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Profetas_Menores

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Ensinar a Palavra de Deus e 
capacitar seus participantes 
a cumprirem a missão que 
Jesus nos deu.
Ensinar a Palavra de Deus e 
capacitar seus participantes 
a cumprirem a missão que 
Jesus nos deu.
MISSÃO DA 
ESCOLA BÍBLICA
Copyright© CBSDB, 2014
Os doze profetas menores: ma ensagem tual para a 
greja de Cristo. / Daniel Miranda Gomes e Jonas 
Sommer (organizadores). - - Curitiba, PR: CBSDB, 2014.
216 p. ; 21 cm.
ISBN 978-85-98889-10-8
1. Bíblia. 2. Estudo da Bíblia.I. Gomes, Daniel Miranda. II.
Sommer, Jonas. II. Título.
CDD: 224 
O811
Estudos para a Escola Bíblica Sabatina. 
Proibida a reprodução, total ou parcial, por quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, 
xerográfi cos, fotográfi cos, estocagem em banco de dados, etc.), a não ser em breve 
citações com indicação da fonte ou salvo expressa autorização da Conferência Batista 
do Sétimo Dia Brasileira.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos da versão Almeida Revista e 
Atualizada (Sociedade Bíblica do Brasil) salvo indicação específi ca.
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ
Diretor: Pr. Jonas Sommer
EXPEDIENTE
Revisão de 
textos: 
Caroline Aquino Falvo Côrrea Capa: 
Rodrigo Rosalis
www.rosalis.com.br
Revisão 
teológica: 
Pr. Jonas Sommer, 
Pr. Daniel Miranda Gomes
Diagramação:
Rodrigo Rosalis
www.rosalis.com.br
Atendimento e 
tráfego:
Marcelo Negri 
(41) 3379-2980
Impressão 
gráfi ca:
Gráfi ca Exklusiva
http://www.exklusiva.com.br/
Redação:
Rua Erton Coelho Queiroz, 50 - Alto Boqueirão - CEP 81770-340 - Curitiba - PR
http://www.ib7.org / secretaria@cbsdb.com.br
SUMÁRIO
Abreviaturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Pr. Jonas Sommer
Lição 1
A Atualidade dos Profetas Menores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Devocionais: Daisy Moitinho
Comentário: Pr. Daniel Miranda Gomes
Lição 2
Oséias - A Fidelidade no Relacionamento com Deus . . . . . . . . . . . 27
Devocionais: Daisy Moitinho
Comentário: Pr. Marcos Shünemman
Lição 3
Joel - O Derramamento do Espírito Santo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Devocionais: Pr. Luiz Rogério Palhano
Comentário: Pr. Jonas Sommer
Lição 4
Amós - A Justiça Social como Parte da Adoração . . . . . . . . . . . . . . 63
Devocionais: Pr. Jonas Sommer
Comentário: Pr. Iverson Santos
Lição 5
Obadias - O Princípio da Retribuição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
Devocionais: Pr. Emanuel Lourenço da Silva
Comentário: Pr. Daniel Miranda Gomes
Os Doze 
P R O F E T A S 
 Menores
Uma mensagem atual para a Igreja de Cristo
Lição 6
Jonas - A Misericórdia Divina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
Devocionais: Pr. Emanuel Lourenço da Silva
Comentário: Pr. Jonas Sommer
Lição 7
Miquéias - A Importância da Obediência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
Devocionais: Christiano Daniel Fritzen
Comentário: Pr. Wesley Batista de Albuquerque
Lição 8
Naum - O Limite da Tolerância Divina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
Devocionais: Christiano Daniel Fritzen
Comentário: Pr. Alfredo Oliveira Silva
Lição 9
Habacuque - A Soberania Divina sobre as Nações . . . . . . . . . . . . . 149
Devocionais: Victória Brites Fajardo
Comentário: Pr. Renato Sidnei Negri Junior
Lição 10
Sofonias - O Juízo Vindouro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
Devocionais: Pr. Renato Sidnei Negri Junior
Comentário: Pr. José de Godoi Filho
Lição 11
Ageu - O Compromisso do Povo da Aliança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183
Devocionais: Victória Brites Fajardo
Comentário: Pr. Edvard Portes Soles
Lição 12
Zacarias - O Reinado Messiânico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
Devocionais: Pr. Renato Sidnei Negri Junior
Comentário: Pr. Daniel Miranda Gomes
Capítulo 13
Malaquias – O Culto Segundo Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 223
Devocionais: Pr. Luiz Rogério Palhano
Comentário: Pr. Jonas Sommer
Nossos Autores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 238
AA – Almeida Atualizada 
ARA – Almeida Revista e Atualizada
ARC – Almeida Revista e Corrigida
ACRF – Almeida Corrigida e Revisada Fiel 
A21 – Almeida Século 21 
ECA – Edição Contemporânea de Almeida
Gn
Êx
Lv
Nm
Dt
Js
Jz
Rt
1Sm
2Sm
1Rs
2Rs
1Cr
2Cr
Ed
Ne
Et
Jó
Sl
Pv
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Dn
Os
Jl
Am
Ob
Jn
Mq
Na
Hc
Sf
Ag
Zc
Ml
Mateus
Marcos
Lucas
João 
Atos
Romanos
1 Coríntios
2 Coríntios
Gálatas
Efésios 
Filipenses
Colossenses
1 Tessalonicenses
2 Tessalonicenses
1ª Timóteo
2ª Timóteo
Tito
Filemon
Hebreus 
Tiago 
1 Pedro
2 Pedro
1 João 
2 João 
3 João 
Judas 
Apocalipse 
Mt
Mc
Lc
Jo
At
Rm
1Co
2Co
Gl
Ef
Fp
Cl
1Ts
2Ts
1Tm
2Tm
Tt
Fm
Hb
Tg
1Pe
2Pe
1Jo
2Jo
3Jo
Jd
Ap
NOVO TESTAMENTO
Gênesis
Êxodo 
Levítico
Números 
Deuteronômio
Josué
Juízes
Rute
1 Samuel
2 Samuel 
1 Reis
2 Reis 
1 Crônicas 
2 Crônicas
Esdras
Neemias
Ester 
Jó 
Salmos 
Provérbios 
Eclesiastes 
Cântico
Isaías 
Jeremias 
Lamentações 
Ezequiel 
Daniel 
Oséias 
Joel 
Amós 
Obadias 
Jonas 
Miquéias 
Naum 
Habacuque 
Sofonias 
Ageu 
Zacarias 
Malaquias 
ANTIGO TESTAMENTO
L I V R O S D A B Í B L I A 
NVI – Nova Versão Internacional
KJA – King James Atualizada 
BV – Bíblia Viva 
BJ – Bíblia de Jerusalém 
TEB – Tradução Ecumênica da Bíblia
NTLH – Nova Tradução na Ling. de Hoje
ABREVIATURAS DAS VERSÕES BÍBLICAS UTILIZADAS 
ABREVIATURAS DE
www.ib7.org 7
Pela graça e misericórdia de Deus, iniciamos mais 
um trimestre de estudos das Sagradas Escrituras. Nos 
próximos três meses, perscrutaremos os chamados Pro-
fetas Menores. Veremos que o surgimento do profetismo 
em Israel e Judá se deu no período monárquico, com a 
finalidade de restaurar o monoteísmo hebreu, combater 
a idolatria, denunciar as injustiças sociais, proclamar o 
Dia do Senhor e reacender a esperança messiânica.
Nossos colaboradores se debruçaram em cima 
de um tema apaixonante e que jamais deixará de ser 
coevo: Os Doze Profetas Menores. Na elaboração de 
seus comentários, foram buscar mensagens proferidas 
há quase três milênios, e que, apesar de todos esses 
séculos já transcorridos, de forma alguma deixaram de 
ser atuais e relevantes para a Igreja de Cristo. Somente a 
Palavra, que é viva e eficaz, pode erguer-se como o livro 
contemporâneo de todas as gerações.
Nos próximos treze sábados, teremos oportunidade 
de nos privar com Oséias, Joel e Amós. Com Obadias, 
Jonas e Miquéias, poderemos conversar longamente. 
Em seguida, iremos conhecer um pouco mais da vida e 
do ministério de Naum, Habacuque e Sofonias. E have-
remos, finalmente, de inteirar-nos do contexto histórico e 
cultural em que profetizaram Ageu, Zacarias e Malaquias.
É uma fascinante viagem pelas misteriosas e belas 
veredas da profecia bíblica. Durante esta peregrinação, 
constataremos uma vez mais que os arcanos do Senhor 
nunca deixarão de ser coetâneos. A voz do profeta, ainda 
que no deserto clame, é para ser ouvida por você e por 
mim.
Reiteramos nossa assertiva de que toda a Bíblia 
é Palavra Inspirada de Deus. No entanto, alguns negli-
genciam o estudo dos Profetas Menores. Grande parte 
EDITORIAL
8 Estudos Bíblicos
da cristandade sequer tem a mínima ideia a respeito do 
conteúdo desses livros e da sua relevância para nossos 
dias. Portanto, “conheçamos e prossigamos em conhe-
cer o Senhor” (Os 6:3). 
É nosso desejo que esta série de estudos abençoe 
sua vida de forma especial e o desperte a aprofundar-se 
ainda mais no estudo dos Profetas Menores. Que tenha-
mos uma excelente e abençoada jornada pelos Doze 
Profetas Menores e sua atualíssima mensagem! 
Pr. Jonas Sommer e equipe
www.ib7.org 9
Domingo – Hebreus 1:1-2
No Antigo Testamento, grande parte da comuni-
cação entre Deus e seu povo acontecia por meio dos 
profetas. Mas o que é um profeta? Profeta é aquele que 
anuncia a mensagem de Deus, ou seja, o porta-vozda 
mensagem divina. Amós diz que “certamente, o Senhor 
Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu 
segredo aos seus servos, os profetas” (Am 3:7). Deus 
sempre noticiava ao seu povo os seus planos para com 
ele. Esta era uma das formas de demonstrar seu amor. 
No Antigo Testamento vemos os profetas que foram 
usados por Deus para trazer palavras de amor, consolo, 
esperança e correção para o povo. Muitos pagaram 
um alto preço por sua fidelidade em entregar a mensa-
gem do Senhor. Agradeçamos a Deus pela vida desses 
servos, pois até os dias atuais essas mensagens têm 
trazido consolo e alento ao nosso coração.
Segunda-feira – 2 Timóteo 3:16-17
Pedro diz que “homens santos falaram da parte 
de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2Pe 1:20-21). 
Portanto, nenhuma profecia teve origem na vontade 
humana, nem foi inventada pele próprio profeta. Então, 
podemos confiar que as Escrituras são fiéis e verdadei-
ras. Paulo diz que toda a Bíblia é inspirada e útil para 
nos ensinar. Nós precisamos estudar e ensinar tanto o 
Antigo como o Novo Testamento, para que sejamos “per-
feitamente instruídos para toda boa obra”. Jesus disse 
que o Espírito Santo faria os discípulos se lembrarem de 
Daisy Moitinho
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
10 Estudos Bíblicos
tudo o que lhes havia dito (Jo 14:26). Não há como se 
lembrar de algo que não se conhece. Precisamos fazer 
a nossa parte, ou seja, aprofundarmo-nos no conheci-
mento de toda Escritura.
Terça-feira – Romanos 15:4
Tudo o que foi escrito na Bíblia, foi escrito com o 
propósito de nos ensinar como nos relacionar com Deus 
e com os homens. Por meio dela conseguimos respon-
der perguntas existenciais, como de onde viemos, quem 
somos e para onde vamos. Nela encontramos várias 
formas literárias, tais como poesias, narrativas, histó-
rias, cânticos, profecias, etc., que nos mostram a multi-
forme graça de Deus. Nas histórias bíblicas aprendemos 
com os exemplos dos personagens, às vezes exemplos 
bons como a história de José, e às vezes ruins como 
a história do rei Acabe. Há um antigo pensamento que 
diz: “O tolo erra sempre e nunca aprende. O inteligente 
erra e aprende com os seus próprios erros. Porém o 
sábio aprende com os erros dos outros e não comete os 
mesmos erros”. Que possamos ser sábios e aproveitar 
ao máximo todos os ensinos bíblicos para nossa vida.
Quarta-feira – Mateus 11:13-15
A expressão “os Profetas e a Lei” era a maneira 
judaica de se referir ao que conhecemos como Antigo 
Testamento, agora encontrando cumprimento nos fatos 
e na pessoa proclamados por João Batista. O Antigo 
Testamento aponta para a vinda do Messias como 
nosso Salvador, para nos redimir dos nossos pecados. 
Muitos profetas e justos ansiaram por ver os milagres 
de Jesus e ouvir seus ensinamentos, mas não o viram 
nem o ouviram (Mt 13:17). Eles profetizaram e creram 
www.ib7.org 11
na mensagem que o Senhor lhes deu, mas não viram a 
concretização das profecias (Hb 11:39). Porém isso não 
foi motivo para perderem a fé ou a esperança no Senhor. 
Que possamos aprender com eles a crer na Palavra do 
Senhor.
Quinta-feira – Mateus 26:47-56
Nesta passagem, são descritas as circunstân-
cias da prisão de Jesus no jardim do Getsêmani. E o 
último versículo nos fala sobre uma realidade muito con-
tundente da vida de Cristo, realidade esta que estava 
anunciada há milênios e que agora, enfim, cumpria-se: 
“Mas tudo isto aconteceu para que se cumprissem as 
Escrituras dos profetas” (v. 56). Por mais incrível que 
possa parecer, isto estava anunciado desde a criação 
do mundo (Gn 3:15); prenunciado por Moisés na insti-
tuição da primeira Páscoa (Êx 12); vislumbrado por Davi 
em seus salmos (Sl 22); anunciado por Isaías em suas 
profecias (Is 53); profetizado por Zacarias (Zc 9) e Mala-
quias (Ml 3) em suas visões do Messias, e recentemente 
apontado por João Batista (Mt 3). Em o Novo Testa-
mento encontramos o cumprimento de muitas profecias 
do Antigo Testamento, principalmente sobre Jesus. Isso 
aumenta a nossa fé, pois sabemos que Deus é fiel e 
cumprirá todas as suas promessas ao seu tempo.
Sexta-feira – Lucas 24:27
Estes dois discípulos estavam muito tristes. Todas 
as expectativas que tinham colocado sobre Jesus foram 
frustradas em sua morte. Talvez pensassem que fora 
tudo em vão. Mesmo depois das mulheres, de Pedro 
e de João terem dito que não encontraram o corpo de 
Jesus no sepulcro, eles ainda não acreditavam na sua 
12 Estudos Bíblicos
ressurreição e decidiram deixar o grupo. Então Jesus 
vem ao encontro deles no caminho e começa a con-
versar. É importante ressaltar que Jesus usa o cumpri-
mento das profecias a seu respeito para reavivar a fé 
daqueles discípulos. Isto vale para nós hoje. Quando nos 
sentirmos desanimados em nossa fé, voltemo-nos para 
a Palavra de Deus, pois lá veremos que o Senhor cum-
priu as suas promessas e que “Jesus Cristo é o mesmo 
ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 11:8).
Sábado – Atos 26:22,23
Moisés e os profetas anunciaram a vinda do Mes-
sias para salvação da humanidade. Pregavam o que não 
tinham visto acontecer, mas creram pela fé e não desis-
tiram de anunciar. A nossa mensagem não é diferente 
da deles e ainda temos o privilégio de podermos mos-
trar para as pessoas que ainda não conhecem a Jesus 
as profecias e o cumprimento delas. No mundo de hoje, 
tudo tem que ser provado com fonte confiável. E o Senhor 
Jesus providenciou tudo isso para pregarmos o Evange-
lho. Ele nos deixou os seus ensinos e os historiadores 
registraram as evidências de que ele era o Deus ver-
dadeiro. Que nós, a Igreja do Senhor Jesus, tenhamos 
essa mesma coragem e intrepidez que nossos irmãos 
do passado tiveram em anunciar o Evangelho, indepen-
dentemente das consequências.
www.ib7.org 13
A ATUALIDADE DOS 
PROFETAS MENORES
Pr. Daniel Miranda Gomes
05 de Julho de 2014
1
TEXTO BÁSICO:
“Antes de tudo, saibam que nenhuma profecia 
da Escritura provém de interpretação pessoal, pois 
jamais a profecia teve origem na vontade humana, 
mas homens falaram da parte de Deus, impelidos 
pelo Espírito Santo”. (2Pe 1:20,21, NVI)
INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos os chamados “Profe-
tas Menores”. Assim são conhecidos os doze menores 
livros proféticos do Antigo Testamento. O fato de serem 
chamados “menores” não significa que sejam inferiores 
ou menos importantes, mas apenas que os rolos que os 
profetas deixaram escritos não eram volumosos, quando 
confrontados com os demais livros proféticos. Os estu-
diosos judeus deram um título alternativo a essa coletâ-
nea: “o Livro dos Doze”. Na forma de rolos, geralmente 
eram escritos em um único volume.1 
No decorrer dos estudos, veremos que, apesar de 
antiquíssimos, estes livros tratam de questões relevan-
tes para os nossos dias e servem de edificação espiritual 
a todo o povo de Deus. Entre os temas tratados, temos: 
a família, a sociedade, a política e a espiritualidade. Na 
atual conjuntura, os profetas são um verdadeiro esteio 
da sabedoria divina para a Igreja de Cristo, pois nos 
encorajam a militarmos pela causa de Cristo.
1 CARMO, Oídes José do. Profetas menores: instrumentos de Deus produzindo 
conhecimento espiritual autêntico. Estudos Bíblicos, v. 19, n. 67, mar./jun. 2008, p. 2.
14 Estudos Bíblicos
SOBRE OS PROFETAS MENORES
Os chamados “Profetas Menores” – Oséias, Joel, 
Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, 
Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias – viveram em um 
período de tempo que vai do oitavo ao quinto século A.C., 
tendo sido alguns deles contemporâneos. O período 
abrangeu o domínio de três potências mundiais: Assíria, 
Babilônia e Pérsia. Entretanto, a mensagem anunciada 
por cada um deles é ainda atual e pungente para os 
nossos dias, pois traz princípios e advertências volta-
dos para questões sociais, políticas, familiares e espi-
rituais que se aplicam à realidade de cristãos de todas 
as épocas, além de conterem muitas profecias relativas 
ao Messias que viria, que já se cumpriram na pessoa de 
Jesus Cristo, e são atestadas nosEvangelhos.2 
Essa estrutura atual que temos em nossas Bíblias 
vem da Bíblia Hebraica e, posteriormente, da Vulgata 
Latina. A Septuaginta (versão grega do Antigo Testa-
mento) apresenta nos seis primeiros livros uma dispo-
sição diferente da Hebraica, dispondo-os assim: Oséias, 
Amós, Miquéias, Joel, Obadias e Jonas. A expressão 
“Profetas Menores” é de origem cristã, pelo volume do 
texto ser menor em comparação aos de Isaías, Jeremias 
e Ezequiel, conforme explica Agostinho de Hipona (345-
430 D.C.), em sua obra ”A cidade de Deus”. Na literatura 
judaica, essa coleção é classificada como ”Os Doze” 
ou ”Os Doze Profetas”. Essa informação é confirmada 
desde o ano 132 A.C., quando da produção do livro 
apócrifo de Eclesiástico (49:10), escrito por Jesus ben 
Sirac, no 2º século A.C.; este livro mostra que eles eram 
bastante estimados no judaísmo.3 Por isso o citamos 
2 COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Os doze profetas menores. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2012, p. 9.
3 “Quanto aos doze profetas, que seus ossos floresçam no sepulcro, porque eles 
consolaram Jacó e com sua confiante esperança o resgataram”.
www.ib7.org 15
como registro histórico, e não, obviamente, como obra 
inspirada. É também corroborada pelo Talmude (antiga 
literatura religiosa dos judeus) e ratificada pela obra 
Contra Apion do historiador judeu Flávio Josefo (37-100 
D.C.). Na Bíblia hebraica, eles estão contidos em um só 
volume e foram provavelmente agrupados dessa forma 
por volta de 425 A.C., por Esdras e a chamada Grande 
Sinagoga, um grupo formado por 120 doutores da Lei.4 
A ATUALIDADE DA MENSAGEM 
DOS PROFETAS MENORES
O autor da carta aos Hebreus inicia afirmando que 
Deus falou no passado por meio dos profetas (Hb 1:1). A 
mensagem destes ainda tem relevância para os nossos 
dias, posto que Paulo diz que “tudo o que foi escrito no 
passado, foi escrito para nos ensinar” (Rm 15:4, NVI). 
Em outra carta, referindo-se ao Antigo Testamento, ele 
diz que “toda a Escritura é inspirada por Deus” (2Tm 
3:16), servindo para a nossa edificação espiritual, ou 
seja, ela “é útil para nos ensinar o que é verdadeiro, e 
para nos fazer compreender o que está errado em nossa 
vida; ela nos endireita e nos ajuda a fazer o que é cor-
reto” (2Tm 3:16-17, BV).
Os evangelistas e o Senhor Jesus afirmam o cum-
primento das Escrituras dos profetas (Mt 26:56; Lc 24:47; 
Jo 1:45). Jesus ressaltou que toda a mensagem da Lei e 
dos Profetas é cumprida em sua regra áurea (Mt 7:12). 
Tiago e Paulo frisaram que a mensagem dos profetas de 
Israel é essencialmente a mesma da Igreja (At 15:15-17; 
26:22,23). A mensagem dos profetas do Antigo Testa-
mento é de máxima importância para a vida espiritual do 
4 COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Op. cit., p. 10.
16 Estudos Bíblicos
cristão, pois apresenta a revelação a respeito de Deus, 
da salvação e da vinda do Messias.5 
A mensagem dos profetas não era apenas predi-
tiva. Esses homens de Deus eram, sobretudo, pregado-
res morais e éticos, vigias, sentinelas levantados pelo 
Senhor para despertar e exortar suas respectivas gera-
ções. Durante as dominações assíria, babilônica e persa, 
Deus levantou esses homens para ora conclamar o povo 
de Israel ao arrependimento, ora reanimá-los; e, em suas 
exortações proféticas, eles denunciaram e combateram 
contundentemente a corrupção, o abuso de autoridade, 
a injustiça social, a idolatria e o arrefecimento espiritual 
e a frouxidão moral do povo, o que atesta a atualidade 
premente dessas exortações para os nossos dias, ou 
melhor, para todas as épocas.6 
Importa destacar que o conhecimento das condi-
ções socioeconômicas, políticas e religiosas da época 
dos profetas são indispensáveis à compreensão da 
mensagem profética. Quando as referidas condições 
se assemelham às nossas, não obstante a passagem 
dos séculos, então os profetas de ontem falam hoje, e o 
Antigo Testamento se atualiza de uma maneira notável e 
também proveitosa.7
Interessante notar que os nomes dos profetas, 
dados como títulos dos seus livros, coincidem com a 
mensagem central que eles pregavam. Há, realmente, 
uma coincidência muito grande entre o significado dos 
nomes dos profetas e a mensagem anunciada por eles. 
Sua mensagem já está, em boa parte, no sentido dos 
seus nomes.
5 COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Os profetas menores. Rio de Janeiro: JUERP, 
2002.
6 COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Op. cit., p. 10.
7 PAPE, Dionísio. Justiça e esperança para hoje: a mensagem dos profetas meno-
res. São Paulo: ABU Editora, 1993, p. 4.
www.ib7.org 17
OS PROFETAS MENORES E O MESSIAS
Os escritos dos Profetas Menores também são 
notabilizados por suas mensagens messiânicas e esca-
tológicas, de maneira que eles concluem o Antigo Tes-
tamento com um clima de esperança e expectativa em 
relação à vinda do Messias e trazendo vislumbres do 
seu reinado milenar sobre a Terra. São, portanto, uma 
excelente porta de entrada para os livros neotestamen-
tários.
Esses homens foram escolhidos por Deus para 
cumprir uma missão: conduzir o povo à presença e à 
vontade de Deus. Suas mensagens enfatizavam a natu-
reza de Deus, o pecado e o arrependimento, a predição 
e a esperança messiânica. Os temas abordados por eles 
têm relação com o Dia do Senhor e com os atributos de 
Deus. Suas mensagens eram dirigidas ao povo de Israel 
e Judá. Contudo, notamos que essas mensagens são 
ainda para os nossos dias.
Muitas são as profecias relativas ao Messias que 
aparecem nas páginas dos Profetas Menores. Senão, 
vejamos.
No livro de Oséias, lemos que o Messias seria o 
Filho de Deus e seria chamado do Egito (Os 11:1; c/c Mt 
2:13-15), e venceria a morte (Os 13:14; c/c 1Co 15:55-
57). Em Joel, foi predito que o Messias ofereceria a sal-
vação para todos (JI 2:32; c/c Rm 10:12,13). Em Amós, 
é anunciado que Deus faria com que o céu escurecesse 
ao meio-dia, como ocorreu na morte do Messias (Am 
8:9; c/c Mt 27:45,46). Em Miquéias, é predito que o Mes-
sias nasceria em Belém (Mq 5:2; c/c Mt 2:1,2), que seria 
o Servo de Deus (Mq 5:2; c/c Jo 15:10) e que veio da 
eternidade (Mq 5:2; c/c Ap 1:8). Em Ageu, é predito que 
o Messias visitaria o segundo Templo (Ag 2:6-9; c/c Lc 
18 Estudos Bíblicos
2:27-32) e que seria descendente do governador Zoro-
babel (Ag 2:23; c/c Lc 3:23-27).
Em Zacarias, o Messias seria Deus encarnado e 
habitaria entre o seu povo (Zc 2:10,11; c/c Jo 1:14), seria 
enviado por Deus (Zc 2:10,11; c/c Jo 8:18,19), seria o 
descendente do governador Zorobabel (Zc 3:8; c/c Lc 
3:23-27), seria chamado de o Servo de Deus (Zc 3:8; 
c/c Jo 17:4), seria sacerdote e rei (Zc 6:12,13; c/c Hb 
8:1), recebido com alegria em Jerusalém (Zc 9:9; c/c Mt 
21:8-10), visto como Rei (Zc 9:9; c /c Jo 12:12,13), justo 
(Zc 9:9; c/c Jo 5:30), traria a salvação (Zc 9:9; c/c Lc 
19:10), seria humilde (Zc 9:9; c/c Mt 11:29), apresentado 
a Jerusalém montado num jumento (Zc 9:9; c/c Mt 21:6-
9), seria a pedra de esquina (Zc 10:4; c/c Ef 2:20), seria 
rejeitado por Israel (Zc 11:10; c/c Lc 19:41-44), traído 
e trocado por 30 moedas de prata (Zc 11:12; c/c Mt 
26:14,15), as 30 moedas de prata seriam lançadas na 
Casa do Senhor (Zc 11:13; c/c Mt 27:3-5) e usadas para 
comprar o campo do oleiro (Zc 11:13; c/c Mt 27:6,7), o 
corpo do Messias seria transpassado (Zc 12:10; c/c Jo 
19:34), ele seria um com Deus (Zc 13:7; c/c Jo 14:9) e 
seus discípulos se dispersariam (Zc 13:7; c/c Mt 26:31-
56).
Em Malaquias, é anunciado que um mensageiro 
prepararia o caminho para o Messias (Ml 3:1; c/c Mt 
11:10), que o Messias apareceria subitamente no Templo 
(Ml 3:1; c/c Mc 11:15,16), que seria o mensageiro da 
Nova Aliança (Ml 3:1; c/c Lc 4:43), que o precursor do 
Messias viria no espírito de Elias (Ml 4:5; c/c Mt 3:1,2) e 
que esse precursor converteria muitos à justiça (Ml 4:6; 
c/c Lc 1:16,17).
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DIVISÃO DOS LIVROS
Os Profetas Menores podem ser divididos em 
três grupos, no âmbito do período histórico: profetas de 
Israel; profetas de Judá e profetas pós-exílicos de Judá. 
Também podem ser divididosem pré-exílicos (antes do 
exílio babilônico) e pós-exílicos (depois do exílio babilô-
nico). Os profetas pré-exílicos são Oséias, Joel, Amós, 
Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofo-
nias. Os profetas pós-exílicos são Ageu, Zacarias e 
Malaquias. Muitos deles foram contemporâneos e algu-
mas profecias foram proferidas ao mesmo tempo.
Outra forma de organizar esses livros é observando 
para o público que se dirigiam. Assim, podemos dividi-
-los em livros com mensagens direcionadas ao Reino de 
Judá (Joel, Miquéias, Habacuque e Sofonias), livros com 
mensagens específicas para o Reino de Israel (Amós e 
Oséias), livros com mensagens para as nações (Jonas, 
Naum e Obadias) e livros com mensagens dirigidas aos 
judeus remanescentes do período pós-exílio (Ageu, 
Zacarias e Malaquias). Os profetas do Reino de Israel 
profetizaram no oitavo século; os de Judá no oitavo e 
sétimo séculos; e os pós-exílicos no sexto e quinto sécu-
los.
CONCLUSÃO
Os profetas, inspirados por Deus, olharam para 
o futuro, mas também para os seus próprios dias. Eles 
denunciaram os pecados do povo quando este se des-
viava dos caminhos do Senhor. Os profetas nos mostram 
que o povo de Israel (e nós também) precisava se arre-
pender de seus pecados, para finalmente, serem aceitos 
por Deus. Portanto, estudar os profetas menores é um 
20 Estudos Bíblicos
dever dos cristãos que desejam ter sua vida alinhada 
com a vontade de Deus no que tange a vida pessoal e 
práticas diárias.
Nas próximas lições, será apresentado um estudo 
panorâmico de cada um dos doze livros citados, exa-
minando o contexto histórico de cada profeta, o propó-
sito de suas mensagens e a aplicação delas para os 
nossos dias e para a nossa vida. Esperamos que esta 
série de estudo abençoe a sua vida de forma especial 
e desperte-o a aprofundar-se ainda mais no estudo dos 
Profetas Menores.
PERGUNTAS PARA DEBATE EM CLASSE
1. Os Profetas Menores tratam de questões relevantes 
para os nossos dias e servem de edificação espiritual 
a todo o povo de Deus. Com base no que estudou, dis-
serte para a classe alguns dos temas por eles tratados.
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2. Qual a origem do termo “Profetas Menores”? E, “os 
Doze Profetas”?
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3. De quais livros compõe-se a coleção dos Profetas 
Menores? De onde vem a estrutura bíblica que adota-
mos? Como é a estrutura da Septuaginta (versão grega 
do Antigo Testamento)?
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4. Qual o valor e a autoridade dos escritos dos Profetas 
Menores para a igreja cristã? Cite alguns exemplos prá-
ticos.
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5. Qual a procedência da mensagem dos Profetas Meno-
res? Partiu de quem a iniciativa de impulsioná-los? (2Pe 
1:20,21)
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6. Qual a relação dos profetas menores com as profe-
cias acerca do Messias? O que eles profetizaram sobre 
a vinda dele?
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7. O que significa dizer “a palavra dos profetas”? O que 
quer dizer “como a uma luz que alumia em lugar escuro”? 
(2Pe 1:19)
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Daisy Moitinho
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Domingo - 2 Coríntios 11:2
A aliança que fazemos com Deus, quando nos 
convertemos, é considerada como um casamento. No 
Antigo Testamento vemos que Jerusalém, ou o povo 
judeu, era considerado como a noiva do Senhor. Mas 
infelizmente, por várias vezes, o Senhor se sentiu como 
o marido traído de Jerusalém. A adoração a outros 
deuses é considerada como adultério ou prostituição. 
Todos nós que fizemos uma aliança com Deus, fizemos 
um compromisso de fidelidade a ele. O nosso Deus é 
sempre fiel para conosco e ele nunca nos trai ou nos 
decepciona. Assim como nós, ele também espera fide-
lidade de nossa parte. Que possamos a cada dia valori-
zar o privilégio de termos um relacionamento profundo e 
pessoal com Deus.
Segunda-feira – Isaías 54:5
Há uma teoria sobre a criação do mundo que diz 
que ele foi criado por Deus, mas que depois ele o aban-
donou à própria sorte, ou seja, é como uma mãe que gera 
um filho e, depois dele nascido, abandona-o. É tão bom 
sabermos que o nosso Deus, o Criador do universo, não 
é assim. Ele ama a cada um de nós e nos conhece pelo 
nosso nome. Ele deseja ter um relacionamento pessoal 
com cada um dos seus filhos e filhas. Neste texto, ele se 
apresenta como o esposo do povo de Israel. Um esposo 
que ama, cuida e protege. Enquanto na outras religiões 
o ser humano é que tem que ir até seus deuses, no cris-
tianismo é Deus que vem ao encontro da humanidade. O 
nosso Deus vem ao nosso encontro todos os dias, para 
24 Estudos Bíblicos
nos ouvir, falar conosco, nos amar e nos dizer: “Você 
pode confiar em mim, porque eu nunca te abandonarei”.
Terça-feira – Jeremias 2:2
Desde a infância, tanto homens como mulheres são 
incentivados a encontrar o amor verdadeiro para chegar 
no “felizes para sempre” dos contos de fadas. Quando 
Deus formou Adão e Eva, o seu objetivo era que os dois 
tivessem um relacionamento feliz e não apenas estives-
sem juntos, ou seja, o Senhor deseja para nós casamen-
tos felizes. Por meio do casamento, homens e mulheres 
aprendem muitas coisas, tais como respeito, amor, fide-
lidade, companheirismo, dependência, cuidado e prote-
ção, que um deve ter para com o outro. Tanto no Antigo 
como no Novo Testamento, o relacionamento entre Deus 
e o seu povo é retratado como um casamento. Neste texto 
vemos que o Senhor não quer ter conosco um relacio-
namento de aparênciasou de conveniência; ele deseja 
ter um relacionamento feliz e cheio amor conosco. Você 
quer se relacionar com Senhor dessa maneira?
Quarta-feira – Mateus 25:1
Todas as noivas sonham com o dia do casamento. 
Gastam muito tempo se preparando para este dia. Che-
gado o dia, tudo já foi preparado, então elas se arru-
mam e aproveitam este momento tão especial. Assim 
também nós temos nos preparado para nos encontrar 
como Cristo, que em breve virá nos buscar. Mas o que é 
se preparar para a volta de Cristo? Será que é apenas 
ir aos cultos e escola bíblica? Ler a Bíblia e orar? Tudo 
isso faz parte da nossa preparação, mas vai muito além 
destas coisas. Essa preparação envolve relacionamento 
profundo com Deus, entregar-se a ele sem reservas, 
www.ib7.org 25
permitir que o Espírito Santo arranque de nós tudo o que 
não é bom e nos molde segundo o seu querer. Assim, 
naquele dia, quando a trombeta soar, estaremos prontos 
e felizes para nos encontrarmos com o nosso amado 
Jesus.
Quinta-feira – Jeremias 5:3
O nosso Deus requer fidelidade de cada um de 
seus filhos. Mas como ser fiel a ele? Certo dia, Jesus 
chamou os escribas e fariseus de túmulos pintados de 
branco, pois por fora pareciam ser justos, mas por dentro 
estavam cheio de pecados (Mt 23:27). Os escribas e fari-
seus eram líderes religiosos que aparentavam ser fiéis 
a Deus, mas na verdade não eram. Muitas vezes, nós 
caímos neste mesmo erro, porque pensamos que por 
obedecermos ao decálogo estamos sendo fiéis a Deus. 
O que nos esquecemos é que o pecado não está em 
apenas cometer o ato pecaminoso, mas sim em ima-
giná-lo em nossa mente (Mt 5:28). O lugar mais difícil de 
sermos fiéis a Deus é na nossa mente. Que diariamente 
coloquemos em prática (Fp 4:8), para que sejamos com-
pletamente fiéis a Deus.
Sexta-feira – Apocalipse 19:7
É uma grande alegria participar de um casamento, 
principalmente para os noivos. O encontro de Cristo com 
a sua Igreja será tão feliz, que foi comparado com uma 
festa de casamento. Assim como os noivos anseiam 
pelo dia do casamento, assim também todos nós temos 
ansiado por esse encontro, em que finalmente estaremos 
livres do pecado e poderemos voltar à origem, quando o 
relacionamento com Deus era face a face. Haverá uma 
grande festa no céu para celebrar a união entre Cristo e 
26 Estudos Bíblicos
a Igreja. Será algo muito melhor do que qualquer festa de 
casamento que já participamos nesta Terra, pois Paulo 
diz que “nem olhos viram e nem ouvidos ouviram o que o 
Senhor tem preparados para aqueles que o amam” (1Co 
2:9). Como é maravilhoso servir a este Deus que nos 
ama e nos quer ao lado dele para todo sempre.
Sábado – Êxodo 20:3
Há um filme chamado “A décima nona esposa”, 
que mostra o caso real do sofrimento e infelicidade de 
Ann Eliza Young ao ter que dividir o marido com outras 
esposas e mulheres. No Antigo Testamento vemos várias 
ocasiões em que o Senhor se sentiu como Ann, ou seja, 
dividindo seu povo com outros deuses. Mas assim como 
Ann, ele não aceita essa situação e nos deixa com as 
nossas próprias escolhas. O nosso Deus requer exclu-
sividade em um relacionamento. Ele não nos divide com 
ninguém, pois é Deus zeloso. Ele é o único digno de todo 
o nosso amor, louvor e adoração. Nenhum outro deus se 
importou em tirar-nos do lamaçal do pecado, apenas o 
nosso Criador e Pai. Mesmo que tenhamos falhado, ele 
nos perdoou e nos deu uma nova chance. Que a cada 
dia ofereçamos a Deus a exclusividade que lhe é devida.
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INTRODUÇÃO
O livro de Oséias é o primeiro e mais extenso dos 
Profetas Menores. Ele é o profeta da graça. É o homem 
de coração quebrantado. Ele não apenas falou do amor 
de Deus, mas o demonstrou de forma eloquente ao amar 
sua esposa infiel. Ele pregou aos ouvidos e também aos 
olhos. Ele falou à nação de Israel tanto pela voz profé-
tica como pelo exemplo. Estudar esse livro é penetrar 
nas profundezas do coração de Deus e trazer à tona as 
verdades mais sublimes do amor incondicional de Deus 
pelo povo da aliança.8 
O AUTOR
O nome Oséias significa Deus salva, ou salva-
ção, e é equivalente a Josué e Jesus. O nome do pro-
feta já trazia em si um chamado ao arrependimento e 
uma semente de esperança. Oséias já foi chamado de 
“o profeta do amor”, porque seu livro manifesta um pro-
fundo amor da parte de Deus por Israel, um amor não 
8 LOPES, Hernandes Dias. Oséias: o amor de Deus em ação. São Paulo: Hagnos, 
2010, p. 7.
OSÉIAS 
FIDELIDADE NO RELA-
CIONAMENTO COM DEUS
Pr. Marcos Shünemman
12 de Julho de 2014
2
TEXTO BÁSICO:
“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao 
Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele des-
cerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia 
que rega a terra”. (Os 6:6)
28 Estudos Bíblicos
correspondido. Deus é mostrado como um marido traído 
que procura reatar o casamento com a esposa, que se 
tornou prostituta.9 
Muito pouco se sabe sobre ele, além do que está 
contido na sua profecia. A julgar pelos reinados durante 
os quais ele profetizou (Os 1:1), o ministério de Oséias 
estendeu-se aproximadamente de 725 a 700 A.C. As 
profecias de Amós, um jovem contemporâneo, estão inti-
mamente relacionadas às de Oséias. Contudo, os seus 
ministérios foram diferentes. Oséias era um nativo do 
Reino do Norte, e Amós era oriundo de Judá, e viajou a 
Israel para profetizar. Oséias foi chamado para exempli-
ficar o relacionamento entre Deus e Israel por meio do 
seu casamento com uma prostituta, ao passo que Amós 
foi enviado pelo Senhor para proferir juízo sobre o povo 
rebelde de Israel.
Oséias começou a profetizar no final de um perí-
odo de grande prosperidade material, durante o reinado 
de Jeroboão II sobre Israel (2Re 14:23-27). Porém, infe-
lizmente, durante a maior parte da vida dele, as pes-
soas estavam falidas espiritualmente. Os seus líderes 
permitiam que elas praticassem idolatria (2Cr 27:2; 2 Rs 
15:35) e cometessem “prostituição” contra o Senhor (Os 
1:2; 2:8; 4:12-15). Elas recusaram-se a reconhecer que 
Deus lhes tinha proporcionado a riqueza que possuíam 
(Os 2:8). Na verdade, atribuíam aos ídolos a sua prospe-
ridade (Os 2:5; 10:1). O povo havia se tornado cobiçoso 
e avarento, oprimindo os que eram menos capazes de 
se defender (Os 4:2; 10:13; 12:6-8). Então, o ministério 
teve uma duração de 58 anos.
A vida pessoal e o ministério profético de Oséias 
estavam ligados intimamente com a sua missão. O 
Senhor usou a vida matrimonial de Oséias como exem-
plo para ensinar o Reino do Norte com muita veemência. 
9 LOPES, Hernandes Dias. Op. cit., p. 13.
www.ib7.org 29
O casamento do profeta com Gômer ocupa lugar cen-
tral no livro. Na verdade, foi a base de sua mensagem à 
nação. Os filhos, cujos nomes nos parecem muito estra-
nhos, são mensagens do juízo de Deus à nação. De fato, 
“a tragédia doméstica de Oséias o preparou para enten-
der e interpretar o amor imutável do Senhor”.10
CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS
Podemos resumir a história de Israel, contida no 
livro de Oséias, por meio dos nomes dos três filhos do 
profeta: 1) Jezreel (1:4) significa “disperso”; refere-se 
à época em que Deus espalha Israel entre as outras 
nações; 2) Lo-Ruama (1:6) significa “desfavorecida”; 
quer dizer que o Senhor tira sua misericórdia da nação e 
permite que ela sofra por seus pecados; 3) Lo-Ami (1:9) 
significa “não meu povo”; refere-se àquela época do pro-
grama do Senhor em que Israel não comunga com ele e 
não é o seu povo com antes o fora. Oséias informa que 
haverá um tempo em que o Senhor chamará Israel de 
“Meu Povo” e de “Favor” (2:1). Ele também apresenta 
um resumo da condição espiritual de Israel (3:3-5).11 A 
mensagem do livro, pode ser assim esboçada:
O LIVRO DE OSÉIAS
Tema Capítulos
A imagem da infidelidade de Israel 1 a 3
A proclamação dos pecados de Israel 4 a 7
A proclamação do julgamento 8 a 10
A promessa de restauração de Israel 11 a 14
10 CRABTREE, A. R. O livro de Oséias. Rio de Janeiro: CPB, 1963, p. 17.
11 WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Wiersbe: Antigo Testamento, v. 4. San-to André, SP: Geográfica Editora, 2009, p. 628.
30 Estudos Bíblicos
MENSAGEM PRINCIPAL
A principal mensagem é o amor incondicional de 
Deus, sendo esta a mensagem que mais se aproxima à 
paixão de Cristo. De maneira ilustrativa pode-se recor-
dar os acusadores da mulher pecadora que não conse-
guiram atirar a primeira pedra, por causa dos seus peca-
dos, e Jesus, que não tinha pecado algum, perdoando-
-a e dizendo: “Vai e não peques mais” (Jo 8:1-11). Em 
Oséias, lemos: “Curarei a sua infidelidade, eu de mim 
mesmo os amarei” (14:4).
Oséias estava lembrando o povo de Israel que 
Deus os amava intensamente e que a fidelidade do seu 
amor é constante. O amor de Deus é retratado no papel 
do marido sofredor da esposa infiel. Israel foi avisado 
que deveria abandonar seus deuses, os ídolos. A men-
sagem foi direcionada principalmente para aqueles que 
ignoraram o amor verdadeiro, representado na atitude 
de Gômer para com Oséias. O propósito da mensagem 
era de conversão, mudança de atitude para com Deus. 
A IMAGEM DA INFIDELIDADE DE ISRAEL 
Oséias recebe uma ordem difícil do Senhor: “Vá, 
tome uma mulher adúltera” (1:2, NVI). Então ele vai e 
toma por esposa a Gômer. Conquanto haja várias inter-
pretações, é possível que Gômer fosse uma mulher 
casta antes do casamento e que só se prostituiu após ter 
contraído o matrimônio com Oséias.12 A razão principal 
para essa interpretação é que seria incompatível com o 
caráter santo de Deus ordenar a seu profeta algo moral-
mente reprovável e expor seu mensageiro a tal opróbrio. 
12 LOPES, Hernandes Dias. Op. cit., p. 34.
www.ib7.org 31
Crabtree diz que essa interpretação salvaguarda o cará-
ter moral do profeta e defende o caráter santo de Deus.13 
Esse casamento é certamente um símbolo do adul-
tério espiritual de Israel. Mediante o seu relacionamento 
cruelmente profanado com Gômer, Oséias pôde com-
preender o verdadeiro significado do pecado de Israel: 
adultério espiritual e até prostituição.14 
Depois, o Senhor ordenou que o profeta procurasse 
a esposa desobediente, e ele a encontrou à venda em 
um mercado de escravos (3:1-2). Ele teve de comprar a 
própria esposa, trazê-la para casa e assegurar-lhe seu 
perdão e amor. Ele tem todos os motivos para acreditar 
que Gômer se arrependeu de seus pecados e tornar-se 
uma esposa fiel.
Tudo isso retrata a infidelidade de Israel com o 
Senhor. A nação estava casada com o Senhor (Êx 3 
4:14-16; Dt 32:16; Is 62:5; Jr 3:14) e deveria manter-
-se fiel a ele. Todavia, Israel desejou ardentemente o 
pecado, especialmente com os falsos deuses das outras 
nações, e cometeu “adultério espiritual” ao abandonar o 
Deus verdadeiro e adorar os ídolos dos inimigos. Eles 
prometeram-lhe muitos prazeres, mas ela descobriu que 
também havia dores e sofrimentos. Israel, como Gômer, 
seria escravizada (cativeiro) por causa de seus peca-
dos. Mas esse não é o fim da história. Da mesma forma 
que Oséias procurou sua esposa e a trouxe para casa, 
o Senhor procuraria seu povo, o libertaria e o restauraria 
em sua bênção e amor.15 
Não podemos deixar esses capítulos sem salien-
tar que o “adultério espiritual” pode ser um pecado dos 
cristãos do Novo Testamento como foi dos judeus do 
Antigo (cf. 1Jo 2:15-17; Ap 2:1-7; Tg 4:1-10). Os cristãos 
que amam o mundo e vivem para pecar são falsos com 
13 CRABTREE, A. R. Op. cit., p. 45.
14 LOPES, Hernandes Dias. Op. cit., p. 34.
15 WIERSBE, Warren W. Op. cit., p. 627-628.
32 Estudos Bíblicos
seu Salvador e partem o coração dele. Paulo advertiu os 
coríntios em relação a isso (2Co 11:1-3).
Assim como Oséias não deveria desistir da sua 
mulher, mesmo diante da sua ostensiva infidelidade, 
Deus não desiste do seu povo. Mesmo quando esse 
povo se torna infiel, Deus permanece fiel. O seu amor é 
incompreensível e imerecido. Ele não nos ama por causa 
das nossas virtudes, mas apesar dos nossos pecados; 
ele não nos busca por causa dos nossos méritos, mas 
apesar dos nossos deméritos. O amor de Deus nos opor-
tuniza uma segunda chance. Ele é o Deus da segunda 
oportunidade. Foi esse amor devotado do Pai celestial 
que tornou possível nossa reconciliação com ele.16 
A PROCLAMAÇÃO DOS PECADOS DE ISRAEL
Sem dúvida, todos os vizinhos falaram sobre os 
pecados de Gômer e apontaram um dedo acusador para 
ela. Não obstante, agora Oséias aponta o dedo para eles 
e expõe os pecados deles. A mensagem dele é seme-
lhante aos jornais de hoje (cf. 4:1-2). Perjúrio, mentira, 
homicídio, furto, adultério, traição, idolatria, bebedeira 
– esses pecados e muitos outros abundam em nossa 
nação. E, para deixar as coisas piores, a nação tentou 
esconder seus pecados em “reavivamentos religiosos” 
superficiais (6:1-6).
Oséias foi um pregador magistral. Observe como 
retrata a condição espiritual do povo: 1) a nuvem da 
manhã (6:4), porque num momento está aqui e, no 
seguinte, já se foi, é passageira; 2) um pão que não foi 
virado (7:8), pois a religião do povo não estava enrai-
zada na vida dele, mas era algo superficial; 3) as cãs 
(7:9), porque perde a força, mas não se dá conta disso; 
16 LOPES, Hernandes Dias. Op. cit., p. 65.
www.ib7.org 33
4) uma pomba enganada (7:11), porque é instável, voa 
de um aliado político para outro; 5) um arco enganoso 
(7:16), com o qual não se pode contar.17 
O povo de Israel estava com suas relações ver-
ticais e horizontais interrompidas. Não há sociedade 
humana que possa prevalecer onde estão ausentes a 
verdade, o amor e o conhecimento de Deus. Esses são 
os fundamentos da piedade e da moralidade. Esses são 
os alicerces da família, da igreja e da sociedade. Por não 
haver verdade nas palavras e nas ações, era impossível 
a confiança nos relacionamentos. Por não haver com-
paixão aos necessitados, era impossível o amor gover-
nar suas atitudes. Por conseguinte, a falta de verdade e 
amor evidenciava a falta do conhecimento real de Deus, 
uma vez que tanto a verdade quanto o amor têm suas 
raízes no conhecimento de Deus. O profeta faz um diag-
nóstico da nação de Israel, dissecando suas entranhas 
e trazendo à tona seus horrendos pecados. Esse diag-
nóstico não é diferente daquele que descreve a nossa 
realidade em pleno século 21.18 
A PROCLAMAÇÃO DO JULGAMENTO
A rebeldia sempre é punida (Pv 14:14), e Israel era 
isso – rebelde (4:16; cf. Jr 3:6,11). Oséias via a chegada 
dos assírios para punir a nação e escravizá-la. Ele retrata 
esse julgamento com a chegada da águia veloz (8:1), a 
fúria de uma tormenta (8:7) e com o fogo consumidor 
(8:14). A nação se dispersará (8:8; 9:17) e colherá mais 
que semeou (10:12-15). Os pecadores colhem o que 
semeiam (Gl 6:7-8), todavia eles também colhem mais, 
porque as poucas sementes plantadas multiplicam-se 
17 WIERSBE, Warren W. Op. cit., p. 628.
18 LOPES, Hernandes Dias. Op. cit., p.78.
34 Estudos Bíblicos
e trazem uma grande colheita. Como é terrível segar a 
colheita do pecado!19 
Por que Deus permitiu que Israel fosse julgado pela 
perversa Assíria? Porque ele amava seu povo. O amor 
sempre disciplina para melhorar o filho (Hb 12:1-13; Pv 
3:11-12). A mão da disciplina é a mão do amor; é o Pai 
disciplinando o filho, não a punição de julgamento crimi-
nal. Devemos ser agradecidos pela disciplina amorosa 
de Deus (Sl 119:71).
O propósito de Deus na disciplina do seu povo não 
era a sua destruição, mas a sua restauração: “Então vol-
tarei ao meu lugar até que eles admitam sua culpa. E 
eles buscarão a minha face; em sua necessidade eles 
me buscarão ansiosamente. Venham, voltemos para o 
Senhor. Ele nos despedaçou, mas nos trará cura; ele 
nos feriu, mas sarará nossas feridas” (5:15-6:1, NVI). O 
que Deus esperava era uma genuína conversão, mani-
festada pelo arrependimento (“até que se reconheçam 
culpados”) e pela fé (“e busquem a minha face”). O arre-
pendimento e a fé são os dois elementos da conver-
são. O primeiro elemento é negativo. O arrependimento 
é o reconhecimento da culpa, enquanto a fé é a volta 
para Deus para depositar nele inteira confiança. Esse 
apelo para voltar ao Senhorbaseia-se na certeza de 
que o administrador do castigo poderia sarar as feridas. 
Reduzidos à desesperança, não tiveram outro caminho, 
senão voltar para o Senhor. No entanto, será que Israel 
voltou-se mesmo para o Senhor? Era o Senhor mesmo 
que eles buscavam? O texto mostra que essa volta não 
era de todo o coração e que o arrependimento não foi 
profundo o suficiente.20 
Israel tinha abandonado a Deus para buscar a Baal, 
o padroeiro da prosperidade. Eles não estavam interes-
sados em Deus, mas em suas colheitas. Eles queriam 
19 WIERSBE, Warren W. Op. cit., p. 629.
20 LOPES, Hernandes Dias. Op. cit., p.119.
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prosperidade, e não conhecimento de Deus. Essa volta 
para Deus era apenas uma barganha. Eles se voltariam 
para Deus, e Deus se voltaria para eles para abençoá-los 
com chuvas e fartas colheitas. A religião natural era tudo 
o que eles desejavam. Eles queriam uma boa colheita. 
Não Deus, propriamente. A igreja evangélica brasileira 
está eivada dessa mesma tendência. As pessoas lotam 
os templos não porque têm sede de Deus, mas porque 
têm fome do pão que perece. Elas não querem Deus, 
querem apenas as benesses de Deus. Por sua vez, 
muitos pregadores não estão interessados na salvação 
dos perdidos, mas apenas no lucro.21 
A PROMESSA DE RESTAURAÇÃO DE ISRAEL 
Oséias não termina com uma nota sombria. Ele vê 
a glória futura da nação. Da mesma forma que ele tirou 
a esposa da escravidão e a restabeleceu em sua casa e 
em seu coração, também a nação seria restaurada à sua 
terra e ao seu Senhor. Esses capítulos finais exaltam o 
amor fiel de Deus em contraste com a infidelidade de 
seu povo. O Senhor amou Israel no Egito (11:1) quando 
era uma nação cativa sem glória nem beleza. A graça 
dele redimiu-a da escravidão, guiou-a, proveu a todas as 
necessidades dela. Contudo, desde o início desse rela-
cionamento de Deus e Israel, o povo estava “inclinado 
a desviar-se” (11:7). Deus atraiu-o com laços de amor 
(11:4); no entanto, o povo tentou quebra-los e seguir seu 
próprio caminho.22 
Pecado não é apenas quebrar a lei do Senhor; é 
partir o coração dele. Oséias descreve o coração do 
Senhor quando tentou trazer seu povo infiel de volta à 
sua bênção, e desejou que este lhe fosse fiel (11:8-11). 
21 LOPES, Hernandes Dias. Op. cit., p.119.
22 WIERSBE, Warren W. Op. cit., p. 630.
36 Estudos Bíblicos
O capítulo 12 apresenta a nação “falando com grandeza” 
e gabando-se de sua riqueza e de suas realizações, mas 
Deus diz: “Efraim apascenta o vento e persegue o vento” 
(12:1). O rebelde pode usufruir de riqueza material e dos 
prazeres físicos, mas isso nunca satisfaz o coração nem 
glorifica o Senhor, e, por fim, o rebelde ficará pobre, des-
prezado, cego e nu.
O profeta fecha as cortinas do seu ministério com 
uma palavra de esperança e com uma promessa de 
restauração. O cativeiro assírio não coloca um ponto 
final no plano soberano de Deus. As tragédias humanas 
não frustram os planos daquele que governa a história 
e dirige o universo. O último capítulo de Oséias é, de 
muitas maneiras, o mais belo de todo o livro e consti-
tui um encerramento apropriado da série de discursos 
proféticos. Depois dos grandes vagalhões de conde-
nação que se chocaram contra Israel, Deus agora fala 
ternamente em graça. Afinal, a graça brilha através das 
nuvens ameaçadoras.23 
APLICAÇÃO PARA A ATUALIDADE
O livro de Oséias relata a importância da fidelidade 
e a sua relevância nos relacionamentos, abordando 
desta forma os efeitos e as influências nos comporta-
mentos. O relacionamento estabelecido por Deus foi de 
amor eterno e firmado através da aliança, sendo que as 
juras de amor de Israel foram quebradas, ficou conhe-
cido através das circunstâncias o que realmente estava 
no coração, a deslealdade. 
Quando se fala de fidelidade, está se falando 
de cumprir e honrar os compromissos assumidos na 
aliança, tendo como princípio a moral, a obrigação; já a 
lealdade inclui os valores baseados no vínculo afetivo, 
23 FEINBERG, Charles L. Os profetas menores. São Paulo: Vida, 1988, p. 64,65.
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ou seja, quem é fiel não trai devido à moral; já o leal não 
trai devido o vínculo de amor e se revela num envolvi-
mento bem maior do que o previamente estabelecido. 
Deus revela assim a sua grande lealdade e misericórdia, 
pois mesmo Israel sendo infiel, Deus, contudo, esten-
deu a sua lealdade providenciando o Cordeiro que tira o 
pecado do mundo.
O foco do ministério profético de Oséias não era a 
política ou o social, senão alertar sobre as consequên-
cias da infidelidade gerada pela falta de confiança em 
Deus. A idolatria ocupou o altar que era do Senhor, esta-
belecendo uma adoração nos corações que foram envol-
vidos com encantamento. 
A história da família de Oséias é singular e eviden-
cia a profundidade do amor de Deus; amor imerecido. 
Sempre se deseja receber amor, mas o profeta preci-
sou sentir na pele o peso da infidelidade da sua esposa 
e, ainda assim, decidiu perdoá-la. Vale ressaltar que, 
naquele tempo, o adultério era punido com a morte; a lei 
estava a favor do profeta, que poderia atirar a primeira 
pedra, mas Deus o conduziu para o perdão.
Da mesma forma que a oração do Pai Nosso traz 
um confronto – “Perdoa as nossas dívidas, assim como 
perdoamos nossos devedores” - Deus fez o profeta 
sentir a dor da infidelidade do relacionamento do seu 
povo escolhido e ainda perceber que, se Ele sendo Deus 
é capaz de perdoar; isto deve ser praticado por todos os 
homens. 
Antes de se falar sobre a restauração do altar de 
Deus, precisa-se enfatizar a restauração da família, pois 
nos tempos atuais a infidelidade anda de mãos dadas 
com a vingança e o ódio, não restando lugar para o 
perdão. Para perdoar é necessário empenhar mais força 
do que para se vingar, ou seja, é mais forte/sábio o 
homem que libera o perdão do que aquele que se deixa 
38 Estudos Bíblicos
levar pela inflamação do ódio. A mensagem de Oséias é 
uma mensagem do perdão de Deus e isto é inspirador 
para viver uma vida de perdão e misericórdia. 
A presença do Senhor é real. Ele sempre esteve 
presente e desejou que os homens tivessem um relacio-
namento pessoal com ele, mas desde o princípio até os 
dias atuais, Deus tem sido esquecido por muitos e subs-
tituído por outros deuses, ou pior, Deus só é lembrado 
nos momentos difíceis da vida. Esta atitude de infide-
lidade e idolatria (tudo o que ocupa o lugar de Deus) 
entristeceu e tem entristecido a Deus. Mas o profeta 
Oséias trouxe a memória de quem é Deus e que a pro-
messa de restauração do altar ao único Deus vivo seria 
novamente estabelecida entre as famílias da Terra. 
O culto que agrada a Deus é aquele realizado em 
família, ou seja, através de pessoas que amam e querem 
obedecer a Deus, tanto em casa com a sua própria famí-
lia quanto na igreja; momento em que as famílias se 
reúnem para celebrar a Deus pelas bênçãos, conquistas 
e desafios de fé. Na verdade o culto não termina, pois 
deve ser contínuo. 
CONCLUSÃO
Deus mostra, por meio de Oséias, o quanto algo 
tão sagrado como o casamento pode ser destituído de 
sacralidade por meio da infidelidade. Se tomarmos a 
expressão infidelidade como sinônimo de traição, não 
teremos dificuldades em entender o quanto essa prática 
é abominável. 
Quando Deus estabelece um relacionamento, ele 
exige absoluta lealdade. Por intermédio de Oséias, o 
Todo-poderoso anunciou que aplicaria um severo julga-
mento para libertar seu povo do torpor religioso e chamar 
sua atenção. Este julgamento tomaria a forma de secas, 
www.ib7.org 39
invasões e exílio. Apesar do rigor desse ato ter dado a 
impressão de que Israel seria abandonado para sempre, 
o Senhor pretendia restaurar seu povo. Quando os israe-
litas se arrependessem de seus pecados, Deus os faria 
retomar à sua terra e restauraria suas ricas bênçãos.
O livro de Oséias fornece uma clara e equilibrada 
ideia de Deus. O Senhor ama seu povo e com ele deseja 
ter um relacionamento profundo e amoroso. Ele é ciu-
mento de afeição enão tolera concorrentes. Quando seu 
povo peca, ele o disciplina na medida certa. A disciplina 
do Senhor pode parecer dura, mas a resposta divina ao 
pecado de Israel é, na verdade, uma prova de seu amor 
e comprometimento. Deus não admite que coisa alguma 
arruíne o relacionamento que ele estabeleceu conosco, 
e fará tudo para preservá-lo. 
PERGUNTAS PARA DEBATE EM CLASSE
1. Qual o significado do nome Oséias?
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2. Qual a principal mensagem do livro de Oséias? Como 
ela foi exemplificada?
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40 Estudos Bíblicos
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3. No que consistia a infidelidade do povo de Israel para 
com Deus?
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4. Compare os termos lealdade e fidelidade. Quais 
semelhanças e quais diferenças?
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5. Compare o amor de Oséias para com sua esposa e 
o amor de Cristo para com sua noiva. Defina o amor 
incondicional.
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Pr. Luiz Rogério Palhano
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Domingo - Isaías 40:3
Deus jamais nos deixará sem resposta. Ele perma-
nece fiel. Os planos que Ele tem para nossa vida não 
mudaram e nem mudarão. Sabe por quê? Porque Ele nos 
ama imensuravelmente. O derramamento do Espírito é o 
poder pelo qual Deus realiza a sua vontade. A resposta 
para os sedentos de Israel é água com abundância, são 
rios sobre a terra seca, é benção sobre os descenden-
tes, é promessa do derramamento do Espírito Santo a 
toda a posteridade, é a garantia da presença do Senhor, 
abundantemente, na vida do povo. Como seria possível 
duvidar de um Deus que se apresenta como o Primeiro 
e o Último, e que fora dele não há Deus?
Segunda-feira - Salmos 51:1-11
Que tipo de cristãos nós seríamos sem o Espírito 
Santo de Deus? Qual seria o nosso caráter sem o fruto 
do Espírito? Parece que o rei Davi sabia estas respos-
tas. A Bíblia ensina que quando o profeta Samuel ungiu-
-o no meio de seus irmãos, desde aquele dia o Espí-
rito do Senhor se apoderou de Davi (1Sm 16:13). Ele 
tornou-se aclamado, amado, exaltado em Israel porque 
o Espírito Santo estava sobre ele e apoderou-se dele. O 
texto de hoje apresenta um homem desesperado, que 
havia pecado contra Deus e sabia das consequências 
de suas atitudes. Um homem atormentado com a ideia 
de perder a alegria da salvação e de voltar à natureza 
fraca, endurecida pelo engano do pecado. Eis a razão 
do seu clamor. Oremos hoje para que entendamos como 
42 Estudos Bíblicos
Davi a importância da presença do Espírito Santo em 
nossa vida.
Terça-feira – João 14:16-20
O texto de hoje faz parte de um contexto onde 
o Senhor Jesus está dando as últimas instruções aos 
seus discípulos. Segundo o dicionário bíblico, “Conso-
lador” significa alguém chamado para estar ao lado de 
uma pessoa e defendê-la. Um advogado, em suma. O 
Senhor promete o Espírito da Verdade que estaria para 
sempre com os discípulos, que habitaria com eles e 
que estaria neles. Fisicamente, Jesus não estaria mais 
com eles, porém não estariam sozinhos. O Consolador 
o substituiria. Embora ele não estivesse presente fisica-
mente, estaria espiritualmente. E para sempre! O mundo 
não pode recebê-lo porque está envolto nas práticas do 
pecado. A fórmula para que o Consolador esteja sempre 
conosco é crer em Deus e em Jesus Cristo. Esse é o 
princípio de uma vida em santidade. Amém.
Quarta-feira – João 14:26
Toda a Escritura é de inspiração divina, e é apta 
para ensinar. Homens santos falaram da parte de Deus 
movidos pelo Espírito Santo. A Igreja Cristã é regida 
pelo Senhor, e é por meio da Bíblia que ele a ensina. 
Ele também abre as mentes e corações para as suas 
verdades. Jesus transmitiu a Palavra do Pai aos discípu-
los (v. 24), e deu garantias de que eles seriam lembra-
dos de tudo o que havia lhes dito. Quem tem ouvidos, 
deve ouvir o que o Espírito diz às Igrejas (Ap 2:7). Como 
Jesus mesmo falou, não somos órfãos, pois o Espírito 
Santo está conosco e sua missão é ensinar a Igreja do 
Senhor. Nossa oração hoje deve ser para que tenhamos 
www.ib7.org 43
bom ânimo para praticar tudo o que o Espírito de Deus 
tem nos ensinado.
Quinta-feira – Atos 4:31
Que coisa maravilhosa! A igreja está em oração, e 
não porque simplesmente está com medo. Ao contrário, 
suplica para que o Senhor estenda suas mãos e conti-
nue a fazer curas, sinais e prodígios em nome de Jesus. 
Como resultado, temos uma grande manifestação onde 
todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam 
a palavra de Deus. Se eu fosse pastor de uma igreja 
nessa época, e me fosse tirada a liberdade de falar do 
Evangelho da Salvação, como eu agiria? Como a minha 
igreja se comportaria? Há dois detalhes importantes no 
contexto do nosso estudo: Pedro falava com intrepidez, 
porque estava cheio do Espírito Santo (v. 8), e os após-
tolos falavam das coisas que viram e ouviram (v. 20), 
ou seja, falavam daquilo que o próprio Jesus lhes havia 
ensinado. Olhando por essa ótica, acredito que eu e a 
igreja agiríamos da mesma forma, vocês não acham?
Sexta-feira- Atos 2:1-16
De acordo com a promessa de Jesus, a descida 
do Espírito Santo ocorreu no dia do Pentecostes, dia 
em que os judeus ofereciam ao Senhor as primícias de 
suas produções agrícolas. Essa foi uma ocasião propí-
cia para o derramamento do Espírito, porque ali estavam 
judeus e prosélitos de várias partes do mundo conhe-
cido, e também porque naquele dia seria feita a primeira 
colheita dos frutos do Reino, a partir da obra consumada 
do Messias. Neste mesmo dia, a multidão foi possuída 
de perplexidade ao visualizar a manifestação do Espírito 
Santo, prometida no Antigo Testamento e confirmada 
pelo próprio Senhor. Lucas diz que todos foram cheios 
44 Estudos Bíblicos
do Espírito Santo e passaram a ser testemunhas de 
Jesus, a partir dali e em todos os lugares. Amém.
Sábado - Atos 2:16-20
O marco da fundação da igreja em Jerusalém foi, 
sem dúvida, a descida do Espírito Santo, e o livro de Atos 
narra com riqueza de detalhes este grandioso evento. 
Como já vimos, o cenário para o derramamento do Espí-
rito Santo foi o dia do Pentecostes. Para ali eram atraídos 
judeus de todo o mundo conhecido. Muitos peregrinos, 
mas também inúmeros judeus piedosos vinham a Jeru-
salém para adoração. A manifestação do Espírito Santo 
ocasionou o fenômeno das línguas, que gerou debate 
sobre a sanidade dos discípulos. O discurso inflamado 
do apóstolo Pedro tem início com a citação, na íntegra, 
da profecia de Joel (Jl 2:28-32), e que naquele dia inau-
gural da era da Igreja, deu-se o seu cumprimento. É 
muito importante saber que o Senhor cumpre todas as 
suas promessas, e confortador saber que todo aquele 
que invocar o nome do Senhor será salvo.
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JOEL 
O DERRAMAMENTO DO 
ESPÍRITO SANTO
Pr. Jonas Sommer
19 de Julho de 2014
3
TEXTO BÁSICO:
“E, depois disso, derramarei do meu Espírito 
sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas 
profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão 
visões. Até sobre os servos e as servas derramarei 
do meu Espírito naqueles dias”. (Jl 2:28-29, NVI)
INTRODUÇÃO
Joel, o segundo dos chamados profetas menores, 
exerceu seu ministério em Judá, no Reino do Sul. Em que 
pese o fato de ele ter profetizado sobre o derramamento 
do Espírito de Deus no futuro, com manifestações espe-
cíficas, a tônica de sua profecia vai mais além. O livro 
trata da ameaça de julgamento de Deus contra Judá, 
que é ilustrado com a devastadora praga de gafanho-
tos. A esperança de Judá repousa no arrependimento 
e na misericórdia divina, que trará, com os julgamentos 
do Dia do Senhor, e na sua abundante misericórdia ao 
restaurar a nação. Joel atinge seu propósito desenvol-
vendo-o nas três partes que compõem sua profecia. 
Há quem advogue que o livro de Joel pode ser 
dividido em duas partes. A primeira descreve a devas-
tação de Judá, ocasionada por uma grande praga de 
gafanhotos e a comunidade. E a segunda, a resposta de 
Deus a Israel e às nações, conforme ilustrado no quadro 
abaixo:24 
24 SOARES, Ezequias. Os doze profetas menores: advertências e consolações 
para a santificação da Igreja de Cristo. Lições Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, out/
dez. 2012, p. 20.
46 Estudos Bíblicos
LIVRO DE JOEL
Primeira Parte Segunda Parte
A praga de gafanhotos e 
a comunidade 
(1:1 - 2:17)
A resposta do Senhor a 
Israel e às nações
(2:18-3:21)
A praga dos gafanhotos 
(1:1-4)
Compaixão pela 
comunidade (2:18-27)
Chamado à lamentação 
(1:1-4)
Bênçãos para 
a cumunidade (2:28-32)
Grande alarme (2:1-11) Julgamento das nações 
(3:1-17)
Chamado ao 
arrependimento (2:12-17)
Presença de Deus em 
Jerusalém (3:18-21)
Há, no entanto, outros que dividem a profecia de 
Joel em pelo menos três partes: um juízo imediato (1), 
um juízo iminente (2:1-27) e o juízo futuro (Jl 2:28-3:21).25
O PROFETA, SEU ESTILO E SEU TEMPO
Não sabemos muito sobre este profeta. Há 12 
homens no Antigo Testamento com este nome, mas não 
podemos identificar o profeta com qualquer um deles. 
26Seu nome significa “Yahweh é Deus”.27 Seu pai se cha-
mava Betuel, segundo alguns targuns, ou Petuel, con-
forme o texto hebraico que nos chegou à mão.
Devido à familiaridade dele com aspectos do 
templo, dos sacrifícios e do sacerdócio, pode-se presu-
25 COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Os doze profetas menores. Rio de Janeiro: 
CPAD, 2012, p. 26.
26 CRABTREE, A. R. Profetas menores. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Batista, 
1971, p. 15.
27 FINLEY, Thomas J. The Wycliffe exegetical commentary: Joel, Amos and Oba-
diah. Chicago: Moody Press, 1990, p 2.
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mir que pertencia à classe sacerdotal.28 Por conta de 
sua contundente mensagem de juízo, alguns o chamam 
de “João Batista do Antigo Testamento”.29 
Joel escreve como um poeta lírico e dramático, 
com constante uso de contrastes.30 Conforme estudio-
sos da estilística literária hebraica, há muito de parale-
lismo e ritmo da poesia hebraica no escrito. As figuras de 
linguagem usadas por Joel mostram ser ele um homem 
de imaginação vívida. Ele emprega figuras fortes e usa 
muitas exclamações, como se vê no texto em português. 
Isto deve corrigir um equívoco que muitos, mesmo sem 
preconceito, nutrem. É que pensamos nos profetas como 
se fossem beduínos fanáticos ou ignorantes. Quando 
muito, julgamos que como eram pessoas vivendo numa 
época atrasada em relação à nossa, tais profetas foram 
primitivos e boçais. Esses homens foram geniais. Prova 
disso é que aqui estamos, já entrados no terceiro milênio, 
aprendendo com eles, estudando o que escreveram.31 
As discussões sobre a data do livro são bastante 
acirradas. Tem-se atribuído datas desde o século nono 
até o século quarto A.C., pelas várias escolas. Porém, 
com base nas evidências internas, e tendo em vista que 
ele é citado por Amós e Oséias, a estimativa mais razo-
ável é a época da minoridade de Joás, durante a regên-
cia de Joiada, o sumo sacerdote, por volta de 830 A.C. 
(2Rs 11:17,18; 12:2-16; 2Cr 24:4-14). Em todo o livro 
também não há nenhuma referência à Babilônia, à Assí-
ria ou mesmo à invasão da Síria, e os únicos inimigos 
mencionados são os filisteus, os fenícios, os egípcios 
e os edomitas (3:4,19). Se ele tivesse vivido após Joás, 
28 SCHMOLLER, Otto. The book of Joel. Grand Rapids: Zondervan Publishing 
House, 2008, p. 3.
29 MACDONALD, William. Believer’s Bible commentary. Nashville: Thomas Nelson, 
1995, p. 1107.
30 LOPES, Hernandes Dias. Joel: o profeta do Pentecoste. São Paulo: Hagnos, 
2009, p. 16.
31 COELHO FILHO, Isaltino Gomes. O profeta Joel. Disponível em: <www.scribd.
com/doc/18338219/o-Profeta-Joel-Pr-Isaltino>. Acesso em: 25 mar. 2014.
48 Estudos Bíblicos
sem dúvida teria mencionado os sírios entre os inimigos 
que enumera, uma vez que eles tomaram Jerusalém e 
levaram o imenso espólio de Damasco (2Cr 24:23,24). 
A idolatria também não é mencionada, e os serviços do 
Templo, o sacerdócio e outras instituições da teocracia 
são representados como florescentes.32 Warren Wier-
sbe diz que Joel foi o primeiro profeta a escrever suas 
mensagens.33 
O JUÍZO IMEDIATO: A DESOLAÇÃO CAUSADA 
PELA INVASÃO DE GAFANHOTOS
O livro do profeta Joel é, sobretudo, escatológico. 
O primeiro capítulo descreve a desolação causada em 
Judá por uma invasão de gafanhotos – um dos instru-
mentos do juízo divino mencionado por Moisés em sua 
profecia (Dt 28:38,39) e por Salomão em sua oração (1Rs 
8:37), e que já havia sido usado por Deus contra o Egito 
(Êx 10:12-20). Nos capítulos seguintes, há também pro-
messas de bênçãos em foco, mas o tema principal conti-
nua sendo o juízo divino, sendo que agora em um futuro 
ainda mais adiante.34 Isto é, a principal mensagem de 
Joel é que Deus julga, e essa mensagem da realidade 
do juízo divino, conforme orientação do profeta ao povo, 
não deveria ser esquecida, mas recontada às gerações 
seguintes. Não é à toa que Deus permitiu que essa obra 
inspirada pelo Espírito Santo ficasse para a posteri-
dade, para que sua mensagem nunca fosse olvidada e 
pudesse reverberar durante séculos, despertandovidas.
A invasão assoladora dos gafanhotos não é uma 
tragédia natural, mas a vara disciplinadora de Deus 
32 ARCHER JR, Gleason. Merece confiança o Antigo Testamento? São Paulo: Vida 
Nova, 1991, p. 233.
33 WIERSBE, Warren. Comentário bíblico expositivo. V. 4. Santo André: Geográfica, 
2010, p. 420.
34 COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Op. cit., p. 25.
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sobre o povo da aliança. Não existe acaso, coincidência, 
nem determinismo cego. Não existe tragédia natural à 
parte da providência soberana de Deus.35 Joel faz uma 
descrição vívida e alarmante de uma invasão avassala-
dora de gafanhotos em todo o território de Judá. Moisés 
profetizara que Deus poderia usar deste expediente 
para punir seu povo se ele se tornasse desobediente (Dt 
28:38-42). São usadas quatro palavras hebraicas dife-
rentes para gafanhotos nesta passagem: gazam, vertido 
como “gafanhoto cortador”; arbeh, o “gafanhoto migra-
dor”; yeleq, o “gafanhoto saltador”, e hãsil, o “gafanhoto 
destruidor”.36 
Têm sido dadas várias interpretações quanto a 
essa invasão de gafanhotos. Diz-se que essa descrição 
fala dos quatro tipos diferentes de gafanhotos que inva-
diriam a terra. Outra possibilidade é que essa descrição 
fala de nuvens sucessivas de gafanhotos invadindo Judá, 
ou seja, Joel estaria falando sobre ataques sucessivos 
de insetos, ressaltando a intensidade da destruição. A 
terceira possibilidade é que a descrição fala metafori-
camente dos quatro impérios que dominaram o mundo 
(Babilônico, Medo-persa, Grego e Romano). Há ainda 
aqueles que, embora careçam de sólida base bíblica, 
interpretam como sendo demônios que atacam as finan-
ças do povo de Deus.37 Ao que parece, a interpretação 
literal, como sendo quatro tipos de gafanhotos que, em 
ataques sucessivos, deixam um rastro de destruição, 
seja a correta.
No livro encontramos uma ordem para que esse 
evento não fosse olvidado, mas se deveria contar à 
geração seguinte (1:3). Quatro gerações são menciona-
das, os ouvintes de Joel deveriam transmitir aos filhos, 
35 LOPES, Hernandes Dias. Op. cit., p. 27.
36 HUBBARD, David Allan. Joel e Amós: introdução e comentário. São Paulo: Vida 
Nova, 1996, p. 49
37 LOPES, Hernandes Dias. Op. cit., pp. 29-30.
50 Estudos Bíblicos
netos e bisnetos. Quando não se aprende com os erros 
do passado, tem-se a tendência de repeti-los. A histó-
ria precisa ser nossa pedagoga, não nosso coveira. Os 
eventos de uma nação são lições para todas as demais, 
pois se a memória do amor de Deus não nos despertar 
a gratidão, a memória dos ais do seu juízo, certamente 
nos ameaçará com a humilhação.38 
Joel conclama os sacerdotes do Senhor ao arre-
pendimento (1:13,14). O texto fala de clamor, pranto, 
pano de saco e jejum. No Antigo Testamento, é comum 
vermos jejuns serem apregoados em períodos de cala-
midade ou de iminência de calamidades (2Cr 20:3; Et 
4:16). Conquanto o povo de Deus não experimente 
pragas literais de gafanhotos, mui provavelmente vê con-
gregações devastadas por aflições, pecados e doenças 
que angustiam famílias inteiras. Diante disso o conselho 
bíblico para se resolver tais impasses é que a liderança, 
juntamente com a membresia, reconheça igualmente, 
com a máxima urgência, a necessidade de ajuda, poder 
e bênção de Deus. Devem voltar-se a ele com a since-
ridade, intensidade, arrependimento e intercessão des-
critos por Joel (Jl 1:13,14; 2:12-17). Só há restauração e 
avivamento onde há genuíno arrependimento.
UM JUÍZO IMINENTE: A VERDADEIRA CONVERSÃO 
E A PROMESSA DE FARTURA
No segundo capítulo de Joel, o profeta trata esse 
exército de gafanhotos do capítulo 1 como um símbolo e 
precursor de um flagelo ainda mais terrível. A palavra do 
Senhor a Joel é que, no futuro, haveria uma desolação 
que envolveria toda a Terra. Ou seja, o pranto pelo juízo 
dos gafanhotos apenas prefigurava um pranto ainda 
maior decorrente de uma desolação muito maior.
38 Ibidem.
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Joel começa falando de uma invasão militar que 
Judá também sofreria (2:2-4) para, mais à frente, ainda 
no capítulo 2, aludir ao Dia do Senhor em sua acep-
ção absolutamente escatológica. O “dia do Senhor” é a 
expressão-chave desse livro. Ela aparece pela primeira 
vez no versículo 15 do primeiro capítulo. Tal expressão 
se refere tanto ao julgamento divino de forma geral – 
sendo, nesse caso, usada para se referir a um julga-
mento específico que poderia ser tomado como sím-
bolo do Grande Julgamento Final – como também, e na 
maioria das vezes, ao Juízo do Fim dos Tempos, quando 
toda a impiedade será julgada pelo Senhor. Este último e 
mais recorrente sentido é explorado a partir do capítulo 
2 de Joel, quando o profeta faz claramente referência a 
acontecimentos que se darão em um futuro mais distan-
te.39 
Esse dia, porém, culmina com o grande Dia do 
Juízo, na segunda vinda de Cristo, quando o Senhor se 
assentará no seu trono e julgará, com justiça, as nações 
(Mt 25:31-46). Nesse dia os homens ímpios desmaia-
rão de terror, buscarão a morte, mas não a encontrarão. 
Nesse dia tentarão, inutilmente, escapar da ira do Cor-
deiro (Ap 6:12-17).40 
Tudo indica que os exércitos do Norte (2:20) são 
uma referência aos exércitos da Assíria e Babilônia. 
Aqui, Deus conclama mais uma vez o povo ao arrepen-
dimento – mas a um arrependimento realmente sincero, 
verdadeiro, genuíno, autêntico (2:2,13).
Deus diz ao povo que estava cansado do seu ritual 
de vestir pano de saco em jejum depois de rasgar as 
vestes, porque esses atos já não eram acompanhados de 
um real propósito de mudar, não eram realizados como 
exteriorização de um genuíno arrependimento (2:13). 
39 COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Op. cit., p. 25.
40 LOPES, Hernandes Dias. Op. cit., pp. 51-53.
52 Estudos Bíblicos
Não bastava rasgarem suas vestes se antes não esta-
vam rasgando os seus corações diante dele. “Rasgai o 
vosso coração” significa “modificai toda a vossa atitude”, 
é a maneira hebraica de dizer que a contrição interna 
é mais importante do que a manifestação externa de 
pesar que, por si, poderia ser apenas um ato desprovido 
de sinceridade ou integridade.41 Ou seja, nessa passa-
gem, Deus está afirmando que penitência externa não 
muda nada. É preciso um coração realmente rasgado 
diante do Senhor para que ele se volte para o seu povo 
com perdão, restauração e bênçãos (2:14).
A necessidade de conversão é um dos aspectos 
teológicos mais importantes em nosso profeta. Nos dias 
em que vivemos podemos ouvir programas que são 
declarados como sendo evangélicos, pela televisão e 
pelo rádio, por meses a fio sem ouvirmos falar, uma vez 
sequer, da necessidade de arrependimento, de aban-
dono dos pecados e de mudança de vida. A conversão 
foi deixada de lado em muitos púlpitos e substituída pela 
adesão ou pela contribuição. A cruz que o cristão deve 
tomar para seguir a Cristo foi esquecida e em seu lugar 
se oferece em trono em troca de ofertas e assistência 
aos cultos com contribuições regulares. A ética foi supri-
mida e em seu lugar entrou a prosperidade como tema 
dominante das pregações. “Todavia ainda agora diz o 
Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; 
e isso com jejuns, e com choro, e com pranto” (2:12). 
Deus não quer uma liturgia morta, ele quer ação que 
mostre quebrantamento e não rito apenas. É para o povo 
chorar os seus pecados, como lemos no verso 17: Não 
é rito nem são palavras. Não é externo, é interno. É sen-
timento. Podemos criticar o pietismo por sua internaliza-
ção da fé religiosa, mas esta postura tem respaldo entre 
os profetas. É a conversão do homem que faz Deus 
41 HUBBARD, David Alan. Op. cit., p. 66.
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mudar o juízo em bênção. Não é a contribuição nem é a 
liturgia. É o reconhecimento de que a vida está errada e 
deve ser mudada. Embora a contribuição seja necessá-
ria e, muitas vezes seja evidência de uma conversão, é 
conversão e não contribuição que Deus pede. Pode-se 
dar dinheiro sem dar o coração. Pode-se praticar ritos 
sem ter consciência da presença de Deus. 
O coração

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