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Universidade Federal da Bahia Instituto de Física Departamento de Física Geral FIS 123 – Física Geral e Experimental III-E / Laboratório Turma Teórica/Prática: T11/P21 Balança de Corrente Isabelly Ribeiro Jonathas Lima Riszard 2018 Objetivo Esse experimento tem como objetivo estudar a interação entre o campo de indução magnética produzido por um imã permanente e a corrente elétrica em um fio. Procedimento Experimental Material Utilizado Balança de marca Ohaus Fonte de tensão contínua Imã permanente em forma de U com peças polares removíveis Placas de circuito impresso com uma trilha condutora (n=1) nos comprimentos 12,5 mm, 25,0 mm e 50,0 mm Placa de circuito impresso com duas trilhas condutoras (n=2) no comprimento 50,0 mm Base, haste e suporte de ligação Cordoalha flexível (fita) condutora de cobre prateado com terminais tipo pino banana Procedimento e Dados O circuito já estava montado, precisou-se, apenas, ajustar o nivelamento da balança até que a bolha do medidor de nível ficasse centralizada. O circuito correspondeu à Figura 1 abaixo Com a placa de circuito impresso cujo comprimento da trilha é igual a 12,5 mm, mediu- se os seguintes dados: Peso aferido na balança sem a influência do imã: 74,7 g Peso aferido na balança com a influência do imã: 74,8 g Peso aferido na balança com a influência do imã e com uma corrente de 1,45 A: 75 g Peso aferido na balança com a influência do imã e com uma corrente de 3 A: 75,15 g Utilizando a regra da mão direita, viu-se que a força magnética apontava para baixo. Invertendo os polos do imã e com uma corrente máxima de 3 A, o peso aferido pela balança foi de 74,5g. O resultado mostrado pela balança era esperado, visto que existiu influência magnética no circuito e, utilizando a regra da mão direita, percebeu-se a força magnética apontava para cima, isso fez com que o peso aferido pela balança diminuísse. Invertendo os pinos da fita (o sentido da corrente) e colocando uma corrente máxima de 3 A, o peso aferido pela balança foi de 75,1 g. O resultado mostrado pela balança era esperado, pois, utilizando a regra da mão direita, notou-se que a influência da força magnética é para baixo, aumentando o peso aferido pela balança. Reduziu-se a corrente a zero. Desconectando um dos pinos da fita da fonte de alimentação, notou-se que a balança continuava equilibrada e que o peso do conjunto era de 74,8 g. Reconectou-se o pino da fita à fonte e variou-se a corrente entre 0 e 3 A, medindo a massa em gramas que estabilizava a balança para cada valor de corrente. A força magnética continuava apontada para baixo. Os dados colhidos estão na Tabela 1 abaixo. 𝒊 (𝑨) 𝟏𝟐, 𝟓 𝒎𝒎 (𝒏 = 𝟏) Massa (g) 𝟐𝟓, 𝟎 𝒎𝒎 (𝒏 = 𝟏) Massa (g) 𝟓𝟎, 𝟎 𝒎𝒎 (𝒏 = 𝟏) Massa (g) 𝟓𝟎, 𝟎 𝒎𝒎 (𝒏 = 𝟐) Massa (g) 0,0 74,80 73,20 73,40 79,80 0,3 74,85 73,25 73,50 80,00 0,6 74,90 73,30 73,60 80,20 0,9 74,95 73,35 73,70 80,35 1,2 74,95 73,40 73,75 80,50 1,5 75,00 73,45 73,85 80,60 1,8 75,00 73,50 73,95 80,80 2,1 75,05 73,55 74,00 80,95 2,4 75,05 73,60 74,10 81,10 2,7 75,10 73,65 74,20 81,25 3,0 75,10 73,70 74,30 81,40 A Tabela 2 relaciona a corrente com a Força Magnética. Essa é dada por 𝐹𝑚 = ∆𝑚 ∙ 𝑔 , onde 𝑔 = 9,7833. 𝒊 (𝑨) 𝟏𝟐, 𝟓 𝒎𝒎 (𝒏 = 𝟏) 𝟐𝟓, 𝟎 𝒎𝒎 (𝒏 = 𝟏) 𝟓𝟎, 𝟎 𝒎𝒎 (𝒏 = 𝟏) 𝟓𝟎, 𝟎 𝒎𝒎 (𝒏 = 𝟐) ∆𝒎 (𝒈) 𝑭𝒎 (𝒎𝑵) ∆𝒎 (𝒈) 𝑭𝒎 (𝒎𝑵) ∆𝒎 (𝒈) 𝑭𝒎 (𝒎𝑵) ∆𝒎 (𝒈) 𝑭𝒎 (𝒎𝑵) 0,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0,3 0,05 0,4892 0,05 0,4892 0,10 0,9783 0,20 1,9567 0,6 0,10 0,9783 0,10 0,9783 0,20 1,9567 0,40 3,9133 0,9 0,15 1,4675 0,15 1,4675 0,30 2,9350 0,55 5,3808 1,2 0,15 1,4675 0,20 1,9567 0,35 3,4242 0,70 6,8483 1,5 0,20 1,9567 0,25 2,4458 0,45 4,4025 0,80 7,8266 1,8 0,20 1,9567 0,30 2,9350 0,55 5,3808 1,00 9,7833 2,1 0,25 2,4458 0,35 3,4242 0,60 5,8699 1,15 11,2508 2,4 0,25 2,4458 0,40 3,9133 0,70 6,8483 1,30 12,7183 2,7 0,30 2,9350 0,45 4,4025 0,80 7,8266 1,45 14,1858 3,0 0,30 2,9350 0,50 4,8917 0,90 8,8050 1,60 15,6533 O Gráfico 1 abaixo relaciona a intensidade da força magnética com a corrente elétrica para os condutores de 12,5 mm, 25,0 mm e 50,0 mm com n=1. O Gráfico 2 abaixo relaciona a intensidade da força magnética com a corrente elétrica para o condutor de 50,0 mm com n=2. Pode-se perceber que os gráficos estão de acordo com a teoria, visto que para valores constantes de 𝑙 𝑒 𝐵, a força cresce de modo aproximadamente linear com a corrente. A partir dos coeficientes angulares das curvas, pode-se determinar os valores do campo de indução magnética para todos os condutores utilizados e, então, pode-se calcular o valor médio desse campo. y = 0,9487x + 0,3113 y = 1,6306x y = 2,846x + 0,1334 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 Fm ( m N ) I (A) Fm (mN) x I (A) 12,5 mm 25,0 mm 50,0 mm Linear (12,5 mm ) Linear (25,0 mm) Linear (50,0 mm) y = 5,0992x + 0,4892 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 Fm ( m N ) I (A) Fm (mN) x I (A) 50,0 mm Linear (50,0 mm) Seja 𝛼 o coeficiente angular da curva, ∝= 𝐹𝑚 𝑖 = 𝑖 ∙ 𝑙 ∙ 𝛽 𝑖 = 𝑙 ∙ 𝛽 ⇒ 𝛽 = 𝛼 𝑙 Ajustando as retas, de modo a obter melhores resultados, através da linha de tendência, pode-se colher do gráfico os coeficientes angulares para cada caso e, assim, determinar os valores do campo de indução magnética conforme Tabela 3. 𝒍 (m) 𝟏𝟐, 𝟓 ∙ 𝟏𝟎−𝟑 (n=1) 𝟐𝟓 ∙ 𝟏𝟎−𝟑 (n=1) 𝟓𝟎 ∙ 𝟏𝟎−𝟑 (n=1) 𝟓𝟎 ∙ 𝟏𝟎−𝟑 (n=2) 𝜶 0,9487 1,6306 2,846 5,0992 𝜷 (𝑻) 0,075896 0,065224 0,05692 0,101984 𝑭𝒎 (𝒎𝑵) 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒊 = 𝟑𝑨 2,8461 4,8918 8,538 15,2976 Com isso, têm-se que o valor do campo de indução magnético médio é 𝜷 ≅ 𝟎, 𝟎𝟕𝟓 𝑻. O Gráfico 3 relaciona a força magnética com o comprimento do condutor para uma corrente de 3 A. Percebe-se que o gráfico está de acordo com a teoria, visto que para corrente constante, a força cresce de modo aproximadamente linear com o comprimento. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 10 20 30 40 50 60 Fm ( m N ) L (mm) Fm (mN) x L (mm) Conclusão Esse experimentou possibilitou a compreensão da atuação da força magnética sobre um condutor. Foi possível também perceber a influência da corrente e do comprimento do condutor. Embora nem todos os resultados tenham sido como esperados, o experimento foi de grande importância e considera-se que o objetivo foi alcançado. Referências Halliday, D.; Resnick, R.; Walker,J, “Fundamentos de Física, vol 2” , LTC, 2009. Nussenzveig, Herch Moyses, “Curso de Física Básica, vol 2”, Edgard Blucher, 2002.
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