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FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR RESUMO

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FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR – RISCO CARDIOVASCULAR 
Estudo INTERHEART 
 O QUE ELE TROUXE: descobriu que são poucos os fatores que explicam a maior parte 
dos problemas cardiovasculares, a maior parte dos AVCs, infartos, eventos fatais e não 
fatais. 
 Fatores que estão relacionados com o risco de DCV: Relação entre as apo proteínas B 
e A, tabagismo, HAS, diabetes, obesidade abdominal, fatores psicossociais (estresses, 
agitação, explosivos); fatores protetores: consumo de frutas e vegetais, consumo de 
álcool em pequenas quantidades, exercício físico regularmente. 
 O que precisa ser trabalhado nos pacientes com riscos cardiovasculares??? 
Percentual de chances: 
 Os 4 maiores fatores de risco para desenvolvimento de doenças cardiovasculares: 
tabagismo, diabetes mellitus, HA e dislipidemia. 
 Juntando 3 desses fatores, o risco de DCV aumenta para 15x mais; 4 fatores, o 
risco aumenta para 60x mais; se associar a obesidade com esses fatores, aumenta para 
65x mais e associar os 4 principais + fatores psicossociais, aumenta para 250x mais; 
Todos juntos: 333x mais. 
OUTROS ESTUDOS 
Sociedade Brasileira de Cardiologia 
 Fatores maiores: 
Tabagismo 
Dislipidemia 
DM 
Nefropatia 
Acima de 60 anos 
Histórico familiar de DCV em mulheres < 65 anos e homens < 55 anos 
 
 Outros fatores/fatores menores 
Relação cintura/quadril aumentada 
Circunferência da cintura aumentada 
Microalbuminúria 
Tolerância a glicose diminuída/glicemia de jejum alterada 
Hiperuricemia 
PCR ultrassensível aumentada 
 
*Nem todos são modificáveis/eliminados 
 
FORMAS PARA CALCULAR ESSES RISCOS CV 
 
Quando calcular? Sempre que o paciente tiver mais de um FR baixo/intermediário ou pelo 
menos 1 de alto risco. 
 
Alto risco: IAM, AVC, lesão periférica, AIT, HVE, Nefropatia, Retinopatia, Aneurisma de aorta 
abdominal, estenose de carótida sintomática – associados com DM. 
 
COMO CALCULAR? 
 
 Score de Framinghan 
Analisa vários fatores do indivíduo (idade, HDL, Colesterol total, PAS não tratada, PAS 
tratada, tabagismo e diabetes) 
Quanto maior a pontuação, maior a chance de desenvolver DCV. 
A pontuação é somada e transferida para uma relação de chance 
O risco se dá em % 
*Ferramenta de acompanhamento/estímulo do paciente* 
Classificação: 
 < 10% - Baixo 
 10-20% - Intermediário 
 >20% - Alto 
 
 Associação Americana de Cardiologia 
É mais sensível pra detectar riscos; 
Pontuação de acordo com o número de risco 
 
 Aplicativos e sites que calculam o risco cardiovascular 
Normalmente utilizam o Score de Framinghan 
 
 Índice Multifatorial de risco – Tabela de Goldman 
É utilizado indicadores clínicos; 
Avalia complicações, risco de vida e risco de morte do paciente; Prevê o risco de um 
paciente internado desenvolver complicações; de acordo com os FR teremos uma 
pontuação que colocará o paciente em certas classes. 
 
 
 
 
 Classificação de Killip e Kimbal (1967) – muito utilizada pelos médicos e denotam para 
nós fisioterapeutas, o grau de gravidade. 
De acordo com sintomatologia; 
Killip I – Sem dispneia, B3 (3ª bulha) ou estertorização pulmonar – Mortalidade 6% 
Killip II – Dispneia e estertorização pulmonar nos 1/3 inferiores ou B3 – mortalidade 
17% 
Killip III – Edema agudo de pulmão – mortalidade 38% 
Killip IV – choque cardiogênico (PA sis <80mmHg sem resposta a volume) – 
Mortalidade 81% 
 
 Risco relativo de eventos coronarianos em indivíduos com diabetes 
- Diabetes sempre aumenta o risco para DCV; 
- O risco é maior em mulheres; 
- Risco maior para insuficiência cardíaca; 
 
 Mortalidade coronariana e grau de tolerância à glicose 
- Quanto mais deteriorada está a taxa de tolerância a glicose, maior o risco de doenças 
coronarianas; 
- Perfil glicêmico tem a ver com o tripé: medicação, hábitos de exercício físico e 
hábitos alimentares; 
 
 Impacto de múltiplos fatores de risco na presença de diabetes 
- O risco é SEMPRE maior em pacientes com diabetes em relação a pacientes que não 
tem diabetes; 
- Efeito somatório: quanto mais fatores de risco tiver, maior o risco; 
 
 Comparação com fumantes e não fumantes (AHA) 
- Indivíduos fumantes sempre tem maior risco que o indivíduo não fumante; 
- Calcular a carga tabágica (anos/maço) – quanto maior essa carga, maior o risco de 
DCV; 
 
 Vinho e coração; 
- Parábola invertida: risco de indivíduo que não bebe nada, doses moderadas e doses 
exageradas 
- Consumo moderado: 
 Prevenção de doenças CV; 
 Retardo de envelhecimento; 
 Prevenção de tumores; 
 Tratamento de cataratas hereditárias; 
- Diminuição do consumo de álcool -> Diminui a HA 
 
 Consumo moderado de bebida alcoólica 
- SBC – para fins práticos: 
 Cerveja: 2 latas ou 1 garrafa por dia 
 Vinho: 150ml/300ml por dia 
 Uísque, vodca, aguardente: 100ml 
*Não vale acumular tudo para o fim de semana* :D 
 Exercício físico e a idade 
Epidemiologia: Quanto mais jovem, mais energia é gasta. Quanto mais “velho” menos 
energia gasta. 
- Nosso alvo: manter/fazer uma manutenção diária de gasto energético; 
 
 Se já tiver o problema (for fumante, obeso, hipertenso, dislipidêmico), fazer 
exercício ajuda ou não? 
 - Ajuda muito! 
 - Aumentar em apenas 1 MET, ajuda a diminuir a chance de ocorrer eventos 
cardiovasculares. 
 - O exercício físico é sempre um fator de proteção independente se há fator de 
risco ou não. 
 
 Condição física e mortalidade: 
- Exercício tem dose certa. 
 Não fazer = aumenta muito a mortalidade 
 Exercício leve = já diminui 
 Exercício moderado = diminui bastante 
 Exercício demais/vigoroso = aumenta o risco de DCV 
Prescrever a dose certa! 
 
 Mortalidade x Exercício 
- Indivíduos com capacidade: 
> 8 METS: 
5 a 8 METS 
< 5 METS 
*O risco relativo de morte é sempre maior em indivíduos com menor capacidade 
física/metabólica (METS), independente se há uma patologia presente* 
- A capacidade física/condicionamento físico é um protetor contra a morte, 
independente do problema presente. 
 
 Impacto do exercício físico em indivíduos com fatores de risco 
- Quanto mais condicionado/ativo o indivíduo, menor a taxa de mortalidade – 
independentemente do número de fatores de risco presentes. 
- Quem faz menos exercícios, tem mais síndromes metabólicas (associação de fatores: 
diabetes, hipertensão, etc.) 
 
 Exercício x síndrome metabólica 
- A chance de desenvolver síndrome metabólica tanto no homem como na mulher, é 
sempre menor em indivíduos com maior capacidade metabólica/aptidão física. 
 
 Risco relativo de morte x aptidão física 
Tanto faz se você é um indivíduo que não tem síndrome metabólica ou se você já tem 
– a mortalidade é empatada pela aptidão física, ou seja, quanto maior for a sua 
aptidão, menor vai ser sua mortalidade. 
Aptidão física é fator central do controle de risco cardiovascular. 
 
AJUSTE CARDIOVASCULARES AO EXERCÍCIO – VIDEO 
 
Lei de Fick: VO² = Q x C (a-v) O2 
As respostas cardiovasculares no organismo se dão em decorrência do consumo de O2 
O consumo de O2 é determinado pela quantidade de sangue bombeada por minuto(Q) e pelo 
conteúdo arterio venoso de O2 
Formula resulta na razão do consumo de O2 numa determinada taxa de esforço 
Na medida em que se faz um esforço físico, na medida em que se progride uma intensidade, 
aumenta o consumo de 02 e o organismo precisa responder por uma das duas linhas: 
modificando o Q ou modificando o conteúdo arterio venoso de O2 
 
Variaveis que tem relao com Q e com conteúdo arterio venoso de O2 
Centro dofluxograma: centro de controle cardiovascular, que emite todas as ordens e recebe 
informações de todo nosso organismo – Corticais (SNC) e Periféricas (receptores químicos, 
receptores de pressão, receptores mecânicos, 
 Quimiorreceptores: que analisam nosso sangue em condições como quantidade de O2 
disponível, quantidade de CO2 circulante, ph sanguíneo 
 Barorreceptores: estão em nossos vasos sanguíneos, especialmente nos grandes 
vasos; vão mandar informações a respeito da PA 
 Mecanorreceptores: receptores musculares, articulares 
O centro cardiovascular integra: funções químicas, funções mecânicas do organismo para 
então fazer um ajuste ideal da resposta cardiovascular. 
 
Ajuste primário 
Mais caótico, impreciso 
Nem sempre leva em consideração o sinal de erro provocado ou então, aquela exata demanda 
de atividade que o paciente está necessitando 
 Caracterizada pela retirada do tônus parassimpático, o que quer dizer que o coração 
na FC de repouso, mantem uma frequência abaixo da frequência intrínseca. É uma 
frequência modulada pelo SN parassimpático que modula para baixo essa FC. Se o 
organismo quiser aumentar a FC, a primeira providência é retirar esse freio do SNC 
permitindo que o coração admita sua FC intrínseca. 
 Entrada do estimulo do SN autônomo: aumento da descarga simpática 
 Resposta finalizada, nas suas intensidades mais altas por uma inundação de 
Catecolaminas (adrenalina/noradrenalina) 
A resposta disso: 
 Aumento da FC, aumento da contratilidade intrínseca do miocárdio, vasoconstrição 
adrenérgica, aumento da PA. 
Vasoconstrição adrenérgica: mediada pelo SN simpático 
O ajuste primário tende a ser tanto mais refinado, mais preciso, quanto maior o nível de 
treinamento de um indivíduo. 
Quando estiver reabilitando um paciente cardiopata que tem por habito sedentarismo, este 
indivíduo quando exposto a atividade física tende a ter uma resposta muito caótica, 
exacerbada; completamente incompatível com a intensidade de esforço que está fazendo. 
Muitas vezes, irá começar a fazer o exercício numa intensidade bastante baixa, tranquila e 
segura, mas o sistema cardiovascular terá uma resposta exagerada e este é o momento do 
ajuste primário. Na medida que o tempo for passando este indivíduo vai moderar essas 
atividades de acordo com a exata necessidade ou então o que se chama de erro fisiológico, o 
corpo começa a perceber exatamente o que está acontecendo e faz esses ajustes 
cardiovasculares em cima dessa resposta do organismo. 
Já o individuo treinado, é um individuo que o organismo de certa forma tem uma memoria 
daquele esforço, já sabe o que acontece por exemplo quando começa a andar porque já esta 
habituado a andar todos dias. Entao, quando colocar esse paciente para fazer uma caminhada, 
o organismo vai transformar esse ajuste em algo já conhecido, vai utilizar informações que já 
tem, fazendo que este ajuste primário seja muito menos exacerbado, mais próximo do que 
aconteceria na segunda fase, no ajuste fino. 
Ajuste fino 
Depende de um sinal de erro 
Percebe por exemplo: a existência de um hipóxia, uma alteração de ph, aumento da 
quantidade de CO2 na corrente sanguínea; e usa essa informação para decidir por um 
aumento ou diminuição da atividade cardiovascular 
 Estado de fosforilação local (ADP): quanto mais ADP tiver, mais ATP foi quebrada, foi 
gasta; o que indica ao organismo que a atividade física foi mais intensa 
 Hipoxia gerada no tecido 
 Hipercapnia: quantidade de CO2 na corrente sanguínea, que é um produto do 
metabolismo aeróbio, então o organismo entende que quanto mais CO2 tiver na 
corrente sanguínea maior foi o gasto energético envolvido naquela atividade, maior a 
intensidade dessa atividade e é preciso se programar, fazer um ajuste mais intenso, 
mais adequado para esse sinal de erro. 
 Acidose sanguínea: o ph sanguíneo precisa ficar entre ---- , para garantir que as 
reações químicas corporais aconteçam, inclusive aquelas necessárias para o 
desempenho físico. Então é um sinal importante para o sistema cardiovascular e 
respiratório para que se tenha ajustes mais precisos, mantendo esse ph nos valores de 
referência adequados. 
 Temperatura corporal: à medida que a temperatura corporal aumenta, coloca em risco 
as reações químicas (febre), então o organismo precisa fazer ajustes corporais e 
cardiovasculares para manter essa temperatura dentro de valores de normalidade 
 Osmolaridade: tem relação com a concentração de solutos na corrente sanguinea, isto 
quer dizer que tem relação com a viscosidade do sangue, que por fim tem relação com 
o grau de hidratação de um indivíduo. Sabe-se que durante um treinamento a 
tendência é que se perca liquido (suor, evaporação da pele, ventilação – à medida que 
a ventilação aumenta elimina mais líquido, na forma de vapor, na expiração) 
 Acumulo de metabolitos: relacionados ao metabolismo energético, metabolismo do 
esforço – adenosina – ATP, peptídeos vasoativos, Mg, Ca; relacionados com o 
desempenho e resposta ao esforço fisico 
 Descompasso entre Q e a condutância vascular 
 
São situações mais comuns de respostas de monitoramento periférico, que alimentam o 
sistema cardiovascular para então fazer uma resposta adequada da FC, PA, inotropismo 
cardíaco, todo o composto que faz a regulação cardiovascular a partir do momento em que se 
coloca o paciente para fazer uma simples caminhada ou então uma atividade física mais 
complexa. 
Débito cardíaco 
Frequência cardiaca: 
 Mais nos interessa na pratica, porque é um 
 Valor muito fácil de ser aferido, obtido 
 Não é preciso tecnologia muito avançada 
 Contagem de pulso periférico (fácil e segura) 
O que acontece com a FC durante o esforço físico? 
1. Retirado no tônus vagal 
 FC aumenta 
 SN parassimpatico – freio da FC – é retirado 
Uma FC no seu repouso, que depende de um individuo para outro (60-70bpm), vai 
avançar sozinha sem qualquer estimulo pela simples retirada do tônus parassimpatico, 
para em torno de 90-100bpm (1ª estratégia do organismo para aumentar a FC) 
 Acima de 100bpm: predomina a estimulação adrenérgica - estimulação do SN 
simpático, através da cadeia torácica 
 Acima de 150bpm: na FC mais alta, onde se tem maior intensidade de 
exercício, predomina a quantidade de catecolaminas (adrenalina e 
noradrenalina) circulantes na corrente sanguínea 
 
Para reabilitação dos pacientes cardiopatas não costuma ser interessante chegar nos níveis 
mais intensos de treinamento (acima de 150bpm), até porque as catecolaminas estão 
relacionadas a efeitos adversos do treinamento e inclusive arritmias e parada cardíaca. 
Então normalmente no paciente cardiopata nosso alvo é a retirada do tônus vagal e permitir 
que aconteça algum estimulo do SN simpático como resposta ou motivo do aumento da FC. 
A resposta da FC varia por diversar condições, mas uma coisa é certa, a FCmax com o 
avanço da idade diminui. Se eu sei que o paciente tem uma FCmax de 150bpm, pode-
se trabalhar ate 85% desse valor de uma maneira segura (exercício moderado). 
Formula: FCmax = 220-idade 
 
FCmax não se altera com treinamento fisico, é uma característica fisiológica de cada 
indivíduo. É modificável por fármacos e condições clinicas 
Posição supina: a resposta cardiovascular é um pouco diferente. Por que? 
 Quando se trabalha em pé e começa a atividade - aumenta o retorno venoso (pela 
ação da musculatura comprimindo a vascularização) – fazendo com que a FC aumente 
no início do esforço e o volume de sangue que é bombeado. Trabalhar com o paciente 
me pé tem uma resposta tem uma resposta menor da FC 
 Paciente deitado na cama e começa a atividade - aumento da FC logo de saída, porque 
em virtudedos MMII estarem na altura do coração ele está com retorno venoso 
otimizado, já está no máximo. 
Isso quer dizer que para atender a demanda do organismo, o corpo de imediato busca um 
aumento da FC, a resposta é mais exacerbada. 
Fique atento: se o paciente tem uma resposta da FC inadequada esta diante de um grande 
problema 
 Deficit cronotrópico: quando a FC não aumenta em taxas adequadas. 
Então o paciente que está sendo trabalhado na posição de pé o não aumento imediato da FC é 
perfeitamente compreendido fisiologicamente, porque o teu organismo pode estar 
aumentando o Q através de um aumento do Volume de ejeção. 
Mas no paciente deitado se fizer esforço a FC necessariamente precisa subir. Se a FC não subir 
é uma situação de risco, paciente pode desenvolver complicações 
Gráfico FC: A medida que aumenta a intensidade do esforço - aumenta de maneira linear a FC 
ate um determinado limite, onde mesmo aumentando a velocidade a FC estabiliza, gerando 
um platô no gráfico. Esta é a condição de medida em um teste de esforço, em um teste 
progressivo, para ter certeza de que o paciente tem uma FCmax. 
E a resposta em forma de reta faz com que a FC seja uma das variáveis mais utilizada para 
determinação da intensidade do treinamento para pacientes cardiopatas. 
A exceção nesse caso são as medicações (betabloqueadores, bloqueadores de canal de Ca, 
antiarrítmicos) que interferem na resposta da FC. Se o paciente esta fazendo uso de qualquer 
medicação que interfira na frequência cardíaca a resposta sera modificada, e a FC não é um 
bom controle de segurança. 
De acordo com a resposta relativa a sensação de esforço do paciente, ele tem uma provável FC 
relacionada. 
Escala de Borg original: 
6 a 20: relacionado aos bpm 
6-10: fácil 
12-16: cansaço 
Esta relação que existe entre a reação de esforço do paciente e a FC permite que se utilize 
indiretamente o relato de sensação de esforço como uma forma de segurança porque tem 
relação com a FC 
Volume de ejeção 
Volume de sangue que é bombeado para o organismo ou para pequena circulação ou grande 
circulação no caso do VE que é a quantidade de sangue que é bombeada a cada sístole, a cada 
batimento do coração. 
Do que depende o volume de ejeção sistólico? 
Um dos maiores determinantes é retorno venoso: a quantidade de sangue que chega no 
coração é que determina a quantidade de sangue que sai do coração. 
Lembre-se que Q (quantidade de sangue bombeada por minuto) é uma razão matemática 
entre FC x Vej. Entao se o indivíduo tiver um retorno venoso aumentado, o Vej aumenta e a FC 
não precisa aumentar tanto 
Quem faz o retorno venoso no paciente? Atividade muscular do membro inferior: “exercícios 
de bombeamento”- exercícios de dorsiflexão e plantiflexão ativam um grande grupo muscular 
da sua perna anterior e posterior, em que essa contração rítmica desses músculos comprimem 
os vasos venosos (veias), fazendo com esse sangue seja direcionado para a parte central. Então 
o uso dessa musculatura em membro inferior, com uma atividade simples de elevação na 
ponta do pe, aumenta o retorno venoso. 
Bomba abdomino-toracica: relação de pressões que existe entre o tórax e o abdome. Por 
exemplo, quando você faz uma inspiração profunda, faz com que no tórax tenha uma pressão 
mais negativa, que tende a puxar fluidos – puxa o ar e o sangue dos MMII para a região 
toracica, tanto que uma inspiração profunda consegue aumentar o retorno venoso em 10 %. 
Entao um exercício de inspiração profunda tambem faz uma mobilização de sangue do 
membro inferior para a caixa torácica. 
Vasoconstriçao: gerada pelo sistema gerada pelo SN autônomo simpático, a constrição das 
veias faz com que o sangue volte mais rapidamente dos reservatórios venosos para a caixa 
torácica, fazendo com que se tenha condições de aumentar o Vej. 
Aumento do Inotropismo: aumento de intensidade de contração (força de contração). A 
medida em que se intensifica o exercício, a força de contração no coração aumenta, o coração 
bate com mais força – Resposta normal e fisiológica relacionada ao esforço físico 
O que acontece com o Vej na pratica, em um atendimento fisioterapêutico, em um 
treinamento do paciente cardiopata? 
Aumento rápido do Vej: nas primeiras fases do exercício - 30-40% VO2 max, relacionado ao 
aquecimento do esforço. Durante um aquecimento consegue suprir um aumento do Q para o 
organismo apenas pelo retorno venoso, a não ser naquele paciente que já esta deitado. 
Segue um platô e na medida em que a intensidade do esforço aumenta, é preciso recrutar 
também o cronotropismo (FC) para fazer com que o Q seja mantido, seja relacionado com o 
grau de esforço que esta fazendo. 
 
Por que o Vej aumenta? Mecanismo de Frank Starling: quanto maior a quantidade de sangue 
que entra numa cavidade cardíaca, pelo mecanismo de distensão das fibras musculares, 
maior a força de contração. Entao quanto maior o retorno venoso, mais sangue dentro de 
uma cavidade cardíaca, com mais força ela vai contrair visando a ejeção desse liquido no 
interior da cavidade – mecanismo de bomba. 
Aumento da contratilidade ventricular 
Diminuição da resistência vascular periférica: durante o exercício há uma dilatação dos vasos, 
pelo próprio aumento da pressão, a pressão aumenta - o vaso dilata, fazendo com que o 
sangue flua com mais facilidade, e se ele fui com mais facilidade sai com mais facilidade das 
cavidades cardíacas - tendencia ao aumento do volume bombeado a cada sístole 
Como funciona a bomba muscular periferica? 
Prevenção de trombose venosa profunda 
Prevenção de insuficiência venosa 
Integrante da reposta cardiovascular ao esforço físico 
Quando contrai o sangue é impulsionado e quando relaxa o sangue fica esperando uma 
próxima contração. 
É um mecanismo fundamental para a resposta cardiovascular, mas so funciona se as vavulas 
venosas, que garantem que o fluxo sanguíneo quando a veia é comprimida pela contração 
muscular seja unidirecional – ascendente – em direção ao torax , estiverem em boas condições 
Por que algumas vezes o Vej diminui com a progressão do exercício? Aumento muito 
exacerbado da FC. 
Para que o coração consiga bombear o sangue, precisa receber esse sangue, a sístole 
(bombeamento) depende da diástole (relaxamento), e o coraçao recebe sangue entre um ciclo 
e outro, no momento em que esta relaxando. 
Se a FC aumenta muito o tempo para o coração receber o sangue do retorno venoso fica cada 
vez menor, quanto maior a FC menor o tempo de enchimento da cavidade cardíaca e quanto 
menor o tempo de enchimento menos sangue chega na cavidade e menos sangue sera ejetado 
– diminuindo o Vej em intensidades muito altas, próximas a FCmax, e não é desejável que o 
cardiopata seja levado a essa condição. 
Gráfico Vejeção: FC máx. não se altera com o treinamento, embora a FC cardíaca carga relativa 
se altera. 
Mas olha no gráfico o que acontece com o volume de ejeção (quantidade de sangue bombeada 
por minuto). 
Na medida que o meu esforço físico avança, a minha tendência é um aumento do volume de 
ejeção. 
Só que há uma comparação entre dois indivíduos: 
 O indivíduo abaixo do gráfico de cor mais escura, ele não é treinado, ele não fez 
reabilitação cardíaca, e serve também para o indivíduo saudável. 
 E na curva mais avermelhada nós temos indivíduos que já fizeram treinamento físico, 
repare que, O treinamento físico melhora a resposta do volume de ejeção. 
Se tenho uma resposta melhor do volume de ejeção, isto quer dizer, que eu não preciso da FC 
em tanta intensidade. Por isso que quanto mais treinado o indivíduo menor a resposta 
cronotrópica dele. Menor a FC a uma determinada carga de trabalho e serve para o repouso 
também. 
No repouso quantomais treinado um indivíduo for, menor a FC dele. Agora se pegar uma 
intensidade qualquer, por exemplo, colocar esse indivíduo para correr a 10km/por hora durante 
5 minutos, se colocar um treinado e outro não treinado para fazer isso, o indivíduo treinado ao 
final dessa prova vai estar com a FC mais baixa, do que o indivíduo não treinado. 
Então essa resposta menor – ou maior + da FC é explicada por essa curva, por esse volume de 
ejeção. 
Quanto melhor o meu volume de ejeção menos eu preciso aumentar a FC para conseguir um 
Débito cardíaco para o meu organismo. 
Isso para o indivíduo cardiopata é maravilhoso, porque quanto maior a FC mais esse coração 
gata energia, mais gasta oxigênio, mais ele precisa de fluxo sanguíneo, então se já tem um 
paciente com um coração com problemas, você deve assimilar que não é desejável que esse 
coração trabalhe demais, então quanto mais eu treinar esse indivíduo, mais vai ficar tranquilo 
para esse coração trabalhar, menos ele vai ser exigido, mais vai ser protegido. 
Onde está a explicação de porque o exercício físico é protetor do coração? 
Porque ele melhora o volume de ejeção, a reposta do volume de ejeção no meu organismo 
fazendo com que eu consiga poupar oxigênio que seria gasto adicionalmente por um aumento 
de FC. 
Gráfico do Volume bombeado pelo coração por minuto: (Q) Quanto mais intensa sua 
atividade física, maior o seu débito cardíaco (Q), mais sangue esse coração precisa bombear 
por minuto. Então mostrando que esse débito cardíaco realmente tem relação com aquela FC. 
O gráfico é muito parecido que não consegui deixar de acreditar que uma coisa está 
completamente ligada com a outra FC, volume de ejeção, e o débito cardíaco e eu sei que isso 
é absolutamente verdade. 
Alterações Cardiovasculares no SANGUE: a medida que o exercício aumenta, as funções do 
sangue tornam-se vitais para o desempenho efeiciente da atividade executada. – Conteudo 
de O², Volume plasmático, hemoconcentração, pH balanceado. 
Alterações também na concentração, nas características do meu sangue. 
De acordo com a atividade física alguma coisa muda, e nós temos vários parâmetros em que 
vamos analisar, que se alteram na medida em que uma atividade física progride. 
Algumas dessas alterações são noquas outras são adaptativas e outras são até mesmo 
indesejáveis. O que temos de mudança: 
VO2 depende do Débito Q e do conteúdo arteriovenoso de O2. 
Conteúdo arteriovenoso de oxigênio – C (a-v) O² 
A diferença entre a quantidade de oxigênio que tem no sangue arterial e no sangue venoso. 
A diferença entre a quantidade de oxigênio que tem no sangue arterial e aquela 
quantidade que tem no sangue venoso é exatamente a quantidade de oxigênio que o 
teu corpo está gastando naquele momento. Isso é tão importante que é utilizado 
inclusive lá na UTI no paciente para saber do estado metabólico desse paciente, quanto 
ele está consumindo de oxigênio em relação com o gasto energético também. 
Então o que acontece no exercício físico com o conteúdo arteriovenoso de oxigênio? 
 Primeiro, em repouso, você tem algo em torno de 20 ml de O₂/a cada 100 ml de sangue, 
no sangue arterial. Já no sangue venoso tem só 14. 
 
 Se no sangue arterial está chegando 20 e está voltando pelo sangue venoso só 14, fica 
fácil de entender que no repouso você está gastando algo em torno de 6 ml de O₂/Dl de 
sangue que são 100 ml. 
 
O que acontece durante o esforço? 
No esforço eu gasto mais O2, isto quer dizer que essa diferença de conteúdo artério venoso de 
Oxigênio que era 6 ela vai aumentar para 15 ou para 16, só que com uma coisa que nós 
precisamos ter me mente, a quantidade de oxigênio no sangue arterial é relativamente 
constante. 
Esse aumento de diferença arteriovenosa de oxigênio que nós vemos com o exercício se dá em 
virtude de uma diminuição do conteúdo venoso, quer dizer, efetivamente Gasto de oxigênio 
pela atividade física. 
Outra coisa que acontece com o exercício físico é uma perda de líquido vascular, perda de líquido 
dos vasos sanguíneos, e que acontece por 2 motivos: 
 Aumento da pressão arterial: a pressão aumenta, o sangue é comprimido com mais 
força contra a parede arterial, fazendo com que o líquido extravaze para fora do vaso. 
Tecnicamente, ocorre um aumento da pressão hidrostática dentro do vaso fazendo com 
que o liquido seja impelido para fora do vaso. 
 
 Na medida em que seu músculo está trabalhando ele está acumulando no tecido 
metabólitos e se ele está acumulando metabólicos ele está aumentando a osmolaridade 
- O líquido vai do meio menos concentrado para o meio mais concentrado, então esse 
líquido ele é estimulado a sair do vaso: 
 
 Por um aumento de pressão efetiva em dentro (pressão hidrostática): 
aumento da diferença arteriovenosa de oxigênio 
 
 Ele é atraído por uma concentração maior de solutos pelo lado de fora, 
resultados do metabolismo muscular fazendo com que esse líquido saia dos 
vasos com intuito de dissolver, tentar equilibrar a osmolaridade dessas duas 
soluções, a solução intravascular que é o sangue e da solução do líquido 
intersticial. O líquido deixa o leito vascular, o sangue fica mais espesso, mais 
viscoso, quer dizer que o coração tem que fazer mais força para bombear o 
sangue na medida que o tempo de exercício vai aumentando, isso fica ainda 
pior se esse indivíduo não tiver uma boa hidratação, e fica ainda pior se o 
exercício for feito naquelas horas mais quentes do dia. 
São recomendações em que são conhecidas pela sociedade, fazer exercício, beber muita água, 
e não faça exercício nas horas muito quentes do dia, por que? 
A resposta é porque um dos motivos é evitar, justamente, essa perda de líquido vascular e 
consequentemente, aumentar a viscosidade do sangue, aumentando a taxa de trabalho 
cardíaca. 
Alterações no Ph Sanguíneo 
O metabolismo oxidativo gera gás carbônico, gás carbônico mais água = ácido carbônico, o 
metabolismo muscular gera também um outro ácido muito conhecido o ácido lático, isso quer 
dizer que eu tenho uma tendência a acidez do sangue aumentar. 
A acidez do sangue aumentar significa dizer que o Ph cai, então Ph tanto no músculo como nos 
tecidos ativos quanto no Ph do próprio sangue tendem a cair durante o exercício. Claro que o 
corpo vai procurar compensar isso, mas isso é ponto, motivo de aumento de trabalho do seu 
organismo, de trabalho cardiovascular. 
Fluxo sanguíneo periférico: 
 Repouso: 1L/min -¹ 
 Exercicio: 20L/min-¹ 
Outra coisa que acontece bastante com os nossos pacientes, quando fazemos atividade física é 
uma redistribuição do fluxo sanguíneo, ele sai de órgãos internos, órgãos mais relacionados a 
funções vegetativas e é direcionado para aquelas áreas onde a atividade está propriamente 
acontecendo, então nós temos os dois mecanismos envolvidos nisso: 
 Redistribuição de sangue: tem relação com a retirada de sangue de todos os territórios 
esplânticos, levando esse sangue então para os músculos esqueléticos, para o musculo 
cardíaco e para a pele para fazer a troca de calor, a dispensação de calor do meu 
organismo. 
 
 Bomba muscular esquelética: aumento do retorno venoso que tira o sangue dos 
componentes venosos e o leva para dentro do compartimento arterial sanguíneo. 
Como que acontece essa redistribuição do fluxo sanguíneo? 
Conforme aumenta a atividade física, a intensidade da atividade você libera mais catecolaminas 
na corrente sanguínea, e essas catecolaminas elas são vasoconstritoras, não só elas, mas o 
próprio sistema nervoso autônomo simpático constringe, isso quer dizer que se você faz uma 
atividade física a tendência é uma vasoconstrição generalizada. Só que essa resposta 
generalizada de vasoconstrição de todo o teuorganismo ela recebe um contraponto, recebe 
um estimulo contrário, que é um estímulo dilatador, esse estímulo vasodilatador acontece 
justamente naquelas localidades, naqueles músculos, naqueles órgãos que estão trabalhando 
mais. 
Então se estou fazendo um exercício de caminhada, por exemplo, ou melhor um exercício de 
pedalar em uma bicicleta estacionária, comum na reabilitação cardíaca, quando eu coloco o meu 
paciente na bicicleta estacionária e ele começa a pedalar, do meu SNC vem um comando faça 
vasoconstrição no meu organismo todo, é uma ideia para aumentar a PA por exemplo, já que é 
uma PA maior faz com que eu tenha melhor perfusão periférica de sangue e eu consiga então 
atender melhor os meus órgãos periféricos principalmente os nossos músculos envolvidos nessa 
atividade, só que nesse indivíduo que está na bicicleta ele está movimentando, gastando muita 
energia nos músculos das pernas e muito menos nos músculos do tronco e do braço. O meu 
corpo na parte em que não está como sendo a musculatura primária do esforço permanece com 
uma grande vasoconstrição, aquela vasoconstrição gerada pelo estímulo generalista 
adrenérgico, já os meus músculos da perna como eles estão trabalhando muito, eles estão 
produzindo muitas substâncias, está aumentando a quantidade de potássio, ácido, acumulando 
metabólicos, está gastando oxigênio está quebrando ATP então está sobrando AMP e ADP e 
outros peptídeos, está acumulando gás carbônico. O que todas essas substâncias têm em 
comum, é que todas são VASODILATADORAS, então naquele local onde existe muito 
metabolismo essas substâncias vasodilatadoras elas são mais fortes do que essas substâncias 
vasoconstritoras, fazendo com que elas consigam neutralizar esse efeito vasoconstritor 
generalizado. E se nessa região o vaso fica mais dilatado o sangue claro que vai muito mais na 
região o que é uma resposta muito boa, já que ali está precisando muito oxigênio então que se 
leve muito sangue para carrear mais oxigênio. Se está produzindo muito gás carbônico que se 
leve muito sangue para retirar esse CO2 desse tecido e manter ele equilibrado, mantê-lo em 
homeostase para que ele mantenha a sua função, a funcionalidade de contração muscular no 
maior tempo possível. 
Isso tem relação com a tolerância ao esforço, então o teu organismo com redistribuição de fluxo 
sanguíneo é na verdade esse cabo de guerra, briga entre estímulos vasoconstritores e estímulos 
vasodilatadores. 
Gráfico fluxo sanguine – Vo² 
No gráfico, tem a redistribuição do fluxo sanguíneo em diferentes intensidades desde 
intensidades muito baixas até intensidades mais altas de esforço, a primeira coisa que chama a 
atenção é a quantidade de sangue no sistema arterial, e que no repouso você tinha uma 
quantidade de sangue bem pequena no sistema arterial e com o exercício você tem muito mais 
sangue e com o exercício intenso muito mais. 
De onde veio esse sangue? 
Ele saiu dos territórios venosos, dos seus reservatórios sanguíneos, fígado, baço, e as 
próprias veias e foi direcionado para dentro do sistema arterial por isso que aumentou 
a quantidade de sangue total no sistema arterial. Repare que existe uma modificação na 
quantidade de sangue que circula por determinados sistemas, em vermelho nós temos 
o Sistema Muscular e repare que o sistema muscular em repouso recebe pouco sangue, 
na medida em que a intensidade do exercício aumenta, a quantidade de sangue no 
tecido muscular aumenta muito mais conforme aumenta a intensidade. Outros tecidos 
aqui também aumenta a quantidade de sangue circulante em Amarelo o Tecido 
Cutâneo, quanto maior a intensidade do esforço mais sangue passa pela pele, para 
eliminar calor. 
Por outro lado, há uma diminuição no fluxo sanguíneo renal, nos territórios esplânticos que 
estão cedendo o volume de sangue para o tecido muscular e para o tecido cutâneo. 
Então há esse redirecionamento de fluxo sanguíneo para órgãos mais ativos, isso fisioterapeuta, 
gerou uma recomendação geral para atividade física dos cardiopatas. 
Porque a recomendação dos cardiopatas é que eles façam exercícios prioritariamente com 
grandes grupos musculares? porque se eu faço exercício com grandes grupos musculares eu 
tenho muitos músculos que estão liberando substâncias vasodilatadoras, porque se fazer 
somente com um braço em alta intensidade eu vasoconstrijo o meu corpo inteiro inclusive o 
braço contralateral e só o outro vasodilata, e imagine como será difícil para esse coração 
bombear sangue com os vasos muitos estreitos, diferente de realizar uma atividade como 
caminhada em que se usa braços, pernas e usa tronco todos os músculos liberando substâncias 
vasodilatadoras, e o vaso dilata e o coração precisa fazer muito menos esforço para conseguir 
bombear o sangue. Então isso é mais SEGURO do que fazer exercício com pequenos grupos 
musculares. 
Resistência vascular periférica – Segurança: Temos em nossa aferição da pressão arterial duas 
pressões, a sistólica a mais alta, que tem relação melhor com a força de contração e a 
diastólica mais baixa que tem relação com a complacência vascular com a condutância. 
Durante um exercício físico a sua pressão arterial SISTÓLICA ela sobe, a pressão arterial 
DIASTÓLICA ou permanece ou sobe muito pouco, ou em um indivíduo muito saudável ela cai, 
por causa do efeito vasodilatador. 
Por que se mensura então a pressão em seu paciente cardiopata várias vezes? 
simplesmente para verificar se a resposta da pressão obedece ao grafico, se a pressão 
diastólica subir muito PARE esta errado, esse coração não está tendo uma boa resposta ao 
estímulo que você escolheu, se a tua pressão arterial sistólica não subir deve parar também está 
errado, o coração não está suportando, a não ser que exista uma medicação que provoque isto, 
então se o paciente estiver tomando uma medicação anti-hipertensiva para a pressão não subir, 
é lógico que durante o esforço a pressão vai subir menos, o que seria um sinal de alerta em um 
indivíduo que não toma essa medicação é algo perfeitamente aceitável num paciente que está 
tomando um medicamento para o controle da pressão arterial. 
 Critério de segurança, por isso deve analisar e conhecer a resposta da pressão arterial 
PAS tem reposta diferente da PAD. 
Porque a PAD não sobe ou sobe pouco? Porque a resistência vascular periférica na medida em 
que vou aumentando a intensidade do exercício ela vai caindo, fazendo com que o sangue 
passe com mais facilidade pelos vasos, e quem mede isso é a PAD. Já que PAS mede a força de 
contração, que precisa ser maior na medida em que o exercício se torna mais intenso. 
Pressões intravasculares: 
 Aumento da PAsis, diminuição da PAdias, aumento da PAM e PApulmonar se 
mantem. 
 Não são as mesmas dependendo do tipo de esforço. 
Resposta pressórica arterial 
 No primeiro gráfico, temos um indivíduo fazendo exercício dinâmico, é um exercício que 
usa grandes grupos musculares, mas sobretudo, baixíssima carga de isometria. 
 No segundo gráfico, temos um indivíduo que está fazendo exercício 
predominantemente estático, que usa muita isometria, veja que isso não tem relação 
direta e objetiva com exercício de peso, ou caminhada, ou exercícios de carga livre, tem 
a ver com isometria ou não isometria. 
Um exercício que não tenha muita isometria a resposta da pressão sistólica é aquele que você 
gosta, que viu na reposta adequada, e a resposta da PAD é a que deseja em que se tem inclusive 
uma queda dela de até 10mmHg que é muito bom. 
A reposta adequada da PAD está em uma relação muito pequena entre aumentar ou diminuir 
no máximo 10 mmHg, repostas maiores não são desejáveis. Mas repare no que acontece se um 
indivíduo é estimulado ou você prescreve exercícios com grandescomponentes estáticos, a PAS 
continua com um padrão muito semelhante, muito próximo até equivalente mas a diferença 
está justamente na PAD, repare que na pressão arterial diastólica há um grande incremento, e 
esse incremento é que faz o coração sofrer, ter que trabalhar mais, e se for uma coração que 
está em risco e que tem doença deve ser poupado desse tipo de atividade para que ele não 
padeça e que não tenha efeito colateral do seu treinamento. 
 
 Marcadores de Segurança é a resposta hemodinâmica do seu paciente, se ela estiver 
indo corretamente isso significa que esse coração está suportando bem aquela carga, e 
uma reposta inadequada é aquela que indica que esse coração não está apto para 
aquela carga. 
Repare que a reposta em que consideramos adequada para um paciente é a que vem do 
exercício dinâmico, que a FC sobe muito, aumenta o suficiente para atender a demanda do 
organismo. 
No exercício estático a FC sobe muito pouco mais a RVP sobe muito, isto quer dizer que apesar 
do seu coração bater menos vezes ele está fazendo muita força para conseguir ejetar esse 
sangue pelo sistema vascular, pelas artérias que estão comprimidas pela ação isométrica do seu 
músculo. 
Então exercícios estáticos eles são dedicados para aqueles pacientes muito estáveis nas fases 
mais avançadas da reabilitação cardíaca. Não são recomendados para pacientes em fase 1 e 2 
de reabilitação cardíaca. 
A reposta está aqui neste quadro: gráfico exercício dinâmico com carga constante 
De uma maneira geral, tenho que levar em consideração não só a intensidade do esforço, as o 
tempo em que esse indivíduo permanecerá fazendo esforço. 
 Aqui nós temos uma relação de tempo em minutos, um grupo de pacientes fizeram 
atividades em torno de 15 min até 50 min, veja o que acontece em torno de 1 hora com 
o meu paciente e com nós também, é uma resposta fisiológica. 
 
 Em preto é a FC repare que mesmo que mantenha a atividade constante, conforme o 
tempo vai passando o meu coração ele vai disparando, ele vai aumentando a FC, isto 
quer dizer na prática, que se você estiver utilizando a FC como INDICADOR DE 
INTENISDADE DO TREINAMENTO na prática para você manter essa FC dentro de uma 
faixa segura, conforme o tempo vai progredindo de exercício você vai tendo que 
diminuir a intensidade para manter dentro de uma zona segura. Deve mantê-la dentro 
de uma zona alvo de treinamento que é aquela que traz grandes benefícios, e o mínimo 
de risco para esse paciente. 
 
 Em laranja o DC que não muda, e não pode mudar, pois o debito cardíaco atende a 
necessidade energética do teu corpo. 
A PA e o volume sistólico vão caindo, a PA na medida em que eu fico mais tempo com o meu 
paciente trabalhando, a PA vai caindo, quer dizer, fica evidente nesse gráfico que conforme o 
tempo de exercício vai passando eu vou diminuindo a força de contração e o coração vai 
batendo mais vezes para compensar. Atenção ao tempo de esforço, especialmente para os 
pacientes mais debilitados, porque o tempo também tem relação com a sua reposta 
hemodinâmica. 
E por fim nós temos aqui um geral do que é a resposta do meu organismo durante o esforço, 
em que aqui no final eu tenho como objetivo aumentar a quantidade de oxigênio nas minhas 
células ativas. Manter a taxa de oxigênio no musculo em que estou utilizando. 
Há um aumento do volume plasmático 
Aumento de massa de hemácias: efeito do treinamento, conforme mais treinado você fica, mais 
volume plasmático você tem, maior o volume de sangue em que você tem, quer dizer carrega 
mais oxigênio efeito de treinamento. 
Isso faz com que o volume sanguíneo total seja maior, se aumenta a quantidade de líquido, 
aumenta a quantidade de alimentos sólidos o volume fica maior, efeito positivo de treinamento. 
Aumenta a contratilidade miocárdica no treinamento, aumenta o retorno venoso, aumenta a 
dimensão das cavidades cardíacas, aumenta a complacência ventricular. 
Aumenta o volume diastólico terminal ou o volume diastólico final, aumenta a fração de ejeção 
Aumenta o volume sistólico máximo: coração fica mais eficiente 
Aumenta o débito cardíaco máximo: Isso tudo é mais eficiência no bombeamento e distribuição 
do sangue, e se eu ainda faço com o treinamento isso acontece uma otimização do fluxo 
sanguíneo periférico, o resultado final é que o musculo ativa o nível de oxigênio. 
Nós vimos como efeito do treinamento em nosso indivíduo alguma alteração relacionada ao 
volume diastólico, isto quer dizer, cavidade cardíaca. 
O que nós temos de alteração na cavidade cardíaca? Depende do tipo de treinamento, 
estático ou dinâmico 
Temos uma outra alteração, nos vimos agora a pouco alteração aguda sobre a pressão arterial 
de dois tipos diferentes de treinamento, mais existe uma ALTERAÇÃO CRÔNICA e essa não é 
desejável, qual alteração é essa? 
Em um indivíduo que faz exercícios com grande componente DINÂMICO há um aumento da 
massa, absolutamente normal, porque aumentos excessivos de massa são muitos deletérios 
para o coração, só que sobretudo, indivíduos que fazem muito exercício que chamam de 
aeróbio, mas é dinâmico, faz com que haja um aumento da cavidade interna do coração, se ela 
aumenta esse coração tem mais capacidade de bombeamento de sangue. 
No exercício estático são aqueles que estão relacionados a altas cargas, segurar carga muito 
forte, com movimentos muito lentos, a cavidade interna diminui, quer dizer que a eficiência do 
coração ela é prejudicada, isso explica o porquê de exercícios com cargas mais altas eles são 
dedicados aos pacientes cardiopatas sim, só que depois de 30 a 40 dias do evento da cirurgia 
que é para estabilizar bem o coração e não termos esse remodelamento inadequado do coração. 
E que exercícios com muita carga não são adequados para ninguém, o coração sofre de um 
remodelamento concêntrico (diminui a efetividade da bomba cardíaca, mas é com meses de 
treinamento) e o bom é o excêntrico. 
__ CADERNO __ 
 Temos pacientes que tem uma descompensação, neste caso ele vai para o hospital 
compensar, geralmente vão ao pronto socorro por episódio de angina. 
Pacientes que não passam por cirurgia passam rapidamente pelo hospital - tem muito menos 
declínio funcional. 
Processo cirúrgico tem grandes impactos na função (grande impacto na função pulmonar). 
 Controle das complicações pulmonares no pós operatório: 
Durante o procedimento cirúrgico o pulmão fica meio cheio -> afastar alvéolos 
Colapso de alvéolo: atelectasia -> para alguns autores é a principal complicação -> 
hipoventilação alveolar 
– instabilidade da estrutura óssea: musculo precisa da estrutura óssea -> essa 
instabilizarão causa muito medo de ventilar profundamente -> quando está com dor 
no trapézio ou na lombar, a inspiração não é profunda – é uma resposta contra a 
agressão que teve a cirurgia – paciente fica totalmente recluso/fechado. 
 
 Capacidade cardiorrespiratória: Endurance, capacidade aeróbica. 
 
 REABILITAÇÃO CARDÍACA: 
 
Fase 1: Intra-hospitalar (termina com a alta do paciente) 
Fase 2: após a alta do hospital (3-6 meses após alta) 
Fase 3: Após os 3-6 meses – paciente ainda precisa de supervisão. 
Fase 4: manutenção – paciente já é independente – precisa treinar e se manter ativo. 
 
Diferença entre fase 2 e fase 3: graus de supervisão 
 Fase 2: É utilizada supervisão individualizada (1-2/pacientes) por conta dos 
riscos; o paciente ainda não sabe se auto monitorizar. 
 O paciente é liberado pra fase 3 quando sabe se monitorizar, realiza atividades 
em grupo e é preparado para a fase 4. 
 
 Fase 1: 
Pré e pós operatório é a primeira coisa que pensamos (revascularização, angina, 
cirurgia). 
 Angina: estabilização do quadro, passagemmais rápida e com menos declínio; 
 Paciente com angina consome mais O² porque o coração trabalha mais, esse 
paciente por conta da limitação da musculatura ventilatória e respiratória, tem 
“menos” músculos. 
 Quando o paciente faz uso de betabloqueadores, controlamos a angina e com 
isso podemos tratar e treinar as musculaturas ventilatórias sem a limitação da angina; 
 Cirurgia: grande impactos na função pulmonar: 
 Controle de complicações pulmonares pós operatórios e localização do caso 
(complicações pulmonares) 
 O pulmão pode ser afetado por compressão mecânica e pode haver colapso 
alveolar – HVA/atelectasia; 
 Instabilidade a estrutura óssea – sendo que o maior problema nesse caso é a 
dor (ao inspirar profundamente) e o medo de se movimentar, por isso, o paciente 
acaba realizando uma ventilação superficial. 
 Se o paciente não inspira verdadeiramente, fica mais difícil reverter a HVA, por 
isso, exercícios de INS profunda não funcionam (paciente não consegue realizar o 
exercício) – o que gera espasmo protetor da dor, consequentemente há um aumento 
das áreas colapsadas e uma postura antálgica. 
 
Para proteger o coração, usa-se betabloqueadores (na insuficiência cardiaca por exemplo) 
Uso de betabloqueadores - limite durante o exercício: PAsis 200mmHg e PAdias 110mmHg 
Medicação também diminuiu a PA 
 
 Fórmula para calcular Pressão arterial: 
 PA = Qx Rvp 
 
 Débito cardíaco 
 FC x Vej 
 Quantidade de sangue que o coração está bombeando nesse minuto. 
Quantidade de sangue bombeado por minuto; 
 
Paciente que usa betabloqueador é mais seguro para nós terapeutas, mas quando os testes 
não funcionam porque vai dar uma falsa FC; 
Betabloqueador do canal de cálcio: Diminui FC com diminuição da carga de trabalho; 
Medicamentos para controle de arritimia: O metabolismo sobe a FC sobe junto; 
Tabagismo e tolerância ao exercício: 
 Bronqueoreatividade -> via aérea mais estreita pós-fumo, pode aumentar FC e o 
transporte de O²; 
Quando se toma betabloqueador: diminui a chegada de O², depressão da função cardíaca e 
diminuição da chegada de nutrientes; 
 
 CEC – circulação extra corpórea 
 Possui alguns problemas: o fato do sangue entrar em contato com algumas 
substâncias não biológicas pode desencadear uma inflamação -> as hemácias são 
quebradas e não funcionam (pela ação mecânica) 
 Quanto mais tempo mais inflamação e mais quebra de hemácias: pior 
prognostico 
Porém, alguns estudos demonstraram que pacientes que não tiveram CEC tem mais 
piora e mais riscos. 
_____________ X ___________________ X _________________ X ____________________ 
Pacientes que temos que ter mais cuidado: 
 Pacientes com DPOC e pacientes obesos (grande fator de risco pré-operatório, 
geralmente vai precisar de pressão positiva/VNI) 
 
 Pacientes obesos: 
Coloca-los sentados, porque deixar deitado vai ter compressão -> síndrome de 
PickWick (obesidade – hipoventilação) - hipoventilação alveolar no obeso, sem doença 
pulmonar presente; 
 
Idade: diminuiu a reserva funcional; 
Diabetes: dificuldade de cicatrização e perderá 1 mês na idade 
Tabagismo: diminuiu a capacidade de troca gasosas 
Insuficiencia cardíaca: doença progressiva 
Toda cirurgia de emergência tem mais risco – paciente vai do jeito que está 
Restringe a imobilidade: paciente acamado, cadeirante – paciente já tem histórico de estar 
acamado, cadeirante. 
 
Problemas (fatores) intra-hospitalares: 
 Depressão respiratória (causada pela anestesia) 
 
 Nervo frênico: Leva impulso elétrico ao diafragma (inerva) 
 
Ponte safena: na perna 
Ponte mamaria interna: artéria que percorre a fase do quadril ... 
Crioterapia intratorácica: jogar um balde de gelo para manter o tecido – pode e vai criar uma 
paralisia temporária – a cúpula diafragmática desce (ver através do raio-x), pode gerar 
complicações – se tiver paralisia colocar pressão positiva; 
 O gelo diminuiu o processo inflamatório; Complicação por mais de 3 horas pode 
necrosar o tecido. 
 Pós operatório 
Principalmente pulmonares: 
 Disfunção do nervo fremico e no diafragma; 
 Pins – musculatura ventilatória + importante 
 PEmax – força expiratória 
A dor complica o paciente a fazer testes; A dor é um dos principais complicadores 
pulmonares, se tiver dor o paciente não faz inspiração profunda. Uma solução: dar uma 
almofada para estabilizar o tórax e pedir para fazer uma tosse 
 Paciente com respiração superficial: 
Redução da complacência pulmonar (só na UTI – ventilador) 
Capacidade vital reduzida – máximo de ar mobilizado entre a Frequência respiratória 
inspiratória máxima) 
Expiração máxima – tudo menos o volume residual (espirometro e ventilometro) 
Capacidade residual funcional – volume residual + volume residual de reserva: 
Desenho???? 
 Alteração da relação V/Q 
Desbalanço fluídico – muito liquido, muito soro. 
Balanço hídrico positivo - problema - quando está entrando + H2O e está saindo pouco 
gera retenção de líquidos. 
Imobilidade/posicionamento continuo; 
Tubo/dreno torácico: normalmente mediastino e às intercostais (tirar o acumulo de liquido do 
processo inflamatório); -> Se tiver bolha no tubo do dreno – fístula 
Se tiver liquido dentro, vai estar complicar o trabalho do coração; 
 
 Componente principal para um programa de RCV: exercício físico – exercício físico é 
protetor SEMPRE. 
Fora do hospital somente 45% dos pacientes chegam em 75 – 86% da FC reserva. 
 
 Zona alvo: 
Serve de parâmetro para determinar a intensidade da atividade física; 
Vai de 70 a 80 %: 
 Frequência cardíaca de treino = FCrepouso + % (Fcmáxima – Fcrepouso) 
Menos de 60% não tem tanto efeito 
Mais de 60 % até 85% tem bom efeito 
FC reserva = o quanto você pode “subir” 
 
 Frequência cardíaca máxima = 220 – idade (Se tiver teste ergométrico é melhor) 
 
 Sintoma da Síndrome coronariana aguda é a angina. 
Paciente que não atinge zona alvo, não é uma coisa ruim, pois pode ser por conta do 
medicamento. 
 
 DUPLO PRODUTO = PAsistolica x FC 
Pra que serve: para saber o quanto o coração está sendo exigido – melhor medida de desgaste 
do miocárdio; Quanto maior o valor, mais exigido está sendo o coração. 
Em repouso: PAsis 120 e FC 60 *se eu quiser uma base para o calculo 
O quanto o meu procedimento será importante para o paciente = duplo produto 
DUPLO PRODUTO É A MELHOR MEDIDA DE DESGASTE MIOCÁRDICO, QUANTO MAIOR O DP 
MAIS ESSE CORAÇÃO ESTÁ SENDO EXIGIDO. 
Insuficiência cardíaca precisa de sobrecarga sim! 
 Durante o exercício: 
Quando o paciente está com edema de MI é um grande indicativo de Insuficiência 
Cardíaca Descompensada. 
Quando dou O² por VNI posso fazer; 
Esse edema de MI pode gerar edema pulmonar enquanto faz o exercício. 
Posição sentado é melhor, pois o paciente não consegue nem deitar 
Paciente tem sintoma em repouso 
Ventilação por pressão positiva – VNI 
 
Uso de VNI - Glasgow abaixo de 8 – exceção de paciente com DPOC porque fazemos VNI por 
BIPAP para lavar CO². 
 Treinamento da musculatura inspiratória: 
 Power Breathe, Threeshold - 30 – 40% da PImax – pelo manuvacuômetro ((POS 
CIRURGICO)) 
 
 Exercicio resistido: 70% da resistência maxima 
 
 Inspirômetro de incentivo pode ser usado para fortalecer a musculatura ventilatória. 
 
Aneurisma de aorta – o alvo é a pressão! 
TRABALHOS 
NOSSO TRABALHO: 
Resistencia = endurance 
Resistido = força 
Para medir contração voluntária máxima – teste de 1 RM 
 Caminhada nórdica: caminhada de “corpo inteiro” em ritmo mais acelerado que o 
normal – propulsão com as pernas e braços – inspiradanos atletas de esqui – uso do 
bastão para ter um centro de equilíbrio. 
Questionário Saint George – para paciente com DPOC 
Minessota – para cardiopatas 
Estudo Dirigido 
Entendendo a Diretriz Sul-Americana de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular 
1- Qual a chance de um paciente enfartar durante a Reabilitação Cardíaca. 
Estima-se que o risco de uma complicação maior, como parada cardíaca, morte ou infarto agudo 
do miocárdio, seja de um evento por cada 60.000-80.000 horas de exercício supervisionado. 
Taxa de infarto do miocárdio de um por 300.000 pacientes/hora. 
2- Quais são os componentes de um programa de Reabilitação Cardíaca? Destes qual o 
mais importante? Avaliação do paciente, Educação, Médico Cardiologista ou médico do 
exercício habilitado, Enfermeira, Especialista em Exercício (educador físico e/ou 
fisioterapeuta), Nutricionista, Psicólogo, Assistente Social, Recursos Materiais, - O mais 
importante componente de um Programa de Reabilitação Cardíaca é o Exercício Físico. 
O processo de ganho funcional do paciente cardiopata pode ser conseguido pelo exercício físico. 
Se você não avaliar e mandar ele andar já há melhora. 
- A avaliação física é um componente recomendado, mas se você não fizer a avaliação física, 
porque dessa avaliação? Avaliar o condicionamento, déficits, riscos. 
- Paciente tem autocontrole sobre os riscos. 
- Se o paciente estiver em casa, eu não dispenso o exercício dele, ele ainda continua com a 
recomendação ampla que é a Recomendação que a Sociedade Americana de Estudo de Esportes 
diz que é 3 vezes por semana pelos 40 minutos á 1 hora, ou 10.000 passos por dia, 5.000 passos 
dia pelo menos é recomendado. 
- Com a avaliação eu consigo identificar onde ele precisa ser mais trabalhado e talvez tenha mais 
resultado. 
- Como podemos lidar com o paciente para desmistificar? Não é fácil, o caminho mais fácil é 
atacar o médico ele precisar estar ciente, de que nós podemos ou que ele libere esse paciente, 
ele não fale para ele fazer, ou que em algumas vezes concordamos com ele, por exemplo, antes 
de uma cirurgia, não existe uma contraindicação absoluta para a maioria dos pacientes. Em 
2005, um médico cardiologista propôs para SBC um projeto de lei que fosse considerado 
negligencia o médico que recomendasse o paciente a parar, mas não passou no plenário. O 
EXERCÍCIO É PROTETOR. O paciente por si só não entra em uma zona de risco, nós que podemos 
colocá-lo estimulando, porque ele busca proteção. 
- O que diz a Sociedade Brasileira de Cardiologia, todo paciente que entra em um hospital que 
faz uma cirurgia cardíaca que interna com uma angina estável ou qualquer outra coisa no dia da 
alta hospitalar ele faz um teste de esforço, de esteira, e esse teste de esteira analisa o risco, e 
está previsto na diretriz de manejo intra hospitalar, na Diretriz Brasileira de Teste Ergométrico 
que no momento da alta hospitalar o paciente tem que fazer o teste de esforço, então o que 
estamos vendo aqui é uma responsabilidade que já devia ter sido feita, ele já devia ter o laudo 
de risco por exemplo FC >105. 
- O pós-operatório é uma necessidade da nossa fisiologia que o nosso corpo tem de dependência 
da quebra de homeostasia em que conseguimos com o exercício. Nosso sistema ele depende 
dessa quebra, tanto é que tem estudos hoje que tem recomendação que avaliou a seguinte 
situação será que eu preciso realmente fazer 3 vezes por semana 40 minutos? Não, o estudo 
sugere que se você fizer o ultra intenso em tempos muitos curtos da no mesmo, o efeito da dose 
intensa faz com que o meu sistema se adapte e gere aptidão alta. A aptidão é adquirida 
diretamente proporcional ao nível, a dose de quebra de homeostasia que eu dou ao meu corpo, 
estudos demonstram que podemos colocar o cardiopata para fazer HIIT, estudos no momento 
colocar os cardiopatas para fazer atividade ultra intensa acima de 100% do máximo, e 
estudamos que é até 85%, que é o clássico, mas além dele existem modelos inovadores que são 
questionados, porque há uma mortalidade maior. Mas o desempenho funcional é muito grande. 
- RDC 07/2010 Diretriz, o que ela diz: Tudo que é obrigatório na UTI, precisa ter fisioterapeuta 1 
para cada 10 leitos, 18 horas por dia. O profissional deve ser exclusivo da UTI. 
- O alvo são 85% só que muitos pacientes não vão chegar nos 85% porque antes disso vão sentir 
mais de 7 na escala de Borg de percepção do esforço, e você não vai negligenciar a clínica ela é 
sempre soberana. Eles não chegam a 85% porque antes eles sentem angina, sentem falta de ar 
esses são os pacientes em que chamamos de pacientes que fazem o treinamento no máximo 
que ele puder porque ele não chega a 85%, nós sabemos hoje que os pacientes cardiopatas 
quando estão fora do hospital somente 43% desses pacientes atingem zona alvo que é os 85%. 
- O que é zona alvo? Treinar entre 65 e 85% da frequência cardíaca de reserva, que a máxima 
direta só pode usar no teste ergométrico. Então tem que usar a fórmula da FC de Reserva, só 
que só 43% dos pacientes chegam, então no hospital tem que calcular, mas vamos desistir, pois 
por exemplo, nós vamos calcular e o paciente tem que trabalhar fazer exercício com a FC de 120 
e 152, e você vê que não passa de 100 porque tem remédio segurando que são os 
betabloqueadores. Então você faz o máximo em que ele permaneça livre de sintomas, no 
máximo em que ele consegue, relatar 7 na escala, ou que ele consiga falar uma frase completa, 
devemos seguir clínica. O parâmetro mais objetivo dentro do hospital é a percepção do esforço, 
e que o paciente pode mentir. Para exercício de endurance continuo de 50 a 85%, ou 60 a 85% 
da FC de reserva. 
FCT= FC repouso + (0,6 ou 0,85) * (FC máx. - FC repouso) 
FC de repouso: conta 15 seg e * por 4, se notar arritmia vai para 60 ou qualquer batida fora de 
ritmo estende e não multiplica. 
FC reserva: é o quanto você pode subir do repouso até o seu máximo de 60 a 85% 
FC máx.: 220-idade (se estiver a do teste ergométrico é melhor) 
- 1° conta: Calcula o limite inferior (mínimo) = 60%. 
FCT=100+ 0,6* (198-100) 
FCT= 100 + 58,8= 158,8 = Borg de 4 
- 2° conta: Limite Superior (máximo) = 85%. 
FCT=100+0,85*98 
FCT= 183,3 = Borg de 7 
- Se for realizar então uma prescrição de exercício ou treinamento cardiovascular ou endurance 
em atividade moderada para esse paciente ela deve se exercitar com uma FC entre 158 e 183 
Obs: No paciente ansioso você não consegue verificar a FC, PA então se faz somente pela 
percepção do esforço Borg (entre 4 e 7). 
-Isso vai dar o mínimo abaixo disso os efeitos nesse paciente são pequenos (60%) 
- E acima desse valor é arriscado no paciente (85%) 
-Tempo de repouso é o ponto crítico a Diretriz fala que é 10 min sentado, parado, mas na prática 
não conseguimos os 10 minutos. 
3- O que caracteriza um centro de reabilitação cardíaca? 
É considerado um centro de reabilitação quando conta com uma área para realizar atividade 
física, recursos humanos competentes e treinados, equipamentos adequados para a realização 
de exercícios físicos, equipamentos para situações de emergência (material de suporte básico e 
avançado de vida com desfibrilador) e pessoal médico disponível na área para cobrir situações 
de emergência, além de considerar a implementação de protocolos de manejo de pacientes em 
reabilitação segundo a patologia. 
4- Qual o papel do Fisioterapeuta em um programa de Reabilitação Cardiovascular? 
- Deve ter conhecimentos em reanimação cardiopulmonar básica e avançada 
- Educa os pacientes em relação aos exercícios e hábitos de vida saudáveis 
-Aplica o exercício físico aeróbico, de resistência muscular e de flexibilidade 
- Prescreve o modo de execução dos exercícios de acordo com os limites de segurançadefinidos 
pelo médico, quadro clínico do paciente, preferências individuais, experiências prévias com 
exercício e eventuais limitações osteomioarticulares. 
 
5- Em que momento podemos começar com os exercícios em: 
a- Pacientes com síndrome coronariana aguda: Os exercícios podem ser iniciados depois 
das primeiras 24 a 48 horas, com ausência de sintomas. 
- O que é síndrome coronariana aguda? Paciente que deu entrada no hospital quase infartando 
com angina, e que tinha isquemia miocárdica, uma falta de perfusão sanguínea no musculo 
cardíaco, isso é a síndrome coronariana aguda é um evento isquêmico, que pode evoluir para 
infarto, só que muitas vezes não evolui porque não tem uma obstrução tão importante, ou 
porque faz cateterismo ou angioplastia faz a correção dessa obstrução dessa isquemia e aí ele 
tem um tratamento conservador. Paciente que vai para a angioplastia não é conservador, mas 
é um paciente que tem um bom prognóstico. E pode fazer exercícios 24 horas depois, em pouco 
tempo. Pode trabalhar de imediato, cessou os sintomas é sinal que a intervenção foi bem-
sucedida, espera 1 dia e já pode trabalhar com esse paciente. 
Qual sintoma esse paciente tem? Angina, dor forte no peito. 
b- Pacientes com insuficiência cardíaca: Nos casos de insuficiência cardíaca depois da 
melhoria da dispneia, exercícios suaves de movimentação e alongamentos também 
podem ser iniciados tão logo o paciente possa deambular. 
- Paciente antes do cateterismo com síndrome coronariana aguda, ou então com uma obstrução 
grande uma artéria coronária importante, antes do procedimento é comum ele sentir a angina 
antes dele chegar na FC alvo, então ele não atinge porque a angina limita, depois que ele faz a 
angioplastia ele tem melhora na função do musculo e aí ele provavelmente não sente angina e 
você consegue fazer esse coração chegar até a FC de zona alvo. Agora se esse paciente tem que 
estar com betabloqueadores, e aí você tem uma medicação que para você é uma coisa boa, não 
encare esse paciente que não atinge a zona alvo por causa da medicação como algo ruim, porque 
não é, isso é progressão, porque esse paciente pode ser exigido mais, e o coração não sofre 
tanto, o que faz o coração sofrer. 
Sabe como isso é útil? Como provar que a melhora é possível que o coração não está sendo 
exigido de maneira nenhuma, que o duplo não subiu nada, eu comecei está com DP de 12.000 
e agora está 12.200 então esse coração não está sofrendo. 
- PAS em repouso em condições ideais é 120 e a FC de 60 a 100. 
- Pacientes com IC ele só pode fazer exercícios leves, e de alongamento? Alongamento para 
quem precisa de alongamento, paciente com IC nós temos níveis desde o nível mais leve até o 
4° nível que é o paciente que tem sintomas até no repouso, mas independente disso IC é 
necessária a sobrecarga e precisa fazer exercício sim, e normalmente paciente com IC é um 
paciente em que a gente dá no máximo dele conforme ele tolerar e tem a marcação do esforço 
ali. 
- Alguns desses pacientes podem ter em extremidades muito edema, vocês indicaram o que 
para esse paciente pensando que ele tem um edema importante de extremidades, 
principalmente em MMII, para aumentar o retorno venoso? Se elevar o MMII causa edema 
pulmonar, o paciente precisa deambular. 
- Porque esse paciente o coração não está dando conta, mas então não poderia fazer o exercício 
com VNI para assegurar o edema pulmonar? Poderia sim, pois estamos falando de recursos 
ergogênicos para ajudar nesse processo, o que eu tenho para evitar essa complicação por edema 
pulmonar. O edema da IC é bilateral. 
- Fatores de Risco na Diretriz sobre IC descompensada é contraindicação absoluta, como saber 
se ela está descompensada? Edema de MMII, crepitações na ausculta por manobra pressórica 
(tosse) modificavelmente no final da inspiração e no começo da expiração, pulso jugular maior 
que 4,5 cm medido na expiração, síndrome adrenérgica. 
- Esse paciente que está com edema pela descompensação ele não tolera nem deitar, é um 
paciente que dorme sentado, não tolera ficar nem no 0° porque só o 0° já é um retorno venoso 
suficiente para o coração dele não dar conta, para ele ficar com dispneia, que é ortopneia, e 
nesse caso se elevamos a perna dele estamos jogando mais RV só que ele não está dando conta 
de fazer nem com o membro abaixo do limite do coração, então estaremos jogando mais 
retorno para um coração que não está dando conta, e ai ele vai descompensar mais rápido. 
- A posição sentada e em pé é a mais confortável para esse paciente. E o edema é uma 
consequência da falha de bomba, é um indicador de que o coração não aguenta. Ele precisa de 
estabilização clínica. 
- A única indicação é o uso de Ventilação por Pressão Positiva (VNI), onde entra a máscara, uso 
de CEPAP, pois tem chance de ir para UTI por VM por intubação. E tem os critérios para 
intubação que são: FV > que 35, Sat < que 90, PaO2 < 60, PAM < 60 associada com desconforto 
ventilatório, agitação, Índice de Oxigenação < 200, Respiração Paradoxal, nível de consciência 
Glasgow < 8 com 1 exceção paciente com DPOC onde você tenta lavar o CO2 com a modalidade 
de VNI com o BIPAP. 
6- Prescreva um programa fisioterapêutico a ser aplicado a um paciente na semana 
anterior a uma cirurgia de revascularização cardíaca eletiva. 
Exercícios de respiração, alongamentos e movimentação progressiva, seguido da terapia física 
depois da cirurgia, momento de começar os exercícios no hospital, pode-se avaliar o paciente e 
determinar os melhores exercícios a serem realizados naquele momento, desde exercícios 
passivos a ativos e caminhadas de intensidade leve, que serão progredidos individualmente até 
a alta hospitalar. O treinamento de musculatura inspiratória também pode ser realizado com 
equipamentos como o Threshold e PowerBreathe com 30 a 40% da Pimáx, e Inspirômetro de 
Incentivo para ganhar força. 
- Utilizar bicicletas, exercício resistido e a dose é até 70% da resistência máxima, e vê com o teste 
de 1RM ou Fórmula de Predição, pega uma carga vê quanto ele faz e olha na tabela e multiplica 
pelo valor de referência. Fazer treinamento com cicloergômetro. 
7. Caso clinico 
a- Como pode ser calculada a carga tabágica de um paciente? 
Pode ser calculada dividindo-se o número de cigarros fumados por dia por 20 (onde 1 maço 
corresponde a 20 cigarros) e o resultado multiplicado pelo número de anos do uso de tabaco 
(anos/maço), e também pode-se realizar através dos testes que avaliam o nível de dependência 
do tabaco como os testes de Fagerstrom, Teste de Glover e de Nilson. 
- Para mensurar o nível de dependência que o indivíduo tem do tabaco, dentro das políticas de 
Reabilitação Cardíaca e Reabilitação Pulmonar a sensação de Tabagismo tem nível e evidencia, 
tem que fazer tem que ter um programa de sensação de tabagismo. 
- E quanto mais o indivíduo for dependente do tabaco é mais difícil fazer ele parar de fumar, 
mas ele precisa de suplementos medicamentoso, reposição de nicotina ou por comprimido ou 
adesivo. 
- Questionário de Fagerstrom que avalia o quão dependente esse indivíduo é, valores de 
referência e score desde muito dependente, pouco dependente e leve dependência. 
b- O que é dislipidemia? 
A dislipidemia é um aumento anormal no nível de lipídeos sanguíneos, principalmente do 
colesterol e triglicerídeos, sendo um fator de risco maior para o desenvolvimento da 
aterosclerose. Cada redução de 1% no valor das proteínas de baixa densidade (LDL) se traduz 
em uma redução de risco de 1% de ocorrerem eventos cardiovasculares futuros. Um aumento 
de 1% nas lipoproteínas de alta densidade (HDL) está associado a uma redução de risco de 2 a 
4%. 
c- Quais os cuidados durante um exercício para um pacientecom aneurisma aórtico? 
A expansão do aneurisma aórtico abdominal é governada pela Lei de Laplace, onde a tensão da 
parede equivale a pressão intraluminar x o raio. Pode-se dizer, portanto que a razão da 
expansão se correlaciona diretamente ao tamanho do aneurisma e do grau de hipertensão 
sistêmica. Dessa forma, o cuidado a ser tomado é a monitorização atenta da pressão arterial, 
para que não ultrapasse os limites fisiológicos. Sendo que o alvo é a manutenção dos níveis 
pressóricos baixos. 
- Não pode aumentar a pressão, para isso não quer dizer que não tem que ter carga, deve-se 
prescrever anti-hipertensivos para controlar a pressão e para que eu consiga realizar os 
exercícios. 
d- Qual a diferença entre cintilografia do miocárdio e cineangiocoronariografia? 
- Cintilografia do miocárdio: A cintilografia do miocárdio é um exame que avalia o fluxo 
sanguíneo pelas artérias coronárias e sua distribuição no músculo cardíaco. É capaz de identificar 
eventos cardíacos graves como o infarto e é dividido em duas etapas: uma em repouso e a outra 
de esforço físico ou farmacológico. 
-Cineangiocoronariografia: é um procedimento invasivo, geralmente realizado com objetivo de 
obter informações anatômicas e funcionais do coração e de suas artérias e valvas. Este exame 
permite diagnosticar diversas doenças cardíacas e avaliar a sua repercussão. É realizado através 
da dissecção da arterial braquial ou punção das artérias radial ou femoral. E mais comumente 
realizado para avaliar as artérias coronárias, identificando e quantificando obstruções 
responsáveis por quadro de angina e de infarto agudo do miocárdio. 
- Ambos são exames de imagem que permitem avaliar a perfusão miocárdica. 
e- Para este paciente, quais os fatores desfavoráveis (que aumentam os riscos de 
complicação) para a cirurgia de revascularização do miocárdio? 
Idade, sexo, características demográficas, tabagismo, diabetes, doença arterial coronariana, 
dislipidemia, DPOC, isquemia miocárdica prévia, insuficiência respiratória aguda, re-drenagem 
pleural, obesidade mórbida, insuficiência renal, hipertensão arterial sistêmica, hipertensão 
pulmonar, história de acidente vascular encefálico, doença vascular periférica, doença vascular 
cerebral, infecção respiratória, tempo de ventilação mecânica, tempo de internação. 
f- Como funciona o Euroescore II? Quais itens deste escore podem ser modificados pelo 
fisioterapeuta? 
- O Euroescore II é uma ferramenta utilizada para o cálculo de risco de mortalidade no pós-
operatório de cirurgia cardíaca. É um cálculo matemático simples e a forma logística necessita 
de um computador (algoritmo complexo com as mesmas variáveis). O item que pode ser 
modificado pelo fisioterapeuta é o que diz respeito à pobre mobilidade, NYHA, hipertensão 
pulmonar. 
g- O que é insuficiência respiratória aguda? 
A insuficiência respiratória aguda é definida como uma incapacidade do sistema respiratório em 
cumprir sua função básica, a manutenção das trocas gasosas adequada, seja pelo fornecimento 
incorreto de oxigênio aos tecidos ou por eliminação inadequada de CO₂ pelo sistema pulmonar. 
h- O que é barotrauma? Como podem ser diminuídas as chances deste paciente sofrer 
um barotrauma? 
Lesão pulmonar causada por altas pressões na ventilação mecânica, rompendo tecidos e 
levando a fuga de ar produzindo muitas manifestações clínicas. É considerado como uma 
complicação do uso de pressões positivas em um tecido, onde o movimento normal do ar é 
principalmente passivo, causando hiperdistensão e ruptura do parênquima pulmonar. É definida 
como a presença de ar extraalveolar em locais onde não se encontra normalmente em pacientes 
que recebem ventilação mecânica. 
As chances para diminuir os pacientes de sofrerem um barotrauma é feita limitando a pressão. 
- Na VM coloca uma pressão demais e o pulmão rasga se rompe, e esse ar vai para entre as 
pleuras causando um pneumotórax. O controle é limitando a pressão. 
i- Quais os cuidados que devemos ter com os drenos torácicos deste paciente? 
Higienização das mãos, clampear o dreno para não entrar ar, mantê-lo em selo d’água com 300-
500 ml de SF 0,9% e trocá-lo a cada 24 horas, mensurar o débito do dreno a cada 6 horas, 
verificar oscilação na coluna líquida, atentar para vazamentos, manter a cabeceira relativamente 
levantada, atentar para a presença de bolhas no frasco, ter cuidado para não deslocar o dreno 
de lugar, e verificar se ele está fixado corretamente antes e após a intervenção. 
- Pode andar com o paciente com dreno. 
- Se o paciente teve um pneumotórax e que ainda não foi colocado o dreno eu posso fazer VNI 
nele? A princípio não, porque imagina que esse paciente esteja com débito ativo e com a pressão 
positiva vai aumentar esse debito e aumentar a pneumotórax. O certo é esperar a drenagem 
resolver isso, mas existe a chance desse individuo entrar em Insuficiência Ventilatória por causa 
disso. 
 
j- Qual é a dose ideal de exercício aeróbio baseado na frequência cardíaca máxima do 
teste ergométrico. 
Em caso de teste ergométrico sem análise dos gases expirados, utiliza-se 60-80% da frequência 
cardíaca máxima alcançada. Nas primeiras sessões, sugere-se executar os exercícios no limite 
inferior da prescrição para que ocorra posterior progressão nas sessões seguintes, de acordo 
com a resposta e evolução individual. Os exercícios também são realizados abaixo do limiar 
isquêmico, ou seja, abaixo da FC e carga que levem a indução de sinais clínicos e/ou 
eletrocardiográficos de isquemia miocárdica quando no esforço. 
Considerando que a frequência máxima obtida por esse indivíduo foi de 140bpm, a dose ideal 
de exercício aeróbio para esse paciente estaria entre 84 e 112bpm. 
k- E se este paciente não tivesse o acesso a um teste ergométrico, prescreva a dose ideal 
de exercício aeróbio para este paciente baseado em sua FC de reserva. 
A dose ideal de exercício aeróbio é entre 50 a 80% da FC de reserva. Para o cálculo da FC de 
reserva, utiliza-se a fórmula de Karvonen. 
-Fórmula de Karvonen: FCT = FC repouso + (0,5 a 0,8) x (FCM - FC repouso). 
-Considerando que a FC de repouso desse paciente é 72bpm e sua Fcmáx prevista é de 154bpm, 
obtido através do cálculo 220-idade, a dose ideal seria entre 113 e 137,6 bpm. 
 
1º - FCT = FC repouso + 0,5 x (FCM - FC repouso). 
72 + 0,5 x (154 -72) = 72 + 0,5 x (82) = 72 + 41 = 113bpm 
 
2º - FCT = FC repouso + 0,8 x (FCM - FC repouso). 
72 + 0,8 x (154-72) = 72 + 0,8 x (82) = 72 + 65,6 =137,6 bpm 
 
l- Qual o tempo ideal de cada intervenção com exercícios físicos para este paciente? 
A duração deve ser de no mínimo 30 minutos, podendo progredir até uma hora de exercício 
contínuo ou intermitente. As sessões podem ser de duas a cinco vezes por semana, ficando em 
uma média de três vezes. 
m- Este paciente tem indicação de Ventilação não-invasiva? 
De acordo com Mazullo Filho, Bonfim e Aquim (2010) A VNI realizada preventivamente em 
pacientes no pós-operatório imediato de cirurgia cardíaca mostrou-se eficaz, pois incrementa a 
CV, diminui o trabalho ventilatório, previne a IRpA pós-extubação e reduz os índices de 
reintubação. 
Segundo o III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica (2007), a VNI deve ser utilizada como 
tratamento de primeira escolha para pacientes com agudização da DPOC, especialmente para 
aqueles pacientes com exacerbação grave e pode ser utilizada com cautela para o tratamento 
da insuficiência respiratória hipoxêmica no período pós-operatório imediato de cirurgias 
abdominais e torácicas eletivas. 
n- A partir de que momento podem ser realizados exercícios para o treinamento de força 
para este paciente? 
Os exercícios para treinamento de força desse paciente podem ser iniciados

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