Projeto de Ensino júri simulado

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UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CENTRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS EXATAS
CAMPUS TOLEDO
CURSO DE QUÍMICA LICENCIATURA
PROJETO DE ENSINO: JÚRI SIMULADO 
TEMA: CHUVA ÁCIDA
 
 
 Acadêmica: Emanoely Groeler
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Introdução/Justificativa:
Os diversos ecossistemas terrestres encontram-se bastante danificados pelos efeitos causados pelas mais variadas poluições. Dentre estas, a chuva ácida se destaca como uma das mais nocivas ao meio ambiente.
A chuva ácida não é considerada um problema recente. O termo surgiu pela primeira vez na literatura climatológica no século XIX (1872), segundo Robert Argus Smith. A chuva ácida é um fenômeno causado pela poluição da atmosfera. Ela pode acarretar muitos problemas para as plantas, animais, solo, água, construções e, também, às pessoas. Segundo Brena (2002), a chuva ácida é gerada através da queima de combustíveis fósseis como o carvão e petróleo, entre outros poluentes, o dióxido de enxofre (SO2) e os óxidos de nitrogênio (NO e NO2) que são dois dos principais ingredientes para a formação da chuva ácida. Esses gases reagem com o vapor d’água presente na atmosfera, transformando-se então nos ácidos sulfúrico (H2NO4) e nítrico (HNO3) diluídos, dando assim origem à chuva ácida. 
 Com isso, a mesma já vem sendo bastante abordada para iniciar os conceitos de acidez e basicidade no Ensino Médio, em uma tentativa de aproximar a Química do cotidiano do aluno. Os conteúdos relacionados com esse assunto são de grande interesse e permitem ao estudante conhecer e entender as transformações que ocorrem em seu meio, desenvolvendo o senso crítico da necessidade da conservação e preservação do meio ambiente. 
Na maioria das escolas, a rotina que predomina na sala de aula ainda é a tradicional, em que o professor atua como mero transmissor de conteúdo, e os alunos atuam como expectadores, porém, sabe-se que o papel do professor deve ser como facilitador dos processos de ensino e de aprendizagem e, para tanto, ele deve ser o mediador na construção do conhecimento do aluno. 
Nesse sentido, entende-se que o professor deve buscar envolver os estudantes em suas aulas, tornando-os ativos, participativos dos processos de ensinar e de aprender. Além disso, é imprescindível que o estudante interaja nas aulas, contribua com suas ideias e sua visão sobre determinado assunto. 
Dessa forma, destaca-se que o uso de diferentes estratégias de ensino desperta o interesse dos alunos e, consequentemente, a construção de um conhecimento significativo, assim nesse projeto será desenvolvido um júri simulado envolvendo chuva ácida para que os estudantes argumentem, pensem de maneira crítica, interfiram e questionem. No caso do estagiário, ser questionador, que saiba conduzir perguntas, estimular, propor desafios e criar um ambiente na sala de aula em que todas as ideias sejam respeitadas. 
Objetivos:
Objetivo Geral:
Aprofundar discussões referentes ao tema chuva ácida por meio de um júri simulado.
Objetivos específicos:
Trabalhar em equipe;
Desenvolver a capacidade de tomada de decisão, comunicação.
Referencial teórico:
Na rotina de sala de aula, muitos alunos demonstram dificuldades em aprender conteúdos que estão relacionados à química. Talvez essas dificuldades sejam uma forma de evidenciar que o conhecimento químico tenha pouco significado para eles. Segundo Moraes, Ramos e Galiazzi (2012, p. 194), o conhecimento precisa ter valor para o aprendiz e “[...] partir de suas vivências e experiências, explorar seu cotidiano, evitando chegar a ele somente no final do processo”. 
Dessa forma, torna-se um desafio para o docente conduzir o ensino de maneira que o aluno reconheça a necessidade da disciplina Química na vida cotidiana e que a mesma pareça uma ciência importante para a sua existência. 
Neste sentido, entende-se que as dinâmicas de grupo, por seu caráter motivacional e construtivo, podem ser utilizadas como propostas pedagógicas na expectativa de auxiliar o desenvolvimento de um ensino capaz de promover uma aprendizagem significativa e crítica a partir de propostas de conteúdos apresentados de forma mais interessante aos alunos, tomando como ponto de partida suas motivações para aprender. (MORAES, RAMOS e GALIAZZI, 2012) 
Considerando o ato de buscar conhecimento como um processo prazeroso, na perspectiva de Freire (2011), a dinâmica do Júri Simulado será desenvolvido em quatro aulas envolvendo o tema chuva ácida, com estudantes do primeiro ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Dario Vellozo localizado no município de Toledo PR, de modo que os estudantes possam desenvolver suas habilidades argumentativas, trabalho em equipe e o senso crítico, precisando refletir e buscar um elemento coerente que contraponha aquela posição. Isso tudo precisa ser feito instantaneamente no intelectual do estudante. É evidente a importância dessa atividade em sala de aula, pois o estudante, enquanto cidadão atuante e comprometido com a sociedade irá deparar-se em inúmeras situações que exigirão dele esse exercício. 
Metodologia:
Técnicas
Etapa 1: Os estudantes serão divididos em grupos pequenos para realizarem uma leitura do texto intitulado “A chuva ácida” (Anexo 1) que aborda os aspectos gerais da chuva ácida e suas consequências. Ao termino da leitura haverá algumas questões para que propicie aos estudantes a oportunidade de discussão de alguns aspectos relacionados a chuva ácida e sua consequência. 
Etapa 2: O estagiário apresentará aos estudantes a proposta da atividade do Júri Simulado para que haja o aprofundamento nas discussões sobre chuva ácida. Para isso, os estudantes serão divididos em grupos: Promotores (contra a chuva ácida), os advogados (a favor dos benefícios da C&T que justificam os problemas ocasionados pela chuva ácida) com cerca de 11 alunos cada, e os jurados com cerca de 13 estudantes, de forma que todos participem da discussão, contribuindo com seus pontos de vista e suas percepções a partir dos estudos que serão realizados e da primeira aula referente a chuva ácida. Nessa proposta toda a ação será mediada pelo estagiário que, no Júri Simulado, assumirá o papel de juiz.
Etapa 3: Com a divisão das equipes, no terceiro momento, os estudantes terão um período de tempo para pesquisa, pois necessitam juntar dados e elaborar argumentos para o debate. Durante esse momento os estudantes irão ao laboratório de informática, sendo que o estagiário orientará as pesquisas, direcionando as atividades e provocando as equipes com questionamentos. Dessa forma, será solicitado que os estudantes levantem sugestões para minimizar essa problemática elaborando uma lista de ações e atitudes com objetivo de incentivar a tomada de decisão.
Etapa 4: E no último momento, será desenvolvido o júri simulado, no qual os estudantes defenderão suas teses de acordo com a divisão realizada na Etapa 2.
Os promotores devem acusar o tema em questão, a partir da realidade concreta (notícias, fatos, relatos). A acusação deverá sempre buscar os argumentos que condenem por falta de ética a situação de uso do tema. Os advogados defendem o tema. 
A acusação terá um tempo de 10 min para apresentar inicialmente seus argumentos, seguido de 10 min igualmente destinados a defesa. Este tempo deve ser utilizado com slides, imagens, fotos, e toda a criatividade para expor de forma convincente o posicionamento. 
Terminado este tempo, começa o tempo das discussões e argumentações dos dois lados. E por último a avaliação e comentários dos jurados sobre o assunto discutido e do juiz. 
Recursos
Humanos
Estudantes.
Materiais
Texto impresso;
Laboratório de informática;
Quadro. 
 
Cronograma de execução
	
	Julho
	Agosto
	Setembro
	Outubro
	Planejamento
	x
	xDesenvolvimento
	
	
	x
	x
	Elaboração do relatório final
	
	
	
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Anexo
Anexo 1
A chuva ácida 
A chuva, segundo os meteorologistas, é um fenômeno físico atmosférico que consiste na precipitação de gotas de água sobre a superfície da Terra, e é fundamental para a vida. Na atmosfera não contém somente nuvens (conjunto visível de partículas minúsculas de água no estado líquido ou de gelo), mas também são compostas por gases como dióxido de carbono, nitrogênio e oxigênio.
O dióxido de carbono que é produzido pela respiração dos animais e em diversos fenômenos naturais pode dissolver em água formando ácido carbônico. Esse ácido torna a chuva levemente ácida com valores de pH entre 7,0 e 5,6 que são considerados normais. Porém na presença de outros gases pode tornar o pH menor que 5,6 prejudicando a fauna, a flora e o ecossistema. Neste caso dizemos que a chuva é ácida.
O termo chuva ácida foi usado pela primeira vez por Robert Anguns Smith, químico e climatologista inglês. Ele usou essa expressão para descrever a precipitação ácida que ocorreu na cidade de Manchester no início da Revolução Industrial. Com o desenvolvimento e o avanço industrial, os problemas inerentes às chuvas ácidas têm se tornado cada vez mais sério. 
Diversos gases, em diferentes regiões, gerados por usinas geradoras de energia elétrica movidas a combustíveis derivados de petróleo ou carvão (ou usinas termelétricas), fundições não ferrosas, refinarias de petróleo, fábricas de ácido sulfúrico, automóveis, queimadas, assim qualquer poluente gasoso lançado na atmosfera tem contribuído para a chuva ficar cada vez mais ácida. Varias fábricas possuem chaminés altas para liberação desses poluentes em grande altitude a fim de que os ventos das alturas dispersem ao máximo possível todos os gases poluidores gerados, o que não adianta nada, pois esses gases podem ser transportados por centenas de quilômetros pelas correntes de ar se movimentando para locais distantes de onde foi produzido, agravando ainda mais a situação, podendo cair em locais afastados dos centros urbanos, em áreas naturais que não suportam uma acidez elevada. Os principais gases são dióxidos de enxofre, SO2, dióxido de carbono, CO2, trióxido de enxofre, SO3, e o dióxido de nitrogênio, NO3. Esses gases reagem na atmosfera com o oxigênio e a água da chuva, formando ácidos.
A chuva ácida é responsável por inúmeros problemas ambientais, e pode ser verificados:
 
Lagos e riachos, pela grande mortalidade de peixes onde o pH normal para a vida aquática está entre 6,5 e 9,5. A maior parte da vida aquática desaparece quando o pH da água fica inferior a 5,0, e lagos inferiores a pH 4,0 ficam praticamente mortos;
Excesso de nitrogênio lançado pela chuva ácida em determinados lagos também pode causar crescimento excessivo de algas, e consequentemente perda de oxigênio, provocando um significativo empobrecimento da vida aquática.
Em florestas onde suas árvores sofrem corrosão tanto nas folhas quanto nos galhos;
Com a acidez elevada, a fotossíntese torna-se mais lenta, podendo causar morte de plantas;
As consequências danosas desses gases não são percebidas somente na natureza. Na cidade os efeitos podem ser percebidos:
Deterioração de monumentos históricos feito de mármore ou pedra sabão;
Corrosão de estruturas metálicas;
Aparecimento de trincas na superfície dos prédios;
Quebra de artefatos de náilon;
E também danos à saúde como a ingestão de água potável acidificada, por longos períodos, podem causar a doença de Parkinson e de Alzheimer, a hipertensão, problemas renais e principalmente em crianças, danos ao cérebro. Portanto quando a acidez da chuva é alterada, observamos diversos problemas ambientais que geram condições insalubres para as pessoas que estão expostas a tal empecilho.
Bibliografia. (NÃO TERMINEI DE ARRUMAR AINDA)
BRENA, A.N. A chuva ácida e seus efeitos sobre as florestras. Ed Câmara Brasileira do Livro. São Paulo, 2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
MORAES, Roque; RAMOS, Maurivan Guntzel; GALIAZZI, Maria do Carmo. Aprender Química: Promovendo excursões em discursos da Química. In: ZANON, Lenir Basso e MALDANER, Otávio Aloisio (Org.). Fundamentos e propostas de ensino de Química para a Educação Básica no Brasil. Ijuí: Unijuí, 2012. p. 192-209. (Coleção Educação em Química).
MARTINS, S. N. O JÚRI SIMULADO COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA E DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIAS. Revista educação Cultura e Sociedade.
MACHADO, M. B.; SILVEIRA, M. T.; WALBRINK, S. Uma revisão sobre os impactos causados pela chuva ácida no meio ambiente. 
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc21/v21a09.pdf chuva ácida: um experimento para introduzir conceitos de equilíbrio químico e acidez e basi
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