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SENTENÇA PENAL 15 pts

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SENTENÇA PENAL 
Tráfico de Drogas e Condutas Afins 
O réu foi denunciado como incurso em crime previsto na Lei 11.343/2006 no artigo 3, especificamente em seu CAPUT.
Preceito primário - Art. 33.  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Preceito secundário - Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
§ 1o  Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
§ 2o  Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:     (Vide ADI nº 4.274)
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
§ 3o  Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
§ 4o  Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.     (Vide Resolução nº 5, de 2012)
Ainda, por ter cometido crime do referido artigo citado acima, o réu também foi denunciado como incurso, por duas vezes, por crime previsto na Lei 8.069/90 em seu 244-B.
Preceito primário - Art. 244-B.  Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:      (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Preceito secundário - Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.     (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o  Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 2o  As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990.        (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Após analisar o caso, além do réu ser um disseminador de substancia entorpecente, ainda assim, não satisfeito, quis o de réu aumentar sua distribuição, e assim induzir menores a praticar infrações penais de forma que se tornem os vendedores de drogas em pontos específicos. Assim, de acordo com o princípio da obrigatoriedade, resta-se claro a necessidade de intervenção do Ministério Público, dando a procedência da ação pela presença de todos os fatos, imputando ao réu a caracterização da conduta denunciada.
Diante do todo o exposto, analisando os fatos, o elemento objetivo é a punição por condutas do art.33 da Lei 11.343/2006 e art. 244B da Lei 8.069/90 e o elemento subjetivo foi o dolo, pois o réu agiu com intenção, livre e consciente, pois sabia do estava fazendo, certo é que estava ciente das infrações cometidas.
Ainda em decorrência de tais condutas delituosas, o objetivo imediato era tráfico de drogas, assim agiu com motivo fútil e pensando somente se obter lucros. O sujeito ativo em tais condutas resta-se claro que é o réu, ficando os menores como induzidos a cometer infrações penais, pois em decorrência da Lei 8.069/90 em seu art.244 B há a finalidade de impedir o estímulo do ingresso e da permanência do menor no universo criminoso, o que não foi feito.
A sociedade e o Estado se enquadram no sujeito passivo, pois são eles os lesados nestas condutas, pois há um aumento da violência e da criminalidade devido ao tráfico de drogas, e a o objeto material é a droga e por este motivo foi preso em flagrante, pois no momento estava o réu em posse da prova do crime, tendo sua autoria como certa e o objeto jurídico a saúde pública. 
Desta forma, diante das condutas realizadas pelo réu, o Juiz de Direito, Dr. André Gustavo Livonesi, julgou PROCEDENTE a denúncia e o réu foi condenado a 04 (quatro) anos de prisão, em regime fechado, bem como pagamento multa, pois não houve agravantes e causa de aumento de pena e sim redução conforme § 4º do art.33 da Lei 11.343/06, pois sua conduta foi tipificada no CAPUT do referido artigo.
Anexo 1 - Sentença

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