterior:
A) Comprimento do dedo
B) Largura do dedo:
C) Comprimento da almofada:
D) Largura da almofada:
E) Comprimento total:
F) Largura total:
Observações:
Animal atropelado: ( ) não ( ) sim 
Encaminhado para: Zôo ( ) Museu ( ) Outros ( )
Qual:
C
ac
ho
rr
o 
do
 m
at
o 
vi
na
gr
e
Entre as cinco espécies de canídeos há uma existindo em relativa abundância em natureza, o 
diferenciação quanto ao grau de ameaça entre elas. mesmo não acontece com o segundo. De fato, o lobo 
A classificação adotado pelo GTC segue às três maiores guará é considerado vulnerável pela União 
agências de manejo de animais, sendo elas o IBAMA, a Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, 
IUCN e o CITES. 1976), é classificado como espécie ameaçada de 
extinção pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente 
O IBAMA é o órgão nacional de gestão de vida (IBAMA, 1989) e é colocado como Apêndice II do 
selvagem e em 1989 publicou a Lista Oficial de CITES (Convention for the International Trade of 
Espécies Ameaçadas de Extinção, a IUCN (União Endangered Species.
Internacional para Conservação da Natureza) 
publicou em 2002 o Red List of Threatened Species Devido à sua classificaçãoo Lobo Guará se 
que contém todas as espécies ameaçadas de extinção tornou alvo de um plano mundial de manejo 
e o CITES (Convention for International Transport reprodutivo, que visa aumentar a população cativa, 
Endangered Species) que regulamenta o transporte e mantendo sua diversidade genética e com espécimens 
transferência de animais entre os países. aptos a no futuro servirem a repovoamento de habitats 
onde eles já existiram ou são raros. O Brasil, desde 
Com exceção da raposinha do campo as demais 1989, através da Sociedade de Zoológicos do Brasil, 
espécies de canídeos brasileiros são listadas em uma vem participando ativamente deste programa de 
ou mais publicações citadas anteriormente. reprodução, buscando resolver os problemas mais 
comumente encontrados em cativeiro no país. Além de 
O cachorro-do-mato e o lobo-guará encontram- pesquisas biológicas, trabalhos em educação 
se em níveis diferentes de ameaça. Enquanto o ambiental vêm reforçando a necessidade de se 
primeiro está livre de ser considerado ameaçado, conservar esta espécie.
12
As tabelas abaixo apresentam o número total de animais de cada espécie, o número de zoológicos 
que as mantém, os nascimentos que ocorreram no ano de 2001, os óbitos de filhotes com menos de 30 
dias e a mortalidade geral.
O Censo da SZB para o ano de 2001 representa aproximadamente 34% dos zoológicos brasileiros.
O graxaim do campo é mantido em algumas instituições do sul do país mas infelizmente não 
houve registro para o ano de 2001.
LOBO GUARÁ Chrysocyon brachyurus
Nº espécimes
Nº zoológicos
Nascimentos nos últimos 12 meses
Óbito nos primeiros 30 dias
Mortalidade geral
69
19
10
2
13
Censo de Canídeos
SZB - Sociedade de Zoológicos do Brasil
13
Nº espécimes
Nº zoológicos
Nascimentos nos últimos 12 meses
Óbito nos primeiros 30 dias
Mortalidade geral
CACHORRO do
MATO VINAGRE
Speothos venaticus
20
11
4
0
3
Nº espécimes
Nº zoológicos
Nascimentos nos últimos 12 meses
Óbito nos primeiros 30 dias
Mortalidade geral
CACHORRO DO MATO Cerdocyon thous
96
29
7
2
13
Nº espécimes
Nº zoológicos
Nascimentos nos últimos 12 meses
Óbito nos primeiros 30 dias
Mortalidade geral
RAPOSINHA DO CAMPO Lycalopex vetulus
18
11
4
0
3
14
Studbook
O livro de registro da árvore genealógica (pedigree) de uma dada espécie é também conhecido 
por studbook e compreende o registro de todos os animais, vivos e mortos que descendem de um 
grupo de ancestrais selvagens (fundadores) nascidos na natureza.
O primeiro livro de registro genealógico para uma espécie selvagem foi publicado nos anos 20 
para o bisão europeu Bison bonasus.
Os studbooks são extensas bases de dados de linhagens de animais e desempenham um papel 
muito importante nos planos de sobrevivência ou manejo de espécies ameaçadas de extinção. Hoje 
em dia existem vários studbooks tanto regionais (compilação informações de um dado país ou região) 
quanto internacionais (possuem informações em nível mundial) .
Dentre os canídeos brasileiros duas espécies possuem studbook tanto internacional quanto 
regional, são ela o lobo guará e o cachorro do mato vinagre. 
15
Studbooks - Canídeos Brasileiros Ameaçados de Extinção
Em 1980 foi publicado o primeiro studbook internacional para o lobo guará sob o gerenciamento 
do zoológico de Frankfurt e em 1990 o zoológico de Sorocaba organizou o primeiro regional. 
As informações abaixo são referentes às instituições brasileiras compreendendo zoológicos e 
criadouros conservacionistas.
392
142
69
81
LOBO GUARÁ Chrysocyon brachyurus
Nº espécimes
Nº instituições
Nascimentos nos últimos 12 meses
Mortalidade geral
As informações abaixo são referentes a todas as instituições inclusive as brasileiras.
111
35
19
25
LOBO GUARÁ Chrysocyon brachyurus
Nº espécimes
Nº instituições
Nascimentos nos últimos 12 meses
Mortalidade geral
Fonte: Studbook Internacional Lobo Guará 2001
 
Fonte: Studbook Internacional 2001
 
Lobo GuaráLobo Guará
16
Em 1979 sob o gerenciamento do zoológico de Kopenhagen foi publicado o primeiro studbook 
internacional para o cachorro do mato vinagre e em 2002 o zoológico de São Bernardo do Campo 
organizou o primeiro regional. 
As informações abaixo são referentes às instituições brasileiras compreendendo zoológicos e 
criadouros conservacionistas.
Nº espécimes
Nº instituições
Nascimentos nos últimos 12 meses
Mortalidade geral
CACHORRO do MATO VINAGRE Speothos venaticus
26
8
11
14
As informações abaixo são referentes a todas as instituições inclusive as brasileiras.
Fonte: Studbook Regional - Período de 02 de Maio de 2002 à 01 de Abril de 2003
Nº espécimes
Nº instituições
Nascimentos nos últimos 12 meses
Mortalidade geral
CACHORRO do MATO VINAGRE Speothos venaticus
129
37
33
43
Fonte: Studbook Internacional Cachorro do Mato Vinagre 2001
 
Cachorro do Mato Vinagre Cachorro do Mato Vinagre 
17
Lobo Guará - Chrysocyon brachyurus
Lobo de Juba, Lobo de Crina, Lobo ou Maned Wolf
Lobo Guará - Chrysocyon brachyurus
Alimentação
São onívoros, alimentando - se de 
pequenas presas, sapos, lagartos, 
roedores, insetos, pequenas aves, ovos, 
tatus, raízes e frutas diversas.
Coloração
Cor geral castanho avermelhada claro, 
crina sobre a nuca e dorso com pelos 
pretos, assim como as quatro patas. A 
ponta da cauda, parte interna das orelhas 
e região gular são brancos.
Distribuição Geográfica
Centro-Sul e Nordeste 
do Brasil em áreas 
abertas, Sul da Bolívia, 
Paraguai, Norte da 
Argentina e Uruguai.
1245-1320 mm 280-405 mm 20-23 Kg +/- 13 anos+/- 350 g.
Comp. Corpo Comp. Cauda Peso Adulto Peso Neonato Longevidade
18
alimentando de pequenos vertebrados e invertebrados Nome cientifico
e grande quantidade de frutas, em especial as do Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815)
Solanum lycocarpum, conhecidas como lobeira ou fruta Nome vulgar
do lobo. O adulto pesa cerca de 20 a 23 quilos e mede de 
Lobo guará 145 a 190 centímetros de comprimento e 80 
IBAMA: Ameaçado de Extinção centímetros de altura.
CITES: II
São encontrados em toda a região compreendida 
pelo Planalto Central, Pantanal mato-grossense, sul da O Lobo Guará apresenta pelagem longa e 
bacia amazônica, chegando ate áreas de Mata Atlântica avermelhada, longas pernas e orelhas grandes. E o 
dos estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo. maior canídeo da América do Sul. Possui as patas 
Ocorrem também em regiões do sul da Bolívia, Paraguai negras, assim como sua crina, que se estende do alto do 
e Argentina.crânio ate as primeiras vértebras lombares e a ponta do 
longo e afilado focinho. Apresenta o final da cauda e o 
A espécie esta classificada pela UICN como interior das orelhas com coloração branca.
Vulnerável, de acordo com o Livro Vermelho, de 1994. 
Uma das principais ameaças a esta espécie e a São animais solitários e os indivíduos adultos são 
constante perda de habitat, seja pelo crescimento territorialistas. Durante o período do acasalamento o 
urbano ou pela agricultura, onde os animais estão mais macho pode ficar mais tempo com a fêmea, ate o 
sujeitos as pressões de caça. Existem também as nasc imento do f i lhote. A gestação dura 
crenças populares, onde os animais são caçados para se aproximadamente de 62 a 66 dias e a maioria dos 
retirar apenas algumas partes do corpo que serão nascimentos ocorrem entre junho e setembro. O filhote 
utilizadas como amuletos ou ate mesmo para curar nasce com aproximadamente 350 gramas e abre os 
doenças. Atualmente, existem vários programas de olhos entre 8 e 9 dias. Na natureza, o macho não ajuda 
conservação e proteção dentro de alguns parques, no cuidado a prole, mas defende o território onde estão. 
aonde ainda existem os animais, para evitar que a Fazem marcação de território por cheiro e casais se 
espécie desapareça.comunicam a longa distancia através de vocalizações. 
Apresentam hábitos noturnos - crepusculares, evitando 
regiões de ocupação humana mas estes encontros 
estão cada vez mais comuns. São onívoros, se 
19
Alimentação
Pequenos vertebrados, crustáceos, 
insetos, ovos, animais mortos e frutas.
Coloração
Pelagem cinza, com alguns pelos negros, 
pernas, pés e pontas das orelhas negras. 
Variações individuais.
Cachorro do Mato, Crab Eating Fox, Common Fox, Forest Fox,
Zorro Comum, Zorro de Monte, Zorro Sabanero, Zorro Perro
Cachorro do MatoCachorro do Mato - Cerdocyon thous- Cerdocyon thous
Distribuição Geográfica
Colômbia, Venezuela, 
Suriname, Bolívia, 
Paraguai, Uruguai, 
Brasil e norte da 
Argentina.
600-700 mm 300 mm 6 - 7 Kg +/- 11 anos+/- 120 g
Comp. Corpo Comp. Cauda Peso Adulto Peso Neonato Longevidade
20
variando sua alimentação nas épocas de chuva e Nome cientifico
Cerdocyon thous secas, de acordo com os recursos mais abundantes. 
Nome vulgar Vivem em grupos de aproximadamente três casais e 
Cachorro do mato o território e marcado através de urina e 
CITES: II vocalizações. Os casais formados tendem a 
permanecer juntos por um longo período e o 
Canídeo mais comum do continente sul- acasalamento não ocorre em épocas certas do ano, 
americano, apresenta coloração grisalha (cinza), ocorrendo apenas uma ninhada por ano. A gestação 
com alguns pelos negros, que podem variar dura cerca de dois meses, onde nascem de 3 a 6 
individualmente, apresentando alguns indivíduos filhotes. A amamentação e feita ate os três meses 
uma coloração mais amarelada e outros quase de idade e depois já aprendem a caçar com os pais, 
negros. Possui as pernas e pés mais escurecidos e passando a acompanha-los. A longevidade e de 
pelo relativamente curto. O adulto pesa de 6 a 7 aproximadamente 11 anos.
quilos.
Ocorrem da Colômbia ate a Argentina e por 
grande parte do Brasil, habitando vários ambientes, 
sendo mais encontrados em cerrados ou florestas 
de galeria.
 Possuem hábitos noturnos, se alimentam de 
insetos e pequenos vertebrados e invertebrados, 
alem de frutos, tendo preferencia por pequenos 
roedores. Sua dieta apresenta certa sazonalidade, 
21
Alimentação
Peixes, frutos, anfíbios, insetos e pequenos mamíferos.
Coloração
Dorso cinza escuro, cabeça castanho escuro, cauda negra, 
pernas pretas ou marrom escuro e partes inferiores 
castanho.
Cachorro do Mato de Orelha CurtaCachorro do Mato de Orelha Curta - Atelocynus microtis- Atelocynus microtis
Distribuição Geográfica
Florestas tropicais de planícies da América do Sul 
ao leste dos Andes na Colômbia, Equador e Peru, 
na bacia do Amazonas. No Brasil, ao sul do 
Amazonas, do Rio Tocantins ao Mato Grosso.
700-1000 mm 250-350 mm 9 - 10 Kg +/- 11 anos
Comp. Corpo Comp. Cauda Peso Adulto Peso Neonato Longevidade
22
S
w
a
rn
e
r 
&
 L
e
it
e
 P
it
m
a
n
, 
2
0
0
2
L
e
it
e
 P
it
m
a
n
, 
2
0
0
2
L
e
it
e
 P
it
m
a
n
, 
2
0
0
2
L
e
it
e
 P
it
m
a
n
 &
 S
w
a
rn
e
r,
 2
0
0
2
Nome cientifico
Animal de hábitos solitários, só se reunindo em Atelocynus microtis (Sclater, 1883)
casais na época do acasalamento. O macho possui Nome vulgar
uma glândula anal que produz uma secreção com Cachorro do mato de orelhas curtas
cheiro forte, usada como marcação de território. CITES: não consta
Apresentam hábitos de herbivoria e sua dieta e 
Canídeo de médio porte, com um rostro constituída por pequenos mamíferos, incluindo 
bastante longo e orelhas externas curtas. O roedores. Em comparação com outros canídeos, 
comprimento da cabeça ate o corpo varia de 90 apresenta um repertório vocal limitado. Segundo 
centímetros a 1 metro e a cauda varia de 25 a 35 informações do Livro Vermelho de 1994, esta 
centímetros. A coloração típica e marrom escuro, espécie estava classificada pela UICN como 
podendo apresentar pelos brancos mesclados com a insuficientemente conhecida, com sugestões de 
pelagem, dando uma aparência grisalha e ate alguns autores para classificá-la como vulnerável, 
mesmo formando uma linha mais clara na região para que medidas mais efetivas de conservação 
mediana dorsal, apresentando a cauda preta. Esta sejam tomadas.
espécie e facilmente diferenciada dos outros 
canídeos neotropicais pelo tamanho da orelha, A biologia desta espécie ainda é muito 
comprimento do corpo e coloração. desconhecida, principalmente por não haver 
animais em cativeiro. Em 
Está distribuído pela Colômbia, Bolívia, de Duke-USA e membro da 
Equador, Peru e no Brasil, pela bacia amazônica, ao Associação Pró-Carnivoros iniciou o primeiro estudo 
sul dos rios Amazonas e Negro e do rio Tocantins ao em natureza com este animal na floresta amazônica 
Mato Grosso, na bacia do rio Paraguai. São peruana.
encontrados nas florestas primarias continuas de 
baixada, ate 1000 metros de altitude.
2000 uma pesquisadora 
da universidade
23
S
w
a
rn
e
r 
&
 L
e
it
e
 P
it
m
a
n
, 
2
0
0
2
Alimentação
Pacas, cutias, pássaros, pequenos 
vertebrados e frutos.
Coloração
Cabeça e pescoço até os ombros, marrom 
claro, escurecendo gradualmente para os 
quartos traseiros até o marrom escuro. 
Ventre e peito muito escuros, algumas 
vezes com manchas brancas no peito.
575-750 mm 125-150 mm 5 - 7 Kg +/- 10 anos+/- 180 g.
Distribuição Geográfica
Panamá, Colômbia, 
Venezuela, Guianas, Sul do 
Peru, Brasil, Sul da Bolívia, 
Paraguai e Norte da 
Argentina.
Comp. Corpo Comp. Cauda Peso Adulto Peso Neonato Longevidade
Cachorro Vinagre, Cachorro do Mato, Janaui, Janauaíra, Cachorro Putoco, Bush Dog
Cachorro do Mato Vinagre Cachorro do Mato Vinagre - Speothos venaticus- Speothos venaticus
24
próximo a cursos d´agua. Sua alimentação e Nome cientifico
constituída de peixes, grandes roedores como Speothos venaticus
cutias, pacas e capivaras, de pequenos cervídeos, Nome vulgar
incluindo também outros mamíferos de pequeno Cachorro do mato vinagre
porte. A utilização de animais maiores do que o IBAMA: Ameaçado de Extinção
próprio S. venaticus para alimentação e possível CITES : I
através da caça cooperativa, onde vários indivíduos 
do grupo participam. A espécie aparenta ser rara Canídeo de pequeno porte, medindo de 55 a 75 
em seu habitat, sendo mais suscetível a destruição centímetros da cabeça ao corpo e pesando 
do habitat e consequentemente perda de suas aproximadamente de 5 a 7 quilos. Apresenta como 
presas, pelo mesmo problema.características marcantes as orelhas redondas e 
extremamente curtas, assim suas patas e cauda. E 
Esta espécie foi classificada pela UICN como considerado o canídeo mais social, pois vive em 
vulnerável, de acordo com o Livro Vermelho, de grupos de 4 a 7 indivíduos. Estes grupos podem ser 
1994. Este canídeo parece ser extremamente raro compostos pelo casal e sua prole e estar ou não 
dentro de sua área de ocorrência, o que o torna mais associado a outros indivíduos. A gestação dura 
suscetível a destruição do habitat.aproximadamente 67 dias e a prole varia entre 1 a 6 
filhotes, que são amamentados por oito semanas. A 
longevidade e de aproximadamente 10 anos. São 
encontrados no Panamá, Colômbia, Venezuela, 
Guianas, leste do Peru, Brasil, Sul da Bolívia, 
Paraguai e nordeste da Argentina. Habitam 
florestas a áreas de savana úmida, sendo 
encontrado em diversos habitats, como florestas de 
galeria e floresta tropical úmida, de preferencia 
25
Alimentação
Formigas e outros insetos, roedores, 
pequenas aves, e ovos.
Coloração
Pelagem cinza, parte externa dos 
membros amarelada, queixo cinza e 
pescoço branco. A extremidade da cauda 
é preta.
Raposa do Campo, Hoary Fox
Raposa do Campo - Lycalopex vetulusRaposa do Campo - Lycalopex vetulus586-640 mm 280-320 mm +/- 4 Kg
Comp. Corpo Comp. Cauda Peso Adulto Peso Neonato Longevidade
Distribuição Geográfica
Centro e Sudeste do 
Brasil, Minas Gerais e 
Mato Grosso, até o Oeste 
de São Paulo.
26
A gestação dura em media dois meses, onde Nome cientifico
nascem de 2 a 5 filhotes, que ficam em buracos ou Lycalopex vetulus (Lund, 1842)
tocas, procurados pela mãe. E um animal tímido, Nome vulgar
mas quando ameaçado pode ser bastante Raposinha do Campo
territorialista, defendendo sua prole. Longevidade CITES: não consta
de 13 anos, aproximadamente.
Canídeo de pequeno porte, com coloração 
marrom acinzentado, com uma linha negra na Nas regiões urbanas próximas a agricultura, 
região mediana dorsal. Apresenta manchas negras estes animais são caçados pelo homem por serem 
na cauda. Uma característica muito importante e considerados uma ameaça a criação de galinhas e 
que esta espécie possui a base das orelhas e partes outros animais domésticos, já que em raros casos 
das patas amareladas e queixo branco. Mede se alimentam destes pela redução e perda de seu 
aproximadamente 60 centímetros e pesa cerca de 4 habitat e proximidade com fazendas. 
quilos.
Vive nas vegetações do cerrado e caatinga do 
Brasil, como campos de vegetação aberta e poucas 
arvores. Ocorre desde o Ceara, passando por parte 
de São Paulo e pelos estados de Minas Gerais, 
Goiás, Mato grosso e Mato Grosso do Sul.
Se alimenta sazonalmente de invertebrados, 
especialmente térmites e outros insetos e de 
pequenos roedores e pássaros.
27
Alimentação
São onívoros, alimentando-se de 
roedores, pássaros, lagartos, anfíbios e 
frutas.
Coloração
Cinza amarelada com a cabeça e nuca 
mais escuras. Orelhas, focinho e patas 
amarelo claras.
Raposa Sul Americana, Guaraxaim, Graxaim do Campo, South American Fox
Graxaim do Campo - Pseudalopex gymnocercusGraxaim do Campo - Pseudalopex gymnocercus
600-1200 mm 300-500 mm 4 - 13 Kg +/- 13 anos
Comp. Corpo Comp. Cauda Peso Adulto Peso Neonato Longevidade
Distribuição Geográfica
Sul do Brasil, Paraguai, 
Norte da Argentina e 
Uruguai
28
principalmente devido ao plantel reduzido nos Nome cientifico
zoológicos brasileiros. São também muito Pseudalopex gymnocercus
confundidos com a Raposa-do-Campo (P. vetulus), Nome vulgar
distinguindo-se apenas em sua distribuição e porte.Graxaim do Campo
CITES: II
Este canídeo apresenta uma coloração cinza 
amarelada, com a região da cabeça mais escura que 
o resto do corpo. Possui patas amarelo claras, assim 
como as orelhas e o focinho afilado na extremidade.
Canídeo típico do Rio Grande do Sul, 
aparecendo em regiões abertas como capoeiras e 
campos. Sua distribuição e do Sul do Brasil, 
Paraguai, Norte da Argentina e Uruguai. Possui 
hábitos noturnos - crepusculares, permanecendo 
durante o dia em tocas. São solitários, formando 
casais na época da reprodução. A fêmea tem uma 
prole de 4 a 5 filhotes. O adulto pesa de 3 a 5 kg, o 
comprimento da cabeça ao corpo e de 80 a 100 cm e 
da cauda e de 40 cm.
São onívoros, se alimentando de pequenos 
mamíferos como roedores, pássaros, lagartos, rãs e 
frutas. São animais ainda muito pouco estudados , 
29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BECCACECI, M. D. El aguará guazú, Chrysocyon EISENBERG, F. J. An introduction to the carnivora. 
brachyurus, en la provincia de Corrientes. Facena. In: Gittleman, L. J. Carnivore, ecology and 
v. 10, p. 19-31, 1993. evolution. New York: Cornell Unversity Press. 1989. 
p.1-9.
BECKER, M & Dalponte, J.C., 1991. Rastros de 
mamíferos silvestres brasileiros: um guia de EISENBERG, F. J. & Redford, K.H., 1999. Mammals 
campo. Editora Universidade de Brasília. 180 p. of the Neotropics Volume 3: The Central 
Neotropics.: Ecuador, Peru, Bolivia, Brasil. Library 
BRADY,C.A. Observations on the behavior and of Congress Cataloging-in-Publication Data. 
ecology of the crab-eating fox (Cerdocyon thous). 
In:____ EISENBEG, F. J. Vertebrate ecology in FONSECA, G. A. B., RYLANDS, A., COSTA, C. M. R., 
the northern neotropics. Washington: MACHADO, R. B., LEITE, Y. R. Livro vermelho dos 
Smithsonian Institution,1978. p. 161-71. mamíferos ameaçados de extinção. Belo Horizonte: 
Biodiversitas, 1994. p. 281-8.
CRANDALL, L. S. The Management of Wild 
Mammmals in Captivity. Chicago: The University of FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS, 1994. Livro vermelho 
Chicago, Chicago, 1964. p. 269-85. dos mamíferos brasileiros ameaçados de extinção. 
Fonseca, G.A.B.; Rylands, A.B.; Costa, C.M.R.; 
DIETZ,J.M. Chrysocyon brachyurus. Mamm. Machado, R.B.; Leite, Y.L.R. (Eds.). Belo Horizonte - 
Species, v. 234, p.1-4. 1985. MG. 479 p.
EISENBERG, F. J. Feeding and foraging categories: FUNDAÇÃO RIOZOO, 2002. Protocolo de manejo e 
some size constraints. In:____. The Mammalian studbook regional do cachorro vinagre (Speothos 
Radiation. Chicago: The University of Chicago venaticus). Chieregatto, C.A.F.S.; Pessutti, C.; 
Press. 1981. p. 247-63. Ramos Jr, V.A. (Eds.). Rio de Janeiro - RJ. 35 p.
30
PESSUTTI, C. Respostas ao I Questionário Biológico 
HENNEMANN III ,W.W., THOMPSON,S.D., e Veterinário de Manutenção de Lobo Guará e 
KONECNY,M.J. Metabolism of crab-eating foxes, Criação de Filhotes em Cativeiro. Sorocaba: 
Cerdocyon thous: ecological influences on the Sociedade de Zoológicos do Brasil, 1990. 71 p.
energetics of canids. Physiol. Zool., v. 56, p. 319-
24, 1983. PESSUTTI, C., SANTIAGO, B. E. M. Protocolo de 
manejo para o Logo Guará e Respostas ao II 
IBAMA. Portaria no 1522, 19 dez. 1989, Espécies da Questionário Biológico, Veterinário e Ambiental. 
fauna brasileira ameaçadas de extinção. Diário Sorocaba: Sociedade de Zoológicos do Brasil, 1994. 
Oficial, Brasília. 1989. 68 p.
IUCN/SSC - Foxes, Wolves, Jackals and Dogs. An PESSUTTI, C. Aspectos da Fisiologia Digestiva de 
Action Plan for the Conservation of Canids. Online. Lobo Guará (Chrysocyon brachyurus) e Cachorro do 
Disponível na Internet no endereço www.canids.org Mato (Cerdocyon thous). Dissertação de Mestrado-
UNESP Botucatu, 1995. 65 p.
LANGGUTH, A. Ecology and Evolution in the South 
American Canids. In: Fox, M.W. (ed). The Wild PITMAN, M.R.P.L; Oliveira, T.G.; Paula, R.C.; 
Canids New York: Van Nostrand Reinhold, 1975. Indrusiak, C., 2002. Manual de identificação, 
508 p. prevenção e controle de predação por carnívoros. 
Edições IBAMA. 83 p.
NOWAK, R.M., 1991. Walker´s Mammals of the 
World. Vol. II: Carnivora. Hopkins University Press. SHELDON,J.W. Wild Dogs. The natural History of the 
EUA. 1630 p. Nondomestic Canid. San Diego: Academic Press. 
1992. 248p.
NOWAK, R. M. Walker's Mammals of the world. 5 ed. 
Baltimore, The John Hopkins University Press, SILVA, F., 1994. Mamíferos silvestres - Rio Grande 
1991. v. II, p.1045-82. do Sul. 2° Edição. Fundação Zoobotânica do Rio 
Grande do Sul. 246 p.
31
STAINS,H.J. Distribution and taxonomy of the 
canids. In: Fox, M.W. The Wild Canids. New York: 
Van Nostrand Reinhold, 1975. 508 p.
SZB, 2000. Protocolo de manejo, III Workshop do 
lobo-guará. Santiago, M.E.B; Pessutti, C.; 
Chieregatto, C.A.; Gomes, M.S. (Eds.). Sorocaba - 
SP. 63 p.
SZB. Censo de Animais - Répteis, Aves e Mamíferos 
2001. Sociedade de Zoológico do Brasil, 2001. 79 p.
VAN VALKENBURGH, B.. Carnivore dental 
adaptations and diet: A study of trophic diversity 
within guilds. In: Gittleman, L. J. Carnivore, ecology 
and evolution. New York: Cornell Unversity Press. 
1989. p. 410-37.
VIERA, C. Carnívoros do estado de São Paulo. Arq. 
Zool., v. 5, p. 150-8, 1946. 
32
Cecília Pessutti
Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros
Sorocaba - SP.
Tel.: 0 xx 15 227 5454
Fax: 0 xx 15 227 5454
Email: cpessutti@ig.com.br
Valdir Ramos Júnior
Fundação RIOZOO - Rio de Janeiro - RJ.
Tel. : 0 xx 21 2569 2024
Fax : 0 xx 21 2569 3403
Email: vramosjr@ig.com.br
GianfrancoI. Marino
Zoológico Municipal de Mogi Mirim - SP.
Tel.: 0 xx 19 3805 4370
Fax : 0 xx 19 3805 4370
Email: zoomogimirim@ig.com.br
Rose Lilian G. Morato
Associação Pró-Carnívoros
Tel.:0 xx 11 6232 6256
Fax: 0 xx 11 6232 6256
Email: rose@procarnivoros.org.br
Ana Maria Viana Freire Antunes
CENAP / IBAMA
Tel.: 0 xx 15 3281 3053 / 3281 3702 / 3281 3625
Fax: 0 xx 15 3281 3053
Email: cnap@splicenet.com.br
Rogério de Paula Cunha
CENAP / IBAMA
Tel.: 0 xx 15 3281 3053 / 3281 3702 / 3281 3625
Fax: 0 xx 15 3281 3053
Email: rogerio.cenap@uol.com.br
Cleyde A. F. S. Chieregatto
Parque Estoril
Zoológico Municipal de São Bernardo do Campo - SP.
Tel.: 0 xx 11 4354 9087
Fax: 0 xx 11 4354 9318
Email: cleydechieregatto@ig.com.br
Endereços dos Integrantes do Grupo de Estudos de Canídeos
33
Créditos das Fotografias da Capa
INFORMAÇÕES PARA A AQUISIÇÃO DO GUIA
Gabriella Landau-Remy Swarner & Leite Pitman, 2002
Raquel Von Hohendorff Valdir Ramos Jr.
Para maiores informações envie um email para o 
Grupo de Trabalho de Canídeos gtc@ibest.com.br
34
Patrocínio
Organização
Apoio
	Página 1
	Página 2
	Página 3
	Página 4
	Página 5
	Página 6
	Página 7
	Página 8
	Página 9
	Página 10
	Página 11
	Página 12
	Página 13
	Página 14
	Página 15
	Página 16
	Página 17
	Página 18
	Página 19
	Página 20
	Página 21
	Página 22
	Página 23
	Página 24
	Página 25
	Página 26
	Página 27
	Página 28
	Página 29
	Página 30
	Página 31
	Página 32
	Página 33
	Página 34
	Página 35

Continue navegando