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A RELAÇÃO ENTRE O BALLET CLÁSSICO E A NEUROCIÊNCIA APLICADOS NO DESENVOLVIMENTO ESCOLAR DAS CRIANÇAS Universidade Federal do Rio Grande Ciências Biológicas – Bacharelado Neurociência aplicada à educação Mariana Leivas Schneider - 49052 Introdução: Nas duas últimas décadas, houve um considerável avanço no entendimento das bases neurobiológicas do comportamento humano através da neurociência. Embora a dança seja uma importante forma de expressão humana, apenas recentemente a neurociências passaram à considerá-la objeto de estudo. 2 Problemática: na maioria das escolas a noção de disciplina sempre foi entendida como "não-movimento" e as crianças educadas e comportadas são aquelas que simplesmente não se movem. Introdução: Imobilidade física como punição Liberdade de se movimentar como prêmio A proibição do movimento pode tornar-se uma forma de desmotivação escolar Introdução: Segundo Scarpato (2001)privilegiar a mente e relegar o corpo pode levar a uma aprendizagem empobrecida. O corpo é o veículo de expressão do indivíduo, o movimento corporal das crianças acaba ficando restrito a momentos precisos como as aulas de educação física. Nas demais atividades em sala, a criança deve permanecer sentada em sua cadeira, em silêncio e olhando para frente (Strazzacappa, 2001). Ainda, alguns julgam que, para ocorrer à aprendizagem, é preciso que o aluno esteja sempre sentado e quieto. 4 Abordar o ballet clássico como uma atividade extracurricular, com a finalidade de desenvolver nas crianças a disciplina, a concentração e o respeito ao próximo, de forma que não se sintam pressionadas a permanecer sem movimentos. Proposta de trabalho: ESTIMULAR A MOTIVAÇÃO INFANTIL A neurociência da dança: A dança é uma atividade motora altamente complexa que demanda habilidades viso-espaciais, cinestésicas, auditivas, dentre outras. Brown e Parsons (2008) caracterizam a dança como uma confluência de movimentos e ritmos que exige um tipo de coordenação interpessoal no espaço e no tempo. Observar, simular, imitar, repetir, hierarquizar, categorizar e associar são “técnicas” utilizadas pelos bailarinos para facilitar a compreensão e a execução de uma coreografia (Stevens & Mackechnie, 2005). Durante a memorização dos movimentos coexistem aprendizagem processual e declarativa na fase de associação. A partir dessa fase os movimentos começam a ser refinados com as repetições (Ribeiro, 2007). A neurociência da dança: A neurociência revela mecanismos neurofisiológicos presentes no desenvolvimento artístico, o que possibilita um aprofundamento nos aspectos motores e cognitivos que são recrutados no ato de dançar. O ballet como motivação no desenvolvimento escolar As aulas de ballet clássico possuem objetivos específicos como: a concentração, a linguagem corporal, a memorização, a expressão da criatividade, a harmonia, a coordenação motora, a disciplina, a musicalidade, a postura, a socialização e a desinibição. Estes objetivos de modo geral estão relacionados com educação da criança e posteriormente serão refletidos em sua postura em sala de aula, progredindo em seu aprendizado escolar. O ballet como motivação no desenvolvimento escolar Ao desenvolver as aulas de ballet clássico em turmas, permite-se que a criança socialize-se, aprenda a dividir e a perceber a importância do grupo para o bom andamento do trabalho. É um tipo de aprendizagem que segundo Rogers (1978), tem a qualidade de um envolvimento pessoal: a pessoa como um todo, tanto sobre o aspecto sensível quanto sob o aspecto cognitivo, inclui-se no fato da aprendizagem. O ballet clássico aplicado de forma correta ajuda na formação social e educacional das crianças, abrindo portas para um método de ensino prazeroso para crianças, que na dança encontram um jeito diferente de aprender. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A técnica do ballet clássico associada como metodologia de apoio é eficiente como força motivadora no processo educativo das crianças, e possibilita ainda que as mesmas tornem-se cidadãs mais conscientes, criativas e sensíveis em relação ao mundo que as cerca. Sugere-se que sejam desenvolvidos mais projetos sociais que envolvam as crianças com o ballet clássico, para que sejam estimuladas a realizar suas atividades de forma mais lúdica e prazerosa, tornando assim o ballet clássico não apenas uma atividade para crianças mais privilegiadas e sim atingindo todas as classes sociais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Obrigada! BROWN, S.; PARSONS, L. Neuroscience and Dancing. Sci Am. v. 299, n.1,p. 78- 83, 2008. RIBEIRO, M.M. Em Busca das Bases Neurofisiológicas da Dança-Teatro de Pina Bausch. [Monografia]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Ciências Biológicas; 2007. ROGERS, C. R. Liberdade para aprender. Belo Horizonte: interlivros. 1978. SCARPATO, M. Dança educativa: um fato em escolas de São Paulo. Caderno Cedes. Ano XXI. n°53, p. 57-68, 2001 SILVA, D. G. N., BOER, N. Desenvolvimento social e educativo de crianças carentes por meio do ballet clássico. Ciências Sociais e Humanas, S. Maria, v.1, n.1, p.71-80, 2000 STEVENS, C.; McKECHNIE, S. Thinking in action: thought made visible in contemporary dance. Cogn Process.v. 6, p.243-52, 2005. STRAZZACAPPA, M. A Educação e a fabrica do corpo: a dança na escola. Caderno CEDES, v. 21, n. 53, p.69-83, abr. 2001. Bibliografia:
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