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O Livro de MALAQUIAS Autor A autoria de Malaquias é assunto de dis- cussão. Os estudiosos estão divididos quanto a ser "Malaquias" o nome de uma pessoa ou um título. Tanto o Targum aramaico quanto a Septuaginta (tra- dução grega do Antigo Testamento) sugerem algo diferente de um nome pessoal. O primeiro identifica Malaquias com Esdras. A segunda traduz a frase "por intermédio de Malaquias" como "pela mão de seu anjo [ou 'mensageiro'}". Os principais argumen- tos contra a interpretação de Malaquias como um nome pessoal do profeta são a ausência de dados específicos no que diz respei- to a seu pai e a de qualquer menção ao lugar de nascimento. Além disso, alega-se que a expressão "sentença pronunciada", que ocorre em 1.1; Zc 9.1; 12.1, é uma adição anônima a esses textos. Contudo, estas não são razões suficientes para se rejeitar Malaquias como um nome pessoal. Todos os demais livros profé- ticos do Antigo Testamento recebem um nome pessoal. Como acontece com muitos dos outros profetas, pouco se sabe sobre as circunstâncias pessoais da vida do profeta. Mas Malaquias era o "mensageiro de Deus". e a mensagem que ele trouxe era de Deus (cf. Am 3.7-8). Data e Ocasião Malaquias deve ser datado na época de Esdras e Neemias. A referência ao "go- vernador" (1.8) localiza o livro no período persa. e a ---- ênfase de Malaquias dada à lei (MI 4.4) pode indicar o período do ministério de Esdras de restauração da importância e autoridade da lei (Ed 7 .14,25-26; Ne 8.18). Alguns datam o livro en- tre o aparecimento de Esdras (458 a.C.) e o de Neemias (445 a.C.). Outros localizam Malaquias entre as duas visitas de Neemias a Je- rusalém. por volta de 433 a.C. É importante também a constatação de que circunstâncias e problemas enfrentados por Esdras e Neemias são encontrados também em Malaquias. Os três falaram contra o casamento com mulheres estrangeiras (p. ex., 2.11-15; Ne 13.23-27). Condena- ram a negligência do dízimo (p. ex., 3.8-1 O; Ne 13.10-14). Repro- varam as más ações dos sacerdotes degenerados (p. ex., 1.6-2.9; Ne 13. 7-8) e criticaram os pecados sociais (p. ex., 3.5; Ne 5.1-13). Esboço de Malaquias 1. As dúvidas de Israel quanto ao amor de Deus ( 1.1-5) li. Degeneração do sacerdócio (1.6-2.9) A. Desrespeito a Deus no altar {1.6-14) B. Negligência à lei de Deus (2.1-9) Ili. O fracasso de Israel quanto às práticas matrimoniais (2.10-16) Características e Temas Malaquias dá grande importância ao tema da aliança. Referências explícitas incluem: a aliança de Levi (2.5-9), a aliança dos pais (2.10). a aliança do matrimônio (2.14) e o Anjo da Aliança (3.1 ). Além dessas referências diretas, o livro se inicia com uma narração sobre o amor da aliança de Deus (1.2-5). A gravidade da incompetência e infidelidade dos sacerdotes é vista no resultado da crescente infidelidade à aliança entre o povo co- mum, que tornou-se desleal no matrimônio (2.10-16) e nos seus relacionamentos sociais e econômicos (3.5). "profanando a alian- ça" (2.10). A menos que se arrependam (3.7), eles estão sob a maldição de Deus (3.9; Lv 26.14-46; Dt 28.15-68). Malaquias falou a um povo desiludido, desanimado e cheio de dúvidas. cuja experiência não harmonizava com seu conhecimento das promessas gloriosas encontradas nos profetas anteriores. Sua visão do período messiânico que se aproximava não tinha se mate- rializado. Pelo contrário, eles experimentaram a miséria. a seca e a adversidade econômica. desiludindo-se de Deus e de sua fé. As palavras de Malaquias desafiam um povo cético com relação às promessas e. portanto. indiferente ao seu compromisso de viver à luz dessas mesmas promessas e de adorar e servir ao Senhor de todo o coração. O livro pode servir como um catecismo para os tempos de dúvida e decepção. quando o povo que professa o Se- nhor é tentado a abandonar a fé no Deus da aliança. O ministério do profeta é acender a chama da fé em um povo de coração insensí- vel, lembrando-o do amor eletivo de Deus (1.2). e estabelecer a con- tinuidade das obrigações da aliança entre aqueles que verdadeiramente temem a Deus (3.16-18). Uma das características principais deste livro é seu estilo "contestador''. Isso pode ser observado na denúncia feita pelo Deus da aliança contra seu povo. A denúncia é apresentada atra- vés de um questionamento cínico das acusações. Em resposta a essa atitude arrogante do povo. o profeta elabora e define as de- núncias inicialmente feitas. O livro deve ser estudado à luz da sua estrutura de seis diálogos polêmicos. evidente no esboço que se- gue. Essa estrutura revela o papel deste profeta como um advoga- do da parte de Deus no processo da aliança. O uso freqüente e incomum da primeira pessoa ("Eu") pelo Se- nhor ao se dirigir ao povo acrescenta um sentido de urgência e inti- midade à mensagem do livro (1.2,6, 14; 2.2; 3.5-6, 10, 17; 4.5). A. Casamento com mulheres idólatras (2-10-12) B. O divórcio de mulheres israelitas (2.13-16) IV. A resposta de Deus ao pecado (2.17-3.5) A. Os culpados enfadam o Senhor com suas desculpas (2.17) B. A missão purificadora do mensageiro (3.1-5) MALAQUIAS 1 1088 V. O desejo de Deus de abençoar o povo (3.6-121 A. Sua promessa fiel de perdoar o arrependido (3.6-71 8. Israel rouba a Deus (3.8-12) VI. A diferença entre o justo e o perverso (3.13-4.6) O amor do SENHOR por ]acó 11Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel, 2 por Intermédio de Malaquias. 2 ªEu vos tenho amado, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Em que nos tens amado? Não foi Esaú irmão deJacó?-disse o SENHOR; todavia, bamei a]acó, 3 porém aborreci a Esaú; e cfiz dos seus montes uma assola- ção e dei a sua herança aos chacais do deserto. 4 Se Edom diz: Fomos destruídos, porém tornaremos a edificar as ruínas, en- tão, diz o SENHOR dos Exércitos: Eles edificarão, mas eu d des- truirei; e Edom será chamado Terra-De-Perversidade e Povo-Contra-Quem-O-SENHOR-Está-Irado-Para-Sempre. s Os VOSSOS olhos o verão, e VÓS direis: eGrande é O SENHOR tam- bém fora dos limites de Israel. A. As atitudes e palavras duras dos cínicos (3;13·15) e. A conduta piedosa do que é fiel (3.16· 18) C; O -Dia do Senhor1~4.1 ·6) o respeito para comigo? - diz o SENHOR dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. hVós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome? 7 Ofereceis sobre o meu altar ipão imundo e ainda perguntais: Em que te have- mos profanado? Nisto, que pensais: i A mesa do SENHOR é 3desprezível. 81Quando trazeis animal cego para o sacrificar- des, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te mserá4 favorável? - diz o SENHOR dos Exércitos. 9 Agora, pois, suplicai o favor de Deus, que nos conceda a sua graça; "mas, com tais ofertas nas vossas mãos, aceitará ele a vossa pessoa? - diz o SENHOR dos Exércitos. 10 Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, ºpara que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não te- 0 SENHOR reprova os sacerdotes nho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, Pnem aceita- 6 O filho /honra o pai, e o servo, ao seu senhor. gSe eu sou rei da vossa mão a oferta. 11 Mas, q desde o nascente do sol pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está até ao poente, é grande 'entre as nações o meu nome; e 5 em • CAPÍTULO 1 1 1 Oráculo, Profecia 2 Lit. pela mão de • 2 a Dt 4.37; 7.8; 23.5; Is 41.8-9; [Jr 31.3]; Jo 15.12 b Rm 9.13 3 e Jr 49.18; Ez 359,15 4 d Jr 49.16-18 5 e SI 35.27; Mq 5.4 6/[Ex 20.12]; Pv 30.11, 17; [Mt 15.4-8; Ef 6.2-3] g [Is 63.16; 64.8]; Jr 31.9; Lc 6.46 h MI 2.14 7 iDt 15.21 iEz 41.22 30u envergonhada 8 ILv 22.22; Dt 15.19-23 m [Jó 42.8] 4Lit.fevantará o teu rosto 9 nos 13.9 1 O o 1 Co 9.13Pls1.11 11 qls59.19'1s603,5S1Tm2.8 •1.1-5 O povo de Israel não está convencido de que Deuso ama. Esta seção é a resposta de Deus a esta dúvida cínica. O Senhor lembra a Israel que Jacó, o seu ancestral, foi escolhido por Deus enquanto Esaú, o antepassado de Edom, foi re- jeitado. Portanto, embora Israel tenha experimentado a ira de Deus por um mo- mento, Edom é um "Povo-Contra-Quem-O-SENHOR-Está-Irado-Para-Sempre" (1.4). Além d'1sso, sendo Israel o herdeiro das promessas eternas do Senhor da aliança, Edom nunca mais se levantará de novo. O julgamento do Senhor sobre Edom será causa de louvor em Israel. •1.1 Sentença pronunciada pelo SENHOR. Ver ref. lat.; Is 13.1; Na 1.1; Hc 1.1; Zc 9.1; 12.1. Sendo normalmente usado em profecias de julgamento, o termo "sentença" pode indicar a urgência sentida pelo profeta em divulgar a sua procla- mação. Acerca desta urgência, ver também Jr 20.9; Am 3.8. •1.2 Eu vos tenho amado. O amor eletivo de Deus é soberano e incondicional. Este terna é exposto principalmente em Deuteronômio onde os verbos "escolher" e "amar" são pa1a\e\o> \Ot 7 .6-8). O amor de Deus é manifesto na aliança que ele inicia com o seu povo. A proximidade de Deus para com Israel devia produzires- panto e admiração (Dt 4.7-8). O amor de Deus começa na eternidade (Jr 31.3) e se manifesta através do seu relacionamento pactuai com Abraão, Moisés, e Davi IGn 12. l-4; Êx 19.5-6; 2Sm 7). A eleição de Jacó por Deus continuava a ter rele- vância no seu relacionamento com Israel no período do ministério de Malaquias. Entendido corretamente, o amor de Deus não conduz à complacência moral, mas, sim, ao zelo moral. Entretanto, a presunção de Israel e o seu cinismo acerca do amor de Deus levaram-no a uma crise moral que é tratada por Malaquias. Ver a nota teológica: "O Propósito de Deus: Predestinação e Pré-Conhecimento" Jacó. Um dos tltulos para Deus nos Salmos é "o Deus de Jacó" (SI 20.1, 46.7; 75.9; 76.6; 84.8). O amor eletivo de Deus é inigualável porque ele ama os pecado- res, aqueles que por natureza eram os objetos do seu desagrado e da sua ira (Lc 15.2; Rm 5.6-8; Ef 2.1-3). A história de Jacó e Esaú, em Gênesis, indica claramen- te a escolha divina de Jacó apesar da sua falta de mérito (Gn 25.21-34; 27 .1-40; Rm 9.10-13). •1.3 aborreci. Embora existe um uso do verbo "aborrecer" significando "amar menos", (Gn 29.31, rei. lat.; Lc 14.26). o contexto imediato posterior sugere que "aborrecer" aqui significa rejeição ativa, desagrado e desaprovação manifesta em justiça retributiva. Não é apenas o fato de que Esaú (Edom) sofre com a ausência ou a redução da bênção, mas, também, que ele recebe condenação. Para este uso de "aborrecer", ver SI 5.5; Is 61.8; Os 9.15; Am 5.21; Mt 2.16. Ver "Eleição e Reprovação", em Rm 9.18. assolação. Provavelmente, esta seja uma referência à ocupação de Edom pelos árabes nabateus. Em Am 9.12, Edom é o representante de todas as nações que estão sob a influência salvífica da promessa de Deus. •1.5 fora dos limites da Israel. Deus é o Senhor soberano da história, cujos propósitos redentores são cumpridos tanto dentro quanto tora do antigo Israel (v. 11; Gn 12.3). •1.6-2.9 Uma razão maior para a ira de Deus contra Israel é a atitude dos sa- cerdotes ao lidarem com o nome de Deus perante o altar e com a lei de Deus no ensino e julgamento. No altar, eles ofereciam sacrifícios de animais doentes ou imperfeitos, invertendo, deste modo, o propósito dos seus esforços e trazendo maldição e profanação quando, na verdade, deveriam trazer bênção e purificação. No seu ensino e julgamento, eles violaram a aliança com Levi (2.8). demonstran- do parcialidade e levando muitos ao erro. •1.6 honra. Deus é, em si mesmo, infinitamente glorioso e deve receber o reco- nhecimento do seu povo (SI 29.1-2; 57.5, 11 ). desprezais. O oposto de honrar e temer ao Senhor (cf. 2Sm 12.9-1 O). Esta pala- vra é usada freqüentemente em Provérbios (1.7; 15.20; 23.22). •1.7 pão imundo. Esta é uma referência aos de sacrifícios de animais (v. 8). "Imundo" significa cerimonialmente impuro e, portanto, inaceitável. Deus não é ofendido somente pelas imperfeições cerimoniais, mas também pela atitude de menosprezo que se acha por detrás de tais sacrifícios imperfeitos (Gn 4.3-5 e no- tas; Hb 11.4). A mesa do SENHOR. Esta expressão, e a expressão similar no .v. 12 (ref. lat.). ocorrem somente aqui no Antigo Testamento. Ambas as ocorrências referem-se ao altar. •1.8 O coxo ou o enfermo. A lei proibia expressamente tais ofertas (Lv 22.22; Dt 1521). •1.11 é grande entre as nações o meu nome. Deus promete o t1iunfo futu- ro do seu reino glorioso. "Desde o nascente do sol até ao poente", e expressões semelhantes, com freqüência apontam para o juízo divino por vir sobre este 1089 MALAQUIAS 1, 2 O PROPÓSITO DE DEUS: PREDESTINAÇÃO E PRÉ-CONHECIMENTO MI 1.2 "Predestinação" é uma palavra usada com freqüência para significar a preordenação de todos os eventos determinados por Deus na história do mundo - passado, presente e futuro. Esse uso é muito apropriado. Contudo, nas Escrituras e na teo- logia histórica protestante, "predestinação" se refere especificamente à decisão de Deus tomada na eternidade, em relação ao destino final de pessoas individuais, antes de o mundo existir. Em geral, o Novo Testamento fala da predestinação ou elei- ção de pecadores particulares para a salvação e para a vida eterna (Rm 8.29; Ef 1.4-5, 11 ), ainda que as Escrituras também ocasionalmente atribuam a Deus antecipada decisão a respeito dos que, finalmente, não foram salvos (Rm 9.6-29; 1 Pe 2.8; Jd 4). Por essa razão, é freqüente, na teologia protestante, definir a predestinação mediante a inclusão tanto da decisão de Deus de salvar alguns do pecado (a eleição) como a correspondente decisão de não salvar outros (reprovação). Com freqüência, afirma-se que a escolha que Deus faz de indivíduos para a salvação está baseada no seu pré-conhecimento de que eles escolheriam a Cristo como seu Salvador. Pré-conhecimento, nesse caso, significa que Deus prevê passivamente o que os indivíduos farão, independentemente da preordenação de Deus com relação às ações deles. Po- rém há pesadas objeções ao ponto de vista de que a eleição está baseada numa previsão passiva. "Conhecer de antemão", em Rm 8.29; 11.2 (cf. 1 Pe 1.2,20) indica não só o conhecimento antecipado que Deus tem, mas também a escolha antecipada que Deus faz do seu povo. Não expressa a idéia da previsão passiva que um espectador tem daquilo que vai acontecer espontaneamente. O conhecimento que Deus tem do seu povo nas Escrituras implica um relaciona- mento especial de escolha por amor (Gn 18.19). Posto que todos estão naturalmente mortos no pecado (separados da vida de Deus e indiferentes para com ele), ninguém que ouve o evangelho pode chegar ao arrependimento e à fé sem receber a renovação interior, que só Deus pode conferir (Ef 2.4-1 O). Jesus disse: "Ninguém poderá vir a mim, se, pelo Pai, não lhe for concedido" (Jo 6.65; cf. 6.44; 10.25-28). Pecadores escolhem a Cristo porque Deus os escolheu primeiro e levou-os a essa escolha pela renovação de seu coração mediante a graça. Ainda que todos os atos humanos sejam livres, no sentido de uma autodeterminação imediata, esses atos são também executados dentro da preordenação e propósito eterno de Deus. Temos dificuldade em compreender precisamente de que maneira se compatibilizam a soberania divina e a liberdade e responsabilidade humanas, mas as Escrituras, em toda parte, pressupõem que são compatíveis (At 2.23; 4.28 e notas). Os cristãos devem agradecer a Deus por sua conversão, pedir que ele os guarde em sua graça e esperar, com confiança, por seu triunfo final, de acordo com o seu plano (Ver "Eleição e Reprovação'', em Rm 9.18 e Vocação Eficaz e Conversão em 2Ts 2.14). todo lugar IJhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras, O castigo dos sacerdotes uporque o meu nome é grande entre as nações, diz o SENHOR 2 Agora, ó ªsacerdotes, paravós outros é este mandamento. dos Exércitos. 12 Mas vós o profanais, quando dizeis: v A mesa 2 bSe o não ouvirdes e se não propuserdes no vosso coração do 5SENHOR é imunda, e o que nela se oferece, isto é, a sua co- dar honra ao meu nome, diz o SENHOR dos Exércitos, enviarei mida, é desprezível. 13 E dizeis ainda: Que x canseira! E me sobre vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bênçãos; cjá as te- desprezais, diz o SENHOR dos Exércitos; vós ofereceis o dilace- nho amaldiçoado, porque vós não propondes isso no coração. rado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta. z Aceitaria 3 Eis que vos reprovarei a descendência, atirarei d excremento ao eu isso da vossa mão?- diz o SENHOR. 14 Pois maldito seja ªo vosso rosto, excremento dos vossos sacrifícios, e epara junto des- enganador, que, tendo um animal sadio no seu rebanho, pro- te sereis levados. 4 Então, sabereis que eu vos enviei este manda- mete e oferece ao SENHOR bum defeituoso; porque ceu sou menta, para que a minha aliança continue com Levi, diz o grande Rei, diz o SENHOR dos Exércitos, o meu nome é terrí- SENHOR dos Exércitos. S/Minha aliança com ele foi de vida e de vel entre as nações. paz; ambas lhe dei eu gpara que me temesse; com efeito, ele me • lAp 8.3 Uls 66.18-19 12 VMI 1.7 5Conforme B; TM Sen~or 13 Xls_ 43.22Zlv 22 20 14 ªMI 1.8 bLv 22.18-20 cs147.2 CAPÍTULO 2 1 a MI 1.6 2 b [Lv 26.14-15; Dt 28.15] e MI 3.9 3 d Ex 29.14e1Rs 14.10 5/Nm 25.12; Ez 34.25 gDt 33.9 mundo e para a restauração da ordem intencionada de Deus ISI 50.1; Is 45.6; 59.19). em todo lugar. Os sacrifícios imperfeitos que são oferecidos durante o tempo de ministério do profeta lvs. 7-8) são contrastados com as ofertas genuínas de ado- ração no futuro !Is 2.2-4; 66.19-21; Zc 14.16-21). A promessa deste versículo está sendo cumprida mesmo nos tempos atuais. quando Cristo reúne os seus reis e sacerdotes dentre as nações IAp 5.9-10), e será consumada no futuro, quando as nações se reunirem para adorar a Deus em pureza IAp 21.27). •1.14 maldito seja o enganador. As leis que regulamentam as ofertas voluntá- rias exigem a entrega de uma oferta perfeita. Este texto implica numa tentativa de enganar o Senhor lcf. SI 76.11 ). eu sou grande Rei. Deus não é apenas o Pai 11.6; Êx 4.22) e o Mestre deles, mas é também o seu Rei. A noção de Deus como Rei surgiu muito cedo na reli- gião do Antigo Testamento INm 23.21, 24. 7; Dt 33.5). Ver SI 93-100. •2.2 enviarei sobre vós a maldição. Ver Dt 28.20. amaldiçoarei as vossas bênçãos. As bênçãos aqui referidas podem ser tanto as bênçãos físicas e materiais prometidas aos sacerdotes que recebiam os dízi- mos do povo INm 18.21 ) , quanto os pronunciamentos de bênção proferidos pelos sacerdotes por ocasião dos sacrifícios INm 6.24-27), que, por conseguinte, se tornariam em maldição. •2.5 de vida e de paz. O propósrto central de Deuteronômio visa mostrar a rela- ção entre a obediência à aliança e a vida. O compromisso com Deus leva a uma vida abundante. Alguns vêem na expressão "aliança ... de paz" uma alusão à alian- ça com Finéias mencionada em Nm 25.10-13. MALAQUIAS 2 1090 CASAMENTO E DIVÓRCIO MI 2.14,16 O casamento é uma relação exclusiva na qual um homem e uma mulher se entregam mutuamente um ao outro numa alian- ça vitalícia e, com base nesse voto solene, eles se tomam "uma só carne" (Gn 2.24; MI 2.14; Mt 19.4-6). A Confissão de Westminster (XXIV.2) afirma: "O matrimônio foi ordenado para o mútuo auxílio de marido e mulher, para a pro- pagação da raça humana por sucessão legítima, e da igreja por uma semente santa, e para impedir a impurezaº (licença sexual e imoralidade; Gn 1.28; 2.18; 1 Co 7 .2-9). O ideal de Deus para o casamento é que o homem e a mulher se completem um ao outro (Gn 2.23) e participem da obra criativa de fazer um novo povo. O casamento é para os cristãos e para os não-cristãos, mas é da vontade de Deus que os do seu povo se casem só com cônjuges da mesma fé (1Co 7.39; cf. 2Co 6.14; Ed 9;10; Ne 13.23-27). A intimidade, na sua mais profunda dimensão, é impossível quando os cônjuges não estão unidos na fé. Paulo usa o relacionamento entre Cristo com a sua Igreja para explicar o que é o casamento cristão, de modo que ressalta a especial responsabilidade do marido, como o cabeça e protetor da esposa, e conclama a esposa para aceitar seu marido nes- sa condição (Ef 5.21-33). A distinção de papéis não implica em que a esposa seja pessoa inferior, pois como portadores da imagem de Deus, tanto o homem como a· mulher têm igual dignidade e valor e devem cumprir seus papéis com mútuo respei- to, baseados no conhecimento desse tato. Deus. odeia o divórcio (MI 2.16); contudo, determina disposições para o divórcio, que protegem a mulher divorciada ~Dt 24.1-4); Essas disposições foram promulgadas "por causa da dureza do vosso coraçãoº (Mt 19.8). A compreensão mais natural do ensino de Jesus (Mt 5.31-32; 19.8-9) é que o adultério-o pecado da infidelidade conjugal-destrói a aliança do casamen- to e justifica o divórcio (ainda que a reconci6ação tosse preferível) e que aquele que se divorcia de sua esposa por qualquer razão menor toma-se culpado de adultério, quando se casa de novo, e leva a esposa a cometer adultério, se ela também se casar de oow. 01Jrincípio é que todos os casos de divórcio e de novo casamento envolvem o rompimento do ideal de Deus para a relação sexual. Perguntado quando o.divórcio seria legítimo, Jesus respondeu que o divórcio é sempre deplorável (Mt 19.3-6), mas não negou que os corações continuavam a ser duros e que o divórcio, ainda que mau, podia; às vezes, ser permitido . . Paulo diz que o cristão que é abandonado por um cônjuge não-cristão não está sujeito à servidão (1 Co 7 .15). Isso evidente- mentesignifica que o cristão pode considerar acabada a relação. Se esse tato confere o direito de um novo casamento tem sido matéria de muita disputa, e a opinião Reformada tem estado dividida sobre a questão. A Confissão de Westminster (XXIV.5,6), com sábia cautela, afirma aquilo em que, à base da reflexão sobre as Escrituras acima referidas, ao longo do tempo, os cristãos Reformados concordam no que diz respeito ao divórcio: "No caso de adultério depois do casamento, à parte inocente é lícito propor divórcio e, depois de obter o divórcio, casar com outrem, ~mo se a parte infiel tosse morta. Embora a corrupção do homem seja tal que o incline a procurar argumentos a fim de, indevidamente, separar aqueles que Deus uniu em matrimônio, contudo nada, senão o adultério, é causa suficiente para dissolver os laços matrimo- niais, a não ser ~uê ~~ja deserção tão obstinada que não possa ser remediada pela igreja nem pelo magistrado civil. Para a disso!~ d'G'matrimônio é necessário haver um processo público e regular, não se devendo deixar ao arbítrio e discrição das pa'itllS o decidir em seu próprio caso." ~I·. )~ r temeu e tremeu por causa do meu nome. 6 h A1 verdadeira instrução esteve na sua boca, e a 2injustiça não se achou nos seus lábios; andou comigo em paz e em retidão e ida iniqüida· de apartou a muitos. 7 Porque los lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e <ia sua boca devem os homens tes a aliança de Levi, diz o SENHOR dos Exércitos. 9 Por isso, ºtambém eu vos fiz desprezíveis e indignos diante de todo o povo, visto que não guardastes os meus caminhos e vos mos· trastes Pparciais no aplicardes a lei. procurar a instrução, 'porque ele é mensageiro do SENHOR Advertência contra a infidelidade conjugal dos Exércitos. s Mas vós vos tendes desviado do caminho e, to qNão temos nós todos o mesmo Pai? 'Não nos criou o por vossa instrução, mtendes feito tropeçar a muitos; nviolas· mesmo Deus? Por que seremos desleais uns para com os ou· • 6 hDt33.10 1Jr23.22; [Tg 5.20] 1 Ou A lei da verdade 2o erro 7 iNm 27.21; Dt 17.8-11; Jr 18.18 l[GI 4.14] 8mJr18.15 nNm 25.12-13; Ne 13.29; Ez 44.10 9º1Sm 2.30 PDt 1.17; Mq 3.11, 1Tm5.21 10 q Jr 31.9; 1Co 8.6; [Ef 4.6] r Jó 3115 •2.7 lábios do sacerdote devem guardar o conhecimanto. Ver Ed 7.1 O; Os 4.6. A relação entre o verdadeiro conhecimento do Senhor e a instrução sacerdo· tal na lei é expressa vividamente em 2Cr 15.3: "Israel esteve por muito tempo sem o verdadeiro Deus, sem sacerdote que o ensinasse e sem lei." •2.8 vós vos tendes desviado do caminho. Ver Ne 13.29. As atitudes e as ações dos sacerdotes tornaram-se um mau exemplo para o povo. Eles abandonaram o seu verdadeiro chamado, que consistia em ensinar e praticar a verdade. •2.9 mostrastes parciais no aplicardes a lei. A base para esta censura é o caráter de Deus. Deus "não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno" IDt 10.17; cf. Lv 19.15). Possivelmente os sacerdotes estavam favorecendo os ricos e poderosos da sociedade. •2.10-16 A falta de fidelidade para com Deus leva ao colapso nas relações humanas. Malaquias refere-se a dois problemas. O casamento com esposas idólatras lvs. 10-121 e o divórcio das esposas israelitas lvs. 13-16) são rigorosamente reprovados. •2.10 o mesmo Pai. Alguns entendem que isto se reíere a l\biaão \Is 51.2/. Mais provavelmente, esta expressão se refira a Deus 11.6; Êx 4.22-23; Dt 32.6; Is 63.16; 64.8; Jr 3.4, 19; 31.9) 1091 MALAQUIAS 2, 3 tros, profanando a aliança de nossos pais? 11 Judá tem sido desleal, e abominação se tem cometido em Israel e em Jerusa- lém; porque Judá 5profanou o santuário do SENHOR, o qual ele ama, e se casou com adoradora de deus estranho. 12 O SE- NHOR eliminará das tendas de Jacó o homem que fizer tal, seja 3 quem for, e 1o que apresenta ofertas ao SENHOR dos mos, e ninguém seja infiel para com a mulher da sua mocida- de. 16 Porque ªo SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas ves- tes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mes- mos e não sejais infiéis. Exércitos. A \linda do SENHOR precedida pelo seu Anjo 13 Ainda fazeis isto: cobris o altar do SENHOR de lágrimas, 17 bEnfadais o SENHOR com vossas palavras; e ainda dizeis: de choro e de gemidos, de sorte que ele já não olha para a Em que o enfadamos? Nisto, que pensais: cQualquer que faz oferta, nem a aceita com prazer da vossa mão. 14 E pergun- o mal passa por bom aos olhos do SENHOR, e desses é que ele tais: Por quê? Porque o SENHOR foi testemunha da aliança en- se agrada; ou: Onde está o Deus do juízo? tre ti e "a mulher da tua mocidade, com a qual tu foste 3 Eis que ªeu envio o meu mensageiro, que bpreparará o desleal, vsendo ela a tua companheira e a mulher da tua alian- caminho diante de mim; de repente, virá ao seu templo o ça. IS xNão fez o SENHOR um, mesmo que havendo nele um Senhor, a quem vós buscais, co Anjo da Aliança, a quem vós pouco de espírito? E por que somente um? Ele buscava za desejais; eis que dele vem, diz o SENHOR dos Exércitos. 2 Mas descendência que prometera. Portanto, cuidai de vós mes- quem poderá suportar eo dia da sua vinda? E !quem poderá • 11 s Ed 9.1-2; Ne 13.23 12 INe 13.29 3Talmude e V profes;or e estudante 14 u Pv 5.18; Jr 9.2; MI 3.5 VPv 2.17 IS XGn 2.24; Mt 19.4-5 ZEd 9.2; [1Co 7.14] 16 ªDt 24.1; [Mt 5.31; 19.6-8] 17 bis 43.22,24 eis 5.20; SI 1.12 CAPÍTULO 3 1ªMt11.10; Me 1.2; Lc 1.76; 7.27; Jo 1.23; 2.14-15 b[ls 40.3] eis 63.9 dHc 2.72eJr10.10; JI 2.11; Na 1.6; [MI 4.1]/ls 33.14; Ez 22.14; Ap 6.17 •2.11 sido desleal. Este verbo é usado cinco vezes nos vs. 10-16. Ele é empre- gado em Jr 3.20 para se referir à infidelidade marital. abominação, O termo hebraico aqui refere-se às práticas religiosas idólatras sendo, também, muito usado em Deuteronômio (Dt 7.25-26; 12.31; 13.14; 18.12). Ele pode igualmente referir-se à transgressão sexual (Lv 18.22,26,29-30; Dt 24.4) profanou o santuário do SENHOR, A palavra hebraica traduzida por "santuário" também pode ser entendida como referindo-se ao próprio povo ("santa semen- te", Is 6.13; Ed 92). Trata-se do povo que é amado por Deus e que se corrompe pela desobediência em suas práticas matrimoniais. se casou com adoradora de deus estranho. Esta frase refere-se ao casa- mento com uma mulher ainda comprometida com um deus estranho - ou seja, uma idólatra fora da aliança (cf. Gn 24.3-4; Êx 34.12-16; Dt 7.3-4; Js 23.12; 1 Rs 11.1-1 O). A proibição do casamento com descrentes continua no Novo Testa- mento (1Co 7.39; 2Co6.14). •2.14 mulher da tua mocidade. Ver v. 15; Pv 5.18. a mulher da tua a6ança, A fidelidade pactuai de Deus deve ser espelhada nas relações matrimoniais do seu povo (Pv 2.17; Ef 5.22-33). •2.15 um. Ver Gn 2.24. •2.16 odeia o repúdio. Ver Is 50.1; Dt 24.1-4; nota teológica "Casamento e Di- vórcio". vestes, Casar-se e receber uma esposa é, às vezes, representado pelo cobrir-se com um manto (Rt 3.9, nota textual; Ez 16.8 rei. lat.). •2, 17-3.5 Os cínicos religiosos acusam o Senhor de injustiça. Deus responde com a promessa de que ele enviará um mensageiro para preparar o caminho di- ante dele e, então, retomar para o seu templo. A presença divina em meio a um povo ímpio requer julgamento e purificação graciosa (3.2-3). Ele transformará o coração dos levitas e eles, então, passarão a novamente oferecer sacrifícios da forma correta. O juízo será severo (3.5). O Senhor mesmo será a principal teste- munha na acusação do seu povo. •2.17 Enfadais o SENHOR. Ver Is 43.24. Em Malaquias, as ofensas giram em torno da rejeição cínica do governo moral de Deus e do contínuo espírito insolente que constantemente coloca Deus à prova. •3, 1-5 Esta seção refuta as duas declarações cínicas de 2.17. A alegação de que Deus não diferencia entre o bem e o mal é respondida no v. 2 ao referir-se ao mi- nistério de aperfeiçoamento e purificação do Anjo da Aliança. A segunda declara- ção, "Onde está o Deus do juízo?" (2.17), é respondida no v. 5. Os judeus esperavam que o Senhor julgasse as nações, mas, ao invés disto, o Senhor se aproximará deles para juízo (v. 5). •3.1 meu mensageiro. Ver 4.5; também Is 40.3 (onde também ocorre a ex- pressão "preparar o caminho"). No Oriente Próximo, era prática comum enviar mensageiros que precedessem um rei visitante com o objetivo de anunciar a sua vinda e de remover quaisquer dificuldades ou obstáculos. Este mensageiro (Mt 11.1 O) será o último desta categoria a aparecer antes da vinda do Senhor, que é "o Anjo da Aliança". de repente, Nas Escrituras, esta expressão quase sempre está associada com circunstâncias infelizes e desastrosas (Nm 12.4; Is 47.11; cf. 2Pe 3.10). Anjo da Aliança. Uma pessoa distinta do "meu mensageiro", ele purificará os sacrifícios. os sacerdotes e a nação (vs. 2-5). Este "Anjo da Aliança" é o Messias e essa profecia se cumpre em Jesus que, sozinho, realizou o sacrifício perfeito em favor do seu povo. A vida de Cristo (3.1) A Profecia de Malaquias ComQ seu•~ Sua vinda traz o julgamento (4. 1) Comó o Sdf •dí''ii'~ cura seuP<Pló·~~~· Seu precursor prepara a vinda do Senhor (3.1; 4.5) A vinda de Cristo traz o julgamento mas também a salvação (Mt 3.10-12; Ap 20.11-15) ~r 'fiJ'n, ~~~ ; AP 21.4) · João Batista anuncia Cristo (Mt 11.10-14) MALAQUIAS 3 1092 subsistir quando ele aparecer? Porque gele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiras. 3 h Assentar-se-á como derretedor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi e os 1refinará como ouro e como prata; eles itrarão ao SENHOR justas ofertas. 4 Então, ia oferta de Judá e de Jerusa- lém será agradável ao SENHOR, como nos dias antigos e como nos primeiros anos. s Chegar-me-ei a vós outros para juízo; serei testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúl- teros, e 'contra os que juram falsamente, e contra os que mde- fraudam o salário do jornaleiro, e oprimem na viúva e o órfão, e torcem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o SENHOR dos Exércitos. O roubo no tocanteaos dízimos e às ofertas 6 Porque eu, o SENHOR, ºnão mudo; Ppor isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. 7 Desde os dias de qvossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; 'tor- nai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros, diz o SENHOR dos Exércitos; 5 mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? 8 Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? 1Nos dízimos e nas ofertas. 9 Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. 10 uTrazei todos os dízimos và casa do Te- souro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir xas jane- las do céu e não 2 derramar sobre vós bênção sem medida. 11 Por vossa causa, repreenderei ªo devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. 12 Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis buma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos. A diferença entre o justo e o peTVerso 13 As e vossas palavras foram 2 duras para mim, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Que temos falado contra ti? 14 dVós dizeis: Inútil é servir a Deus; que nos aproveitou termos cui- dado em guardar os seus preceitos e em andar de luto diante do SENHOR dos Exércitos? ts Ora, pois, enós reputamos por felizes os soberbos; também os que cometem impiedade 3prosperam, sim, eles !tentam ao SENHOR e escapam. 16 Então, gos que temiam ao SENHOR hfaJavam uns aos ou- tros; o SENHOR atentava e ouvia; ;havia um memorial escrito diante dele para os que temem ao SENHOR e para os que 4se lembram do seu nome. 17 iEles serão para mim 'particular te- souro, naquele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exérci- tos; mpoupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve. 18 n Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o perverso, entre o que serve a Deus e o que não o serve . • gls4.4;Zc139;[Mt3.10-12;1Jo313-15] Jhl~125,Dn1210;Z~139 i[1Pe25] IOupurificará. 4iM1111- SiLv1912;Zc54; [Tg 5.12] m Lv 19.13; Tg 5.4 nEx 22.22 6 o [Nm 23.19; Rm 11.29; Tg 117] P[Lm 3.22] 7 q At751 rzc 1.3 SMI 1.6 8 INe 13.10-12 IOUPv3.9-10V1Cr26.2QXGn7.11 z2Cr31.10 ti ªAm49 t2bDn89 1JcMl2.172Lit.fortes t4dJó21.14 1ses1 73.12 /SI 95.9 3 Lit. são edificados 16 g SI 66.16 h Hb 3.13 i SI 56.8 4 estimam 17 i Êx 19.5; Dt 76; Is 43.21; [1 Pe 2.9] /is 62.3 m SI 103.13 1snrs159111 •3.3 purificará os filhos de Levi. Os sacerdotes haviam sido instrumentos na condução do povo em direção ao erro. A obra da purificação começará com eles e. a partir deles. espalhará para toda a nação. Os levitas eram o modelo para a na- ção que deveria ser "um reino de sacerdotes" (Êx 19 6). justas ofertas. Ver 1.11, "ofertas puras". Por causa da obra do mensageiro da aliança. a adoração correta e apropriada será novamente oferecida. visto que os corações e vidas dos ofertantes estarão purificados (SI 4.5; Sf 3.9). •3.5 Chegar-me-ei a vós outros para juízo. Esta seção começou com os cíni- cos religiosos acusando o Senhor de injustiça. Ela termina com um litígio judicial no qual o Senhor faz acusações contra o seu povo. Os pecados especificamente mencionados no v. 5 são claramente proibidos pela lei do Senhor. A causa funda- mental desses pecados é que eles "não me temem". •3.6-12 O povo não estava apenas trazendo ofertas defeituosas mas também estavam retendo o dízimo. aparentemente devido a colheitas insuficientes. Con- tudo. reter o dízimo é roubar do Senhor. Como conseqüência. o Senhor justo rete- ve as suas bênçãos. O pecado do povo também evidenciava uma falta de confiança no Senhor para suprir as suas necessidades. no caso deles cumprirem os seus mandamentos. Assim sendo, o Senhor os conclama a colocá-lo em pro- va. Se eles agissem assim, a provisão resultante seria tão grande que as nações notariam a diferença e considerariam Israel como uma nação abençoada por Deus. •3.6 eu, o SENHOR, não mudo. A imutabilidade ou o caráter invariável de Deus podem ser vistos erry seu propósito de abençoar o seu povo eleito. Assim. eles não são destruídos (Ex 34.6-7; Jr 30.11). •3. 7 tornai-vos para mim, e eu me tomarei para vós outros. O mandamen- to visando o arrependimento está ligado a uma promessa (cf. Zc 1.3; Tg 4.8). O pecado separa o ser humano de Deus e leva Deus a esconder a sua face (Is 59.2). •3.8 dízimos. A palavra significa um décimo. A prática do dízimo é mencionada nos relatos da vida de Abraão (Gn 14.20) e Jacó (Gn 28.22) e foi codificada na lei de Moisés (Lv 27.30; Nm 18.26; Dt 14.22-29). ofertas. Porções dos sacrifícios de animais destinados aos sacerdotes (Êx 29.27-28; Lv 9.22). •3.1 O casa do Tesouro. Este termo refere-se a um compartimento no templo utilizado para a armazenagem de ofertas (2Cr 31.11 ref. lat.; Ne 10.38-39; 12.44; 1312) provai-me. Este é o inverso do modelo bíblico normal, no qual Deus prova os se- res humanos (SI 11.5; 26.2; 66.1 O; Pv 17.3; Jr 11.20; 12.3; 17.10). Somente em algumas poucas ocasiões os seres humanos são convidados a testarem Deus (i e . provar as suas afirmações e justificar os seus mandamentos. Is 7 .11-12; 1 Rs 1822-46) janelas do céu. Ver Gn 7 .11. •3.13---4.6 A última seção retorna à profecia de 3.1-5 acerca do precursor (Mt 11.1 OI e a vinda de Deus. De várias maneiras. o início da seção assemelha-se a um salmo de lamento. As reclamações. no entanto, são interpretadas como pala- vras duras contra o Senhor. Havia. porém, aqueles que passavam pelas mesmas injustiças sem concluir que servir ao Senhor era coisa inútil. O primeiro grupo enunciou palavras duras e recebeu a resposta do Senhor; o último temeu ao Se- nhor e isto levou o Senhor a escrever um memorial a respeito deles. Deus prome- teu que eles seriam o seu tesouro especial no grande Dia do Senhor. Uma referência ao "dia" (v 17) introduz novamente o tema do último dia do jul- gamento. um dia de destruição para os ímpios e de salvação para os justos. Os versos finais retornam ao prometido precursor e exortam o povo a guardar a lei de Moisés. •3.14 Inútil. A palavra significa "vazio" ou "em vão". aproveitou. O termo hebraico normalmente refere-se ao ganho injusto. A cobiça não combina com o desejo pela verdade divina (SI 119.36). •3.16 Então. As palavras e a conduta daqueles que temiam a Deus são ocasio- nadas pelas reclamações anteriores e ambas as situações são aqui contrastadas. memorial escrito. Esta expressão. tal qual aqui redigida. se encontra apenas nesta passagem. porém referências a um livro especial são empregadas em ou- tros textos (Ex 32.32; SI 69.28; On 7.10\. •3.17 Eles serão para mim. Esta expressão refere-se ao remanescente descri- to no v. 16. particular tesouro. No estágio inicial da revelação do Antigo Testamento. a 1093 MALAQUIAS 3 O sol da justiça e seu precursor 4 Pois eis que ªvem o dia e arde como fornalha; todos bos soberbos e todos os que cometem perversidade serão e como o restolho; o dia que vem os abrasará, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que dnão lhes deixará nem raiz nem ramo. 2 Mas para vós outros que e temeis o meu nome nascerá o !sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria. 3 gPisareis os perversos, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, na- quele dia que prepararei, diz o SENHOR dos Exércitos. 4 Lem· brai-vos da hLei de Moisés, meu servo, a qual lhe prescrevi em Horebe para todo o Israel, a saber, ;estatutos e juízos. s Eis que eu vos enviarei lo profeta Elias, 1 antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR; ó ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e mfira a terra com nmaldição. e CAP.ÍTUL~ 4 1 •SI 21 9, [Na 1 5-6, MI 3 2-3, 2Pe 3 7] bMI 3 18 Cls 5 24, Ob 18 dAm 2 9 2 e MI 3.16/Mt416; Lc 1.78; At 10.43; 2Co 4.6;Et5.14 3 gMq7 10 4 hÊx20 3 'Dt4~ S l[Mt 11 14, 17 10-13, Mc9 11-13, Lc 1 17]. Jo 1.21 IJI 2 31 ó mzc 14 12 nzc5 3 nação de Israel é chamada de "propriedade peculiar" de Deus (Êx 19.5; Dt 7.6; 14 2) •4. 1 os abrasará. Duas figuras utilizando o fogo são usadas em Malaquias para descrever o Senhor: um fogo purificador (3.2) e um fogo destruidor (4.1 ). nem raiz nem ramo. Os ímpios são comparados a uma árvore (Am 2.9) que será consumida até as raízes, sendo assim totalmente destruída. •4.2 sol da justiça. Uma expressão exclusiva de Malaquias [cf. SI 84.11 ). O rei davídico reinará em justiça (Is 32.1 J e será chamado "um Renovo justo" (Jr 235-6) salvação. A Bíblia faz analogia entre a doença física e a doença es~iritual, ou pe- cado. Com freqüência, a salvação é comparada à cura corporal (Ex 15.26; 2Cr 7.14; SI 103.3; Is 53.5; Jr 17.14). •4.5 Eis que eu vos enviarei o profeta Elias. A conexão literária deste verso com 3.1 indica que "Elias" e o "meu mensageiro" são a mesma pessoa. Ambos os versos começam com a palavra "eis" e utilizam a mesma fonma do verbo "en- viar". Em ambos os casos, a missão destes personagens é trazer o arrependi- mento antes do Dia do Senhor que está prestes a vir. O Novo Testaménto identifica este "Elias" como João Batista (Mt 11.14; 17.10; Me 9.11-13; Lc 1.17). •4.6 ele converterá o coração dos pais aos filhos. Arrependimento e con- versão a Deus serão vistos na restauração dos relacionamentos familiares (Lc 1.17). para que eu não venha e fira a terra com maldição. Malaquias começou o seu livro com o anúncio do amor eletivo de Deus. No entanto, o texto temnina com a ameaça de uma maldição. A dupla ênfase de Malaquias (na misericórdia e no juízo) ressoa no pronunciamento de Paulo em Rm 11.22: "Considerai, pois, a bon- dade e a severidade de Deus". Introdução ao , PERIODO , INTERTESTAMENTARIO Quando a história do Antigo Testamento encerrou-se, a comu- nidade hebraica encontrava-se disciplinada, dividida e esperanço- sa. Disciplinada porque o povo reconheceu o grave grave pecado, que levou o Senhor a submetê-la a julgamento. A nação estava di- vidida. Muitos judeus haviam retornado do exílio e estavam ado- rando a Deus em Jerusalém, mas a maioria havia ficado na Pérsia, e ainda outros tinham se estabelecido no Egito e em outros luga- res. Essa dispersão da população judaica é chamada de "Diáspo- ra". Mas, acima de tudo, o povo não havia abandonado sua fé e esperança. Conhecia as promessas da aliança entre Deus e Abraão. Lembrava-se da poderosa mão do Senhor que havia redi- mido seu povo do Egito. E uma grande expectativa começava a se desenvolver acerca da vinda do Messias, que iria cumprir os propó- sitos de Deus para a salvação do seu povo e traria o novo e ansiado êxodo. Virando-se a página do Livro de Malaquias para o primeiro ca- pítulo do Novo Testamento, há um salto de mais de quatrocentos anos. Os judeus testemunharam drásticas mudanças nas culturas circunvizinhas e, inevitavelmente, também sofreram uma grande transformação interna. O Império Persa havia desabado diante das conquistas de Alexandre, o Grande. Na última terceira parte do sé- culo IV a.C., Alexandre trouxe a cultura grega, ou o "Helenismo," para os lugares que conquistou, incluindo a maior parte do Oriente Médio. Depois disto, a vida do povo judeu foi intensamente marca- da pelo confronto com a cultura grega. Os Ptolomeus. Alexandre, o Grande, morreu em 323 a.C., e a Palestina ficou debaixo do governo de um de seus generais gregos, Ptolomeu, que também governou o Egito. Pouco se sabe a respeito da vida na Judéia nos tempos dos ptolomeus. Aparente- mente, os judeus conservavam uma considerável liberdade, tanto para praticar sua religião como também para manter, até certa me- dida, um governo autônomo, exercido pelo seu próprio sumo sa- cerdote. Originalmente esse ofício tinha um propósito estritamente religioso, mas, na ausência de um rei judeu, ele se tornou o maior símbolo político da nação judaica. Ao mesmo, tempo a comunida- de se sentiu cada vez mais pressionada a adotar o estilo de vida grego. A colônia judaica de Alexandria, no Egito, parece ter florescido durante o período dos ptolomeus. Estando na capital de uma cida- de de cultura pagã, entretanto, a colônia tinha uma grande necessi- dade de se a1ustar ao novo ambiente. Alguns intelectuais judeus queriam ensinar a história dos hebreus aos gentios. Outros tenta- ram combinar a religião bíblica com a filosofia grega, um processo que, algum tempo depois, culminou nas interpretações alegóricas de Filo de Alexandria. Entre as várias produções literárias, a tradu- ção do Pentateuco do hebraico para o grego foi terminada perto do fim do século Ili a.C. Este trabalho, 1untamente com as traduções posteriores dos outros livros do Antigo Testamento, é chamado de Septuaginta (comumente abreviado com o numeral romano ''LXX"), intitulado assim por causa dos setenta eruditos que, de acordo com a tradição, participaram na tradução do original. Os au- tores do Novo Testamento escreveram em grego e, com freqüên- cia, utilizaram a Septuaginta quando citavam o Antigo Testamento. Os Selêucidas. Um dos generais de Alexandre, Seleuco, se tornou governador de um império que, finalmente, se estendeu da costa oeste da Ásia Menor (Turquia) à Babilônia e ainda além, ao leste. A capital do Império Selêucida foi estabelecida em Antioquia da Sír'1a, ao norte da Palestina, e era um constante desafio para os governantes ptolomeus. Finalmente, em 198 a.C., o governador selêucida Antíoco Ili conseguiu ocupar o território palestino. Não há dúvidas de que os judeus foram afetados imediata- mente por essa mudança, mas foi com a ascensão de Antíoco IV, em 175 a.C., que a Judéia se encontrou num dos períodos de maior dificuldade jamais enfrentada por qualquer comunidade judaica. Também conhecido como Epifânio ("Deus manifesto"), Antíoco IV começou a sentir-se ameaçado pelos romanos, que vagarosamen- te - mas com habilidade -estavam avançando para o Leste. No esforço de fortalecer e unir seu império, Antíoco intensificou o pro- cesso de helenização da Palestina. Alguns judeus receberam esse desenvolvimento de braços abertos e acolheram a nova cultura, a ponto de rejeitar a sua identi- dade religiosa. Tal apostasia fortaleceu a determinação de outros judeus em resistirem à política de Antíoco. Este rei não entendeu o caráter religioso do Judaísmo e desencadeou uma terrível perse- guição religiosa. Exemplares das Escrituras Hebraicas foram quei- mados, a observância do sábado foi proibida, a circuncisão foi banida e os infratores foram condenados à morte. Em 167 a.C., Antíoco profanou o templo judeu, colocando nele uma estátua de Zeus e sacrificando-lhe porcos. Muitos judeus interpretaram esta blasfêmia como sendo o cumprimento da profecia sobre a" abomi- nação desoladora" (Dn 11.31, 12.11; cf. 9.27). Pouco depois desta profanação, iniciou-se a Revolta dos Ma- cabeus. Sob a liderança de Judas Macabeus, ou Judas, o "Marte- lo", pequenos grupos judaicos de guerrilha combateram e derrotaram repetidamente grandes batalhões selêucidas. Os jude- us ocuparam Jerusalém e rededicaram o templo em 164 a.C. Este evento ainda é celebrado hoje na festa judaica chamada Hannukah. A história destes e de outros eventos subseqüentes estão relata- dos no Livro de 1 Macabeus, um dos livros conhecidos como Apó- crifos (ou, na Igreja Católica Romana, como Deuterocanônicos). 1095 0 PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO Os Hasmoneanos. Tendo provado o sabor da vitória, os ju- deus não se contentaram simplesmente em apenas recuperar o di- reito de praticar sua religião. Lutaram para recuperar a liberdade política também, algo que não haviam desfrutado desde o exílio na Babilônia no século VI a.C. Depois da morte de Judas, seus irmãos Jônatas e Simão continuaram a guerra até 142 a.C.,quando a Ju- déia se tornou independente e a dinastia hasmoneana foi estabele- cida. O nome é derivado de Hasmon, um ancestral dos Macabeus. Mas a luta contra a helenização não havia terminado. Mesmo antes da conquista da independência, Jônatas Macabeus havia se tornado o sumo sacerdote, apesar de não pertencer à família apro- priada (da linhagem de Zadoque). De acordo com muitos eruditos, foi esse fato que levou um grupo de judeus mais ortodoxos a se afastar da sua nação e a estabelecer a comunidade dos essênios de Oumran, próximo ao mar Morto. Considerando-se a si mesmos a verdadeira nação de Israel, essa comunidade desenvolveu um estilo de vida monástico. Interpretavam as profecias do Antigo Tes- tamento como cumprido-se no meio deles, e esperavam ansiosa- mente pela guerra final e iminente que destruiria os inimigos de Deus. Uma extensa coleção de sua literatura, os Manuscritos do Mar Morto, foi descoberta em 1947. Os governadores hasmoneanos (macabeus) dominaram o sa- cerdócio. Progressivamente, foram adotando o estilo de vida gre- go. Em geral, recebiam o apoio dos saduceus, um grupo aristocrático que procurava preservar a estabilidade política. Esse partido conservador reconhecia somente a autoridade do Penta- teuco (enquanto a outros livros atribuíam menos autoridade). e nes- ses termos rejeitavam a doutrina da ressurreição (cf. Mt 22.23-33; At 23.6-8). Não é possível descrever com precisão a origem histó- rica dos saduceus, nem a dos fariseus. Ambos os grupos foram pri- meiramente mencionados pelo historiador Josefa em conexão com o governo de João Hircano 1 (134-104 a.C.). Os fariseus, apesar de não serem primariamente um grupo po- lítico, podem ser considerados como tendo sido o partido de oposi- ção do seu tempo. Protestaram contra a helenização da vida judaica, formaram uma tradição oral extensiva e procuraram pre- servar a pureza das regras do judaísmo. Mas, através de suas inter- pretações da lei, adulteraram muitos princípios bíblicos. De fato, essa prática baixou o padrão da santidade exigido por Deus e aju- dou a nutrir a ilusão de que o povo podia agradar a Deus através de seus próprios esforços (Me 7.1-13; Lc 18.9-14). Os romanos. Apesar de desfrutar alguns períodos de pros- peridade, a dinastia hasmoneana, dividida pelas lutas internas, não conseguiu resistir ao avanço dos romanos. Em 63 a.C., o general romano Pompeu invadiu Jerusalém. A constante agitação levou os romanos a nomearem Herodes como o rei da Judéia. Era um idu- meu de nascimento, mas também um judeu prosélito. Reinou de 37 a.e. até sua morte, em 4 d.C. Herodes era obediente a Roma e governou com eficiência. Seus projetos de edificação, como a construção de um porto artifi- cial em Cesaréia, uma admirável façanha da engenharia, o tornou famoso no mundo antigo. De especial importância foi a reconstru- ção do templo em Jerusalém, um empreendimento ambicioso que começou em 20 a.e. e continuou muito depois de sua morte (Jo 2.20). Por estas e outras realizações, acabou sendo chamado de "Herodes. o Grande." Infelizmente, os vícios de Herodes lançaram uma sombra sobre as suas virtudes. Egoísta, ciumento, e desconfi- ado, Herodes, às vezes, agia como louco, chegando ao ponto de até mesmo assassinar alguns dos seus próprios filhos. Quando a história do Novo Testamento se inicia, os judeus es- tão submetidos a uma potência estrangeira. Governados por um personagem capaz, porém tirânico, esperavam por uma salvação que ainda não havia chegado. l MALAQUIAS 01 02 03 04 Introdução ao Período Intertestamentário
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