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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
16ª VARA CRIMINAL
AV. DR. ABRAHÃO RIBEIRO, Nº 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
505088 sentença genérica base crime 1231
SENTENÇA
Processo Digital nº: 0002053-42.2016.8.26.0050
Classe – Assunto: Ação Penal - Procedimento Ordinário - Falsificação de documento público
Documento de Origem: CF, IP-Flagr. - 107/2016 - 92º Distrito Policial - Pq. Sto Antônio, 34/2016 - 
92º Distrito Policial - Pq. Sto Antônio
Autor: Justiça Pública
Réu: IRINALDO JESUS DE NOVAIS
Juiz(a) de Direito: Dr(a). Ana Lucia Fernandes Queiroga
Aos 15 de agosto de 2018, nesta Cidade e Comarca de São 
Paulo, no Fórum Ministro Mário Guimarães, na sala de 
audiências da 16ª Vara Criminal, presente a MMª Juíza de 
Direito, Dra. Ana Lúcia Fernandes Queiroga, comigo 
escrevente ao seu cargo abaixo assinado, instaurou-se a 
audiência de instrução, debates e julgamento na ação penal 
que a JUSTIÇA PÚBLICA move contra IRINALDO JESUS DE NOVAIS. 
Apregoadas as partes, verificou-se o comparecimento da Dra. 
Margareth Ferraz França – Promotora de Justiça, do acusado e 
da Defesa, Dr. Sérgio Andre Weise Chinez – Defensor Público. 
Ausente a testemunha Alessandro Del Grande. Iniciados os 
trabalhos, foi colhido em termo apartado o depoimento da 
testemunha Julio Celio de Oliveira, bem como o réu foi 
interrogado. Depoimentos colhidos por sistema de gravação 
audiovisual. Dada a palavra ao Ministério Público, foi dito 
que: Desistia da oitiva da testemunha Alessandro Del Grande. 
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Dada a palavra à Defesa, foi dito que: Desistia da oitiva da 
testemunha Alessandro Del Grande. Em seguida, pela MMª Juíza 
foi dito: Homologo a desistência formulada pelas partes. 
Dada a palavra ao Ministério Público foi dito que: na fase 
do artigo 402, do Código de Processo Penal, nada requereu. 
Dada a palavra à Defesa foi dito que: na fase do artigo 402, 
do Código de Processo Penal, nada requereu. Em seguida, pela 
MMª Juíza foi dito: Ao ensejo do artigo 402 do Código de 
Processo Penal nada foi requerido. Assim sendo, declaro 
encerrada a instrução processual e passo a palavra às partes 
para que apresentem suas alegações. Pelo representante do 
Ministério Público foi dito que: MM. Juíza, a ação penal 
merece ser julgada procedente em face de IRINALDO JESUS DE 
NOVAIS pela infração ao artigo 297, “caput”, e artigo 304, 
ambos do Código Penal. Na fase policial, o réu confessou os 
fatos (fls. 9). Em Juízo, o réu exerceu o direito de 
permanecer em silêncio. O silêncio do réu não afastou os 
elementos colhidos na fase policial e robustecido em Juízo, 
já que confronta com a apreensão do documento e perícia que 
comprova a fotografia aposta do acusado no documento com 
dados diversos da realidade. Nesse sentido, a materialidade 
está comprovada pelo auto de apreensão do documento de fls. 
27 e pelo exame pericial de fls. 46/49. A testemunha e 
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policial civil Julio Cesar de Oliveira disse que foi 
acionado para averiguar suspeita de uso de documento falso 
por um homem numa agência bancária para abrir conta 
bancária. Antes de ir até a delegacia, foram até o comércio 
do réu para ele apresentar o documento original. O documento 
podia enganar o homem médio. O réu primeiro se identificou 
com o nome falso e depois de insistência admitiu que fazia 
uso de documento falso e que teria adquirido na praça da Sé. 
Esse depoimento também restou infirmado pelo testemunho do 
policial Alessandro na fase policial, e pela confissão 
extrajudicial do acusado (fls. 9). Logo, os elementos 
probatórios, notadamente documental periciado, possibilitam 
a segura condenação do réu pela imputação da denúncia. Na 
dosagem da pena, nada a ressaltar diante da primariedade do 
acusado. Ante o exposto, requeiro que o réu seja condenado 
nos termos da denúncia, por ser medida de Justiça. Pela 
Defesa foi dito que: IRINALDO JESUS DE NOVAIS foi denunciado 
e sofre este processo como incurso no artigo 297, do Código 
Penal, porque teria concorrido material e moralmente para o 
delito de falsificação de carteira de identidade, na medida 
em que teria fornecido a sua fotografia para ser colocada no 
documento falso que teria encomendado, tendo feito uso do 
documento quando foi abordado pela polícia. Em instrução 
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probatória, com a oitiva de somente um dos dois policiais 
civis envolvidos na ocorrência, com derradeiro 
interrogatório do réu, a Defesa sustenta que não há provas 
para a condenação, sendo de rigor a ABSOLVIÇÃO. A testemunha 
Julio Celio aduziu que recebeu informação de que indivíduo 
estaria utilizando documento falso. No local dos fatos foiabordado o réu, encontrado por características fornecidas, e 
o réu forneceu um documento que confessou posteriormente ser 
falso. O réu permaneceu em silêncio. Pois bem, Excelência, a 
ação é atípica. Inicialmente, De outra parte, como se sabe, 
os crimes contra a fé pública ocorrem apenas quando o bem 
jurídico tutelado encontra violação por parte da conduta do 
agente, vale dizer, quando por meio da falsificação se torna 
possível ludibriar terceiros com o intuito de proveito. 
Assim, para ser penalmente relevante, a falsificação não 
pode ser grosseira a ponto de ser constatável, “de pronto”, 
por qualquer pessoa comum, sem qualquer dano. E falsificação 
grosseira "é aquela evidente, clara, que a todos se faz 
sentir, ou seja, é a perceptível pelo leigo, é a feita sem 
nenhum cuidado, com rasuras e alterações grosseiras" (TJSP, 
RT 734/662). Tanto para o nosso Egrégio Tribunal de Justiça, 
quanto para o Colendo Superior Tribunal de Justiça, então, 
não há crime nesses casos, como ilustram as seguintes 
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ementas: “Quando a adulteração é grosseira e reconhecível 
prima facie, não há como considerar caracterizado o delito 
previsto no art. 297 do CP”. (TJ/SP – AC – Rel. Des. Camargo 
Sampaio – RJTJSP 53/327) RECURSO ESPECIAL. PENAL. USO DE 
DOCUMENTO FALSO. CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO. 
FALSIFICAÇÃO NITIDAMENTE GROSSEIRA. INCABÍVEL A CONFIGURAÇÃO 
DO CRIME PREVISTO NO ART. 304 DO CÓDIGO PENAL. 1. A 
falsificação nitidamente grosseira de documento afasta o 
delito insculpido no art. 304 do Código Penal, tendo em 
vista a incapacidade de ofender a fé pública e a 
impossibilidade de ser objeto do mencionado crime. 2. 
Recurso não conhecido. (STJ – Resp 838344 – 5ª Turma - Rel. 
Min. Laurita Vaz – DJ 14.05.2007 – p. 386). É o caso do 
documento de fls. 31, tendo o laudo de fls. 46/48 aduz que o 
documento é falso, eis que não apresenta os elementos de 
segurança documental existentes nos similares legítimos, 
quer quanto ao papel, quer quanto aos processos de 
impressão. Ademais, percebe-se do que consta nos autos, que 
a suposta ação imputada ao réu trata-se de autodefesa. 
Ademais, é imprescindível para a caracterização do crime de 
uso de documento falso a apresentação espontânea deste, ou 
seja, fazer uso do documento falso sem que seja forçada a 
sua exibição, já que somente assim o dolo resta plenamente 
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configurado. Conforme se depreende da dinâmica do caso 
concreto, o réu foi abordado, de modo que, por óbvio, a 
exibição do suposto documento falso se deu em razão de 
solicitação policial. Quando ocorre a exibição do documento 
falso em razão de exigência policial, não há o crime de uso 
de documento falso. Neste sentido é a jurisprudência: TJSP: 
“Inexiste o crime de uso de documento falso se a exibição se 
dá por solicitação ou exigência de autoridade, e não por 
utilização espontânea do próprio acusado, pois o porte de 
documento falso não se confunde com o seu uso” (RT 651/259) 
TJSP: “A exibição de documento falso por solicitação ou 
exigência da autoridade, e não por iniciativa do próprio 
acusado, não configura o crime de uso de documento falso, 
pela ausência da vontade consciente na exibição, elemento 
subjetivo componente do tipo penal” (RT 630/301). No mesmo 
sentido, TJSP: RT 445/341, 527/341, 579/301, 582/296, 
630/301, 636/276, 640/279. TJSP: “Se o documento falso foi 
encontrado em revista policial, sem que o acusado o tivesse 
usado, o documento não saiu de sua esfera e o crime não se 
tipificou nem na forma tentada, pois é infração instantânea, 
que não admite tentativa”.(JTJ 179/301).TJSP: “Se o 
documento falso não foi exibido a ninguém, para a sua 
destinação específica, mas retirado do bolso do acusado, não 
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se configura o delito do art. 304 do Código Penal” (RT 
470/326). Além disso, a atribuição de falsa identidade 
imputada ao réu se deu no momento de sua prisão, fazendo, 
portanto, parte integrante do direito de autodefesa. A 
jurisprudência vem entendendo que, nestes casos, não há 
crime, dada a ausência de dolo específico e a própria 
permissão legal, com envergadura constitucional, que os 
acusados têm de não se incriminarem, nem produzirem prova 
contra si mesmos. “STJ: Não configura crime o fato de a 
pessoa indiciada se atribuir falsa identidade perante a 
autoridade policial, porquanto trata-se, na verdade, de 
mecanismo de autodefesa, amparado, em última análise, pelo 
direito constitucional de permanecer em silêncio” (EJSTJ 
36/309). “O agente que afirma falsamente seu nome e sua 
menoridade para frustrar a prisão em flagrante não pratica o 
crime de falsa identidade, pois a expressão 'vantagem', 
mencionadano art. 307 do CP, inclui tanto a de natureza 
patrimonial como moral, mas não compreende o propósito de 
autodefesa do réu” (TACRIM-SP – AC 935.749-0 – Rel. França 
Carvalho – RJDTACrim 27/98). “Direito Penal. Falsa 
Identidade. Autodefesa. Atipicidade da conduta. (...) A 
conduta daquele que se atribui falsa identidade perante 
autoridade policial, em atitude de autodefesa, é atípica, em 
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obsetrvância ao disposto no artigo 5ª, inciso LXIII, da 
Constituição Federal, que garante o direito ao silêncio. 
(...)” (TJDFT – 2ª T. – AP. 2008.03.1.024013-5 – rel. 
Roberval Casemiro Belinati – j. 31.03.2011). Nesta mesma 
linha de raciocínio, não havia, no caso em tela, como o réu 
atribuir-se falsa identidade e não ser descoberto, uma vez 
que, ao ser preso em flagrante, foi identificado 
criminalmente, o que impossibilita a consumação do delito 
por ser o meio empregado absolutamente ineficaz, em vista da 
legitimação obrigatória nos casos de prática dos delitos 
aqui tratados, evidenciando-se, além de tudo, hipótese de 
crime impossível. Por fim, observa-se que não restou 
comprovada a autoria da contrafação, eis que a prova oral 
limitou-se ao fato de o réu portar o documento falso. Ante 
todo o exposto, requer seja a presente ação julgada 
improcedente para ABSOLVER o réu com fulcro no artigo 386, 
inciso III, do Código de Processo Penal, por se tratar o 
caso em apreço evidentemente de fato atípico e também por 
falta de provas. Caso V. Exa. entenda de maneira diversa, e 
atendendo ao princípio da eventualidade, requer 
subsidiariamente: (i) a desclassificação da conduta para a 
prevista no artigo 308 do CP, com aplicação da pena no 
patamar mínimo; (ii) a fixação de regime aberto, eis que não 
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
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16ª VARA CRIMINAL
AV. DR. ABRAHÃO RIBEIRO, Nº 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
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houve emprego de violência ou grave ameaça; e, enfim (iii) o 
direito a eventual recurso em liberdade, por este processo. 
Na sequência, pela MMª Juíza foi proferida a seguinte 
sentença: IRINALDO JESUS DE NOVAIS, qualificado nos autos, 
está sendo processado como incurso no artigo 297, “caput”, 
c.c. artigo 29, ambos do Código Penal, porque, segundo 
consta da denúncia, entre outubro de 2015 e janeiro de 2016, 
no centro, nesta Cidade e Comarca, terceira pessoa 
falsificou documento público, qual seja, uma carteira de 
identidade, em nome de Ednaldo Jesus de Novais, documento 
esse do qual o réu fez uso em 12 de janeiro de 2016, na 
Avenida Maria Coelho Aguiar, altura do nº 200, nesta 
Capital.
Consta, ainda, que o acusado concorreu material e moralmente 
para o crime acima narrado, na medida em que forneceu sua 
fotografia para ser colocada no documento falso e o 
encomendou, pagando por ele. A denúncia foi recebida, o réu 
foi citado e apresentou defesa preliminar. Em audiência foi 
ouvida uma testemunha comum, sendo o réu interrogado. Ao 
ensejo do artigo 402 do Código de Processo Penal, nada foi 
requerido. Em debates, a Dra. Promotora de Justiça pediu a 
condenação do réu nos termos da denúncia. Ao seu turno, o 
Ilustre Defensor pediu absolvição, com fundamento no artigo 
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
COMARCA DE SÃO PAULO
FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
16ª VARA CRIMINAL
AV. DR. ABRAHÃO RIBEIRO, Nº 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
Horário de Atendimento ao Público: das 12h30min às19h00min
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386, incisos III ou VII, do Código de Processo Penal. 
Subsidiariamente, requereu a desclassificação para o delito 
previsto no artigo 308 do Código Penal, a fixação de regime 
aberto para início de cumprimento de pena e o direito de 
apelar em liberdade. Relatei. Decido. Trata-se de ação 
penal instaurada em face de IRINALDO JESUS DE NOVAIS, porque 
praticou o delito previsto no artigo 297, “caput”, c.c. 
artigo 29, ambos do Código Penal. A materialidade delitiva 
está demonstrada pelo auto de exibição e apreensão de fls. 
27, e laudo documentoscópico de fls. 46/49, onde os senhores 
peritos concluíram que é falsa a carteira de identidade 
apreendida. Interrogado em Juízo, o réu preferiu o silêncio. 
Todavia, na fase inquisitiva, a fls. 09, admitiu que na 
região central de São Paulo comprou o documento por 
quatrocentos reais, entregando sua fotografia para que nele 
fosse aposta, e pretendia utilizá-lo para comerciar, já que 
se encontrava com dívidas pendentes na praça. Ouvido nesta 
data, o policial civil Julio Celio de Oliveira atestou que, 
pelo que se recordava, o réu foi abordado, porque localizado 
em razão de informação de que um indivíduo, naquela região 
estaria usando documento falso para abertura de conta em 
banco. Na oportunidade, o réu apresentou a carteira de 
identidade em nome de terceira pessoa para identificar-se. 
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COMARCA DE SÃO PAULO
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16ª VARA CRIMINAL
AV. DR. ABRAHÃO RIBEIRO, Nº 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
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Todavia, acabou admitindo que o documento era falso e que de 
fato postulava abertura de conta bancária. No documento 
estava aposta sua fotografia e a falsidade não era 
grosseira. Dali seguiram até o estabelecimento comercial 
pertencente ao réu, onde localizaram seu verdadeiro 
documento e seguiram para a Delegacia de Polícia. Ante a 
prova assim realizada verifica-se que o documento exibido 
pelo réu a confirmar a identificação era falso, sendo que o 
policial civil ouvido em Juízo confirmou que não se tratava 
de falsificação grosseira, de modo que era possível enganar 
o homem médio. Tratando-se de documento falso, inviável a 
desclassificação para o delito previsto no artigo 308 do 
Código Penal, que trata do uso de documento original por 
pessoa que não é seu titular. A exibição do documento se deu 
durante a abordagem policial, conforme se depreende da prova 
testemunhal, sendo irrelevante que o policial tenha exigido 
ou não a sua exibição. Aliás, o próprio réu admitiu em sede 
inquisitiva que comprou a carteira de identidade para 
realizar comércio, visto que tinha dívidas pendentes. 
Evidente, portanto, que tinha ciência da falsidade do 
documento, que adquiriu para burlar as normas vigentes. Não 
pensa diferente o Superior Tribunal de Justiça: "Para 
configuração do delito é indiferente que o documento falso 
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AV. DR. ABRAHÃO RIBEIRO, Nº 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
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sai da esfera do agente por iniciativa dele próprio ou por 
exigência da autoridade porque o crime se tipifica se o 
documento falso for empregado em sua específica destinação 
probatória, como evidencia dos fatos juridicamente 
relevantes a que seu conteúdo se refere, fazendo passar por 
autêntico ou verídico (RT-67/364); Pratica o crime 
capitulado no artigo 304 do CP, aquele que conduz veículo 
portando carteira de habilitação falsa, não importando as 
circunstâncias do conhecimento da autoridade policial 
(RT-675/424). Por fim, não há que se falar em atipicidade em 
razão de a conduta do acusado estar acobertada pelo 
princípio da autodefesa. É certo que o réu pode, num 
instinto de autodefesa, empreender fuga, não lhe é dado o 
direito de cometer outros delitos, em nome de sua defesa. 
Deste modo, a conduta é típica, vez que idônea a ofender a 
fé pública. Passo à dosagem da pena. Atendendo às diretrizes 
contidas no artigo 59 do Código Penal, fixo a pena base em 
02 (dois) anos de reclusão e multa de 10 (dez) dias-multa, 
calculados cada qual em um trigésimo do maior salário mínimo 
vigente ao tempo do cometimento do delito, com correção 
monetária desde aquela época. Não existem circunstâncias 
agravantes ou atenuantes a considerar. Não existem causas de 
aumento ou de diminuição de pena a aplicar. Ante o exposto, 
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COMARCA DE SÃO PAULO
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AV. DR. ABRAHÃO RIBEIRO, Nº 313, São Paulo-SP - CEP 01133-020
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julgo a ação PROCEDENTE e CONDENO IRINALDO JESUS DE NOVAIS, 
qualificado nos autos, a pena de 02 (dois) anos de reclusão 
e multa de 10 (dez) dias-multa, calculados cada qual em um 
trigésimo do maior salário mínimo vigente ao tempo do 
cometimento do delito, com correção monetária desde aquela 
época, por infração ao artigo 304, cc artigo 297, “caput”, 
ambos do Código Penal, nos termos do artigo 383 do Código de 
Processo Penal. A pena privativa de liberdade será cumprida, 
inicialmente, em regime aberto. Presentes os requisitos 
legais, substituo a pena privativa de liberdade por 
restritiva de direitos, consistente em prestação de serviços 
à comunidade em entidades públicas, na razão de uma hora de 
tarefa por dia de condenação, em estabelecimento a ser 
fixado pelo Juízo das Execuções Criminais e multa de 10 
(dez) dias-multa, calculados como acima descrito, sem 
prejuízo da multa anteriormente imposta. Após o trânsito em 
julgado lance-se o nome do réu no rol dos culpados e realize-
se audiência admonitória. Sentença publicada em audiência. 
Saem os presentes cientes e intimados. Oportunamente, 
arquivem-se os autos. Nada Mais. Eu, ____(José Carlos Amador e 
Silva Matos), escrevente digitei e subscrevi. 
MMª Juíza:
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FORO CENTRAL CRIMINAL BARRA FUNDA
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Ministério Público:
Defesa:
Réu:
DOCUMENTO ASSINADO DIGITALMENTE NOS TERMOS DA LEI 11.419/2006, 
CONFORME IMPRESSÃO À MARGEM DIREITA
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