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Direito Internacional - Contratos

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DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
PROFº Marcos Vinícius da Silva
CONTRATOS INTERNACIONAIS
Contrato: “Acordo de vontades de duas ou mais pessoas com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.” – Clóvis Beviláqua.
Negócio Jurídico bilateral, disciplinado pelo direito das obrigações.
Elementos formadores: partes capazes, consentimento, objeto lícito e forma prescrita ou não em lei. 
“O que caracteriza o contrato internacional é a presença de um elemento de estraneidade que o ligue a dois ou mais ordenamentos jurídicos nacionais.” Nadia de Araujo.
Possuem os mesmos elementos formadores (partes capazes, consentimento, objeto lícito e forma prescrita ou não em lei), além do componente inernacional. 
Elementos convencionais x elementos de estraneidade
Os elementos convencionais surgem a fim de que as relações jurídicas possam ser pluralizadas, uma tentativa de harmonização internacional.
Cabe ressaltar que no momento em que dois estados encontram-se envolvidos em uma relação, tanto de maneira direta na esfera pública como na privada, encontram-se absorvidos elementos periféricos, mas de suma importância para a relação transnacional.
Cultura – Costumes – Religião – Legislação – Princípios.
Exemplo é a produção de frango nacional para venda em países mulçumanos. 
Hallal 
Contudo a quantidade exorbitante de culturas pode gerar uma insegurança jurídica, necessitando deste modo uma lei ampla que contemple mínimo contratual de segurança mercantil e jurídica.
Lex mercatória – compreensão internacional de que as normas de direito internacionais nos contratos devem seguir princípios gerais como da boa fé, cumprimento integral do contratado, capacidade das partes, entre outros. A fim de que fosse estabelecido um mínimo de relação parietal entre normas e costumes.
A lex mercatória não funciona no sentido de substituir o Estado, mas sim de ampliar sua aplicação para o ramo internacional. Contudo, na era dos direitos positivados, passaram a vigorar apenas as normas escritas/positivadas, deixando de lado as normas principiológicas.
Assim, como ocorre no direito interno, a principal regra que estabelece a aplicação, execução e encerramento de um contrato, são as próprias normas estipulados no corpo do contrato. 
Diferenças
ContratosNacionais
ContratosInternacionais
Únicocontextocultural;
Mesmapráticacomercial/empresarial.
Duasoumaisculturas
Diferentespráticascomerciaiseempresariais;
Ordenamento jurídico nacional;
Uma única legislação de regência.
Dois ou mais ordenamentos jurídicos;
Multiplicidade de legislações;
Regras de DIPr;
Regras Uniformes.
Umaúnicajurisdiçãocompetente;
Competênciainterna.
Multiplicidadedejurisdiçõescompetentes;
Competênciainternacionalecompetênciainterna
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
Exemplo de Compra e Venda Internacional:
Comprador: País “A”;
Vendedor: País “B”;
Transportador: País “C”;
Segurador: País “D”;
Financiador: País “X”;
Garantidor: País “Y”. 
Diversas questões envolvidas: Pagamento, garantias, entrega da coisa, vistoria, solução de controvérsia, lei aplicável; 
PRINCÍPIOS
O grande princípio que norteia o direito aplicável aos aspectos formais dos contratos internacionais, desde os tempos do direito feudal até os dias atuais, é o secular LOCUS REGIT ACTUM, a regra segundo a qual os requisitos formais de um contrato são regidos pela lei do local onde o ato se aperfeiçoou – Bártolo (lei do lugar em que o contrato foi celebrado). 
Savigny – LEX LOCI OBLIGATIONIS – O lugar da execução é determinante por ser a sede da relaçõa jurídica da obrigação.
PRINCÍPIOS
Capacidade Jurídica Do Contratante. A capacidade sempre tem relação com o local de domicílio da Parte. Assim se as partes vivem em locais diferentes, sobre cada uma recairá uma regra específica de capacidade.
LEX REI SITAE - Os bens são regidos pelas leis do local onde estão localizados, mesmo que a regra geral do contrato da compra e venda do bem será diversa daquela do local do objeto.
NACIONALIDADE – praticamente não tem mais aplicação no Dir. Int. Privado.
PRINCÍPIOS
AUTONOMIA DA VONTADE: A vontade das partes é que decide a lei aplicável; Hoje trata-se de princípio de caráter universal.
Regra Principal de várias CONVENÇÕES INTERNACIONAIS: Convenção de Roma sobre a lei aplicável aos contratos internacionais; Convenção de Viena sobre a Compra e Venda Internacional; Convenção do México sobre a lei aplicável aos contratos intenacionais. Tratado Madri sobre a proteção de Marcas. Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias
DÉPEÇAGE
Também conhecido como fracionamento é um mecanismo pelo qual um contrato ou uma instituição é dividida em diferentes partes, que serão, cada uma delas, submetidas a leis diferentes. 
Pode ocorrer em dois níveis. No primeiro, pelo próprio sistema de DIPr, pois a substância pode ser regida por outra. 
No segundo o depéçage decorre da própria autonomia das partes que têm a faculdade de determinar mais de uma lei aplicável ao contrato. 
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
QUANDO PODE OCORRER O DÉPEÇAGE: 
A) quanto à capacidade das partes – lei pessoal do domícilio das partes;
B) quanto à lei que rege substância e efeitos – lei aplicável relacionada ao local da celebração.
C) quanto à lei que rege a execução – lei do lugar da execução. Realização de uma atividade trabalhista. 
D) quanto à lei que rege a escolha do foro – autonomia da vontade. São coisas diferentes: escolha dalei e ecolha do foro. 
COMO ANALISAR UM CONTRATO INTERNAIONCAL.
O CONTRATO
Marcos, brasileiro, morador da cidade de São Paulo, com 25 anos de idade, dotado de todas as suas capacidades físicas e jurídicas, comprou de Xing Ling, chinês, morador da cidade de Pequim, com 16 anos e dotados das capacidades jurídicas necessárias, uma série de equipamentos eletrônicos que seriam alocados em uma lan house, bem como a prestação do serviço de instalação do referido equipamento. 
Como as duas partes queriam estabelecer as cláusulas do contrato pessoalmente, combinaram de se encontrar na cidade de Roma – Itália, que era a metade do caminho, para que os custos com deslocamento fossem menores.
O CONTRATO II
O contrato estabeleceu múltiplas cláusulas, sendo algumas delas;
a utilização da arbitragem para solução de controvérsias, selecionando um arbitro em Genebra/Suíça, 
Estipulação da cláusula de eleição de foro, tendo sido escolhida a cidade de Pequim para a solução de qualquer problema.
A possibilidade de multa diária por atraso na entrega e instalação do equipamento em 200% o valor dos bens e serviços transacionados. 
O CONTRATO III
O QUE OCORRERÁ CASO a mercadoria seja devidamente entregue; os bens devidamente instalados; tudo tenha ocorrido dentro do prazo; o comprador tenha pago o valor integral pela mercadoria, e que todos os impostos sejam devidamente quitados? NADA.
Todavia, como deverá ser analisado o contrato expostos acima caso ocorra alguma problemática em qualquer fase da produção, entrega, qualidade do produto, ou ainda durante a execução do serviço e posterior pagamento pelas atividades prestadas.
VAMOS REANALIZAR O CONTRATO CELEBRADO!!!
O CONTRATO
Marcos, brasileiro, morador da cidade de São Paulo, com 25 anos de idade, dotado de todas as suas capacidades físicas e jurídicas, comprou de Xing Ling, chinês, morador da cidade de Pequim, com 16 anos e dotados das capacidades jurídicas necessárias, uma série de equipamentos eletrônicos que seriam alocados em uma lan house, bem como a prestação do serviço de instalação do referido equipamento. 
Como as duas partes queriam estabelecer as cláusulas do contrato pessoalmente, combinaram de se encontrar na cidade de Roma – Itália, que era a metade do caminho, para que os custos com deslocamento fossem menores, e lá assinaram o contrato.
O CONTRATO II
O contrato estabeleceu múltiplas cláusulas, sendo algumas delas;
a utilização da arbitragem para solução de controvérsias, selecionando um arbitro em Genebra/Suíça,
Estipulação da cláusula de eleição de foro, tendo sido escolhida a cidade de Pequim para a solução de qualquer problema.
A possibilidade de multa diária por atraso na entrega e instalação do equipamento em 200% o valor dos bens e serviços transacionados. 
ANÁLISE CONTRATUAL
Estabelecidas as relações necessárias para a análise do contrato, podemos responder alguns questionamentos:
As partes tem capacidade para celebrar o contrato?
O contrato trata da compra e venda de produtos lícitos?
Deverá ser respeitada a cláusula de eleição de foro?
Deverá ser respeitada a cláusula de arbitragem?
É possível a estipulação de multa por atraso maior que o valor do próprio bem?
O juízo Brasileiro poderá julgar a causa?
Caso outro juízo julgue a causa, terá validade no Brasil?
ELEMENTOS DE CONEXÃO.
CAPACIDADE DAS PARTES
A capacidade de cada indivíduo deve ser regulamentada através da legislação do país de seu domicílio.
Desta forma, um brasileiro, de forma geral, adquire sua capacidade para vida civil ao atingir a maioridade, que atualmente ocorre aos 18 anos.
Poderá ser antecipada esta maioridade através da emancipação.
Não se pode confundir a relação de capacidade entre países diversos.
CAPACIDADE DAS PARTES
Cada país determinara a capacidade civil da população que lá habita.
Assim, pode-se dizer que o Japão determina a aquisição da capacidade civil com 21 anos, enquanto na China a mesma capacidade já é adquirida aos 15.
No mesmo sentido deve-se observar a relação do incapaz. Se no Brasil é totalmente incapaz aquele que não pode se comunicar de forma alguma, poderá ser tal sujeito capaz se domiciliado na Itália.
CAPACIDADE DAS PARTES
LEGISLAÇÃO APLICADA AS NORMAS DE REGÊNCIA DO CONTRATO
As regras aplicadas em um contrato são aqueles do local em que ele foi assinado/ celebrado, pouco importando o local em que ele foi confeccionado, ou ainda as partes que delem fazem parte.
Assim, um contrato sobre venda de herança de pessoa viva, que é proibido no Brasil, poderá ser considerado válido se realizado na França.
A validade do ato celebrado depende apenas do local em que se perfectibilizou a celebração. 
LEGISLAÇÃO APLICADA AS NORMAS DE REGÊNCIA DO CONTRATO
Se as partes, independente do país que habitam, resolvem celebrar o acordo em determinado país. (Brasil – Chile –Argentina), é a lei local que determinara a validade de tal contrato.
Outro ponto bastante importante em relação ao local da celebração está relacionado a norma a ser aplicada para a resolução de eventuais controvérsias relacionadas aquele determinado contrato.
Assim, se eu assinei o contrato no Brasil, se aplica o CDC ou CC. Entretanto se eu assinei o contrato na França, se aplica o CC francês.
LEGISLAÇÃO APLICADA AS NORMAS DE REGÊNCIA DO CONTRATO
Uma vez determinada a legislação a ser aplicada, o processo pode ocorrer em qualquer lugar do planeta, e mesmo assim deverá ser utilizada a lei do local da celebração.
Exemplo: João e Pedro assinaram um contrato em Moscou, depois de algumas parcelas terem sido pagas, Pedro deixou de cumprir com sua obrigação. Como as duas partes da lide são brasileiras, resolvem entrar com o processo no Brasil, entretanto, mesmo que o juízo seja nacional, ele deverá utilizar a norma estrangeira para resolver a problemática.
LEGISLAÇÃO APLICADA AS NORMAS DE REGÊNCIA DO CONTRATO
Quando a legislação aplicada tem origem em outro Estado, exemplo Moscou, o juiz esta obrigado a aplicar a legislação internacional. Uma vez que regra do Direito internacional é clara neste sentido. 
Todavia o juiz pode não saber que o contrato foi celebrado em outro país, ou ainda não conhecer a norma daquela nação para o caso em tela. Motivo pelo qual a parte deve sempre arguir a legislação da outra nação.
LEGISLAÇÃO APLICADA AS NORMAS DE REGÊNCIA DO CONTRATO
Depois de levantada a norma estrangeira/alienígena, caberá a parte que a alegou comprovar a sua validade dentro do ordenamento jurídico da nação da qual tem origem.
Pressupostos do teor e da vigência da lei. Art. 337 do CPC.
Assim, a parte que requer a aplicação da norma externa, comprova sua validade através da tradução juramentada de todos os artigos que considera válido para a resolução do problema.
LEGISLAÇÃO APLICADA AS NORMAS DE REGÊNCIA DO CONTRATO
Neste sentido, casa a parte não traga o direito o direito internacional, (a norma) o juiz deverá julgar do mesmo modo. Todavia o juiz poderá solicitar que a parte traga a legislação, tendo como consequência o possível julgamento sem que se leve em consideração o direito alienígena.
A lei deverá ser traduzida, servindo como prova pericial - a parte processualista ocorre normalmente.
LEGISLAÇÃO APLICADA AS NORMAS DE REGÊNCIA DO CONTRATO
Um despacho do juiz determinando a apresentação da parte não vincula a parte, também não podendo o magistrado extinguir o processo (RESP 244544/MG).
Organização dos Estados Americanos – Possui regulamento neste sentido, impossibilitando a extinção do processo por falta da norma mais válida a ser aplicada.
LEGISLAÇÃO APLICADA AS NORMAS DE REGÊNCIA DO CONTRATO
LEGISLAÇÃO APLICADA A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
A legislação da aplicação do serviço não serve para os casos em que seja estabelecido apenas um contrato de compra e venda ou entrega de determinado objeto.
Sua aplicação está condicionada ao local onde ocorrerá a execução de determinado serviço – conforme o próprio nome assegura.
Assim, se uma pessoa é contrata em uma empresa na China para fazer sapatos e enviar a mercadoria para o Brasil, a lei aplicada é a chinesa. Entretanto, caso seja contratado um chinês para vir ao Brasil e aqui fazer os sapados, será aplicada a lei nacional.
LEGISLAÇÃO APLICADA A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
Desta forma, se uma empresa quer aumentar seus lucros ele não pode simplesmente contratar empregados chineses para trabalhar no Brasil prestando serviço, sobre um regime de trabalho chinês.
No Brasil, mesmo que as partes sejam estrangeiras e que o contrato tenha sido celebrado na China, deverá ser aplicada a lei brasileira no tocante a execução do serviço.
LEGISLAÇÃO APLICADA A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO
VALIDADE DA ELEIÇÃO DE FORO
Existe atualmente inumeras controvérsias na jurisprudência pátria no tocante a eleição de foro.
Entretanto, a maioria do STJ, que é o ente que valida a norma estrangeira, entende que o Judiciário nacional não está obrigado a respeitar as cláusulas de eleição de foro, sendo assim, mesmo que elas existam, o juiz brasileiro não deverá considera-las de plano.
 
VALIDADE DA ELEIÇÃO DE FORO
O argumento utilizado pelo judiciário é o do art. 88 do CPC, informadno que a Renúncia à jurisdição só é lícita depois do surgimento da lide.
Normas definidoras da competência são de Ordem Pública e não podem, a priori, serem alteradas pelas vontades das partes.
Consequência: Ineficácia da cláusula que elege o foro estrangeiro quando concorrente o brasileiro;
VALIDADE DA ELEIÇÃO DE FORO
Vamos ao exemplo!!!
Marcos comprou um carro de Wagner, um americano, nos Estados Unidos da América, e escolheu como local para a resolução de qualquer problema em relação ao carro, a comarca de New York.
30 dias depois da compra do referido carro, o bem começa a apresentar problemas. Marcos, que está em posso do bem em sua cidade, Piracicaba, resolve entrar com uma ação judicial contra Wagner em Piracicaba, alegando ser uma relação de consumo.
Mesmo que no contrato esteja explicito a eleição do foro para a cidade americana, o juiz de Piracicaba é obrigado a julgar a ação.
VALIDADE DA ELEIÇÃO DE FORO
No novo projeto do CPC havia a ideia da obrigatoriedade do respeito a cláusula de eleição de foro, mas na versão final, suprimiram o art. 24 que tratava da matéria. 
A importância da validade da cláusula de eleição de foro é fundamental, uma vez que delimita a competência, legitimidade e a segurança jurídica. 
VALIDADE DA ELEIÇÃO DE FORO
O melhor do pior exemplo do MUNDO!!!
Vamos mais longe. Imagine que duas pessoas escolheram como local para a resolução dos seus problemas
jurídicos internacionais a cidade de Vancouver no Canadá. Eles possuem uma lide em tal país que já está no segundo grau de jurisdição, mas ainda não transitou em julgado.
Conforme aprendemos, somente depois de transitada em julgado uma sentença estrangeira pode ser declarada válida pelo Brasil, mediante aprovação do STJ.
Se no meio tempo que a lide aguarda julgamento final pela corte Canadense uma das partes entra com a lide em um juiz de primeiro grau na cidade de Natal-BR e a sentença transita em julgado em primeiro grau, o processo é encerado. Caso seja solicitada a validação da sentença estrangeira o STJ, este informará a perda do objetivo, uma vez que a matéria já foi julgado pelo juízo brasileiro.
VALIDADE DA ELEÇÃO DE FORO
A EXCEÇÃO!!!
Protocolo Buenos Aires – 1996 – trata de contratos internacionais no MERCOSUL.
Para os contratos do MERCOSUL, o Brasil deve seguir a cláusula de eleição de foro, competência concorrente de leis, valendo a mais especifica, o protocolo.
VALIDADE DA ELEÇÃO DE FORO
VALIDADE DA ARBITRAGEM
Arbitragem Internacional é Meio de solução de litígios utilizado no comércio internacional que permite uma utilização do direito, amoldando-se melhor às necessidades dos atores envolvidos nessa intensa atividade
Principais fatos que contribuiram para a utilização da lei de arbitragem, Lei n. 9.307/96 foi a ratificação do Brasil na Convenção de Nova York que determina a validade da arbitragem no plano internacional.
VALIDADE DA ARBITRAGEM
Até bem recentemente a arbitragem não possuía a credibilidade necessária, dada a ineficácia executiva da cláusula compromissória. No DIr era necessário a chancela judicial do país de origem.
Atualmente tal entendimento foi alterado, sendo a arbitragem admitida entre pessoas capazes de contratar e para questões lícitas e possíveis. 
A sentença arbitral tem o mesmo efeitos da sentença proferida pelo Poder Judiciário, sendo desnecessária qualquer homologação anterior ao seu proferimento. 
VALIDADE DA ARBITRAGEM
Na arbitragem prestigia-se a autonomia da vontade das partes, conferindo aos contratantes ampla liberdade de escolha das normas aplicáveis, tanto ao procedimento como ao fundo da causa – eleição dirigida aos usos e costumes do comércio internacional.
Se houver cláusula arbitral em um contrato, e uma das partes se recusar a participar da arbitragem, a parte que convocou pode instaurar procedimento judicial para obrigar a firmar compromisso arbitral.
VALIDADE DA ARBITRAGEM
A LA não prevê um regime jurídico distinto para as arbitragens internacionais realizadas no Brasil e não define os contornos da arbitragem internacional.
Todavia isso não impede que no Brasil ela seja utilizada com ampla autonomia das vontades das partes.
Toda sentença proferida fora do território nacional será considerada estrangeira, sujeitando-se à homologação pelo STJ para adquirir força executiva no Brasil.
Tal fato não se confunde com a validade da sentença, ela apenas precisa ser apreciada pelo ordenamento interno.
VALIDADE DA ARBITRAGEM
Regras da arbitragem:
A convenção deve ser celebrada por pessoas capazes e sua formação dá-se por escrito. 
Medidas Cautelares: O árbitro não tem poder para impor, no curso do procedimento, medidas de caráter cautelar (impossibilidade de coerção). Tais medidas somente poderão ser postuladas no Judiciário. 
Segunda instância só existe quando a instituição utilizada dispõe de um sistema de revisão ou quando as partes convencionaram.
As sentenças arbitrais internacionais não mais necessitam de homologação judicial nos seus países de origem.
VALIDADE DAS CLÁUSULAS GERAIS.
CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR.
CLÁUSULA DE NÃO VINCULAÇÃO
CLÁUSULA DE CONFIDENCIALIDADE
DEFESA COMERCIAL 
CDC
VALIDADE DA ARBITRAGEM
CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR
A força maior e o caso fortuito são regras no ordenamento interno, contudo não necessariamente no ordenamento do país da celebração ou da residência do proponente, devendo assim estar vinculado em contrato.
Neste sentido, a ausência da clausula expressa sobre o tema deixa o assunto a cargo do país em que foi celebrado o contrato.
Casos as partes queiram, elas devem apresentar o que consideram como caso fortuito ou força maior, informando sua aplicação.
CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR
Pode de igual modo se eleger a inexistência de eventual força maior ou caso fortuito.
Interrupção e suspenção relacionada aos eventos supracitados. Para e pause.
Hardship - adequar os valore as normas reais - aplicabilidade pratica. Teoria da imprevisão. As próprias partes provem a negociação para rever valores de acordo com a realidade.
CLÁUSULA DE NÃO VINCULAÇÃO
Vincular as partes para determinada negociação
Quando não existe a vontade de vinculo pre-contratual é feito uma cláusula neste sentido para que as partes não fiquem vinculadas. 
No Brasil, como regra, existe a vinculação pre-contratual, então se eu realizou um contrato de compra e venda e não o registro, partisse do princípio que irei adquirir o bem.
Quando da quebra da confiança (relaciona-se a quebra de uma confiança de boa-fé objetiva), existe a possibilidade de indenização por perdas e danos.
CLÁUSULA DE NÃO VINCULAÇÃO
Na esfera internacional ocorre da mesma forma, se uma parte informa que vai vender um bem, ela fica vinculada a venda do produto pelo valor e quantidade informados.
Tal previsão esta disposta no artigo 14 Convenção de Viana sobre contratos internacionais.
Sempre que uma parte descumpre a cláusula de vinculação pode ser imposta a ela perdas e danos.
CLÁUSULA DE CONFIDENCIALIDADE
A cláusula de confidencialidade pode ser proposta entre as partes para a prestação de determinado serviço.
Exemplo: as partes acordam que todos os dados gerados pela prestação de serviço são do contratante, não podendo ser utilizado pelo contratado. 
A cláusula de confidencialidade pode perdurar para além da prestação do serviço.
DEFESA COMERCIAL + CÓDIGO DE DEFESA DO CONSIMIDOR. 
Medidas de Defesa Comercial: conjunto de mecanismos jurídicos que um Estado pode utilizar para proteger suas indústrias dos danos causados por práticas desleais de comércio ou pelo crescimento imprevisto de importações.
Medidas antidumping, medidas compensatórias e medidas de salvaguarda. 
DEFESA COMERCIAL + CÓDIGO DE DEFESA DO CONSIMIDOR. 
O consumidor continua como ente hipossuficiente. – o direito do consumir tem um marco constitucional, no qual o Estado se compromete em defender o consumidor.
Porém cada país tem sua própria proteção para os direitos dos consumidores.
Contratação internacional – caso Panasonic. RESP63981/SP – filmadora adquirida no exterior que não funciona no brasil. Os juízes de 1 e 2ª entendem pela ilegitimidade da Panasonic do Brasil. O STJ decidiu que a representante neste caso deve arcar com o concerto, por servir como filial da Panasonic EUA.
DEFESA COMERCIAL + CÓDIGO DE DEFESA DO CONSIMIDOR. 
A filial brasileira se utiliza da fama da marca internacional para vender seus bens, estando vinculada com a marca.
Nacionalização do foro. E desrespeito ao dir. internacional.
Utilização de norma de valor interno - aplicabilidade imediata.
DEFESA COMERCIAL + CÓDIGO DE DEFESA DO CONSIMIDOR. 
No MERCOSUL houve uma tentativa de padronização de leis em beneficio do consumidor. Contudo a tentativa foi frustrado pelo produtores, porque somente o brasil possuía um CDC.
Para os demais países do MERCOSUL a legislação parecia ser muito pesada, trazendo encargo para seus comerciantes.
MOEDA DOS CONTRATOS INTERNACIONAIS.
Na esfera privada interna, não podem ser celebrados tendo-se como base o pagamento em moeda estrangeira – nulos de pleno direito. Também não pode a indexação em moeda estrangeira
A proibição em vinculação em moeda estrangeira estava atrelada a possibilidade de uma alteração na esfera internacional repercutir negativamente dentro dos contratos internos. Supervalorização do dólar, ou desvalorização do real. Quebra da base objetiva do negocio jurídico.
MOEDA DOS CONTRATOS INTERNACIONAIS.
No âmbito internacional a moeda estrangeira pode ser utilizada para vincular um contrato. Desde que não prejudique o real. 
Posso acordar a relação em dólar, mas se o pagamento ocorrer no Brasil ele deverá ser realizado em real. $$$ Para os contratos internos que versem de alguma forma sobre um tema internacional, também pode ser vinculados à moeda estrangeira. RESP 647.672/SP – caixa de laranja.
A conversão deve ocorrer no ajuizamento da ação ou no momento do pagamento.

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