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Artigo - Governança (Participação)

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Universidade Estadual do Ceará – UECE
Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA
Graduação em Administração de Empresas
Disciplina em Gestão de Cidades
Horário 36EF
GOVERNANÇA (PARTICIPAÇÃO)
Alex Sandro Cândido de Lima
Mariana Marques
Edilson de O. Mesquita
Fortaleza
2014
INTRODUÇÃO
Em um mundo globalizado onde existe uma constante trasformação das cirscunstâncias que acabam por reger o andamento da vida e das atividades da população, a Governança surge na tentativa de aproximar o papel do Estado do seu objetivo de atender às reais necessidades do povo, necessidades que mudam com facilidade devido ao caráter imediatista da sociedade atual.
A Governança possui características que podem ser tidas como bons comportamentos de uma gestão, e que exposmos de forma abrangente durante este trabalho. Baseado em pesquisas feitas com moradores do município de Fortaleza, elencamos algumas particularidades e problemas que circundam o cotidiano desse povo.
Procuramos fazer correlação entre o caráter atual de Cidades que podem ser tidas como Inteligentes, assim como os conceitos dos temas e subtemas abordados.
REVISÃO TEORICA
Governança
Governança pode ter vários significados. Entre eles, “a maneira pela qual o poder é exercido na administração dos recursos sociais e econômicos de um país visando o desenvolvimento, e a capacidade dos governos de planejar, formular e programar políticas e cumprir funções”, pode ser sinônimo de Governo ou das medidas tomadas por ele. Podemos ter como suas principais características o Estado de direito, transparência, responsabilidade, orientação por consenso, igualdade e inclusividade, efetividade e eficiência e prestação de contas.
São oito as principais características da boa governança: Estado de direito, transparência, responsabilidade, orientação por consenso, igualdade e inclusividade, efetividade e eficiência e prestação de contas.
É importante ressaltar a diferença entre governança e governabilidade. A governabilidade trata do exercício da governança, ou seja, está mais relacionada à maneira em que o Estado exerce seus diretos e deveres, inclusive no que diz respeito à tomada de decisão. Já a Governança trata dos resultados eficazes de ações de cunho Governamental que afetam a sociedade em curto e longo prazo; ou seja, não somente o conjunto dessas ações, mas sim a maneira em que são definidas, monitoradas e seus resultados, podemos dizer.
Um dos grandes diferenciais em relação à Governança é a questão da Participação, que nesse caso diz respeito à conhecer e atender às necessidades da população através de meios de comunicação com os cidadãos, em momentos como o de tomadas de decisão; é o caso de metodologias de Planejamento Estratégico Participativo, Orçamento Participativo e Plano Diretor Participativo. 
Segundo Moutinho no trabalho intitulado "Das Cidades Digitais às Cidades Inteligentes", podemos encontrar a questão da participação principalmente no que se refere à "Smart Governance", abrangendo os subtemas referentes à participação nos Processos de tomada de decisão, Serviços públicos e sociais, Governança transparente e Estratégias e perspectivas políticas.
Uma cidade com que busca constantemente estar aperfeiçoando sua gestão, de maneira à acompanhar questões atuais como o avanço da tecnologia e a globalização; também deve buscar inserir a população nos principais processos que estarão afetando seu cotidiano e seus planos, desde elaboração e embasamento desses processos.
Podemos perceber que apesar de já existirem ações governamentais municipais na cidade de Fortaleza relacionadas à participação nos processos de tomada de decisão, como o Portal da transparência, nem todos os cidadãos tem conhecimento disso e existe uma insatisfação em relação à algumas decisões tomadas.
A transparência na gestão municipal também é de extrema importância para que exista uma boa governança, em que os cidadãos possam ter ciência do que ocorre, onde podemos dizer que um grande aliado é o uso da tecnologia nas Cidades Inteligentes. Ela também serve para que as estratégias e políticas municipais sejam comunicadas de maneira sistêmica, comum à realidade do povo. A partir daí, consequentemente os serviços públicos podem atender às reais necessidades da população, onde a questão da Participação pode ser citada novamente como diferencial das Cidades Inovadoras.
Participação nos Processos de Tomada de Decisão
As decisões nas organizações, na maioria das vezes, são tomadas por um indivíduo isolado, seja este governador, ministro, presidente de uma grande organização ou reitor de uma universidade, diretor técnico, financeiro, comercial, entre outros, cujos resultados são consequências da interação entre os envolvidos no processo. Ou a decisão final pode caber, ainda, a vários colegiados e não apenas a um simples indivíduo.
Esses colegiados podem, por um lado, representar corpos constituídos – assembleia eleita ou nomeada, conselhos de ministros, comitês de direção, júri, entre outros – e, por outro, uma coletividade com contornos mal definidos – como é o caso dos grupos de interesses, das associações de defesa, da opinião pública e dos grupos comunitários. 
Esses atores (indivíduos, corpos constituídos e coletividades) são chamados intervenientes, na medida em que, por meio de suas ações, condicionam a decisão em função do sistema de valores dos quais são portadores. Ao lado deles estão todos aqueles (parceiros, colaboradores e consumidores) que, de maneira normalmente passiva, sofrem as consequências da decisão tomada.
Para a definição do termo decisor, alguns autores inspiram-se no sentido etimológico da palavra. Por exemplo: o decisor é aquele, entre os atores, que está munido de poder institucional para ratificar uma decisão (MINTZBERG, 2000; GOMES; GOMES; ALMEIDA, 2002;
MONTANA, 1999). Ou ainda, segundo Koontz e O’Donnell (1972), por definição, o tomador de decisão é a pessoa que leva a culpa se a decisão conduzir para um resultado não desejado ou angustiante.
No entanto, em algumas situações complexas e, em particular, nas de interesse público, não existem decisores óbvios tampouco processos de decisão técnicos e transparentes, mas decisões políticas e/ou sociais que alteram a racionalidade do processo decisório.
Temos observado, na prática, que os atores influenciamo processo decisório de acordo com o sistema de valores querepresentam e por meio das relações que estabelecem entre si, asquais podem acontecer ou sob a forma de alianças, quando seusobjetivos, interesses e aspirações são complementares ou idênticos,ou sob a forma de conflitos, quando os valores de uns se opõemaos valores defendidos por outros. Essas relações possuem caráterdinâmico e instável, segundo Gomes, Gomes e Almeida (2002), epodem modificar-se durante o processo de decisão devido:
	- ao enriquecimento do sistema de informações;
- ao processo de aprendizagem a que se submetem osgestores durante o processo de estruturação do problema;
- às influências dos valores e das estratégias de outrosdecisores; e
- à intervenção de um facilitador.
Atenção! Todo e qualquer gestor, ao tomar decisões,incorpora suas características pessoais. A diferençaentre os decisores reside, porém, no fato de que algunsconseguem fazer uso dos componentes exclusivose intransferíveis da personalidade, dos valores eda experiência ou da força da opinião, e garantem,portanto, uma decisão que atenda aos seus objetivos.
No Brasil a luta pela maior participação popular na esfera pública teve sua origem no campo da resistência contra a ditadura militar, a partir dos anos 70 e ao longo dos anos 80, quando os movimentos populares se organizaram em torno das reivindicações urbanas, como educação, saúde, habitação, água, luz, transporte, etc. Reivindicava-se, além disso, a criação de espaços de participação, para que a sociedade civil organizada pudesse canalizar suas demandas e influir nos processos decisórios de políticas públicas.Assim, a Constituição Brasileira, promulgada em 1988, ficou conhecida como a “Constituição Cidadã” pelo fato de, entre outros avanços que não são aqui citados, ter incluído em seu âmbito mecanismos de democracia direta e de democracia participativa. Com referência à democracia direta, a Constituição destaca os mecanismos de Referendo, Plebiscito e Iniciativa Popular. Já no tocante à democracia participativa, cita-se o estabelecimento de Conselhos Gestores de Políticas Públicas, nos níveis municipal, estadual e federal com representação paritária do Estado e da Sociedade civil, destinados a formular políticas sobre questões relacionadas à saúde, a crianças e adolescentes, à assistência social, etc.
Desse modo, diferentes políticas públicas brasileiras contam com espaços institucionalizados de participação social, denominados Conselhos, sendo que muitos desses espaços passaram a desenvolver Conferências Nacionais de Políticas Públicas. As conferências são consideradas espaços mais amplos de participação, onde representantes do Poder Público e da sociedade discutem e apresentam propostas para o fortalecimento e adequação de políticas públicas específicas.
A atual gestão governamental de âmbito federal adotou como método de trabalho o diálogo com todos os segmentos da sociedade civil, buscando a construção de consensos. Assim, tem-se observado, desde 2003, a ampliação dos espaços republicanos e democráticos de participação da sociedade na esfera pública, dando consequência prática ao princípio constitucional da democracia participativa. 
Esta nova forma de governar tem possibilitado que conquistas substantivas para a população brasileira sejam obtidas por meio do diálogo com os mais diferentes segmentos representativos da sociedade. Como exemplos, a negociação entre o governo e as Centrais Sindicais para o reajuste, acima da inflação, do salário mínimo; o envolvimento dos principais movimentos sociais vinculados à educação (UNE, CNTE, Ubes e Undime) nas decisões estratégicas para relançar o ensino público brasileiro, como o ProUni, a Proposta de Reforma Universitária e o Fundeb; ou a construção, por meio do diálogo, com os movimentos sociais da área, do Plano Nacional de Reforma Agrária.
1.2. Serviços Públicos e Sociais
	A análise do conceito de serviço público se demonstra essencial para o efetivo entendimento do trabalho em questão. Diversas vertentes acerca da definição do conceito de serviço público foram defendidas por diferentes autores. Na visão da “doutrina” é necessário levar em consideração a combinação de três elementos na hora de definir o que seria um serviço publico; o material, o subjetivo e o formal. O conceito material prevê o serviço público como a atividade que atenda diretamente os interesses da coletividade, o conceito subjetivo identifica o serviço público como aquele prestado pelo Estado, e por fim o conceito formal indica o serviço público como aquele disciplinado pelo procedimento de direito publico.[1: ZANELLA DI PIETRO, Maria Sylvia; Direito Administrativo. Editora atlas. 20o Ed. 2006. São Paulo p. 86]
Segundo a pesquisadora Hely Lopes Meirelles “serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples conveniência do Estado”. São exemplos de serviços públicos: o ensino público, o de polícia, o de saúde pública, o de transporte coletivo, o de telecomunicações, etc.
“Exercício da atividade permanente em órgãos da administração, e dos de natureza privada por ela regulados, com o fim de satisfazer direta ou indiretamente a função e fim do Estado, bem como as necessidades e interesses coletivos.”
Já os serviços sócias são o planejamento e a execução de políticas públicas e de programas voltados para o bem-estar coletivo e para a integração do indivíduo na sociedade. O trabalha está vinculado com a questão da exclusão social, acompanhando, analisando e propondo ações para melhorar as condições de vida de crianças, adolescentes e adultos. Cria campanhas de alimentação, saúde, educação e recreação e implanta projetos assistenciais. Em penitenciárias e abrigos de menores, propõe ações e desenvolve a capacitação para a reintegração dos marginalizados. 
Os serviços públicos, conforme sua essencialidade, finalidade, ou seus destinatários podem ser classificados em:
• 	públicos: São os essenciais à sobrevivência da comunidade e do próprio Estado. Exs.: serviço de polícia, de saúde pública, de segurança.
• 	de utilidade pública: São os que são convenientes à comunidade, mas não essenciais, e o Poder Público pode prestá-los diretamente ou por terceiros (delegados), mediante remuneração. Exs.: fornecimento de gás, de energia elétrica, telefone, de transporte coletivo, etc. Estes serviços visam a facilitar a vida do indivíduo na coletividade.
• 	próprios do Estado: São os que relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público. Exs.: segurança, política, higiene e saúde públicas, etc. Estes serviços são prestados pelas entidades públicas (União, Estado, Municípios) através de seus órgãos da Administração direta.
• 	impróprios do Estado: São os de utilidade pública, que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, isto é, não são essenciais. Exs.: serviço de transporte coletivo, conservação de estradas, de fornecimento de gás, etc.
•	administrativos: São os executados pela Administração para atender às suas necessidades internas. Ex.: datilografia, etc.
•	industriais: São os que produzem renda, uma vez que são prestados mediante remuneração (tarifa). Pode ser prestado diretamente pelo Poder Público ou por suas entidades da Administração indireta ou transferidos a terceiros, mediante concessão ou permissão. Exs.: transporte, telefonia, correios e telégrafos.
•	gerais: São os prestados à coletividade em geral, sem ter um usuário determinado. Exs.: polícia, iluminação pública, conservação de vias públicas, etc. São geralmente mantidos por impostos.
• 	individuais: São os que têm usuário determinado. Sua utilização é mensurável. São remunerados por tarifa. Exs.: telefone, água e esgotos, etc.
Regulamentação e Controle
A regulamentação e o controle do serviço público cabem sempre ao Poder Público, o qual tem a possibilidade de modificação unilateral das cláusulas da concessão, permissão ou autorização. Há um poder discricionário de revogar a delegação, respondendo, conforme o caso, por indenização.
Princípios do Serviço Público (Requisitos e Direitos do Usuário)
Os requisitos do serviço público são sintetizados em cinco princípios:
1º) permanência (continuidade do serviço);
2º) generalidade (serviço igual para todos);
3º) eficiência (serviços atualizados);
4º) modicidade (tarifas módicas);
5º) cortesia (bom tratamento para o público).
Art. 6º Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.
§ 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
§ 2º A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
§ 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. (Lei nº 8.987/95)
Competência da União, Estados e Municípios
A Constituição Federal faz a partição das competências dos serviços públicos.
A matéria está prevista nos arts. 21, 25, §§ 1º e 2º, e 30 da Constituição Federal.
Competência da União (CF, art. 21 e incisos)
Os serviços que competem à União estão discriminados na ConstituiçãoFederal. São eles:
I - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
II - explorar diretamente ou mediante concessão as empresas sob o controle acionário estatal, os serviços telefônicos, telegráficos, ou transmissão de dados e demais serviços públicos de telecomunicações, assegurada a prestação de serviços de informações por entidade de direito privado através da rede pública de telecomunicações explorada pela União;
III - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, de sons e imagens e demais serviços de telecomunicações;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e infra-estrutura aeroportuárias;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
IV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
V - executar os serviços de polícia marítima, aérea e de fronteira;
VI - organizar e manter a polícia federal, a polícia rodoviária e ferroviária federal, a polícia civil, militar e do corpo de bombeiros do Distrito Federal;
VII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos medicinais, agrícolas, industriais e atividades análogas;
VIII - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho.
Competência dos Estados (CF, art. 25, §§ 1º e 2º)
“São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”. Portanto, são da competência dos Estados a prestação dos serviços que não sejam da União e do Município. Os Estados têm competência residual.
Competência dos Municípios (CF, art. 30)
Aos Municípios compete a prestação dos serviços públicos de interesse local, incluindo o de transporte coletivo.
Competem-lhe também os serviços de educação pré-escolar e de ensino fundamental (com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado). Competem-lhe ainda os serviços de atendimento à saúde da população (com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado).
Diz a Constituição Federal:
Art. 30. Compete aos Municípios:
	
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial.
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental;
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento à saúde da população;
São com base nestes pontos supracitados que podemos analisaro quão complexas são as diretrizes que definem a participação da governança em nossas vidas.
1.3. Governação Transparente
	
	O conceito de transparência, tal como é aplicado no campo da política, nasce de uma apropriação metafórica de um conceito das Ciências da Terra. Na Física, transparência é a propriedade dos materiais que têm a capacidade de permitir que se veja através deles. Na política, essa propriedade é atribuída a instituições que permitem que os cidadãos “vejam através” de suas estruturas, e possam assim tomar consciência dos fluxos informacionais que transpassam os centros de poder.
Uma das preocupações e questionamentos que cercam o mundo atualmente é referente ao papel do Estado como agente do bem-estar e a atuação de governos mais democráticos que visam à construção de uma sociedade menos injusta e desigual. As mudanças trazem consigo a oportunidade de disseminar mais rapidamente as informações e a prestação de serviços mais eficientes através das novas tecnologias.
Em torno destas transformações, surge à ideia de governo eletrônico, que tem entre outros objetivos a inclusão social e o acesso às informações aos cidadãos, contribuindo para o aumento da transparência e a construção da democracia.
Faz-se necessário que os governantes desenvolvam estratégias eficientes para utilização das tecnologias da informação e comunicação, gerando benefício e agilizando a relação do governo com os seus fornecedores, os cidadãos e com ele próprio, nas suas esferas municipais, estaduais e federal.
O Portal da Transparência do Governo Federal é uma iniciativa da Controladoria-Geral da União (CGU), lançada em novembro de 2004, para assegurar a boa e correta aplicação dos recursos públicos. O objetivo é aumentar a transparência da gestão pública, permitindo que o cidadão acompanhe como o dinheiro público está sendo utilizado e ajude a fiscalizar.
O Governo brasileiro acredita que a transparência é o melhor antídoto contra corrupção, dado que ela é mais um mecanismo indutor de que os gestores públicos ajam com responsabilidade e permite que a sociedade, com informações, colabore com o controle das ações de seus governantes, no intuito de checar se os recursos públicos estão sendo usados como deveriam.
Trata-se de um período de ressignificação dos processos de decisão coletiva, bem como das instituições e dos atores que, no contexto da esfera pública mediada pela mídia de massa, protagonizavam esses processos. O que muda nessa nova esfera pública, em relação à questão da transparência, é que os fluxos informacionais de interesse público, antes concentrados em algumas instituições, como os governos, por exemplo, agora transpassam a periferia das redes, de forma distribuída e independente – ou pelo menos têm esse potencial.
Seguem, na tabela abaixo, os oito princípios dos dados governamentais abertos. Dados governamentais, segundo os ativistas presentes nesse encontro, serão considerados abertos quando tornados públicos de uma forma que sejam:
	Completos
	Todos os dados públicos são disponibilizados. Dados públicos são dados que não se submetem à limitações válidas de privacidade, segurança ou privilégio.
	Primários
	Os dados são coletados na sua fonte, com o maior nível possível de granularidade, não estando em formas agregadas ou modificadas.
	Atualizados
	Os dados são disponibilizados tão rápido quanto seja necessário para preservar seu valor.
	Acessíveis
	Os dados estão disponíveis para o maior escopo possível de usuários e para o maior escopo possível de finalidades.
	Legíveis por máquina
	Os dados estão razoavelmente estruturados para permitir processamento automatizado.
	Não-discriminatórios
	Os dados estão disponíveis para todos, sem necessidade de registro.
	Não-proprietários
	Os dados são disponibilizados num formato do qual nenhuma entidade tem controle exclusivo.
	Livres de licenças
	Os dados não estão sujeitos a nenhuma forma de direito autoral, patente, propriedade intelectual ou segredo industrial. Restrições razoáveis de privacidade, segurança e privilégio podem ser permitidas.
Os princípios elencados na tabela garantem que a disponibilização de dados governamentais seja orientada de acordo a possibilitar a apropriação desses dados por parte dos cidadãos, que podem reutilizá-los na rede. Recombinadas, recontextualizadas e exibidas de diversas formas – contando para isso com as possibilidades do processamento automatizado, da granularidade e primariedade das bases de dados – a informação ganha valor, passando a representar diferentes realidades e formas de pensamento.Estratégias e Perspectivas Políticas
No que se refere às estratégias e perspectivas políticas, cabe aqui delimitar o que seriam estratégias no âmbito geral, quais seus objetivos e dificuldades enfrentadas. Partindo às perspectivas políticas, busca-se demonstrar o quadro histórico brasileiro e quais seus dilemas atuais, mostrando a também as perspectivas globais que buscam transformar a governança mais efetiva trazendo maior participação dentro dos contextos municipais, que são as cidades digitais e sua evolução para cidades inteligentes.
Delimitação de Estratégia
A estratégia teve várias fases e significados, evoluindo de um conjunto de ações e manobras militares para a disciplina do conhecimento administrativo – Administração Estratégica – que é dotado de conteúdo, de conceitos e razões práticas e vem conquistando espaços tanto no âmbito acadêmico como no empresarial.
Dentre os muitos conceitos de estratégia, um dos mais utilizados é o de WRIGHT, KROLL e PARNELL (2000), que a definem como “planos da alta administração para alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização”. Mas, qualquer que seja a definição para estratégia destaca-se algumas palavras-chave que sempre a permeiam o conceito de estratégia, tais como:
• Mudanças			• Competitividade
• Desempenho			• Posicionamento
• Missão			• Objetivos
• Resultados			• Integração
• Adequação organizacional
Essas são palavras que muitas vezes reduzem sua amplitude ao serem empregadas como sinônimos de Estratégia.
A adopção de uma estratégia revela-se essencial, pela análise das suas características principais:
- Trata-se de um plano, que vai definir uma direção, uma trajetória;
- Mostra uma coerência de comportamentos que se irão manter ao longo de determinado tempo;
- Dá uma perspectiva da forma de organização e do modo de atuar da empresa;
- Define claramente a posição da empresa quanto aos produtos / serviços que disponibiliza e quais os seus mercados;
- É comparável à estratégia de um plano de batalha, ou seja, é igualmente uma manobra para combater um opositor ou concorrente e conquistar o mercado.
Ao mesmo tempo em que se elabora uma estratégia, devem levar-se em consideração as potenciais dificuldades que podem surgir na sua implementação. De entre as que já foram identificadas, destacam-se nomeadamente:
- O estado de inércia dos executivos ou empresários reticentes quanto à ocorrência de mudanças;
- A falta de disciplina que poderá conduzir a um desvio na direção a tomar;
- A percepção de que algo está a andar para a frente, mas sem se saber quem lidera esses passos (pode levar a resultados confusos ou mesmo contraditórios);
- Comunicação insuficiente entre as diferentes unidades da empresa;
- A falta de uma avaliação contínua dos avanços quantitativos e qualitativos decorrentes do seguimento da estratégia;
- Os estados de impaciência que revelam uma vontade de obter resultados imediatamente;
- O não reconhecer e recompensar o progresso alcançado (pode fazer esmorecer o interesse pela obtenção do resultado final).
Perspectivas Politicas no Brasil e no Mundo
Cada problema tem a sua escala espacial específica. É preciso enfrentá-lo a partir da articulação dos níveis de governo e das esferas de poder pertinentes àquela problemática específica. Além das articulações intra-regionais é importante ampliar seu raio político de manobra a fim de negociar sua inserção inter-regional. Explicitar os conflitos de interesse em cada escala e construir coletivamente a contratualização das políticas públicas. Esses contratos devem articular horizontalmente os agentes políticos de determinada escala. Tratar de forma criativa escalas, níveis e esferas, lançando mão de variados instrumentos, politizando as relações, construindo cidadania e buscando combater as coalizões conservadoras, através de uma contra-hegemonia pelo desenvolvimento. Vencer as competências superpostas, rediscutir atribuições, evitar a dispersão da autoridade, estar equipado para reagir, isto é, ter capacidade de resposta e impugnação às forças políticas que querem a perenização do subdesenvolvimento.
Os constituintes de 1988 optaram pelo formato das competências concorrentes para a maior parte das políticas sociais brasileiras. Na verdade, as propostas para combinar descentralização fiscal com descentralização de competências foram estrategicamente derrotadas na ANC 1987- 88 (Souza, 1997). Assim, qualquer ente federativo estava constitucionalmente autorizado a implementar programas nas áreas de saúde, educação, assistência social, habitação e saneamento. Simetricamente, nenhum ente federativo estava constitucionalmente obrigado a implementar programas nestas áreas. Decorre deste fato a avaliação de que a Constituição de 1988 descentralizou receita, mas não encargos (Almeida, 1995; Affonso; Silva, 1996; Affonso, 1999; Willis et al., 1999). Esta distribuição de competências é propícia para produzir os efeitos esperados pela literatura sobre federalismo e políticas públicas: superposição de ações; desigualdades territoriais na provisão de serviços; e mínimos denominadores comuns nas políticas nacionais. Estes efeitos, por sua vez, são derivados dos limites à coordenação nacional das políticas.
Ocorre que a Constituição Federal de 1988 não alterou a estrutura institucional de gestão das políticas sociais herdada do regime militar. Mesmo as medidas de reforma aprovadas e implementadas pelos sucessivos presidentes – posteriormente à Constituição Federal de 1988 – pouco ou nada alteraram esta estrutura prévia, que é centralizada para as políticas de saúde e desenvolvimento urbano e descentralizada para a política de educação fundamental.
No início dos anos 90, a distribuição federativa dos encargosna área social derivava menos de obrigações constitucionaise mais da forma como historicamente estesserviços estiveram organizados em cada política particular.A capacidade de coordenação das políticas setoriaisdependeu em grande parte destes arranjos institucionaisherdados.
Com exceção da política de educação fundamental, a concentração de autoridade no governo federal caracteriza as relações federativas na gestão das políticas, pois à União cabe o papel de principal financiador, bem como de normatização e coordenação das relações intergovernamentais.
O formato de gestão que concentra autoridade no governo federal apresenta vantagens para a coordenação dos objetivos das políticas no território nacional, pois permite reduzir o risco de que os diferentes níveis de governo imponham conflitos entre programas e elevação dos custos da implementação, cuja ocorrência é mais provável em Estados Federativos (Weaver; Rockman, 1993). Além disso, a concentração do financiamento no governo federal permitiria alcançar resultados redistributivos (Banting; Corbett, 2003), reduzindo desigualdades horizontais de capacidade de gasto.
Os avanços científicos e tecnológicos têm tido um papel fundamental no desenvolvimento das cidades ao longo da sua história. Atualmente, as tecnologiasde informação e comunicação – e os respectivos impactos no crescimento econômico, na melhoria da qualidade de vida das populações – são, no seu conjunto, considerados como um componente crítico na formulação das estratégias e politicas públicas para promover o desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo das cidades europeias. Das cidades digitais, focalizadas principalmente na conectividade e no governo eletrônico local, até às cidades inteligentes (smartcities), que colocam as tecnologias ao serviço do ser humano do meio ambiente.
O conceito de cidades digitais é difuso e polissémico, ou seja, o seu âmbito e as suas fronteiras não estão bem definidos e, por isso, dá origem a diferentes interpretações. Atualmente o termo cidade digital pode significar infraestruturas urbanas de informação e comunicação, governo eletrônico local, guias turísticos, comunidades de proximidade ou representações virtuais de cidades reais ou imaginárias. Mais recentementeestá a ser utilizada a denotação de “AugmentedPublic Space”, que é a adaptação ao contexto urbano da realizade aumentada (“aumented reality”), ou seja a sobreposição do ciberespaço e da ciade física, sobretudo no que se refere à participação cívica.
As mudanças que ocorrem relativas às novas tecnologias de informações e de comunicação (TIC) afetam a sociedade de forma geral, assim como os governos nos processos de tomada de decisões. Com vista desta realidade, os governantes de distintos países estão se preparando para utilizar estas ferramentas na construção de governos mais democráticos, estreitando o relacionamento do setor público com a sociedade civil.
A ideia de e-governo surge para suprir esta necessidade, utilizando as TICs de forma a alcançar o objetivo de democratizar os governos e haver maior transparência e controle social. 
Acredita-se que a utilização da Internet e de Web Sites governamentais para prestação de serviços públicos on-line e para disponibilização das mais variadas informações acerca das atividades públicas representa um caminho para melhorar a eficácia e a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos bem como do processo democrático. Por meio desses expedientes, julga-se ser possível atender demandas mais específicas da população e que a mesma possa ter uma participação mais efetiva na gestão pública, tanto definindo prioridades quanto fiscalizando e controlando as ações do governo. (FERREIRA e ARAUJO, 2000, p.1).
Ao expor sobre os esforços empreendidos no mundo para a implantação do governo eletrônico, Silva e Lima (2007, p.5) afirmam, “parece haver um entendimento internacional de que é o caminho para dinamizar a relação entre governo e cidadão e promover a democratização do século XXI, cunhada de democracia eletrônica”.
Já o conceito de cidades inteligentes “smartcities” vem a ser utilizado quando o número de aparelhos conectados entre si em ambientes urbanos aumentou significativamente nos últimos anos, incluindo PDAs com ligação GSM/GPRS ou UMTS, computadores portáteis com acesso Wi-Fi, telefones móveis de terceira geração, câmeras digitais, vídeo vigilância, consoles de jogos ligados a ADSL, leitores de mp3, PCs com Bluebooth, Videofones, aparelhos de música e DVD ligados por Ultra Wide Band, TVs Interativas, sensores de ambiente em tempo real (por exemplo, qualidade do ar e da água), grandes bases de dados (empresas, bibliotecas, museus, administração pública), carros orientados por GPS, e caminhões e autocarros localizáveis através de GPS. Por outro lado, novos níveis de dados e informação relacionadaos com o território são criados diariamente, como, por exemplo, informações geográfica municipal, guias de cidades por internet, mapas e roteiros interativos e mundos 3D. Ou seja, construindo sobre a trajetória das cidades digitais e das redes de banda larga, um novo conceito começa a tomar a União Europeia: SmartCities. Este conceito inclui as dimensões da sustentabilidade, da eficiência energética e, sobretudo, da “Internet das Coisas” no contexto da apropriação das TIC a nível territorial.
METODOLOGIA
	O objetivo geral do artigo foi entender o tema governança voltando-se à esfera pública no Brasil e ao final comparando com tendências mundiais. Onde foram realizadas pesquisas de opinião com cidadãos de Fortaleza, Ceará abordando o tema de governança tanto na vida profissional quanto nos reflexos da governança no setor público.
	Partindo da análise do conceito de Governança, notou-se a interdependência do tema com os conceitos: participação, serviços públicos, transparência, estratégias e perspectivas politicas, nos quais se buscou: definição, históricos, características e fatos relevantes, conforme visto no referencial teórico.
	A pesquisa de campo aplicada teve a busca de opinião pública, onde foram indagados aleatoriamente cidadãos com proximidade aos pesquisadores, tais como: estudantes, professores, empresários, funcionários. Utilizaram-se perguntas abertas com pedido de citação daquilo que veio a mente dos entrevistados ao interpretar os enunciados.
	Inicialmente, para tentar situar o respondente, dentro da ferramenta de pesquisa utilizada foi conceituado e caracterizado o tema da governança, indagou-se sobre o que os entrevistados conseguiam definir como impactos do tema em suas vidas; posteriormente eles deveriam indicar onde conseguiam perceber características de governança e finalizando a primeira parte da pesquisa eles deviam decidir qual o aspecto de governança mais fraco na esfera pública federal, estadual e municipal.
	Partindo para a análise da participação em tomada de decisão optou-se por indagar sobre quais processos decisórios o respondente usualmente trabalha e posteriormente em quais processos decisórios o respondente participava na esfera pública, em ambas perguntas limitando o mínimo de processos a 2, dois, a fim de causar comportamento critico no respondente sobre a resposta dada.
	No âmbito do serviço público e social a intenção foi levantar quais os serviços mais utilizados nessa esfera e quais as dificuldades encontradas durante sua realização.
	No âmbito da transparência buscou-se inicialmente elencar o grau de transparência percebido pelo respondente e posteriormente as formas utilizadas por eles na obtenção de dados e quais dificuldades encontradas para melhorar o grau de transparência.
	No âmbito das estratégias e perspectivas politicas buscou-se levantar a opinião dos respondentes sobre quais seriam as saídas para os problemas enfrentados pela governança no nosso país desde a esfera profissional até a esfera federal.
	Realizadas as pesquisas, buscou-se a seguir mostrar quais as citações mais relevantes obtidas em campo e posteriormente uma reflexão sobre o tema da governança.	
PESQUISA DE CAMPO
	A seguir serão embasadas as principais considerações sobre o tema governança e seus subtemas obtidos via pesquisa realizada com cidadãos de Fortaleza, Ceará.
Governança
Diante o pesquisado, podemos perceber que a Governança pode ser considerada mais presente, impactante, na população em relação a questões como: “participação popular, equidade, isonomia, planejamento, poder Policial, desigualdade, imposição da mídia, pobreza, disciplina, organização, valores, atitudes, regulamentação, organização, controle e reuniões, educação, saúde, segurança, transporte, pavimentação, saneamento, economia, educação, trânsito, segurança pública, organização, planejamento, normas, corrupção, qualidade de vida, cidadania e desenvolvimento nacional.”
No que se refere às características de Estado de direito, transparência, responsabilidade, orientação por consenso, igualdade e inclusividade, efetividade e eficiência e prestação de contas da Governança, foi citado:
	Governo:
“Leis do orçamento anual e Balanços Gerais não são inclusivos, transparentes e são ineficientes; Politicas públicas não necessariamente são orientadas por consenso; Portal da transparência (website) – prestação de contas; Educação Inclusiva como direito, portal da transparência e leis de responsabilidade fiscal; Transparência através do Portal da transparência, onde é possível visualizar movimentações diversas da administração pública; Em debates em Plenários, com votações expressas, onde você consegue detectar erros e acertos; Brasil a falta de estado de direito e transparência.”
	Instituições e sociedade:
“Organizações sociais de pequeno porte ocorre com mais frequência uma boa Governança; Prestações de contas através de organizações empresariais; Igualdade e inclusividade nas escolas públicas que inclui portadores de deficiência; Se prega o estado de direito, porém se vive mais no direito ao consumo como sinal de igualdade; Orientação por consenso na efetivação de ações de exclusão; Igualdade no lar; Orientação por consenso em turmas de Universidade; Responsabilidade em creches escolares; Inclusão – Escolas do ensino público que estão promovendo a inclusão de crianças especiais; Órgãos públicos/ que tem na sua TEORIA políticas como prestaçãode contas, transparência e igualdade; Efetividade no local de trabalho.”
Em relação às falhas da Governança, em Fortaleza e até mesmo no Ceará e Brasi, foi visto: 
	Brasil: Transparência; o processo de tomada de decisão; Eficiência; Educação.
	Ceará: Igualdade e Inclusividade; o não respeito aos processos participativos; Responsabilidade; Saúde.
	Fortaleza: Orientação por consenso; Igualdade e inclusividade; a falta de participação real; Responsabilidade; Moradia.
		“Tanto na esfera nacional, quanto na estadual e municipal, a característica da governança que se faz mais fraca é a efetividade e eficiência, pois dinheiro não falta, o que falta são pessoas competentes e honestas para fazer com que a máquina governamental funcione corretamente.”
		“Em termos de Brasil como um todo, eficiência; poucos Estados têm gestões eficientes, onde os seus gestores consigam dirimir os problemas sociais, de segurança, habitação, educação e saúde, etc.”
		“No Brasil, considero muito fraco o combate a corrupção. As leis que se aplicam a esse tipo de crime são muito brandas e desatualizadas. No Ceará, acho que é preciso desenvolver projetos tecnológicos de combate a seca, preservação ambiental, turismo consciente e incentivo ao crescimento local no que diz respeito a produção científica. Em Fortaleza, considero o combate a violência ineficaz e imediatista. Acho que é preciso desenvolver medidas a curto e longo prazo.”
Participação na Tomada de Decisão
- No âmbito organizacional a participação ocorre no mínimo de 3 (três) modos:
 1°) Não há nenhum tipo de participação observado pelo entrevistado; 
2°) Existem participações denominadas padronizadas (controladoras), devido ao baixo nível de complexidade a ao acompanhamento e controle dos superiores responsáveis.
3°) Existem determinadas atividades a priori simples, mas dado a participação efetiva convém participar e estreitar laços com a empresa e com seus processos chave. Fazendo com que as informações acumuladas gerem resultados para a organização e consequentemente gerem conhecimento ao colaborador. 
- No âmbito público, citações da participação em tomada de decisão são vinculadas muito ao conceito da governança ligado a representatividade política, o qual o entrevistado possui de “uma arma de defesa” a possibilidade de votar e de escolher representantes, e os direitos de votar caso sua proposta não atender as expectativas.
- Vale ressaltar as dificuldades em obter-se uma governança participativa pelo fato da ausência informacional da sociedade, oportunidade comunicativa, além da dinamicidade das informações, tornando-as menos fidedignas.
Serviço Público e Social
- A participação em serviços públicos ou sociais, varia de acordo com o nível de renda, pois quanto menor o nível de renda mais dependentes dos serviços públicos será. {Dado (nível de renda) não levantado em pesquisa} Citam-se os serviços essenciais como esgoto, energia, água, saúde, transporte, estendendo as características de demais faixas etárias.
Serviços sociais estão vinculados ao trabalho com a comunidade, em situações precárias, além do amparo religioso.
- Os entrevistados portaram-se na maioria como utilizador e colaborador, alegando como dificuldades a falta de recursos para investimentos e a ineficiência informacional.
Governação Transparente
	Nas observações feitas pelos respondentes destacam-se aspectos próprios de cada cidadão, mas conforme mostra o gráfico a seguir, as notas dadas para o nível de transparência nos âmbitos federal, estadual, municipal e corporativo seguem um determinado padrão, conforme o gráfico:
	Governação transparente
	Sem Transparência
	Muito Transparente
	Média
	
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	
	Governo Federal
	
	
	3X
	2X
	3X
	
	
	3X
	
	
	5,6
	Governo Estadual
	X
	X
	3X
	
	6X
	
	
	
	
	
	4,2
	Governo Municipal
	2X
	
	5X
	
	4X
	
	
	
	
	
	3,7
	Trabalho
	
	X
	
	
	X
	
	3X
	3X
	2X
	
	7,0
	Traz bastante preocupação este dado, visto no referencial teórico que a transparência deve se iniciar pelo nível de cidade, ou seja, municipal, mas conforme revela a média demonstrada, este nível é o que recebe menor nota.
	No âmbito em que a nota foi maior, trabalho, pode se perceber que o acesso à informação ocorre com maior proximidade por meio de: Reuniões e e-mails; Planejamento; Redes Sociais; Telefonemas; Pessoalmente; Boletins sobre aplicação do dinheiro da previdência privada, porém que somente um economista entenderia. Portanto, sem compreensão não há transparência; flanelógrafos.
	Já no âmbito público são mais distantes as fontes de comunicação sendo os meios de transmissão de transparência: Jornais, revistas, sites, redes sociais, reuniões, Televisão; Plenárias; E-mail de fórum de decisão tem informações menos tendenciosas; Sites Governamentais, porém não há confiança nos dados; Através dos noticiários e escândalos.
	As principais dificuldades enfrentadas no acesso à transparência foram citadas como: Clareza e universalidade da informação, que não acontece; Difusão da informação; Informação com linguagem complicada; Interesses políticos e Interesses econômicos; Poucos dados e Design de sites confuso.
		“Os dados são apresentados para economistas e pessoas da área, não são transparentes para o povo em geral. A segunda questão é que mesmo que vejamos os dados, não há confiabilidade, a questão da confiança nos dados apresentados pelo poder público para mim é a pior dificuldade, mesmo que haja transparência, não há confiança dos valores serem realmente utilizados com o fim proposto.”
Estratégias e Perspectivas
	Dentre as estratégias citadas pelos respondentes observa-se que as ideias de estratégia corporativa possuem maior clareza e pontualidade, pois são mais tangíveis aos cidadãos em sua participação, enquanto as estratégias e perspectivas politicas possuem um âmbito com maior abrangência conforme segue: “Efetivação do Orçamento Participativo; Efetivação da participação popular na elaboração de políticas públicas; Transparência e vontade; Respeito e Participação; Transparência; Mais rigor e apurações criminais e mais publicidade voltada pra incentivo à fiscalização; Incentivar a participação das pessoas nas decisões; Incentivar a participação de grupos nos processos de decisão; Exposição e clareza das informações e colocar em júri popular também questões relacionadas a infraestrutura e qualidade de vida; Atuação política em prol das necessidades específicas de áreas mais necessitadas; Plebiscitos”.
		“Que as empresas e o governo tomem como prioridade as características da governança corporativa para contribuir com melhores práticas sociais e políticas de forma que a população brasileira, cearense e fortalezense colha os frutos de uma boa gestão das organizações e do governo.”
		“Moralizar o Brasil, punir os envolvidos em corrupção com o dinheiro público, responsabilizar os gestores pelas más gestões; e, através da educação, incentivarmos maior participação e conscientização da população do que significa o público e o privado, pois há uma verdadeira falta de conhecimento desses conceitos, degradam o que é público, sem saber que estão se prejudicando. Enfim.”
	“Democracia/participação excessiva torna a tomada de decisão mais lenta e com diversos ruídos, mas a autocracia gera benefícios unilaterais, o que também é perigoso. Assim, os profissionais que estiverem à frente da esfera pública devem, teoricamente, ter pleno conhecimento técnico suficiente para administrar da melhor forma possível, além de que deve ser composto com valores moralmente aceitos pela sociedade como um todo. Isso vale tanto a nível local como nacional.”
CONCLUSÃO
	Conforme apresentado neste artigo a governança influencia diretamente tanto na vida profissional como na cidadania pública, onde nossa participação e tomada de decisão interfere diretamente naquilo que vamos viver em curtos e longos prazos. No entanto, conforme diagnosticado, a realidade brasileira se mostra com bastante potencialde desenvolvimento, onde nos próximos anos são imprescindíveis avanços nas áreas de educação, saúde, segurança, moradia, entre outras politicas públicas, assim como na evolução da governança em nosso país com a efetividade, transparência, igualdade dentro de todas as esferas públicas e corporativas.
	No âmbito municipal, se referindo à Fortaleza Ceará, mostrou-se que ainda há bastante espaço para desenvolver a boa governança. Comparativamente com os conceitos que estão sendo adotados de cidades digitais e cidades inteligentes percebe-se uma movimentação no Brasil em prol desses sistemas de tecnologia onde num futuro não distante se poderá passar a contar com a interconexão no diagnóstico de problemas, efetividade de transparência, e melhoria da participação. Isso trará mais oportunidades aos cidadãos de cumprirem seu papel no dia a dia de seus municípios trazendo desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida para a população local, o que quando aplicado em escala nacional pode trazer grandes benefícios.
BIBLIOGRAFIA
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MOUTINHO, JOSÉ LUIZ.DAS CIDADES DIGITAIS ÀS CIDADES INTELIGENTES: NOTAS SOBRE A COEVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO E DO DESENVOLVIMENTO URBANO NA EUROPA.T&C Amazônia, Ano VIII, Número 18, I Semestre de 2010.
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SILVA, DANIELA BEZERRA. TRANSPARÊNCIA NA ESFERA PÚBLICA INTERCONECTADA. SÃO PAULO, 2010.
SOUZA, CELINA. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociologias, Porto Alegre, ano 8, nº 16, jul/dez 2006, p. 20-45.
ANEXO
FERRAMENTA DE PESQUISA
Universidade Estadual do Ceará – UECE
Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA
Graduação em Administração de Empresas
Disciplina em Gestão de Cidades
Trabalho sobre Governança (Participação)
PESQUISA DE CAMPO
	Nome:	
	
	Idade:
	
	Escolaridade:
	
	Exerce Atividade Remunerada (Qual):
	
Conceito de Governança
Considerando o conceito de Governança como “a maneira pela qual o poder é exercido na administração dos recursos sociais e econômicos visando o desenvolvimento, e a capacidade dos governos de planejar, formular e programar políticas e cumprir funções”. Cite no mínimo quatro palavras que demonstrem o que você considera como impactos da governança em sua vida:
	
	
	
	
Considerando como características da governança: Estado de direito, transparência, responsabilidade, orientação por consenso, igualdade e inclusividade, efetividade e eficiência e prestação de contas. Cite onde você consegue identificar algum desses aspectos: (Modelo: local / característica)
	
	
	
	
Na aplicação da Governança no Brasil, qual característica você considera como mais fraca? E no Ceará? E em Fortaleza?
	
	
	
	
Participação nos Processos de Tomada de Decisão
Em quais processos de tomada de decisão você costuma participar no seu local de trabalho? (Citar o nome dos processos, mínimo: 2, dois)
	
	
	
	
Em quais processos de tomada de decisão você costuma participar na esfera pública? (citar o nome dos processos, mínimo: 2, dois)
	
	
	
	
Quais as principais dificuldades enfrentadas para efetivar sua participação nesses processos? (citar as dificuldades, mínimo: 2, dois)
	
	
	
	
Serviços Públicos e Sociais
Você participa de serviços públicos e/ou sociais em seu município, quais? (citar o nome dos serviços, mínimo: 2, dois)
	
	
	
	
De que forma você participa dos processos dentro desses serviços (Ex: Colaborador, Prestador, Administrador, Utilizador)?
	
	
	
	
Quais as principais dificuldades enfrentadas na participação desses serviços? (citar as dificuldades percebidas, mínimo: 2, dois)
	
	
	
	
Governação Transparente
Tendo em vista o conceito de transparência como “uma apropriação metafórica de um conceito das Ciências da Terra, onde na Física, transparência é a propriedade dos materiais que têm a capacidade de permitir que se veja através deles”. Você considera a governação do seu local de trabalho transparente? E a governação pública? Marque a escala de acordo com sua percepção:
	Governação transparente
	Sem Transparência
	Muito Transparente
	
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	Trabalho
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Governo Federal
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Governo Estadual
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Governo Municipal
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Por meio de quais canais de informação você consegue tomar ciência das ações de governação no seu local de trabalho (Ex: reuniões, jornais, revistas, sites, redes sociais)? E na governação pública (Ex: plenários, jornais, revistas, sites, redes sociais)?
Local de Trabalho: 
	
	
Governação Pública:
		
	
Quais as principais dificuldades que você identifica no acesso à transparência? (citar as dificuldades, mínimo: 2, dois)
	
	
	
	
Estratégias e Perspectivas Políticas
Quais estratégias você acha que seu local de trabalho deve tomar para aperfeiçoar as características da governança com participação? (citar estratégias, mínimo: 2, dois)
	
	
	
	
Quais estratégias ou perspectivas políticas você acha que devem acontecer para aperfeiçoar as características da governança com participação no Brasil/Ceará/Fortaleza? (citar estratégias ou perspectivas, mínimo: 2, dois)
	
	
	
	
Obrigado por sua contribuição!