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Fichamento de Estudo de Caso - FORD

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1 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL 
 
 
 
 
Fichamento de Estudo de Caso 
 
Rodrigo Riguete Vecchi Simões 
 
Trabalho da disciplina de Cadeia de Suprimentos 
 Tutor: Prof. Roberto Tarantino 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muriaé 
2018 
 
 
 
2 
 
 
Estudo de Caso de Harvard: Ford Motor Company - Estratégia de Cadeia de 
Suprimentos 
 
 
Referência: 607-P03 
 
 
Texto do Fichamento: 
 
O presente estudo de caso discursa sobre a evolução da tecnologia na Ford, integrando toda 
a cadeia de suprimentos, incluindo os fornecedores. De acordo com o texto, algumas 
pessoas do grupo argumentavam que tal evolução era inevitável e que a cadeia de 
Suprimentos da Ford deveria seguir os passos da Dell, que vinha utilizando agressivamente 
tecnologia a fim de reduzir mão de obra operacional e estoques. Outras pessoas estavam 
mais cautelosas, não conseguiam enxergar muitas semelhanças entre uma empresa do ramo 
automobilístico e uma de computadores, já que o número de fornecedores da Ford era muito 
maior e em muito mais níveis, se comparado à Dell e redesenhar todo o processo adequando 
a tecnologia seria difícil de determinar. O sucesso da Dell era evidente, mas, será que os 
métodos iriam ter os mesmos bons resultados da Ford? 
 
HISTÓRICO DA COMPANHIA E DA INDÚSTRIA 
 
No parágrafo subsequente, o estudo de caso traz um histórico da Companhia Ford e da 
Industria. Desde a fundação da Ford Motor Company por Henry Ford em 1903, a companhia 
havia produzido mais de 260 milhões de veículos. Com uma receita de mais de US$144 
bilhões e cerca de 370 mil empregados, a Ford possui operações que se espalham por 200 
países. Por conta da globalização, nas últimas duas décadas, as três grandes montadoras 
americanas GM, Ford e Chrysler viam o mercado ser atacado por montadoras estrangeiras, 
como a Honda e a Toyota. Essa competição global teve impactos no processo, pela busca 
por tempos de ciclos menores, buscando a redução do processo de fabricação e de projetos. 
 
Em 1995, a Ford iniciou um plano para se reestruturar. Chamado de Ford 2000, envolvia a 
fusão das operações internacionais em uma única organização global e reengenharia, 
visando reduções drásticas de custos. Com essa centralização, tornou-se comum processos 
e produtos, eliminando redundâncias e teve como meta uma redução de 60 para 15 dias o 
tempo do pedido até a entrega do produto. Para tal feito, foi necessário projeto de 
reengenharia e tecnologia da informação na cadeia de suprimentos, para melhorar o fluxo de 
materiais, substituindo estoques por informação. Juntamente com a Ford 2000, a internet se 
desenvolvia, aumentando ainda mais o leque de oportunidades de processos de 
reengenharia. Com o projeto, foi criado um site público na internet e, em dois anos, atingiu a 
marca de um milhão de visitas por dia. Foi criado uma intranet, interligando todas as 
companhias e também um extranet, para ligar digitalmente os fornecedores ao grupo. Além 
disso, juntamente com outras montadoras, criou-se a ANX, uma rede de trocas automotivas, 
com o objetivo de criar padrões consistentes de processos e tecnologias na rede de 
 
 
 
3 
fornecedores e, consequentemente, reduzindo custos com os fornecedores e meios de 
comunicação com cada montadora. 
 
Entre 1995 e 1999, a Ford viu companhias menores atingir capitalização de mercado bem 
maiores que as suas. Nesse momento, o grupo resolveu estudar empresas como a Cisco e a 
Dell para ver como a Ford poderia produzir valor para seus acionistas, assim como essas 
companhias haviam feito. 
 
A ESTRUTURA DE SUPRIMENTOS EXISTENTE DA FORD 
 
No estudo de caso, foi discutido a estrutura de suprimentos existente na Ford. À medida que 
a companhia crescia, a rede de suprimentos crescia junto e, no final dos anos 80, contava 
com milhares de fornecedores de material de produção e uma complexa rede de relação de 
negócios. Para a seleção desses fornecedores, ela levado em consideração basicamente 
custo, sem pensar na cadeia de suprimentos como um todo, relevando custo total da cadeia 
de suprimentos e sua complexidade de ligação com esses fornecedores. 
 
No início da década de 90, a Ford começou uma estratégia para diminuir o número de 
fornecedores, desenvolvendo fornecedores capazes de fornecer subsistemas completos para 
os veículos e esses fornecedores iriam gerenciar as relações com os chamados de 2º nível. 
Com a expertise que a Ford adquiriu, criou laços importantes com fornecedores, 
desenvolvendo programas como o JIT, TQM e SPC, além da tecnologia da informação, a fim 
de reduzir custos. Mas, apesar dessa integração, como foi observado por parte da equipe da 
Ford, era evidente a diferença da interação entre os fornecedores se comparada a Dell, já 
que seus fornecedores não evoluíam tecnologicamente como a Ford. Além disso, outra 
diferença entre as empresas era que o setor de compras da Dell era subordinado ao 
departamento de desenvolvimento do produto e na Ford, era independente, e só havia uma 
redução de custo significativa, pois, o volume de compras era alto, por isso os engenheiros 
eram aconselhados a evitar negociações. 
 
O SISTEMA DE PRODUÇÂO DA FORD 
 
Um dos cinco projetos relevantes do programa Ford 2000 foi o Sistema de Produção Ford. 
Modelado de acordo com o Sistema Toyota de Produção, o programa era um sistema 
integrado a fim de tornar as operações da Ford mais enxutas, eficientes e com maior 
capacidade de resposta. Focado em atributos-chave do processo produtivo, garantindo fluxo 
contínuo e estabilidade de todo o processo, era possível dizer aos fornecedores exatamente 
onde e quando determinados componentes seriam necessários com antecedência, 
permitindo a redução de estoques. 
 
DO PEDIDO À ENTREGA 
 
Voltando ao assunto do projeto OTD da Ford 2000, projeto para reduzir o tempo entre o 
pedido do cliente e a entrega do produto para 15 dias (onde o tempo médio era de 45 a 65 
dias), o autor detalha o foco em um processo enxuto, identificando gargalos na cadeira de 
suprimentos, incluindo os processos de marketing, planejamento de materiais e produção. 
Para atingir essa meta, algumas ações foram: 
 
 
 
4 
 Contínua previsão da demanda dos consumidores pelas concessionárias; 
 Mínimo de 15 dias de veículos no banco de pedidos em cada planta de montagem, a 
fim de aumentar a estabilidade da produção; 
 Centros de mixagem regionais, para otimizar a programação e entregas (via férrea); 
 Processo robusto de ajuste de pedidos, possibilitando que os veículos pudessem ser 
ajustados com menos variações de cores e acessórios; 
O objetivo do programa OTD era criar um processo enxuto, flexível e previsível, 
promovendo aos clientes os produtos certos, no lugar certo e na hora certa, garantindo 
um menor custo e maior satisfação dos clientes. 
 
A REDE DE VAREJO FORD 
 
Em 1998, a Ford lançou a Rede de Varejo Ford, que tinha como objetivos: ser um campo 
de provas para melhores práticas de distribuição de varejo, compartilhando as boas 
práticas com a rede de revendedores e um canal alternativo de distribuição para competir 
com redes de revenda de capital aberto, tudo isso com o intuito dos consumidores 
receberem o mais alto nível de tratamento e criar uma experiência satisfatória, garantido 
o retorno desses clientes. 
 
Com todas as informações consolidadas, a diretora de Sistemas de Cadeia de 
Suprimentos da Ford, Teri Takai, viu grande comparação com a Dell e para evoluir, era 
necessário inovar. Com o crescimento da internet, a tecnologia da informação era cada 
vez mais necessária para integrar processos, produtos e clientes, realizando produções 
mais enxutas, com menos gargalos, falhas, maior sintonia com fornecedores e agilidade 
na tomada de decisões. A informatização dos processosé fundamental para garantir um 
preço atrativo no mercado, criar estratégias de suprimentos e vendas mais robustas e 
eficientes e satisfazer ou até superar as expectativas dos clientes. A Ford não teve outra 
alternativa além de centralizar toda sua cadeia de suprimentos, mesmo estando 
geograficamente distante e, graças a tecnologia, isso foi possível.

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