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MINUTA Fundo de participação dos Municipios e estados doc

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAU
PRÓ REITORIA DE ENSINO E GRADUAÇÃO
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
LARA BRAGA TIAGO
MARIA APARECIDA GONÇALVES DE MELO
ROSIANE ALVES BARROS
SABRINA SOUSA MORAES
THALIA KELLY LOURENÇO FERREIRA
FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICIPIOS E ESTADOS
SOBRAL
2017
LARA BRAGA TIAGO
MARIA APARECIDA GONÇALVES DE MELO
ROSIANE ALVES BARROS
SABRINA SOUSA MORAES
THALIA KELLY LOURENÇO FERREIRA
FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICIPIOS E ESTADOS
Trabalho apresentado a disciplina de Contabilidade Governamental II do curso de Graduação de Ciências Contábeis da Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, como requisito para obtenção de nota referente a 3° AP. 
Orientador (a): Prof. Francisca Francivânia R.R. Macêdo, Dra
SOBRAL
2017
SUMÁRIO
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS 
SISTEMA DE TRANSFERÊNCIAS FEDERAIS BRASILEIRO
Fundo de Participação dos Municípios (FPM)
Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) 
Fundo de Compensação pelas Exportações de Produtos Industrializados (IPI Exportações) 
Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE
CLASSIFICAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS 
Transferências como instrumento de política fiscal segundo seus objetivos 
Transferência em função de sua característica no orçamento de quem cede Transferências pelo receptor 
DILEMAS EM SISTEMAS DE TRANSFERÊNCIAS 
Centralização versus Descentralização 
Autonomia versus vinculação 
Transferências legais versus discricionárias 
FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS 
EMBASAMENTO LEGAL
FLUXO DE RECURSOS DAS TRANSFERÊNCIAS DO FPM
PERIODICIDADE DAS TRANSFERÊNCIAS DO RECURSO DO FPM
PERCENTUAL DA ARRECADAÇÃO DOS IMPOSTOS DESTINADO AO FPM 
CÁLCULO E ESTRUTURA DOS COEFICIENTES DO FPM 
CRITÉRIOS DO FPM
Critérios para a distribuição do FPM
Critérios para o cálculo dos coeficientes das capitais
Critérios para o cálculo dos coeficientes da reserva
Critérios para o cálculo dos coeficientes do interior
DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES TEMPESTIVAS SOBRE AS TRANSFERÊNCIAS DO FPM
VALOR DO REPASSE DO FPM PARA O MUNICÍPIO
EVOLUÇÃO DOS REPASSES DO FPM
 DESCONTOS E RETENÇÕES QUE INCIDEM SOBRE O FPM
 FPM, EFICIÊNCIA FICAL DE ADMINISTRATIVA
FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS
EMBASAMENTO LEGAL
3.2 NOVOS CRITÉRIOS DE REPARTIÇÃO DO FPE – LC 143/2013
3.2.1 Alterações da LC 62/1989
3.2.2 Alterações do CTN
3.2.3 Alterações Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União
3.3 FLUXO DE RECURSOS
3.4 FISCALIZAÇÃO DO USO DOS RECURSOS DAS TRANSFERÊNCIAS FISCAIS
3.5 PERIODICIDADE DAS TRANSFERÊNCIAS DO RECURSO DO FPE
3.6 PERCENTUAL DA ARRECADAÇÃO DOS IMPOSTOS DESTINADO AO FPE
3.7 CRITÉRIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO DO FPE
3.8 DESCONTOS E RETENÇÕES INCIDEM SOBRE O FPE
3.9 DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES TEMPESTIVAS SOBRE AS TRANSFERÊNCIAS DO FPE 
3.10 VALOR DO REPASSE DO FPE PARA O MEU ESTADO
3.11 EVOLUÇÃO DOS REPASSES DO FPE
3.12 EFEITO DA LEI DE REPATRIAÇÃO DE ATIVOS NAS TRANSFERÊNCIAS DO FPE
3.13 TRANSFERÊNCIAS DO FPE A PARTIR DA VIGÊNCIA DA LC 143/2013
3.14 INDICADORES FREQUENTES NAS ANÁLISES E CRÍTICAS SOBRE O FPE 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CONTEXTUALIZAÇÃO
O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é o principal instrumento equalizador da capacidade de dispêndio entre os municípios e de fundamental importância devido às acentuadas desigualdades no potencial de arrecadação geradas pela concentração, tanto da renda, quanto da distribuição espacial da produção no Brasil, que contribuem para acentuar as já intensas desigualdades sociais
O FPE – Fundo de Participação dos Estados, temo papel de promover o equilíbrio socioeconômico entre os Estados, atuando como um mecanismo de equalização.
Com o repasse do FPE que é uma alíquota da arrecadação do Imposto de renda mais o IPI, o montante transferido a cada período é diretamente proporcional ao desempenho da arrecadação liquida destes impostos no período anterior.
Ao longo dos anos existiram mudanças nesses repasses, pois os mesmos foram sendo aperfeiçoados de acordo com as necessidades que surgiram.
Logo mais trataremos com mais profundidade sobre as discursões a respeito dessas importantes transferências, suas vantagens, os dilemas enfrentados nesses Sistemas e suas possíveis melhorias, as alíquotas e os critérios utilizados para distribuição do FPM, deixando bem claro como ocorre esses repasses, quem fiscaliza, como é feita a divisão dos Municípios e os percentuais de cada um, porque os mesmos são divididos em capitais, interior e Reserva, assim diferenciamos o valor que cada um recebe e como se enquadrar nestas categorias.
TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS
Segundo a Controladoria Geral da União - CGU (2012), com o objetivo de amenizar as desigualdades regionais e promover o equilíbrio socioeconômico, dentre as principais transferências constitucionais da União para os estados, o Distrito Federal e os municípios, previstas na Constituição, destacam-se: o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal - FPE; o Fundo de Participação dos Municípios - FPM; o Fundo de Compensação pela Exportação de Produtos Industrializados - FPEX; o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB; o Imposto sobre Operações Financeiras - IOF; e o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR.
Já as transferências legais “são regulamentadas através de leis específicas. Essas leis determinam a forma de habilitação, transferência, aplicação de recursos e prestação de contas” (INSTITUTO LEGISLATIVO BRASILEIRO, 2005). A essa modalidade pertencem o Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar - PNATE, o Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE, o Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos, entre outros (CGU, 2012). 
As transferências legais são dividas em: Transferências Automáticas (Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE, Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE) e Transferências Fundo a Fundo (Sistema Único de Saúde – SUS e Fundo Nacional de Assistência Social – FNAS) (TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - TCU, 2005).
SISTEMA DE TRANFERÊNCIAS FEDERAIS BRASILEIRO
A União, os estados e os municípios compõem a estrutura democrática de poder da República Federativa do Brasil com autonomia para deliberarem a favor da população brasileira sobre questões relacionadas às políticas públicas, visando ao direcionamento dos recursos públicos, de forma a promovê-las em prol de objetivos comuns.
Para promover o desenvolvimento socioeconômico e suprir a demanda por serviços públicos de suas respectivas populações, os municípios contam com os recursos repassados pela União e pelo respectivo estado, através de transferências constitucionais, legais e voluntárias, que complementam as suas receitas.
Fundo de Participação dos Municípios (FPM)
O FPM é um importante instrumento para as finanças municipais, particularmente nos pequenos municípios sem uma máquina arrecadatória própria. O FPM vem de 22,5% do IR e IPI líquidos. 
São distribuídos 10% para as capitais, 86,4% para os demais municípios e 3,6% para os municípios do interior com mais de 142 mil habitantes. Os coeficientes são divulgados pelo Tribunal de Contas da União - TCU e elaborados com os dados anuais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. 
Nas capitais leva-se em consideração a população com o inverso da renda per capita do estado. Antes da Lei Complementar nº 62, o somatório do FPM de um estado aumentava pelo aumento do número de municípios.
Depois da referida lei complementar, o valor do FPM do estado fica constante, ou seja, os municípios do estado recebem menos proporcionalmente. 
O total de 2000 foi de 12,8 bilhões ou 1,16% do PIB. Os maiores valores per capita são os da Região Nordeste, Sule Norte. A segunda região mais rica do Brasil, o Sul, aumentou sua participação no FPM com a criação de municípios antes da Lei Complementar nº 62. 
 Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE)
A Constituição de 1988 determinou que a partir de 1993, 44% do produto arrecadado por meio do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sejam destinados aos fundos da seguinte forma: 21,5% ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (STN, 2009).
O estabelecimento dos Fundos no direito brasileiro encontra-se previsto no art. 71, da Lei n° 4.320/64: “art. 71 - Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação".
O rateio do FPE ante os Estados e o Distrito Federal era efetuado com base nas variáveis área física, população e renda per capita entre o período de 1965 até 1989. A partir de 1990, com a publicação da Lei nº 62, de 28 de dezembro de 1989, foram revogados os critérios estabelecidos em 1965. A partir daí foi fixada uma tabela que determina os percentuais destinados a cada ente federado (VILELLA, 1994).
As transferências de recursos são importantes para a redução de desigualdades regionais no país. Conti 2001, classifica as transferências em: participação direta e participação indireta ou em fundos. 
Na direta, uma parcela de um tributo arrecadado por um ente federado deve ser transferida a outro. Já na indireta ou por fundos, as parcelas de tributos formam o montante de valor para aplicação de índices específicos para cada Estado e Distrito Federal no cálculo para encontrar o valor de cada ente.
O FPE, portanto, tem por objetivo distribuir recursos visando diminuir a diferença no montante dos recursos e não deve substituir o esforço dos Estados em Arrecadação Própria.
O Governo, para dispor de receita financeira, institui tributos ou impostos e tem sua incidência em fatos geradores em produtos e serviços os quais são taxados de acordo com a essencialidade do bem. A Constituição Federal prevê a competência de cada nível de governo sobre a criação e cobrança dos impostos, como o IPI é de competência da União, já o Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a autonomia de taxar e cobrar é dos Estados e o Imposto Sobre Serviços (ISS) a competência de sua instituição é dos Municípios.
O Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) é cobrado sobre as operações que caracterizam a modificação da natureza, do funcionamento, do acabamento, da apresentação ou da finalidade do produto, ou o aperfeiçoamento para consumo, exercido sobre matéria-prima ou produto intermediário, que importe na obtenção de produto distinto, nova transformação.
O IPI é seletivo, ou seja, para estimular o consumo de certo produto o governo poderá isentá-lo do imposto ou reduzir sua alíquota a zero. Podem ser adotadas alíquotas extraordinárias em produtos que se queira reduzir o consumo como bebidas, cigarros e produtos de luxo.
O Imposto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR) é um imposto de competência da União, e é cobrado sobre a renda ou proventos de qualquer natureza, as pessoas físicas pagam sobre a renda as alíquotas de 15% a 27,5%, sobre ganhos de capital 15% e sobre rendimentos de aplicações financeiras 20%.
As pessoas jurídicas recolhem sobre o Lucro Real alíquota única de 15% com adicional de 10% sobre a base de cálculo acima de determinado montante. Sobre o
Faturamento ou Receita Bruta quando a empresa opta pelo pagamento do imposto por Lucro Presumido e o percentual de presunção oscila entre 1,6% e 32%.
O Simples Nacional recolhe o IR conforme legislação específica. As pessoas físicas e jurídicas recolhem mensalmente o imposto e na declaração anual entegue à Secretaria da Receita Federal faz-se o abatimento do que já foi recolhido e se houver valor remanescente deve ser recolhido o complemento. 
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) é um fundo de natureza contábil, instituído no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, com a finalidade exclusiva de financiar projetos e programas do ensino fundamental, criado pela Emenda Constitucional nº 14/96 e regulamentada pela Lei nº 9.424/96.
O FUNDEB substituiu o FUNDEF, que vigorou até o fim de 2006, e permitia investimentos apenas no Ensino Fundamental nas modalidades regular e especial, ao passo que o FUNDEB vai proporcionar a garantia da Educação Básica a todos os brasileiros, da creche ao final do Ensino Médio, inclusive àqueles que não tiveram acesso à educação em sua infância.
O Fundo de Participação dos Estados (FPE) participa com 20% na composição do FUNDEB. No valor do FPE repassado aos Estados e Distrito Federal já encontra-se descontado os 20% do FUNDEB.
Fundo de Compensação pelas Exportações de Produtos Industrializados (IPI Exportações)
O Fundo de Incentivos à Exportação é um instrumento fiscal para fomento das exportações e desoneração da carga tributária sobre as exportações. O IPI exportação é 10% do IPI para os Estados como incentivo às exportações. As parcelas estaduais do fundo são determinadas pelo Tribunal de Contas da União – TCU com base no total exportado.
	O Fundo de Compensação pela Exportação de Produtos Industrializados foi instaurado pela Constituição de 1988. É composto por 10% da arrecadação do IPI e é distribuído proporcionalmente às exportações de cada estado A outra transferência foi criada em 1996 pela LC nº 87, a chamada Lei Kandir, estendendo a desoneração aos semi-elaborados, aos bens de capital e aos produtos de consumo próprio das empresas. Para as duas transferências, a legislação manda que os governos estaduais repassem 25% aos seus municípios.
Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE
A CIDE - Estadual incide sobre a importação e comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível. 
Está na Constituição e foi regulamentada pela Lei nº 10.336/2001. A CIDE será destinada ao pagamento de subsídios aos preços finais de álcool, gás e petróleo (e de seus derivados), financiamento de projetos ambientais para a indústria do petróleo (e gás) e financiamento em infraestrutura de transportes. 
A União repassa aos estados 29% da CIDE para aplicação em programas de infraestrutura de transporte. Para cada estado, 25% são destinados aos seus municípios. 
 O rateio com os estados é 40% proporcionalmente ao tamanho pavimentado da malha viária federal e estadual no estado, 30% proporcional ao consumo de combustível, 20% proporcional à população e os restantes 10% distribuídos igualmente entre os estados. 
O valor para os municípios é distribuído 50% com os mesmos critérios de distribuição do FPM e 50% de acordo com a população.
CLASSIFICAÇÃO DAS TRANSFERÊNCIAS
Transferências como instrumento de política fiscal segundo seus objetivos
As Transferências enquanto instrumentos de política fiscal podem ser de devolução tributária, equalização e viabilizadoras de políticas sociais. 
As transferências são de devolução tributária quando equilibram verticalmente a capacidade do gasto, dada a tendência de uma maior concentração de recursos nos níveis superiores de governo. Cabe aos entes inferiores a parcela diretamente vinculada a sua própria base tributária. 
	Como as bases tributárias estão distribuídas de forma desigual e há diferentes performances de arrecadação entre as regiões, os entes superiores redistribuem uma parcela da receita arrecadada objetivando minimizar as desigualdades entre essas mesmas regiões, quando, portanto, as transferências são para equalização. Redistribuição no sentido de trazer para as unidades subnacionais receitas que de outra forma eles não teriam como arrecadar. Essas receitas não guardam relação com suas bases tributárias. 
Assim é redistributiva toda receita que não é devolução. Programas dedespesa com caráter nacional que exigem, dada a sua magnitude, uma gestão centralizada de recursos, porém com a execução descentralizada, exigem um mecanismo de distribuição de recursos. É recomendado um aporte de recursos indutor de um patamar superior de gasto por parte dos governos subnacionais, recursos estes normalmente vinculados aos objetivos propostos pelo programa, aqui às transferências adquirem um caráter de viabilizar políticas setoriais.
Transferências em função de sua característica no orçamento de quem cede Transferências pelo receptor
Quando a lei especifica os critérios de origem e de distribuição dos recursos, as transferências são legais. E, se por outro lado, são frutos de uma negociação entre os governos centrais e subnacionais, são discricionárias. Estas têm um caráter suplementar e são talhadas para situações excepcionais, por serem por sua natureza mais flexíveis. 
As transferências pelo receptor são livres quando alocadas de forma soberana equalizando a capacidade de gasto entre jurisdições e vinculadas quando complementam ou compõem financeiramente um programa de gasto específico. Proporcionam certa uniformidade de gastos per capita entre jurisdições.
DILEMAS EM SISTEMAS DE TRANSFERÊNCIAS
Apresentaremos alguns dilemas enfrentados por quaisquer sistemas de transferências. As questões comentadas a seguir são sobre políticas de descentralização, autonomia dos entes subnacionais e transferências legais.
Centralização versus Descentralização
É comum a concentração da arrecadação e da receita por parte do governo central. Como também é comum o governo central exercer o papel de redistribuição desses recursos para os governos subnacionais. De um modo geral, os sistemas de transferências intergovernamentais têm objetivos comuns de redução das desigualdades regionais, sejam essas desigualdades surgidas por uma distribuição heterogênea de recursos naturais ou de produção.
 A consequência lógica dessa constatação é o aprofundamento da discussão sobre a dependência financeira dos governos subnacionais. Assim, a questão centralização versus descentralização fiscal passa para a agenda dos debates recentes sobre o setor público. 
Afonso 12, analisando a literatura sobre o tema, cita a tese de que federações com maiores áreas territoriais e níveis mais elevados de renda tendem a ter um maior grau de descentralização. Outra tese discordante é a de que não há padrão explicativo para o grau de descentralização em nações industrializadas, mas é nítida a crescente participação das transferências nos orçamentos dos entes subnacionais. A participação relativa dos diversos níveis de governo na arrecadação total e a participação dos grants nas finanças subnacionais não nos fala por si só e diretamente sobre a capacidade de decisão das administrações estaduais e municipais sobre os gastos. 
Dessa forma, vale ressaltar a importância das restrições colocadas na estrutura dos grants frente à autonomia dos governos subnacionais.
Autonomia versus Vinculação
Qualquer esquema montado com o objetivo de analisar o sistema de transferência brasileiro falha quando não revela explicitamente as várias combinações possíveis de transferências livres (e também vinculadas) na transição do nível de receita própria para disponível. 
É de fundamental importância em sistemas federativos a questão da autonomia dos entes subnacionais. Essa autonomia é afetada diretamente pela vinculação ou não de receitas de transferências. Indo mais a fundo, são duas orientações básicas. 
A primeira é a da autonomia plena, a outra orientação é a da vinculação de receitas. Na autonomia plena, transfere-se para o processo orçamentário local a decisão plena do gasto tanto da arrecadação local quanto da receita de transferências. 
Este é o enfoque do atual sistema brasileiro. Os repasses são livres de condicionamentos, então o problema consiste em basicamente encontrar os adequados critérios de distribuição para os entes subnacionais. 
Portanto, também há a suposição de que a administração local está apta a alocar os recursos transferidos. A ideia é a da modulação da capacidade do gasto per capita entre os entes. Embora de conteúdo bastante simples, subentende-se que os governos subnacionais se deparam com perfis semelhantes de necessidades. Contudo, uma grande diferenciação nos níveis de renda e graus de desenvolvimento é um dado diferenciador das demandas enfrentadas por cada ente. 
Um outro ponto é a diferenciação dos problemas causados por graus diversos de urbanização ou metropolização.
Podemos citar ainda que se tornam bem diferentes os espaços impactados por diferentes taxas de crescimento populacional, mesmo com níveis semelhantes de renda. Demandas adicionais surgem em locais de crescimento acelerado e acabam por não serem capturadas pelos critérios de renda per capita. A saída poderia ser sofisticar os critérios de rateio com a introdução de elementos que levassem em conta os problemas da urbanização. 
A utilização da renda per capita nos critérios de rateio é manifestamente insatisfatória como parâmetro, dada a elevada desigualdade intra-estadual. A própria desigualdade inter-regional serve de defesa para o modelo vigente, pois se torna bastante complexa estabelecer adequadamente uma política pública em nível nacional. Assim cada localidade se torna o campo adequado para escolher as prioridades de gasto. 
A outra orientação é a da vinculação de receitas. Supõe-se que todas as transferências são do poder central e de que são por ele concedidas aos entes subnacionais. Sendo assim, o governo central, em princípio, teria o direito de determinar o uso dos recursos, pelo menos em algum grau. 
Portanto, teríamos a vinculação das receitas de transferências a determinados tipos de gasto. Entre nós, essa experiência não nos traz boas recordações. Vinculações de receitas utilizadas pelos governos militares nos deixaram um legado de experiências bastante infelizes. No entanto, recentemente, com os bons resultados alcançados por experimentos na educação e na saúde levaram a uma menor rejeição dessa opção. 
Essa opção pode de fato ajudar em uma repartição eficiente de recursos. Nas áreas em que as demandas podem ser identificadas quantitativamente, o condicionamento do gasto possibilita a uma alocação ótima. O FUNDEF era o exemplo mais claro. Alternativamente podemos lançar mão dos seguintes vínculos, segundo Prado13
Transferências legais versus discricionárias
Uma outra questão que também afeta a autonomia diz respeito às transferências discricionárias ou voluntárias dos governos superiores para os inferiores. 
	Há uma percepção geral de que esse mecanismo gera efeitos com custos muito superiores aos seus benefícios. Esse mecanismo adquiriu importância no cenário das relações intergovernamentais brasileiras durante os anos 1990. 
Há motivos objetivos para a utilização desse mecanismo de repasse? Esse tipo de transferência fica fora do sistema legal de partilha, sendo condicionado pela sua natureza discricionária. Os recursos são repassados dos orçamentos dos entes superiores, via convênios, para os entes inferiores, para obras ou outras despesas, a tempo certo, classificadas como correntes. 
	Como se pode notar, é retirada qualquer autonomia da decisão e do gasto dos governos subnacionais. É comum, na realidade, a utilização de ambos os formatos – legais e discricionárias. Antes de serem alternativas que se equivalem, estão mais para transferências complementares uma da outra e não substituíveis. 
	As transferências legais têm por finalidade garantir recursos de forma regular, evitando a instabilidade que a incerteza do recebimento traz. Os convênios servem para dar flexibilidade, normalmente no curto prazo, na cobertura de despesas de caráter emergencial ou em investimentos específicos. Estes estão, por sua natureza, submetidos ao campo político como moeda de troca. Não servem para aumentar os recursos de transferências legais, pois atendem a despesas imprevisíveis e aleatórias.
2 FUNDODE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICIPIOS
2.1 EMBASAMENTO LEGAL (STN, 2012)
O Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza – IR –, de competência da União, já constava de nosso ordenamento jurídico na Constituição de 1946, em seu artigo 15, inciso IV. Outro imposto federal – o Imposto sobre Produtos Industrializados, IPI – foi instituído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1º de dezembro de 1965 (feita à Constituição de 1946), em seu artigo 11. Já o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) teve origem nesta mesma Emenda Constitucional, em seu artigo 21, que também exigia a regulamentação do Fundo através de Lei Complementar. Inicialmente, o FPM era formado por 10% do produto da arrecadação dos impostos sobre renda (IR) e sobre produtos industrializados (IPI), descontados os incentivos fiscais vigentes na época, restituições e outras deduções legais referentes a esses impostos. A regulamentação do FPM veio com o Código Tributário Nacional (CTN – Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966), no seu artigo 91, e o início de sua distribuição deu-se em 1967. O critério de distribuição do FPM era então baseado unicamente na população dos Municípios. 
Posteriormente, o FPM foi ratificado pela Constituição Federal de 1967 (Art. 26), que recepcionou a regulamentação do CTN. Pouco depois de promulgada a Constituição de 1967, foi baixado o Ato Complementar da Presidência da República nº 35, de 28 de fevereiro de 1967, que, dentre outras providências, categorizou os Municípios em Capitais e Interior, as Capitais recebendo 10% do montante total do FPM e o Interior o restante. Nova norma foi editada, o Decreto- Lei nº 1.881, de 27 de agosto de 1981, criando mais uma categoria de Municípios, denominada “Reserva”, para aqueles Entes com população superior a 156.216habitantes. A distribuição do FPM então ficou 10% para as Capitais, 3,6% para a Reserva e 86,4% para o Interior.
A Constituição de 1988 também ratificou o FPM (Art. 159, inciso I, alínea “b” e ADCT art. 34, § 2º, incisos I e III) e recepcionou a regulamentação do CTN, tendo ainda aumentado gradativamente o percentual de participação do FPM no IR e IPI dos 17% na época até o valor de 22,5% a partir de 1993 e solicitado, em seu artigo 161, inciso II, que Lei Complementar regulamentasse a entrega dos recursos do Fundo. Isto foi realizado pela Lei Complementar nº 62, de 28 de dezembro de 1989, que manteve o critério de repartição do CTN até 1991. Mais tarde, a Lei Complementar nº 71, de 3 de setembro de 1992, prorrogou o critério do CTN “até que lei específica sobre eles disponha, com base no resultado do Censo de 1991, realizado pela Fundação IBGE”. Outras Leis Complementares foram sendo sucessivamente aprovadas, dilatando até hoje, com alguns ajustes, o critério de repartição do CTN, a saber: nº 72, de 29 de janeiro de 1993; nº 74, de 30 de abril de 1993; nº 91, de 22 de dezembro de 1997; e nº 106, de 23 de março de 2001. 
Adicionalmente, a Emenda Constitucional nº 14, de 12 de setembro de 1996, por meio da alteração do Art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias –ADCT – criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF –, cuja fonte de recursos foi composta pela dedução de 15% nos repasses do Fundo de Participação dos Estados, do Fundo de Participação dos Municípios, da Lei Complementar 87/96, do ICMS estadual e do IPI-Exportação. Esta Emenda foi regulamentada pela Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, e os descontos do FUNDEF passaram a ser realizados a partir de janeiro de 1998. 
Mais tarde, a Emenda Constitucional nº 53, de 19 de dezembro de 2006, também por meio da alteração do Art. 60 do ADCT, substituiu o FUNDEF pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico e de Valorização do Magistério –FUNDEB –, cuja fonte de recursos incorporou novas transferências intergovernamentais obrigatórias, mantendo todas as anteriores, inclusive o FPM. Esta Emenda foi regulamentada pela Medida Provisória nº339, de 28 de dezembro de 2006, e os descontos correspondentes efetivados a partir de janeiro de 2007. A Medida Provisória foi transformada na Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. Atualmente, a dedução do FUNDEB é de 20% do valor do repasse. Uma alteração importante foi introduzida pela Emenda Constitucional nº 55, de 20 de setembro de 2007, que acrescentou a alínea “d” ao art. 159, inciso I, adicionando 1% ao percentual do FPM (que assim passou a ter alíquota de 23,5%); este percentual a mais, entretanto, seria acumulado na Conta Única do Tesouro Nacional ao longo de 12 meses, para ser entregue aos Municípios por seu valor integral no 1º decêndio de dezembro de cada ano. Mais informações sobre os fundos FUNDEF e FUNDEB podem ser encontradas na cartilha específica. Deve-se notar que, como o repasse do FPM é uma alíquota da arrecadação do IR mais IPI, o montante transferido a cada período é diretamente proporcional ao desempenho da arrecadação líquida desses impostos no período anterior.
2.2 FLUXO DE RECURSOS (STN, 2012)
Os contribuintes do Imposto de Renda – IR – e do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI – recolhem esses impostos regularmente na rede bancária, de acordo com a legislação pertinente. O montante dessa arrecadação é transferido por cada instituição financeira, conforme previsão contratual entre o banco e a Receita Federal do Brasil – RFB –, para a Conta Única do Tesouro Nacional – CTU. Os bancos repassam as informações relativas ao recolhimento efetuado para a RFB. Decendialmente, por meio de processamento eletrônico, a RFB classifica o montante da arrecadação bruta de tributos relativos ao período e das deduções correspondentes (restituições, retificações e compensações), se houverem, e também dos incentivos fiscais – Finor, Finam, Funres, PIN e Pro terra –, apurando, desta forma, a arrecadação líquida do período. Tais informações são registradas no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI.
Decendialmente, a Secretaria do Tesouro Nacional – STN – consulta no SIAFI as informações do decêndio anterior e transfere ao Banco do Brasil o valor global a ser repassado naquele período, o que, no caso do FPM, corresponde a 22,5% da arrecadação líquida do IR e do IPI. O Banco do Brasil, por sua vez, credita nas contas correntes dos Municípios os respectivos valores que lhes cabem, segundo percentuais calculados e informados anualmente pelo Tribunal de Contas da União – TCU –, até o último dia útil do ano anterior, com a dedução do valor correspondente ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB.
Adicionalmente, a STN credita numa conta específica do SIAFI 1% da mesma arrecadação líquida do IR e do IPI do decêndio anterior, quantias estas que vão sendo acumuladas desde o 1º decêndio de dezembro do ano anterior até o 3º decêndio de novembro do ano em curso; este total é então integralmente distribuído aos Municípios no 1º decêndio de dezembro do ano em curso, segundo os percentuais individuais de participação vigentes, e sem a dedução do FUNDEB.
2.3 PERIODICIDADE DAS TRANSFERÊNCIAS DO RECURSO DO FPM (STN, 2012)
De acordo com o art. 4º da Lei Complementar 62/1989, os valores relativos ao FPM devem ser creditados decendialmente aos Municípios, até os dias 10, 20 e 30 de cada mês, mediante crédito em conta aberta com essa finalidade no Banco do Brasil. Caso a data caia em fim de semana ou feriado, o repasse é antecipado para o primeiro dia útil anterior. O valor transferido toma por base a arrecadação líquida do IR e do IPI do decêndio anterior.
2.4 O PERCENTUAL DA ARRECADAÇÃO DOS IMPOSTOS DESTINADO AO FPM (STN, 2012)
Ao longo do tempo ocorreram várias mudanças na legislação relativa ao Fundo, grande parte ligada ao percentual da arrecadação do IR e do IPI reservado ao FPM. A Tabela 01 apresenta um resumo desses documentos.
Tabela 01: Variação temporal do percentual da arrecadação do IR e IPI destinado ao FPM
2.5 CÁLCULO E ESTRUTURADOS COEFICIÊNTES DO FPM (SANTOS, 2006)
Os coeficientes de participação individual dos municípios são calculados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a partir dos dados fornecidos pelo IBGE referentes a população e PIB per capita. A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) informa ao Banco do Brasil os valores a serem distribuídos pelo FPM, que então calcula as cotas individuais dos municípios a partir dos coeficientes fornecidos pelo TCU. Como a instituição do Redutor Financeiro é apenas um dispositivo temporário de acomodação financeira dos municípios, não será incluído neste estudo. Far-se á, portanto a exposição dos critérios de rateio a partir dos coeficientes apurados pelo IBGE para o exercício de 2002.A opção por esse ano deu-se em razão da dificuldade para a obtenção de dados municipais completos para um exercício mais recente. Será feita, primeiramente, a exposição da metodologia utilizada pelo TCU para a determinação dos coeficientes de participação por categoria do FPM (Interior, Reserva e Capitais) seguida da aplicação da nova variável PIB Municipal. Os cálculos dos coeficientes serão apresentados no mesmo modelo utilizado pelo TCU a partir de 2004: um quadro em que constam os dados do exercício já aplicados às fórmulas estabelecidas. Desta forma, tem-se uma exposição simplificada da metodologia com os resultados efetivamente obtidos para 2002. Os resultados serão apresentados, inicialmente, em percentuais de participação no total distribuído.
2.6 CRITÉRIOS DO FPM
	
Nos próximos itens trazemos alguns critérios necessários para a realização de forma isonômica da distribuição do FPM.
2.6.1 Critérios para a distribuição do FPM (STN, 2012)
O primeiro critério de repartição do FPM, constante da edição inicial do CTN, em 1966, era exclusivamente populacional, aumentando o valor da cota individual conforme aumentava a população do Município; ao longo dos anos, esse critério foi recebendo alterações, e foge ao escopo desta publicação discuti-las. A seguir, é apresentado o critério vigente. Os percentuais individuais de participação dos Municípios são calculados anualmente pelo TCU e por ele publicado sem Decisão Normativa no Diário Oficial da União até o último dia útil de cada exercício (CTN, art. 92). O cálculo é feito com base em informações prestadas ao TCU até o dia 31 de outubro de cada ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE –, informações estas compostas da população de cada Município e da renda per capta de cada Estado. Como visto anteriormente, os Municípios brasileiros são distribuídos em três classes, conforme mostra a Figura 1.
Figura 1: Classificação dos Municípios brasileiros para efeito do FPM
As Capitais são Brasília e as capitais estaduais; os Municípios da Reserva são aqueles com população superior a 142.633 habitantes; e os do Interior são os demais Municípios.
2.6.2 Critérios para o cálculo dos coeficientes das capitais (STN, 2012)
Aqui são empregados dois fatores: fator população e fator renda per capta.
O fator população é obtido calculando-se inicialmente a relação entre a população da capital específica e a soma das populações de todas as capitais; em seguida, entra-se com esse valor na Tabela 02 e extrai-se o fator resultante. Já o fator renda per capta é calculado para cada Estado. Para facilitar a vida do leitor, sugerimos fazer o cálculo da seguinte maneira: divida a renda per capta nacional pela do Estado da capital em questão, divida este resultado por cem e use o valor assim obtido para consultar a Tabela 03.
Tabela 02: Fator população do município e população de referência.
Tabela 03: Fator renda Per capta
Em seguida, o coeficiente apurado para cada capital resulta do produto “fator população” vezes “fator renda per capta”. O percentual individual de participação de uma capital específica no montante distribuído entre as capitais é obtido dividindo-se o coeficiente apurado para ela pelo somatório dos coeficientes de todas as capitais. 
2.6.3 Critérios para o cálculo dos coeficientes da reserva (STN, 2012)
Os Municípios ditos da Reserva são aqueles com mais de 142.633 habitantes. O cômputo dos percentuais individuais de participação dos Municípios desta classe é análogo ao das Capitais, unicamente considerando-se outra base de cálculo. Dessa forma, o fator população é obtido fazendo-se inicialmente a relação entre a população do Município específico e a soma das populações de todos os Municípios da Reserva. 
 Como o fator renda per capta é calculado por Estado, o conjunto de Municípios da Reserva pertencentes a um mesmo Estado terão este fator com valores iguais.. Ilustra-se a seguir um caso do ano de 2010, por exemplo, o Município de Passo Fundo, RS. A Decisão Normativa do TCU para esse ano foi a de nº 101, de 18 de novembro de 2009, cujo Anexo VI lista os percentuais individuais de participação dos Municípios da Reserva no FPM. A Tabela 04 apresenta os dados necessários para este exemplo, extraídos do referido Anexo. Em consequência, num determinado decêndio de 2010 se o montante de FPM distribuído fosse R$ 1.000.000.000,00, a cota da Reserva seria 3,6% desse valor, ou seja, R$ 36.000.000,00, e Passo Fundo faria jus a R$ 36.000.000,00 x 0,526162% = R$ 189.418,32. Mas... esse não é um valor muito baixo de FPM para um Município com mais de 180.000 habitantes? Calma, o cálculo para Passo Fundo ainda não terminou! Esta é a parcela que lhe cabe como Município da Reserva; há ainda outra como Município do Interior.
Tabela 04: Percentual individual de participação de Passo Fundo, RS, no FPM reserva em 2010
2.6.4 Critérios para cálculo dos coeficientes do interior
 Os Municípios do Interior são aqueles que não são Capitais, sendo que os da Reserva também participam acumulativamente deste critério. A norma legal vigente neste caso é o Decreto Lei nº 1.881, de 27 de agosto de 1966, ratificado pela Lei Complementar nº 62, de 28 de dezembro de 1989, documentos estes que levam a duas tabelas: uma, de percentuais de participação dos Estados no FPM (Tabela 05); outra, de coeficientes por faixa de habitantes municipais (Tabela 06). A Tabela 05 vem sendo reemitida anualmente pelas Decisões Normativas do TCU que tratam das repartições do FPE/FPM. A Figura 2 ilustra os números desta Tabela. Voltando ao exemplo de Passo Fundo, RS, o Anexo X da Decisão Normativa TCU nº 101/2009 lista os percentuais individuais de participação dos Municípios do Interior no FPM de 2010. 
Tabela 05: FPM interior- Participação dos Estados no total a distribuir.
Tabela 06: FPM interior- coeficiente por faixa de habitantes.
	
 Figura 02: FPM Interior – Participação dos Estados no total a distribuir.
VALOR DO REPASSE DO FPM PARA O MUNICÍPIO ( Costa, 2010)
O Fundo de Participação dos Municípios é formado por 23,5% da arrecadação do Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer natureza e do Imposto sobre Produtos Industrializados. Deste montante, 10% são destinados às capitais e 90% são entregues aos demais municípios, sendo 4% (3,6% do total) para a Reserva e 86% para os municípios do interior.
Os critérios de repartição do FPM são baseados no coeficiente populacional, para os municípios da categoria interior, e no produto entre tal coeficiente e o inverso da renda per capita do estado de origem, para os municípios pertencentes às categorias Reserva e Capital. 
Tabela07: Coeficientes do Fundo de Participação dos Municípios: capitais e reservas – fator representativo da população.
Tabela 08: Coeficientes do Fundo de Participação dos Municípios: capitais e reservas – fator representativo ao inverso da renda.
Os fatores, populacionais e monetários, presentes nas tabelas 2 e 3, são os termos que determinam o montante de transferências a serem concedidas às capitais e aos municípios da Reserva. Assim, enquadrados os respectivos municípios nestas duas categorias, o Tribunal de Contas da União – TCU calcula o devido valor de repasse e fiscaliza a entrega dosmesmos, feita pelo Banco do Brasil, às suas respectivas jurisdições. 
 Para os municípios da categoria interior, aqueles que não são capitais e possuem uma população inferior a 142.632 habitantes, o critério que mede o volume de recursos destinado a cada municipalidade é exclusivamente populacional. Os coeficientes individuais são representados na tabela a seguir:
Tabela 09: Coeficientes do Fundo de Participação dos Municípios: Interior
Para a categoria interior, o TCU explora somente os termos populacionais, providos pelo IBGE, para determinar o repasse do FPM de cada município. O Banco do Brasil é o responsável pela operacionalização das transferências às respectivas prefeituras. 
A seguir a apresentação do coeficiente estadual da participação do FPM, que servirá com base para os cálculos das cotas individuais do FPM.
Tabela 10: Coeficientes estaduais do Fundo de Participação dos Municípios: Interior
Cada estado possui um coeficiente que determinará o montante de recursos a serem destinados aos mesmos. Com isso, desmembramentos ou fusões municipais passam a afetar somente a distribuição dos rendimentos destinados às municipalidades do respectivo estado onde ocorreu tal processo, ficando inalterado o volume de transferências para os demais entes da federação. 
EVOLUÇÃO DOSREPASSES DO FPM
Conforme Silva (1995), as primeiras transferências federais aos municípios surgiram com a Constituição de 1946 e destinavam para os municípios, exceto capitais, 10% do Imposto sobre a Renda e os Proventos de Qualquer Natureza (IRP). Tais recursos deveriam ser igualitariamente distribuídos e metade deles aplicada em benefícios da atividade rural. No mesmo ano, foi criado um mecanismo de devolução aos municípios pelos governos estaduais de 30% do excesso local arrecadado do IVC em relação às receitas municipais (PRADO, 2001). 
 Através da Emenda Constitucional nº. 5 de 1961, o percentual de participação das transferências na arrecadação do IRP aumentou de 10% para 15% e passou a contar com 10% da arrecadação do Imposto de Consumo aos Municípios. Os recursos, antes distribuídos em partes iguais, passaram a ter como critério de rateio a população dos municípios através da Emenda Constitucional nº. 18 de 1965.
Com a reforma na constituição em 1967, as disposições estabelecidas para o FPM pela lei 5.172/66 receberam alguns acréscimos. Através de Ato complemantar n°.35, de 28 de fevereiro de 1967, ficou estabelecida a divisão de recursosem dois grupos distintos: capitais e os municipios não capitais, com 10% e 90%, respectivamente. Determinou-se que as parcelas dos capitais seriam distribuidas conforme um coeficiente individual,resultado do produtode dois fatores: fator representativo da população e fator representativo do inverso da renda renda per capita do respectivo Estado. Enquanto os municipios do interior receberiam seus respectivos repasses através de um coeficiente baseado no tamanho de sua população.
A determinação do percentual de repasse do FPM sofreu uma série de modificações ao longo do tempo, saindo inicialmente de 10% em 1966 para 23,5% a partir de Emenda Constitucional 55/07. 
Ainda, através do Decreto-Lei n°.1.881 de 17 de agosto de 1981, foi alterada a tabela de coeficientes dos municípios do interior, anteriormente previsto na Lei n°. 5.172/66, e criou-se uma nova modalidade de municípios, a Reserva do FPM. 
A Constituição de 1988 provocou algumas mudanças significativas sobre as disposições do FPM. Além de elevar o percentual de repasse do fundo para 22,5% da arrecadação do IR e do IPI, definiu-se a realização de revisões anuais do número de habitantes, através da Lei Complementar nº. 59 de 22 de dezembro de 1988, corrigindo assim, os coeficientes individuais de repasse. Ainda, através da Lei Complementar nº. 62, de 28 de dezembro de 1989, manteve-se o sistema de distribuição de recursos vigente até 1991, alterou a revisão dos coeficientes individuais de participação, de modo que a criação de novos municípios afetasse somente as unidades pertencentes ao seu respectivo estado e, por fim, estabeleceu os prazos para os repasses do referido fundo. Tal estrutura foi mantida até 1997, como previsto pela Lei Complementar nº. 72 de 3 de setembro de 1992 e reforçada pelas Leis Complementares nº. 72 e nº 74, de 29/1/1993 e 30/4/1993, respectivamente. 
	 A Lei Complementar nº. 91, de 22 de dezembro de 1997, atribuiu novos coeficientes individuais, com exceção daqueles pertencentes às capitais, e instituiu, para aqueles que perderam população e, assim, sofreram redução dos seus respectivos coeficientes, a manutenção dos mesmos em 1998.Por fim, cabe destacar mais duas variações ocorridas sobre as disposições que regem o FPM. As Leis Complementares nº. 91/1997 e nº. 14/1996 determinaram o enquadramento dos municípios com coeficiente de 3,8 passariam a compor a Reserva do FPM e que 15% dos recursos do referido fundo seriam destinados à composição do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundeb), respectivamente.
DESCONTOS E RETENÇÕESQUE INCIDEM SOBRE O FPM ( STN, 2012)
Para as transferências normais, desconto de 1% referente ao PASEP e retenção de 20% relativos ao FUNDEB.
FPM, EFICIÊNCIA FISCAL E ADMINISTRATIVA. (SANTOS, 2006)
A eficiência na arrecadação pode ser constatada a partir dos incentivos de esforço tributário gerados pelo sistema. A avaliação da efetividade dos gastos consiste em buscar indicadores da aplicação dessas verbas e seu alcance no propósito de equalizar as condições sócio-econômicas dos subníveis de governo.
Para Gasparini & Melo (2003) o montante adequado de transferências do FPM deve promover, ao mesmo tempo, o equilíbrio entre os municípios, ressaltando-se a relevância do seu papel redistributivo, e o incentivo à eficiência da gestão pública, tanto na arrecadação própria, quanto na aplicação dos recursos disponíveis.
 Em termos hipotéticos a eficiência arrecadatória de um município pode ser determinada pela relação entre a efetiva arrecadação de tributos próprios de sua competência e o potencial tributário existente para obtenção de recursos. Nesses termos, quanto maior for a relação entre a efetiva arrecadação do município e o potencial arrecadatório existente, maior será a eficiência da administração municipal na arrecadação de tributos próprios. Inversamente, quanto menor for esta relação, menor será o esforço tributário do município em função do potencial existente e, portanto, menos eficiente será a administração municipal no campo tributário.A agregação desses coeficientes definiria, portanto, um indicador sintético correspondendo ao “Índice de eficiência arrecadatória Municipal”, expressando a eficiência geral ou esforço arrecadatório dos municípios na obtenção de recursos fiscais próprios.
FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS ( STN, 2017)
EMBASAMENTO LEGAL
O Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) teve origem nesta mesma Emenda Constitucional nº 18, em seu artigo 21, que também exigia a regulamentação do Fundo através de Lei Complementar. Inicialmente, o FPE era formado por 10% do produto da arrecadação dos impostos sobre renda (IR) e sobre produtos industrializados (IPI), descontados os incentivos fiscais vigentes na época, restituições e outras deduções legais referentes a esses impostos. A regulamentação do FPE veio com o Código Tributário Nacional (CTN – Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966), nos arts. 88 a 90, e o início de sua distribuição deu-se em 1967. Posteriormente, o FPE foi ratificado pelas Constituições Federais de 1967 (Art. 26) e de 1988 (Art. 159, inciso I, alínea “a” e ADCT art. 34, § 2º, incisos I e II), texto este que aumentou gradativamente o percentual de participação do FPE no IR e IPI dos 14% na época até o valor atual de 21,5% que vigora desde 1993. A Constituição de 1967 recepcionou a regulamentação do CTN, assim como a de 1988, sendo que esta solicitou, em seu artigo 161, inciso II, que Lei Complementar regulamentasse a entrega dosrecursos do Fundo, o que foi realizado pela Lei Complementar nº 62, de 28 de dezembro de 1989; assim, durante ainda 1989 vigeu o critério de repartição do CTN. O Anexo Único desta Lei fixou os percentuais individuais de participação dos Estados e Distrito Federal no montante do FPE, que permaneceram os mesmos desde 1990 até 2015. Como o art. 161, § único, da Constituição determina que o Tribunal de Contas da União efetue o cálculo das quotas referentes ao FPE, o Tribunal repetiu em suas decisões normativas anuais sobre o tema os coeficientes de participação constantes da LC 62/1989 original. Adicionalmente, a Emenda Constitucional nº 14, de 12 de setembro de 1996, por meio de alteração do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT – criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF –, cuja fonte de recursos foi composta pela dedução de 15% nos repasses do Fundo de Participação dos Estados, do Fundo de Participação dos Municípios, da Lei Complementar 87/96, do ICMS estadual e do IPI-Exportação. Esta Emenda foi regulamentada pela Lei nº 9.424, de 24 de dezembro de 1996, e os descontos do FUNDEF passaram a ser realizados a partir de janeiro de 1998. Mais tarde, a Emenda Constitucional nº 53, de 19 de dezembro de 2006, também por meio de mudança no art. 60 do ADCT, substituiu o FUNDEF pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico e de Valorização do Magistério – FUNDEB –, cuja fonte de recursos incorporou novas transferências obrigatórias, mantendo todas as anteriores, inclusive o FPE. Esta Emenda foi regulamentada pela Medida Provisória nº 339, de 28 de dezembro de 2006, e os descontos correspondentes efetivados a partir de janeiro de 2007. A Medida Provisória foi transformada na Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007. Atualmente, a dedução do FUNDEB é de 20% do valor do repasse. Como mencionado anteriormente, a redação original da LC 62/1989 fixou os coeficientes de partilha do FPE, o que provocou a impetração de Ações Diretas de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal – STF – por parte de vários Estados a partir de 1993. As ADINs questionavam a rigidez temporal dos coeficientes de participação no FPE contidos na LC 62/1989. O STF publicou Acórdão datado de 24 de fevereiro de 2010 que considerou inconstitucionais alguns pontos daquela Lei, assegurando, porém, a aplicação dos percentuais de repartição vigentes até 31 de dezembro de 2012 (o Anexo apresenta um resumo das ADINs mencionadas, assim como do seu desfecho). Após algumas prorrogações de prazo, em 17 de julho de 2013 foi aprovada pelo Congresso Nacional a LC nº 143 que alterou a LC 62/1989 (no capítulo 3 há uma descrição das alterações introduzidas pela LC 143/2013). Ainda em 2013, o Estado de Alagoas impetrou a ADIN nº 5.069-DF contra as mudanças na Lei, argumentando que o novo texto manteve vícios idênticos aos da legislação original, declarada inconstitucional pelo Acórdão de 24 de fevereiro de 2010 do STF. Esta ação encontra-se aguardando julgamento, conforme despacho proferido em 6 de dezembro de 2013 por aquela Corte. É importante notar que, como o repasse do FPE é uma alíquota da arrecadação do IR mais IPI, o montante transferido a cada período é diretamente proporcional ao desempenho da arrecadação líquida desses impostos no período anterior.
Evolução do fpe
Figura 03: Histórico da legislação sobre o FPE.
NOVOS CRITÉRIOS DE REPARTIÇÃO DO FPE – LC 143/2013
Esta Lei modificou três outras: a LC 62/1989, a Lei 5.172/1966 (Código Tributário Nacional – CTN) e a Lei 8.443/1992 (Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União). (STN, 2017)
Alterações da lei Complementar 62/1989
A LC 143/2013 extinguiu a divisão do FPE em 85% para as regiões N, NE e CO e 15% para S e SE, mantendo os coeficientes fixos de repartição válidos até 31 de dezembro de 2015 (art. 2º, inciso I); a partir de 1º de janeiro de 2016 passou a vigorar nova regra que, em síntese, é a seguinte: 
a) a cada transferência decendial do FPE são consideradas duas quantias;
b) a primeira, denominada de “valor corrigido”, fruto da atualização monetária no período entre o decêndio de distribuição e a cota de FPE que o Estado recebeu no correspondente decêndio do exercício de 2015; o fator de correção empregado é resultante da variação acumulada do IPCA no período e pelo percentual equivalente a 75% da variação real do PIB do ano anterior ao ano considerado para base de cálculo (art. 2º, inciso II, da Lei); 
Figura 04: Cálculo do “valor corrigido”
c) a segunda, intitulada de “montante a ser distribuído”, constituída por 21,5% do produto da arrecadação efetiva do IR e do IPI no decêndio anterior ao da distribuição.
d) compara-se, então, o somatório dos valores corrigidos das UFs com o montante a ser distribuído, podendo ocorrer duas hipóteses: uma, o somatório ser maior que o montante a ser distribuído; outra, o somatório ser menor; 
e) tais hipóteses levam a duas situações possíveis de partilha dos recursos; 
f) caso o somatório seja superior ao montante a ser distribuído, cada UF receberá cota proporcional à que auferiu no correspondente decêndio de 2015, reduzidas de forma que o somatório das cotas seja igual ao montante a ser distribuído.
Figura 05: Situação 1: “valor corrigido” > “montante a ser distribuído”; cota individual x = cota’’ x.
g) caso o somatório seja inferior ao montante a ser distribuído, as cotas individuais serão resultado da soma de duas parcelas: uma, igual ao valor corrigido; outra, aplicando-se novos coeficientes individuais de partilha (recalculados anualmente pelo TCU) sobre a quantia excedente ao montante a ser distribuído (Fig. 3);
Figura 05: -Situação 2: “valor corrigido” < “montante a ser distribuído”; cota individual x = cota’’ x +cota’’x.
h) para efeito desses cálculos, serão considerados os valores censitários ou as estimativas mais recentes da população e da renda domiciliar per capita publicados pela entidade federal competente (atualmente, o IBGE). 
Cabe lembrar que o valor global a ser entregue às UFs num determinado decêndio fica limitado “ao montante a ser distribuído, ou seja, correspondente a 21,5% da arrecadação efetiva do IR e do IPI.
Com relação ao quantitativo de população empregado nos cálculos do TCU, deve-se ressaltar que o IBGE realiza os censos nacionais a cada 10 anos, e no meio tempo entre dois censos consecutivos ele faz estimativas desse indicador. Já no tocante à renda domiciliar per capita, esta é levantada por intermédio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD –, também pelo IBGE. 
O IBGE informa mensalmente ao TCU e ao Banco do Brasil o IPCA acumulado no período considerado e anualmente a variação do PIB do ano correspondente, e anualmente ao TCU os quantitativos estaduais de população e de renda domiciliar per capita.
Alterações do CTN
A LC 143/2013 modificou o art. 92 do CTN alterando o prazo para que o Tribunal de Contas da União informe ao Banco do Brasil os coeficientes de repartição do FPE a vigorarem no exercício seguinte, que passou a ser o último dia útil de março de cada exercício financeiro. (STN,2017).
3.2.3 Alterações na Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União
Foi modificado o art. 102 dessa lei definindo que seja publicado até 31 de dezembro de cada ano no Diário Oficial da União, por “entidade competente do Poder Executivo Federal”(atualmente o IBGE), a relação das populações dos Estados e do DF. (STN,2017).
FLUXO DE RECURSOS
 
O fluxo descrito abaixo é aquele que passou prevalecer a partir de 1º de janeiro de 2016, em decorrência das alterações introduzidas pela LC 143/2013. 
Figura 06: Fluxo de recursos das transferências do FPE.
Os contribuintes do IR e do IPI recolhem esses impostos regularmente na rede bancária. O montante dessa arrecadação é transferido periodicamente pelas instituições financeiras para a Conta Única do Tesouro Nacional – CTU –, e os bancos repassam as informações relativas ao recolhimento efetuado para a RFB.Decendialmente, por meio de processamento eletrônico, a RFB classifica o montante da arrecadação bruta de tributos relativos ao período e das deduções dos incentivos fiscais correspondentes, se houverem, apurando a arrecadação efetiva do período. Tais informações são registradas no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI. 
Anualmente o IBGE notifica o TCU os quantitativos de população e renda domiciliar per capita. O Tribunal calcula então os coeficientes individuais de repartição do FPE a vigerem no exercício seguinte e os comunica ao Banco do Brasil, em data apropriada definida em lei. Adicionalmente, o IBGE envia ao Banco o valor da variação real do PIB do ano anterior (periodicidade anual) e o fator da variação acumulada do IPCA entre o decêndio da distribuição e o decêndio correspondente de 2015 (periodicidade mensal). 
Decendialmente, a Secretaria do Tesouro Nacional – STN – consulta no SIAFI números do decêndio anterior e informa ao Banco do Brasil o montante total a ser distribuído. De posse dessas informações, o Banco (que mantém em seu banco de dados o valor dos 36 repasses do FPE do exercício de 2015) calcula o perfil da distribuição para aquele decêndio – se em uma ou duas parcelas – e computa as cotas individuais das UFs. 
A metodologia de cálculo do perfil da distribuição e das cotas individuais das UFs, assim como as datas limite de entrega das informações necessárias pelo IBGE, encontra-se regulamentada pela Instrução Normativa do TCU nº 75, de 9 de dezembro de 2015. 
A STN transfere, então, ao Banco do Brasil o valor global a ser repassado e este, por sua vez, credita nas contas correntes dos Estados e do Distrito Federal o valor das respectivas cotas, deduzindo as quantias correspondentes ao FUNDEB (20%) e ao PASEP (1%).
FISCALIZAÇÃO DO USO DOS RECURSOS DAS TRANSFERÊNCIAS FISCAIS
As normas legais básicas que regem as atividades de controle do emprego das quantias repassadas são a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei Complementar nº 101/2000).
Considerando a esfera cabível (estadual, distrital ou municipal), os órgãos responsáveis por fiscalizar e aplicar medidas corretivas e punitivas apropriadas nos casos de desvios na utilização dos recursos são: 
Controle Interno Estadual ou Municipal (quando houver);
Tribunal de Contas Estadual (ou Municipal, quando houver);
Ministério Público Estadual;
Legislativo Estadual ou Municipal. 
Nos casos em que o dinheiro é de origem da União, agregam-se controles adicionais para as transferências vinculadas, entrando em cena órgãos federais de controle: 
Ministério da Transparência, 
Fiscalização e Controladoria-Geral da União – CGU;
Tribunal de Contas da União – TCU;
Ministério Público da União;
Congresso Nacional.
3.5 PERIODICIDADE DAS TRANSFERÊNCIAS DO RECURSO DO FPE
Conforme determina o art. 4º da LC 62/1989, os repasses são realizados decendialmente, até os dias 10, 20 e 30 de cada mês, mediante crédito em conta aberta com essa finalidade no Banco do Brasil. Caso a data caia em fim de semana ou feriado, o crédito é antecipado para o primeiro dia útil anterior. Anualmente, a STN emite Portaria com o cronograma de liberação do exercício.
PERCETUAL DE ARRECADAÇÃO DOS IMPOSTOS DESTINADOS AO FPE
Ao longo do tempo ocorreram várias mudanças na legislação relativa ao Fundo, grande parte ligada ao percentual da arrecadação do IR e do IPI reservado a ele. (STN, 2017) . A Tabela 08 apresenta um resumo desses documentos
Tabela 11: Resumo dos documentos.
CRITÉRIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO DO FPE
O documento legal vigente que determina a repartição do FPE é a LC 62/1989, com redação dada pela LC 143/2013, que se encontra comentado no capítulo 3 desta publicação. A Tabela 7 reproduz os coeficientes individuais de repartição das UFs constantes da versão original da referida Lei e vigentes até 2015, assim como aqueles computados pelo TCU para os exercícios de 2016 e 2017. (STN,2017)
Tabela 12: Percentuais individuais de distribuição do FPE, em porcentagem.
3.8 DESCONTOS E RETENÇÕES INCIDEM SOBRE O FPE
Desconto de 1% referente ao PASEP e retenção de 20% relativos ao FUNDEB. Cabe ressaltar que, tratando-se de FPE, ambas as deduções incidem sobre o valor bruto da transferência, ou seja, para cada R$ 100,00 brutos a serem repassados, R$ 1,00 é descontado a título de PASEP e R$ 20,00 são retidos para o FUNDEB, restando para o Estado R$ 79,00 líquidos de FPE. (STN,2017)
3.9 DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES TEMPESTIVAS SOBRE AS TRANSFERÊNCIAS DO FPE
Informações tempestivas são informações fornecidas a tempo de influenciar na tomada de decisões. A exigência de se fornecer informações tempestivas está dentro do princípio da oportunidade, trazido pelo Conselho Federal de Contabibildade (CFC 750/93.)
Cabe ao Tesouro Nacional, em cumprimento aos dispositivos constitucionais, efetuar as transferências dos recursos aos entes federados, nos prazos legalmente estabelecidos. Em relação aos Fundos de Participação (FPE e FPM), compete ainda ao Tesouro Nacional divulgar aos estados e municípios as previsões de receita e os valores liberados com as respectivas bases de cálculo. Essa divulgação estará cumprindo o princípio da publicidade, que é um dos princípios da administração pública e está dentro do caput do artigo 37 da Constituição Federal, bem como possibilitando aos gestores o acesso a informações tempestivas.
Onde podemos encontrar essas informações? No link do tesouro nacional: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/transferencias-constitucionais-e-legais. Nessa página há informações sobre:1) previsões; 2) liberações; 3) bloqueios e comunicados; 4) dados consolidados; 5) transferências discricionárias; 6) cartilhas; 7) código SIAF dos municípios; 8) páginas relacionadas. Também podemos encontrar nos seguintes links:
Previsão Anual, Mensal e Trimestral: 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/transferencias-constitucionais-e-legais#previsoes 
Comunicado Decendial:
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/327857/pge_comunicado_decendial.pdf 
Cronograma de Repasse 2017: 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/327847/Cronograma_2017/a0568ac1-ba79-4c2d-8566-50c3a018ce63 
Previsão Anual 2017: 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/327849/pge_projecao_fpm_fpe_2017.xls/cb3f0112-e582-4ab6-bba6-67cd73d59651
É importante salientar que as informações contidas não apresentam históricos de valores e sim apenas as informações mais recentes. Essas informações são de notória importância por permitir que os gestores planejem melhor suas ações.
3.10 VALOR DO REPASSE DO FPE PARA O MEU ESTADO
O artigo 37 da Constituição Federal traz um rol de princípios que devem ser obedecidos pela administração pública direta ou indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito federal e dos Municípios e dentre eles há o princípio da publicidade.
Segundo José Afonso: "A publicidade sempre foi tida como um princípio administrativo, porque se entende que o Poder Público, por ser público, deve agir com a maior transparência possível, a fim de que os administrados tenham, a toda hora, conhecimento do que os administradores estão fazendo."
Logo podemos obter todas as informações de repasses no link: http://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2600:1::IR_962396::::nessa página há as transferências realizadas, e é possível filtrar as informações desejadas por região, ano, estado etc.
A tabela abaixo demonstra os valores arrecadados pelo Estado do Ceará, nos últimos dez anos.
Tabela 13: Repasse do FPE para o Estado do Ceará- Ano 2007-2016
	Ano
	Valores
	2007
	2.348.519.358,02
	2008
	2.813.737.275,85
	2009
	2.656.428.196,66
	2010
	2.863.158.942,75
	2011
	3.526.861.952,86
	2012
	3.636.496.759,21
	2013
	3.910.873.527,28
	2014
	4.261.723.319,47
	2015
	4.483.263.944,97
	2016
	5.076.173.092,42
	Total
	35.577.236.369,49
 
Fonte: STN
3.11 EVOLUÇÃO DOS REPASSES DO FPE (STN,2017)
As transferências a título de FPE iniciaram-se em 1967, há mais de 40 anos. A tabela 08 mostra dados referentes a década de 2007 a 2016 (com desconto do FUNDEB). Para efeito de comparação, esta Tabela também exibe o PIB anual, em valores correntes. As Fig.7, por sua vez, ilustra a distribuição anual dos recursos e por região geográfica no período.
Tabela 14: Transferências intergovernamentais do FPE (com desconto do FUNDEB) e PIB
As deduções do FUNDEB foram as seguintes: 16,66% em 2007; 18,33% em 2008; e 20% a partir de 2009.
Figura 07: Distribuição regional dos recursos do FPE no período 2007 a 2016 – valor descontado de FUNDEB.
3.12 EFEITO DA LEI DE REPATRIAÇÃO DE ATIVOS NAS TRANSFERÊNCIAS DO FPE (STN, 2017)
Promulgada em 13 de janeiro de 2016, a Lei nº 13.254 institui o Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (RERCT) para anistiar tributos e crimes relativos à manutenção de ativos não declarados no exterior.
Essa Lei instituiu uma alíquota de imposto de renda de 15% sobre os montantes repatriados, além de uma multa de igual importância, e deu um período de adesão pelos contribuintes entre os meses de abril e outubro. O IR apurado com essa nova fonte de recursos passou a fazer parte da base de cálculo para as transferências do FPE. 
A Tabela 09 apresenta os montantes transferidos às UFs originados na arrecadação proporcionada pela Lei de Repatriação de Ativos, em valores correntes.
Tabela 15: Repasses do FPE em 2016 decorrentes da Lei de Repatriação (valores correntes)
 
Fonte: SIAF
Observa-se que o primeiro repasse significativo resultante da repatriação de ativos ocorreu em outubro, seguido dos meses de novembro e dezembro. Estes eventos deveram-se a dois fatos principais, descritos abaixo. 
Como a Lei 13.254/2016 vigorou de abril a 31 de outubro de 2016, no início desse período a adesão à ela pelos contribuintes foi pequena; todavia, ao se aproximar do final do prazo para a repatriação, percebeu-se um incremento expressivo na regularização dos ativos no exterior. No último decêndio de outubro foram realizadas a maioria das transações permitidas pela Lei, ocasionando expressivo impacto no 1º decêndio de novembro. 
Já em dezembro, houve o pagamento integral no 2º decêndio do valor correspondente à multa sobre as quantias repatriadas.
3.13 TRANSFERÊNCIAS DO FPE A PARTIR DA VIGÊNCIADA LC 143/2013
	
De acordo com a nova lei, a partir de 1º de janeiro de 2016 haverá dois critérios de distribuição: o primeiro será aplicado sobre o aporte de FPE que o estado recebeu no correspondente decêndio do exercício de 2015 corrigido pela variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pelo percentual equivalente a 75% da variação real do PIB do ano anterior ao ano considerado para base de cálculo (art. 2º, inciso II). Ressalta-se que esse critério mantém os atuais percentuais de partilha do FPE para a fração correspondente. 
O segundo critério será aplicado sobre o montante que exceder o valor calculado anteriormente. Esse critério irá fixar qual a parcela excedente (caso haja) que será distribuída proporcionalmente a coeficientes individuais de participação obtidos, tendo como referência a combinação de fatores representativos da população (estes limitados à faixa de 0,012 a 0,07) e do inverso da renda domiciliar per capita da UF (art. 2º, inciso III). A forma de cálculo consta da LC.
3.14 INDICADORES FREQUENTES NAS ANÁLISES E CRÍTICAS SOBRE O FPE	
Oliveira (2008), reúne os indicadores sobre o FPE em cinco classes abaixo mencionadas.
Primeira Classe FPE: diz respeito aqueles indicadores que contém dados do FPE em sua composição. Engloba questões de autonomia e descentralização dos estados brasileiros, inclui também uma perspectiva de entidade. 
Segunda Classe: Finanças Estaduais- corresponde ao conjunto de indicadores que nos informa basicamente a respeito da importância do FPE para as finanças de muitos estados brasileiros. 
Terceira Classe: Demografia- indicadores relacionados a dados populacionais, e revelam muito sobre as diferenças dos padrões populacionais entre os estados brasileiros. 
Quarta Classe: Territorial- a ideia aqui tem um apelo intuitivo. Vencer milhares de quilômetros para o fornecimento de bens e serviços públicos tem um peso significativo em termos de custos, subvalorizado no atual cálculo. Talvez levar em conta o tamanho da malha rodoviária, como efeito entre outros países, devesse justificar a introdução também desse indicador como um equilibrador no impacto de custos.
 A quinta e ultima classe, forma um corpo bastante esclarecedor acerca do tamanho da desigualdade brasileira.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente material contribuiu de forma significativa para um melhor conhecimento sobre as transferências intergovernamentais (FPE e FPM), possibilitando um melhor entendimento de como esses repasses são feitos, porque são feitos, quais as fontes de recursos que os compõem e quais os pontos positivos e negativos existentes. 
REFERÊNCIAS
AFONSO, Jose Roberto Rodrigues; ARAÙJO, Érika Amorim. A capacidade de Gastos dos Municípios Brasileiros: Arrecadação própria e Receita Disponível. Rio de Janeiro: BNDES, 2001. 11 p. Disponível em:<http:// http://federativo.bndes.gov.br/bf_bancos/estudos/e0001530.pdf> Acesso em 19 abr. 2017.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.
COSTA, Rodolfo Ferreira Ribeiro da. Fundo de Participação dos Municípios e equidade de serviços públicos: Um Estudo para Municípios brasileiros.2010. 69 p. Dissertação ( Mestrado em Economia) – Programa de Pós - Graduação em Economia da Universidade Federal de Paraíba. João Pessoa, 2010.
CONTI, M. J. Federalismo Fiscal e Fundos de Participação. São Paulo: Juarez de oliveira, 2001.
CFC- Conselho Federal de Contabilidade- Princípios fundamentais e normas brasileiras de contabilidade/ Conselho Federal de Contabilidade. – 3. ed. -- Brasília : CFC, 2008. 414 p.
GASPARINI, Carlos E. & e Melo, Cristiano S. L. de . Equidade e Eficiência Municipal: uma avaliação do Fundo de Participação dos Municípios- FPM. Brasília: ESAF, 2003
OLIVEIRA, Roberto Pedrosa Soriano de. Fundo de Participação dos Estados no Brasil: Equalização Fiscal. 2008. 105 p. Dissertação ( Mestrado Profissional em gestão Pública para o Desenvolvimento do Nordeste)-Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2008.
PRADO, Sergio. Transferências Fiscais e Financiamento Municipal no Brasil. São Paulo: Ebap;Fundação Konrad Adenauer, 2001. 92 p.. Trabalho elaborado no contexto do projeto: Descentralização Fiscal e Cooperação Financeira Intergovernamental. Sob coordenação do Prof. Fernando A. Resende. Disponível em: http://federativo.bndes.gov.br/bf_bancos/estudos/e0001710.pdf Acesso em: 19 abr.2017.
SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Fazenda. LC 62,89 e LC 143/2013. São Paulo: Secretaria de Estado da Fazenda, 2013.
SANTOS, Maria Aparecida Sales Souza. O Fundo de Participação dos Municípios em Minas Gerais: Impactos redistributivos da inclusão da variável PIB municipal no cálculo do rateio. 2006. 112 p. Dissertação ( Mestrado em Administração Pública) - Fundação João Pinheiro Escola de Governo Prof. Paulo Neves Carvalho. Belo Horizonte, 2006.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. Ed. Malheiros. São Paulo, 2000. 653 p.
SILVA, Vera Martins da. Os Municípios Paulistas e o Federalismo Fiscal Brasileiro. São Paulo: Imprensa Oficial dos Estados de São Paulo (IMESP), 1995.
STN. Secretaria do Tesouro Nacional. Castilha FPE. 2017. Disponível em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/329483/pge_cartilha_fpe.pdf. Acesso em: 23 abr. 2017
STN. Secretaria do Tesouro Nacional. Castilha FPM 2012. Disponível em: http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/estados_municipios/download/CartilhaFPM.pdf. Acesso em: 20 abr. 2017
STN. Secretaria do Tesouro Nacional. Estados e Municípios Transferências Constitucionaisestatísticas. Fundo de Participação dos Estados. 2009. Disponível em: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/Estados_municipios/download/FPE.xls. Acesso em: 21 abr. 2017.
Tesouro Nacional. Transferências Constitucionais. Disponível em: http://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2600:1::IR_962396::::. Acesso em: 23/04/2017

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