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CAPÍTULO 17 Catabolismo de Ácidos Graxos Profa. Ana Raquel de Oliveira Mano Limoeiro do Norte, Ceará, agosto de 2016. CURSO: BACHARELADO EM NUTRIÇÃO. DISCIPLINA: BIOQUÍMICA II. • Os ácidos graxos dos triacilgliceróis fornecem uma grande fração da energia oxidativa nos animais; • Os triacilgliceróis da dieta são emulsificados no intestino delgado por sais biliares, hidrolisados pelas lipases intestinais, absorvidos pelas células epiteliais intestinais, reconvertidos em triacilgliceróis, e então transformados em quilimícrons pela combinação com apolipoproteínas específicas. 1 INTRODUÇÃO • As apolipoproteínas são proteínas de ligação a lipídeos no sangue, responsáveis pelo transporte de triacilgliceróis, fosfolipídeos, colesterol e ésteres de colesterol entre os órgãos; • As apolipoproteínas se combinam com os lipídeos para formar várias classes de partículas de lipoproteína, que são agregados esféricos com lipídeos hidrofóbicos no centro e cadeias laterais hidrofílicas de proteínas e grupos polares de lipídeos na superfície. 1 INTRODUÇÃO • Várias combinações de lipídeos e proteínas produzem partículas de densidades diferentes, variando de quilomícrons e lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL, de very low density lipoproteins) a lipoproteínas de densidade muito alta (VHDL, de very high density lipoproteins), que podem ser separadas por ultracentrifugação; • Os quilomícrons distribuem os triacilgliceróis aos tecidos, onde a LIPASE LIPOPROTEICA libera ácidos graxos livres para a entrada nas células; • Os triacilgliceróis armazenados no tecido adiposo são mobilizados por uma lipase de triacilglicerol sensível a hormônio. 1 INTRODUÇÃO • Os ácidos graxos liberados se ligam à albumina sérica e são transportados no sangue para o coração, para musculatura esquelética e outros tecidos que utilizam ácidos graxos como combustíveis; • Uma vez dentro das células, os ácidos graxos são ativados na membrana mitocondrial externa pela conversão em tioésteres de acil-CoA graxos; • A acil-CoA graxo que será oxidada entra na mitocôndria em três passos, pelo ciclo da carnitina. 1 INTRODUÇÃO • Nesses tecidos-alvo, os ácidos graxos se dissociam da albumina e são levados por transportadores da membrana plasmática para dentro das células para servir de combustível; • O glicerol liberado pela ação da lipase é fosforilado e oxidado a di-hidroxiacetona fosfato, que pode entrar nas vias glicolítica ou gliconeogênica; • Alternativamente, o glicerol fosfato pode ser usado na síntese de triacilgliceróis ou de fosfolipídeos - cerca de 95% da energia - três cadeias longas de ácidos graxos; apenas 5% são fornecidos pela porção glicerol. 1 INTRODUÇÃO • As acil-graxos-CoA, como a acetil-CoA, são compostos de alta energia; a sua hidrólise a ácidos graxos livres e CoA tem uma grande variação negativa de energia livre padrão (ΔG9° 5 231 kJ/mol). 1 INTRODUÇÃO 17.1 Digestão, mobilização e transporte de gorduras As gorduras da dieta são absorvidas no intestino delgado 17.1 Digestão, mobilização e transporte de gorduras As gorduras da dieta são absorvidas no intestino delgado Hormônios ativam a mobilização dos triacilgliceróis armazenados 17.1 Digestão, mobilização e transporte de gorduras Hormônios ativam a mobilização dos triacilgliceróis armazenados 17.1 Digestão, mobilização e transporte de gorduras Os ácidos graxos são ativados e transportados para dentro das mitocôndrias 17.1 Digestão, mobilização e transporte de gorduras Os ácidos graxos são ativados e transportados para dentro das mitocôndrias 17.1 Digestão, mobilização e transporte de gorduras 17.2 Oxidação de ácidos graxos A β-oxidação de ácidos graxos saturados tem quatro passos básicos 17.2 Oxidação de ácidos graxos A β-oxidação de ácidos graxos saturados tem quatro passos básicos 17.2 Oxidação de ácidos graxos A β-oxidação de ácidos graxos saturados tem quatro passos básicos 17.2 Oxidação de ácidos graxos Os quatro passos da β-oxidação são repetidos para produzir acetil-CoA e ATP 17.2 Oxidação de ácidos graxos Os quatro passos da β-oxidação são repetidos para produzir acetil-CoA e ATP 17.2 Oxidação de ácidos graxos Os quatro passos da β-oxidação são repetidos para produzir acetil-CoA e ATP 17.2 Oxidação de ácidos graxos Os quatro passos da β-oxidação são repetidos para produzir acetil-CoA e ATP 17.2 Oxidação de ácidos graxos 17.2 Oxidação de ácidos graxos A acetil-CoA pode ser oxidada ainda mais no ciclo do ácido cítrico 17.2 Oxidação de ácidos graxos A oxidação de ácidos graxos insaturados requer duas reações adicionais A oxidação completa de ácidos graxos de número ímpar requer três reações extras 17.2 Oxidação de ácidos graxos A oxidação completa de ácidos graxos de número ímpar requer três reações extras 17.2 Oxidação de ácidos graxos A oxidação completa de ácidos graxos de número ímpar requer três reações extras 17.2 Oxidação de ácidos graxos A oxidação completa de ácidos graxos de número ímpar requer três reações extras 17.2 Oxidação de ácidos graxos A oxidação dos ácidos graxos é estritamente regulada 17.2 Oxidação de ácidos graxos Defeitos genéticos nas acil-CoA-graxo- desidrogenases causam doenças graves Defeitos genéticos nas acil-CoA-graxo- desidrogenases causam doenças graves Os peroxissomos também realizam β-oxidação 17.2 Oxidação de ácidos graxos Os peroxissomos e glioxissomos vegetais usam acetil-CoA da b-oxidação como precursor biossintético 17.2 Oxidação de ácidos graxos As enzimas da β-oxidação de organelas diferentes divergiram durante a evolução 17.2 Oxidação de ácidos graxos A ω-oxidação de ácidos graxos ocorre no retículo endoplasmático 17.2 Oxidação de ácidos graxos O ácido fitânico sofre a-oxidação nos peroxissomos 17.2 Oxidação de ácidos graxos • Na primeira etapa da β-oxidação, quatro reações retiram cada unidade de acetil-Coa da extremidade carboxila de um acil-CoA graxo saturado: (1) desidrogenação dos carbonos a e b (C-2 e C-3) pelas acil-CoA-desidrogenases ligadas à FAD, (2) hidratação da dupla ligação trans-D2 resultante pela enoil-CoA- hidratase, (3) desidrogenação do L-b-hidroxiacil-CoA resultante pela b-hidroxiacil-CoA-desidrogenase ligada à NAD, e (4) clivagem por CoA do b-cetoacil-CoA resultante pela tiolase, para formar acetil-CoA e um acil- CoA graxo encurtado em dois carbonos; • O acil-CoA graxo encurtado entra de novo na sequência de reações. 17.2 Oxidação de ácidos graxos • Na segunda etapa da oxidação dos ácidos graxos, o acetil-Coa é oxidado a CO2 no ciclo do ácido cítrico; • Uma grande fração do rendimento teórico de energia livre da oxidação dos ácidos graxos é recuperada como ATP pela fosforilação oxidativa, a etapa final da via oxidativa; • Malonil-CoA, intermediário inicial na síntese de ácidos graxos, inibe a carnitina-aciltransferase I, prevenindo a entrada dos ácidos graxos na mitocôndria; • Isso bloqueia a degradação dos ácidos graxos enquanto ocorre a síntese; • Defeitos genéticos na acil-CoA-desidrogenase de cadeia média resulta em doenças humanas graves, assim como mutações em outros componentes do sistema de b- oxidação. 17.2 Oxidação de ácidos graxos • A oxidação de ácidos graxos insaturados requer duas enzimas adicionais: a enoil-CoA-isomerase e a 2,4- dienoil-CoA-redutase; • Ácidos graxos de número ímpar são oxidados pela via de b-oxidação gerando acetil-Coa e uma molécula de propionil-CoA. Esta é carboxiladaa metilmalonil-CoA, que é isomerizada a succinil-CoA em uma reação catalisada pela metilmalonil-CoA mutase, enzima que necessita de coenzima B12. 17.2 Oxidação de ácidos graxos • Os peroxissomos vegetais e animais, e os glioxissomos vegetais fazem b-oxidação em quatro etapas semelhantes àquelas da via mitocondrial em animais; • A primeira etapa de oxidação, no entanto, transfere elétrons diretamente ao O2, gerando H2O2; • Os peroxissomos dos tecidos animais se especializam na oxidação de ácidos graxos de cadeia muito longa e em ácidos graxos ramificados; • Nos glioxissomos, das sementes em germinação, a ω- oxidação é um passo na conversão de lipídeos estocados em uma variedade de intermediários e produtos. 17.2 Oxidação de ácidos graxos • As reações da ω-oxidação, que ocorrem no retículo endoplasmático, produz intermediários acil-graxo dicarboxílicos, que podem sofrer b-oxidação em qualquer uma das extremidades para gerar ácidos dicarboxílicos curtos como o succinato; • As reações da a-oxidação degradam ácidos graxos ramificados, tal como o ácido fitânico. 17.2 Oxidação de ácidos graxos 17.3 Corpos cetônicos • Os corpos cetônicos – acetona, acetoacetato e D-b- hidroxibutirato – são formados no fígado; • Os dois últimos compostos servem como combustíveis nos tecidos extra-hepáticos, por meio da oxidação a acetil-CoA e entrada no ciclo do ácido cítrico; • A superprodução de corpos cetônicos no diabetes não controlado ou na redução severa da ingestão de calorias pode levar à acidose ou cetose. 17.3 Corpos cetônicos 17.3 Corpos cetônicos Os corpos cetônicos formados no fígado são exportados para outros órgãos como combustível 17.3 Corpos cetônicos Os corpos cetônicos formados no fígado são exportados para outros órgãos como combustível Os corpos cetônicos são produzidos em excesso no diabetes e durante o jejum 17.3 Corpos cetônicos
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