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modelo liberdade provisoria

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[modelo]Liberdade Provisória
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA __________, ESTADO DO CEARÁ.
XXXXX DA SILVA, brasileiro, solteiro, estudante, portador da cédula de identidade nº xxxxxx, inscrito no CPF/MF sob o nº xxxxxx, residente e domiciliado na rua xxxxx, nº xx, bairro xxxxxxx, Juazeiro Do Norte-CE, atualmente detido junto ao Distrito Policial xxxxx Nº xx, bairro xxxx, por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a concessão de LIBERDADE PROVISÓRIA com fulcro no artigo 5º, inciso LXVI, da Constituição Federal, bem como nos artigos 310, III e 321 do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I - SÍNTESE DOS FATOS
O acusado encontra-se recolhido junto à delegacia xxxx, à disposição da justiça, em virtude de prisão em flagrante pelos suposta pratica do delito previsto no artigo 157 do Código Penal, por supostamente ter participado junto a 9 pessoas roubos simultâneos na forma de “arrastão” na praça Pe. Cícero, em que 10 (dez) pessoas iniciaram uma série de roubos contra todos os transeuntes que passeavam no local, onde xxxx estava sentado no banco da praça com seu aparelho smartphone, em que foi detido pela força policial que chegou ao local logo depois do ocorrido. Ao ver o estudante com o aparelho celular a polícia entendeu premeditadamente que aquele celular foi objeto de roubo durante o arrastão, sendo que não obtiveram informações concretas nessa suposta onda de roubos. 
II - FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Conforme o art. 5º, LXVI da Constituição Federal de 1988 que: “ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”.
Desta forma, observamos que no caso apresentado a ausência de fiança atribui um direito constitucional do acusado que lhe permite conservar sua liberdade até sentença condenatória irrecorrível.
1 - Da Ausência dos Fundamentos do Artigo 312 do Código de Processo Penal.
Primeiramente, ressaltamos que o Autor não preenche os pressupostos que autorizam a manutenção do flagrante. Visto que, após as alterações introduzidas pela lei nº 6.416/77 no ordenamento jurídico brasileiro, a manutenção da prisão em flagrante passou a depender da existência dos pressupostos do artigo 312 do Código de Processo Penal, antes apenas aplicáveis à prisão preventiva. 
Diz o insigne JULIO FABBRINI MIRABETE:
Como, em princípio, ninguém dever ser recolhido à prisão senão após a sentença condenatória transitada em julgado, procura-se estabelecer institutos e medidas que assegurem o desenvolvimento regular do processo com a presença do acusado sem sacrifício de sua liberdade, deixando a custódia provisória apenas para as hipóteses de absoluta necessidade. (Destaquei). Trata-se, pois, de um direito subjetivo processual do acusado, e não uma faculdade do juiz, que permite ao preso em flagrante readquirir a liberdade por não ser necessária sua custódia. Não pode o juiz, reconhecendo que não há elementos que autorizariam a decretação da prisão preventiva, deixar de conceder a liberdade provisória. ” (Destaquei).
Observamos assim, a ausência dos pressupostos requisitados pelo artigo 312, resta demonstrada de forma cabal a ilegalidade na manutenção da prisão em flagrante, devendo o réu ser posto em liberdade. Em se tratando de hipótese de ilegalidade da prisão em flagrante, o magistrado pode relaxar a prisão mesmo antes da oitiva do Ministério Público 
III - DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, nos termos do art. 316 do CPP a concessão da imediata Liberdade Provisória, para que o indiciado seja imediatamente reintegrado ao convívio social, visto que não estão presentes os requisitos elencados no art. 312 do CPP, mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo para os quais for intimado. Nesses termos, pede deferimento.
XXXXXX, Estado do Ceará
xx de xx de xxxx.

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