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Disciplina: SEMINÁRIO TEMÁTICO II Nome da Atividade: ATIVIDADE AVALIATIVA II Nome: MARIA ALICE AUGUSTA COELHO Polo: BELFORD ROXO Matrícula: 13213110064 O terceiro setor constitui-se na esfera de atuação pública não-estatal, formado a partir de iniciativas privadas, voluntárias, sem fins lucrativos, no sentido do bem comum. Nesta definição, agregam-se, estatística e conceitualmente, um conjunto altamente diversificado de instituições, no qual incluem-se organizações não governamentais, fundações e institutos empresariais, associações comunitárias, entidades assistenciais e filantrópicas, assim como várias outras instituições sem fins lucrativos. Essa é a definição do termo o qual iremos colocar em evidência, o Terceiro Setor e sua importância em um conjunto mais amplo dentre as inovadas esferas públicas. A denominação “terceiro setor” se explicaria, para diferenciá-lo do Estado (Primeiro Setor) e do setor privado (Segundo Setor). Ambos não estariam conseguindo responder às demandas sociais: o primeiro, pela ineficiência; o segundo, porque faz parte da sua natureza visar o lucro. Existem diversas tentativas de definição do terceiro setor, motivo de intenso debate e polêmica, sobretudo nos anos 90. O conceito mais aceito atualmente é o de uma esfera de atuação pública, não-estatal, formada a partir de iniciativas privadas voluntárias, sem fins lucrativos, no sentido do bem comum. Segundo o artigo de José R. Lopes, é feita uma análise entre o poder público e as ONGs, e ele indica que a relação entre o Estado e as ONGs, remete a importância ao princípio, ao planejamento e à execução da gestão das políticas sociais públicas. O autor também mensura a necessidade de entender as definições dos termos; público, gestão e política social. O termo “público” é compreendido como é algo destinado ao uso comum dos cidadãos, recurso e relação diretamente efetivado na sua origem, o meio público. Gestão significa gerenciamento, administração, onde existe uma instituição, uma empresa, uma entidade social de pessoas, a ser gerida ou administrada. (site significados.com.br). Já França Filho (2008) procura interpretar o conceito de gestão social, absorvendo tanto a dimensão de processo (meio) – ou seja, como opera a gestão – quanto à dimensão que envolve a sua finalidade: os objetivos da gestão. Assim, entende como necessário considerar duas dimensões de análise da gestão social: “de um lado, aquele que identifica uma problemática da sociedade (nível societário), do outro, aquele que associa a uma modalidade específica de gestão (nível organizacional)” (FRANÇA FILHO, 2008, p. 29). Sob à ótica de Pereira ( 1998, p. 60-61), “quando falamos de política social, estamos nos referindo àquelas funções modernas do Estado capitalista, de produzir, instituir e distribuir bens e serviços sociais. Para o autor T. H. Marshall, em livro publicado em 1965 e reeditado seguidas vezes, em Londres, assinala aspectos cruciais para conceituar política social. "Política social é um termo que, embora amplamente usado não possui definição precisa. O significado que lhe é dado em contextos particulares é em grande medida matéria de conveniência ou convenção.” Ao analisar a gestão pública frente aos processos de integração regional implica conceber a gestão de ações públicas como respostas a necessidades sociais que têm origem na sociedade e são incorporadas e processadas pelo Estado em suas diferentes esferas de poder (federal, estadual e municipal). No final da década de 80 e início da década de 90 diversas organizações de assessoria e educação popular passaram a desenvolver uma reflexão sobre o papel que desempenhavam na sociedade, adotando a denominação de “Organizações Não Governamentais”, num empréstimo da terminologia utilizada no sistema das Nações Unidas.(RAVIOLO,2003) As ONGs passam a constituir uma alternativa cidadã de eficácia à gestão das políticas sociais. O Estado sem corresponder toda a demanda de sua responsabilidade transfere algumas de suas competências para organizações da sociedade civil, que passam a assumir, em caráter complementar e, em parceria, ações sociais que possibilitam oferecer à população melhores condições de vida. A reflexão opera com base na hipótese de que as políticas sociais brasileiras apresentam uma série de características que pressionam constantemente o Estado a dialogar tanto interna como externamente, criando mecanismos efetivos de governança e aprimorando as instituições e práticas republicanas e democráticas. A ideia que a geração, que emerge da agenda dos governos FHC e Lula, buscaria racionalizar e redistribuir os recursos gastos na área social, a fim de equilibrar financeiramente os gastos sociais e corrigir a suas ações retroativas, mostrando a tomada para os procedimentos político-econômico e não para uma política essencialmente social. Então, pode–se dizer que o Brasil opta por procurar a impor não uma política social, mas um modelo de desenvolvimento guiado por influências político-econômicas. Se um dos desafios maiores para a gestão pública local diz respeito à necessidade de democratizar os processos decisórios na formulação de polí- ticas públicas e de torná-las mais efetivas, as ações públicas locais podem ser uma oportunidade sobretudo para as políticas sociais. Uma vez que estas se encontram, no âmbito nacional, sob a tutela de ajustes macroeconômicos, as soluções não encontradas no plano nacional podem ser pensadas criativamente, desenvolvidas e implementadas localmente. No entanto, as ações públicas locais não podem ser consideradas expressões transitórias de uma determinada localidade e estar fundadas exclusivamente na espontaneidade. Deve-se, também, pensar a necessária complementária entre os diferentes níveis de ação política. Os governos locais podem desempenhar a função central no processo de articulação das redes de política pública, desde que, para desempenhar tal papel, tenham os recursos orçamentários e os meios políticos e institucionais necessários. Para José Lopes, depois de reconhecer a finalidade foco dessa análise, é necessário relacionar os tipos de ONGs que manifestam seus mecanismos em função a seus projetos sociais, para se configurar caráter de esfera pública. Um critério utilizado para essa identificação para o alinhamento das finalidades na identificação das ONGs seria com o “Plano de Reforma do Estado.” Deve ser determinado se as ações e os projetos em desenvolvimento pelas ONGs se adequa às necessidades públicas. Bibliografia: Artigo JOSÉ ROGÉRIO LOPES TERCEIRO SETOR – a organização das políticas sociais e a nova esfera pública; São Paulo em Perspectiva, 18(3): 57-66, 2004 MARIA FERREIRA SANTOS FARAH; Administração pública e políticas públicas; Rap – Rio de Janeiro 45(3): 813-36, MAIO/ JUN 2011. MARSHALL. TH – Social Policy in the Twentieth Centuty, Hutchinson University Library, Londes, 1975, 4° Edição.
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