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Oficina de Trabalho: PAPANICOLAU O QUE É O EXAME DE PAPANICOLAU? O nome "Papanicolaou" é uma homenagem ao patologista grego Georges Papanicolaou, que criou o método no início do século passado. É um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero. Este exame também pode ser chamado de esfregaço cervicovaginal e colpocitologia oncótica cervical. QUEM PRECISA REALIZAR? RECOMENDAÇÕES CLASSIFICAÇÃO CONDUTA INICIAL DE ACORDO COM RESULTADO TÉCNICA PARA COLETA ORIENTAÇÕES Orientações antes da realização do exame: Nas 48 horas que antecedem o exame: não fazer uso de cremes vaginais, não realizar duchas vaginais e não ter relação sexual; Estar fora do período menstrual. ACOLHIMENTO Garantir ambiente adequado e protegido para realização do exame; Explicar à paciente o procedimento e esclarecer dúvidas; Preencher corretamente a requisição do exame de citopatologia. MATERIAIS NECESSÁRIOS Lápis no 2 preto Lâmina com extremidade fosca Espéculo vaginal Pinça Cheron Gaze Espátula de Ayre e escova endocervical Fixador celular (álcool absoluto + propilenoglicol) Luvas de procedimento TÉCNICA Identificar a lâmina, na parte fosca, com lápis: Iniciais do nome completo da paciente Idade Número do registro da paciente na unidade de Saúde ** seguir protocolo de identificação do serviço (CNES, nome do município, etc..) Solicitar à paciente que esvazie a bexiga; Posicionar a paciente em litotomia ou posição ginecológica. O examinador deverá estar sentado à frente da paciente; Realizar inspeção da genitália externa; Introdução do espéculo vaginal e visualização adequada do colo do útero (caso seja necessário, realizar retirada de excesso de secreções ou muco com pinça Cheron e gaze), não utilizar lubrificante no espéculo; Iniciar a coleta das células da ectocérvice com espátula de Ayre posicionando a porção mais alta no orifício cervical externo apoiando-a firmemente e exercendo leve pressão. Girar 360o por 2 a 3 vezes. Realizar o esfregaço na lâmina ocupando cerca de 2/3, de maneira fina e homogênea, em sentido único; Para coleta de células endocervicais utilizar a escova introduzindo toda a extremidade com cerdas no orifício cervical, realizar giro de 360o de 2 a 3 vezes. Realizar a deposição do material no 1/3 restante da lâmina rolando a escova de cima para baixo; Realizar fixação da lâmina com fixador, borrifar o fixador a uma distância de 15 a 20 cm da lâmina; Retirar o espéculo vaginal realizando leve tração para liberar o colo uterino e fechar completamente o espéculo antes de removê-lo. Orientações finais: Comunicar a paciente a possibilidade de ocorrer pequeno sangramento. Orientar a data de retorno para o resultado do exame. ADEQUABILIDADE DA AMOSTRA QUANDO A AMOSTRA É INSATISFATÓRIA, O QUE FAZER? Recomendação O exame deve ser repetido em 6 a 12 semanas com correção, quando possível, do problema que motivou o resultado insatisfatório (A). SITUAÇÕES ESPECIAIS Gestantes Mulheres na pós-menopausa Histerectomizadas Mulheres sem história de atividade sexual Imunossuprimidas GESTANTES Recomendações O rastreamento em gestantes deve seguir as recomendações de periodicidade e faixa etária como para as demais mulheres, devendo sempre ser considerada uma oportunidade a procura ao serviço de saúde para realização de pré-natal (A). MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA Recomendações Mulheres na pós-menopausa devem ser rastreadas de acordo com as orientações para as demais mulheres (A). Se necessário, proceder à estrogenização previamente à realização da coleta. HISTERECTOMIZADAS Recomendações Mulheres submetidas à histerectomia total por lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, podem ser excluídas do rastreamento, desde que apresentem exames anteriores normais (A). Em casos de histerectomia por lesão precursora ou câncer do colo do útero, a mulher deverá ser acompanhada de acordo com a lesão tratada (A). MULHERES SEM HISTÓRIA DE ATIVIDADE SEXUAL Recomendações Mulheres sem história de atividade sexual não devem ser submetidas ao rastreamento do câncer do colo do útero (D). IMUNOSSUPRIMIDAS Recomendações O exame citopatológico deve ser realizado nesse grupo de mulheres após o início da atividade sexual com intervalos semestrais no primeiro ano e, se normais, manter seguimento anual enquanto se mantiver o fator de imunossupressão (B). Mulheres HIV positivas com contagem de linfócitos CD4+ abaixo de 200 células/mm3 devem ter priorizada a correção dos níveis de CD4+ e, enquanto isso, devem ter o rastreamento citológico a cada seis meses (B). SUGESTÃO https://www.youtube.com/watch?v=jX8aDMQD8j4 REFERÊNCIAS Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Divisão de Detecção Precoce e Apoio à Organização de Rede. – 2. ed. rev. atual. – Rio de Janeiro: INCA, 2016. http://aps.bvs.br/aps/posso-coletar-exame-citopatologico-de-colo-de-utero-em-gestantes/ http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/237_papanicolau.html