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Em sua obra pequena historia Critica, Moraes faz um levantamento didática da geografia. Desde suas origem, até a sua sistematização, o autor enumera as principais correntes do pensamento geográfico abordando cada uma com sua própria definição de objeto, métodos, e princípios. De acordo com o autor este livro tem como propósito dar mais uma contribuição no campo de estudos relacionados a criação, historia e principais correntes da Geografia. Neste livro Moraes bifurca a geografia em duas grandes vertentes . A Tradicional e a Moderna. O mesmo aborda uma definição do objeto da geografia, de seu fundamento positivista. Para ele, Humboldt e Ritter, não se mostravam preocupados em criar princípios de uma nova ciência e que seus trabalhos não tinham conteúdos normativos específicos, entendendo assim que a geografia era uma ciência de síntese de todos os conhecimentos sobre a Terra. A antropogeografia de Ratzel - (antropo+geografia) Parte da Geografia em que se estudam os fatos concernentes ao homem e ao seu habitat, tem como objeto de estudo as influências que naturais exercem sobre a sociedade. Valorizando o elemento humano e abrindo varias frentes de estudo, privilegiando questões referentes a Historia e ao espaço, Mantendo o método empírico e criando pressupostos como a geopolítica e a escola ambientalista. Vindo para fazer uma critica direta e aberta a todo o trabalho deste ultimo, chega Vidal de La Blache, com sua geografia humana. A politização explicita de seu antecessor , seu caráter naturalista, a condição fatalista e mecanicista das relações entre o homem e a natureza foram os pontos sobre os quais La Blache construiu sua proposta com a relação homem-natureza na perspectiva da paisagem. La Blache era mais relativista e seu enfoque era mais centralizador em relação a seu antecessor. Os seguidores de La Blache procuraram embasar ainda mais suas teorias. Houve os que tomaram sua proposta como base, outros desenvolveram partes especificas de sua teoria, o que deu origem a varias especificidades da geografia. Com relação a Hortshorne, o autor informa ter sido o precursor da geografia racionalista, cuja proposta defendia a idéia de que as ciências se definiriam por métodos próprios e não por objetivos singulares. Para ele o estudo geográfico interligava os elementos, Ele não procurava um objeto para a geografia, entendendo-a como um ponto de vista. De acordo com o autor, a geografia conhece hoje um momento de renovação considerável e como as principais correntes deste pensamento o autor coloca o pragmatismo geográfico (geografia quantitativa) e o criticismo geográfico. A primeira efetua uma critica a insuficiência da analise tradicional. E uma critica eminentemente acadêmica. Propõe a redefinição das formas de vincular os interesses do capitalista. Seus fundamentos estão indissoluvelmente ligados ao capital monopolista. A outra corrente do movimento de renovação da geografia citada pelo autor agrupa o conjunto de propostas que se poderia chamar de geografia critica. Essa corrente e o que se pode chamar de unidade ética. Entretanto seus objetivos unitários fundamentam-se através de um fundamento metodológico diversificado. Seus adeptos se posicionam por uma mudança da realidade social, utilizando seu conhecimento como uma arma desse processo. Finalmente o autor declara que os geógrafos críticos, em suas diferenciadas orientações, assumem a perspectiva popular e da transformação social. Com Alexander von Humboldt e Karl Ritter podemos ver o nascer de uma geografia como uma ciência sistematizada, mas é certo dizer que um terceiro alemão teve grande responsabilidade nesse processo de sistematização e consolidação da geografia como ciência. Friedrich Ratzel com a sua concepção de geografia, denominada de determinismo por seus discípulos, foi muito além de apenas um sistematizador ele se tornou o grande metor da geografia alemã e dominou o ensamento na primeira das escolas da geografia tradicional, Para entender o pensamento de Ratzel é preciso entender o contexto histórico por qual passava a Alemanha (pois como diz a frase "texto sem contexto é pretexto"). "Enquanto Humboldt e Ritter vivenciaram o aparecimento do ideal de unificação alemã, Ratzel vivencia a constituição real do Estado nacional alemão e suas primeiras décadas. Suas formulações só são compreensíveis em função da época e da sociedade que as engendram. O determinismo foi um instrumento poderoso no contexto do expansionismo do Estado alemão recém-constituído." A Alemanha teve uma unificação bastante tardia, fazendo assim que chegasse atrasada na "partilha" das terras da África e Ásia pelos europeus, impossibilitando assim o imperialismo alemão em terras não européias. O Conceito de espaço vital construído por Ratzel apresentava um equilíbrio entre a população de uma área e os recursos disponíveis para suprir sua necessidade. Esse conceito foi usado no discurso imperialista da Alemanha, segundo eles a população alemã necessitava de mais terras, necessitava se expandir. Dentro da conjuntura geográfica os discípulos de Ratzel foram os grandes responsáveis por vários desdobramentos do conceito original, entre elas a geopolítica foi bastante aprimorada. Com um discurso fortemente político o determinismo foi "prato cheio" para discussões no âmbito geopolítico. Ratzel também foi o formulador das bases de uma escola "ambientalista" aonde o determinismo vem de forma mais atenuada, sem visão fatalista e absoluta.
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