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MAT0355 - Álgebra Linear I - A - Turma A2 - gabarito Exame - 9/12/2014 TODAS AS RESPOSTAS DEVEM SER JUSTIFICADAS 1) Sejam u1 = (�1; 2; 0; 3) ; u2 = (0; 1; 1; 2) ; u3 = (�1;�1; 1; 3) ; u4 = (�3;�1; 1; 7) : (a) (1,0) Comprove que os vetores u1; u2; u3; u4 NÃO formam uma base do R4: Solução. Os vetores u1; :::; u4 não formarão uma base do R4 se forem ld, ou seja, se a equação nas incógnitas x; y; z; w: x (�1; 2; 0; 3) + y (0; 1; 1; 2) + z (�1;�1; 1; 3) + w (�3;�1; 1; 7) = (0; 0; 0; 0); tiver outras soluções além da nula. A equação é equivalente ao sistema �x� z � 3w = 0 2x+ y � z � w = 0 y + z + w = 0 3x+ 2y + 3z + 7w = 0 cujas soluções são da forma w = �1 2 z; x = 1 2 z; y = �1 2 z: Em particular, o sistema tem in nitas soluções de modo que os vetores são ld. (b) (1,0) Encontre um vetor u 2 R4 tal que B = fu1; u2; u3; ug seja uma base R4: Solução Escolhendo, por exemplo, u = (�3;�1; 1; 0) o sistema anterior ca �x� z � 3w = 0 2x+ y � z � w = 0 y + z + w = 0 3x+ 2y + 3z = 0 que tem como solução apenas a solução nula x = 0; y = 0; z = 0; w = 0: Logo u1; u2; u3; u são li e, como dimR4 = 4; B = fu1; u2; u3; ug é uma base do R4: OBS: é claro que existem outras escolhas de u; uma in nidade de escolhas de fato. 2) Seja W = �� a b c d � ; b+ c = 0 � : (a) (1,0) Prove que W é um subespaço vetorial de M2�2: Solução Tem-se: a) A matriz nula 2� 2 pertence a W; o que é óbvio. Podemos descrever W da forma W = �� a b �b c � ; a; b; c 2 R � : 1 b) Dados � a b �b c � ; � d e �e f � em W temos � a b �b c � + � d e �e f � = � a+ d b+ e �b� e c+ f � = � a+ d b+ e � (b+ e) c+ f � o que mostra que a soma de vetores de W ainda é um vetor de W: c) Dados � a b �b c � em W e � 2 R; temos � � a b �b c � = � �a �b � (�b) �f � = � �a �b � (�b) �f � o que mostra que a multiplicação de um vetor de W por um real é ainda um vetor de W: Como visto acima, as três condições que caracterizam um subespaço são satisfeitas de modo que W é um subespaço vetorial de M2�2: (b) (1,0) Sabendo que B = �� 1 0 0 1 � ; � 0 1 �1 0 � ; � 1 0 0 �1 �� é uma base de W determine [A]B ou seja, as coordenadas de A em relação à base B; sendo que A = � 1 2 �2 3 � Solução O sistema � 1 2 �2 3 � = x � 1 0 0 1 � + y � 0 1 �1 0 � + z � 1 0 0 �1 � é equivalente a 1 = x+ z 2 = y �2 = �y 3 = x� z que tem como solução x = 2; y = 2; z = �1: Logo� 1 2 �2 3 � B = 24 22 �1 35 3) (1,0) Sabendo que u; v são vetores lineamente independentes de um espaço vetorial V; podemos a rmar u� v e u+ v também o são? Solução A equação x(u� v) + y(u+ v) (1)= 0 2 após reagrupamento das parcelas, é equivalente à equação (x+ y)u+ (�x+ y)v = 0: Como u e v são li necessariamente temos x+ y = 0 �x+ y = 0 que tem como solução apenas a solução nula x = y = 0: Isto prova que a equação (1) admite apenas a solução trivial, ou seja, a solução nula x = y = 0. Logo u� v e u+ v são li. 4) Seja T : R3 ! R3 dada por T (x; y; z) = (x� y + z; x 2 � y 2 � z 2 ; 3x 2 � 3y 2 + z 2 ) (a) (0,5) Determine a matriz [T ]C de T na base canônica C = f(1; 0; 0) ; (0; 1; 0) ; (0; 0; 1)g : Solução. Conforme visto em aula, quando a base é a canônica temos diretamente [T ]C = 24 1 �1 11 2 �1 2 �1 2 3 2 �3 2 1 2 35 (b) (1,0) USANDO a matriz [T ]C determine T (�2; 1; 1): Solução Como 24 1 �1 11 2 �1 2 �1 2 3 2 �3 2 1 2 3524 �22 1 35 = 24 �3�5 2�11 2 35 obtemos T (�2; 1; 1) = � �3; �5 2 ;�11 2 � : (c) (1,0) Determine os autovalores de T: Solução. O polinômio característico de T é p(�) = det 0@ 1� � �1 11 2 �1 2 � � �1 2 3 2 �3 2 1 2 � � 1A = ��3 + �2 + 2� (após simpli cações). Os autovalores são as raízes de p(�); a saber �1; 0; 2: (d) (1,5) De na o que é um operador linear diagonalizável e prove que T é diagonalizável. Solução Um operador linear T : V ! V é diagonalizável quando existe uma base B de V tal que [T ]B é uma matriz diagonal, ou seja, todos os elementos da matriz são nulo excepto possivelmente os elementos da diagonal principal da matriz. 3 Para mostrar que operador em questão é diagonalizável determinamos os autovetores associados a T : � = 0 T (x; y; z) = (x� y + z; x 2 � y 2 � z 2 ; 3x 2 � 3y 2 + z 2 ) = (0; 0; 0), x� y + z = 0 x 2 � y 2 � z 2 = 0 3x 2 � 3y 2 + z 2 = 0 Cujas soluções são da forma x = y; z = 0: Escolhendo x = 1 obtemos o autovetor v1 = (1; 1; 0) associado ao autovalor 0: � = �1 T (x; y; z) = (x� y + z; x 2 � y 2 � z 2 ; 3x 2 � 3y 2 + z 2 ) = �(x; y; z), x� y + z = �x x 2 � y 2 � z 2 = �y 3x 2 � 3y 2 + z 2 = �z Cujas soluções são da forma x = 0; y = z: Escolhendo y = 1 obtemos o autovetor v2 = (0; 1; 1) associado ao autovalor �1: � = 2 T (x; y; z) = (x� y + z; x 2 � y 2 � z 2 ; 3x 2 � 3y 2 + z 2 ) = 2(x; y; z), x� y + z = 2x x 2 � y 2 � z 2 = 2y 3x 2 � 3y 2 + z 2 = 2z Cujas soluções são da forma x = z; y = 0: Escolhendo z = 1 obtemos o autovetor v3 = (1; 0; 1) associado ao autovalor 2: Cálculos mostram que v1; v2; v3 são li de modo que B = fv1; v2; v3g é uma base do R3: Nesta base temos [T ]B = 24 0 0 00 �1 0 0 0 2 35 : 5) (1,0) Falso ou verdadeiro: sendo T : V ! V é um operador linear e u; v autovetores de T associados a autovalores distintos � e � então u e v são linearmente independentes. Solução. Supondo xu+ yv (2) = 0, aplicamos a T em ambos os lados da equação para obter xT (u) + yT (v) = T (0) = 0, �xu+ �yv = 0 4 de modo que camos com o sistema xu+ yv = 0 �xu+ �yv = 0 Multiplicando a primeira equação por �� e somando com a segunda obtemos (� � �)xu = 0: Com � � � 6= 0 e como u 6= 0 (já que é um autovetor), a única possibilidade desta equação ser satisfeita é quando x = 0: Da mesma forma encontramos y = 0: Com isso ca provado que a única solução da equação (2) é x = y = 0: Logo u e v são li. 5
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