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Manejo Químico em Pimentão Capsicum annuum Jaine Marques, Marcos Pablo e Raéder Correia Por que escolher métodos químicos como estratégia para o controle de doenças fitopatológicas e vetores? Especificidades do Patógeno Custos Ambientais Por que escolher métodos químicos como estratégia para o controle de doenças fitopatológicas e vetores? • Época de Aplicação Curativos e preventivo • Persistência Residual Curto, Médio, Longa duração • Natureza Química (Origem) Orgânico ou Inorgânico • Alvo Bactericida, fungicida, Virucida, nematicida 25+ • Mecanismo de Ação Protetores ou Residuais, Contato, Sistêmico, Ingestão, Fumigantes Classificações Classificações • Grupos Químicos Organoclorados, organofosforados, carbamatos, piretroides, fenoxiaceticos, dinitrofenois e clorofenois. • Estrutura Física Sólido, Líquido ou Pastoso. • Formulações Diluições em água, diluição em solventes orgânicos, aplicação direta, tratamento de sementes, especiais. • Toxicidade Toxicidade • Teste de Germinação de esporos DE50 – Dose Efetiva para matar 50% dos esporos “in Vitro” ou em Casa de Vegetação. • Teste com Animais em Laboratório DL50 – Dose do produto para matar 50% da população teste. Antracnose Colletotrichum gloeosporioides • Folhas: apresentam manchas necróticas marrons, secas e irregulares, sem um aspecto característico. • Hastes: Lesões estriadas e escuras. • Frutos: Lesões negras, com anéis concêntricos, massas de esporos nos anéis mais claros, centrais. Antracnose Colletotrichum gloeosporioides Conidioma de Colletotrichum: (A) setas escuras típicas (B) conídios ovóides • O fungo é caracterizado pela formação de estruturas de frutificação com hifas agregadas; • Seu desenvolvimento ocorre abaixo da epiderme do hospedeiro, que se rompe e expõe os conídios para que possam ser dispersos; • O patógeno pode ser transmitido por sementes e é capaz de sobreviver em restos culturais; • Dispersão em campo através da água; • Ciclo de vida: Deposição do esporo, aderência no tecido do hospedeiro, emissão do tubo germinativo e apressório, penetração de forma direta pela ação do grampo de infecção que rompe o tecido; • Capacidade de Infecção vai depender do estágio de maturação do fruto. Controle Químico: Aplicar fungicidas protetores desde o início da cultura. EX: Cercobin 700WP, Orkestra SC, Cobre Fersol, Cuprozed, Fortuna 800WP, Topsin 500 SC Antracnose Colletotrichum gloeosporioides ✓Cercobin 700 WP • Toxicológica – I (extremamente tóxico) • Ambiental - II (produto muito perigoso) ✓Orkestra SC • Toxicológica - III (medianamente tóxico) • Ambiental - II (produto muito perigoso) Requeima do pimentão Phytophthora capsici RAÍZES/COLO: Podridão do sistema radicular e do colo, internamente, observa-se necrose e coloração marrom-escura do tecido vascular. FOLHAS/RAMOS: necrose, murcha, amarelecimento e queda, lesões com aparência encharcada e coloração verde-escura. FRUTOS: formação de lesões encharcadas, de coloração verde-escura, com limites definidos, apodrecimento e mumificação. Requeima do pimentão Phytophthora capsici • A infecção se inicia no campo a partir de oósporos sobreviventes no solo ou em restos culturais. • Deve-se considerar que um oósporo ao germinar dá origem a pelo menos um esporângio, e que este sob condições adequadas de umidade pode formar de 25 a 35 zoósporos. • Estes zoósporos, deslocando-se através da água de irrigação ou de chuva, ao entrarem em contato com a planta, germinam e penetram colonizando os tecidos da raiz e do caule. Requeima do pimentão Phytophthora capsici Controle Químico: O emprego dos fungicidas deve ser feita principalmente quando as condições são favoráveis para o patógeno, logo após as chuvas finas e intermitente, as plantas devem ser pulverizadas previamente. EX: Fore NT, RedShield 750, Contact, Ellect ✓ Fore NT •Toxicológica - I (extremamente tóxico) • Ambiental - II (produto muito perigoso) ✓RedShield 750 • Toxicológica - III (medianamente tóxico) • Ambiental - III (produto perigoso) Macha Bacteriana Xanthomonas campestris Sintomas: Manchas de formato irregular em frutos e folhas, possível desfolhamento parcial ou total, frutos podem não se desenvolver. Pústula Bacteriana Xanthomonas campestris • Gram-negativa em forma de bastonete; • Capacidade de transferir proteínas bacterianas para a planta; • Mesófila com temperatura ótima a 25-30 graus Celsius e inativa em temperaturas abaixo de 10 graus Celsius. Pústula Bacteriana Agente causal: Xanthomonas campestris Foto: Francisco Marto Pinto Viana Controle Químico: Pulverização das plantas saudáveis com fungicidas de cobre pode reduzir a propagação das bactérias no campo. EX: Kasumin, Tutor ✓ Kasumin •Toxicológica - III (medianamente tóxico) • Ambiental - III (produto perigoso) Podridão mole Erwinia carotovora • FRUTO: Apodrecimento úmido e mole; • CAULE: Aspecto aquoso, apodrecimento e murcha da parte aérea; • FOLHA: Murcha, amarelecimento e desprendimento. Podridão mole Erwinia carotovora • Bactéria Anaeróbica, Mesofílica. A infecção ocorre através de ferimentos provocados por insetos. • Se reproduzem nos tecidos do parênquima ou no espaço intracelular, causando a degradação dos órgãos e tecidos. • Temperatura ideal: 20 a 35 °C. Umidade relativa do ar alta é favorável ao crescimento da bactéria, além de solos mal drenados e adubação desequilibrada com excesso de nitrogênio. Podridão mole Erwinia carotovora Controle Químico: Durante as fases com mais possibilidade de contaminação, crescimento vegetativo, frutificação, pós-colheita/ armazenamento, germinação. EX: Cobox DF, Funguran ✓ Cobox DF • Toxicológica - IV (pouco tóxico) • Ambiental - III (produto perigoso) Vira-Cabeça Agente causal: Thysanoptera • Folhas: arroxeamento ou bronzeamento das folhas, ponteiro virado para baixo, redução geral do porte da planta • Hastes: lesões necróticas. • Frutos: Quando maduros, apresentam lesões anelares concêntricas. Vira-Cabeça Agente causal: Thysanoptera • O vírus é adquirido pelo vetor no segundo estádio larval. O inseto, ao atingir o estádio adulto, transmite o vírus para uma planta sadia durante a alimentação. • O vírus é retido pelo vetor durante todo o seu ciclo de vida, entretanto, não é transmitido para a progênie. Vira-Cabeça Agente causal: Thysanoptera Controle Químico: Para infestações elevadas deve-se realizar pulverizações de inseticida sistêmico antes do início da florada e após a mesma quando os frutos estão ainda pequenos. Ex: CaLypso, Actara, Acrux ✓ Actara 250 WG • Toxicológica - III (medianamente tóxico) • Ambiental – III (produto perigoso) ✓CaLypso • Toxicológica – II (altamente tóxico) • Ambiental - III (produto perigoso) Nematóide das Galhas Meloidogyne javanica • Raiz: Hipertrofia e hiperplasia e formação de galhas o desenvolvimento da parte aérea, podendo causar sérios prejuízos na quantidade e qualidade dos frutos; • Parte Aérea: Redução do crescimento e amarelecimento das folhas. Nematóide das Galhas Meloidogyne javanica Os nematóides-das-galhas são endoparasitas que ao penetrarem nas raízes das plantas estabelecem um sítio de alimentação e a formação de células gigantes ao redor deste sítio. Paralelamente ocorre a formação das galhas nas raízes que são sintomas característicos devido a penetração e infecção por Meloidoygne. Nematóide das Galhas Meloidogyne javanica Controle Químico: Constitui-se prática de grande eficácia, principalmente visando uma resposta rápida para redução populacional abaixo do nível de dano. Ex: Aba ✓ Abamectin 1,8 EC • Toxicológica– III (altamente tóxico) • Ambiental – III (produto perigoso) Manejo Químico em Pimentão Capsicum annuum Jaine Marques, Marcos Pablo e Raéder Correia Dúvidas?