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GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA E AS CONTRIBUIÇÕES PARA A GERAÇÃO DA QUALIDADE NO ÂMBITO ESCOLAR

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GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA E AS CONTRIBUIÇÕES PARA A
GERAÇÃO DA QUALIDADE NO ÂMBITO ESCOLAR
GILNAR BARBOSA LUCAS1
RESUMO: As reflexões contidas no presente trabalho se constituem numa tentativa
de direcionar a atenção das pessoas que contribuem para a educação quanto a
relevância da gestão democrática e participativa e as contribuições para a geração
da qualidade no âmbito escola. Atualmente uma das temáticas mais discutidas na
educação é a forma de como as escolas tem se organizado para construírem
espaços de relevância nos aspectos administrativos, pedagógicos, de gestão de
pessoas e mediante as grandes mudanças nas tecnologias e nos níveis de
preferências dos alunos, perseguirem a qualidade tão necessária a escola de hoje.
Almeja-se avaliar esta gestão nos seus recuos e avanços, privilegiando o aspecto
democrático das relações sociais na escola, pois se sabe que a escola é quem
instrumentaliza as classes populares; embora não garanta a permanência das
mesmas neste espaço. Pretende-se elucidar que esta “instrumentalização” exige
duas armas: o conhecimento socialmente produzido e o espaço de tempo para se
vivenciar relações sociais mais democráticas que podem ser ensaiadas a partir de
tentativas de gestão democrática e participativa, bem como sua contribuição no que
diz respeito a qualidade. Nesse sentido, acredita-se que uma gestão escolar só
poderá contribuir de maneira democrática a partir do momento em que todos os
funcionários, alunos e comunidade se envolvam de forma participativa nos projetos
pedagógicos e culturais da instituição. 
PALAVRAS-CHAVE: Conhecimento. Democrática; Educação. Gestão. Qualidade.
1 Introdução
O presente trabalho cujo o tema é gestão democrática e participativa e as
contribuições para a geração da qualidade no âmbito escolar. Procura destacar a
1 Graduação em Pedagogia, Especialização em Inspeção Escolar pela Instituição Faculdade de 
Educação São Luis, E-mail do autor: malungogil@gmail.com , Orientador: Danilo Martins Fontes.
2
importância da gestão no processo de ensino e aprendizagem bem como a
importância de um bom planejamento no sentido de assegurar a qualidade do
ensino dentro das escolas. 
Entende-se que para que a escola possa construir o seu Projeto Político
Pedagógico (PPP), se faz necessária a participação de todos e, em especial, de
seus docentes. Isso contribui para democratização das relações de poder no âmbito
escolar e, por conseguinte, pode levar os usuários à intervenção no próprio sistema
de ensino. Desse modo, a escolha do tema se deu no sentido de colocar em
evidência a gestão escolar. Neste tipo de gestão, o diretor de escola ou os órgãos
superiores de Educação, estarão definindo as prioridades para a unidade escolar.
Todos os segmentos escolares adquirem papel fundamental no processo
decisório. Com base em tais perspectivas educacionais e de acordo com o Projeto
da Escola Cidadã do Instituto Paulo Freire, considera-se que a escola deve formar
para a cidadania ativa e para o desenvolvimento. O objetivo primeiro é apostar em
novos processos educativos, em novas metodologias de ensino e na formação
daqueles que são e serão os educadores das atuais e futuras gerações. 
Destaca-se o papel e perfil do diretor, pois sua atuação efetiva pode contribuir
para a reversão do processo de deteriorização do ensino básico. Algo que é do
conhecimento de muitos que a educação é de fato e verdade um direito de todos, e
isso independe da classe social cor, sexo ou religião. Muitas vezes ela não
acontece.
Que ações podemos observar em favor da construção permanente de uma
espaço democrático onde todos têm o direito de ir e vir livremente e com autonomia?
Essas são reflexões que faremos com o intuito não de apenas encontrar respostas
mas acima de tudo, de fomentar o desejo de lutar pela mudança de realidade que
não condigam com o princípio da liberdade.
A pesquisa constará com temas baseados nas teorias de Libâneo, Luck,
Gadotti, Freire e Ferreiro, entre outros que discorreram sobre a gestão democrática
e participativa e as contribuições para a geração da qualidade no âmbito escola,
planejamento e outras questões polêmicas que não podem ser excluídas das
discussões entre docentes.
2 GESTÃO DEMOCRÁTICA DA ESCOLA
3
Entende-se como gestão democrática, aquela objeção escolar participativa,
onde todos os segmentos da escola se fazem representar e são atuantes tendo
como objetivo o bom desempenho da escola: educar para a vida. Em seu livro
“Pedagogia de práxis”, o professor Moacir Gadotti (1995) afirma que “...é verdade
que a educação não pode fazer sozinha a transformação social, também é verdade
que a transformação não se efetiva e não se consolidará sem a educação”.
No mesmo sentido, não podemos pensar que a gestão democrática da escola
possa resolver todos os problemas de um estabelecimento de ensino, ou da
educação. No entanto, sua implementação é hoje uma exigência da própria
sociedade que a vê como um dos possíveis caminhos para a democratização do
poder na escola e na própria sociedade. Conforme podemos verificar em pesquisas
realizadas pelo Instituto Paulo Freire, em nível nacional.
Outro aspecto que destacamos nesta pesquisa é o de que apesar das
reformas educacionais constantes nas últimas décadas, a atual prática gestionária
nas escolas públicas acaba exigindo dos diretores uma dedicação maior e às vezes
plena, as questões administrativas.
 Isso os obriga a secundarizar o aspecto mais importante de sua atuação, ou
seja, sua responsabilidade em relação ás questões pedagógicas e propriamente
educativas, que se reportam á sociedade como um todo, e especificamente á sua
comunidade escolar. Com essa análise, geralmente concordam, diretores,
professores, “especialistas” e teóricos de administração escolar.
A afirmação frequente de que “é difícil administrar sozinho a escola” define o
isolamento do dirigente escolar enquanto responsável único e último, pela instituição
educativa, o que muitas vezes depende de sua vontade, mas não de seu cargo. A
administração autocrática, isto é, o que centraliza todo o poder nas mãos do diretor
acaba gerando uma sobrecarga de trabalho e, por conseguinte, estabelecendo
relações conflituosas no âmbito escolar, o que reflete no insucesso dos alunos.
De acordo com a autora Lück (2000), a escola, ao movimentar-se da
administração escolar para a gestão escolar, deixa de garantir a formação
competente para que os educandos se tornem cidadãos participativos da sociedade,
oferecendo a esses educandos oportunidade para que possam aprender para
compreender a vida, a sociedade e a si mesmos, e passa a ser vista não como uma
entidade autoritária e paternalista de responsabilidade do governo, mas como uma
4
organização viva, caracterizada por uma rede de relações de todos que nela atuam
ou interferem.
Por outro lado, é importante se observar que a atuação do diretor, suas
atribuições e seus vínculos com a escola se alteram dependendo da forma como ele
foi escolhido e de acordo com o tipo de gestão que implementada na unidade
escolar.
Uma reflexão sobre a gestão democrática da escola, a partir da compreensão
por parte dos professores e dos demais sujeitos como ele envolvidos e neste caso
especificamente, relacionado á escolha e a atuação do dirigente escolar, pode
contribuir para a superação de conflitos com a melhoria do trabalho, das relações
estabelecidas na instituição educativa e fundamentalmente da qualidade de ensino.
As concepções de gestão escolarrefletem diferentes posições políticas e
concepções do papel da escola e da formação humana na sociedade.
Portanto, o modo como uma escola se organiza e se estrutura tem um
caráter pedagógico, ou seja, depende de objetivos mais amplos sobre a
relação da escola com a conservação ou transformação social. A concepção
técnico-científica, por exemplo, valoriza o poder e a autoridade, exercidos
unilateralmente. Ressalta relações de subordinação e rígidas determinações
de funções e, ao supervalorizar a racionalização do trabalho e Parâmetros
para uma escolha democrática.
 
 2.2 Pressupostos da gestão democrática
 Tudo o que já foi exposto faz parte do processo educativo que possibilita
aprendizagem cidadã e colabora para a determinação dos seguintes pressupostos
da gestão democrática:
 a) capacitação de todos os segmentos escolares para que se busque
resposta a prática educativa; 
b) consulta a comunidade escolar. Para que esta se cientifique da legislação
pertinente as diferentes instâncias da gestão democrática e possa debater, realizar
seminários e assembleias etc. Dessa forma, se desenvolve a cultura da participação,
da ação, do envolvimento, atribuindo-se responsabilidades as comunidades
escolares; 
c) institucionalização da gestão democrática. Para que, dê garantia do
processo de participação das comunidades escolares, os governos estaduais e
5
municipais tenham o respaldo democrático para encaminhar ao poder legislativo,
projetos de lei mais consistentes, que atendam as reais necessidades educacionais
da população; 
d) lisura nos processos de definição de gestão para que se garanta total
transparência na escolha democrática dos dirigentes escolares, na implantação dos
Conselhos de Escola e na gestão da instituição educativa rumo a autonomia escolar;
e) agilização das informações e transparência nas negociações (BRASIL,
2004).
A descentralização implica acesso de todos os cidadãos á informação. Isso é
necessário não só no início do processo administrativo, mas durante todo o
movimento de interação entre Estado e cidades usuários dos serviços públicos. 
Nesse sentido, a falta de canais de disseminação das informações por parte
das administrações para todas as esferas de estrutura administrativa e para a
sociedade, tem se manifestado como sério entrave a participação. Dessa forma, faz-
se necessário, a criação desses canais: jornais-murais, painéis, boletins, encartes,
etc.
O diretor de escola deve ser antes de tudo ser um educador. Enquanto tal
possuir uma função primordialmente pedagógica e social, que lhe exige o
desenvolvimento de competência técnica, política e pedagógica. Em sua gestão
deve ser um articulador dos diferentes segmentos escolares em torno do projeto
político pedagógico da Escola. 
Quanto maior for esta articulação, melhor poderão ser desempenhadas suas
próprias tarefas, seja no aspecto organizacional da Escola, seja em relação á
responsabilidade social daquela com sua caminhada (BRASIL, 1994).
 Portanto, o diretor-articulador deve exercer sempre uma liderança
democrática na escola, que seja capaz de dividir o poder de decisão e de
deliberação sobre os assuntos escolares com professores, funcionários da escola,
pais de alunos, alunos e comunidade escolar, criando e estimulando a participação
de todos, nas instâncias da escola. 
Isso não significa abrir mão de responsabilidades, ou das funções inerentes
ao seu cargo, entre as quais podemos citar a função educativa, a função de
mobilizador da equipe docente, a função de liderança eficaz, a função da gestão
administrativa e entre outras, conforme as palavras de Mariana Herrera (1996, p.
175-176).
6
 De todo esse processo, o professor estará participando e, ao lado do diretor
da escola, poderá interferir e influenciar na gestão da unidade escolar em que
atuam. A partir dessa “práxis” poderá automaticamente melhorar a qualidade de seu
próprio trabalho docente, uma vez que exercendo direitos e praticando a cidadania
ativa na escola.
Não será questionada aqui a necessidade de algumas reuniões na escola,
mas sim, os equívocos das atividades propostas e realizadas na reunião
anteriormente relatadas. Elas estão muito distantes das que, efetivamente estas
questões que estaremos analisando no decorrer do estudo do tema: Gestão
democrática e participativa e as contribuições para a geração da qualidade no
âmbito escolar.
Preocupa-nos a possibilidade da ocorrência de situações parecidas com a
que ilustrada nas escolas atuais. Mas há o risco de a ficção confundir-se com a
realidade, gerando resultados negativos no espaço escolar. Devemos estar
refletindo sobre essa realidade, no sentido mesmo de tentar assegurar a qualidade
no âmbito escolar. 
Poderíamos iniciar a reflexão discutindo o significado desta prática embasada
no planejamento para assegurar a qualidade. É importante que cuidemos da prática
atravessada pela teoria e pensemos na teoria enquanto reflexão sobre a prática. 
Nesse sentido, teoria e prática estão sempre relacionadas. Seria, pois
impossível trabalhar Gestão democrática e participativa e as contribuições para a
geração da qualidade no âmbito escolar sem destacar a importância de se trabalhar
o ato de planejar as atividades da escola e da educação sem considerar essas
características.
3 PLANEJAMENTO EDUCACIONAL E ORGANIZACIONAL DO TRABALHO NA
ESCOLA 
Devemos esclarecer que quando planejamos educacional e na organização
do trabalho, na escola em uma perspectiva democrática faz-se necessário explicar o
significado da palavra cidadania, conforme afirma Ferreiro (1995, p.25) “é o exercício
pleno e democrático por parte da sociedade, de seus direitos e deveres, agente e
senhor da história do seu tempo.”
7
Pensar em planejar a educação é parte essencial da reflexão sobre como
realizar e organizar o trabalho escolar. Isso significa encarar os problemas, dessa
instituição e do sistema educacional como um todo.
 Compreendendo as relações institucionais, interpessoais e profissionais
neles presentes; avaliando e ampliando a participação de diferentes atores em sua
administração e em sua gestão; assumindo a escola como instancia social de
contradições que propiciaram o debate construtivo e, sobretudo enquanto entidade
que tem como principal missão propiciar aprendizagens de formar cidadãos.
 Realizar os diversos planos e planejamentos educacionais e escolares,
organizando a educação, significa exercer uma atividade engajada, intencional,
científica, de caráter político ideológico e isento de neutralidade. Dessa forma,
planejar em sentido amplo, e responder a um problema. 
É estabelecer fins e meios que apontem para a sua superação, visando atingir
objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o futuro, mas sem
desconsiderar as condições do presente e as experiências do passado, levando-se
em conta o contexto e o pressuposto filosófico, culturais e políticos de quem, como
quem, e para quem se planeja. 
Gadotti (1996) explica que “planejar a educação é tema de extrema relevância
para contribuir na direção da melhor organização do trabalho na escola; para que
esta atinja os fins que justificam sua existência.” 
Observe-se, portanto, que não é possível dissociar a ideia de planejamento
educacional e escolar da necessidade de se desenvolver, por meio do conselho
escolar, um projeto político pedagógico nos estabelecimentos de ensino. Por outro
lado, entende-se que a inexistência de um conselho atuantee de um PPP, pode ser
compensado temporariamente pela prática do planejamento coletivo. Isso exigirá, no
desenvolvimento do próprio ato dinâmico de planejar.
O resultado desse processo será influenciar e provocar transformações nas
instancias educacionais que historicamente tem ditado e como o porquê, o para quê,
o quando e o onde planejar. O nosso objetivo é inverter a relação vertical linear e
hierarquizada que tem caracterizado a prática de planejamento no sistema
educacional. 
Isso significa que por meio de uma prática democrática, e de um
planejamento interativo e participativo estaremos quebrando e desfazendo, pela
8
ação, a crença de que planejar é atividade muito complexa por ser científica e para
qual apenas os especialistas devidamente preparados.
 Ao contrário, por ser cientifica, a atividade de planejar é sistemática: possui
um padrão, tem um objetivo de estudo bem definido, apresenta uma metodologia, o
que facilita o trabalho de quem planeja, especialmente se isto é realizado
coletivamente, e viabiliza a execução e a avaliação do que foi planejado.
Com tal compreensão e prática, estaremos desenvolvendo o mito do
planejamento e enxergando o seu caráter político e metodológico, pois, ao definir
objetivos, metas, metodologias de ação, formas de avaliação do trabalho na escola,
etc; estão fazendo opções, estamos atribuindo às novas peças educativas caráter
transformador ou conservador. 
Dessa forma, o planejamento educacional e a organização do trabalho
escolar pensado e acompanhado por todos, serão atividades meramente
burocráticas, técnicas, como tem ocorrido no país nos últimos 25 anos. Será sim, um
verdadeiro exercício de cidadania porque envolverá a participação e a tomada de
decisão da população em relação a um serviço prestado pelo estado.
Se pensarmos na formação de um planejamento educacional conforme
descrito acima, precisamos inicialmente fazer um diagnóstico da escola, e/ou do
município do qual ela se inscreve, identificando todas as suas características, seus
problemas e necessidades em relação a demanda de recursos físicos, humanos,
pedagógicos ou financeiros.
 3.1 Metodologia do planejamento
Quando se referiu ao planejamento socializado ascendente, se está diante de
um tipo de planejamento participativo, que apresenta duas características
fundamentais, explicativas na sua própria denominação. A primeira característica é o
fato de ser um planejamento socializado, ou seja, que valoriza todos os níveis de
participação da escola dividindo com eles o poder de decisão. 
Assim sendo o planejamento socializado é extremamente relevante, para que
a escola funcione bem, é primordial a participação efetiva de todos: alunos, mães e
pais de alunos, direção, funcionários, professores, comunidade escolar com suas
representações nos diferentes momentos do processo educativo. Planejar de modo
socializado pressupõe a prestação de um serviço á comunidade, do qual ela
participa diretamente.
9
Outro pressuposto fundamental do planejamento socializado é a não
separação estanque dos diferentes momentos da atividade de planejar, entendendo
esse processo participativo em seu dinamismo, diz Fonseca (1995) “...dotado de
tensões que precisam ser vividas e administradas; processo coletivo, que envolve a
reflexão, a tomada de decisão, a organização da ação e a avaliação de resultados.”
Outra característica de um planejamento socializado que se pode registrar, é
o fato de ele prever que a participação de certos segmentos escolares e
comunitários - como a dos pais, a dos alunos, a de associações escolares e
comunitárias - não ocorra apenas quando o planejamento com outros segmentos
(direção escolar, professores, funcionários de escola) já tenha sido iniciado, ou
depois de definido alguns critérios básicos, que deverão ser cumpridos.
Não se trata de adesão a um processo já iniciado. Ao contrário, fica garantida
a participação de todos os segmentos, com exceção do planejamento escolar.
No entanto, isso não significa dizer que todos os segmentos estarão
participando o tempo todo de todas as tarefas e de todos os tipos de planejamentos
a serem realizados na escola ou na educação. Isso não só seria inviável, em termos
operacionais como excluiria diferenças inegáveis em termos de maior capacitação
de determinados segmentos para a coordenação e participação em certos
componentes do planejamento.
Mas, deflagrado o processo, todos os segmentos terão suas tarefas bem
definidas. Apesar disso, poderá haver atividades que envolvam equipes multes
segmentárias que, assim poderão estar trocando experiências a todo o momento e
repassando-as aos grupos mais específicos.
Ordenar a participação é, pois, a segunda característica desse tipo de
planejamento que chamamos de estratégia ascendente. Essa estratégia implica
combinar, a partir das bases (todos os segmentos envolvidos no processo de
planejamento) a divisão de tarefas; definir a coordenação de grupos; escolher
representantes dos segmentos escolares e das equipes multes segmentárias para
que se organizem com sensos básicos, viabilizando a consideração de decisões e
deliberações dos grupos participantes
 Nesse sentido, operacionalizam-se a ação e todas as etapas do
planejamento escolar, observando-se ainda, que os temas que não foram objeto de
consenso básico retornarão ao grupo e serão rediscutidos. Além disso, tudo o que
ficou consolidado, terá de ser aprovado pela maioria.
10
 Representantes da escola deverão ser também definidos pelo grupo para as
que as consolidações do Planejamento Socializado ascendente, não fiquem restritos
aos muros escolares. Dessa maneira, tais representantes, estarão veiculando as
experiências de suas escolas em outras instâncias e níveis educacionais. Ou seja,
tudo o que estiver acontecendo na escola, será também socializado com outras
escolas, com outras experiências, em outros níveis.
 Ao pensarmos, pois, no Planejamento Socializado ascendente, estamos
viabilizando o projeto Político Pedagógico da Escola. Como explica Marques (1990)
“...a caminhada escolar não deve visar só os interesses políticos pedagógicos da
escola; não se limita só no restrito; só ao retorno imediato.”
 O autor quer dizer que a escola deve visar os interesses relevantes para a
sociedade toda, que perpassa as demais instituições sociais em articulações
múltiplas e complexas.
 E afirma ainda que “...dependem a concepção, a organização e a condução
da escola de instituições políticas em interação dinâmica e conflitiva, que, embora
articuladas fora da escola, a penetram, modelam e controlam.”
Segundo Brasil (1994): 
 
“Dão-se as relações entre a escola e a sociedade pela mediação da família
e dos grupos de iguais, das organizações locais, dos movimentos sociais,
da sociedade civil e, em especial, pela ação do poder político organizado no
Estado com seus níveis de município, de estados membros e de federação,
em movimento ascendente desde que se concebe a democracia como o
efetivo poder dos cidadãos no mundo de suas vidas, e desde que os rumos
públicos são gerados nos processos de trabalho.”
 
O planejamento socializado ascendente pretende quebrar a coluna dorsal do
planejamento educacional autoritário, de cima para baixo, seja em que nível for,
invertendo a relação de poder na educação e, por conseguinte, na própria
sociedade. 
Estaria também contribuindo para separar a resistência á participação no
âmbito escolarque considere (com razão) o planejamento atualmente praticado,
uma atividade meramente burocrática, sem sentido de caráter tecnicista e com
objetivos apenas formais.
11
3.2 Elaboração do planejamento 
Considera-se que planejar a educação de forma socializada e exercitar a
cidadania, já que implica tomadas de decisões, envolvimento as ações do cotidiano
escolar e avaliação dos serviços prestados á população. 
Sendo assim, o planejamento deve começar pela inscrição de toda a
sociedade no debate democrático, sobre questões relativas não só ao processo de
ensino e aprendizagem mas também em relação as questões administrativas e
financeiras da escola e da própria sociedade em que ele se insere, considerando
sempre os condicionantes socioculturais e políticos que influenciam e afetam
diretamente o cotidiano escolar.
 Como só é possível planejar a partir de um contexto bem específico e
conhecido, devemos, por tanto, a partir de um diagnóstico detalhado da escola e da
educação em nível local, municipal e estadual, a ser realizado mediante a aplicação
de metodologias inovadoras de pesquisa, elaboradas cientificamente e baseadas
numa nova ética que considere e respeite, sobretudo, a história e a cultura local dos
cidadãos pesquisados. 
Isso pode ser feito, por exemplo, por meio da metodologia da Carta Escolar,
desenvolvida pelo Instituto Paulo Freire. Portanto, o primeiro passo do planejamento
socializado ascendente na unidade escolar é a carta escolar. Freire (1997) explica
que: 
“...a Carta Escolar, enquanto estudo inicial de dados da realidade escolar e
de diagnóstico (ou interpretação daqueles dados), já garante, desde o início
do planejamento, a participação de todos os segmentos, pois o amplo
levantamento de informações torna-se inviável sem que todos estejam
envolvidos” (FREIRE, 1997, p. 131).
 
Ao contar com as comunidades Inter e extraescolar e ao ouvi-las, estará
buscando as possíveis alternativas de solução aos problemas encontrados. Confiará
na capacidade reflexiva de todos os segmentos escolares e comunitários e em suas
potencialidades de ação, co-responsabilizando-se com a busca de soluções e
superação dos problemas.
Concluída essa etapa, a escola terá diante de si as informações que lhe
permitirão definir prioridades. É importante evitar nessa fase, a tentação de se
12
querer resolver de uma vez só e de modo idealista todos os problemas detectados,
no diagnóstico realizado. 
É necessário também que se contextualizem os objetivos, as metas, as
estratégias de ação, o tipo de avaliação que se fará do processo e que se
estabeleçam as intervenções a serem realizadas na escola. Essas devem ser
escolhidas por ordem de prioridade, após verificar-se a disponibilidade de meios
para a sua superação, num tempo predeterminado.
Definidas as ações, o cronograma de atividades, as tarefas e as equipes
responsáveis pelas mesmas, devem ser escolhidos os representantes da escola que
atuarão juntos aos colegiados. 
Cuidados com o democratismo e com o risco do populismo devem ser
tomados, pois, se presentes, podem inviabilizar o processo democrático, necessário
ao Planejamento social Ascendente em quaisquer de suas fases.
3.3 Etapas: possíveis parâmetros
O planejamento socializado ascendente na escola pretende superar a prática
de atribuir à competência de planejar apenas uma minoria de especialistas. Estes,
baseados numa suposta mentalidade política e cientifica, determinam os destinos da
unidade escolar ou da educação como um todo. Cabendo aos educadores, aos
educandos, a todos os segmentos escolares e á comunidade educacional em geral,
a tarefa de cumprir à risca o que fora por eles planejado.
Apurar tal exclusão e tal limitação é característica inerente a esta proposta.
Assim, na escola as possíveis etapas desse processo apresentam-se algumas: 
a) o conselho ou escola convocaria uma assembleia geral para discussão do
Planejamento Socializado Ascendente, caso não exista um colegiado a escola
poderá organizar uma comissão responsável pelos encaminhamentos relacionados
ao Planejamento Socializado; 
b) todos os segmentos escolares deverão estar representados paritariamente
nessa reunião; 
c) na reunião, explicar detalhadamente no que consiste esse tipo de
planejamento. O PPP da escola, a gestão democrática, definindo datas e espaços
para que os segmentos escolares e reúnam em separado para eleger
representantes, que estarão envolvidos na elaboração do planejamento;
13
d) amplo movimento de sensibilização da comunidade para compreender e
elaborar o plano de trabalho relativo a Carta Escolar; 
e) definição de equipes e tarefas relativas à primeira atividade do
planejamento e organização da Carta Escolar no estabelecimento de ensino;
f) o conselho deverá se reunir periodicamente a fim de renovar, acompanhar e
avaliar permanentemente as ações implementadas na escola, os projetos
desenvolvidos, os obstáculos a serem enfrentados e o grau de realização das metas
e objetivos estabelecidos no Planejamento – Político – Pedagógico da escola
(BRASIL, 2004).
Pode-se concluir que o planejamento, nessa nova perspectiva, poderá propor
ações com base no estabelecimento de finalidades e de objetivos educacionais
claramente definidos sem perder de vista a multiplicidade cultural, política e social
que certamente aparecerá no diagnóstico proposto.
Dessa maneira, viabiliza-se o estabelecimento de metas, metodologias e
formas de avaliação das atividades educacionais que favoreçam a ação de todos
para superarem, coletivamente os problemas e as demandas educacionais
verificadas a cada momento. O Planejamento Socializado ascendente representa,
assim, um instrumento eficaz para contribuir com a melhoria da qualidade do serviço
educativo oferecido pela escola.
A instituição continuará contando com a devida orientação por parte da
Secretaria Municipal e Estadual de Educação que, por sua vez, serão também
influenciadas e fiscalizadas. Encontramo-nos diante de desafios que podem ser mais
bem enfrentados a partir de ações e efetivamente democráticas.
O planejamento “democrático”, se não elimina de vez, diminui
consideravelmente a possibilidade de depararmos com experiências como as já
citadas, que não permite os docentes o uso da palavra para diferir pautas, normas e
provas autoritariamente que envolvem o planejamento.
Como por exemplo, uma atividade meramente formal; que aplicava
dinâmicas, critérios e sem explicar os objetivos de quaisquer atividades; que
obedecia vagamente às ordens vindas “de cima”, que entendia os trabalhos na
escola como um moral de atividades burocráticas e puramente administrativas; e
que, além de tudo, apenas se referia ao aluno para discipliná-lo, para fechar os
poucos espaços escolares de participação.
14
3.4 Diretor e suas funções
A pesquisa efetivamente amplia a nossa compreensão de como a gestão
democrática é capaz de afetar a qualidade escolar. A escola cujo diretor pratica um
estilo de gestão consultivo e que busca as opiniões de um número seletivo de
funcionários e as utiliza para tomar e implementar decisões criam um ambiente de
aprendizagem mais eficaz (BRASIL, 2004).
Sabe-se que as escolas bem dirigidas, evidências provenientes do
desempenho dos alunos e da percepção clara dos professores sobre seu trabalho,
explicitam uma cultura de reforço mútuo das expectativas: confiança, interação entreos funcionários e a participação na construção dos objetivos pedagógicos
curriculares e de pratica em sala de aula.
Dado estas características, em cidades próximas á Itapajé, felizmente já se
observa no ensino público municipal, certa adesão ao novo processo de escolha dos
diretores; porém sabemos que uma cultura não é mudada apenas por desejo, faz-se
necessário o alargamento da consciência e da competência técnica para tanto.
É importante reconhecer que mesmo que as pessoas desejem participar da
formulação e construção do destino de uma escola, não querem aceitar rapidamente
o ônus de fazê-lo. Portanto após manifestarem esse interesse, demonstram por
meio de comportamentos evasivos e resistência ao envolvimento nas ações
necessárias á mudança desejada.
Esse processo de resistência se explica pela desestabilização da ordem
vigente e dos nichos de poder, provocados pela mudança da prática social e que
motivam reações de desacomodação geral.
Aos responsáveis pela gestão escolar competente é necessário promover a
criação e a sustentação de um ambiente propício á participação plena no processo
social escolar, dos seus profissionais, de alunos e seus pais uma vez que os
mesmos desenvolveram consciência social crítica e sentido de cidadania.
Portanto, deve-se criar um ambiente desestimulando dessa participação,
processo esse que se efetiva a partir de algumas ações especiais, conforme Demo
(1999, p.45).
“...criar uma visão de conjunto associada a uma ação de cooperativismo,
promover um clima de confiança, valorizar as capacidades e aptidões dos
participantes, associar esforços, quebrar arestas, eliminar divisões e integrar
15
esforços, estabelecer demandas de trabalho centrada nas ideias e não em
pessoas; desenvolver a prática de assumir responsabilidades em conjunto”.
Todas essas ações, felizmente, já se baseiam no “fazer” pedagógico dos que
fazem as escolas, ou melhor, devem sim fazer parte como algo natural, cotidiano
como deve ser compreendido. Pois o processo educacional não é algo isolado ele
acontece e para que aconteça de fato e verdade deve haver este esforço conjunto,
esta união caso contrário será apenas uma maquiagem.
4 AÇÕES DO GESTOR DEMOCRÁTICO NA ESCOLA CIDADÃ
Encontramo-nos na era da globalização da economia e da comunicação,
época de exasperação de conflitos entre povos e nações, permeados pelo racismo e
individualismo (GADOTTI, 2003). É dentro deste cenário da pós-modernização que a
escola precisa atuar, num cenário que coloca novos desafios para nós educadores.
Certamente, todos, necessitam de uma educação para a diversidade;
necessitam de uma ética de diversidade e de uma cultura de diversidade. Uma
sociedade multicultural capaz de ouvir e de prestar atenção no diferente, de
respeitá-lo.
Neste novo panorama de educação, será preciso reconstruir o saber da
escola e a formação do educador. Em vez da arrogância de quem se julga dono do
saber, o professor, deverá ser mais criativo e aprender com o aluno e com o mundo.
Numa época de violência, de agressividade, o professor deverá promover o
entendimento com os diferentes e a escola que deverá ser um espaço de
convivência, onde os conflitos são trabalhados e não acumulados. 
Nesse contexto global há duas dimensões que podem ser logo destacadas: a)
dimensão interdisciplinar – o objetivo fundamental da interdisciplinaridade é
experimentar a vivência de uma realidade global que se inscreve nas experiências
cotidianas do aluno, do professor e do povo que, na escola conservadora, é
compartimentada e fragmentada. Articular, saber, conhecimento, vivência, escola,
comunidade, meio ambiente, etc., é o objetivo da interdisciplinaridade. 
Na prática, ele se traduz por um trabalho escolar coletivo e sociológico. Este
exercício leva à transdisciplinaridade, isto é, ao rompimento com a estrutura
disciplinar do conhecimento; b) dimensão internacional – para viver esse tempo
presente, o professor precisa preparar as crianças para o mundo de diferença e
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solidariedade entre diferentes. A escola precisa formar o cidadão para participar de
uma sociedade planetária
A escola deve ser local, como ponto de partida, mas tem de ser intercultural
como ponto de chegada, isto é, deve valorizar a cultura local – e a cultura primeira
do aluno – redimensionando-a na relação com outras culturas.
4.1 Método freudiano
 Paulo Freire (1997) em seus estudos sobre a “educação” elegeu três
momentos especiais, que são conhecidos como método freudiano, dos quais se cita
pela investigação, onde alunos e professores buscam no universo vocabular dos
alunos e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia;
pela problematização, cujo objetivo é buscar superar uma primeira visão mágica
(ingênua), substituindo-a por uma visão crítica, partindo para a transformação do
contexto vivido.
Diante do problema do desinteresse de muitos de nossos alunos pelos
conteúdos curriculares do ensino, costuma-se responder com métodos mais
apropriados ou aumentando o tempo de frequência à escola. Mas há outra visão do
problema, que é a de adequar o tratamento dos conteúdos, problematizando-os e
equacionando a relação entre a transmissão da cultura e o itinerário educativo dos
alunos. O currículo monocultura oficial representa, nesse aspecto, um grande
obstáculo a ser superado. Ao contrário, os resultados obtidos com currículos
multiculturais – que levem em conta a cultura do aluno – são mais eficazes para
despertar o interesse.
O referido autor chama essa cultura do aluno de “cultura popular “. Outros
educadores que também estudaram esse tema, como o francês George Snyders, a
chama de cultura primeira:
“...equacionar adequadamente ou não a relação entre identidade
cultural/educativa, sobre tudo para as camadas populares, pode representar
a grande diferença na extensão ou não da educação para todos e de
qualidade nos próximos anos.” (SNYDERS, 1998, p. 12).
 
Só uma educação multicultural se propõe a analisar criticamente os
“currículos monoculturais” atuais. Procura formar criticamente os professores para
17
que mudem suas atitudes diante dos alunos menos favorecidos financeiramente e
elaborem estratégias próprias para a educação das camadas populares, tentando
antes de qualquer coisa compreendê-las na totalidade de sua cultura e de sua visão
de mundo.
Na educação de jovens e adultos trabalhadores, por exemplo, uma estratégia
de alfabetização numa concepção multicultural deveria partir da biografia dos
próprios educandos, do relato de experiências de trabalho e de duas relações com o
mundo. Essa estratégia foi aplicada com sucesso em um programa e alfabetização
na cidade de São Paulo durante a gestão de Paulo Freire (1989 – 1991) a frente da
Secretaria de Educação do Município.
4.2 Uma escola para todos
A escola deve apenas transmitir conhecimentos, mas também preocupar-se
com a formação global dos alunos, numa visão em que o conhecer e o intervir no
real se encontram. Mas para isso, é preciso saber trabalhar com as diferenças; é
preciso reconhecê-las aceitando que para conhecer a mim mesmo, preciso conhecer
o outro.
Partindo desse princípio antropológico, muitas ações práticas podem ser
desenvolvidas para a construção de uma escola pluralista e competente, que articula
a diversidade cultural dos alunos com seus próprios interesses e atrativos; tais
como: 
a) pode-se fortalecer grupos que trabalham com currículos multiculturais,
impulsionando o movimento emergente de valorizaçãodas diferentes culturas;
 b) pode-se incentivar as escolas para que façam mudanças nos seus
currículos incluindo os temas direitos humanos, educação para a paz, educação
ambiental, discriminação social e cultura popular; 
c) pode-se recuperar os códigos lingüísticos das próprias comunidades desde
o processo de alfabetização, como meio de fortalecer a auto-estima; 
d) pode- se promover a autonomia das escola na elaboração de seus
currículos, pois só com autonomia a escola pode fazer as mudanças desejadas.
As consequências desse esforço para o ensino são enormes. Trata-se de
estabelecer metodologias que permitam converter as contribuições étnico-culturais
em conteúdos educativos; portanto fazer parte da proposta educativa global de cada
escola. 
18
Mas isto não é tão problemático hoje, basta abrir os olhos para a realidade,
escutar e ouvir. O mundo está se percebendo mestiço, e Freire (1997) informa que
“é no contexto deste mundo mestiço que devemos colocar a questão da identidade;
e em particular o que vem a ser a identidade sócio-cultural”.
Afirmar uma identidade étnico-cultural é afirmar certa originalidade, uma
diferença e ao mesmo tempo uma semelhança. Idêntico é aquele que é
perfeitamente igual. Na identidade existe uma relação de igualdade que cimenta um
grupo, igualdade válida para todos que pertencem a ele. Vive-se hoje uma explosão
das diferenças (étnicas, culturais, sexuais, nacionais etc.). Na verdade, identidade é
a resposta que damos á pergunta: quem somos nós? 
Paulo Freire constrói a sua Pedagogia - o seu “método”, como é conhecido –
num itinerário que vai de cultura popular á cultura erudita e letrada, passando pela
formação de consciência crítica, articulando a primeira como a segunda. O
pensamento de Paulo Freire tem suas raízes mais profundas no debate político-
cultural brasileiro do final dos anos 50. 
Trata-se do debate em torno da construção de uma identidade nacional,
baseada no desenvolvimento político, social e econômico que, segundo ele, passava
pela tomada de consequência da realidade nacional. Esse processo só seria
possível com uma transformação na estrutura de ensino e educação para todos. Por
isso, Freire insistia na questão de “invasão cultural” e de “independência”.
Denunciando essa realidade nacional, Freire estava anunciando
dialeticamente o seu fim e inaugurando, entre nós, um vigoroso movimenta em torno
de um pensamento pedagógico autônomo. Paulo Freire reintroduziu a reflexão sobre
o social no pensamento educacional brasileiro, comprometendo-se com os ideais de
uma democracia radical autoritarismo, a violência e o arbítrio. Enfim, para ele,
cultura popular significa cultura de cidadania. 
Apesar disso, a escola que negasse a cultura de massa estaria contribuindo
para o fracasso escolar das crianças das camadas populares em favor das crianças
da elite. A escola que tira a criança desse ambiente de bombardeamento constante
dos meios de comunicação de massa e a transporta para um local enfadonho que
não utiliza sua linguagem e não satisfaz os seus desejos fracassa na sua tarefa
primeira, que é despertar o desejo de aprender a desenvolver a capacidade de
continuar aprendendo.
19
Assevera-se que uma educação não autoritária, responsável e democrática é
a ideal. Hoje temos mais clareza desse princípio quanto as teorias de educação
multicultural enfatizam mais ainda a necessidade de os educadores atentarem para
as diferenças étnicas, culturais de classe e de gênero. Dizíamos que o respeito á
diferença era uma idéia muito cara á educação popular.
 Hoje se percebe com clareza que a diferença não deve ser apenas
respeitada. Ela é uma riqueza da humanidade. Tudo isto, aliado ao Projeto político
pedagógico da escola democrática, com certeza, haverá uma gestão democrática
responsável que só impulsionará a educação das novas gerações.
5 O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM EM PARCERIA COM A GESTÃO
É possível dizer que ensino e aprendizagem são duas facetas de um mesmo
processo, onde o professor planeja, dirige e controla o processo de ensino, com o
intuito de estimular e suscitar a atividade própria dos alunos para a aprendizagem.
Para que possamos compreender a dinâmica desse processo é necessário analisar
separadamente cada um dos seus componentes.
Veremos primeiramente a aprendizagem por ser nosso foco no que se refere
a questão das estratégias. Vamos tentar entender como se dá a condução do
processo de ensino que entendemos como algo que requer uma compreensão clara
e segura do processo de aprendizagem: em que consiste como as pessoas
aprendem quais as condições externas e internas que o influenciam. 
Daí então talvez seja possível pensar qual a melhor estratégia a ser utilizada
no sentido do ensino e aprendizagem. Deve ser levado em conta neste contexto que
qualquer atividade humana praticada em ambiente em que vivemos pode levar a
uma aprendizagem. Desde que nascemos estamos aprendendo em casa, na rua, no
trabalho, na escola, em diversas experiências da vida.
Desta forma é possível para nos entendermos que aprendizagem é uma
mudança de comportamento. Destacamos que só na aprendizagem se houver de
fato uma mudança de comportamento.
E a aprendizagem nada mais é que, a mudança de comportamento resultante
da experiência. Quase todos os nossos comportamentos são aprendidos, mas não
todos. Pois há comportamentos que resultam da maturação ou do crescimento do
nosso organismo e, portanto, não podem constituir aprendizagem como: respiração,
digestão, salivação.
20
É possível distinguirmos a aprendizagem casual e a aprendizagem
organizada. A casual é quase sempre espontânea surge naturalmente da interação
entre as pessoas e o ambiente em que vivem.
É pela convivência social, pela observação de objetos e acontecimentos, pelo
contato com os meios de comunicação, leituras, conversas, adquirindo
conhecimentos, formando atitudes e convicções.
5.1 Estratégias pedagógicas para o ensino aprendizagem
O termo “estratégia” como a maioria das palavras da língua é polissêmico,
isto é, pode ser empregado com diferentes sentidos, dependendo do contexto
conforme afirma.
De acordo com Solé (1998), uma estratégia pode ser considerada um
procedimento, tendo em vista que um procedimento seria um conjunto de ações
ordenadas e finalizadas, isto é, dirigidas à consecução de uma meta. É o que se
buscou neste trabalho. Estratégias pedagógicas com foco na melhoria dos
resultados de aprendizagem tentando entender de fato o que é este ensino
aprendizagem e o que são essas estratégias, sobretudo a partir do papel da gestão
escolar.
Uma das características das estratégias trabalhadas por uma gestão
democrática e inclusiva é o fato de que não detalham nem prescrevem totalmente o
curso de uma ação; certamente as estratégias são suspeitas, inteligente, embora
arriscadas, sobre o caminho que devemos seguir ao utilizá-las. 
Mas a sua potencialidade está no fato de que são independentes de um
âmbito particular e podem-se generalizar. Por outro lado, sua aplicação correta
exigirá sua contextualização para o problema concreto.
Um componente que podemos considerar das estratégias que uma boa
gestão desenvolve é o fato de que elas envolvem auto direção. A existência de um
objetivo e a consciência de que este objetivo existe. E propriamente dito a questão
do autocontrole, isto é, a supervisão e avaliação do próprio comportamento em
função dos objetivos que o guiam e da possibilidade de modificá-los em caso de
necessidade.
As estratégias pedagógicasdesenvolvidas pela gestão, com foco na melhoria
dos resultados de aprendizagem dos educandos, não importam em que séries estes
21
possa estar e independentes de suas necessidades especiais é sempre, e serão
sempre, no intuito de melhorar a qualidade do ensino. 
Dentro de nossa literatura são inúmeros os autores que descrevem várias
estratégias pedagógicas para melhorar o ensino aprendizado. Mais estas
classificações costumam de certa forma observar discrepâncias, o que às vezes é
considerado estratégias, outros uma técnica e o fato de apresentar listas de
estratégias, corre o perigo de transformar o que é um meio em um fim do ensino em
si mesmo. 
O que de fato queremos certamente não são crianças, adolescentes ou até
mesmo adultos com um amplo repertório de estratégias, mais que saibam de fato,
utilizar estratégias adequadas para melhorar o seu aprendizado.
De outro ponto de vista, as listas de estratégias podem nos ajudar a cair na
tentação de ensinar as estratégias não como tais, mas como técnicas ou
procedimentos de nível inferior como de fato já ocorre em diversas propostas, ou
seja, como procedimentos que detalham e prescrevem o que deve constituir o curso
de uma ação, Já estipulamos que as estratégias são outra coisa, e como tal teremos
de ensiná-las, se não quisermos quem sabe que seu potencial se dilua.
Desta forma, talvez seja mais adequado, pensar naquilo que as diferentes
estratégias utilizadas pela gestão devem possibilitar ou que terá de ser levado em
conta na hora de ensiná-las.
5.2 A importância da gestão para um ambiente escolar saudável
Para um bom aprendizado se faz necessário, entre tantas outras medidas, um
ambiente saudável. Um clima escolar bom, embora não haja uma posição definitiva
sobre clima escolar, vale remeter a fontes quando o define como qualidade do meio
interno que se vive numa organização e o compreende como resultante de diversos
fatores, sobretudo dos que são de natureza imaterial, como é o caso das atitudes, o
tipo de gestão. 
Sampaio por sua vez refere-se a uma espécie de personalidade, de maneira
de ser que é característica do estabelecimento determinado por uma série de
variáveis, entre as quais a estrutura, o processo organizacional e os
comportamentos individuais e de grupo (Sampaio, 1996:4).
22
Segundo Fox a qualidade de vida e a produtividade dos docentes e dos
alunos são determinadas pelo clima, “um fator crítico para a saúde e para a eficácia
de uma escola” (Fox, 1973:5-6 apud Brunet, 1992).
Os fatores que fazem da escola ou do ambiente escolar um espaço, um clima
bom estão nitidamente relacionados ao papel dos diretores, dos professores e dos
demais funcionários. Eles são fatores indispensáveis para que se tenha um bom
clima, um ambiente saudável acolhedor, a partir de suas ações benéficas.
A partir de uma gestão democrática igualitária, aberta e igualitária onde há
uma maior interação entre a direção, os docentes e outros funcionários, é um fator
decisivo para um bom clima escolar, cenário propício para um bom ensino e
aprendizado.
A ideia de “família” neste contexto aparece, aqui, de modo qualificado e
bastante positivo um conjunto de características do clima escolar que Brunet (1992)
considera interferir na satisfação da “equipe” da escola: o tipo de relações
interpessoais, a coesão dos integrantes, sua grande implicação na tarefa e o apoio
recebido no trabalho.
A questão do respeito, da valorização do outro, a gestão democrática é o que
caracteriza a relação, solidifica este elo da equipe escolar e os alunos, tornando-os
parceiros de fato, para atuarem juntos na busca do ensino e do aprendizado. Esta é
sem dúvida uma grande estratégia pedagógica.
5.3 Avaliando o exercício do diálogo
A questão da comunicação vem rompendo inúmeros obstáculos e fazendo,
incontáveis conquistas, desde que surgiu a humanidade. E esta questão a cada dia
está sendo mais aprimorado, mais valorizado como forma de romper barreiras.
O exercício do diálogo assume importante papel na escola principalmente se
soubermos utilizá-lo de modo eficaz no que concerne a questão das estratégias
pedagógicas de ensino e aprendizado.
O diálogo aberto possibilita estabelecer uma relação de amizade entre aluno
e professores, a partir da descoberta do que pensa e de como vive em grupo.
Possibilita também conhecer e compartilhar novos olhares e atitudes sobre o tema
em discussão que, numa perspectiva de formação vai repercutir na vida dos sujeitos
envolvidos.
23
Freire afirma que não se pode pensar pelos outros nem para os outros nem
sem os outros. A significação do diálogo está no fato de que os sujeitos dialógicos
crescem um como o outro. O diálogo por sua vez não nivela, não reduz um ao outro.
Ao contrário, implica um respeito fundamental dos sujeitos nele engajados (Freire,
1992:117-118).
Praticar o diálogo é sem dúvida um importante fator, uma importante
estratégia de superação dos problemas sejam eles de qualquer ordem dentro ou
fora da escola. No que se refere ao ensino e aprendizado poderemos nos arriscar a
dizer que é uma das melhores estratégias. 
Evidentemente, quando o diálogo passa a fazer parte do cotidiano dos
professores e se transforma na tônica da convivência dos alunos, o retorno a
situações reais onde tal componente não se faz presente, causa estranhamente e
não-adaptada à nova realidade.
Entretanto esta não é a mais fácil das estratégias, pois para estabelecer um
diálogo com o jovem, é necessário interesse, vontade de aprender e de penetrar
num universo muitas vezes distante daquele do interlocutor. 
A linguagem das gírias, das entrelinhas, dos não-ditos, da postura, das
maneiras de pensar e de agir do jovem se configura em “dialetos” nem sempre
compreendidos pelos professores, uma vez que são pouco padronizados e sofre
muitas variações, a partir do contexto social e cultural em que vive o aluno.
Embora saibamos nós que a escola trabalhe com a concepção de que o
educando está imerso na história e na cultura, nem sempre permite que seus alunos
re-signifiquem os padrões estabelecidos.
Há a preocupação dos professores com o fato de que os alunos não tenham
um diálogo com a família. Atribuindo assim a escola a função de aprender com o
outro. É importante ressaltar que quando há um diálogo na comunidade escolar tudo
se torna mais fácil, pois professor e aluno interagem, provocando mudanças no
ambiente escolar, seja por conta de um professor com pouco vínculo com os alunos
ou ainda por conta da própria família.
5.4 Avaliando o trabalho coletivo
O ponto culminante dessa estratégia é a participação de todos no processo
de ensino aprendizado, se assim for o objetivo, o direcionamento. Os resultados do
investimento no coletivo se traduzem no fato de que dentro da escola, a maioria dos
24
que nela atuam sabem a sua função. Desta forma o trabalho se garante pelo
coletivo.
Entretanto trabalhar o coletivo também não é tarefa fácil. É necessário
superar barreiras, uma vez que a ansiedade pessoal e profissional é algo que não
existe a priori, mas que vai sendo constituída paulatinamente.
A participação da família ainda acontece de forma bem limitada para melhorar
o desempenho dos alunos a ausência da família é um ponto muito negativo. Pois é
fundamentalmente necessária esta parceira para a melhoria dos resultados de
aprendizagem dos alunos.
O espaço físico dentro do processo de ensino e aprendizado é bastante
significativo visto que o ambiente social no qual se está inserido é fator de
transformações de atitudes e comportamentos. A existênciade um espaço limpo,
ordenado e bem ocupado constitui aspiração de todos que fazem parte da
comunidade escolar.
As diversas formas de convivência são também valorizadas e colocadas
como condição de trabalho educativo. A ideia de transformação dos espaços
internos tem como objetivo a melhoria da qualidade de ensino
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebeu-se o quão importante é gestão democrática e participativa e as
contribuições para a geração da qualidade no âmbito escola. A realização e a
vivência da gestão democrática na escola significa encontrar caminhos para atender
as expectativas da sociedade a respeito da atração da escola, estabelecendo
relações mais flexíveis e menos autoritárias e burocráticas entre educadores e a
clientela escolar. 
Ao longo do processo de participação estabelecem-se situações de
aprendizagem de mão dupla: hora a escola estende a sua função pedagógica extra
escolar, hora a comunidade influencia os destinos da escola. O planejamento é a
maneira mais comum de assegurar a participação de todos os interessados.
A construção de uma escola democrática e de uma sociedade democrática
são processos que se desenvolveriam ao mesmo tempo e que este tipo de gestão
possibilitaria demonstrar relações negativas de mando e submissão, fazendo surgir
o sujeito coletivo, que decide e age e pode atuar na transformação social. Tudo isto
será bem observado pela direção da escola.
25
Partindo do pressuposto que para educar nada melhor que contextualizar, que
fazer a conexão entre os conteúdos pragmáticos e suas utilidades nas práticas
cotidianas, que se partirmos daquilo que se conhece teremos mais possibilidades de
avançar é que defendemos, que os gestores devem sim, ter esse olhar
contextualizado do ensino.
No intuito de direcionar seus docentes a exercerem continuamente suas
práticas pedagógicas focando que, a educação com o desenvolvimento pleno é um
direito de todos, e mobilizando toda a comunidade escolar para este fim. Como em
qualquer outra instituição, a escola tem a cara da sua gestão é a fim de
visualizarmos essa face que a gestão da a ela. 
Sabemos que não há nenhuma receita milagrosa, que venha amenizar os
obstáculos e desafios enfrentados pelo o professor e/ou profissional da educação no
seu dia a dia, porém deve se ressaltar que garantir escola ao indivíduo não significa
apenas permitir que o aluno adentre a escola, mas principalmente garantir que lhe
sejam dadas condições de aprendizagem, desenvolvimento social, cognitivo e
afetivo, de qualidade por ele ser sujeito de direito e cidadão. 
Dessa forma, tomando como base nas teorias abordadas neste trabalho, é
necessário salientar que não deve apenas formular e planejar possibilidades para a
participação coletiva nos processos de tomadas de decisões, mas também sustentar
ambientes propícios para tal participação com o intuito de favorecer a prática da
gestão democrática e participativa no cotidiano escolar, visto que, para um
funcionamento eficaz das instituições escolares, é fundamental a implantação de
vários mecanismos nas quais garantam a efetivação da gestão participativa, tais
como: os conselhos escolares, escolha dos diretores, associações de pais e mestres
dentre outros, construídos de forma coletiva no contexto educacional, como um ato
político, uma vez que favorece a participação de todos os atores sociais que formam
a instituição educacional.
É correto afirmar que a gestão democrática e participativa proporciona um
processo de construção de uma escola compromissada com a sociedade, criando
uma visão de conjunto da escola e de sua responsabilidade social, construindo,
assim, um ambiente participativo, em que os profissionais têm fundamental
importância no desenvolvimento escolar garantindo a plena autonomia da escola,
como também um espaço propício para a efetivação de uma educação com
qualidade.
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Pedagógicas, Brasília: MEC/SEF, 1994, p. 10-11. 
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