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Lei de Drogas

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Lei 11.343/06
(Lei de drogas)
Considerações preliminares
A lei é composta de 06 títulos que abordam todos os aspectos sobre a prevenção ao uso indevido de drogas, institui-se aqui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD). Assim, criminalização de certas condutas é apenas parte da Lei 11.343/06; pois esta trata também dos princípios, objetivos, atividade de prevenção ao uso de drogas e reinserção dos usuários na sociedade, procedimento processual penal, por exemplo.
O conceito de droga para esta lei se limita às substâncias listadas pelo Executivo da União conforme se depreende da leitura do parágrafo único do artigo 1º:
[...]
Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União.
Em regra são proibidas, o plantio, colheita e exploração de drogas no território brasileiro. Mas existe exceção? Sim. Tal regra sofrerá exceção nas seguintes hipóteses, descritas no artigo 2º da Lei 11.343/06:
hipótese de autorização legal ou regulamentar.
plantas de uso estritamente ritualístico-religioso disciplinada na Convenção de Viena.
Drogas para fins medicinais ou científicos, se houver autorização da União.
Art. 2º Ficam proibidas, em todo o território nacional, as drogas, bem como o plantio, a cultura, a colheita e a exploração de vegetais e substratos dos quais possam ser extraídas ou produzidas drogas, ressalvada a hipótese de autorização legal ou regulamentar, bem como o que estabelece a Convenção de Viena, das Nações Unidas, sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971, a respeito de plantas de uso estritamente ritualístico-religioso.
O artigo 31 diz ser indispensável à autorização da autoridade competente para produção, venda, compra, depósito, transporte... de substâncias ilícitas. 
Art. 31. É indispensável a licença prévia da autoridade competente para produzir, extrair, fabricar, transformar, preparar, possuir, manter em depósito, importar, exportar, reexportar, remeter, transportar, expor, oferecer, vender, comprar, trocar, ceder ou adquirir, para qualquer fim, drogas ou matéria-prima destinada à sua preparação, observadas as demais exigências legais.
Porte de drogas para consumo
 
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I - advertência sobre os efeitos das drogas; 
II - prestação de serviços à comunidade; 
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou produto capaz de causar dependência física ou psíquica. 
Atenção! Embora o artigo mencione “penas”, o STF diz que a natureza jurídica dos incisos elencados é da “despenalização” do fato. Esse termo é criticado por parte da doutrina que diz que há sim pena cominada para o artigo 28, o que o supremo definiu foi a descarcerização do crime, uma vez que não há mais pena privativa de liberdade para tal conduta. 
Mas caso o usuário se negue injustificadamente a cumprir as imposições dos incisos I, II e III estará sujeito à admoestação e/ou a multa, confome esclarece o parágrafo 6º:
 
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo, sucessivamente a: 
I - admoestação verbal; 
II - multa. 
Os incisos II e III do caput (II - prestação de serviços à comunidade e III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo) possuem prazo de aplicação definido em lei.
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 5 (cinco) meses. 
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses. 
Aqui a reincidência diz respeito unicamente ao artigo 28 e não a outros crimes praticados.
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente. 
 
 O parágrafo tem importância, pois estabelece que o juiz poderá verificar as circunstâncias do fato para defini-lo como porte ou tráfico de drogas, não é determinante assim a quantidade de substância entorpecente apreendida que pode ser pouca, sendo o tráfico comprovado por outros aspectos como testemunhas, dinheiro trocado... Completa o termo “consumo pessoa”que é um elemento normativo que precisa ser valorado pelo magistrado.
 
Entretanto, o STJ entende que, em virtude do disposto no artigo 42 da Lei de drogas, a natureza e a quantidade de droga apreendida preponderam sobre as demais circunstâncias judiciais estabelecidas no artigo 59 do CP.
 
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social do agente.
 
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas. 
§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator, gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para tratamento especializado. 
Prescrição 
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado, no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal. 
 
O artigo 32 estabelece que caso a polícia se depare com produções ilícitas será possível ao delegado, após produzidas as provas, ordenar a incineração da plantação, incluindo o cultivo de plantas lícitas que estejam juntas.
Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local, asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova.
A incineração poderá ocorrer de duas formas:
-Com prisão em flagrante (Art. 50, §4º): será executada pelo delegado de polícia competente no prazo de 15 dias na presença do Ministério Público e da autoridade sanitária. 
 
-Sem prisão em flagrante (Art. 50-A): será feita por incineração, no prazo máximo de 30 dias contados da data da apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo. 
 
É cabível ainda a expropriação das terras usadas no cultivo de drogas pela Justiça, nos termos do disposto no artigo 243 da CF. 
Art. 243 CF. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
Tráfico de drogas
Art. 33. Importar, exportar, remeter,preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. 
A tortura, o terrorismo e o tráfico de drogas e disposições posteriores são equiparados aos crimes hediondos. A Lei 8072/90 disciplina os crimes hediondos e, portanto, estabelece o tratamento mais ao delito de tráfico. Assim esse crime é incompatível com o instituto da fiança, porém não há vedação à liberdade provisória e isso leva a decisões ilógicas. 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: 
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; 
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; 
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.       (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
No parágrafo 1º estão as condutas equiparadas ao tráfico de drogas recebendo a mesma pena do “caput”. Então são condutas equiparadas ao tráfico: 
I – preparo de drogas
II-  planta ou colhe os vegetais para preparo de drogas
III – utilização de bem ou local de qualquer natureza para o tráfico
IV – venda de produtos destinado à preparação de drogas a agente policial disfarçado
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:      (Vide ADI nº 4.274) 
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa. (Apologia ao uso de drogas)
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28. (trafico privilegiado)
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos , desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa.         (Vide Resolução nº 5, de 2012) (Causa de diminuição de pena)
O STF entende que é direito subjetivo do réu, assim constatado tais requisitos o juiz deverá reduzir a pena embora a lei diga que “poderá”. 
STJ (HC 212.528-SC): A conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também disponibilizar o veículo que seria utilizado para o transporte do entorpecente configura o crime de tráfico de drogas em sua forma consumada – e não tentada – (…)
Associação para tráfico
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e duzentos) dias-multa. 
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei. 
É crime de concurso necessário, pois deve haver no mínimo 2 (duas) pessoas para que ocorra. Número que diverge da Lei de Associação Criminosa, onde são necessárias 4 (quatro pessoas).
É crime autônomo assim é necessária a associação com finalidade do tráfico de drogas, ainda que este não ocorra o crime existirá.
Finaciamento do tráfico
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa. 
Possui a maior pena da lei de tráfico de drogas. Isso em virtude dos verbos que dizem respeito ao investimento no tráfico de drogas sendo a finalidade mais egoísta de todas as enumeradas.
Colaboração com o tráfico
Art. 37 – Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e §1º, e 34 desta Lei: 
Não confunda:
Associação para o Tráfico (Art. 35) -> Participação efetiva. Ex. olheiro
Colaboração com o tráfico (Art. 37) -> Colaboração eventual sem participação diária. Ex. Policial que não entrega as informações do tráfico
Caso o agente cometa o crime associação para o tráfico (Art. 35), será absolvido do crime de colaboração (Art. 37).
Causas de aumento de pena genéricas
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um sexto a dois terços, se: 
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito; 
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância; 
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes públicos; 
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; 
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal; 
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de entendimento e determinação; 
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime. (aqui existe bis in idem com o artigo 36)
Art. 45. É isento de pena o agente que, em razão da dependência, ou sob o efeito, proveniente de caso fortuito ou força maior, de droga, era, ao tempo da ação ou da omissão, qualquer que tenha sido a infração penal praticada, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Parágrafo único. Quando absolver o agente, reconhecendo, por força pericial, que este apresentava, à época do fato previsto neste artigo, as condições referidas no caput deste artigo, poderá determinar o juiz, na sentença, o seu encaminhamento para tratamento médico adequado. 
Aqui foi criada uma forma “inimputabilidade transitória”. A discussão nesse artigo seria se tal isenção se restringe aos crimes descritos nesta lei ou a todos os crimes do ordenamento jurídico. Pela letra fria da lei será a segunda hipótese. 
Questões
(CESPE, 2004, Polícia Federal) Julgue o item subseqüente, relativos a aspectos do direito penal brasileiro. 
O crime de associação para o tráfico de entorpecentes e drogas afins exige, para a sua consumação, a reiteração ou a habitualidade. 
( ) Certo
( ) Errado
(FCC, 2008, TJ-AP) Por todo o catálogo do direito comparado, uma das figurasque hoje mais preocupam e inquietam acadêmicos, legisladores e operadores do campo criminal é, certamente, aquela da associação criminosa. Nosso ordenamento cuidou de tipificar nada menos que duas modalidades diferenciadas e mais importantes de tratamento legal para essa conduta. Uma delas está voltada para crimes de traficância de drogas ou práticas assemelhadas, encontrando-se disposta no âmbito da Lei no 11.343/2006. A segunda está voltada para a prática genérica de crimes de outra natureza, inserindo-se, portanto, no âmbito mais amplo do Código Penal. Respectivamente, essas figuras hoje reclamam uma composição mínima de 
A) dois e quatro agentes.
B) dois e três agentes.
C) três e dois agentes.
D) três e quatro agentes.
E) quatro e três agentes.
 
	
(FGV, OAB, 2017) Com dificuldades financeiras para comprar o novo celular pretendido, Vanessa, sem qualquer envolvimento pretérito com aparato policial ou judicial, aceita, a pedido de namorado de sua prima, que havia conhecido dois dias antes, transportar 500 g de cocaína de Alagoas para Sergipe. Apesar de aceitar a tarefa, Vanessa solicitou como recompensa R$ 5.000,00, já que estava muito nervosa por nunca ter adotado qualquer comportamento parecido. 
	Após a transferência do valor acordado, Vanessa esconde o material entorpecente na mala de seu carro e inicia o transporte da substância. Ainda no estado de Alagoas, 30 minutos depois, Vanessa é abordada por policiais e presa em flagrante. 
	Após denúncia pela prática do crime de tráfico de drogas com causa de aumento do Art. 40, inciso V, da Lei nº 11.343/06 (“caracterizado tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o Distrito Federal”), durante a instrução, todos os fatos são confirmados: Folha de Antecedentes Criminais sem outras anotações, primeira vez no transporte de drogas, transferência de valores, que o bem transportado era droga e que a pretensão era entregar o material em Sergipe. 
	Intimado da sentença condenatória nos termos da denúncia, o advogado de Vanessa, de acordo com as previsões da Lei nº 11.343/06 e a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, deverá pleitear 
A) o reconhecimento da causa de diminuição de pena do tráfico privilegiado e reconhecimento da tentativa. 
B )o afastamento da causa de aumento e o reconhecimento da causa de diminuição de pena do tráfico privilegiado. 
C )o afastamento da causa de aumento, apenas. 
D )o reconhecimento da causa de diminuição de pena do tráfico privilegiado, apenas.
Gabarito: errado, B, D

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