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Obras Rodoviárias

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ENGENHARIA CIVIL
DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES
TT064 – PROJETO DE OBRAS VIÁRIAS
TRABALHO PRÁTICO DA DISCIPLINA
PROJETO DE OBRAS VIARIAS
CURITIBA
2015
	
TRABALHO PRÁTICO DA DISCIPLINA
PROJETO DE OBRAS VIÁRIAS
Trabalho de graduação apresentado
como avaliação semestral, à Disciplina
TT064 – Projeto de Obras Viárias,
disciplina optativa do Curso de
Engenharia Civil da Universidade
Federal do Paraná - UFPR.
Prof. Wilson Küster Filho
CURITIBA
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................... 6
1. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS ................................................................. 7
1.1. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DE PROJETO ........................................ 7
1.1.1. Características Técnicas do Projeto Geométrico em Planta....7
1.1.2. Características Técnicas do Projeto Geométrico em Perfil..... 7
1.1.3. Características Técnicas do Projeto de Terraplenagem ......... 8
1.1.4. Características Técnicas do Projeto de Pavimentação ........... 8
2. PROJETO GEOMÉTRICO ............................................................................ 9
2.1. DISPOSIÇÕES GERAIS ............................................................................ 9
2.2. PROJETO GEOMÉTRICO EM PLANTA ................................................... 9
2.2.1. Pontos de Passagem Obrigatória............................................... 9
2.2.2. Estudos Topográficos................................................................. 9
2.2.3. Escolha do Traçado .................................................................. 10
2.2.4. Características Geométricas do Traçado ............................... 10
2.2.5. Cálculo das Curvas Horizontais .............................................. 10
2.2.5.1. Coordenadas das Intercessões .................................. 10
2.2.5.2. Deflexões das Tangentes ............................................ 11
2.2.5.3. Raio das Curvas ........................................................... 11
2.2.5.4. Cálculo dos Elementos das Curvas ........................... 11
2.2.5.4.1. Curva Circular ........................................................... 11
2.2.5.4.2. Curva de Transição................................................... 13
2.2.5.4.3. Resultados dos Elementos das Curvas Horizontais .................................................................................14
2.2.5.5. Estaqueamento ...................................................... ......15
2.3. PROJETO GEOMÉTRICO EM PERFIL ................................................... 16
2.3.1. Perfil Longitudinal do Terreno ................................................. 16
2.3.2. Características para Lançamento do Greide .......................... 16
2.3.3. Cálculo das Curvas Verticais ................................................... 16
2.3.4. Resultados dos Elementos das Curvas Verticais .................. 18
2.3.5. Cotas dos pontos do Greide .................................................... 19
2.3.6. Estaqueamento .......................................................................... 23
2.4. SUPERELEVAÇÃO .................................................................................. 25
2.4.1. Cálculo dos elementos da superelevação .............................. 25
2.4.2. Resultado dos elementos da superelevação .......................... 27
2.4.3. Representação gráfica da superelevação ............................... 28
2.5. SUPERLARGURA ......................................................................... 28
3. TERRAPLENAGEM .................................................................................... 29
3.1. DEFINIÇÃO..................................................................................... 29
3.2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS PARA TERRAPLENAGEM ..... 29
3.3. CÁLCULO DAS ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS, VOLUMES E ORDENADAS DE BRÜCKNER...................................... 29
3.3.1. Cálculo dos volumes dos interperfis ...................................... 30
3.3.2. Influência da operação de limpeza .......................................... 30
3.3.3. Cálculo da distância média de transporte .............................. 30
3.3.4. Ordenadas de Brückner ............................................................ 31
3.4. DIAGRAMA DE BRÜCKNER ................................................................... 31
3.5. DISTRIBUIÇÃO DA TERRAPLENAGEM ................................................ 31
3.6. QUADRO RESUMO DA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA ..........................31
3.7. NOTAS DE SERVIÇO DE TERRAPLENAGEM ...................................... 31
4. DISPOSITIVOS DE DRENAGEM ............................................................... 32
4.1. OBRAS DE ARTE CORRENTE ............................................................... 32
4.1.1. Planilha de Obras de Arte Corrente ......................................... 32
4.2. DRENAGEM SUPERFICIAL .................................................................... 32
4.3. OBRAS DE ARTE ESPECIAIS ................................................................ 33
5. SINALIZAÇÃO ............................................................................................ 33
5.1. SINALIZAÇÃO VERTICAL ...................................................................... 33
5.2. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL ................................................................. 33
6. PAVIMENTAÇÃO ........................................................................................ 34
7. ORÇAMENTO ............................................................................................. 34
CONCLUSÃO .................................................................................................. 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................... 36
ANEXOS .......................................................................................................... 37
INTRODUÇÃO
Em função de fatores como sócio-econômicos, surge a necessidade da concepção de uma estrada. Os trabalhos se iniciam, basicamente, pelos estudos de planejamento de transportes, e como isso a elaboração do projeto passa por diversas etapas, como estudos hidrológicos, topográficos, geométrico, terraplenagem, drenagem, orçamentos, etc. Em resumo, para se chegar ao resultado final, a rodovia em si, se faz necessário passar pela etapa do projeto, da construção, operação e por fim a conservação.
O presente trabalho concentra-se basicamente na elaboração do projeto, desde a sua concepção, determinando-se o traçado da estrada, passando pelos cálculos dos parâmetros técnicos, análise quantitativa e qualitativa das diversas etapas, baseando-se em critérios pré-estabelecidos pelas características técnicas do projeto.
O objetivo, aqui, é tentar aproximar, com simplificações, o projeto dos trabalhos profissionais realizados nesta área. Lidar com situações que exijam bom senso, aplicar a teoria estudada, efetuando-se os cálculos para o projeto geométrico, projeto do perfil, terraplenagem, drenagem, sinalização e por fim o orçamento final da obra.
De maneira geral, os cálculos serão aqui apresentados em forma de planilhas e quadros contendo as informações dos métodos, fórmulas utilizadas.
1. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS	
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DE PROJETO
Para o projeto da rodovia será adotado parâmetros fixos que devem ser
considerados para o cálculo dos elementos técnicos do projeto, sendo definidos a seguir.
1.1.1. Características Técnicas do Projeto Geométrico em Planta
Os parâmetros para a elaboração dos cálculos referentes ao projeto
geométrico em planta encontram-se listados no quadro 1.
	
	CARACTERÍSTICASTÉCNICAS - Planta
	Classe da rodovia 1B – Pista Simples
	Região Ondulada
	Raio mínimo de curvatura horizontal 210,00m
	Faixa de domínio (para cada lado do eixo) 50,00m
	Corda base 20,00m
	Tangente mínima entre curvas 100,00m
	Distância entre estacas 50,00m
	Comprimento das pontes 50,00m
	Velocidade diretriz 80km/h
Quadro 1 – Características técnicas do projeto geométrico em planta.
1.1.2. Características Técnicas do Projeto Geométrico em Perfil
Os parâmetros para a elaboração dos cálculos referentes ao projeto
geométrico em perfil se encontram listados no quadro 2.
CARACTERÍSTICA TÉCNICAS - Perfil
Rampa máxima 6,00%
Declividade transversal em tangente 2,00%
Superelevação máxima 10,00%
Limitação de corte e aterro 15,00m
Mínimo valor da corda da parábola 300,00m
Veículo de projeto SR
Quadro 2 - Características técnicas do projeto geométrico em perfil.
1.1.3. Características Técnicas do Projeto de Terraplenagem
Os parâmetros para a elaboração dos cálculos referentes ao projeto
geométrico de terraplenagem se encontram listados no quadro 3.
	CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS - Terraplenagem
	Espessura da camada vegetal 0,25m
	Fator de homogeneização 1,30m
	Largura da faixa de rolamento 3,60 m (x2)
	Largura de acostamento 2,50 m (x2)
	Largura de folga lateral 1,40 m (x2)
	Largura da plataforma em tangente 15,00 m
	Inclinação do talude de corte 1,0/1,0
	Inclinação do talude de aterro 1,0/1,5
	Material de terraplenagem 1ª categoria
Quadro 3 - Características técnicas do projeto de terraplenagem.
1.1.4. Características Técnicas do Projeto de Pavimentação
Os parâmetros para a elaboração dos cálculos referentes ao projeto
geométrico de pavimentação se encontram listados no quadro 4.
	CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS - Pavimentação
	CAMADA DO PAVIMENTO
	MATERIAL 
	ESPESSURA DA PISTA
	ESPESSURA NO ACOSTAMENTO
	SUB-BASE
	Bica corrida
	40,00cm
	40,00cm
	BASE
	Brita graduada
	30,00cm
	30,00cm
	CAPA ASFALT.
	CBUQ*
	6,00cm
	3,00cm
Quadro 4 - Características técnicas do projeto de pavimentação.
2. PROJETO GEOMÉTRICO
2.1. DISPOSIÇÕES GERAIS
Para a realização do Projeto Geométrico do trecho rodoviário deste trabalho foi necessário partir dos estudos topográficos da região onde se deseja implantá-lo, estudos estes disponibilizados pelo professor.
2.2. PROJETO GEOMÉTRICO EM PLANTA
2.2.1. Pontos de Passagem Obrigatória
Para a definição do traçado da rodovia, foram fornecidos três pontos de
passagem obrigatória, sendo estes os pontos U, R e B, necessariamente
interligados nesta ordem, sendo o ponto J o início do trecho e o ponto K o seu final. De acordo com a planta topográfica apresentada, os pontos possuem as seguintes coordenadas UTM: U = 382863,7232 E e 780737435,64 N; R = 382271,6360 E e 7806137,9515 N; B = 380028,6504 E e 7806879,5542 N.
2.2.2. Estudos Topográficos
Os estudos topográficos da região (perfil planialtimétrico e hidrográfico)
tiveram como finalidade estabelecer uma base de referência para a realização dos projetos e execução da obra, sendo fornecidos pelo professor da disciplina.
2.2.3. Escolha do Traçado
Através de várias tentativas, escolheu-se um traçado que atendesse as
exigências estabelecidas no projeto, bem como, passar por pontos que se obtivesse uma menor variação de cotas, o que implica numa redução de custos, como por exemplo, na execução dos serviços de terraplenagem (redução no volume de corte, aterros e transporte de material), a utilização de apenas uma ponte para transposição de rio. Além desse critério, o traçado escolhido compõe um conjunto de tangentes e curvas com boa acomodação visual, e visando satisfazer uma menor extensão para a rodovia. O traçado escolhido encontra-se na prancha horizontal, em anexo.
2.2.4. Características Geométricas do Traçado
A extensão total do trecho projetado é de aproximadamente 4.328,88 Km,
com o estaqueamento feito de 50 a 50 metros. A rodovia possui uma faixa de
domínio de 50 metros para cada lado, sendo composta por uma pista simples com duas faixas de rolamento de 3,60 metros e acostamento de 2,40 metros. 
A poligonal da diretriz possui quatro lados e acomoda quatro curvas, sendo
duas circular e duas de transição.
2.2.5. Cálculo das Curvas Horizontais
2.2.5.1. Coordenadas das Intercessões
Definidas as tangentes do projeto, foram definidas as coordenadas das
intercessões no Sistema Universal Transverso de Mercator (UTM) com auxílio de um software CAD. Os valores resultantes apresentam-se a seguir:
	PONTO
	COORDENADAS UTM
	
	X (E)
	Y(N)
	0=PP=U
	382863,7232
	780737435,64
	PI1
	382677,9451
	7806442,6985
	PI2
	381936,7127
	7805886,6700
	PI3
	381140,8844
	7805845,3823
	PI4
	381022,5422
	7806709,8703
	PF=B
	380028,6504
	7806879,5542
Quadro 5 – Coordenadas das intercessões, ponto final e inicial do traçado.
2.2.5.2. Deflexões das Tangentes
As deflexões foram obtidas com o auxilio de um software CAD. Seus
valores encontram-se a seguir:
	PONTO
	DEFLEXÃO
	PI1
	41º 51’ 06”
	PI2
	35º 53’ 56”
	PI3
	85º 10’ 39”
	PI4
	72º 31’ 00”
Quadro 6 – Deflexões.
2.2.5.3. Raio das Curvas
Das quatro curvas elaboradas, foi adotado, estudando a concordância com as tangentes existentes, que as curvas 1 e 2 seriam circulares com raios iguais a 700,00 m e 750,00 m, respectivamente e as curvas 3 e 4 seriam de transição, tendo a curva 3 raio de 350,00 metros e a curva 4, raio igual a 300,00 metros.
2.2.5.4. Cálculo dos Elementos das Curvas
2.2.5.4.1. Curva Circular
Os demais elementos que compõem as curvas circulares (curva 1 e 2) foram
calculados pela expressões a seguir:
Grau da curva (G):
G = (2 x arcsen cb/ 2)/R
Onde cb é a corda base, adotada no projeto igual a 20,00 metros e R é o raio
adotado.
Deflexões:
 Deflexão da corda:
Onde AC é igual à deflexão.
Deflexão da corda base:
Onde G é igual é o grau da curva, calculado anteriormente.
Deflexão por metro:
Tangentes externas (T):
Onde R é igual é ao raio da curva e AC igual a deflexão.
Afastamento (E):
Flecha (f):
Desenvolvimento (D): 
2.2.5.4.2. Curva de Transição
Os demais elementos que compõe as curvas de transição (curvas 3 e 4) foram
calculados pela expressões a seguir:
Comprimento de transição:
Comprimento da espiral (lc): 
Onde R é o raio adotado.
Comprimento mínimo da espiral (lcmin):
Onde V é a velocidade diretriz em 80Km/h.
Verificação da compatibilidade entre o raio e a deflexão (I): 
Onde deve valer a condição Imed>Icalc.
Ângulo central da espiral (S):
Ponto osculador (Sc): 
Coordenadas do ponto osculador: 
Coordenadas do PC e PT deslocado: 
Tangente externa (Ts): 
Desenvolvimento total da curva de transição (D):
2.2.5.4.3. Resultados dos Elementos das Curvas Horizontais
Efetuando as devidas operações através das expressões anteriores (ver
memorial de cálculos em anexo), obtemos os elementos das curvas, que estão
listados no quadro a seguir.
	ELEMENTOS DAS CURVAS
	CURVA
	1
	2
	3
	4TIPO
	Circular 
	Circular
	Transição
	Transição
	RAIO
	700,00
	750,00
	350,00
	300,00
	DEFLEXÃO
	41º 51’ 06”
	35º 53’ 56”
	85º 10’ 39”
	72º 31’ 00”
	CORDA BASE
	20,00m
	20,00m
	20,00m
	20,00m
	DEFLEXÃO DA CORDA
	20º 55’ 33”
	17º 56’ 58”
	-
	-
	DEFLEXÃO DA CORDA BASE
	0º 49’ 7”
	0º 45’ 50”
	-
	-
	DEFLEXÃO POR METRO
	0º 02’ 28”
	0º 02’ 18”
	-
	-
	TANGENTE EXTERNA
	268,13m
	242,95m
	321,71m
	220,03m
	AFASTAMENTO
	49,42m
	38,37m
	-
	-
	FLECHA
	46,20m
	36,75m
	-
	-
	DESENVOLVIMENTO CIRCULAR
	511,31m
	443,73m
	410,32m
	279,70m
	COMPRIMENTO DE TRANSIÇÃO
	-
	-
	110,00m
	100,00m
	ÂNGULO CENTRAL DA ESPIRAL – Sc
	-
	-
	9º 32’ 57”
	9º 01’ 13”
	ÂNGULO CENTRAL CIRCULAR – Ac
	-
	-
	67º 10’ 13”
	53º 25’ 05”
	COORDENADAS DO PONTO OSCULADOR – Xc
	-
	-
	5,98m
	5,98m
	COORDENADAS DO PONTO OSCULADOR - Yc
	-
	-
	111,96m
	103,61m
Quadro 8 – Elementos das curvas horizontais.
2.2.5.5. Estaqueamento
Considerando a distância entre estacas igual a 50,00 metros, obtêm-se
para os pontos de interesse (PC's, PT's, TS's, SC's, CS's e ST's) o seguinte
estaqueamento:
	PONTOS NOTÁVEIS
	PONTOS NOTÁVEIS
	ESTACA
	0=PP=A
	0+00m
	PI1
	
	PC1
	13+32,335m
	PT1
	23+43,648m
	PI2
	
	PC2
	32+24,039m
	PT2
	41,17,773m
	PI3
	
	TS3
	45+8,049m
	SC3
	47+18,049m
	CS3
	55+28,369m
	ST3
	57+38,369m
	PI4
	
	TS4
	62+11,920m
	SC4
	64+11,920m
	CS4
	69+41,616m
	ST4
	71+41,616m
	PF
	86+28,881m
Quadro 9 – Estaqueamento dos pontos de interesse nas curvas horizontais.
2.3. PROJETO GEOMÉTRICO EM PERFIL
2.3.1. Perfil Longitudinal do Terreno
O primeiro passo para a obtenção do perfil longitudinal do terreno foi fazer a leitura das cotas dos pontos da diretriz referentes ao estaqueamento. Estas cotas, estaca por estaca, estão listadas no Quadro Geral de Áreas de Seção Transversal.
2.3.2. Características para Lançamento do Greide
Com base no perfil do terreno, o futuro greide foi lançado considerando-se as seguintes orientações:
Altura máxima de corte e aterro = 15,00 metros;
Cota das pontes na travessia de rios: entre 5,00 e 15,00 metros;
Pontos de interesse (PIV's, PCV's e PTV's) recaindo sobre estacas inteiras;
Rampa máxima admissível = 6,0%;
A projeção vertical da diretriz adotada é composta por cinco curvas verticais, sendo três delas côncavas e as outras duas convexas. O perfil esquemático do greide e do terreno apresentam-se em anexo.
2.3.3. Cálculo das Curvas Verticais
Para o cálculo das curvas verticais adotou-se como parâmetros:
Distância de visibilidade de parada desejável, para velocidade diretriz de 80
Km/h, o valor de 140,00 metros (fonte: Manual de projeto geométrico, DNER (1999);
Tipo de curva vertical: parábola do 2º grau;
Corda mínima de projeto = 300,00 metros.
Os demais elementos que compõe as curvas verticais foram calculados pelas expressões a seguir:
Diferença das inclinações entre os trechos:
Sendo i1 e i2 as inclinações nos trechos 1 e 2 (considera-se o sinal). Se j<0, a
curva será côncava; se j>0, a curva será convexa.
Parâmetro K:
Para curvas convexas:
Para curvas côncavas:
Onde Dp é igual a distância de visibilidade de parada.
Corda mínima calculada:
Se a corda mínima calculada for menor que a corda mínima de projeto
(300,00 metros), será adotada a corda mínima de projeto. Se a corda mínima
calculada for maior que a corda mínima de projeto, será adotada a corda mínima calculada com valor arredondado ao primeiro múltiplo de 50 (para recair em estaca inteira)
Número de estacas que compõe a curva:
Raio (R): 
Ordenada máxima (e): 
Equação da parábola: 
Onde Z é definido por: 
Ponto mais alto ou mais baixo da parábola: 
Onde d é a distância entre o PVC e o ponto mais alto ou mais baixo em questão.
2.3.4. Resultados dos Elementos das Curvas Verticais
Efetuando as devidas operações através das expressões anteriores,
obtemos os elementos das curvas, que estão listados no quadro a seguir.
	INCLINAÇÃO DAS TANGENTES
	Tangentes
	Estaca Pto Inicial
	Estaca Pto Final
	Altitude Pto Inicial
	Altitude Pto Final
	i (%)
	1
	0
	9
	43,112
	16,112
	-6
	2
	9
	24
	16,112
	35
	2,52
	3
	24
	40
	35
	25
	-1,25
	4
	40
	63
	25
	46,869
	1,90
	5
	63
	83
	46,869
	25,964
	-2,091
	6
	83
	87+28m
	25,964
	30
	2,256
Quadro 10 – Inclinação dos trechos em tangente.
	ELEMENTOS DE CURVAS VERTICAIS
	CURVA
	1
	2
	3
	4
	5
	TIPO
	Côncava
	Convexa
	Côncava
	Convexa
	Côncava
	K
	35,218
	106,146
	222,104
	225,440
	46,012
	CORDA ADOTADA
	300
	300
	300
	300
	300
	No. DE ESTACAS
	6
	8
	14
	19
	4
	RAIO (m)
	386,60
	1077,23
	2238,34
	2270,77
	465,60
	ORDENADA MÁX. ‘e’ (m)
	3,194
	1,884
	2,758
	4,491
	1,087
	PTO + ALTO/ BAIXO
	10+3,51m (B)
	25+00,00m (A)
	38+33,05m (B)
	61+42,18m (A)
	83+00,00m (B)
Quadro 11 – Elementos das curvas verticais.
2.3.5. Cotas dos pontos do greide
As cotas do greide, foram determinadas e os resultados se encontram na prancha 2.
No cálculo da cota vermelha (h) foi empregada a seguinte expressão:
Se h> 0 então temos um serviço de corte. Se h<0 teremos um serviço de aterro. A seguir, estão listadas as cotas calculadas para o greide do trecho rodoviário.
2.3.6. Estaqueamento
Considerando a distância entre estacas igual a 50,00 metros, e os pontos de interesse (PCV’s, PTV’s e PIV’s) recaindo sobre estaca inteira, obtemos:
	PONTOS NOTÁVEIS
	PONTO
	ESTACA
	PP=0
	0+0,00
	PCV1
	6+0,00
	PIV1
	9+0,00
	PTV1
	12+0,00
	PCV2
	20+0,00
	PIV2
	24+0,00
	PTV2
	28+0,00
	PCV3
	33+0,00
	PIV3
	40+0,00
	PTV3
	47+0,00
	PCV4
	54+0,00
	PIV4
	63+0,00
	PTV4
	72+0,00
	PCV5
	81+0,00
	PIV6
	83+0,00
	PTV6
	85+0,00
	PF
	86+28,00
Quadro 13 – Estaqueamento dos pontos de interesse das curvas verticais.
2.4. SUPERELEVAÇÃO
Para a concepção da superelevação, alguns parâmetros básicos foram
considerados:
Adotou-se a rotação da pista pelo eixo em todas as curvas;
Em curvas circulares, o comprimento da transição (L) é igual ao mínimo calculado;
Em curvas de transição foi adotado o comprimento total da transição da
superelevação (L+T) como sendo igual ao comprimento da transição da curva horizontal (lc), portanto (T+L = lc). Devido a isso, os pontos de abaulamento PA e de superelevação PS coincidirão com os pontos CS e ST na curva em questão;
A superelevação máxima (emax) deverá ser de 10,0%;
Máximo coeficiente de atrito transversal admissível (fmáx) = 0,14 (para
velocidade diretriz de 80Km/h).
2.4.1. Cálculo dos elementos da superelevação
Os elementos que compõe a superelevação foram calculados pelas
expressões a seguir:
Necessidade de superelevação: para a velocidade diretriz de 80 Km/h, é
dispensável para raios maiores de 3200,00 metros. Portanto, como todas as três curvas projetadas possuem raios inferiores a 3200,00 metros, todas devem possuir superelevação.
Raio mínimo de curvatura horizontal: 
Onde emax é igual a superelevação máxima e fmax é igual ao máximo coeficiente de atrito transversal admissível.
Taxa de superelevação
Critérios de Lmin:
Máximo crescimento de aceleração centrífuga:
Máxima rampa de superelevação admissível: 
Onde r(%) é igual a 0,50 para a velocidade diretriz de 80Km/h.
Onde Lmin é igual a 40 metros para a velocidade diretriz de 80Km/h. O valor
adotado é o maior dos mínimos.
Critérios de Lmáx:
Máximo ângulo central de clotóide:
Tempo de percurso: 
Onde V é igual a velocidade diretriz (80Km/h). O valor adotado é o menor dos máximos.
Comprimento de transição da superelevação (L): 
Onde lc é o comprimento da curva de transição, dt a declividade transversal da
pista e “e” é a superelevaçãomantida no trecho circular.
Comprimento de transição de abaulamento (T): 
2.4.2. Resultado dos elementos da superelevação
Efetuando as devidas operações através das expressões anteriores, obtemos os elementos da superelevação, que estão listados no quadro a seguir.
	SUPERELEVAÇÃO
	ELEMENTOS DE CÁLCULO DA SUPERELEVAÇÃO
	CURVA CIRCULAR 1
	CURVA CIRCULAR 2
	CURVA TRANSIÇÃO 3
	CURVA TRANSIÇÃO 4
	Necessidade de Superelevação
	Sim
	Sim
	Sim
	Sim
	Raio mínimo de curvatura horizontal
	200
	200
	200
	200
	Taxa de Superelevação
	4,89%
	7,43%
	3,17%
	2,56%
	Taxa de Superelevação adotada
	5%
	8%
	4%
	3%
Quadro 14 – Elementos da superelevação.
2.4.3. Representação gráfica da superelevação
As representações gráficas das distribuições das superelevações
encontram-se em anexo.
2.5. SUPERLARGURA
Para a concepção da superlargura, consideraram-se como parâmetros básicos
Veículo tipo de projeto: SR (comercial rígido);
Adotar distribuição simétrica em todas as curvas;
Para uma velocidade diretriz de 80 Km/h, com largura básica da pista em
tangente de 7,20 metros (somando as duas faixas) e veículo de projeto SR, a
superlargura é dispensável em curvas com raio maior que 480,00 metros. Dessa forma, as curvas 1 e 2 (circulares) não necessitam superlargura. As demais curvas (curvas de transição 3 e 4), que possuem raios de 350,00 e 300,00 metros necessitam de superlarguras de 0,60 m e 0,60 m respectivamente. (fonte: Manual de projeto geométrico, DNER (1999)).
	SUPERLARGURA
	ELEMENTOS DE CÁLCULO DA SUPERLARGURA
	CURVA CIRCULAR 1
	CURVA CIRCULAR 2
	CURVA TRANSIÇÃO 3
	CURVA TRANSIÇÃO 4
	Necessidade de Superlargura
	não
	não
	sim
	sim
	Valor de Superlargura
	-
	-
	0,60m
	0,60m
Quadro 15 – Elementos da Superlargura.
3. TERRAPLENAGEM
3.1. DEFINIÇÃO
Terraplenagem é a operação que envolve os serviços de corte (escavação de materiais) e de aterro (deposição e compactação de materiais escavados), para adequar o terreno aos gabaritos determinados no projeto, visando obter condições geométricas compatíveis com o volume e tipo dos veículos que irão utilizar a rodovia.
3.2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS PARA TERRAPLENAGEM
Os parâmetros base definidos para o projeto de terraplenagem são os
seguintes:
Fator de homogeneização: 1,30;
Espessura da camada vegetal: 0,25 metros;
Todo material é de primeira categoria.
3.3. CÁLCULO DAS ÁREAS DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS, VOLUMES E
ORDENADAS DE BRÜCKNER
Para o cálculo das áreas das seções transversais, foi utilizado o processo analítico simplificado, onde considerou-se o terreno totalmente plano
transversalmente (linha do terreno horizontalizada). Isso permite que apenas
permaneçam as seções homogêneas em corte ou aterro, desaparecendo as
seções mistas. Os seguintes parâmetros mínimos devem ser levados em
consideração:
Largura total da plataforma: 15,00 metros;
Talude para corte (ic): 1/1;
Talude para aterro (ia): 1/1,5;
Camada vegetal de espessura constante igual a 0,25 metros.
Após essa etapa passa-se ao cálculo dos volumes dos interperfis, separando-se os volumes de cortes e aterros e, assim, determinando Ordenadas de
Brückner.
O Quadro Geral de Áreas da Seção Transversal encontra-se em anexo.
3.3.1. Cálculo dos volumes dos interperfis
Para o cálculo dos volumes dos interperfis, foi utilizada a expressão:
Onde S1 e S2 são as áreas de duas seções e l a distância entre as seções.
3.3.2. Influência da operação de limpeza
Devido às operações de limpeza, considera-se:
3.3.3. Cálculo da distância média de transporte
A distância média de transporte é obtida pela expressão:
Onde vi é o volume parcial escavado e di a distância de transporte parcial.
3.3.4. Ordenadas de Brückner
As ordenadas de Brückner, bem como as áreas, o volume dos interperfis e a compensação lateral estão em anexo listados no Quadro Geral de Áreas de
Seção Transversais.
3.4. DIAGRAMA DE BRÜCKNER
Com as Ordenadas de Brückner pode-se então gerar o Diagrama de Brückner. O Diagrama de Brückner encontra-se em anexo.
3.5. DISTRIBUIÇÃO DA TERRAPLENAGEM
Com os elementos definidos anteriormente, pode-se então montar o quadro intitulado Localização e Distribuição de Materiais (em anexo) que contem as informações relevantes para a execução da terraplenagem, tais como: origem, destino e distância de transporte de materiais.
3.6. QUADRO RESUMO DA MOVIMENTAÇÃO DE TERRA
Este quadro contém um resumo de todos os elementos até aqui definidos e encontra-se em anexo. 
3.7. NOTAS DE SERVIÇO DE TERRAPLENAGEM
Com todos os elementos referentes a terraplenagem definidos, como a
localização e distribuição dos materiais, são constituídas então as Notas de
Serviço (N.S.). Neste trabalho foram definidas seis seções transversais características. A planilha de cálculo das seis seções encontra-se em anexo.
4. DISPOSITIVOS DE DRENAGEM
Basicamente, os dispositivos de drenagem visam garantir que haja o
afastamento das águas que escoam sobre a superfície da rodovia ou em suas
proximidades, bem como evitar que águas profundas atinjam o pavimento ou a
superfície da estrada.
4.1. OBRAS DE ARTE CORRENTE
No projeto de obras de arte correntes foram indicados os seguintes bueiros,
considerando-os normais a pista:
Bueiros de Greide: destinados a conduzir as águas coletadas pela sarjeta de corte para um local de deságüe seguro (transposição da pista). Foram considerados com diâmetro do tubo de concreto de a 0,80m, caixa coletora com grelha de ferro em sarjeta e boca de BSTC de saída, sendo o critério para implantação a localização de um bueiro a cada 400,00m quando da não possibilidade de saídas d’água. Também, o bueiro deve estar afastado em 400,00m do ponto mais alto ou baixo do Greide, podendo variar em até 15% a mais ou a menos.
Bueiro Simples Tubular de Concreto: foi adotado geralmente em fundo de vale, no ponto mais baixo do terreno, com diâmetro mínimo de 1,20m e bocas de BSTC (uma para entrada e outra para saída).
4.2. DRENAGEM SUPERFICIAL
De acordo com o perfil longitudinal, foram previstos a implantação de sarjetas de corte (triangulares) ou sarjetas de aterro (meio-fio pré-moldado) em
todo o trecho da rodovia. Para as saídas d’água considerou-se extensão de 7,00m e para descidas d’água, extensão equivalente a 1,5 vezes a altura do aterro.
4.3. OBRAS DE ARTE ESPECIAIS
O comprimento padrão adotado para as pontes, destinadas à transposição
de rios, do projeto é de 50,00 metros. O quadro de Obras de Arte Especiais
encontra-se em anexo.
5. SINALIZAÇÃO
Foi considerada a implantação simplificada de sinalização vertical, com o
uso de apenas seis placas, conforme planilha anexa e a disposição da sinalização horizontal também encontra-se em anexo .
5.1. SINALIZAÇÃO VERTICAL
Foram previstas seis placas, sendo duas de regulamentação e quatro de
advertência. Em anexo encontra-se o quadro com a descrição deste serviço, bem como o estaqueamento referente às placas implantadas.
5.2. SINALIZAÇÃO HORIZONTAL
Na sinalização horizontal foi previsto a implantação de Linhas de Bordo e
Linhas de Divisão de Fluxo de Sentidos Opostos com as seguintes características:
Linhas de Bordo: são constituídas de linhas contínuas em todo o trecho, de cor branca, com largura igual a 0,10 metros, e foram posicionadas nos bordos externos da pista.
Linhas de Divisão de Fluxo de Sentidos Opostos: foram posicionadas no
eixo da pista, no bordo interno de cada faixa de rolamento. São de cor amarela, com largura igual a 0,10 metros, que pode ser contínua ou descontínua com cadência de 1:4 e comprimento de 4,0 metros. Para a sua determinação foi considerada uma distância mínima de visibilidade de ultrapassagem de 560,00 metros. 
O Quadro contendo a descrição do serviço encontra-se em anexo.
6. PAVIMENTAÇÃO
O Quadro seguinteapresenta as características técnicas para a
composição do pavimento. Neste trabalho as características físicas dos materiais de terraplenagem e dos disponíveis para a aplicação na composição do pavimento, a composição e volume de tráfego, taxa decrescimento, horizonte de projeto e os demais parâmetros foram considerados previamente calculados.
	CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS – Pavimentação
	CAMADA DO PAVIMENTO
	MATERIAL
	ESPESSURA NA PISTA
	ESPESSURA NO ACOSTAMENTO
	SUB-BASE
	Brita Corrida
	40,00cm
	40,00cm
	BASE
	Brita Graduada 
	30,00cm
	30,00cm
	CAPA ASFALT.
	CBUQ*
	6,00cm
	3,00cm
Quadro 16 – Características técnicas da composição do pavimento. A
apresentação da configuração do pavimento através da representação gráfica da Seção Tipo do Pavimento encontra-se em anexo.
7. ORÇAMENTO
O cálculo dos custos unitários de serviços de Escavação, Carga e Transporte de material de 1º categoria com DMT entre 200 e 400 metros e de
Compactação de Aterro a 100% do PN encontra-se em anexo. Para sua composição foram calculados os Custos Horários de Utilização de Equipamentos, a Produção da Equipe Mecânica e por fim o Custo Unitário dos Serviços. Os demais custos unitários foram disponibilizados previamente.
Com o levantamento quantitativo dos materiais e serviços resultantes de cada fase do projeto montou-se a planilha de Orçamento, determinando-se o custo final da obra.
CONCLUSÃO
Identificar, formular e solucionar problemas são fatores fundamentais em
engenharia. Através do projeto é que se pode obter um plano de execução, estabelecer um conjunto de procedimentos e especificações, que levam a algo
concreto, nesse caso a elaboração do projeto de uma rodovia.
Este trabalho permitiu a aproximação de uma atividade acadêmica com uma situação profissional real, dando a oportunidade do contato com o processo da concepção de uma rodovia, suas etapas constituintes até sua fase de conclusão, propulsionando o desenvolvimento de iniciativas, criação de soluções para problemas pertinentes ao processo, o que contribui significativamente para a nossa formação profissional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
KUSTER FILHO, W. – “Orientação para a elaboração do trabalho prático da
discplina de Projeto de Obras Viárias”, 2010.
Manual de Projeto Geométrico, DNER, 1999.
PEREIRA, D. M.; RATTON, E.; BLASI, G. F.; KUSTER FILHO, W. – “Composição de Custos Rodoviários”, Diretório Acadêmico de Engenharia Civil, Universidade Federal do Paraná, 2007.
PEREIRA, D. M.; RATTON, E.; BLASI, G. F.; KUSTER FILHO, W. – “Dispositivos de Drenagem para Obras de Rodoviárias”, Diretório Acadêmico de Engenharia Civil, Universidade Federal do Paraná, 2007.
PEREIRA, D. M.; RATTON, E.; BLASI, G. F.; KUSTER FILHO, W. – “Introdução à Terraplenagem”, Diretório Acadêmico de Engenharia Civil, Universidade Federal do Paraná, 2007.
PEREIRA, D. M.; RATTON, E.; BLASI, G. F.; KUSTER FILHO, W. – “Obras
Complementares”, Diretório Acadêmico de Engenharia Civil, Universidade
Federal do Paraná, 2007.
PEREIRA, D. M.; RATTON, E.; BLASI, G. F.; KUSTER FILHO, W. – “Sinalização Rodoviária”, Diretório Acadêmico de Engenharia Civil, Universidade Federal do Paraná, 2007.

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