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Identidade e Comunidade na Escravidão

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Resumo: Identidade e comunidade escrava; Um ensaio
Autora: Sheila de castro faria.
Objetivos: Balanço historiográfico sobre a presença da cultura africana nos escravos até o fim do trafico atlântico, e discutir e questionar a presença ou não de um estado de guerra impedindo a formação de comunidades.
O que se sabe sobre as diferentes etnias africanas que compunham o contingente do Brasil, ainda é muito raso, portanto generalizações são muito ocorridas e perigosas para melhor compreensão do estudo. Sabe-se que por muito tempo foi assimilado o fato de que foi um sucesso a chamada “ocidentalização” dos africanos trazidos para América, que exercia uma influência negativa a cultura branca e que apenas poucos resquícios culturais e na comida haviam permanecido. Porém, a historiografia mais atual procura compreender o quando a cultura africana estava presente nos escravos africanos na américa, e também na contribuição que a cultura pode exercer para que identidades entre diferentes etnias fossem construídas apesar da multiplicidade étnica, ou se as rivalidades provocadas foram tão fortes que provocaram uma disseminação que os impediram de formarem alianças e se fortificarem enquanto grupo perante aos senhores. 
A base desta rivalidade, foi criada, o tráfico em si causou muita disputa que unidade entre as diferentes etnias. E também, as rivalidades históricas disputas ocorridas no continente africano entre esses povos era outro fator importante para caracterizar essa rivalidade e que impediu a criação de solidariedades.Por parte dos senhores, estrategicamente era mais inteligente mante-los em estado de guerra para que não se voltassem contra seu verdadeiro inimigo, apesar de que este estado de guerra afetaria na produção e no trabalho,a estratégia pensada a partir daí, foi na formação de famílias, casamentos endogâmicos, mas para que a partir do processo de crioulização, a paz não fosse estabelecida podendo gerar demais revoltas, a entrada de escravos estrangeiros era mantida. Outro fator importante para esta diferenciação, foi as chances dadas aos recém chegados de se diferenciarem do resto da escravaria, dando privilégios concedendo bens e fazendo-o viver de maneira próxima aos livres pobres, causando um enfraquecimento dos laços de solidariedade, não o fazendo reconhecer os demais como parceiros. Com a abolição do trafico atlântico as solidariedades horizontais foram reforçadas, porém como estratégias como tráfico entre estados manteve a mesma estratégia, de obter sempre estranhos ao local, sempre havendo uma distinção. 
O escravo crioulo, diferenciava-se dos demais escravos africanos, na forma de tratamento, e sentiam-se mais importantes, pois eram escolhidos para escravos domésticos fazendo com que se sentissem ligados de alguma maneira ao seus senhores, dando-lhes a sensação de estarem ligados de alguma forma ao mundo livre. Existiram muita rivalidade entre nascidos no Brasil e nascidos na África, mas existem registros de muitas relações parentais entre eles também. 
A cultura, era outro fator que poderia romper com toda esta diferenciação criada, existem inúmeras interpretações para manifestações culturais africanas por escravos, como o sincretismo, a aculturação, tendo em contraponto a adaptação e o rompimento com o termo aculturação. Pois não houveram dominações culturais no contexto, mas sim diferentes formas de manifestações, como o sincretismo, e total dominação do catolicismo. De acordo com Mauricio soares: 
 “Mas daí a se pensar que o catolicismo foi uma espécie de rolo compressor sobre as crenças africanas é, no limite, considerar os negros como presas inertes de forças históricas externas e determinantes e negar sua condição de agentes culturais capazes de desempenhar, em larga medida, um papel ativo fundamental de sua própria história e identidades culturais no interior de um sistema normativo que lhes oprimia; dominação política e cultural não são necessariamente sinônimo de aniquilação do outro”
Na questão social, destaco a afirmação de Reis, de que sem dúvida os escravos constituíram uma classe social, mas exemplifica com os escravos baianos, que como indivíduos eram escravos mas como coletivamente eram outra coisa, para ele, horizontalmente os escravos estavam divididos e verticalmente tinham relações diferentes com os senhores dependendo de serem africanos ou crioulos, e ocupavam posições diferentes na estrutura do trabalho, onde os crioulos tinham vantagens. Chegando a afirmar que a parte privilegiada poderia ser considerada uma “aristocracia escrava. Distintas classes, surgem junto com uma única classe, causando ainda mais a diferenciação, o ponto de união entre eles, causou uma grande desunião, acarretado pelas lutas de classe, étnicas e religiosas.

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