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Amanda Luz - Documentos Históricos Importantes

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Documentos Históricos Importantes:
Declarações Inglesas: 
Inaugura-se o Constitucionalismo Moderno com a produção do século XVII e o plano político-industrial dos ingleses passava por problemas religiosos (perseguições aos não católicos), depois passava por um pequeno período de República (Cronwell), restabelece-se um reino católico novamente e no final do século, ocorre uma revolução, a Revolução Gloriosa. 
Há três grandes documentos elaborados pelos Ingleses que provêm de 3 Grupos: Os Lordes Espirituais- representantes do Clero (Casa Alta), os Lordes Temporais – representantes dos Nobres (também pertencentes a Casa Alta) e os Comuns – representantes do Povo; tais são: 
1°Documento - PETIÇÃO DE DIREITOS, DE 1628:
A Casa Alta era extremamente poderosa e a Casa dos Comuns um pouco menos (diferente do que ocorre hoje, como já estudado no item Parlamentarismo Inglês como uma forma de Governo), estabeleceram nesse documento que a cobrança de impostos dependia agora da oitiva do Parlamento em resposta pelas altas cargas tributárias estabelecidas ao Povo, estabeleceram garantias de liberdade aos Parlamentos, tentativa de conter os abusos/excessos cometidos pelo Rei e também estabeleceram que nenhum súbdito pode ser encarcerado sem motivo demonstrado, ou seja, obrigação de fazer algo emanado pelo Tribunal de Júri e do Estado de Direito;
2°Documento – HABEAS CORPUS, DE 1679:
Nesse estabelece-se a garantia de liberdade do indivíduo perante ao Estado;
3°Documento – BILL OF RIGHTS (Também conhecida como Declaração de Direitos dos Ingleses), DE 1689:
O Parlamento* promulga e declara esse documento sem consentimento do Rei, ou seja, o primeiro documento em que o Parlamento fala ao Rei e não ao contrário. Tratando-se de uma negociação para que o novo rei e a nova rainha (não católicos) assumissem o trono, sendo esses, sujeitos ao Parlamento. Demonstra, assim, a prevalência do Parlamento sobre o Rei (inaugurando a Supremacia do Parlamento e por consequência, o Constitucionalismo Moderno). 
A Carta de Direitos entende-se pelos excessos de poder cometidos anteriormente, tais como o desprezo da função Legislativa do Parlamento, criação de um Tribunal contra o Clero, coleta de multas e tributos excessivos sem consentimento do povo e do próprio Parlamento, além de outros processos ilegais e arbitrários. 
Direitos estabelecidos pela Bill of Rights: (Esses direitos eram condições para que Guilherme e Maria de Orange assumissem o trono)
O Rei não tem competência para suspender e/ou vetar leis;
A coleta de dinheiro e a criação de tributos seriam realizados pelo Parlamento;
Recrutamento do Exército e porte de armas seriam funções do Parlamento;
O Rei não poderia mais basear-se em leis históricas, mas tão somente pelas leis passadas pelo Parlamento;
Estabeleceu-se certas imunidades parlamentares; e
O Parlamento passa a dar última palavra sobre o que é direito, até um direito sobre o Rei.
 
Nota-se que o Parlamento passa a ter posição superior a do Rei e também sobre demais poderes, moldando, assim, o Sistema Inglês de dependência do Parlamento. Além disso, um pouco mais tarde, é no Parlamento que surge a Cúpula do Poder Judiciário Inglês – fazendo com que os Três Poderes, de alguma forma, passem pelo parlamento. 
Características comuns entre três Documentos Ingleses:
Estabelece-se liberdades do Parlamento (esse que passa a ser centro do poder político), direitos de defesa contra o Estado (possibilidade de defesa dos cidadãos perante aos excessos do Estado) e direitos de participação política. 
*Importante notar que não existia, ainda, o Sistema Parlamentarista em si.
Outros Documentos:
Declaração de Direitos da Virgínia, de 1776:
Documento que serve de antecipação para a Independência Norte-americana.
Declaração Norte-americana que estabelece direitos* ao Estado contra a Coroa Inglesa e proteção do indivíduo contra o Estado, tais como:
Direito a felicidade;
Liberdade de crença e de culto ligada à essa;
Liberdades de expressão, de imprensa, de reunião, de petição;
Direito a posse e porte de armas;
O Estado não poderia impor que um militar, em não período de guerra, utilizasse de propriedade privada alheia - estabelecia a inviolabilidade de domicilio;
Estabelecia que as ordens emanadas pelo Estado devessem estar bem fundamentadas;
Estabelecia sigilo de postagem;
Ninguém responderia processo, senão por lei, perante júri e grande acusação;
Direitos ao Júri, a devido Processo Legal e a Indenização;
Estabelecia garantias processuais (como Julgamento sério e justo, de contar com Testemunhas e a Advogado);
Direito de não produzir prova contra si próprio; e
Direitos ao silêncio e a paz.
Além, não despreza-se o Sistema Inglês, mas adere a esse com algumas adaptações e sobre competências “Remanescentes” da Federação.
*É importante ressaltar que esse catálogo de Direitos é meramente descritivo. 
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789: 
Os franceses vivem um processo de transformação profunda de sua ordem com a Revolução Francesa.
Havia um Parlamento, mas que preocupava-se, tão somente, com a resolução de conflitos e era dividido entre Clero, Nobreza e Comuns (Diga-se Burgueses também). Com isso e com a não representação de sua camada, o Terceiro Estado, o Povo, reúnem-se e estabelecem o Direito do Homem e do Cidadão. Ou seja, o Povo estabelece os seus direitos* e formula um novo Estado.
Pedaços de 17 Artigos desse Documento (Preâmbulo da Constituição Francesa) que demonstram as bases do novo Constitucionalismo Francês:
Direito a liberdade;
Direito a propriedade;
Direito a segurança; 
Direito a proteção contra o Estado (Esses 4 primeiros direitos estabelecem as bases do Constitucionalismo Francês);
Não há mais distinção entre as classes (Ou seja, privilégios são abolidos);
Soberania Popular;
Os exercícios de Liberdade só poderiam ser feitos por lei (Da mesma forma que o Estado fornece essa, pode suprimi-la);
Autonomia Privada (Ou seja, tudo aquilo que não possui previsão legal, é permitido);
Lei como elemento discriminatório (Fala-se aqui para aquela lei que há discrepâncias);
Ninguém pode ser apenado por ato que anteriormente era lícito; 
Liberdade de expressão;
Liberdade religiosa;
Liberdade de pensamento;
“Princípio da legalidade tributária”;
Separação de Poderes; 
Direitos Fundamentais = A Constituição; e
Propriedade Privada como direito sagrado da Declaração.
Além disso, também estabelece matérias já estabelecidas nas Declarações anteriores, como direitos de liberdade política e de defesa contra o Estado, e ainda como dar-se-ia a Participação Política. Nessa, direcionada a eleitores e aos eleitos, seria possível a participação de homens, a partir de 25 anos de idade, de critério territorial/de nacionalidade e de critério censitário/patrimonial (apenas arrendatários e/ou proprietários participavam, assim).
*Nota-se que ainda não havia a Teoria do Poder Constituinte, mas é notório que o nascimento dessa ideia advém após Revolução Francesa. 
	
Constituição Mexicana, de 1917:
Estabelece-se direitos a grupos minoritários anteriormente excluídos (rearranjo de forças entre direitos trabalhistas e direitos proprietários), assim como:
Direito a Educação e compromisso do Estado em entregá-la;
A lei deverá regular os direitos dos trabalhadores;
Regulamentação da propriedade privada (Essa era garantida como condição para adesão de direitos a grupos minoritários);
Reforma Agrária e leis que estipularam essa (O Estado pode limitar propriedade privada porque antes de privada, ter sido pública);
Direitos Econômicos (Com o abuso desse direito, há sanção pelo Estado para punir o indivíduo).
Constituição Alemã (de Waimar), de 1919:
Também apresentando um Estado com um Perfil Social, estabelece:
O fomento do bem-estar em geral;
Direitos políticos (Assim como o Sufrágio Universal e a Abolição do critério censitário para a participação política, ou seja, incorporaçãodas minorias);
Direitos Individuais (Defesa contra o Estado);
Direitos sociais e coletivos (Como a Educação);
Direitos Econômicos (Assim como a proteção da Livre Iniciativa, desde que essa assegure a existência digna a todos); e
Condicionamento da Propriedade Privada.
* Transforma os direitos previstos nos direitos de caráter liberal, mas ainda os garante sob algumas condições.
Declaração Russa do Povo Trabalhador e Explorado, de 1918:
Extingue-se a Propriedade Privada e os meios de produção, sem espécie de reembolso e tornam-se públicos. Além da previsão dos Direitos Sociais arrolados nos documentos acima. 
Declarações Universais:
Em uma primeira fase, surge a necessidade da proteção da pessoa humana após atrocidades ocorridas na Segunda Guerra Mundial, assim:
No âmbito internacional:
Em 26 de junho de 1945 aprovou-se a Carta das Nações Unidas, que estabelece os princípios desse organismo e suas estruturas. Legitima-se os povos e não os Estados, intenção de proteger a humanidade e não o indivíduo no singular, de promover o progresso social e melhores condições de vida e detalhamento de órgãos da ONU;
E em 10 de dezembro de 1948, surge a Declaração Universal dos Direitos do Homem (ou dos Direitos Humanos, estabelecendo manifestações de direitos políticos e civis e de direitos econômicos, sociais e culturais. Referência de que todos os humanos nascem livres e possuem direitos – uma clara influência jusnaturalista, todos os seres humanos têm proteção nessa Declaração, direito a vida, a liberdade, a segurança e ao pensamento como direitos civis, direito de saber as direções políticas de qualquer Estado, de participação política como direitos políticos, direito a igualdade, ao lazer, ao bem-estar, a saúde, a educação, a cultura, etc. como direitos econômicos, sociais e culturais.
No âmbito interno:
Também em 1948, surge a Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem e a Carta da Organização dos Estados Americanos (OEA)
Esses documentos, de âmbito interno, assemelham-se nas questões de proteção da pessoa humana, tornando-se indiferente gênero, origem, classe, cor, etc. e a substituição de paradigmas de nação e nacionalidade por família humana e dignidade da pessoa humana.
Observação: Essas declarações tratavam de assuntos mais genéricos.
Na Década de 60 (segunda fase), surgiram dois Tratados em cada um dos Sistemas acima e esses Tratados substituem as Declarações anteriores por serem típicos documentos jurídicos e apresentam, também, mais força jurídica que aquelas:
No âmbito internacional:
Ambos em 1966, são aprovados o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, estabelecendo proteção a vida, a liberdade e a direitos políticos; e o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, estabelecendo direito a saúde, a educação, ao lazer, etc. Estabelecem esses direitos de forma mais presente e especifica que as Declarações.
No âmbito interno:
Ambos em 1969, aprova-se a Convenção Interamericana de Direitos Humanos (também chamada de Pacto de San José da Costa Rica- refere-se a direitos políticos e civis) e o Protocolo de San Salvador (Refere-se a direitos econômicos, sociais e culturais).
Muito importante ressaltar que há um compartilhamento da proteção da dignidade da pessoa humana, ou seja, uma proteção presente em vários níveis. E essa proteção só passa para o âmbito internacional, quando há abuso ou abstenção do Estado Nacional em violação da dignidade da pessoa humana.
Observação: Esses tratados tratam de assuntos já demonstrados nas Declarações, entretanto demonstram de uma forma mais detalhada e especifica. Além de possuírem maior força jurídica do que as Declarações.
Há uma terceira fase, marcada por especificação e ampliação de direitos estabelecidos nas Declarações e nos Tratados, como a criação de outros Tratados Internacionais Específicos, tais como vários Tratados sobre o Direito da Mulher (A Lei Maria da Penha também enquadra-se aqui, pois entra no Ordenamento Jurídico Brasileiro após julgamento e condenação do País no Sistema Interamericano de Direitos Humanos), Convenção de Nova York para proteção a pessoas com deficiência e a Convenção Internacional contra penas cruéis, desumanas e degradantes.

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